Spelling suggestions: "subject:"insulina"" "subject:"insulinai""
511 |
O transporte de ânions em células INS-1E não compõe parte do mecanismo da via de amplificação da secreção de insulina estimulada pela glicose. / The anion transport in INS-1E cell line do not composes part of the mechanism of the amplification pathway of glucose stimulated insulin secretion.Araujo, Daniel Blanc 22 August 2016 (has links)
A via de amplificação da secreção de insulina estimulada por glicose (GSIS) é um fenômeno discutido na literatura, cujos componentes são amplamente debatidos. Evidências sugerem que a condutância a Cl- compõe parte desta via. Porém, o mecanismo pelo qual essa condutância desempenharia papel na via de amplificação ainda é debatido, e, além disso, as ferramentas farmacológicas para estudo dessas afeta o transporte de outros ânions, como bicarbonato (HCO3-). Buscamos neste trabalho compreender a contribuição do transporte desses ânions para a via de amplificação da GSIS levando em consideração a distribuição de Cl- e HCO3- extracelular em células INS-1E. Concluímos que o transporte de ânions nas células INS-1E não contribui para a via de amplificação da GSIS, porém essas células não expressaram os canais CFTR e Anoctamina 1 que foram relacionados com esse fenômeno. Acreditamos que em células secretoras de insulina que expressem esses canais, o transporte de ânions possua alguma relevância funcional. / The amplification pathway of glucose stimulated insulin secretion (GSIS) is a phenomenon discussed in the literature, which components are broadly debated. Evidence suggests that Cl- conductance composes part of this pathway. However, the mechanism that this conductance would play role on the amplification pathway still is debated, and, besides that, the pharmacological tools to study these affects transport of other anions, such as bicarbonate (HCO3-). We aimed in this study to understand the contribuition of anion transport for the amplification of GSIS considering the Cl- and HCO3- extracellular distribuition in INS-1E cells. We concluded that anion transport in INS-1E cell line do not contribute for the amplification pathway of GSIS, however those cells do not express CFTR and Anoctamin 1 channels which were related with this phenomenon. We believe that in insulin secretin cells that express those channels, the anion transport may have a functional relevance.
|
512 |
Relação entre tecido adiposo e osso: associações entre vitamina D, osteocalcina, adipocinas e homeostase da glicose em crianças e adolescentes / Relationship between fat mass and bone: associations between vitamin D, osteocalcin, adipokines and glucose homeostasis among children and adolescentsGiudici, Kelly Virecoulon 05 October 2015 (has links)
Introdução: O tecido adiposo e o osso dialogam entre si e influenciam a homeostase da glicose por meio da ação de seus produtos (leptina, adiponectina e osteocalcina). A insuficiência de vitamina D (VD) pode levar a alterações metabólicas em ambos tecidos. Objetivos: Investigar as relações entre concentrações séricas de 25 hidroxivitamina D [25(OH)D], osteocalcina, adipocinas, marcadores do metabolismo da glicose e estado nutricional em crianças e adolescentes. Métodos: Estudo transversal com 198 indivíduos brasileiros (14 a 18 anos) e 318 norte-americanos (8 a 13 anos). Coleta de sangue (após jejum de 12h) foi realizada para mensurar 25(OH)D, paratormônio (PTH), osteocalcina carboxilada (cOC), adiponectina (A), colesterol total, triglicérides, HDL-c, LDL-c e VLDL-c (amostra brasileira); osteocalcina total (tOC) (amostra norte-americana); glicose, insulina, osteocalcina não-carboxilada (ucOC) e leptina (L) (em ambas as amostras). Marcadores do metabolismo da glicose (HOMA-IR, HOMA- e QUICKI) foram calculados. Nos indivíduos brasileiros, o nível de atividade física foi determinado, e a ingestão alimentar foi mensurada por um Recordatório de 24 horas, repetido em 62,6 por cento da amostra. Resultados: População brasileira Indivíduos com excesso de peso (42,6 por cento ) apresentaram menores concentrações de 25(OH)D, adiponectina, cOC, ucOC, HDL-c e QUICKI, e maiores PTH, leptina, LDL-c, VLDL-c, colesterol total, triglicérides, insulina, HOMA-IR e HOMA-, comparados aos eutróficos (p<0,05). A 25(OH)D se correlacionou positivamente com ucOC (r=0,326; p<0,0001), adiponectina (r=0,151; p=0,034) e HDL-c (r=0,323; p<0,0001), e negativamente com IMC (r= -0,294; p<0,0001). A associação entre 25(OH)D e ucOC permaneceu após ajustes para idade, IMC e estação do ano (R² parcial=0,071, p<0,0001), porém ambas não se correlacionaram a marcadores do metabolismo da glicose. Fortes correlações foram observadas, porém, entre leptina e insulina (r=0,746; p<0,0001), HOMA-IR (r=0,720; p<0,0001), HOMA- (r=0,703; p<0,0001) e QUICKI (r= -0,749; p<0,0001). A razão A/L foi menor nos sedentários/insuficientemente ativos (2,2, DP=4,0 vs 5,6, DP=12,3; p=0,01), comparados aos ativos/muito ativos. A 25(OH)D foi positivamente associada à ingestão de VD, após ajustes para sexo, exposição solar e estação do ano (R2 15 parcial=0,026; p=0,02). População norte-americana Comparados aos eutróficos, indivíduos com excesso de peso (43,1 por cento ) apresentaram maior leptina, insulina, HOMA-IR e HOMA-, e menor QUICKI (p<0,0001 para todos). Concentrações de ucOC se correlacionaram negativamente com leptina (r= -0,162; p=0,04) e glicose (r= -0,159; p=0,04), porém somente a associação com leptina foi mantida após ajuste para idade, sexo e porcentagem de massa gorda corporal (R² parcial =0,03; p=0,0275). Concentrações de leptina se relacionaram com todos os marcadores do metabolismo da glicose, mesmo após ajustes para idade, sexo e porcentagem de massa gorda (insulina: R² parcial=0,23; glicose: R² parcial=0,04; HOMA-IR: R² parcial=0,23; HOMA-: R² parcial=0,09; QUICKI: R² parcial=0,23, p<0,001 para todos) Conclusões: Os resultados confirmam as relações entre excesso de peso, leptina e marcadores do metabolismo da glicose em crianças e adolescentes brasileiros