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"Sequenciamento da região NS5A do genoma do vírus da hepatite C, genótipo 3, de pacientes brasileiros com infecção crônica" / Sequencing of NS5A region of HCV genotype 3 in brazilian patienwith chronic disease

Fernanda de Mello Malta 05 September 2006 (has links)
No presente estudo, foram selecionados 33 pacientes infectados com HCV genótipo 3a, tratados com IFN e Ribavirina, incluindo pacientes cirróticos (C) e não-cirróticos (NC), respondedores (R) e não-respondedores (NR). Foi realizado o seqüenciamento das regiões E2 e NS5A do genoma do HCV. As seqüências geradas foram analisadas quanto a presença de mutações para correlacionarmos com a resposta virológica sustentada ao tratamento e com a presença de cirrose. Na análise estatística as mutações na região E2 não apresentaram diferença significante. As mutações conservadoras encontradas nas regiões NLS e V3 da NS5A apresentaram diferença significante. Estudos funcionais envolvendo a proteína NS5A são necessários para que possamos avaliar o valor preditivo das mutações conservadoras e não-conservadoras encontradas na NS5A / The aim of this study was to analyse the sequences of fragments of E2 and NS5A regions from 33 outpatients infected with HCV genotype 3, including cirrhotic (C) and non-cirrhotic (NC) patients that have responded (R) or not (NR) to treatment. In the E2 region, we did observe few amino acids changes between patients without statistical significance. In the NLS region and in V3 domain, we found conservatives mutations with statistical significance. In conclusion, our results confirm that the ISDR domain is not predictive for treatment success in patients infected with HCV genotype 3. The carboxy-terminal region and especifically V3 domain region showed most of variations. Structure-function studies are required to identify precisely how NS5A and IFN interact
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Reação de acessos de Capsicum spp. a Colletotrichum sp., agente causal da antracnose das Solanáceas. / Reaction of accesses of Capsicum spp. to Colletotrichum sp., causal agent of anthracnose.

Mônica Juliani Zavaglia Pereira 04 March 2005 (has links)
A importância do cultivo de espécies do gênero Capsicum vem crescendo nos últimos anos no Brasil, e consequentemente, a ocorrência de doenças torna-se um problema relevante. A antracnose é a mais comum e destrutiva doença de Capsicum no Brasil e em vários países, podendo ocasionar perdas de até 100%. Seu controle usando resistência genética seria altamente desejável. O objetivo deste trabalho foi (i) caracterizar a reação à antracnose de 90 acessos de Capsicum annuum, 30 de C. baccatum, 16 de C. chinense e um de C. frutescens; (ii) estabelecer a correlação da reação à antracnose entre plântulas e frutos de Capsicum e; (iii) avaliar a reação à antracnose das progênies F3RC1 (C.annuum x C. chinense - resistente) x C. annuum e F2RC2 [(C. annuum x C. chinense) x C. annuum] x C. annuum. Para as inoculações, foram utilizados quatro isolados do fungo Colletotrichum sp. provenientes de pimentão e um isolado de pimenta, obtidos de folhas e frutos doentes. As suspensões de inóculo foram preparadas na concentração de 1 x 106 conídios/ml, separadamente para cada isolado. Após ajustada a concentração das suspensões, estas foram misturadas, a fim de reduzir efeitos de possível variabilidade patogênica dos isolados. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado com 20 repetições para plântulas e 15 repetições para frutos verdes destacados. Os ensaios foram conduzidos duas vezes. Nas inoculações das plântulas, foi adicionado 5% de caldo de cana à suspensão, como fonte exógena de energia ao patógeno. A inoculação nas plântulas foi realizada no estádio de primeira folha verdadeira completamente expandida, pela aspersão da suspensão de esporos até o ponto de escorrimento. As plântulas foram mantidas em câmara úmida por 24 horas antes e 72 horas após a inoculação. O ensaio foi instalado em sala climatizada com temperatura de 26 +/- 2°C e fotoperíodo de 12 horas. Foi avaliada a severidade de doença, usando uma escala de notas e também a incidência da doença, com base na percentagem de plântulas doentes. A inoculação nos frutos foi realizada pela deposição de uma gota de 20 µl da suspensão de esporos na parte mediana dos frutos. Posteriormente, com o auxílio de uma agulha entomológica, foi realizado um ferimento abaixo da gota. Os frutos inoculados foram mantidos em câmara úmida durante o período de avaliação. As avaliações foram realizadas pela mensuração do diâmetro médio das lesões, período latente, velocidade de crescimento da lesão e incidência. Baseando-se na avaliação dos frutos para classificação da reação, identificou-se apenas um acesso de C. annuum como resistente (n°233 – Jalapeno), um de C. baccatum (n°222 – BGH 4176) e dois de C. chinense (n°105 – Bode e n°141 – Pimenta n°2). Os demais acessos foram suscetíveis. Não houve correlação entre a reação de plântulas e frutos. As plântulas apresentaram menor quantidade de doença, em relação aos frutos. As progênies F3RC1 (3G, 4A, 4B, 4F, 4H, 5H, 6B, 6F, 8B, 8E, 8F, 9B, 9D, 9E, 9J, 10A, 13D, 13F, 14A, 14C, 16D, 16I, 17B, 19B) e as progênies F2RC2 (33F e 40G) não apresentaram lesões no estádio de frutos. Avançou-se geração nas progênies com reação de resistência em frutos, e suas populações F4RC1 e F3RC2 foram avaliadas no estádio de plântulas. Constatou-se variabilidade para a reação de antracnose nestas populações, com expressão de menor severidade e possibilidade de obter cultivares de pimentas e pimentões resistentes à antracnose. / Capsicum cultivation is an increasing activity in Brasil, and, in conseqüence, disease occurence is becoming more frequent. Anthracnose is the most common and desctructive disease of Capsicum in Brasil and other countries. Losses of 100% due to the disease are very frequent. Control of anthracnose using genetic resistance can be very suitable. The aim of this work was (i) to describe the reaction of 90 accesses of Capsicum annuum, 30 of C. baccatum, 16 of C. chinense