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Literaturas subterrâneas e formação-artista: biografização, escrita e experiência / Subterranean literature and artist-formation

Olinda, Sahmaroni Rodrigues de January 2016 (has links)
OLINDA, Sahmaroni Rodrigues de. Literaturas subterrâneas e formação-artista: biografização, escrita e experiência. 2016. 194f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2016. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2016-11-07T12:14:37Z No. of bitstreams: 1 2016_tese_srolinda.pdf: 1863104 bytes, checksum: 49e9d522541ae75e7cf14b489c36f4d5 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2016-11-07T14:45:47Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_tese_srolinda.pdf: 1863104 bytes, checksum: 49e9d522541ae75e7cf14b489c36f4d5 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-11-07T14:45:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_tese_srolinda.pdf: 1863104 bytes, checksum: 49e9d522541ae75e7cf14b489c36f4d5 (MD5) Previous issue date: 2016 / Reading – as a braconnage – of the biographical process of the experience of the agents self-called writers, “sons of a sheet”, this study aims at comprehending, from the self-figuring along the biographical narrations about the way some social agents, who do not “depend” on editorial market – the “market order of the books” – to make their artistical-literary works come out become writers (process of subjectivity, immersion of existential territories). The objective is to enlighten a huge production of some subterranean literature which bathe and drop in pubs, streets, cafes, culture points, among other zones of meeting and sharing. Our theoretical support is upon the following postulates and authors: Roger Chartier (2003, 2005, 2009) and the studies about reading as a culture practice; Michel de Certeau and the microbial practices of the invention of the ordinary life; Jorge Larossa (1998, 2002, 2004) and the relation between formation and experience; Jacques Rancière (1987, 1995, 2000) and his conceptions about the sharing of the sensitive and his method of equality, Guatari (2011, 2012) and Guatari & Deleuze (1990, 2011) and their conception about subjectivity. As a methodological perspective, we made use of the Biographical Research on Education (DELORY-MOMBERGER, 2015). We also made use of the narrative interview and the journals of the researcher and the researched as “techniques” of producing data. We produced a way of reading the data which respected the singularities of the per-courses and the territories studied. The study made evident a huge production and circulation of literary printed-objects (fanzines, hand-made books, loose sheets etc.) and the difficulty of separation between screen/page as a way to promote the literary writing as well as the ways of being, making and acting of the interviewed writers – their artist-formation – to become “sons of a sheet”. / Leitura – como braconnage – da biografização da experiência de agentes que se dizem escritores, filhos da pauta, este estudo objetiva compreender, a partir da figuração de si nos relatos biográficos sobre como agentes sociais que não “dependem” do mercado editorial – a “ordem mercadológica dos livros” – para fazerem circular seus trabalhos artístico-literários formam-se “escritores/as” (processo de subjetivação, imersão de territórios existenciais). Trata-se de evidenciar uma caudalosa produção de literaturas subterrâneas que banham e escorrem em bares, ruas, bosques, centros culturais, dentre outras zonas de encontro e partilha. Para tanto, contou com o apoio teórico de Roger Chartier (2003, 2005, 2009) e os estudos sobre a leitura como prática cultural, Michel de Certeau (1990) e as práticas microbianas de invenção do cotidiano, Jorge Larossa (1998, 2002, 2004) e a relação entre formação e experiência, Jacques Rancière (1987, 1995, 2000) e suas concepções de partilha do sensível e método da igualdade, Guattari (2011, 2012) e Guattari & Deleuze (1990, 2011) e sua concepção sobre subjetivação. Como perspectiva metodológica, foi utilizada a Pesquisa Biográfica em Educação (DELORY-MOMBERGER, 2015). Foram utilizadas a entrevista narrativa, o diário de campo e o diário de participante como “técnicas” de produção de dados. Produzimos então uma forma de ler os dados que respeitasse as singularidades dos percursos e territórios estudados. O estudo evidenciou uma proliferação de produção e circulação de objetos-impressos literários (zines, livros feitos à mão, folhas avulsas etc) e a dificuldade de separação entre tela/página como modo de divulgação de escritos literários por parte dos artistas da palavra entrevistados, como também seus modos de fazer, ser e agir – sua formação-artista – para se tornarem filhos da pauta.