e norte-americanos. Concentrações de 25(OH)D se correlacionaram negativamente ao IMC e leptina e positivamente à ucOC. A relação entre osteocalcina e a homeostase da glicose, contudo, não foi diretamente observada. Estes achados reforçam a importância do combate à obesidade, principalmente durante a infância e adolescência, período marcado por importantes mudanças corporais e fisiológicas. / Introduction: Bone and adipose tissue interact and influence glucose homeostasis through the action of their products (leptin, adiponectin and osteocalcin). Vitamin D insufficiency can lead to metabolic alterations in both tissues. Objectives: To investigate the relationships between serum 25 hidroxivitamin D [25(OH)D], osteocalcin, adipokines, markers of glucose metabolism and nutritional status among children and adolescents. Methods: Cross-sectional study with 198 Brazilian (14 to 18 years old) and 318 American (8 to 13 years old) individuals. Blood was collected after 12-hour fasting to measure 25(OH)D, parathyroid hormone (PTH), carboxylated osteocalcin (cOC), adiponectin (A), total cholesterol, triglycerides, HDL-c, LDL-c and VLDL-c (Brazilian sample); total osteocalcin (tOC) (American sample); glucose, insulin, undercarboxylated osteocalcin (ucOC) and leptin (L) (both samples). Markers of glucose metabolism were calculated (HOMA-IR, HOMA- and QUICKI). Among Brazilian individuals, physical activity level was determined and food intake was assessed by a 24-hour food record, repeated in 62.6 per cent of the sample. Results: Brazilian population Individuals with weight excess (42.6 per cent from the total) presented lower serum 25(OH)D, adiponectin, cOC, ucOC, HDL-c and QUICKI, and higher PTH, leptin, LDL-c, VLDL-c, total cholesterol, triglycerides, insulin, HOMA-IR and HOMA-, compared to normal weight individuals (p<0.05). Serum 25(OH)D positively correlated with ucOC (r=0.326; p<0.0001), adiponectin (r=0.151; p=0.034) and HDL-c (r=0.323; p<0.0001), and negatively correlated with BMI (r = -0.294; p<0.0001). The association between 25(OH)D and ucOC persisted after adjusting for age, BMI and season of the year (partial R² = 0.071, p<0.0001), but none of them were related to markers of glucose metabolism. Strong correlations were observed between leptin and insulin (r = 0.746; p<0.0001), HOMA-IR (r = 0.720; p<0.0001), HOMA- (r = 0.703; p<0.0001) and QUICKI (r = -0.749; p<0.0001). A/L ratio was lower among sedentary/insufficiently active subjects (2.2, SD=4.0 vs 5.6, SD=12.3; p=0.01), compared to active/very active subjects. Serum 25(OH)D positively associated with vitamin D intake, after adjusting for sex, sun exposure and season of the year in regression analysis (partial R2=0.026; p=0.02). American population Compared to normal weight individuals, those with weight 17 excess (43.1 per cent ) presented higher leptin, insulin, HOMA-IR and HOMA-, and lower QUICKI (p<0.0001 for all). Serum ucOC negatively correlated with leptin (r = -0.162; p=0.04) and glucose (r = -0.159; p=0.04), but only the association with leptin persisted after adjusting for age, sex and body fat mass percentage (partial R² = 0.03; p=0.0275). Leptin concentrations were related with all markers of glucose metabolism, even after adjusting for age, sex and fat mass (insulin: partial R² = 0.23; glucose: partial R² = 0.04; HOMA-IR: partial R² = 0.23; HOMA-: partial R² = 0.09; partial QUICKI: R² = 0.23, p<0.001 for all). Conclusions: Results confirm the relationship between weight excess, leptin and markers of glucose metabolism among Brazilian and American children and adolescents. Serum 25(OH)D negatively correlated with BMI and leptin and positively correlated with ucOC. However, the relationship between osteocalcin and glucose homeostasis was not directly observed. Findings reinforce the importance if fighting obesity, especially during childhood and adolescence, ages in which important physiological alterations and body changes occur.
|
513 |
Análise da microbiota intestinal em adultos com hábitos alimentares distintos e de associações com a inflamação e resistência à insulina / Gut microbiota analysis of adults with distinct dietary habits and associations with inflammation and insulin resistanceMoraes, Ana Carolina Franco de 02 March 2016 (has links)
Introdução: A microbiota intestinal possui grande diversidade de bactérias, predominantemente dos filos Bacteroidetes e Firmicutes, com múltiplas funções. A alimentação pode alterar sua composição e função. Alto teor de gordura saturada altera a permeabilidade intestinal, eleva os lipopolissacarídeos e predispõe à inflamação subclínica crônica. Dieta rica em fibras, como a vegetariana, induz elevação de ácidos graxos de cadeia curta e benefícios metabólicos. Objetivos: Para analisar a composição da microbiota intestinal de adventistas com diferentes hábitos alimentares e associá-los à inflamação subclínica e resistência à insulina, esta tese incluiu: 1) revisão dos mecanismos que associam a alimentação à microbiota intestinal e ao risco cardiometabólico; 2) verificação da composição da microbiota intestinal segundo diferentes hábitos alimentares e de associações com biomarcadores de doenças cardiometabólicas; 3) avaliação da associação entre a abundância de Akkermansia muciniphila e o metabolismo da glicose; 4) análise da presença de enterótipos e de associações com características clínicas. Métodos: Este estudo transversal incluiu 295 adventistas estratificados segundo hábitos alimentares (vegetariano estrito, ovo-lacto-vegetariano e onívoro). Foram avaliadas associações com dados clínicos, bioquímicos e inflamatórios. O perfil da microbiota foi obtido por sequenciamento do gene 16S rRNA (Illumina® Miseq). Resultados: 1) Há evidências de que as relações entre dieta, inflamação, resistência à insulina e risco cardiometabólico são em parte mediadas pela composição da microbiota intestinal. 