and one of C. frutescens to anthracnose (ii) to establish the correlation of the reaction to anthracnose between seedlings and fruits of Capsicum and (iii) to evaluate the reaction to anthracnose of the progenies F3RC1 (C.annuum x C. chinense - resistant) x C. annuum and F2RC2 [(C. annuum x C. chinense - resistant) x C. annuum] x C. annuum. Four isolates of Colletotrichum sp. from pepper and one isolate from hot pepper were used for the inoculations, at a concentration of 1 x 106 spores/ml. After adjustment of the concentration of each suspension, they were mixed, in order to reduce possible effects of pathogenic variability among the isolates. The experimental design used was of completely randomized blocks with 20 and 15 replications for seedlings and green-ripe fruits inoculations, respectively. For the inoculation in seedlings, sugarcane juice at 5% was added to the spore suspensions, which were sprayed on the leaves of the seedlings at one-leaf stage. The seedlings were kept in a moist chamber for 24 hours before and 72 hours after the inoculation, at 26 +/-2°C and 12 hours photoperiod, inside a growth chamber. To evaluate anthracnose on the inoculated plants, disease incidence and disease severity were considered. The last variable was rated based on a 1 to 5 scale, according to the amount of disease on the seedlings. The fruits were inoculated with a 20 µl droplet of the spore suspensions. After depositing the inoculum, the fruits were wounded with a needle at the inoculation point and kept at 24 +/- 2°C, inside covered plastic containers. The evaluation was done based on lesions diameter, latent period, growth rate of lesions and incidence. The fruits evaluations were used for classifying the accesses reactions. Only one access of C. annuum (n°233 – Jalapeno), one of C. baccatum (n°222 – BGH 4176) and two of C. chinense (n°105 – Bode and n°141 – Pimenta n°2) were considered resistant. The remaining accesses varied in degrees of susceptibility. Positive correlation between levels of disease in seedlings and fruits were not significant. The seedlings showed less amount of disease in relation to fruits. The progenies 3G, 4A, 4B, 4F, 4H, 5H, 6B, 6F, 8B, 8E, 8F, 9B, 9D, 9E, 9J, 10A, 13D, 13F, 14A, 14C, 16D, 16I, 17B, 19B (population F3RC1) and 33F and 40G (F2RC2) did not show lesions at the fruit stage. Generations were advanced in this population and populations F4RC2 and F3RC2 were evaluated at seedling stage. These seedlings showed variability for reaction to anthracnose, with lower severity, suggesting possibility of selection for resistance in Capsicum varieties.
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Seleção de plantas resistentes e de fungicidas para o controle da "morte prematura" do maracujazeiro, causada por Nectria haematococca e Phytophthora parasitica. / Selection of resistant plants and fungicides for the control of passion fruit "premature death", caused by Nectria haematococca and Phytophthora parasitica.

Ivan Herman Fischer 28 January 2004 (has links)
O presente trabalho teve por objetivos avaliar métodos de inoculação de Nectria haematococca e Phytophthora parasitica e idades de Passiflora edulis f. flavicarpa suscetíveis à infecção; avaliar a ocorrência de damping-off e podridão de colo do maracujazeiro em solo infestado; avaliar o comportamento de diferentes Passsifloraceas e genótipos de maracujazeiro amarelo aos respectivos patógenos; realizar testes de controle químico in vitro, tratamento químico erradicante em solo infestado e tratamento químico curativo em P. edulis f. flavicarpa para os respectivos patógenos. Inoculações no colo das plantas de P. edulis f. flavicarpa proporcionaram maiores níveis de doença comparadas às inoculações no sistema radicular, previamente ferido. Os resultados sugerem que N. haematococca seja um patógeno que penetra através de ferimentos. A mortalidade foi maior quando a inoculação foi realizada em plantas mais jovens e quando os patógenos N. haematococca e P. parasitica estavam em associação. Dentre as 17 espécies de Passiflora avaliadas para resistência aos patógenos, as espécies P. nitida, P. laurifolia e P. alata apresentaram as menores médias de lesões de N. haematococca, enquanto que para P. parasitica foram as espécies P. suberosa, P. foetida e P. morifolia as menos afetadas. Passiflora sidaefolia, P. edulis f. flavicarpa e P. edulis f. edulis foram as mais suscetíveis a ambos os patógenos, com sintomas que culminaram com a morte de plantas. Os genótipos de P. edulis f. flavicarpa mais resistentes a N. haematococca foram os procedentes de Morretes (PR) e a variedade Maguari e de Sapucaí (SP), enquanto que para P. parasitica foram os genótipos de Morretes (PR), Jaboticabal (SP) e LE13P2 (IAC) os menos afetados. A variedade Sul-Brasil e o genótipo de Livramento (BA) foram altamente suscetíveis a ambos os patógenos, com sintomas que culminaram com a morte de plantas. No teste de fungitoxidade in vitro avaliou-se a eficiência dos fungicidas na inibição do crescimento micelial de N. haematococca e P. parasitica. Na dose 100 ppm somente prochloraz inibiu totalmente o crescimento micelial de N. haematococca e nenhum produto inibiu acima de 82 % o crescimento de P. parasitica. Os fungicidas prochloraz, thiabendazole, thiram+thiabendazole, carbendazim, triflumizole e captan exerceram controle erradicante em solo infestado com N. haematococca, inibindo a incidência da doença em plantas com seis semanas pós-germinação. O mesmo foi observado com os produtos kif, dimethomorph, metalaxyl+mancozeb, mancozeb, cymoxanil+maneb e oxicloreto de cobre para P. parasitica. Os fungicidas testados em tratamento curativo inibiram o desenvolvimento da doença com melhores resultados quando aplicados dois dias após a inoculação, comparado a sete dias. Os fungicidas prochloraz e carbendazim destacaram-se por evitar a morte de plantas inoculadas com N. haematococca e os fungicidas kif, dimethomorph, metalaxyl+mancozeb e cymoxanil+maneb apresentaram eficiência semelhante entre si e superior a fosetyl- Al no controle de P. parasitica. / The objectives of the present work were