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Diálogo de titãs : uma leitura de O reino, de Gonçalo M. Tavares, a partir de conceitos de Nietzsche, Freud e Foucault

Brito, Sandra Beatriz Salenave de January 2018 (has links)
Gonçalo M. Tavares é um nome de destaque da literatura escrita em Língua Portuguesa no século XXI. Reconhecido pela crítica literária pela variedade e qualidade de seus textos, tem como um dos elementos mais relevantes em sua ficção o caráter filosófico com que analisa o indivíduo e a sociedade. O centro deste trabalho é O Reino, uma tetralogia composta por Um Homem: Klaus Klump, A Máquina de Joseph Walser, Jerusalém e Aprender a Rezar na Era da Técnica. São obras marcadas pelo peso da guerra, que, mais do que um fato histórico, representam um contexto político e social de estagnação e revelador das assombrações do lado mais obscuro da humanidade. A série propõe um constante estranhamento causado pela oscilação entre júbilo e desgosto num cenário cruel e hostil, questionando os possíveis limites entre sofrimento e sobrevivência, civilização e barbárie, físico e psíquico, científico e espiritual, racional e emocional, moral e amoral, forte e fraco, homem e mulher, eu e outro, bem e mal. Na tentativa de compreender esse universo caótico, o aporte teórico retoma conceitos de Freud, Nietzsche e Foucault, pois o que aproxima esses “titãs” é a incansável busca pela profundidade da compreensão, que passa pela linguagem, que nunca é neutra. A escolha para esta abordagem crítica foi baseada nas “pistas” deixadas pelo próprio Tavares em outras de suas obras. Esses pensadores, assim como Gonçalo Tavares, buscaram refletir sobre a natureza humana e inauguraram uma forma de percepção filosófica ou sociológica do componente mais agressivo dos indivíduos. Por esse motivo, analisar a série tavariana, a partir dessa linha filosófica e social, contribui para o entendimento da pretensa racionalidade que tenta esconder uma animalidade oculta. Dessa forma, a atual pesquisa centra-se no debate sobre esta “multiplicidade humana”, que, conforme as ações das personagens evidenciam, abrange a construção de uma individualidade e a idealização de uma coletividade, a qual parece não se efetivar, uma vez que as relações entre “eu” e “outro” estão marcadas constantemente pelo egoísmo, pela dominação e pela divergência. / Gonçalo M. Tavares es un nombre destacado de la literatura escrita en portugués en pleno siglo XXI. Reconocido por la crítica literaria por la variedad y calidad de sus textos, tiene como uno de los elementos más relevantes en su ficción el carácter filosófico con que analiza el individuo y la sociedad. El centro de este trabajo es El Reino, una tetralogía compuesta por Un hombre Klaus Klump, La máquina de Joseph Walser, Jerusalén y Aprender a Rezar en la Era de la Técnica. Son obras marcadas por el peso de la guerra, que, más que un hecho histórico, representa un contexto político y social de estancamiento y revelador de las asombraciones del lado más oscuro de la humanidad. La serie propone un constante extrañamiento causado por la oscilación entre júbilo y disgusto en un escenario cruel y hostil, cuestionando los posibles límites entre sufrimiento y supervivencia, civilización y barbarie, físico y psíquico, científico y espiritual, racional y emocional, moral y amoral, fuerte y fuerte, débil, hombre y mujer, yo y otro, bien y mal. En el intento de comprender este universo caótico, el aporte teórico retoma conceptos de Freud, Nietzsche y Foucault, pues lo que acerca a esos "titanes" es la incansable búsqueda por la profundidad de la comprensión, que pasa por el lenguaje, que nunca es neutro. La elección para este enfoque crítico fue basada en las "pistas" dejadas por el propio Tavares en otras de sus obras. Estos pensadores, así como Gonçalo Tavares, buscaron reflexionar sobre la naturaleza humana e inauguraron una forma de percepción filosófica o sociológica del componente más agresivo de los individuos. Por este motivo, analizar la serie tavariana, a partir de este línea filosófica y social, contribuye al entendimiento de la pretendida racionalidad que intenta ocultar una animalidad oculta. De esta forma, la actual investigación se centra en el debate sobre esta "multiplicidad humana", que, según las acciones de los personajes evidencian, abarca la construcción de una individualidad y la idealización de una colectividad, la cual parece no realizarse, una vez que las relaciones entre "yo" y "otro" están marcadas constantemente por el egoísmo, la dominación y la divergencia.