2) Vegetarianos apresentaram melhor perfil clínico quando comparados aos onívoros. Confirmou-se maior abundância de Firmicutes e Bacteroidetes, que não diferiram segundo a adiposidade corporal. Entretanto, vegetarianos estritos apresentaram mais Bacteroidetes, menos Firmicutes e maior abundância do gênero Prevotella quando comparados aos outros dois grupos de hábitos alimentares. Entre os ovo-lactovegetarianos verificou-se maior proporção de Firmicutes especialmente do gênero Faecalibacterium. Nos onívoros, houve super-representação do filo Proteobacteria (Succinivibrio e Halomonas) comparados aos vegetarianos. 3) Indivíduos normoglicêmicos apresentaram maior abundância de Akkermansia muciniphila que aqueles com glicemia alterada. A abundância desta bactéria correlacionou-se inversamente à glicemia e hemoglobina glicosilada. 4) Foram identificados três enterótipos (Bacteroides, Prevotella e Ruminococcaceae), similares àqueles previamente descritos. As concentrações de LDL-C foram menores no enterótipo 2, no qual houve maior frequência de vegetarianos estritos. Discussão: 1) Conhecimentos sobre participação da microbiota na fisiopatologia de doenças poderão reverter em estratégias para manipulá-la para promover saúde. 2) Apoia-se a hipótese de que hábitos alimentares se associam favorável ou desfavoravelmente a características metabólicas e inflamatórias do hospedeiro via alterações na composição da microbiota intestinal. Sugerimos que a exposição a alimentos de origem animal possa impactar negativamente nas proporções de comunidades bacterianas. 3) Sugerimos que a abundância da Akkermansia muciniphila possa participar do metabolismo da glicose. 4) Reforçamos que a existência de três enterótipos não deva ser específica de certas populações/continentes. Apesar de desconhecido o significado biológico destes agrupamentos, as correlações com o perfil lipídico podem sugerir sua utilidade na avaliação do risco cardiometabólico. Conclusões: Nossos achados fortalecem a ideia de que a composição da microbiota intestinal se altera mediante diferentes hábitos alimentares, que, por sua vez, estão associados a alterações nos perfis metabólicos e inflamatórios. Estudos prospectivos deverão investigar o potencial da dieta na prevenção de distúrbios cardiometabólicos mediados pela microbiota. / Introduction: The gut microbiota has great bacterial diversity, predominantly of the phyla Bacteroidetes and Firmicutes, with multiple functions. Diet can alter their composition and function. High amount of saturated fat alters intestinal permeability, raises the lipopolysaccharides and predisposes to low-grade inflammation. High-fiber diet, such as the vegetarian, induces the elevation of short-chain fatty acids and metabolic benefits. Objectives: To analyze the composition of gut microbiota of Adventists with diverse dietary patterns and associate them to the low grade inflammation and insulin resistance this thesis included: 1) review of underlying mechanisms of the association of diet, gut microbiota composition and cardiometabolic risk; 2) analysis of the gut microbiota composition according to different dietary patterns and associations with biomarkers of cardiometabolic diseases; 3) evaluation of the association between the Akkermansia muciniphila abundance and glucose metabolism; 4) analysis of the presence of enterotypes and associations with clinical characteristics. Methods: This cross-sectional study included 295 Adventists stratified according to dietary patterns (strict vegetarian, lacto-ovo-vegetarian and omnivore). Their associations with clinical, biochemical and inflammatory data were evaluated. The microbiota profile was obtained by sequencing 16S rRNA genes (Illumina® Miseq). Results: 1) There are evidences that the relationship among diet, inflammation, insulin resistance and cardiometabolic risk are partly mediated by the gut microbiota. 2) Vegetarians showed better clinical profile when compared to omnivores. It was confirmed greater abundance of Firmicutes and Bacteroidetes, which did not differ according to adiposity. However, strict vegetarians had more Bacteroidetes, fewer Firmicutes and higher abundance of genus Prevotella when compared to the other two groups of dietary patterns. The lacto-ovo-vegetarians had higher proportion of Firmicutes especially the genus Faecalibacterium. In the omnivores, there was overrepresentation of the Gammaproteobacteria (Succinivibrio and Halomonas) compared to vegetarians. 3) Normoglycemic individuals had higher abundance of Akkermansia muciniphila compared to those with abnormal glycemic profile. The abundance of this bacterium was inversely correlated to fasting glucose and glycated hemoglobin. 4) Three enterotypes were identified (Bacteroides, Prevotella and Ruminococcaceae), similar to those previously described. LDL-C concentrations were lower in enterotype 2, in which a higher frequency of strict vegetarians was found. Discussion: 1) Knowledge on the involvement of the microbiota in the pathophysiology of diseases could reverse on strategies to manipulate it to promote health. 2) Our data support the hypothesis that dietary patterns could be favorably or unfavorably associated with metabolic and inflammatory processes, via changes in the gut microbiota composition. We suggest that exposure to animal food could negatively impact on the proportions of bacterial communities. 3) We also suggest that the abundance of Akkermansia muciniphila can participate in the glucose metabolism. 4) We reinforce that the existence of three enterotypes should not be specific to certain populations/continents. Although the biological significance of these clusters remains unknown, the correlations with lipid profile may suggest their usefulness in the assessment of the cardiometabolic risk. Conclusions: Our findings reinforce the idea that the gut microbiota composition is altered by different dietary patterns, which, in turn, are associated with changes in metabolic and inflammatory profiles. Prospective studies should investigate the potential of diet to prevent microbiota-mediated cardiometabolic disorders.
