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Estudo do papel de linfócitos T CD4+ e CD8+ e suas citocinas na Leishmaniose Tegumentar Americana

Castro, Maria Carolina Accioly Brelaz de 05 February 2013 (has links)
Submitted by Daniella Sodre (daniella.sodre@ufpe.br) on 2015-04-15T15:03:50Z No. of bitstreams: 2 Doutorado Carolina_Tese_Final_Pós_banca.pdf: 3244753 bytes, checksum: 877af436492eccb5711942aa55bd53f6 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-04-15T15:03:50Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Doutorado Carolina_Tese_Final_Pós_banca.pdf: 3244753 bytes, checksum: 877af436492eccb5711942aa55bd53f6 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2013-02-05 / CAPES; CNPq / A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença negligenciada com distribuição mundial, acometendo principalmente àquele com menor status socioeconômico. No Brasil, a LTA já foi visualizada em todos os Estados, sendo endêmica em Pernambuco. A LTA pode apresentar variadas formas clínicas, e a forma cutânea é a manifestação mais comum. A resposta imunológica desempenha um importante papel na cura clínica da doença ou na sua progressão, e os linfócitos T são fundamentais. Células T CD4+ e CD8+ são fontes produtoras de citocinas, atuando nos mecanismos de cura e patogênese da doença. A resposta linfocitária é caracterizada principalmente pelo aumento de células T CD4+. Os subtipos Th1 e Th2, seu direcionamento e papel, são ao mais bem descritos na susceptibilidade e resistência a LTA. Recentemente células T regulatórias e células Th17 também vêm se destacando. Dessa maneira, os objetivos desse estudo foram avaliar a participação de linfócitos T (CD4+, CD8+, Th1, Th2, Th17 e Treg) e de suas citocinas (IFN-, TNF, IL-4, IL-6, IL-10, IL-17, IL-21, IL-22 e IL-23) em indivíduos com LTA ativa e naqueles após a cura clínica (espontânea ou após tratamento). A imunofenotipagem e avaliação de citocinas foram feitas por citometria de fluxo, CBA, e através da quantificação relativa do mRNA das citocinas por qPCR. Os resultados desse trabalho, apresentados em três artigos, mostraram que o balanço na proporção de células T CD4+ e CD8+ é importante para cicatrização das lesões na LTA, e que o tratamento com antimonial não induz nenhum mudança deletéria na proporção de linfócitos T na corrente sanguínea. Além disso, foi visto que as frações antigênicas solúvel e insolúvel de L. (V.) braziliensis são capazes de induzir uma resposta imune específica por parte dos pacientes com LTA. Transcritos para TNF e IFN- foram encontrados significativamente aumentadas após 24h de cultura quando comparado aos controles; no entanto, não foi possível identificar sua população secretora. O desenvolvimento da doença parece estar relacionado a uma desregulação imunológica temporária no início da infecção, caracterizada por um predomínio do perfil Th2 nos pacientes com lesão ativa, e a cura ao desenvolvimento de uma resposta do tipo 1. Essa resposta aparenta ser balanceada/coordenada por mecanismos que envolvem a citocina IL-10, e células Treg e suas subpopulações expressando marcadores de imunossupressão e migração tecidual foram observadas nos indivíduos com LTA ativa. Foi visto ainda a presença significativa de citocinas Th17, sugerindo a sua associação com a patogênese da doença. O estudo mostrou que a resposta imunológica desenvolvida pelo hospedeiro na LTA é dinâmica, e contribui em futuros estudos para desenho apropriado de intervenções imunológicas em pacientes e de vacinas.