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A “Cultura de Si” em Foucault

FREITAS, Frank Alexandre Rosa 26 March 2018 (has links)
Submitted by Rosana Moreira (rosanapsm@outlook.com) on 2018-06-25T19:14:20Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_Cultura_Si_Foucault.pdf: 1072526 bytes, checksum: a3bd6649807890f29dd0c3f388a4fd67 (MD5) / Approved for entry into archive by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2018-08-09T16:59:49Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_Cultura_Si_Foucault.pdf: 1072526 bytes, checksum: a3bd6649807890f29dd0c3f388a4fd67 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-08-09T16:59:49Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertacao_Cultura_Si_Foucault.pdf: 1072526 bytes, checksum: a3bd6649807890f29dd0c3f388a4fd67 (MD5) Previous issue date: 2018-03-26 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Partindo dos últimos trabalhos de Michel Foucault, nos deparamos com uma virada significativa em sua filosofia, através do estudo da noção grega do cuidado de si. Noção essa que, segundo Pierre Hadot, teria sido atraída por alguns aspectos de sua abordagem em relação a filosofia antiga como exercícios espirituais. A partir dessa nova perspectiva Foucault pensa o sujeito que constrói a si mesmo a partir de exercícios, práticas e técnicas de si. Consecutivamente, esta dissertação tem como objetivo analisar a “Cultura de Si” que é amplamente trabalhada e pesquisada por Foucault, em seus últimos trabalhos, e principalmente a partir da Hermenêutica do Sujeito, curso de 1982; além da História da Sexualidade II e III e outros textos correlatos de aspectos da ética antiga. Portanto partimos da análise da cultura de si feita por Foucault até as convergências e divergências criticamente empreendidas por Hadot. Para finalmente chegarmos, no capitulo III de nossa dissertação, para compreendermos como Foucault analisa a cultura de si após o curso de 1982. O que muda nos cursos posteriores. O que muda nos dois últimos volumes da História da sexualidade em relação à Hermenêutica do Sujeito. Também, a questão da atualidade da cultura de si e sua relação com as práticas sociais atuais para a possibilidade de uma estética da existência será objeto de investigação. Voltamo-nos então a questão de se haveria ou não em Foucault esta proposta de reatualização de uma ética antiga, buscando refletir sobre as maneiras em que seja possível entender, através do olhar que ele dirigiu a antiguidade, uma arte de viver. / Based on the recent works of Michel Foucault, we face a significant turning point in his philosophy, through the study of the Greek notion of care of the self. That notion, according to Pierre Hadot, would have been attracted by some aspects of his approach to ancient philosophy as spiritual exercises. From this new perspective Foucault thinks the subject who builds himself with exercises, practices and techniques of himself. Consequently, this dissertation aims to analyze “The Culture of the Self”, that is extensively worked and researched by Foucault, in his last works and mainly from The Hermeneutics of The Subject, a 1982 course; besides the History of Sexuality II and III, and other related texts to the aspects of old ethics. Thus, we start from the Foucault’s analysis of The Culture of the Self to the convergences and divergences critically undertaken by Hadot. Finally, we can arrive in chapter III of our dissertation, to understand how Foucault analyzes The Culture of the Self after the course of 1982. What changes in the later courses. What changes in the last two volumes of the History of Sexuality in relation to the Hermeneutics of the Subject. Also, the question of the actuality of The Culture of the Self and its relation to the current social practices for the possibility of an aesthetic of existence is another object of investigation. We then turn to the question of whether or not Foucault would propose to re-evaluate an ancient ethic, in order to reflect about the ways in which is possible to understand, through the look he has given to antiquity, an art of living.