|
514 |
Restrição dietética de magnésio associada à dieta hiperlipídica: implicações sobre a homeostase do mineral e sensibilidade à insulina / Dietary magnesium restriction associated with a high-fat diet: implications on mineral homeostasis and insulin sensitivityRomero, Amanda Batista da Rocha 20 August 2018 (has links)
A resistência dos tecidos à ação da insulina é uma das principais complicações do excesso de peso. O aumento da gordura corporal, decorrente do consumo excessivo de nutrientes, é acompanhado por um quadro de inflamação crônica de baixa intensidade que está relacionado com a fisiopatologia da resistência à insulina. O magnésio (Mg) é um mineral envolvido com diversos processos fisiológicos e bioquímicos, especialmente aqueles relacionados ao metabolismo energético e ao controle glicêmico. Apesar de a deficiência deste mineral estar relacionada com condições pré-diabéticas, não está claro se a inadequação dietética promove alterações na sensibilidade à insulina e/ou se condições de resistência à insulina causam distúrbios na homeostase de Mg. O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos da restrição dietética de Mg e sua associação com o excesso de lipídios sobre a homeostase do mineral e a sensibilidade à insulina. Ratos Wistar, machos, com peso entre 97-123 g, permaneceram em gaiolas individuais por 24 semanas. Os animais receberam rações normolipídicas (CON, 7% de lipídios) ou hiperlipídicas (HL, 32% de lipídios), adequadas (CON e HL Mg; 500 mg de Mg/kg de ração; n = 6 para cada grupo) ou com restrição de Mg (Mg[50] e HL Mg[50]; 50 mg de Mg/kg de ração; n = 6 para cada grupo). O consumo da dieta HL promoveu maior acúmulo de tecido adiposo e maior ganho de peso corporal (p < 0,05). Os animais que consumiram rações com restrição de Mg apresentaram hipomagnesemia (p<0,01), menor excreção urinária (p < 0,01) e fecal (p < 0,001) de Mg e menor concentração óssea desse mineral (p < 0,001). No entanto, não foram observadas alterações no Mg muscular (p > 0,05). O grupo HL Mg[50] apresentou maior concentração de Mg no eritrócito quando comparado aos outros grupos. A restrição dietética de Mg, isoladamente, não promoveu alterações na sensibilidade à insulina (avaliada pelo teste de tolerância à insulina). Quando associada à dieta hiperlipídica, resultou em aumento da glicemia de jejum e em redução da sensibilidade à insulina, após 16 semanas (p < 0,01). Em nível molecular, a fosforilação da proteína quinase B (Akt) no músculo e no fígado foi significantemente menor no grupo HL Mg[50] (p < 0,05). A restrição dietética de Mg induziu ao aumento do conteúdo proteico dos canais TRPM6 e TRPM7 no rim, independentemente da sensibilidade à insulina. Os resultados deste estudo apontam que a deficiência de Mg tende a agravar as repercussões metabólicas do consumo de dietas hiperlipídicas na sensibilidade à insulina e que a resistência à insulina altera a compartimentalização do Mg. / Insulin resistance is one of the main complications of overweight. Increase body fat, due to excessive consumption of nutrients is accompanied by a chronic low-grade inflammation related to insulin resistance pathophysiology. Magnesium (Mg) is a mineral involved in many physiological and biochemical processes, especially those related to energy metabolism and glycemic control. Although Mg deficiency is related to pre-diabetic conditions, it is unclear whether dietary inadequacy promotes changes in insulin sensitivity and/or if conditions of insulin resistance cause disturbances in Mg homeostasis. This work aimed to investigate the effects of dietary Mg restriction and its association with high-fat diet on mineral homeostasis and insulin sensitivity. Male Wistar rat (97-123 g) remained in individual cages for 24 weeks. Animals received normolipid diet (CON, 7% lipid) or high-fat diet (HF, 32% lipid), adequate (CON and HF, 500 mg Mg / kg diet, n = 6 for each group) or Mg restricted (Mg[50] and HF Mg[50], 50 mg of Mg / kg of diet, n = 6 for each group). High-fat diet promoted a greater adipose tissue excess and body weight gain (p<0.05). Animals with Mg restricted diet had hypomagnesemia (p<0.01), lower Mg urinary (p<0.01) and faecal loss (p<0.001) and lower bone Mg concentration (p<0.001). However, no changes were observed in muscle Mg (p>0.05). HF Mg[50] group presented higher concentration of erythrocyte Mg when compared to the other groups. Singly, dietary Mg restriction did not induce changes in insulin sensitivity (as assessed by the insulin tolerance test). When associated with high-fat diet, dietary Mg restriction resulted in higher fasting glycemia and lower insulin sensitivity after 16 weeks (p<0.01). At the molecular level, protein kinase B (Akt) phosphorylation in muscle and liver was significantly lower in HFMg [50] group (p<0.05). Dietary Mg restriction induced increased protein content of renal TRPM6 and TRPM7 channels, regardless of insulin sensitivity. The results of this study indicate that Mg deficiency worsens metabolic effects of high-fat diet on insulin sensitivity. In addition, insulin resistance changes Mg compartmentalization.
|
515 |
Papel dos leucotrienos na fagocitose via FcgR por macrofágos alveolares de ratos sadios e diabéticos. / Role of leukotrienes in phagocytosis via FcgR by alveolar macrophages from healthy and diabetic rats.Ferracini, Matheus 17 July 2009 (has links)
Avaliamos o papel dos leucotrienos (LTs), as vias de sinalização e o efeito da insulina na fagocitose via FcgR por macrófagos alveolares (MAs) de ratos sadios (RS) e diabéticos (RD). Vimos que a) MAs de RD fagocitam menos que os de RS; b) a fagocitose é dependente de LTs endógenos em RS mas não em RD; c) a adição de LTB4 ou LTD4 aos MAs em cultura aumenta a fagocitose em RS e RD; d) MAs de RS e RD produzem quantidades equivalentes de LTB4 e LTC4; e) a adição de insulina aos MAs aumenta a capacidade fagocitica em ambos os grupos; f) em RS, a fagocitose via FcgR induz fosforilação de Akt e PKC-d, que é amplificada por LTs endógenos, enquanto que em RD ocorreu fosforilação somente da PKC-d. A foforilação de Akt e PKC-d amplificada por LTs produzidos sob estímulo do FcgR em MAs de RS parece ser, de alguma forma, dependente da ação da insulina, pois MAs provenientes de RD fagocitam menos, a fagocitose não é dependente de LTs endógenos e o estímulo via FcgR não é capaz de ativar a Akt. / We evaluated the role of leukotrienes (LTs), the signaling pathways and the effect of insulin in phagocytosis via FcgR by alveolar macrophages (AMs) from healthy (HR) and diabetic (DR) rats. The results showed that: a) AMs from DR showed lower phagocytic capacity than AMs from healthy rats; b) the phagocytosis was dependent of endogenous LTs in AMs from HR but not DR; c) addition of LTB4 and LTD4 to cultures enhanced the phagocytosis by AMs from HR and DR; d) AMs from HR and DR rats produced similar levels of LTB4 and LTC4; e) addition of insulin to AMs enhanced the phagocytic capacity in HR and DR; f) in HR, the phagocytosis via FcgR induced Akt and PKC-d phosphorylation, which is amplified by endogenous LTs, whereas in DR, only PKC-d was phosphorylated. The phosphorylation of Akt and PKC-d, amplified by LTs produced under FcgR engagement in AMs from HR, seems to be, in a way, dependent of insulin action, because AMs from DR have lower phagocytic capacity, the phagocytosis is not dependent of endogenous LTs and the FcgR engagement is not capable to activate Akt.