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AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DE NANOTUBOS DE CARBONO DE PAREDE MÚLTIPLA CARBOXILADOS EM CÉLULAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO

Barbosa, Gabriela de Moraes 09 November 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2018-06-27T18:56:33Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Gabriela de Moraes Barbosa.pdf: 1970444 bytes, checksum: cc094467f0ae630c8ca1d2412d92b154 (MD5) Gabriela de Moraes Barbosa.pdf.jpg: 3366 bytes, checksum: 682fcf8d3a97c6bde3382a41872a5ae8 (MD5) Previous issue date: 2010-11-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The carbon nanotubes (CNTs) display exclusive properties which are of great interest to biotechnology area. The idea of utilizing CTNs as drug carriers, adjuvant for vaccines and biosensors is attracting much interest from scientific community. However, biocompatibility and toxicity in vitro and in vivo of these structures need to be investigated. The aim of this study was to determine the effects of functionalized multiwalled carbon nanotubes (MWCNTs) on cells of the immune system. For in vitro test, splenocytes and bone marrow cells were isolated from BALB/c female mice. The group of treated cells was cultured with carboxylic MWCNTs suspensions at different concentrations (1, 5 or 10 ng/mL), while the control group was only cultured with medium RMPI 1640 and 10% fetal calf serum (FCS). After 24, 48 and 72 hours of cultivation, the viability proliferation and interaction were analyzed by transmission electron microscopy (TEM) analysis of carboxylic MWCNTs with cells. In vivo study, carboxylic MWCNTs were administered intravenously with a concentration of 50 and 100 &#956;g. After 24 hours, splenocytes were isolated, labeled with anti-CD3+ and anti- B220+ antibodies and analyzed by Fluorescence Activated Cell Sorting (FACS). Total IgG production was determined in mice serum after 20 days of administration. The results showed no significant difference (p < 0.05) in the cell viability test of splenocytes, although it has been observed an increase in the frequency of cells directly proportional to the concentrations of carboxylic MWCNTs suspensions in the period of 48 hours. For marrow cells it was observed an inversion in the frequency of cells in the periods of 24 and 48 hours. Regarding the proliferation of splenocytes, groups of cells treated with carboxylic MWCNTs showed significant difference (p<0.05) when compared to control positive group (CpG oligonucleotide). In the analyses performed by TEM, it was not found any type of interaction of carboxylic MWCNTs with splenocytes treated with carboxylic MWCNTs in the concentration of 10 ng/mL. According to the analyses carried out by flow cytometry, the percentage of CD3+ cells and B220+ cells showed no significant difference in relation to the control group. In Enzyme Immunoassay (ELISA), the total IgG antibody production did not increase in the serum of mice treated with carboxylic MWCNTs when compared to control. Thus, the results in vitro and in vivo indicate that carboxylic MWCNTs did not present stimulatory effects on cells of the immune system and, at the same conditions, no cellular toxicity. / Os nanotubos de carbono (NTCs) apresentam propriedades exclusivas que são de grande interesse para a área de biotecnologia. A idéia de se utilizar NTCs como carreadores de fármacos, adjuvantes para vacinas e biosensores, vem despertando muito interesse da comunidade científica. No entanto, a biocompatibilidade e toxicidade in vitro and in vivo dessas estruturas precisam ser investigadas. O objetivo desse estudo foi determinar os efeitos dos nanotubos de carbono de paredes múltiplas (NTCPMs) carboxilados sobre células do sistema imunológico. Para os testes in vitro, esplenócitos e células da medula óssea foram isolados de camundongos BALB/c fêmeas. O grupo de células tratadas foi cultivado com suspensões de NTCPMs carboxilados em diferentes concentrações (1, 5 ou 10 ng/mL), enquanto o grupo controle foi cultivado apenas com meio RMPI 1640 e 10% soro fetal bovino (SFB). Após 24, 48 e 72 horas de cultivo, foram analisadas viabilidade, proliferação e interação por análise de microscopia eletrônica de transmissão (MET) dos NTCPMs carboxilados com as células. No estudo in vivo, NTCPMs carboxilados foram administrados pela via intravenosa com concentração de 50 e 100 &#956;g. Após 24 horas, os esplenócitos foram isolados, marcados com anticorpos anti-CD3+ e anti-B220+ e analisados por citometria de fluxo. A produção de IgG total foi determinada no soro de camundongos após 20 dias da administração. Os resultados encontrados indicaram que não houve diferença significativa (p<0,05) no teste de viabilidade celular de esplenócitos, embora tenha sido observado um aumento na freqüência de células diretamente proporcional às concentrações das suspensões de NTCPMs carboxilados no tempo de 48 horas. Para as células da medula, foi observada uma inversão na frequência de células nos tempos de 24 e 48 horas. Em relação à proliferação de esplenócitos, os grupos de células tratadas com NTCPMs carboxilados apresentaram diferença significativa (p<0,05) quando comparado ao grupo controle positivo (oligonucleotídeo CpG). Nas análises feitas por MET, não foi encontrado qualquer tipo de interação dos NTCPMs carboxilados com esplenócitos tratados com NTCPMs carboxilados na concentração de 10 ng/mL. De acordo com as análises realizadas por citometria de fluxo, a porcentagem de células de CD3+ e células B220+ não apresentaram diferença significativa com relação ao grupo controle. No teste de Enzima Imunoensaio (ELISA), a produção de anticorpos IgG totais não aumentou no soro de camundongos tratados com NTCPMs carboxilados quando comparada a do grupo controle. Sendo assim, os resultados in vitro e in vivo indicam que NTCPMs carboxilados não apresentam efeitos estimulatórios sobre células do sistema imunológico e, nas mesmas condições, não apresentam toxicidade celular.