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Sem título, à Hilda Hilst

Alexandrini, Camila January 2013 (has links)
Cette dissertation commence avec les questions et les inquiétudes qui émergent de la lecture de l’oeuvre de Hila Hilst et aussi d'un désir théorique qui traverse mon chemin académique. Quand je mets les textes de l'auteur face au concept de la dispersion de Maurice Blanchot, je n'ai pas l'intention de m'enfermer dans une analyse littéraire dépliée en ses genres, ici ou ailleurs. Où va Hilda Hilst ? Où va la théorie littéraire? À son disparition, comme Blanchot dit en réponse à la question: “Où va la littérature?" Dans ce sens je m'inquiète de m’éloigner du vouloir-saisir des théories, pour que les mots de Hilst apparaissent dans l'état de devenir poétique, comme en fait ils le sont. Alors, les choix que j'ai faits des textes littéraires de Hilst ont suivi deux critères : le plaisir de la lecture et le désir de la dispersion. D’ailleurs je me sers de la possibilité de la pluralité de l'objet littéraire dans la postmodernité pour apporter aux textes des réflexions qui surgissent pas seulement de la littérature mais aussi comme de possibles dépliements de ces textes dans le théâtre et dans les arts plastiques. De cette façon, par l'intersection des théories, étant elles surtout la théorie littéraire et la théorie théâtrale, je cherche d'autres voies pour la compréhension des textes de Hilda Hilst, bien comme de l'objet de la littérature. Sous l'inclination du critique littéraire Roland Barthes, mon écriture est construite à travers les notions d'écriture et de fragment. C'est en raison d'une envie de déplacement que la disposition de ces éléments dans un ensemble devient possible. De l'immensité au geste, la littérature d'Hilst s'échappe d'une représentation et est conduite à ce que je comprends par théâtralité. Ainsi le déplacement est aperçu au long d'un parcours instable et inachevé d'une analyse littéraire et y compris d'un corps qui se promène pour d'autres langages, où il est possible de se retrouver au bord de ce chemin Walter Benjamin. Le « je » qui traverse mon écriture n'es pas effacé, puisque pour que je devienne une autre il est nécessaire détendre ce « je » à travers des langages qui le constituent. Parmi les divers faits et gestes de la littérature comparée, rien ne m'intéresse autant que les traces d'une liberté qui est là offerte au domaine théorique de la littérature, même devant beaucoup d'impasses. La liberté qui est ici assumée dans son écriture et dans son responsabilité. / Esta dissertação parte dos questionamentos e das inquietudes que surgem da leitura da obra de Hilda Hilst e de um pulsar teórico que transpassa minha trajetória acadêmica. Uma vez que coloco os textos da autora diante do conceito de dispersão de Maurice Blanchot, não intento me delimitar a uma análise literária desdobrada em seus gêneros, nesse ou naquele lugar. Para onde vai Hilda Hilst? Para onde vai a teoria literária? Ao seu desaparecimento, como diz Blanchot em resposta à pergunta: “Para onde vai a literatura?” Nesse sentido, preocupo-me em distanciar-me do querer-agarrar das teorias, para que as palavras de Hilst apareçam em estado de devir poético, como de fato elas são. Sendo assim, as escolhas que fiz dos textos literários de Hilst levaram em conta dois critérios: o prazer na leitura e o desejo de dispersão. Além disso, utilizo-me da possibilidade de pluralidade do objeto literário na pós-modernidade para trazer ao texto reflexões que surgem não só da literatura, mas também de seus possíveis desdobramentos no teatro e nas artes plásticas. De tal modo, através do entrecruzamento de teorias, sendo elas, principalmente, a literária e a teatral, busco outras vias à compreensão dos textos literários da autora, bem como do objeto da literatura. Sob o viés da crítica literária de Roland Barthes, minha escrita é construída por meio dos conceitos de escritura e fragmento. É devido a um anseio de deslocamento que a disposição desses elementos em conjunto torna-se possível. Da imensidão ao gesto, a literatura hilstiana escapa de uma representação e é conduzida ao que entendo por teatralidade. Assim, o deslocamento é percebido no percurso instável e inconcluso de uma análise literária e, inclusive, de um corpo que passeia por outras linguagens, onde Walter Benjamin aparece à margem desse caminho. O eu que atravessa minha escrita não é obliterado, já que, para tornar-me outra, é necessário distender esse eu através das linguagens que o constituem. Entre os diversos fazeres da literatura comparada, nada me interessa tanto quanto os rastros de uma liberdade que ali é disposta ao teórico da literatura, mesmo que diante de tantos impasses. Liberdade que é aqui assumida em sua escrita e também em sua responsabilidade.