|
516 |
Avaliação dos níveis de glicose, insulina, cortisol e glucagon em cães com sepse grave submetidos ao tratamento intensivo / Evaluation of glicose, insulin, cortisol and glucagon levels in dogs with severe sepsis submitted to intensive treatmentReinoldes, Adriane 31 January 2011 (has links)
Com o objetivo de analisar a evolução dos níveis de glicose e dos hormônios insulina, glucagon e cortisol de cadelas com piometra e sepse grave durante o tratamento intensivo, foram estudadas 13 cadelas que apresentaram duas alterações na resposta inflamatória sistêmica e no mínimo uma disfunção orgânica. Antes do procedimento cirúrgico foram colhidas amostras para realização de exames laboratoriais e avaliação dos níveis dos hormônios insulina, glucagon e cortisol. Durante o período de internação, os animais foram avaliados diariamente por meio da análise de perfis bioquímicos renal e hepático, hemograma, sódio, potássio, insulina, glucagon e cortisol. O nível de glicose foi avaliado antes do procedimento cirúrgico, a cada 3 h nas primeiras 6 h e a cada 6 h até a alta ou óbito dos pacientes. Após o procedimento cirúrgico, os animais obtiveram a inserção do aparelho de CGMS no subcutâneo, para avaliação da glicose subcutânea. Um grupo controle com nove animais foram submetidos às mesmas dosagens de glicose do grupo sepse. Para a análise estatística da comparação dos valores obtidos para o grupo controle foi utilizado o teste não paramétrico Wilcoxon. Para avaliação da glicose, glucagon, cortisol, insulina, sódio e potássio para o grupo sepse, utilizou-se abordagem de modelos mistos com medidas repetidas. Os animais do grupo sepse apresentaram 7,37±1,66 anos de idade e 23,88±8,5 kg de peso corpóreo. No primeiro dia de internação, 23 % dos animais apresentaram hiperglicemia e estes animais permaneceram maior período de internação quando comparado com os demais animais. Nenhum animal apresentou hipoglicemia; apenas a técnica utilizada com Medsense Optium® apresentou valores superiores quando comparado com os valores de referência. Os animais apresentaram valores elevados de glucagon no primeiro dia quando comparado com o último dia de internação; o mesmo comportamento foi apresentado pelo cortisol e insulina. Como conclusão do estudo os animais com sepse grave apresentaram hiperglicemia e elevação dos hormônios glucagon, cortisol e insulina que tenderam a normalização na alta. / Aiming the analysis of glucose, insulin, glucagon and cortisol hormones levels in female dogs with pyometra and severe sepsis during intensive treatment. It was studied 13 female dogs with pyometra diagnosis and severe sepsis, which, the animals presented two alterations on the systemic inflammation response and at least one organic dysfunction. Before surgical procedure, samples were collected to laboratory exams realization and evaluation of hormones levels (insulin, glucagon and cortisol). During the interning time, the animals were evaluated daily through the renal and hepatic biochemical profile analysis, hemogram, sodium, potassium, insulin, glucagon and cortisol. The level of glucose was evaluated before the surgical procedure, every 3 hours in the first 6 hours and every 6 hours until patient discharge or patient death. After the surgical procedure, the animals received the CGMS introduction in subcutaneous, for glucose subcutaneous evaluation. A control group of nine animals were submitted to the same dosages of glucose from sepsis group. For statistical analysis of values comparison obtained to the control group was utilized the non parametric testing of Wilcoxon. For glucose evaluation, glucagon, cortisol, insulin, sodium and potassium to the sepsis group, was utilized the mixed model approach with repeated measurements. The animals of sepsis group presented 7,37±1,66 years and 23,88±8,5 Kg of body weight. At the first interning day, 23% of animals presented hyperglycemia and these animals remained with a longer interning period when compared with other animals. None of animals presented hypoglycemia; there was a difference only related to the utilized technique (Medsense Optium® presented higher values when compared to the reference values). The animals presented high values if glucagon at the first day when compared to the last interning day; the same was noticed with cortisol and insulin. As conclusion to this study, the animals with severe sepsis presented hyperglycemia and increase of hormones levels of glucagon, cortisol and insulin, which tendered to normalization on their discharge.