to evaluate methods of inoculation of Nectria haematococca and Phytophthora parasitica and ages of Passiflora edulis f. flavicarpa which are susceptible to infection; to evaluate the damping-off and collar rot of passion fruit plant in infested soil; to evaluate the behavior of different Passsifloraceas and yellow genotypes of passion fruit to the respective pathogens; to carry out tests of chemical control in vitro, eradicative chemical treatment in infested soil and curative chemical treatment in P. edulis f. flavicarpa for the respective pathogens. Inoculations in the collar zone of P. edulis f. flavicarpa plants provided higher levels of disease when compared to the inoculations in the radicular system previously wounded. The results suggest that N. haematococca is a pathogen that penetrates through wounds. Mortality was higher when the inoculation was carried out in younger plants and when both pathogens were together. Amongst the 17 species of Passiflora tested for resistance to the pathogens, P. nitida, P. laurifolia, and P. alata showed the lowest average of N. haematococca lesions, while P. suberosa, P. morifolia, and P. foetida were the least affected species by P. parasitica. Passiflora sidaefolia, P. edulis f. flavicarpa, and P. edulis f. edulis were the most susceptible to both pathogens, showing symptoms that culminated with the death of the plants. The most resistant genotypes of P. edulis f. flavicarpa to N. haematococca were those from Morretes (PR), Maguari variety, and those from Sapucaí (SP); with respect to P. parasitica, the genotypes from Morretes (PR), Jaboticabal (SP), and LE13P2 (IAC) were the least affected. The Sul- Brasil variety and the genotype from Livramento (BA) had been highly susceptible to both pathogens, having symptoms that culminated with the death of plants. The in vitro efficiency of the fungicides in the inhibition of the mycelial growth of N. haematococca and P. parasitica was evaluated. At 100 ppm, only prochloraz inhibited totally the mycelial growth of N. haematococca and no product inhibited over 82 % the growth of P. parasitica. Prochloraz, thiabendazole, thiram+thiabendazole, carbendazim, triflumizole, and captan controlled eradicatively the soil infested by N. haematococca, inhibiting the incidence of the disease in plants which were six weeks old. The same was observed for the products kif, dimethomorph, metalaxyl+mancozeb, mancozeb, cymoxanil+maneb, and copper oxychloride for P. parasitica. The tested fungicides in curative treatment inhibited the development of the disease with better results when applied two days after the inoculation, compared to seven days. Prochloraz and carbendazim were outstanding for preventing the death of plants inoculated with N. haematococca. Kif, dimethomorph, metalaxyl+mancozeb, and cymoxanil+maneb showed similar efficiency and were superior to fosetyl-Al in the control of P. parasitica.
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"Estudo clínico e endoscópico em pacientes com úlcera péptica gastroduodenal após 1 ano de erradicação do Helicobater pylori. Avaliação da relação entre o surgimento da esofagite erosiva e a cepa do Helicobacter pylori erradicado" / Clinical and endoscopic study in patients who have peptic gastroduodenal ulcer, 1 year after the eradication from Helicobacter pylori. Valuation of the relationship between the appearence of erosive esophagitis and the strains from the eradicated Helicobacter pylori

Carlos Alexandre Gonçalves Batista 13 April 2006 (has links)
Atualmente, muitas são as diretrizes na literatura quanto à influência do Helicobacter pylori na Doença do Refluxo Gastroesofágico. Alguns autores acreditam que o H. pylori poderia ter um efeito protetor para o desenvolvimento na DRGE e outros até mesmo concluem que o agente possa ser um fator agravante na doença. Muitas publicações nos alertam para o desenvolvimento de sintomas da DRGE, ou mesmo da esofagite, em uma porcentagem razoável de pacientes erradicados pelo esquema tríplice para tratar o H. pylori, sendo que aproximadamente 10% teriam DRGE. Na verdade, por essas dúvidas, ainda não foi estabelecido um consenso quanto à importância do H. pylori na etiopatogenia da DRGE e suas complicações. Fato também discutido, seria a importância das cepas para a formação da esofagite em pacientes submetidos à erradicação. Talvez as mais virulentas, assim como a presença da “ilha de patogenicidade”(cagA) ou algumas cepas vacuolizantes (vacA), teriam uma maior relação com a prevenção da esofagite. Outro mecanismo importante, apontado por muitos, para a formação da esofagite em pacientes erradicados seria a elevação do índice de Massa Corpórea nesse grupo de pacientes erradicados associados ou não à presença da hérnia hiatal e justificados pela melhor qualidade de vida após melhora dos sintomas depois da erradicação. Em nosso estudo, 148 pacientes com úlcera péptica ativa ou cicatrizada receberam esquema tríplice de erradicação para o Helicobacter pylori e foram submetidos a exame endoscópico e ao teste histopatológico das amostras colhidas por biópsias de corpo e antro, teste respiratório com Carbono 14 e urease, antes e após o tratamento. Realizamos a genotipagem do agente, através do PCR, separando amostras de corpo e de antro, para determinar as cepas do agente. Os pacientes foram seguidos ambulatorialmente por um ano e avaliados quanto à melhora ou piora dos sintomas relacionados a DRGE (pirose) e sintomas considerados inespecíficos como a dor epigástrica; também procuramos quantificar o ganho ou perda do IMC. Encontramos 28 pacientes (18,9%) com esofagite erosiva (24 grau A e 4 grau B de Los Angeles) endoscópica após o tratamento do agente. Deste grupo, somente 3 pacientes que não tinham sintomas desenvolveram pirose (2%). A grande maioria dos pacientes se beneficiou com o tratamento, mostrando que 69 46,6%) melhoraram da pirose e outra grande maioria melhorou dos sintomas inespecíficos. Em 18 pacientes ulcerosos com esofagite, a análise de fragmentos de corpo foi cagA positiva (64,3%) e em amostras de antro 21 eram cagA positivos (75%). Assim como