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A personagem ensimesmada em Tu n?o te moves de ti

Chacon, Maria Lu?za Assun??o 26 October 2015 (has links)
Submitted by Automa??o e Estat?stica (sst@bczm.ufrn.br) on 2017-03-20T19:18:35Z No. of bitstreams: 1 MariaLuizaAssuncaoChacon_DISSERT.pdf: 788438 bytes, checksum: d30d2c797345d3fdcf3e33ae29cd2046 (MD5) / Approved for entry into archive by Arlan Eloi Leite Silva (eloihistoriador@yahoo.com.br) on 2017-03-21T21:34:46Z (GMT) No. of bitstreams: 1 MariaLuizaAssuncaoChacon_DISSERT.pdf: 788438 bytes, checksum: d30d2c797345d3fdcf3e33ae29cd2046 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-21T21:34:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 MariaLuizaAssuncaoChacon_DISSERT.pdf: 788438 bytes, checksum: d30d2c797345d3fdcf3e33ae29cd2046 (MD5) Previous issue date: 2015-10-26 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior (CAPES) / Esta pesquisa pretende analisar a obra Tu n?o te moves de ti (1980), de Hilda Hilst (1930-2004). Em nossa investiga??o, observaremos primordialmente a complexidade do comportamento das personagens. ? importante destacar, no entanto, que o fato de a personagem ser a categoria principal de nossa an?lise n?o implica na exclus?o de outros elementos da narrativa. Detectamos que a personagem, elemento mais atuante da fic??o, encontra-se radicalmente ensimesmada no texto hilstiano, e ? sobre esse aspecto que pretendemos nos deter. Sendo assim, investigaremos a rela??o estabelecida entre a subjetividade exacerbada das personagens e a linguagem utilizada pela autora. Para tanto, observaremos o recurso discursivo que ? bastante recorrente em seus textos: o fluxo da consci?ncia. Refletir acerca desse recurso ? de fundamental import?ncia para a nossa pesquisa, pois a problematiza??o do indiv?duo, na escrita de Hilst, passa tamb?m pelo desordenamento da linguagem. ? v?lido ressaltar, ainda, que consideraremos o contexto social no qual a obra se insere, promovendo di?logos entre ambos a fim de evidenciar de que forma a sociedade se configura no romance. Em fun??o disso, n?o entenderemos o isolamento das personagens somente em sua dimens?o ontol?gica, mas tamb?m em sua dimens?o hist?rica e social. / Esta pesquisa pretende analizar la obra Tu n?o te moves de ti (1980), de Hilda Hilst (1930-2004). En nuestra investigaci?n, observaremos primordialmente la complejidad del comportamiento de los personajes. Es importante destacar, sin embargo, que la elecci?n del personaje como categor?a principal de nuestro an?lisis no implica la exclusi?n de otros elementos de la narrativa. Detectamos que el personaje, elemento m?s actuante de la ficci?n, se encuentra radicalmente ensimismado en el texto hilstiano, y es acerca de este aspecto que pretendemos detenernos. Por lo tanto, investigaremos la relaci?n establecida entre la subjetividad exacerbada de los personajes y el lenguaje utilizado por la autora. Para eso, observaremos el recurso discursivo que es bastante recurrente en sus textos: el flujo de conciencia. Reflexionar acerca de este recurso es de fundamental importancia para nuestra investigaci?n, ya que la problematizaci?n del individuo, en la escrita de Hilst, pasa tambi?n por el desordenamiento del lenguaje. Es v?lido resaltar, todav?a, que consideraremos el contexto social en el cual la obra se inserta, promoviendo di?logos entre ambos con fin de evidenciar de qu? forma la sociedad se configura en la novela. En funci?n de esto, no entenderemos el aislamiento de los personajes solamente en su dimensi?n ontol?gica, pero tambi?n en su dimensi?n hist?rica y social.
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O mecanismo sacrificial em Poemas malditos, gozosos e devotos de Hilda Hilst

Sampaio, Higor Alberto [UNESP] 15 March 2013 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:29:50Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2013-03-15Bitstream added on 2014-06-13T19:18:27Z : No. of bitstreams: 1 sampaio_ha_me_sjrp.pdf: 424248 bytes, checksum: e510be6337cbb550bfd06cb4cb9c2069 (MD5) / O objetivo da pesquisa é propor uma leitura de Poemas malditos, gozosos e devotos (1984), de Hilda Hilst, a partir do tema e do paradigma do sacrifício. Segundo Hubert e Mauss (2005), o sacrifício é uma dádiva, um presente, que o homem religioso oferece a seres superiores aos quais lhe convém se ligar. Em todo o sacrifício, um objeto (a vítima) passa do domínio comum ao domínio sagrado. Bataille (1987) estabeleceu uma similitude entre o ato erótico e o sacrificial. O ato amoroso, segundo ele, não desintegra menos o ser que o sacrificante ao imolar sua vítima. O domínio do erotismo torna-se o domínio da violência, da violação. A parte feminina, enquanto vítima, se dissolve e a parte masculina toma o lugar do sacrificador, e ambos se perdem, durante a consumação do ato erótico, numa continuidade estabelecida por um ato que se fundamenta na destruição. Nesse sentido, uma vez que a obra de Hilda Hilst, desde seu surgimento, perscruta o Sagrado (COELHO, 1993), a relação entre erotismo e sacrifício é uma via privilegiada de leitura para essa poesia. Considerando-se o modo de representação do discurso poético hilstiano, que