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Fungemia em pacientes portadores do vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e caracterização fisiológica dos fungos isolados

CAMBUIM, Idalina Inês Fonsêca Nogueira January 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T15:05:22Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo4544_1.pdf: 743719 bytes, checksum: 0d1678ceac5de3e304fce7b8f9370d3d (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2005 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Para averiguar a ocorrência de fungemia, foram analisadas no período de janeiro de 2004 a julho de 2004, amostras de sangue de 530 pacientes portadores do HIV, sendo 159 (30%) sem AIDS e 371 (70%) com AIDS, destes 468 pacientes atendidos em ambulatório e 62 pacientes internos, todos procedentes do Hospital Correia Picanço, Recife-PE. Foi detectada fungemia no sangue de quatro pacientes com HIV sem AIDS e em 20 com AIDS. Em quatro pacientes HIV sem AIDS, fungemia foi detectada através da cultura; nos pacientes com AIDS fungemia foi detectada em sete através do exame direto, em oito através da cultura e em cinco através do exame direto e cultura. Do sangue de pacientes com HIV sem AIDS, foram isoladas as espécies Candida humicola, C. pelliculosa e Fusarium lateritium; do sangue de pacientes com AIDS foram isoladas as espécies C. curvata, C. humicula, C. parapsilosis, Cryptococcus albidus, C. neoformans e Histoplasma capsulatum. Segundo a literatura disponível, esta é a primeira citação de F. lateritium, C. curvata e C. humicula relacionando estas espécies a fungemia em pacientes infectados com HIV. A cada episódio de fungemia correspondeu apenas uma espécie de fungo. No sangue dos pacientes HIV sem AIDS a contagem de CD4 variou de 373 a 573 células/mm3 e de CD8 de 807 a 1445 células/mm3; no sangue dos pacientes com AIDS a contagem de CD4 variou de 12 a 346 células/mm3 e de CD8 de 261 a 1375 células/mm3. Baseado no modelo de Regressão logístico há 152,57 mais chances de ocorrer fungemia em pacientes com lesão de pele e níveis de CD4 &#8804; 200 mm3, e que não existe relação entre a espécie isolada e níveis de CD4 e CD8. Todos os fungos isolados cresceram a 37ºC. Atividade proteásica foi observada nos isolados utilizando-se como substrato caseína do leite e gelatina. Atividade fosfolipásica foi evidenciada com lecitina de soja, entretanto não foi evidenciada com gema de ovo como substrato
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Estudo epidemiológico da paracoccidioidomicose na região de Campinas e avaliação da resposta imune celular na paracoccidioidomicose-infecção e nas diferentes formas da doença

Oliveira, Sara de Jesus 06 June 2003 (has links)
Orientador: Maria Heloísa Souza Lima Blotta / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-17T06:53:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Oliveira_SaradeJesus_D.pdf: 1409092 bytes, checksum: 77c1f0b5742ae7b24491a77030821e3f (MD5) Previous issue date: 2003 / Resumo: A paracoccidioidomicose, causada pelo fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis, é a micose sistêmica de maior prevalência na América Latina, acometendo hoje mais de 10 milhões de pessoas e apresentando as maiores taxas de mortalidade nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. A infecção se dá pela via respiratória sendo que a grande maioria de indivíduos que entram em contato com o fungo, não desenvolve a doença. Esta condição chamada PCM-infecção ocorre em indivíduos que moram em áreas endêmicas e apresentam teste cutâneo de HTT positivo aos antígenos do fungo. A progressão de infecção para doença origina duas formas clínicas principais: a forma aguda ou juvenil (FJ), de maior gravidade e a forma adulta ou crônica (FA), mais localizada e menos agressiva. Com o objetivo de estudar a epidemiologia e o perfil imunológico da PCM humana na cidade de Campinas, analisamos as características gerais (sexo, idade profissão) de pacientes atendidos no HC da UNICAMP e a incidência da doença na região, juntamente com seus fatores de risco e suas formas clínicas. Avaliamos também a resposta imune celular (proliferação de linfócitos a antígenos do fungo e produção de citocinas do tipo Th1 e Th2), em pacientes com as formas adulta e juvenil da doença, indivíduos portadores da infecção e controles saudáveis (teste cutâneo de HTT negativo). Nossos resultados mostraram que a PCM é endêmica em Campinas e região, acometendo em sua maioria, indivíduos adultos do sexo masculino, trabalhadores rurais e da construção