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Escravos, selvagens e loucos: estudos sobre figuras da animalidade no pensamento de Nietzsche e Foucault

OLIVEIRA, Flavio Valentim de 27 February 2018 (has links)
Submitted by Rosana Moreira (rosanapsm@outlook.com) on 2018-07-31T19:56:33Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_EscravosSelvagensLoucos.pdf: 867136 bytes, checksum: 8a1c6da6d72a9f9a9111a5ffff8b3988 (MD5) / Approved for entry into archive by Aline Borges (aline@ufpa.br) on 2018-08-27T17:42:10Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_EscravosSelvagensLoucos.pdf: 867136 bytes, checksum: 8a1c6da6d72a9f9a9111a5ffff8b3988 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-08-27T17:42:10Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_EscravosSelvagensLoucos.pdf: 867136 bytes, checksum: 8a1c6da6d72a9f9a9111a5ffff8b3988 (MD5) Previous issue date: 2018-02-27 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este estudo é uma contribuição para a linha de pesquisa em epistemologia, especialmente a episteme educacional que dialoga com as teorias filosóficas. Seu objetivo geral é compreender o problema da educação (enquanto projeto civilizatório) como busca constante de assepsia, transcendência, evolução e superação da animalidade nos indivíduos. Seu objetivo específico é investigar três figuras da animalidade nas filosofias de Nietzsche e Foucault, a saber: o escravo, o selvagem e o louco. Para este propósito seguimos o método histórico-filosófico que procura reconstituir as fontes de leituras de ambos os filósofos e suas ressonâncias no debate atual. Em primeiro lugar, interpretamos o texto póstumo do jovem Nietzsche intitulado O Estado grego e algumas passagens Do governo dos vivos e O saber de Édipo de Foucault para expor o problema de como a democracia liberal dissimulou a vida escrava e de como a aleturgia grega desemboca na memória de escravos: ritual de verdade que indica a violenta relação entre saber, poder e animalidade trágica. Em segundo lugar, analisamos a figura do selvagem através da aproximação de algumas passagens de Humano, Demasiado Humano I com algumas constatações etnológicas de John Lubbock em sua obra clássica Origens da Civilização e a condição primitiva do homem e, posteriormente, a figura do filósofo cínico como selvagem, exposto em A coragem da verdade para, respectivamente, abordar a moralização da alma selvagem pelo ascetismo moderno e a relação entre ascese cínica e animalidade. Ainda nesta segunda parte da pesquisa, analisamos o fenômeno do cornarismo e dos aphrodisia: categorias que são abordadas em Crepúsculo dos Ídolos e História da sexualidade II: o uso dos prazeres e que tratam da relação problemática entre apetite e prazer, entre vício e animalidade. Finalmente, a terceira parte analisa a figura do louco e seu estatuto da animalidade, ora como figura de domesticação política nos delírios coletivos, chamado por Nietzsche em Além do bem e do mal como animal de rebanho, ora como experimento da liberdade patologizada na imagem do animal dócil e produtivo exposto em História da loucura. Nas três etapas investigativas desse estudo chegamos ao núcleo fundamental da tese que é explicitar a categoria da animalidade como fenômeno intimamente vinculado aos problemas entre vida escrava e vida democrática, entre natureza moral e prazeres vergonhosos, entre delírios de poder e bestialização do louco, ora como animal desviante, ora como experimento de animalidade na biopolítica. / This study is a contribution to the line of research in epistemology, especially the educational episteme that dialogues with philosophical theories. Its general objective is to understand the problem of education (as a civilization project) Its specific purpose is to investigate three figures of animality in the philosophies of Nietzsche‟s and Foucault‟s, namely, the slave, the savage and the madman. For this purpose we follow the historical-philosophical method that seeks to reconstitute the sources For this purpose we follow the historical-philosophical method that seeks to reconstitute the sources of readings of both philosophers and their resonances in the current debate. In the first place, we interpret the posthumous text of the young Nietzsche titled The Greek State and some passages From the Government of the Living and The knowledge of Oedipus of of how liberal democracy concealed the slave life and how the of how the Greek aleturgie ends in the memory of slaves: ritual of truth which indicates the violent relationship between knowledge, power and tragic animality.Secondly, we analyze the figure of the savage by approaching some passages of Human, Too Human I with some ethnological findings of John Lubbock in his classic work Origins of the Civilization and the primitive condition of the man and later the figure of the cynical philosopher as savage, set forth in The Courage of Truth for, respectively, to approach the moralization of the wild soul by modern asceticism and the relation between cynical asceticism and animality. Still in this second part of the research, we analyze the phenomenon of cornarism and aphrodisia: categories that are covered in Twilight of the Idols and History of Sexuality II: the use of pleasures and that deal with the problematic relationship between appetite and pleasure, between vice and animality. Finally, the third part analyzes the figure of the madman and his status of animality, now as a figure of political domestication in collective deliriums, called by Nietzsche in addition to good and evil as a herd animal, now as an experiment of freedom pathologized in the image of the docile and productive animal exposed in History of madness. In the three investigative steps of this study we arrive at the fundamental nucleus of the thesis that is to make explicit the category of animality as a phenomenon closely linked to the problems between slave life and democratic life, between moral nature and shameful pleasures, between delusions of power and bestiality of the madman, sometimes as a deviant animal, sometimes as an experiment of animality in biopolitics.