encena o jogo entre eu e tu, a leitura do conjunto evidencia a anulação do sujeito poético, configurando-se como vítima, e a figuração do Outro como grande sacrificador. O tema do sacrifício conteria em si uma possibilidade de elucidação do sentido estético dessa poesia, como a admissão mais radical de sua lógica contraditória, na qual a retórica místico-religiosa convive com o sensualismo mais desbravado. Nesse contexto, os paradoxos sobejam, fazendo comunicar o mais alto e o mais baixo, seja tematicamente, seja linguisticamente / The objective of this reflection is to scrutinize one of the topics dear to Hilda Hilst’s poetic: the representation of the Sacred, in order to establish a knowledge about the construction of the lyrical subjectivity in such poetry. According to Hubert and Mauss (2005), the sacrifice is a gift that religious man offers to the gods. In every sacrifice, an object becomes sacred. Bataille (1987) has established a similarity between the act erotic and the sacrificial. The loving act, according to him, not least disintegrates the being that sacrificer to slay his victim. The field of eroticism becomes the field of violence and violation. The female part, as victim, is dissolved and the male part takes the place of the sacrificer. Since Hilda Hilst’s poetic scrutinizes the Sacred (COELHO, 1993), the relationship between eroticism and sacrifice is a privileged way of reading for this poetry. The theme of sacrifice would contain within itself a possibility of elucidation of aesthetic sense that poetry, such as the admission more radical in its contradictory logic, in which the rhetoric mystical-religious coexists with the sensuality more uncovered. In this context, the paradoxes were stationed, and communicate the ‘highest’ and the ‘lowest’, thematically and linguistically
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Sem título, à Hilda Hilst

Alexandrini, Camila January 2013 (has links)
Cette dissertation commence avec les questions et les inquiétudes qui émergent de la lecture de l’oeuvre de Hila Hilst et aussi d'un désir théorique qui traverse mon chemin académique. Quand je mets les textes de l'auteur face au concept de la dispersion de Maurice Blanchot, je n'ai pas l'intention de m'enfermer dans une analyse littéraire dépliée en ses genres, ici ou ailleurs. Où va Hilda Hilst ? Où va la théorie littéraire? À son disparition, comme Blanchot dit en réponse à la question: “Où va la littérature?" Dans ce sens je m'inquiète de m’éloigner du vouloir-saisir des théories, pour que les mots de Hilst apparaissent dans l'état de devenir poétique, comme en fait ils le sont. Alors, les choix que j'ai faits des textes littéraires de Hilst ont suivi deux critères : le plaisir de la lecture et le désir de la dispersion. D’ailleurs je me sers de la possibilité de la pluralité de l'objet littéraire dans la postmodernité pour apporter aux textes des réflexions qui surgissent pas seulement de la littérature mais aussi comme de possibles dépliements de ces textes dans le théâtre et dans les arts plastiques. De cette façon, par l'intersection des théories, étant elles surtout la théorie littéraire et la théorie théâtrale, je cherche d'autres voies pour la compréhension des textes de Hilda Hilst, bien comme de l'objet de la littérature. Sous l'inclination du critique littéraire Roland Barthes, mon écriture est construite à travers les notions d'écriture et de fragment. C'est en raison d'une envie de déplacement que la disposition de ces éléments dans un ensemble devient possible. De l'immensité au geste, la littérature d'Hilst s'échappe d'une représentation et est conduite à ce que je comprends par théâtralité. Ainsi le déplacement est aperçu au long d'un parcours instable et inachevé d'une analyse littéraire et y compris d'un corps qui se promène pour d'autres langages, où il est possible de se retrouver au bord de ce chemin Walter Benjamin. Le « je » qui traverse mon écriture n'es pas effacé, puisque pour que je devienne une autre il est nécessaire détendre ce « je » à travers des langages qui le constituent. Parmi les divers faits et gestes de la littérature comparée, rien ne m'intéresse autant que les traces d'une liberté qui est là offerte au domaine théorique de la littérature, même devant beaucoup d'impasses. La liberté qui est ici assumée dans son écriture et dans son responsabilité. / Esta dissertação parte dos questionamentos e das inquietudes que surgem da leitura da obra de Hilda Hilst e de um pulsar teórico que transpassa minha trajetória acadêmica. Uma vez que coloco os textos da autora diante do conceito de dispersão de Maurice Blanchot, não intento me delimitar a uma análise literária desdobrada em seus gêneros, nesse ou naquele lugar. Para onde vai Hilda Hilst? Para onde vai a teoria literária? Ao seu desaparecimento, como diz Blanchot em resposta à pergunta: “Para onde vai a literatura?” Nesse sentido, preocupo-me em distanciar-me do querer-agarrar das teorias, para que as palavras de Hilst apareçam em estado de devir poético, como de fato elas são. Sendo assim, as escolhas que fiz dos textos literários de Hilst levaram em conta dois critérios: o prazer na leitura e o