no grupo geral, as cepas vacuolizantes s1b/m1 e s1b foram, respectivamente, as mais encontradas no grupo da esofagite endoscópica. Houve ligeiro aumento nos Índices de Massa Corpórea em pacientes com e sem esofagite, sendo estatisticamente mais significativo nos 120 pacientes sem esofagite. Apesar do aparecimento da esofagite erosiva endoscópica em número razoável de pacientes, a sintomatologia não foi fator determinante, pois muitos melhoraram dos sintomas após o tratamento, e a erradicação não foi importante para determinar o grau de esofagite erosiva. Não foi encontrada nenhuma relação entre a genotipagem do agente e o desenvolvimento de esofagite endoscópica. O aumento de IMC, também não justifica, em nosso estudo a esofagite em pacientes ulcerosos tratados contra o H. pylori. / Nowadays, there are many directrixes in literature as to the influence of Helicobacter pylori, in the Disease of Gastroesophagic reflux. Some authors believe that H. pylori could have a protective effect to the development of GERD, and others even conclude that the agent may be an aggravating factor in the disease. Many publications allert us to the development of symptoms of GERD, or even the esophagitis,in a reasonable percentage of erradicated patients by the triplicit scheme to treat H. pylori, and 10%, approximately, would have GERD. In fact, due to these doubts, a consensus has not been established yet to the importance of H. pylori in the GERD’s etiopathogenic and its complications. The strains importance to the formation of esophagitis in patients submitted to erradication is another fact that has also been discussed. Maybe the most virulent ones, as the presence of “pathogenical island”(cagA) or some other vacuolating cytotoxin (vacA), would have a larger relation in the esophagitis prevention. Another important mechanism, pointed by many, to the formation of esophagitis in erradicated patients would be the elevation of Body Mass Index in this group of eradicated patients associated or not to the presence of hiatal hernia and justified by a better quality of life due to symptoms’ improvement after erradication. In our studies, 148 patients with active or healed peptic ulcer received triplicit scheme of erradication to the Helicobacter pylori and were submitted to endoscopic exams and histopathologic test of gathered samples by body and antro biopsies, respiratory test with carbon 14 and ureasis, before and after treatment. We have done the agent genotyping, through the PCR, separating samples of body and antro, to determine the agent Cepas. The patients have been followed ambulatorially for a year and evaluated as to the improvement or worsening of the symptoms related to GERD (pyrosis) and symptoms considered non-specific as epigastric pain; we have also tried to quantify the gain or loss of Body Mass Index. We found 28 patients(18.9%) with endoscopic erosive esophagitis (24 degree A and 4 degree B of Los Angeles) after agent’s treatment. In this group, only three patients who had no symptoms developed pyrosis (2%). Most of the patients benefitted from treatment showing that 69 (46.6%) presented improvement in pyrosis and another great majority improved non-specific symptoms. In 18 ulcered patients with esophagitis, the body analysis fragments was positive cagA (64.3%)and in antro samples of 21 were positive cagA (75%). As in the general group, the vacuolizing cepas slb/ml and slb were, respectivelly, the most found in the endoscopic esophagitis group. There was a slight raise in the BMI in patients with and without esophagitis, and it is, statistically more meaningful in the 120 patients without esophagitis. Even though there was the appearance of endoscopic erosive esophagitis in a reasonable number of patients, the symptmology was not a determining factor, because many have got better after the treatment, and erradication was not important to determine the erosive esophagitis. It was not found any relation between the agent genotyping and the development of endoscopic esophagitis. The raise of BMI does not justify in our study the esophagitis in ulcered patients treated against H. pylori.
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"Incidência de doença de vias aéreas pelo vírus sincicial respiratório humano em coorte de recém nascidos do município de São Paulo: comparação de técnicas diagnósticas e caracterização molecular" / Incidence of respiratory illness by human respiratory syncytial virus in a cohort of newborn in São Paulo city : comparison of techniques and genetic diversity.

Reis, Alexanda Dias 10 May 2006 (has links)
A incidência de doença respiratória pelo vírus sincicial respiratório humano (VSRH) avaliada em uma coorte de recém-nascidos, entre dezembro/2002 a setembro/2005, foi de 9,84/1000 criança-mês.Um total de 316 amostras de lavado de nasofaringe, foram processadas por três diferentes técnicas (isolamento viral, imunofluorescência direta e PCR) para detecção de vírus respiratório sincicial humano (VSRH). Destas, 36 (11,4%) foram positivas para o VSRH. A PCR foi à técnica mais sensível, sendo positiva em 35 (11,1%) das amostras, seguido da imunofluorescência direta (25/316, 7,9%) e isolamento viral (20/315, 6,3%) (p < 0,001). Os dados do presente estudo sugerem que o conceito de isolamento viral como "padrão ouro" no diagnóstico do VSRH seja revisto. / The incidence of respiratory illnesses caused by the human respiratory syncytial virus (HRSV) in a cohort of neonates between December 2002 and September 2005 was 9.84/1000 children/month. A total of 316 samples of nasopharyngeal lavage were processed using three different techniques (viral isolation, direct immunofluorescence and PCR) to detect the human respiratory syncytial virus (HRSV). Of these, 36 (11.4%) were positive for HRSV. PCR was the most sensitive technique. It was positive in 35 (11.1%) of the samples, followed by direct immunofluorescence (25/316, 7.9%) and viral isolation (20/315, 6.3%) (p < 0.001). The findings of this study suggest that the view that viral isolation is the "gold standard" for diagnosis of HRSV should be reconsidered.