civil. No entanto, encontramos elevado número de pacientes do sexo feminino e crianças com a forma juvenil da doença, mais grave e disseminada. Esses pacientes apresentam resposta imune celular suprimida, caracterizada por teste cutâneo negativo e proliferação de linfócitos reduzida a antígenos do fungo, enquanto produzem citocinas do tipo Th2, com aumento de IL-4 e IL-5, juntamente com baixos níveis de IFN-?, TNF-? e IL-12. Apresentam também, no período inicial da infecção, número elevado de eosinófilos no sangue periférico e em biópsias de linfonodos. Ao contrário, indivíduos portadores da PCM-infecção apresentam proliferação de linfócitos bastante acentuada a antígenos do fungo, teste cutâneo positivo, ausência de anticorpos e padrão de resposta Th1 com produção de IFN-?, IL-2, TNF-? e IL-12, e níveis basais de IL-4, IL-5 e IL-10. Já os pacientes com a forma adulta apresentam resposta imune celular preservada, com teste cutâneo que variam de acordo com a forma unifocal ou multifocal da doença. De modo geral, produzem menores níveis de IL-4 e IL-5 e níveis aumentados de TNF-? e IL-12. Esses resultados nos permitiram situar a forma adulta da paracoccidioidomicose como intermediária entre o padrão Th2 de resposta imune apresentado pela forma juvenil e o padrão Th1 desenvolvido pelos indivíduos portadores da PCM-infecção / Abstract: We studied the clinical-seroepidemiological characteristics of patients with paracoccidioidomycosis (PCM) attended at the University Hospital at UNICAMP (Campinas, São Paulo, Brazil). The study group consisted of 584 individuals (492 M, 92 F) with ages ranging from 5 to 87 years. The highest incidence of the disease occurred between the ages of 41 and 50 years for men and 11 and 40 for women. Rural activities were the principal occupation of 46% of the patients. The diagnosis was confirmed by histopathological examination and by demonstration of fungus in scrapings, secretions or in the sputum. Serological tests for PCM were positive in 80% of the 584 patients studied. The significant number of patients, including 33 children under 14 years old, is an indication of the fungus? presence in the area and indicates that this region is an important endemic area for paracoccidioidomycosis. Cellular immune response to Paracoccidiodes brasiliensis antigens (PbAg) was evaluated in patients with the juvenile (JF) and adult (AF) forms of paracoccidioidomycosis (PCM) as well as in a group of infected individuals living in the endemic area but without any clinical manifestation of the disease. The immune profile of this group of PCM-infected (PI) individuals was characterized by: 1) a positive skin test to P. brasiliensis antigen, 2) absence of specific antibodies, 3) a vigorous lymphoproliferative response to PbAg, and 4) a typical Th1 pattern of cytokines, with production of IFN-?, IL-2, IL-12 and TNF-? and basal levels of IL-4, IL-5 and IL-10. At the opposite end of the spectrum were the JF patients whose proliferative response to PbAg was significantly impaired and whose cytokine pattern was characteristically Th2, i.e., lower IFN-? TNF-? and IL-12 secretion and significantly higher levels of IL-4 and IL-5. These profiles are compatible with forms of higher and lower resistance, respectively. Intermediate immune responses were observed in AF patients, whose specific lymphoproliferative response was lower than in the PI group but higher than in the JF patients. The secretion of IFN-? and IL-10 did not differ from the JF group, although IL-4 and IL-5 levels were significantly lower, and TNF-? and IL-12 higher. Since AF patients are able to control fungal dissemination for decades, they can be considered more resistant than JF patients, who manifest the disease soon after infection / Doutorado / Ciencias Biomedicas / Doutor em Ciências Médicas
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Caracterização fenotípica e funcional de células dendríticas humanas induzidas por células leveduriformes de Paracoccidioides brasiliensis / Phenotypic and functional characterization of human dendritic cells induced by Paracoccidioides brasiliensis yeast cells

Fornazim, Marcia Cristina 17 August 2018 (has links)