|
517 |
Papel da insulina no remodelamento na vigência da inflamação pulmonar alérgica em camundongos diabéticos e sadios / Role of insulin on the presence of the remodeling induced by allergic airway inflammation in healthy and diabetic miceFerreira, Sabrina de Souza 26 February 2015 (has links)
O diabetes mellitus (DM) e a asma são doenças de elevada incidência mundial. Embora ambas as doenças sejam comuns, há uma correlação negativa entre elas, uma vez que o aparecimento de DM, em pacientes previamente asmáticos, determina uma melhora do quadro asmático, em contrapartida, a insulina agrava a asma. O presente estudo avaliou o papel da insulina na vigência da inflamação alérgica crônica pulmonar em camundongos diabéticos e sadios. Para tanto, foram utilizados camundongos machos, da linhagem BALB/C, tornados diabéticos (aloxana, 50 mg/kg, i.v., 10 dias). Os animais foram sensibilizados com ovalbumina (OVA - 20 µg, e Al(OH)3 -2 mg) 10 dias após a injeção de aloxana e receberam a mesma dose após 12 dias, após 6 dias da última sensibilização os animais foram expostos a nebulização durante 7 dias, com solução de OVA (5 mg/mL), ou salina (SAL). Os animais diabéticos e asmáticos foram separados em dois diferentes grupos, para receberem dois tratamentos distintos de insulina, um tratamento com uma única dose de insulina e outro tratamento com doses consecutivas de insulina, sempre antes dos desafios. Após 24h do último desafio foram feitas as seguintes análises: a) o número de células no fluído de lavado broncoalveolar (LBA), leucograma e a glicemia (monitor de glicose); b) quantificação das concentrações de citocinas (IL1 β, TNF-α, IL-6, IL-4, IL-10, VEGF, TGF-ß) no sobrenadante do fluído de LBA pela técnica de ELISA; c) análise morfológica do tecido pulmonar através de cortes histológicos e coloração em hematoxilina e eosina (H/E) e d) deposição e quantificação de colágeno e muco no tecido pulmonar através de análise morfométrica em cortes histológicos corados com Tricômico de Massom e ácido periódico de Schiff (PAS), respectivamente. Comparados aos controles, camundongos diabéticos apresentaram redução de infiltrado inflamatório (34%) no fluído de LBA e de IL-1β (87%). Ambos os grupos apresentaram leve marcação de colágeno e ausência de muco. Os animais não diabéticos desafiados com OVA, apresentaram um aumento de infiltrado inflamatório (44%) no fluído de LBA com presença de eosinófilos (25%), presença de eosinófilos (34%) no sangue periférico, aumento das concentrações de IL-4 (70%) , deposição de colágeno (72%), e presença de muco, quando comparado ao animal controle. Os animais diabéticos desafiados com OVA apresentaram parâmetros similares aos animais diabéticos que receberam nebulização com SAL. O tratamento dos animais diabéticos com dose única de insulina corrigiu completamente os níveis de celularidade no fluído de LBA, a presença de eosinófilos no sangue periférico, e os níveis de concentrações de IL-4 e IL-1β, mas não corrigiu a deposição de colágeno ao redor das vias aéreas e secreção de muco. Já o tratamento com doses consecutivas corrigiu completamente os níveis de infiltrado inflamatório do LBA, presença de eosinófilos tanto no fluído de LBA como no sangue periférico, os níveis de concentrações de IL-1β, deposição de colágeno e secreção de muco. A concentração de IL-10 não diferiu entre os grupos e as demais citocinas analisadas não foram detectadas no ensaio de enzima-imunoensaio utilizado. Em conjunto estes dados sugerem que a insulina deva regular o remodelamento das vias aéreas em modelo experimental de inflamação alérgica pulmonar em camundongos diabéticos controlando o infiltrado inflamatório, a produção de IL-1β, e consequentemente, a deposição de colágeno e secreção de muco. / Diabetes mellitus (DM) and asthma are diseases of high incidence worldwide. Although both diseases are common, there is a negative correlation between them, since the appearance of DM in asthmatic patients previously determines an improvement in asthma profile, however, insulin exacerbates asthma. This study evaluated the role of insulin in the presence of chronic pulmonary allergic inflammation in diabetic mice and healthy. To this end, male mice were used in BALB / C strain, made diabetic (alloxan, 50 mg / kg, i.v., 10 days). Animals were sensitized with ovalbumin (OVA - 20 mcg, and Al (OH) 3 -2 mg) 10 days after the injection of alloxan and received the same dose at 12 days after 6 days after the last sensitization animals were exposed to nebulized for 7 days with OVA solution (5 mg / ml) or saline (SAL). Diabetics and asthmatic animals were divided in two different groups to receive two different insulin treatment, a treatment with a single dose of treatment with insulin and other insulin consecutive doses of ever before challenge. 24 hours after the last challenge the following analysis: a) the number of cells in the bronchoalveolar lavage (BAL), white blood cell count and blood sugar (glucose monitor); b) quantifying the concentrations of cytokines (IL-1 β, TNF-α, IL-6, IL-4, IL-10, VEGF, TGF-ß) in the BAL supernatant by ELISA; c) morphological analysis of lung tissue by histological sections and stained with hematoxylin and eosin (H / E) and d) deposition and quantification of collagen and mucus in the lung tissue by morphometric analysis of histological sections stained with trichrome of Massom and periodic acid Schiff (PAS), respectively. Compared to controls, diabetic mice showed a reduction of inflammatory infiltrate (34%) in the BAL, IL-4 concentrations (54%) and IL-1β (87%). Both groups showed slight marking of collagen and no mucus. Non-diabetic mice challenged with OVA had an increased inflammatory inflammatory infiltration (44%) in the presence of BAL eosinophils (25%), eosinophils (34%) in peripheral blood, increase in IL-1β (44%), collagen deposition (72%) and presence of mucus compared to control animals. Diabetic animals challenged with OVA showed similar patterns to those diabetic animals given nebulization with SAL. Treatment of diabetic rats with a single dose of insulin completely corrected the cellularity levels in BAL eosinophils in peripheral blood and the levels of IL-1β concentrations, but did not correct deposition of collagen around airways and mucus secretion. Since treatment with consecutive doses completely corrected levels of the inflammatory infiltrate of the BAL eosinophils in both the peripheral blood and BAL, the levels IL-1β concentrations, deposition of collagen and mucus secretion. The IL-10 concentration did not differ between groups and other cytokines analyzed were not detected in the test enzyme-immunoassay used. Together these data suggest that insulin is to regulate airway remodeling in an experimental model of allergic lung inflammation in diabetic mice controlling the inflammatory infiltration, IL-1β, and therefore, deposition of collagen and secretion mucus.