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Avaliação clínica, laboratorial, genética e ovariana de pacientes 46,XX com deficiência da atividade do P450c17: uma revisão / Clinical, ovarian, laboratory and genetic aspects of 46,XX patients with dysfunction of the P450c17 activity: a review

Carvalho, Luciane Carneiro de 29 April 2015 (has links)
A hiperplasia adrenal congênita (HAC) por deficiência no P450c17 é uma doença de herança autossômica recessiva raramente relatada em pacientes 46, XX. Nosso objetivo foi o de caracterizar o fenótipo e genótipo desta doença rara revendo os dados clínicos, laboratoriais, genéticos, e da função ovariana de pacientes 46,XX de uma coorte brasileira avaliada no HCFMUSP e dos casos já publicados na literatura. Foram avaliados retrospectivamente os dados de 18 pacientes brasileiras pertencentes a 12 famílias avaliadas no HCFMUSP, e revisados os dados de literatura de pacientes de 10 coortes com deficiência da atividade P450c17 (14 pacientes, 6 delas com defeitos no CYP17A1 e 8 com defeitos no POR). Fenótipo: A maioria das pacientes apresentou-se com amenorreia primária (74 %) e 90 % das pacientes não desenvolveram pubarca; 69,5 % das pacientes apresentavam hipertensão arterial no momento do diagnóstico. Observamos uma alta incidência de distúrbios psiquiátricos (76%), como depressão, ansiedade e síndrome do pânico, em nossa coorte, mas não foram encontrados relatos na literatura. O ultrassom mostrou um aumento de pelo menos um dos ovários em 87 % dos pacientes antes do tratamento e macrocistos ovarianos em 65%, 6 pacientes (26%) referiram terem sido submetidas a cirurgia anterior para tratamento de torção ou ruptura de ovário. O tratamento com dexametasona, estrogênio e progesterona resultou em redução efetiva do volume ovariano. Todos os pacientes apresentaram níveis basais elevados de progesterona e LH e redução dos níveis de androgênios. Não observamos correlação entre os níveis de LH, da relação LH/FSH e de progesterona com o volume ovariano nos dois defeitos. Genótipo: O estudo molecular revelou que 17 pacientes de nossa coorte apresentavam mutações inativadoras no gene CYP17A1 e 1 paciente no gene POR. Duas novas mutações foram identificadas no gene CYP17A1, a p.R362H no éxon 6 e a p.G478S no éxon 8. A mutação mais prevalente no CYP17A1 foi a p.W406R identificada em 41 % das nossas famílias. Algumas das mutações no CYP17A1 foram encontradas apenas na coorte brasileira, mas a mutação p.A287P encontrada no gene POR em uma das nossas pacientes é a mais prevalente na literatura. Em relação à etnia, houve um predomínio dos defeitos moleculares no CYP17A1 em pacientes chinesas e brasileiras, enquanto que os defeitos no gene POR foram mais relatados nas pacientes europeias e norte - americanas. Em conclusão, a análise retrospectiva do fenótipo, genótipo e morfologia ovariana de trinta e duas pacientes 46,XX portadoras de deficiência da atividade P450c17, nos permitiu destacar os seguintes aspectos: a importância da dosagem da progesterona basal para este diagnóstico, a alta prevalência de aumento dos ovários com a presença de macrocistos ovarianos com risco de torção, e de transtornos psiquiátricos identificados em nossa coorte. Acreditamos que esta revisão possa contribuir para o diagnóstico mais precoce desta rara doença congênita / Congenital adrenal hyperplasia due to P450c17 deficiency is rarely reported on 46,XX patients. Our aim was to characterize the phenotype and genotype of this rare disorder reviewing the clinical, laboratory, genetic and ovarian imaging of 46,XX patients of our cohort and of other already reported cases. We retrospectively reviewed 32 patients with deficiency of P450c17 activity: 18 Brazilian patients belonging to 12 families and 10 cohorts already published (fourteen 46,XX patients, 6 of them with CYP17A1 defects and 8 with POR defects). Phenotype: most patients had primary amenorrhea (74%) and 90% of the patients did not develop pubarche; 69.5% of the patients had blood hypertension at diagnosis. We observed a high incidence of psychiatric disorders such as depression, anxiety and panic (76%) in our cohort but no reports were found in the literature. Ultrasound showed an increase of at least one of the ovaries in 87% of the patients before treatment and ovarian macrocysts in 65% of them; 6 patients (26%) had had previous surgery for twisting or ovarian rupture. Treatment with dexamethasone, estrogen and progesterone resulted in ovarian volume reduction. All patients showed elevated basal progesterone and LH and levels, and decreased androgen levels. There was no correlation between the levels of LH and progesterone and of LH/FSH ratio and the ovarian volume in both defects. Genotype: the molecular study showed that 17 patients from our cohort had inactivating mutation in the CYP17A1 gene and 1 in POR gene. Two novel mutations were identified in the CYP17A1 gene, the p.R362H in exon 6 and p.G478S in exon 8. The most prevalent mutation in the CYP17A1 was the p.W406R, identified in 41% of our families. Some of the CYP17A1 mutations were found only in the Brazilian cohort, but the mutation p.A287P found in the POR gene is the most prevalent in the literature. Regarding the ethnicity of the defects, there was a predominance of Chinese and Brazilian patients with defects in the CYP17A1 whereas defects in POR were most reported in European and North-American subjects.Conclusion: In this data review of thirty-two 46,XX patients with dysfunction of P450c17 activity we characterized the phenotype and genotype of this rare disorder and emphasize: the importance of basal progesterone measurement for this diagnosis, the high prevalence of ovarian macrocysts with risk of twisting, and the psychiatric disorders. We believe that this review may contribute to the early diagnosis of this disorder
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Análise filogenética de genes de provável origem não humana de rotavírus do grupo A em espécimes fecais de crianças com gastrenterite aguda provenientes de Belém, Brasil