Orientadores: Maria Heloisa Souza Lima Blotta, Ronei Luciano Mamoni / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-17T12:57:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Fornazim_MarciaCristina_D.pdf: 1869002 bytes, checksum: b2e5012f736532c7b201f92582544179 (MD5) Previous issue date: 2011 / Resumo: A resposta Th1 com a ativação eficiente de macrófagos constituiu o principal mecanismo de defesa na infecção causada pelo Paracoccidioides brasiliensis. Componentes do sistema imune inato que induzem a polarização a resposta adaptativa como as células dendríticas (DCs) e seus produtos foram pouco explorados, principalmente na doença humana. O objetivo do presente estudo foi caracterizar fenotipicamente e funcionalmente DCs obtidas a partir de monócitos do sangue periférico (MSP) de indivíduos saudáveis (C), pacientes com a forma adulta (FA) e juvenil (FJ) da paracoccidioidomicose (PCM), estimuladas in vitro por células leveduriformes do fungo P. brasiliensis das cepas Pb18 (alta virulência) e Pb265 (baixa virulência). Em uma segunda etapa pretendeu-se verificar se estas DCs eram capazes de ativar linfócitos T CD4+/CD8+ autólogos. Os MSP foram cultivados na presença de IL-4 e GM-CSF por 7 dias e posteriormente submetidos à estimulação por células leveduriformes do fungo (Pb18 ou Pb265) ou CD40L (controle positivo) ou somente meio (SE) por 18 horas. DCs derivadas de monócitos do sangue periférico dos 3 grupos estudados (C, FA, FJ) se diferenciam em DCs maduras na presença de células leveduriformes do fungo. Nos pacientes com as FA e FJ as células leveduriformes Pb18 e Pb265 induzem maturação semelhante nas DCs que passam a expressar características morfológicas e fenótipo de células maduras com aumento da expressão dos marcadores de maturação (CD83 e CCR7), das moléculas de coestimulação (CD80/B7-1 e CD86/B7-2), das moléculas envolvidas na apresentação de antígenos (HLA-I e HLA-II), dos receptores envolvidos no reconhecimento de antígenos (TLR2, TLR4 e dectina-1) e diminuição da expressão do CD1a e CD209. No grupo C foram observadas as mesmas características de fenótipo acima mencionadas, mas de forma mais evidente em DCs que foram estimuladas com as células leveduriformes da cepa Pb265, quando comparada a Pb18. DCs estimuladas com CD40L mostraram potencial máximo de expressão dos marcadores de superfície. Constatou-se também em DCs do grupo controle uma diminuição da capacidade fagocítica, após 18h de contato com as células leveduriformes do fungo, comprovando o processo de maturação, que foi mais efetivo na presença de Pb265. A análise da expressão gênica demonstrou que ambas as células leveduriformes do fungo induziram a expressão de TNF- , IL-1 , IL-12p35, IL-23p19 e TGF- . A estimulação das DCs com as células leveduriformes da cepa Pb265 induziu aumento da expressão de IL-6 (C, FA, FJ). Em relação à IL-10 as células leveduriformes Pb265 induziram maior expressão somente nos pacientes (FA e FJ). Na segunda etapa do estudo verificou-se que DCs fenotipicamente competentes foram capazes de estimular a proliferação de linfócitos T CD4+/CD8+ autólogos de forma mais acentuada quando eram provenientes de pacientes. Nestes grupos (FA e FJ) também foi constatada uma diminuição da frequência de linfócito T CD4+/CD8+/CD45RA+ e um aumento da frequência células CD4+/CD8+/CD45RO+ e CD4+/CD8+/CD69+. Inesperadamente, os resultados também mostraram que DCs dos 3 grupos estudados, que foram estimuladas com células leveduriformes do fungo, induziram a proliferação de linfócitos T CD3+CD4+CD25+Foxp3+, em relação às DCs que não receberam estímulos (SE). DCs de pacientes que foram estimuladas por ambas as células leveduriformes do fungo induziram uma maior produção de IL-2, IL-17, IL- 10 e IFN- por LT/CD3+CD8(neg), quando comparada com DCs do grupo C. Por outro lado, DCs dos 3 grupos estudados (C, FA, FJ) que foram estimuladas células leveduriformes do fungo induziram uma maior produção de IFN- por LT/CD3+CD8+. Em conjunto os resultados do nosso estudo mostraram que a estimulação com células leveduriformes do fungo induz uma população heterogênea de DCs, capazes de dar origem a uma resposta linfocitária mista com proliferação de linfócito Th1 (produtoras de IFN-?), Th17 (produtoras de IL-17) e células com fenótipo regulatório Foxp3+ (produtoras de IL-10) / Abstract: A Th1 response with an efficient activation of macrophages is the main mechanism of defense in Paracoccidioides brasiliensis infection. Components of the innate immune system that induce the polarization of the adaptive response such as dendritic cells (DCs) and their products have been little explored, particularly in human disease. The aim of this study was to phenotypically and functionally characterize DCs obtained from peripheral blood monocytes (PBM) of healthy individuals (C), patients with the adult form (AF) and juvenile form (JF) of paracoccidioidomycosis (PCM), induced in vitro by P. brasiliensis