|
518 |
Efeitos dos exercícios resistidos no controle glicêmico de mulheres portadoras de diabetes gestacional / The effects of resistance exercises in glycemic control of women with gestational diabetesBarros, Marcelo Costa de 01 April 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: O Diabetes Gestacional (DG) é qualquer grau de intolerância a carboidratos com início ou diagnóstico na gravidez, com prevalência de 1% a 14% de todas as gestações. Para que complicações provenientes da doença sejam minimizadas, faz-se necessário o adequado controle glicêmico da paciente portadora dessa doença. Modelos experimentais sugerem que reside na musculatura estriada esquelética o principal sítio de resistência à insulina ocorrida durante a gestação. A prática de exercícios resistidos (ER) durante a gestação, embora ainda pouco difundida, é considerada segura, tanto para o feto como para a gestante. A literatura científica, porém, é extremamente escassa em relação à utilização dessa forma de atividade física como coadjuvante no tratamento do DG. OBJETIVOS: O presente estudo teve como objetivo avaliar pacientes com diagnóstico de DG, incluídas em programa de ER realizados com corda elástica, comparando a freqüência de mulheres que usaram insulina no grupo que realizou o programa ao grupo que não se exercitou, e verificar o impacto do programa sobre a adequação do controle glicêmico capilar das gestantes. MÉTODOS: Foi realizado um ensaio clínico randomizado com 62 portadoras de DG que acompanharam o programa de pré-natal da Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da FMUSP no período entre outubro de 2006 e novembro de 2008. Elas foram alocadas em dois grupos de estudo após o diagnóstico de DG: o grupo de exercícios (GE; n = 31), que praticou ER e o grupo controle (GC; n = 31). Os grupos eram semelhantes em todas as características aferidas no momento da inclusão no estudo. RESULTADOS: Verificou-se redução estatisticamente significativa (p = 0,009) no número de pacientes que necessitou de insulina no GE (n = 07) em comparação ao observado no GC (n= 17). Houve diferença significativa do controle glicêmico entre os grupos. Enquanto o GC atingiu a meta para monitoração glicêmica capilar durante, em média, 43% do período de acompanhamento, o GE o fez por 62% do período de estudo (p = 0,014). Foi verificada também maior freqüência de médias glicêmicas ideais no GE (67,7%) em comparação ao GC (25,8%) (p = 0,001). Não houve diferença significativa (p =0,836) no período (semanas ± DP) entre a inclusão no estudo e o início da terapia com insulina entre o GC (2,00 ± 1,62) e o GE (1,86 ± 1,21), bem como na quantidade de insulina (UI/kg ± DP) utilizada pelas gestantes na comparação entre os grupos (GC: 0,49 ± 0,12; GE: 0,45 ± 0,11; p = 0,398). CONCLUSÕES: A prática de ER por portadoras de DG foi eficiente em diminuir a utilização de insulina, além de melhorar o controle glicêmico dessa população. / INTRODUCTION: Gestational Diabetes (GD) is any degree of intolerance to carbohydrates that begins or is diagnosed in pregnancy, with a prevalence of 1% to 14% of all gestations. So that complications arising from the disease may be minimized, adequate blood sugar control of patients with this disease is necessary. Experimental models suggest that the main area of resistance to insulin occurring during gestation resides in the skeletal muscle. The practice of resistance exercises (RE) during pregnancy, although not widely disseminated, is considered safe for the fetus as well as for the pregnant woman. Scientific literature is extremely scarce with regard to the utilization of this form of physical activity in conjunction with treatment for GD. OBJECTIVES: The object of this study was to evaluate patients with a diagnosis of GD who were included in a program of RE carried out with rubber tubes, comparing the frequency of women who used insulin in the group who participated in the program with the group that did not do the exercises, and to verify the impact of the program on the adequacy of capillary glycemic control of the pregnant women. METHODS: A randomized clinical trial was performed with 62 GD patients who were following the prenatal program at the Obstetric Clinic of the Hospital of Clinics of FMUSP (Faculty of Medicine from University of Sao Paulo) from October, 2006 to November, 2008. They were divided into two study groups after the diagnosis of GD: the exercise group (EG), who practiced RE, and the control group (CG). The groups were similar in all characteristics assessed at the time of enrollment in the study. RESULTS: A statistically significant reduction (p = 0,009) was verified in the number of patients who needed insulin in the EG (n = 07) in comparison with what was observed in the CG (n = 17). There was a significant difference in glycemic control between the groups. While the CG reached the goal for capillary glycemic monitoring during, on the average, 43% of the follow-up period, the EG reached it for 62% of the study period (p = 0,014). A higher frequency of ideal glicemic mean levels was also verified in the EG (67.7%) in comparison with the CG (25.8%) (p = 0,001). There was no significant difference (p =0,836) in the period (weeks ± SD) between study enrollment and the start of insulin therapy between the CG (2,00 ± 1,62) and the EG (1,86 ± 1,21), nor was there in the amount of insulin (UI/kg ± SD) used by the pregnant women in the comparison between the groups. (CG: 0,49 ± 0,12; EG: 0,45 ± 0,11; p = 0,398). CONCLUSIONS: The practice of RE by pregnant women with GD was efficient to reduce the use of insulin, as well as to improve the glycemic control of this population.
|
519 |
Avaliação morfoquantitativa das expressões do IGF-I, Insulina e de seus receptores na polpa dentária e no epitélio juncional de ratos wistar na fase púbere, submetidos à subnutrição proteica pré e pós-natal e à renutrição pós-natal / Morfoquantitative evaluation of the expressions of IGF-I, Insulin and their receptors on dental pulp and junctional ephitelium of pubescent wistar rats subjected to protein undernutrition and postnatal refeedingGonçalves, Aline 10 February 2012 (has links)
Fatores nutricionais e metabólicos são capazes de comprometer o desenvolvimento pleno dos tecidos dentários, especialmente quando impingidos em períodos críticos. Estudos revelam que condições derivadas da subnutrição precoce e também tardia, interferem na atividade da insulina e do sistema IGF, demonstrando possível envolvimento com algumas patologias e apontando, em sua maioria, caráter permanente em alto grau, se não imediato, prospectivo e comprometedor da performance morfológica e funcional dos tecidos. Desta maneira, o presente estudo teve o propósito de avaliar os efeitos da subnutrição proteica pré e pós-natal e da renutrição pós-natal sobre o desenvolvimento da polpa dentária e do epitélio juncional do periodonto de ratos wistar, visando encontrar possível correspondência entre as alterações metabólicas e morfofuncionais decorrentes da subnutrição proteica, previamente relacionadas em estudos relativos à ação desses hormônios. Para tanto, formou-se grupos de animais heterogênicos (n=3) que, de acordo com a ração oferecida, normoproteica ou hipoproteica, e as respectivas idades, foram divididos nos seguintes grupos experimentais: nutridos (N) e subnutridos (S) com 60 dias de vida (fase na qual o período púbere termina) e renutridos (R), recuperados a partir de 22 até alcançarem 60 dias de vida. Após a eutanásia, os espécimes foram submetidos às técnicas de microscopia de luz (coradas com Azo-Carmim, Hematoxilina-Eosina e Picro-Sirius, esta última para a avaliação do componente colágeno) e