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Da medicina não hospitalar ao hospital médico: uma leitura das análises de Michel Foucault sobre a história da medicina

Souza, Washington Luis 07 April 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T17:27:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Washington Luis Souza.pdf: 689943 bytes, checksum: ab580f6061104e014a2c9751801dd26b (MD5) Previous issue date: 2008-04-07 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This study aims to present, having Michael Foucault s work as basis, to present the transition from classic medicine (centuries XVII and XVIII) to modern medicine (centuries XIX and XX), as a turning point, opposed to the teleologic evolution thesis proposed by the traditional medical historiography. On institutional basis, we will approach the dichotomy between medical practices and the classic hospital institutions, placing the creation of therapeutic hospital as a fact of modern age. This dissertation tries to show that classic medicine which classifies pathological species was a knowledge based in natural history and reached its top at the end of Classic Age, when the knowledge from biology, such as anatomy and physiology, were applied to the study of pathologies creating the modern empirical medicine. Modern medicine was constituted as a different knowledge with subject, object, concepts and methods completely distinct. However this change hasn´t happened due to the improvement of knowledge and practice, but because of studies that were developed outside the medical field, apart from the medical reason. Therefore it is not justificable to think about the history of medicine in terms of evolutionary continuity, being best described, on the contrary, as a discontinuous and not progressive history / Este estudo tem por objetivo, a partir da leitura da obra de Michel Foucault, apresentar a transição da medicina clássica (séculos XVII e XVIII) à medicina moderna (séculos XIX e XX), como momento de ruptura, em oposição à tese da evolução teleológica proposta pela historiografia médica tradicional. No plano institucional, serão abordadas as dicotomias entre as práticas médicas e as instituições hospitalares clássicas, situando o nascimento do hospital médico terapêutico como um fato próprio da modernidade. Esta dissertação procura explicitar que a medicina clássica classificatória das espécies patológicas, era um saber fundamentado na história natural e chegou ao seu limite no final da Idade Clássica, quando saberes originários da biologia, a exemplo da anatomia e da fisiologia, foram aplicados ao estudo das patologias criando a medicina empírica moderna. A medicina moderna se constituiu como um saber de outra ordem, com sujeito, objeto, conceitos e métodos absolutamente distintos. Contudo, essa mutação não se deu em virtude do aperfeiçoamento dos conhecimentos e das práticas, mas por meio de estudos desenvolvidos fora do campo médico, alheios à intencionalidade da razão médica. Não se justificaria, portanto, pensar a história da medicina em termos de continuidade evolutiva, cabendo descrevê-la, ao contrário, como uma história descontínua e não progressiva
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Biopolítica e as organizações: um estudo sobre a noção de biopolítica em Michel Foucault e uma reflexão sobre os mecanismos de poder na "população organizacional" / Biopolitics and organizations: a study about the notion of biopolitics in Michel Foucault and some reflections about power mechanisms on the "organizational population"

Curto, Maria Paula Ferreira 26 May 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T17:27:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maria Paula Ferreira Curto.pdf: 815296 bytes, checksum: 7b5bf26f3fc5346ca9dcf564fdb02da8 (MD5) Previous issue date: 2009-05-26 / This research aims to analyze the notion of bio-politics developed by the French philosopher Michel Foucault. Specifically, it focuses on the axis security "population" government. Starting from this analysis of the bio-politics, this dissertation proposes some possible relationships between mechanisms of "bio-power" and what we designate as "organizational population". Thus, the goal of this research is not only to present Foucault´s development of the "model of bio-political power" notion but also propose some reflections about power relations in a significant contemporary type of population: the population of business organizations. This works starts with a global vision of mechanisms of power from Michel Foucault´s perspective, trying to identify its major differences in relation to traditional models generally used to analyze such construct. The research makes, then, a detailed analysis of bio-politics, including aspects about security mechanisms and their relation to space, to management of random phenomena and normalization; about the matter of population and also about