desejo de dispersão. Além disso, utilizo-me da possibilidade de pluralidade do objeto literário na pós-modernidade para trazer ao texto reflexões que surgem não só da literatura, mas também de seus possíveis desdobramentos no teatro e nas artes plásticas. De tal modo, através do entrecruzamento de teorias, sendo elas, principalmente, a literária e a teatral, busco outras vias à compreensão dos textos literários da autora, bem como do objeto da literatura. Sob o viés da crítica literária de Roland Barthes, minha escrita é construída por meio dos conceitos de escritura e fragmento. É devido a um anseio de deslocamento que a disposição desses elementos em conjunto torna-se possível. Da imensidão ao gesto, a literatura hilstiana escapa de uma representação e é conduzida ao que entendo por teatralidade. Assim, o deslocamento é percebido no percurso instável e inconcluso de uma análise literária e, inclusive, de um corpo que passeia por outras linguagens, onde Walter Benjamin aparece à margem desse caminho. O eu que atravessa minha escrita não é obliterado, já que, para tornar-me outra, é necessário distender esse eu através das linguagens que o constituem. Entre os diversos fazeres da literatura comparada, nada me interessa tanto quanto os rastros de uma liberdade que ali é disposta ao teórico da literatura, mesmo que diante de tantos impasses. Liberdade que é aqui assumida em sua escrita e também em sua responsabilidade.
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Economia simbólica dos acervos literários : itinerários de Cora Coralina, Hilda Hilst e Ana Cristina César

Britto, Clovis Carvalho 03 June 2011 (has links)
Dissertação (monografia)—Universidade de Brasília, Departamento de Sociologia, 2011. / Submitted by Shayane Marques Zica (marquacizh@uol.com.br) on 2011-09-05T18:05:09Z No. of bitstreams: 1 2011_ClovisCarvalhoBritto.pdf: 1570264 bytes, checksum: 7d810915adbc09261409d9aa202413d3 (MD5) / Approved for entry into archive by Jaqueline Ferreira de Souza(jaquefs.braz@gmail.com) on 2011-10-13T14:18:38Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2011_ClovisCarvalhoBritto.pdf: 1570264 bytes, checksum: 7d810915adbc09261409d9aa202413d3 (MD5) / Made available in DSpace on 2011-10-13T14:18:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2011_ClovisCarvalhoBritto.pdf: 1570264 bytes, checksum: 7d810915adbc09261409d9aa202413d3 (MD5) / Este trabalho tem como horizonte temático as trajetórias e estratégias mobilizadas poralgumas escritoras para a inserção e reconhecimento no campo literário brasileiro ao longo doséculo XX a partir do que definimos como uma sociologia dos/nos acervos lit erários.Mediante os procedimentos teórico -metodológicos de Pierre Bourdieu observamosespecificidades e estratégias comumente utilizadas pelas poetisas Cora Coralina, Hilda Hilst eAna Cristina César para obter sua inserção e distinção no campo de produç ão simbólico,notadamente no que diz respeito ao modo como seus acervos integram as tramas de umaeconomia simbólica. A partir desse contorno, destacamos como os acervos pessoais consistemem nichos para a manipulação do capital e moeda valiosa na economia de trocas simbólicas,especialmente na configuração dos trajetos e memórias das mulheres escritoras. O recursometodológico ao acervo das autoras contribuiu para a visualização de seus projetos estéticos,biográficos e políticos, já que por meio dos docum entos construíram determinadas imagens desi e de suas obras para a posteridade, herança mobilizada pelas titulares e herdeiros simbólicosno intuito de produzir e sustentar determinadas crenças em seus nomes. A partir dos acervosfoi possível reconstruir relações promovidas por e em nome das poetisas, explicitandovinculações hierarquizantes entre suas trajetórias e os registros produzidos na batalha peladistinção no campo literário. A visualização das diferentes posições e das tentativas deprofissionalização das escritoras em um período marcado por um maior processo demercantilização cultural é apresentada em cinco capítulos, distribuídos em três partes. Aprimeira empreende um esboço do que definimos como uma sociologia dos acervos eestabelece possíveis caminhos para a utilização dos acervos pessoais como objeto sociológico.A segunda contempla a análise dos registros documentais cujo intuito é reconstruir astrajetórias das autoras, suas incursões e estratégias no espaço de possíveis expressivos,demonstrando como suas obras incorporaram marcas e/ou apresentaram resistência à inserçãomarginal a que foram submetidas em uma arena de poder marcadamente masculina. Já aúltima parte avalia como os acervos contribuem para a manutenção e reinvenção das cren çasem obras e autoras, confluindo para a compreensão de algumas práticas defabricação/consagração de legados, de encenação da imortalidade e do entrosamento entre ossubsistemas cultural e econômico. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This work aim for trajectories and strategies that some writers used in order to be part of theBrazilian literary field in the XX century and be recognised on it as well. It was defined by usas a sociology from/about literary's heap. Considering the Pierre Bourdieu's theoretical -methodological frame, we observed characteristics and strategies often used by female poetssuch as Cora Coralina, Hilda Hilst and Ana Cristina César in order to get their place anddistinction in the field of symbolic production. We observed the way in w hich heaps are ableto integrate the symbolic economy. From this point -of-view, we highlighted that personal'sheaps can be thought as a niche for the manipulation of "capital" and be considered as avaluable "coin" in the symbolic economy, especially in the configuration of paths andmemories from the female writers. Choosing female writers' heaps as a methodological sourcehelped to visualize their aesthetical projetcs, both political and biographic, since theybuilt through these documents some images a bout themselves and their works to the posterity- a heritage mobilised by their holders and heirs in order to produce and sustain some beliefsabout their names. Through these heaps it was possible to rebuild relations promoted by thesefemale poets - by them/ and in their names -, and to explicit hierarchizing connections betweentheir individual trajectories and registers made during their battle to get distinction in theliterary field. The visualization of their different positions and attempts of profe ssionalizationin a period marked by a shift in the cultural mercatilisation process - is presented here in 5chapters, distributed in three parts. The first part outlines what we have defined as a sociologyfrom/about literary's heap. Also, it stat es possible ways to use personal's heaps as asociological object. The second part contemplates an analysis of documental registers in orderto rebuild their trajectories, incursions and strategies in the "space of possibles expressives";demonstrating how their works have incorporated marks and/or presented resistance to themarginal incursion under which they were submitted in the "stadium of male power". In thelast part, it evaluates how heaps contribute to the maintenance and reinvention of beliefs inthe authors and their works, converging to the comprehension of some practices offabrication/ consecration of legacies, immortalit performance and fit in the cultural andeconomics subsystem. _______________________________________________________________________________ RÉSUMÉ / Ce travail a pour horizon thématique les trajectoires et stratégies déployées par certainesécrivaines pour leur insertion et leur reconnaissance dans le domaine litt éraire brésilien, aucours du XXème siècle, à partir de ce que nous définissons comme une sociologie des / dansles collections littéraires. Grâce aux procédures théoriques et méthodologiques de PierreBourdieu, nous observons des spécificités et stratégies couramment utilisées par les poétessesCora Coralina, Hilda Hilst et Ana Cristina César pour obtenir leur insertion et leur distinctiondans le domaine de la production symbolique, notamment en ce qui concerne la façon dontleurs collections intègrent les trames d'une économie symbolique. A partir de ce contour, nousmontrerons comment les collections personnelles se composent de niches pour lamanipulation du « capital » et de « monnaie précieuse » dans l'économie des échangessymboliques, en particulier dans la configuration des chemins et des souvenirs des écrivaines.Le recours méthodologique à la collection des auteures a contribué à la compréhension deleurs projets esthétiques, biographique s et politiques, puisque, par le biais de documents , ellesont construit des images d'elles -mêmes et de leurs oeuvres, pour la postérité, héritage mobilisépar les propriétaires et leurs héritiers symboliques, en vue de produire et de maintenircertaines croyances en leurs noms. Il a été possible, à partir des collections, de reconstruiredes relations promues par et au nom des po étesses, explicitant des liens de hiérarchies entreleurs trajectoires et les documents produits dans la bataille pour la distinction dans le domainelittéraire. La visualisation des différentes positions et d es tentatives de professionnalisationdes écrivaines dans une période marquée par un processus plus large de marchandisationculturelle est présentée dans cinq chapitres, distribués en trois parties. La première entreprendune ébauche de ce que nous définissons comme une sociologie des collections et offre despistes possibles pour l'utilisation des collections personnelles comme objet sociolo gique. Ladeuxième consiste à analyser des archives documentaires qui visent à reconstruire lestrajectoires des auteures, leurs incursions et leurs stratégies dans l'espace d'expression spossibles, en montrant comment leurs oeuvres ont été constituées de marques et / ou ontprésenté des résistances à l'insertion marginale à laquelle elles ont été soumises, dans unearène du pouvoir fortement masculine. La dernière partie examine, quant à elle, de quellemanière les collections contribuent au maintien et à la réinvention de croyances dans lesoeuvres et dans les auteures, convergeant vers la compréhension de certaines pratiques defabrication / consécration de legs, de la mise en scène de l'immortalité et de l´harmonisationentre les sous-systèmes culturel et économique.