yeasts cells of Pb18 (high virulence) and Pb265 (low virulence) strains. In a second step we sought to determine whether these DCs were capable of activating autologous CD4/CD8 T cells. PBM were cultured in the presence of IL-4 and GM-CSF for 7 days and then stimulated by yeasts cells (Pb18 or Pb265) or CD40L (positive control) or medium only (WE), for 18 hours. PBM of the 3 groups (C, AF, JF) acquired the capacity to differentiate into DCs in the presence of P. brasiliensis yeasts cells. In patients with FA and FJ yeast cells induced maturation of DCs with increased expression of maturation markers (CD83 and CCR7), co-stimulatory molecules(CD80/B7-1 and CD86/B7-2), antigen presentation molecules (HLA-I and HLA-II), receptors involved in antigen recognition (TLR2, TLR4 and dectin-1) and decreased expression of CD1a and CD209. DCs from group C showed the same phenotypic characteristics, more evident in DCs that were stimulated with Pb265 when compared to Pb18. DCs stimulated with CD40L showed maximum expression of surface markers. A decrease in phagocytic capacity was detected in DCs of the control group after stimulation with yeast cells, demonstrating the maturation process, which was more effective in the presence of Pb265. The gene expression analysis showed that both strains of yeasts cells induced expression of TNF- , IL-1 , IL-12p35, IL-23p19 and TGF- mRNA. Stimulation of DCs with Pb265 induced increased expression of IL-6 in all groups. Pb265 also induced a higher expression of IL-10 mRNA only in patients (AF and JF). Our study also showed that phenotypically competent DCs were able to stimulate the proliferation of autologous CD4+/CD8+ cells, mainly in patients. In these groups (FA and FJ) it was also observed a reduction in the frequency of CD4+/CD8+/CD45RA+ and na increased frequency of CD4+/CD8+/CD45RO+ and CD4+/CD8+/CD69+. Unexpectedly, the results also showed that DCs stimulated with the yeast cells induced proliferation of T lymphocytes CD3+CD4+CD25+Foxp3+, compared to DCs that received no stimulation. DCs from patients stimulated by both strains of yeast cells induced a higherr production of IL-2, IL-17, IL-10 e IFN- by LT/CD3+CD8(neg) compared with DCs from group C. Moreover, DCs from the 3 groups also induced a stronger IFN-? production by CD3+/CD8+T cells. Altogether the results showed that stimulation with P. brasiliensis yeast cells induces a heterogeneous population of DCs, capable of giving rise to a mixed lymphocyte response with proliferation of Th1, Th17, and Foxp3+ cells / Doutorado / Ciencias Biomedicas / Doutor em Ciências Médicas
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Efeito imunoregulador da vitamina D3 na encefalomielite experimental auto-imune / Immunoregulator effect of vitamin D3 on experimental autoimmune encephalomyelitis

Farias, Alessandro dos Santos 17 August 2018 (has links)
Orientador: Leonilda Maria Barbosa dos Santos / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-17T20:16:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Farias_AlessandrodosSantos_D.pdf: 4349733 bytes, checksum: 319c7b608b0ec53ed2bab3d2bbb43a23 (MD5) Previous issue date: 2009 / Resumo: A Esclerose múltipla (EM) é a mais comum doença neurológica crônica que acomete adultos jovens. Apesar da etiologia da EM ser desconhecida, está bem descrito que a doença é resultante da combinação de uma pré-disposição genética associada a fatores ambientas. Nos últimos anos, tem sido evidenciada a hipótese da participação da vitamina D na evolução da EM e do modelo experimental, a encefalomielite experimental auto-imune (EAE). No presente estudo, fomos capazes de mostrar que a administração da vitamina D3 in vivo na EAE, assim como a transferência de células dendríticas tolerogênicas, induzidas pela vitamina D3 in vitro, aumentam significativamente a porcentagem das células reguladoras CD4+CD25+Foxp3+ e a expressão de IL-10 nos linfonodos, resultando na redução dos sinais clínicos nesses animais. Simultaneamente, há uma diminuição do numero de células nos infiltrados inflamatórios no sistema nervoso central, acompanhada da diminuição das citocinas proinflamatórias como a IL-17A, IFN'gama' e TNF'alfa'. Ainda, os animais tratados apresentam uma maior quantidade de IL-10 e TGF'beta'1 liberados no soro, quando comparados aos animais não tratados. Esses mecanismos contribuem ativamente para a criação de um microambiente no linfonodo que é capaz de suprimir a ativação das células auto-reativas, diminuindo a resposta inflamatória no sistema nervoso central. Ainda, fomos