governamentality. In this regard, it departs from Christian pastoral power, considering the raison détat, until the German and the American neo-liberalisms. At the end, this work tries to investigate if companies - and, more specifically, the population of these organizations - are a possible and proper field for the manifestation of bio-power / Este trabalho de pesquisa tem como objetivo analisar a noção de biopolítica desenvolvida pelo pensador francês Michel Foucault ao longo dos seus trabalhos, principalmente no que diz respeito ao seu eixo: segurança, população e governo e, a partir dessa análise sobre a biopolítica, propor algumas possíveis relações entre os mecanismos do "biopoder" e aquilo que aqui se designou por "população organizaciona. Assim sendo, o intuito dessa pesquisa é não somente percorrer a trajetória de Foucault no desenvolvimento do seu "modelo de poder biopolítico", mas propor uma reflexão sobre as relações de poder em um tipo especial e bastante atual de população: a população das organizações empresariais. Inicia-se o trabalho com uma visão geral sobre os mecanismos de poder segundo a ótica de Michel Foucault, buscando ressaltar suas principais diferenças com relação aos modelos tradicionais de análise do poder. A investigação prossegue com uma análise mais detalhada sobre a biopolítica, abordando aspectos sobre os dispositivos de segurança e sua relação com o espaço, a gestão dos fenômenos aleatórios e a normalização; a questão da população e também sobre a governamentalidade, passando pelo poder pastoral cristão, pela razão de Estado e pelo neoliberalismo alemão e americano. Por fim, conclui-se a investigação procurando verificar se as organizações empresariais - mais especificamente as "populações" dessas organizações - constituem um campo possível e propício para a manifestação dos mecanismos de poder anteriormente analisados
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Michel Foucault e A vontade de saber

Mourani, Daniela Silva 21 August 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T17:27:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Daniela Silva Mourani.pdf: 858250 bytes, checksum: 69f3f8cc15903d177a0feb26873db241 (MD5) Previous issue date: 2009-08-21 / This is a study on The Will to Knowledge, the first volume of Michel Foucault s The History of Sexuality. By means of a genealogical analysis, Foucault approaches the history of sexuality, in Western societies, so as to understand the motivations that supported, along the centuries, the hypothesis of sexuality as the object of repressive mechanisms, thus speaking of the repressive hypothesis . In this sense, this study will highlight, in its first chapter, how Foucault fought against the repressive hypothesis to the extent that he grounded himself upon another hypothesis: the one of the development, in these societies, of proceedings, techniques and strategies of power whose main characteristic was to produce and intensify thruths, knowledges, discourses. In this case, we will observe the production of knowledge about sex, which became noteworthy through the development of a sexual science. Thus, we will notice that there has not been a search for methods to intensify sexual pleasure, but of methods to find the truth that the mechanisms of power made one believe, through scientific discourses, that existed in sex. Through this course, we will perceive that the history of sexuality, conceived by Foucault, is the history of the will to knowledge about sex, in which the discourses with effects of truth have had a fundamental role. One can say that to highlight the importance held by discourses on the sex issue, Foucault resorted, inclusively, to the literary discourse through Diderot s fable, The Indiscreet Jewels. Thus, in the second chapter, we will briefly reconstruct the fable and list the considerations made by Foucault on the notion of fiction, so we may reflect on fictional discourse. Besides that, the understanding of some aspects of Diderot s writing will allow us to relate the insertion of this fiction discourse within a historic study. Finally, we will show that sex, whether linked to reality or fiction, has been used, historically, in discourse / Este trabalho é um estudo sobre A vontade de saber, primeiro volume de História da sexualidade, de Michel Foucault. Através de uma análise genealógica, Foucault aborda a história da sexualidade, nas sociedades ocidentais, para compreender os motivos que sustentaram, ao longo dos séculos, a hipótese da sexualidade enquanto objeto de mecanismos repressores, daí falar em hipótese repressiva . Neste sentido, este estudo evidenciará, no primeiro capítulo, que Foucault combateu a hipótese repressiva à medida que se apoiou em outra hipótese: a do desenvolvimento, nestas sociedades, de procedimentos, técnicas e estratégias de poder que tiveram como característica produzir e intensificar verdades, saberes e discursos. Neste caso, estaremos