MAESTRI, Régis Piloni January 2012 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2013-05-27T22:35:07Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_AnaliseFilogeneticaGenes.pdf: 4522444 bytes, checksum: b700eacfe397c09b00e85e0075c58e7d (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Rosa Silva(arosa@ufpa.br) on 2013-06-03T17:17:04Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_AnaliseFilogeneticaGenes.pdf: 4522444 bytes, checksum: b700eacfe397c09b00e85e0075c58e7d (MD5) / Made available in DSpace on 2013-06-03T17:17:04Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5) Dissertacao_AnaliseFilogeneticaGenes.pdf: 4522444 bytes, checksum: b700eacfe397c09b00e85e0075c58e7d (MD5) Previous issue date: 2012 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Os rotavírus (RVs) são a principal causa de gastrenterites viróticas agudas tanto em seres humanos, como em animais jovens de várias espécies, incluindo bezerros, equinos, suínos, caninos, felinos e aves. A diversidade genética dos RVs está associada a diferentes mecanismos de evolução. Nesse contexto registrem-se: mutação pontual, rearranjo genômico e reestruturação (reassortment). O objetivo do presente estudo foi realizar a caracterização molecular dos genes que codificam para as proteínas estruturais e não-estruturais em amostras não usuais de RVs. Os espécimes clínicos selecionados para este estudo foram oriundos de projetos de pesquisa em gastrenterites virais conduzidos no Instituto Evandro Chagas e provenientes de crianças e neonato com gastrenterite por RVs. Os espécimes fecais foram submetidos à reação em cadeia mediada pela polimerase, para os genes estruturais (VP1-VP4, VP6 e VP7) e não estruturais (NSP1-NSP6), os quais foram sequenciados posteriormente. Oito amostras não usuais de RV oriundas de crianças e neonato com gastrenterite foram analisadas evidenciando a ocorrência de eventos de rearranjos entre genes provenientes de origem animal em 5/8 (62,5%) das amostras analisadas. Desta forma, o presente estudo demonstra que apesar de ser rara a transmissão de RVs entre espécies (animais – humanos), ela está ocorrendo na natureza, como o que possivelmente ocorreu nas amostras do presente estudo NB150, HSP034, HSP180, HST327 e RV10109. O estudo é pioneiro na região amazônica e reforça dados descritos anteriormente que demonstram o estreito relacionamento existente entre genes provenientes de origem humana e animal que possam representar um desafio às vacinas ora em uso introduzidas em escala progressiva nos programas nacionais de imunização. / Rotaviruses (RVs) are the main cause of acute viral gastroenteritis in both humans and young animals of species such as calves, horses, pigs, dogs, cats, and birds. The genetic diversity of RVs is related to a variety of evolutionary mechanisms, including point mutation, genome reassortment, and reassortment. The objective of this study was realized the molecular charaxterization of the genes that encode structural and nonstructural proteins in unusual RV strains. The clinical specimens selected for this study were obtained from children and newborns with RV gastroenteritis, who participated in research projects on viral gastroenteritis conducted at the Evandro Chagas Institute. Structural (VP1-VP4, VP6, and VP7) and nonstructural (NSP1-NSP6) genes were amplified from stool samples by the polymerase chain reaction and subsequently sequenced. Eight unusual RV strains isolated from children and newborns with gastroenteritis were studied. Reassortments between genes of animal origin were observed in 5/8 (62.5%) strains analyzed. These results demonstrate that, although rare, interspecies (animal-human) transmission of RVs occurs in nature, as observed in the present study in strains NB150, HSP034, HSP180, HST327, and RV10109. This study is the first of its kind conducted in the Amazon region and supports previous data showing a close relationship between genes of human and animal origin, representing a challenge to the large-scale introduction of RV vaccines in national immunization programs.
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"Doença de Wilson: aspectos demográficos e fenotípicos relacionados ao genótipo ATP7B e estudo do haplótipo em portadores da mutação L708P" / Wilson disease : demographic and phenotypic aspects related to ATP7B genotype and haplotype analysis in carriers of the L708P mutation

Deguti, Marta Mitiko 12 March 2004 (has links)
A doença de Wilson é um distúrbio da excreção biliar de cobre devido a um defeito na proteína ATP7B. Em caráter pioneiro na América do Sul, seqüenciou-se o gene ATP7B em 60 pacientes brasileiros pertencentes a 46 famílias; os resultados foram relacionados com aspectos demográficos e fenotípicos. Detectaram-se 25 mutações, 12 das quais novas. A 3402delC (34,8%) e a L708P (14,1%) ocorreu em 58,3% das famílias de São Paulo e em 44,4% das de Minas Gerais, respectivamente. As substituições novas, pesquisadas por RFLP ou PCR alelo-específica, não ocorreram em 60 indivíduos controle; portanto, não são polimorfismos comuns. O estudo comparativo de haplótipos dos portadores da L708P da coorte atual e de Gran Canaria sugeriu um efeito-fundador comum para ambos os grupos. O fenótipo variou amplamente para genótipos idênticos / ATP7B protein. As the first study of its kind in South America, the ATP7B gene was sequenced and the results were related to demographic and phenotypic aspects of 60 Brazilian patients, from 46 distinct families. Twenty-five mutations were detected, 12 of which are novel. The 3402delC (34.8%) and the L708P (14.1%) occurred in 58.3% of the families from Sao Paulo and in 44.4% of those from Minas Gerais, respectively. The novel substitutions were shown not to be common polymorphisms by RFLP or allele-specific PCR studies performed in 60 control subjects. Haplotype analysis comparing carriers of the L708P from this cohort study with patients from Gran Canary suggests the same founder-effect for both groups. Phenotype varied widely for identic genotypes.