capazes de demonstrar que a maioria das mudanças neurológicas que acontece durante a fase aguda da EAE desaparecem quando a resposta inflamatória é controlada. No presente estudo avaliamos a expressão diferencial de proteínas no SNC em diferentes fases da EAE. Nossos resultados demonstram que várias proteínas estão diferencialmente expressas na fase aguda da doença em comparação aos animais naive como: as proteases e proteínas estruturais e metabólicas, que estão envolvidas na neurodegeneração. Essas alterações retornam aos níveis normais durante a fase de remissão da doença / Abstract: A growing body of evidence supports the hypothesis that vitamin D is an environmental factor important in the etiology of T-cell-mediated autoimmune diseases such as multiple sclerosis (MS). In the present study, evidence is provided that the in vivo administration of vitamin D3, as well as the adoptive transfer of vitamin D3-induced immature/tolerogenic dendritic cells lead to a significant increase of the percentage of CD4+CD25+Foxp3+ regulatory T cells in the lymph nodes but, not in the blood or spleen, in the rat model of MS, the experimental autoimmune encephalomyelitis (EAE). Simultaneously with the increase of this cell population the treatment with Vitamin D3 induced is a significant decrease in the number of auto-reactive T cells in the central nervous system, as well as the reduction of the expression of pro-inflammatory cytokines. Moreover, the treatment increases the level of IL-10 and TGF'beta'1 in the serum and in the lymph nodes. The adoptive transfer of vitamin D3-induced DC also induces a significant increase in the expression of IL-10 in the lymph nodes, with no change in the expression of TGF'beta'1. These mechanisms contribute actively to the generation of a microenvironment in the lymph nodes that suppress the activation of encephalitogenic T cells, which result in the downregulation of the inflammatory response in the central nervous system. Moreover, we provide evidence that most of neurological changes that take place during the clinical phase of EAE disappear when inflammatory response is controlled. We have identified protein expression in different phase of the EAE. The result demonstrated various proteins which are regulated during the acute phase of the disease, such as some enzymes and proteins from the neurodegenerative process, return to normal levels in the remission phase of the disease / Doutorado / Ciencias Basicas / Doutor em Clínica Médica
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Participação de celulas T regulatorias (CD4+CD25+) na imunossupressão observada em pacientes com paracoccidioidomicose / Participation of regulatory T'cells (CD4+CD25+) in the immunossupression observed on paracoccidioidomycosis

Ferreira, Maria Carolina, 1983- 02 February 2009 (has links)
Orientadores: Ronei Luciano Mamoni, Maria Heloisa Souza Lima Blotta / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-13T02:22:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ferreira_MariaCarolina_M.pdf: 3235698 bytes, checksum: 858844d8c2fb54db25e9acd5fcdbb327 (MD5) Previous issue date: 2009 / Resumo: Pacientes com paracoccidioidomicose (PCM) apresentam supressão da resposta imunológica celular, caracterizada por testes de hipersensibilidade do tipo tardio negativos a antígenos do P. brasiliensis, alta taxa de apoptose de linfócitos e alta expressão de CTLA-4 (CD152) e alta produção de citocinas supressoras (IL-10 e TGF-b). Esses dados indicam a possível participação de células T regulatórias (CD4+CD25+ - Tregs) na PCM. O objetivo desse trabalho foi verificar se, e por qual mecanismo as células T regulatórias estão envolvidas nessa imunossupressão. Para isso, analisamos o número, fenótipo, assim como a atividade funcional das células regulatórias do sangue periférico de pacientes com PCM antes e após o tratamento antifúngico efetivo. O número e o fenótipo das células T regulatórias foram avaliados por citometria de fluxo, e os resultados demonstraram que pacientes com PCM ativa (DA) apresentam um maior número dessas células que pacientes tratados (DT) ou controles normais (C). Além disso, observamos uma maior expressão de CD95L, CTLA-4, LAP-1 e GITR em células regulatórias do grupo DA em relação aos grupos DT e C. A expressão do RNAm (quantificado por PCR em tempo real) para FoxP3, IL-10 e TGF-ß em CMSP ex vivo também foram maiores no grupo DA que nos controles e pacientes do grupo DT. Com o intuito de comparar a atividade funcional das células T regulatórias, analisamos o efeito da