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Sem título, à Hilda Hilst

Alexandrini, Camila January 2013 (has links)
Cette dissertation commence avec les questions et les inquiétudes qui émergent de la lecture de l’oeuvre de Hila Hilst et aussi d'un désir théorique qui traverse mon chemin académique. Quand je mets les textes de l'auteur face au concept de la dispersion de Maurice Blanchot, je n'ai pas l'intention de m'enfermer dans une analyse littéraire dépliée en ses genres, ici ou ailleurs. Où va Hilda Hilst ? Où va la théorie littéraire? À son disparition, comme Blanchot dit en réponse à la question: “Où va la littérature?" Dans ce sens je m'inquiète de m’éloigner du vouloir-saisir des théories, pour que les mots de Hilst apparaissent dans l'état de devenir poétique, comme en fait ils le sont. Alors, les choix que j'ai faits des textes littéraires de Hilst ont suivi deux critères : le plaisir de la lecture et le désir de la dispersion. D’ailleurs je me sers de la possibilité de la pluralité de l'objet littéraire dans la postmodernité pour apporter aux textes des réflexions qui surgissent pas seulement de la littérature mais aussi comme de possibles dépliements de ces textes dans le théâtre et dans les arts plastiques. De cette façon, par l'intersection des théories, étant elles surtout la théorie littéraire et la théorie théâtrale, je cherche d'autres voies pour la compréhension des textes de Hilda Hilst, bien comme de l'objet de la littérature. Sous l'inclination du critique littéraire Roland Barthes, mon écriture est construite à travers les notions d'écriture et de fragment. C'est en raison d'une envie de déplacement que la disposition de ces éléments dans un ensemble devient possible. De l'immensité au geste, la littérature d'Hilst s'échappe d'une représentation et est conduite à ce que je comprends par théâtralité. Ainsi le déplacement est aperçu au long d'un parcours instable et inachevé d'une analyse littéraire et y compris d'un corps qui se promène pour d'autres langages, où il est possible de se retrouver au bord de ce chemin Walter Benjamin. Le « je » qui traverse mon écriture n'es pas effacé, puisque pour que je devienne une autre il est nécessaire détendre ce « je » à travers des langages qui le constituent. Parmi les divers faits et gestes de la littérature comparée, rien ne m'intéresse autant que les traces d'une liberté qui est là offerte au domaine théorique de la littérature, même devant beaucoup d'impasses. La liberté qui est ici assumée dans son écriture et dans son responsabilité. / Esta dissertação parte dos questionamentos e das inquietudes que surgem da leitura da obra de Hilda Hilst e de um pulsar teórico que transpassa minha trajetória acadêmica. Uma vez que coloco os textos da autora diante do conceito de dispersão de Maurice Blanchot, não intento me delimitar a uma análise literária desdobrada em seus gêneros, nesse ou naquele lugar. Para onde vai Hilda Hilst? Para onde vai a teoria literária? Ao seu desaparecimento, como diz Blanchot em resposta à pergunta: “Para onde vai a literatura?” Nesse sentido, preocupo-me em distanciar-me do querer-agarrar das teorias, para que as palavras de Hilst apareçam em estado de devir poético, como de fato elas são. Sendo assim, as escolhas que fiz dos textos literários de Hilst levaram em conta dois critérios: o prazer na leitura e o desejo de dispersão. Além disso, utilizo-me da possibilidade de pluralidade do objeto literário na pós-modernidade para trazer ao texto reflexões que surgem não só da literatura, mas também de seus possíveis desdobramentos no teatro e nas artes plásticas. De tal modo, através do entrecruzamento de teorias, sendo elas, principalmente, a literária e a teatral, busco outras vias à compreensão dos textos literários da autora, bem como do objeto da literatura. Sob o viés da crítica literária de Roland Barthes, minha escrita é construída por meio dos conceitos de escritura e fragmento. É devido a um anseio de deslocamento que a disposição desses elementos em conjunto torna-se possível. Da imensidão ao gesto, a literatura hilstiana escapa de uma representação e é conduzida ao que entendo por teatralidade. Assim, o deslocamento é percebido no percurso instável e inconcluso de uma análise literária e, inclusive, de um corpo que passeia por outras linguagens, onde Walter Benjamin aparece à margem desse caminho. O eu que atravessa minha escrita não é obliterado, já que, para tornar-me outra, é necessário distender esse eu através das linguagens que o constituem. Entre os diversos fazeres da literatura comparada, nada me interessa tanto quanto os rastros de uma liberdade que ali é disposta ao teórico da literatura, mesmo que diante de tantos impasses. Liberdade que é aqui assumida em sua escrita e também em sua responsabilidade.