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Distribuição do tipo de fibras musculares e sua correlação genotípica na doença de Pompe / Muscle fiber type distribution and genotype correlation in the Pompe disease

Matsunaga, Erika Midoli 27 February 2009 (has links)
A doença de Pompe (GSDII), autossômica recessiva, é causada pela deficiência da enzima lisossomal que degrada o glicogênio, -glucosidase ácida (GAA). O quadro clínico varia de acordo com a idade de início da doença, grau de progressão e envolvimento dos tecidos: predominantemente cardíaco e muscular esquelético na forma de início-precoce (FIP) e mais restrito no músculo esquelético na forma de início-tardio (FIT). A sobrevida média na FIP é de 9-12 meses. Com avanço dos métodos histológicos, histoquímicos e imunoistoquímicos intensificou-se a análise estrutural e funcional dos tipos de fibras musculares. O estudo da vascularização também é de importância pelo aporte nutricional e funcional das fibras. O objetivo do presente trabalho é analisar a correlação da distribuição do tipo de fibras com a forma de apresentação clínica da doença de Pompe, seu genótipo correspondente e a quantidade residual da enzima GAA. Analisou-se 10 biópsias musculares de pacientes FIP e 09 de FIT comparados com o grupo controle, pareados por idade e gênero. Os pacientes foram selecionados segundo dados clínicos e laboratoriais, sendo feito o seqüenciamento de toda parte codificante do gene e Western Blotting (WB) com anticorpo monoclonal 15362-157, cedido pela Genzyme (primário 1:200 e secundário 1:10.000). A confirmação do diagnóstico foi feita através da medida da atividade residual de GAA em papel filtro, da presença de miopatia vacuolar com grânulos PAS e fosfatase ácida positivos em biópsia muscular e pela presença de mutação no gene GAA. A reação de imunoistoquímica foi realizada para fibras tipo I (lenta), tipo II (rápida) e densidade capilar (ulex), utilizando anticorpos monoclonais, respectivamente: antimiosina lenta (1:80), anti-miosina rápida (1:40) da Novocastra e ulex da Vector (1:800). A contagem das fibras foi realizada por 2 observadores em todo fragmento do corte transversal da biópsia com auxílio de um programa semi-automatizado. Observou-se predomínio de fibras tipo II em ambos os gêneros na FIP e predomínio de fibras tipo I em mulheres e tipo II em homens, na FIT. Aumento da densidade capilar, em comparação com os controles, foi notada em ambas as formas IP e IT. Verificou-se em média 90% de fibras vacuoladas nos casos FIP com completa distorção da arquitetura, enquanto na FIT, a porcentagem de fibras vacuoladas foi variável (0-88%). Como alguns genes constitutivos influenciam na distribuição das fibras musculares, como o gene ACE, o polimorfismo deste gene foi analisado quanto aos genótipos I/I, D/D e I/D. Observou-se ausência de concordância entre o genótipo do ACE e a distribuição de fibras em 60% dos casos da FIP e FIT, atribuindo-se o resultado da distribuição do tipo de fibras como parte da patologia da doença de Pompe. A gravidade da doença variou inversamente com a quantidade de enzima residual, sendo compatível com o quadro clínico do paciente. A presença de mutação deletéria em ambos os alelos foi observada em 3/10 casos de IP, sendo que todos os 3 casos apresentaram ausência total de enzima no WB. Há maior envolvimento de fibras tipo II em GSDII, sem depleção da microcirculação muscular. Estudos demonstram que a remoção do depósito de glicogênio ocorre diferencialmente nos tipos de fibra, sendo menos eficiente nas fibras tipo II. O achado do presente estudo poderá ter implicações na resposta à recente terapêutica proposta por reposição enzimática. / The glycogen storage disease type II (GSDII), autosomal recessive disorder, is caused by the deficiency of GAA (acid -glucosidase) a lysossomal enzyme that degrades the glycogen. The clinical findings are in accordance to great variability of age onset, degree of disease progression and extent of tissue involvement: predominantly cardiac and skeletal muscle in the infantile form (I) and more restricted to the skeletal muscle in the late-onset form (LO). The average survival time of the infantile form is 9-12 months. With advances of the histological, histochemical and imunohistochemical methods structural and functional analysis of muscle fiber types were intensified. The study of the capillary density is also important for nutritional and functional aspects. The objective of the present work is to analyze the correlations of the fiber type distribution to clinical presentation, genotype and residual GAA enzymatic activity. We analyzed 10 muscle biopsies of infantile and 09 of late-onset patients and compared to age and gender matched controls. The patients were selected according to clinical and laboratorial data, molecular diagnosis by full gene sequencing, and Western Blotting (WB) with monoclonal antibody 15362-157, courtesy Genzyme Science Group (primary 1:200 and secondary 1:10.000). Diagnostic confirmation was made by GAA enzymatic measurement in DBS, presence of vacuolar myopathy in muscle biopsy, and presence of mutation in GAA gene. The imunohistochemical study was carried out by detection of type I (slow), type II (fast) fibers and capillaries, using monoclonal antibodies, respectively: anti-slow myosin (1:80), anti-fast myosin (1:40) (Novocastra) and ulex (1:800) (Vector). Morphometry was performed by 2 observers using a half-automatized program. Type II fiber predominance was observed in both gender in the infantile form, type I fiber predominance in women and type II predominance in men with LO. Increase of the capillary density, in comparison to controls was noticed in both forms. 90% of vacuolated fibers with complete distortion of fiber architecture were demonstrated in I cases, while in LO, the percentage of vacuolated fibers ranged from 0 to 88%. As some constitutive gene, like ACE, influence muscle fiber distribution, its polymorphisms I/I, D/D and I/D gene were analyzed. Absence of agreement was observed between ACE genotype and fiber type distribution in 60% of I and LO cases, which was attributed as consequence of Pompe disease pathology itself. The disease severity varied inversely to the amount of residual GAA enzymatic activity, being compatible with the patient clinical findings. The presence of deleterious mutation in both alleles was observed in 3/10 infantile cases, and all 3 presented total enzyme absence at WB. A greater fiber type II involvement was observed in GSDII, without decrease in muscle capillary density. Recent studies demonstrated that glycogen deposit removal occurs distinctively in different fiber types, being less efficient in type II fibers. The present findings might have implications in the reply to the recent proposed enzyme replacement therapy.