imunohistoquímica para a identificação da expressão do IGF-I, insulina e respectivos receptores. A polpa dentária apresentou-se debilitada sob subnutrição o que foi verificado através da desorganização da camada odontoblástica e da estagnação dos componentes colágenos nos animais subnutridos. A renutrição não foi capaz de promover a recuperação de nenhum dos dois parâmetros. O estudo morfométrico permitiu verificar que a porcentagem média do número de expressões ao IGF-I foi maior nos animais do grupo N e que houve diferenças estatísticas significantes entre estes e os animais dos grupos S e R. Da mesma forma, a maior expressão de seus receptores (IGF-IR) foi encontrada nos animais do grupo N com indicação de diferença estatística apenas entre este e o grupo de animais subnutridos. A maior porcentagem média das expressões de insulina ocorreu nos animais nutridos (N), mas estatisticamente não foi detectada diferença significativa entre os grupos. Já em relação ao receptor de insulina (IR), foram constatadas diferenças estatísticas significativas entre o grupo N em relação aos grupos S e R. No epitélio juncional, a subnutrição determinou modificações no padrão das células e camadas epiteliais nos animais subnutridos, além de uma maior quantidade de colágeno do tipo III no tecido conjuntivo que o sustenta, caracterizando um atraso no desenvolvimento desses tecidos. A renutrição não foi capaz de recuperar satisfatoriamente os seus componentes estruturais. Sobre as expressões imunohistoquímicas a todos os anticorpos utilizados (para IGF-I, IGF-IR, I e IR), a análise estatística demonstrou não haver diferenças significativas entre os valores encontrados nos diferentes grupos N, S e R no epitélio juncional. / Nutritional and metabolic factors can cause serious injury of the development of dental tissue, especially when occurred in critical periods. Several studies reveal that conditions derived from early and later under nutrition interfere in insulin and IGF system activities; in these studies has been demonstrated the possible involvement of some pathologies most of them pointing to permanent in high degree (if not immediate) prospective and \"possible dangerous\" morphological and functional performance of tissues. Thus, the present study aimed to evaluate the effects of the pre and post-natal protein under nutrition, and, post-natal refeeding on the development of the dental pulp and periodontal junctional ephitelium of wistar rats, in order to find possible correlation between the metabolic and morph-functional changes arising from protein under nutrition, previously associated with studies related to the effects of these hormones. For this purpose, heterogenic animal groups were formed (n=3) divided in accordance of their diets (protein or hypo protein) and their ages into the following experimental groups: nourished (N) under nourished (S) aged 60 days (final of pubescent l periods) and renourish (R), recovered from the 22nd to 60th day old. After euthanasia, the specimens were analyzed by light microscopy (stained with Azo-carmine, Hematoxylin-Eosin and Picro Sirius, the later for collagen component analysis) and immunohistochemistry examination for identification of IGF-I expression, Insulin and respective receptors. The dental pulp turned out to be impaired in the context of undernutrition. This phenomenom was seen through disorganization of the odontoblastic layer and the stagnation of collagen components in undernourished animals. The refeeding procedure was unable to promote the recovery from any of the two parameters. With the immunohistochemistry on the dental pulp, it was found that the number of IGF-I expression was higher in group N and that there were significant differences involving these animals and those from groups S and R. Similarly, the highest expression of their receptors (IGF-IR) was found in group N, demonstrating statistical difference between this one and the group of undernourished animals. The highest average percentage of the expressions of insulin occurred in nourished animals (N), but no statistically significant difference was detected among the groups. In regard to the insulin receptor (IR), statistically significant differences were found when the group N was compared to groups S and R. In the junctional ephitelium, the undernutrition determined changes in the pattern of epithelial cells in undernourished animals and the prevalence of type III collagen fibers in the connective tissue that supports it, featuring a delay in the development of these tissues. The refeeding was not able to satisfactorily recover their structural components. About immunohistochemical expressions of all antibodies used for IGF-I, IGF-IR, I e IR in the junctional ephitelium, the statistical analysis showed no significant differences among the values found in the groups N, S and R.
|
520 |
Participação da NAD(P)H oxidase no direcionamento do metabolismo induzido pelo ácido oléico durante o processo de secreção de insulina. / NAD(P)H oxidase participates in the oleic acid-induced metabolic channelling during insulin secretion.Santos, Laila Romagueira Bichara dos 14 December 2010 (has links)
Ácidos graxos são requeridos para a manutenção da função celular e atuam como moduladores da secreção de insulina induzida. Os importantes sítios de formação de EROs são a mitocôndria e a NAD(P)H oxidase, a primeira pode alterar a produção de EROs em função da atividade metabólica e a segunda tem sua atividade regulada por diversos fatores, dentre eles a PKC .O ácido oléico, junto com o palmítico, é um dos AGs mais abundantes na circulação. O tratamento agudo (1 hora) com 100 µM de ácido oléico aumentou a secreção de insulina associado ao aumento no metabolismo do AG. A oxidação desse ácido graxo induziu aumento no conteúdo de EROs em 16,7 mM de glicose com participação da NAD(P)H oxidase. Apesar da reconhecida função da EROs como sinalizadores, a diminuição de EROs induzida pela inibição da NAD(P)H oxidase promoveu aumento relativo na oxidação da glicose. A secreção relativa de insulina aumentou após inibição da NAD(P)H oxidase, sugerindo função regulatória das EROs no metabolismo da glicose e, conseqüentemente, da secreção de insulina. Dessa forma, o ácido oléico é capaz de aumentar a secreção de insulina com participação da NAD(P)H oxidase e as EROs produzidas por essa enzima promovendo a regulação do metabolismo da glicose. / Fatty acids are required to maintain cellular functioning and are able to modulate insulin secretion from pancreatic islets. The important sites of ROS production are the mitochondria and the NAD(P)H oxidase. The mitochondrial ROS release depends on cellular activity and NAD(P)H oxidase activity depends on many factors, including PKC. Acute (1 hour) exposure to oleic acid increased insulin secretion at 16.7 mM glucose. The insulin secretion induced by OA was associated to increased fatty acid oxidation and decreased glucose metabolism. Also, at 16.7 mM glucose, OA oxidation increased ROS production mediated by NAD(P)H. ROS decreased content induced by NAD(P)H oxidase inhibition induced glucose oxidation re-establishment after OA stimulus. The relative secretion was stimulated by NAD(P)H oxidase inhibition after OA stimulus. This suggests that ROS produced by NAD(P)H oxidase act as glucose metabolism regulators in the pancreatic cell. In consequence of glucose metabolism re-establishment the insulin secretion was increased. In conclusion, ROS produced by NAD(P)H oxidase are regulators of glucose metabolism. The glucose metabolism regulation may be in part responsible for the increased insulin secretion induced by ROS.
|
Page generated in 0.057 seconds