observando a produção de saberes sobre o sexo, que se evidenciou pelo desenvolvimento de uma ciência sexual. Deste modo, perceberemos que não houve uma busca de métodos para se intensificar o prazer sexual, mas de métodos para se buscar a verdade, que os mecanismos de poder fizeram acreditar, através de discursos científicos, existir no sexo. Através deste percurso, perceberemos que a história da sexualidade, concebida por Foucault, é a história da vontade de saber sobre o sexo, na qual os discursos com efeitos de verdade tiveram um papel fundamental. Pode-se dizer que para realçar a importância assumida pelos discursos na questão do sexo, Foucault recorreu, inclusive, ao discurso literário através de uma fábula de Diderot, as Jóias indiscretas. Assim, no segundo capítulo, faremos uma breve reconstituição da fábula e levantaremos as considerações de Foucault sobre a noção de ficção, a fim de refletirmos acerca do discurso ficcional. Além disso, a compreensão de alguns aspectos da escrita diderotiana nos possibilitará relacionar a inserção deste discurso de ficção dentro de um estudo histórico. De todo modo, mostraremos que o sexo, independente de estar atrelado à realidade ou à ficção, tem sido, historicamente, posto em discurso
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O poder disciplinar: uma leitura da transformação da penalidade clássica à moderna nas análises de Michel Foucault

Morais, Ricardo Barbosa 04 November 1999 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T17:27:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ricardo Barbosa Morais.pdf: 395555 bytes, checksum: 8648a41fde1bdc2fc6d4b29ae37355b6 (MD5) Previous issue date: 1999-11-04 / Inserido na segunda metade do século XX, o pensamento de Michel Foucault é um dos que mais enriqueceu a Filosofia Ocidental com pesquisas históricas. Vigiar e punir é exemplar deste ponto de vista e tem como temática a história da submissão dos indivíduos na trama das relações de poder disciplinar-jurídico. Elas tornaram-se patentes como forma de poder de punir penal, graças a qual possibilitaram a reconstrução da natureza histórica da razão punitiva moderna. A singularidade do poder de punir moderno está compreendida na passagem do suplício, prática penal clássica, à prisão. Este acontecimento faz parte da dominação instaurada pelo poder disciplinar. Do século XVIII ao XIX, as relações disciplinares passaram a ser indispensáveis na organização das instituições sociais. A prática jurídica, que surgiu logo após a reforma penal do século XVIII, foi uma das que mais absorveu as práticas disciplinares. Desta conexão, surgiu um tipo de dominação eficaz, denominado poder disciplinar carcerário, cuja autoridade enquanto poder de punir está assentada na vigência legítima da linguagem jurídica soberana e na razão do conhecimento científico das ciências humanas. A concretização do poder disciplinar, o aval da justiça e a infiltração das ciências no funcionamento da prisão constituem um modo de conceber as relações de forças na sociedade disciplinar. Em seu interior o poder deixa de ser interpretado pelo seu sentido ontológico e, passa a ser analisado através de uma analítica do poder, a qual concebe o exercício do poder como uma microfísica, cujas relações funcionam como exercício de poder e produção de saber. A ação decorrente é a figura histórica do indivíduo disciplinar delinqüente detentor de um tipo de criminalidade produto do carcerário pelo qual a prisão barganha com a sociedade política e civil o seu domínio, a sua manutenção e sua sobrevivência. A contribuição do pensamento de Michel Foucault ao discurso filosófico da modernidade diz respeito à desconstrução da dinâmica da estrutura do poder moderno, evidenciando a dívida do sistema jurídico ao domínio racional das ciências humanas e a sua cumplicidade com as relações disciplinares na configuração de uma sociedade normalizadora
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Psicanálise e biopolítica - Michel Foucault e a psicanálise na história da sexualidade - V.I - A vontade de saber / Psychoanalysis and biopolitics - Michel Foucault and the psychoanalisis in story of sexuality: an introduction

Teshainer, Marcus César Ricci 03 June 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T20:22:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marcus Cesar Ricci Teshainer.pdf: 2955075 bytes, checksum: e1df989e402d3ee9af476dd566ad771c (MD5) Previous issue date: 2005-06-03 / nenhum / In the beginning it was necessary to delimit what one can understand as psychoanalysis as, even in Foucault s book, it may be seen under diverse approaches. Therefore an investigation has been carried out going over all of Foucault s pathway to check the different ways this author approches psychoanalysis in its diverse theoretical moments. Three distinct approuches can be clearly made out all over Foucault s work; at first psychoanalysis is seem as closely related to