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Avaliação clínica, laboratorial, genética e ovariana de pacientes 46,XX com deficiência da atividade do P450c17: uma revisão / Clinical, ovarian, laboratory and genetic aspects of 46,XX patients with dysfunction of the P450c17 activity: a review

Luciane Carneiro de Carvalho 29 April 2015 (has links)
A hiperplasia adrenal congênita (HAC) por deficiência no P450c17 é uma doença de herança autossômica recessiva raramente relatada em pacientes 46, XX. Nosso objetivo foi o de caracterizar o fenótipo e genótipo desta doença rara revendo os dados clínicos, laboratoriais, genéticos, e da função ovariana de pacientes 46,XX de uma coorte brasileira avaliada no HCFMUSP e dos casos já publicados na literatura. Foram avaliados retrospectivamente os dados de 18 pacientes brasileiras pertencentes a 12 famílias avaliadas no HCFMUSP, e revisados os dados de literatura de pacientes de 10 coortes com deficiência da atividade P450c17 (14 pacientes, 6 delas com defeitos no CYP17A1 e 8 com defeitos no POR). Fenótipo: A maioria das pacientes apresentou-se com amenorreia primária (74 %) e 90 % das pacientes não desenvolveram pubarca; 69,5 % das pacientes apresentavam hipertensão arterial no momento do diagnóstico. Observamos uma alta incidência de distúrbios psiquiátricos (76%), como depressão, ansiedade e síndrome do pânico, em nossa coorte, mas não foram encontrados relatos na literatura. O ultrassom mostrou um aumento de pelo menos um dos ovários em 87 % dos pacientes antes do tratamento e macrocistos ovarianos em 65%, 6 pacientes (26%) referiram terem sido submetidas a cirurgia anterior para tratamento de torção ou ruptura de ovário. O tratamento com dexametasona, estrogênio e progesterona resultou em redução efetiva do volume ovariano. Todos os pacientes apresentaram níveis basais elevados de progesterona e LH e redução dos níveis de androgênios. Não observamos correlação entre os níveis de LH, da relação LH/FSH e de progesterona com o volume ovariano nos dois defeitos. Genótipo: O estudo molecular revelou que 17 pacientes de nossa coorte apresentavam mutações inativadoras no gene CYP17A1 e 1 paciente no gene POR. Duas novas mutações foram identificadas no gene CYP17A1, a p.R362H no éxon 6 e a p.G478S no éxon 8. A mutação mais prevalente no CYP17A1 foi a p.W406R identificada em 41 % das nossas famílias. Algumas das mutações no CYP17A1 foram encontradas apenas na coorte brasileira, mas a mutação p.A287P encontrada no gene POR em uma das nossas pacientes é a mais prevalente na literatura. Em relação à etnia, houve um predomínio dos defeitos moleculares no CYP17A1 em pacientes chinesas e brasileiras, enquanto que os defeitos no gene POR foram mais relatados nas pacientes europeias e norte - americanas. Em conclusão, a análise retrospectiva do fenótipo, genótipo e morfologia ovariana de trinta e duas pacientes 46,XX portadoras de deficiência da atividade P450c17, nos permitiu destacar os seguintes aspectos: a importância da dosagem da progesterona basal para este diagnóstico, a alta prevalência de aumento dos ovários com a presença de macrocistos ovarianos com risco de torção, e de transtornos psiquiátricos identificados em nossa coorte. Acreditamos que esta revisão possa contribuir para o diagnóstico mais precoce desta rara doença congênita / Congenital adrenal hyperplasia due to P450c17 deficiency is rarely reported on 46,XX patients. Our aim was to characterize the phenotype and genotype of this rare disorder reviewing the clinical, laboratory, genetic and ovarian imaging of 46,XX patients of our cohort and of other already reported cases. We retrospectively reviewed 32 patients with deficiency of P450c17 activity: 18 Brazilian patients belonging to 12 families and 10 cohorts already published (fourteen 46,XX patients, 6 of them with CYP17A1 defects and 8 with POR defects). Phenotype: most patients had primary amenorrhea (74%) and 90% of the patients did not develop pubarche; 69.5% of the patients had blood hypertension at diagnosis. We observed a high incidence of psychiatric disorders such as depression, anxiety and panic (76%) in our cohort but no reports were found in the literature. Ultrasound showed an increase of at least one of the ovaries in 87% of the patients before treatment and ovarian macrocysts in 65% of them; 6 patients (26%) had had previous surgery for twisting or ovarian rupture. Treatment with dexamethasone, estrogen and progesterone resulted in ovarian volume reduction. All patients showed elevated basal progesterone and LH and levels, and decreased androgen levels. There was no correlation between the levels of LH and progesterone and of LH/FSH ratio and the ovarian volume in both defects. Genotype: the molecular study showed that 17 patients from our cohort had inactivating mutation in the CYP17A1 gene and 1 in POR gene. Two novel mutations were identified in the CYP17A1 gene, the p.R362H in exon 6 and p.G478S in exon 8. The most prevalent mutation in the CYP17A1 was the p.W406R, identified in 41% of our families. Some of the CYP17A1 mutations were found only in the Brazilian cohort, but the mutation p.A287P found in the POR gene is the most prevalent in the literature. Regarding the ethnicity of the defects, there was a predominance of Chinese and Brazilian patients with defects in the CYP17A1 whereas defects in POR were most reported in European and North-American subjects.Conclusion: In this data review of thirty-two 46,XX patients with dysfunction of P450c17 activity we characterized the phenotype and genotype of this rare disorder and emphasize: the importance of basal progesterone measurement for this diagnosis, the high prevalence of ovarian macrocysts with risk of twisting, and the psychiatric disorders. We believe that this review may contribute to the early diagnosis of this disorder

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