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Turismo (d)e teledramaturgia na narração dos espaços urbanos: a representação da cidade de Tiradentes na minissérie Hilda Furacão da Rede Globo

Fois-Braga, Humberto 13 May 2009 (has links)
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Paris era bom quando eu @§#!$... = uma seleção de entrevistas e depoimentos de Hilda Hilst = Paris was good when I @§#!$...: a selection of Hilda Hilst's interviews and testimony / Paris was good when I @§#!$... : a selection of Hilda Hilst's interviews and testimony

Diniz, Cristiano, 1974- 21 August 2018 (has links)
Orientador: Eric Mitchell Sabinson / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-21T14:58:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Diniz_Cristiano_M.pdf: 2308544 bytes, checksum: a738dacf8717ff4931c92a90408ac489 (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: Hilda Hilst (1930-2004) é considerada pela crítica uma das maiores expressões da literatura brasileira contemporânea. São quase cinco décadas de produção poética e três de prosa de ficção, além de oito peças teatrais e um conjunto de crônicas publicadas no jornal Correio Popular de Campinas entre 1992 e 1995. A escritora concedeu quase uma centena de entrevistas durante sua trajetória literária. Esses diálogos começaram logo no início de sua carreira nos anos cinquenta e foram até poucos meses antes de seu falecimento. O objetivo principal desta dissertação foi reunir um conjunto dessas entrevistas e analisar as imagens construídas por Hilst em torno de si mesma e de seus escritos. Devido ao longo período que a autora se dedicou à literatura, a dissertação destacou, principalmente, as mudanças ocorridas em seu discurso. Para tanto, procurou reunir entrevistas que buscaram ir além da publicidade e da divulgação de uma obra específica, ou seja, que tentou explorar de maneira mais ampla a experiência pessoal da escritora, sua visão de mundo, da história e da literatura contemporânea e dos sujeitos que as compõem. A reunião se inicia em 1952, quando Hilst contava apenas com dois livros publicados, mas, já tinha o reconhecimento da crítica, e termina com uma entrevista realizada em 2003 / Abstract: Hilda Hilst is considered by critics as one of the greatest voices of contemporary Brazilian literature. The author's work consists of almost five decades of poetry production and three of prose fiction, plus eight theatrical plays and a set of chronicles published in the newspaper Correio Popular (Campinas, São Paulo), between 1992 and 1995. The author gave almost a hundred interviews during her literary career. These dialogues started early in her career in the fifties and lasted until few months before her death. The main objective of this dissertation was to gather a set of these interviews and analyze the images constructed by Hilst around herself and her writings. Due to the long period the author devoted herself to the literature, the dissertation points out the changes in her discourse. To do so, it has gathered interviews that went beyond the promotion and dissemination of a particular work that is those that tried to explore more fully the author's personal experience, her world view of the history and contemporary literature and the individuals who compose it. The collection begins with interviews from 1952, when Hilst had only two published books. She had, however, already won the critical acclaim. Her last interview was conceded in 2003 / Mestrado / Teoria Literaria / Mestre em Teoria e História Literária
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Anthropology and literature: Humanistic themes in the ethnographic fiction of Hilda Kuper and Edith Turner

Shaik, Zuleika Bibi January 2021 (has links)
Magister Artium - MA / This mini-thesis makes an argument for the significance of a female-dominated hidden tradition of experimental ethnographic writing in British social anthropology. It argues that the women anthropologists who experimented with creative forms of ethnography were doubly marginalised: first as women in an androcentric male canon in British social anthropology and American cultural anthropology, and second as creative writers whose work has been consistently undervalued in sombre scholarly circles. The study proposes that Hilda Beemer Kuper (1911-1995) and Edith Turner (1921-2016) should be regarded as significant in a still unexcavated literary tradition or subgenre with Anglo-American anthropology. It showcases the narrative craft of Kuper through a detailed textual analysis of her two most accomplished experimental ethnographies A Witch in My Heart (written in 1954, performed in 1955, and published in siSwati in 1962 and English in London in 1970) and A Bite of Hunger (written in 1958 and published in America in 1965). I highlight Kuper‟s multiple literary techniques in evoking of the fraught position of young Swazi co-wives, modern women and women accused of witchcraft in a patriarchal culture with particular attention to her gifts in creating dramatic plots, complex characters and dialogue rich in vernacular metaphor and proverbs. It then celebrates the even more experimental creative writing of Edith Turner. While Turner has sometimes been acknowledged for her hidden contributions to the co-production of her deeply loved and more famous husband Victor, she has not been given her due as an experimental ethnographer, also placing the experiences of African women centre-stage. In what she overtly advertised as “female literary style”, Turner‟s belatedly published 1987 novel The Spirit and the Drum. A Memoir of Africa is analysed with meticulous attention to the literary techniques by which she seeks to explore an anthropology of experience and empathy. These accomplished but under-acknowledged women creative writers sought to explore what they both explicitly conceived of as gestures of humanist cross-cultural engagement.

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