discourse, then the discussion turns to Freud as author and finally in Story of Sexuality: An Introduction psychoanalysis is seen as a dispositive. The concept of psychoanalysis to wich Foucault refers to in this book is the one related to practice, to exercise, undesrtood as an instituition of knowledge. In order to contextualize historically the different discussions throughout Foucault s work a brief study has been carried out concerning his relationship to the structuralism which was emerging in France as he was publishing his studies. In a second moment-the chosen work already being analyzed-the concepts which support biopolitics have been studied regarding their relationship to discipline and the government of populations-two points which provide a basis to this concept. After being analyzed the questions on biopolitics were related to the point of view presented by Foucault in Story of Sexuality: An Introduction about psychoanalysis and it has been attenpted to examine which consequences this relationship brings to psychoanalysis as well to biopolitics. Finally resuming the questions reised above and connecting them to each other it has been attempted to point out which aspects of psychoanalysis are linked to biopolitics and wich are not / Este estudo busca compreender através da leitura rigorosa da obra História da Sexualiade-V.I-A Vontade de Saber de Michel Foucault se a psicanálise se relaciona ou não com a Biopolítica, ou melhor, em quais aspectos há relação e em quais não. De inicio foi necessário delimitar o que se entende por psicanálise já que, mesmo nas obras de Foucault, ela ganha diversos enfoques. Para tanto fez-se uma investigação percorrendo todo o percurso de Foucault para verificar o modo que esse autor aborda a psicanálise em seus diferentes momentos teóricos. Percebeu-se que houve três abordagens distintas durante toda a sua obra; em um primeiro momento a psicanálise é vista como Discursividade depois a discussão recai sobre Freud como autor e finalmente em História da Sexualiade-V.I-A Vontade de Saber a psicanálise é vista como dispositivo. Nesta obra a psicanálise a qual Foucault se refere é a do exercício, da prática, entendida como uma instituição do saber. A fim de contextualizar historicamente as diversas discussões no decorrer da obra de Foucault, estudou-se rapidamente qual a sua relação com o estruturalismo que emergia na França no momento em que ele produzia seus estudos. Em um segundo momento já analisando a obra escolhida estudou-se os conceitos que sustentam a biopoltica até chegar a sua relação com a disciplina e o governo das populações que são dois pontos que embasam este conceito. Depois de analisadas, as questões sobre biopolítica, foram relacionadas com a visão apresentada por Foucault em História da Sexualidade-V. I sobre a psicanálise e tentou-se verificar quais as conseqüências desta relação tanto para a psicanálise quanto para a biopolítica. Finalmente, retomando as questões levantadas e articulando-as entre si, buscou-se verificar em quais aspectos a psicanálise se liga à biopolítica e em quais não
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Psicanálise e biopolítica - Michel Foucault e a psicanálise na história da sexualidade - V.I - A vontade de saber / Psychoanalysis and biopolitics - Michel Foucault and the psychoanalisis in story of sexuality: an introduction

Teshainer, Marcus César Ricci 03 June 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:57:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Marcus Cesar Ricci Teshainer.pdf: 2955075 bytes, checksum: e1df989e402d3ee9af476dd566ad771c (MD5) Previous issue date: 2005-06-03 / nenhum / In the beginning it was necessary to delimit what one can understand as psychoanalysis as, even in Foucault s book, it may be seen under diverse approaches. Therefore an investigation has been carried out going over all of Foucault s pathway to check the different ways this author approches psychoanalysis in its diverse theoretical moments. Three distinct approuches can be clearly made out all over Foucault s work; at first psychoanalysis is seem as closely related to discourse, then the discussion turns to Freud as author and finally in Story of Sexuality: An Introduction psychoanalysis is seen as a dispositive. The concept of psychoanalysis to wich Foucault refers to in this book is the one related to practice, to exercise, undesrtood as an instituition of knowledge. In order to contextualize historically the different discussions throughout Foucault s work a brief study has been carried out concerning his relationship to the structuralism which was emerging in France as he was publishing his studies. In a second moment-the chosen work already being analyzed-the concepts which support biopolitics have been studied regarding their relationship to discipline and the government of populations-two points which provide a basis to this concept. After being analyzed the questions on biopolitics were related to the point of view presented by Foucault in Story of Sexuality: An Introduction about psychoanalysis and it has been attenpted to examine which consequences this relationship brings to psychoanalysis as well to biopolitics. Finally resuming the questions reised above and connecting them to each other it has been attempted to point out which aspects of psychoanalysis are linked to biopolitics and wich are not / Este estudo busca compreender através da leitura rigorosa da obra História da Sexualiade-V.I-A Vontade de Saber de Michel Foucault se a psicanálise se relaciona ou não com a Biopolítica, ou melhor, em quais aspectos há relação e em quais não. De inicio foi necessário delimitar o que se entende por psicanálise já que, mesmo nas obras de Foucault, ela ganha diversos enfoques. Para tanto fez-se uma investigação percorrendo todo o percurso de Foucault para verificar o modo que esse autor aborda a psicanálise em seus diferentes momentos teóricos. Percebeu-se que houve três abordagens distintas durante toda a sua obra; em um primeiro momento a psicanálise é vista como Discursividade depois a discussão recai sobre Freud como autor e finalmente em História da Sexualiade-V.I-A Vontade de Saber a psicanálise é vista como dispositivo. Nesta obra a psicanálise a qual Foucault se refere é a do exercício, da prática, entendida como uma instituição do saber. A fim de contextualizar historicamente as diversas discussões no decorrer da obra de Foucault, estudou-se rapidamente qual a sua relação com o estruturalismo que emergia na França no momento em que ele produzia seus estudos. Em um segundo momento já analisando a obra escolhida estudou-se os conceitos que sustentam a biopoltica até chegar a sua relação com a disciplina e o governo das populações que são dois pontos que embasam este conceito. Depois de analisadas, as questões sobre biopolítica, foram relacionadas com a visão apresentada por Foucault em História da Sexualidade-V. I sobre a psicanálise e tentou-se verificar quais as conseqüências desta relação tanto para a psicanálise quanto para a biopolítica. Finalmente, retomando as questões levantadas e articulando-as entre si, buscou-se verificar em quais aspectos a psicanálise se liga à biopolítica e em quais não
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A condução de si e dos outros através de uma acontecimentalização da história em Michel Foucault

Jaquet, Gabriela Menezes January 2016 (has links)
L‟objectif de ce mémoire est de comprendre la possibilité et les développements de ce dont nous percevons comme une forme différente d‟aborder l‟histoire, celle qui privilégie la catégorie d‟événement dans sa composition. Pour soutenir cette idée, nous avons choisi de vérifier son opérabilité à travers l‟oeuvre de Michel Foucault en partant d‟une lecture qui rend explicites les relations entre les domaines du discursif et du non-discursif pour faire état des modifications acquises par son « événementialisation » de l‟histoire. Nous prétendons donc analyser une spécificité qui résulte de cette construction théorique qui vise à réaliser une histoire du présent : la configuration du pouvoir pastoral à partir de la problématique de sa conduction et sa relation avec le diagnostic foucaldien de l‟insurrection iranienne de 1979. / O objetivo deste trabalho é compreender a possibilidade e os desdobramentos do que percebemos como uma forma diferente de abordagem da história, que privilegia a categoria de acontecimento em sua composição. Para tal, escolhemos verificar sua operacionalidade através da obra de Michel Foucault partindo de uma leitura que explicita as relações entre os domínios do discursivo e do não-discursivo para dar conta das modificações trazidas por sua acontecimentalização da história. Pretendemos, desta maneira, analisar uma especificidade decorrente desta construção teórica que visa realizar uma história do presente: a configuração do poder pastoral a partir da problemática da condução e sua relação com o diagnóstico foucaultiano da Insurreição Iraniana de 1979. / The aim of this thesis is to understand the possibility and developments of what we perceive as a differentway of approaching history, one that gives privilege to the category of event in its composition. To achieve this, we have chosen to check its operational plausibility in the work of Michel Foucault based on a reading that makes explicit the relations between the domains of the discursive and the non-discursive. Our objective is to give an account of the modifications brought out by his eventalization of history. We thus aim to analyse a specific result stemming from the theoretical construction whose purpose is to accomplish a history of the present: the configuration of pastoral power as based on the problematic of its conduction and its relation to the Foucauldian diagnosis of the Iranian Insurrection of 1979.

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