cocultura com células T regulatórias na resposta proliferativa de CMSP estimuladas com ConA. As células regulatórias do grupo DA exibiram uma atividade supressora maior que as provenientes do grupo DT ou C, de uma maneira dose dependente. Para verificar se o mecanismo por meio do qual as células regulatórias exercem sua atividade é dependente de contato, utilizamos um sistema "transwell". Os resultados demonstraram que a atividade supressora das células T regulatórias do grupo controle é dependente de contato, mas que essa atividade para as células provenientes dos pacientes do grupo DA é apenas parcialmente revertida com esse sistema. A adição de citocinas supressoras recombinantes (IL-10 e TGF-ß), assim como de anticorpos neutralizantes para essas citocinas nas coculturas, mostrou que a produção de citocinas regulatórias pode ser outro mecanismo utilizado pelas células regulatórias do grupo DA. Em conclusão, o número aumentado de células T regulatórias no sangue periférico de pacientes com DA, expressando altos níveis de moléculas associadas à atividade regulatória, ao lado da alta expressão do RNAm para FoxpP3, IL-10 e TGF-b, sugere uma participação dessa população de linfócitos na imunossupressão observada em pacientes com PCM ativa. Além disso, nossos resultados indicam que as células T regulatórias dependem principalmente do contato intercelular para exercer seus efeitos supressores, e que a produção de citocinas supressoras também está envolvida nesse processo. / Abstract: Patients with paracoccidioidomycosis (PCM) present suppression of cellular immune response characterized by negative DTH to P. brasiliensis antigens, elevated apoptosis of lymphocytes, high expression of CTLA-4, and production of IL-10 and TGF-ß. Together these data point towards the involvement of regulatory T cells (CD4+CD25+ - Tregs) in PCM. The aims of this study were to verify whether and how Tregs are involved in this immunosuppression, through the analysis of the number and the phenotype, as well as, the functional activity of Tregs cells from peripheral blood of patients before and after antifungal treatment. The number and phenotype of Tregs cells were evaluated by flow cytometry, and the results showed that PCM patients with active disease (AD) present higher number of Treg cells than patients after treatment (TD) or healthy controls (C). Furthermore, we observed higher expression of CD95L, CTLA-4, LAP-1 and GITR on Tregs from AD group, than in cells from TD and C groups. mRNA expression (quantified by qRT-PCR) for FoxP3, IL-10 and TGF-ß in ex vivo PBMC, were also higher in AD group than in controls and in TD group. In order to compare the functional activity of Tregs, we analyzed the effect of Treg cells on the proliferative response of PBMC stimulated with ConA. Tregs from AD group exhibited stronger regulatory activity than cells from TD and C groups, in a dose dependent manner. To verify the possible mechanism through which Tregs suppress the cell proliferation we utilized a transwell system, which showed that the contact is mandatory for regulatory activity of Treg cells from C group, but had only a partial involvement in cells from AD patients. The addition of IL-10 and TGF-ß and anti cytokines in the co-cultures showed that the production of immunoregulatory cytokines may be other mechanism used by Tregs. In conclusion, the increased number of Treg cells in peripheral blood of patients with active disease, expressing high levels of regulatory markers and suppressive activity, besides the high expression of Foxp3, IL-10 and TGF-ß mRNAs suggest the potential participation of this population in the immunosuppression observed during the disease. Moreover, our results indicate that Tregs act mainly by contact to exert their inhibitory effects, but the production of immunoregulatory cytokines are also involved. / Mestrado / Ciencias Biomedicas / Mestre em Ciências Médicas
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Avaliação longitudinal de fatores inflamatórios e linfócitos T reguladores em pacientes sépticos / Longitudinal evaluation of inflammatory factors and regulatory T lymphocytes in septic patients

Aline Gozzi 07 May 2018 (has links)
A sepse é descrita como uma disfunção orgânica ameaçadora à vida secundária à resposta desregulada do organismo a uma infecção, e é responsável por uma alta e crescente taxa de internação hospitalar no Brasil e no mundo. Apesar da diminuição da mortalidade ao longo do tempo, efeitos da doença a longo prazo como infecções secundárias e mortes tardias têm sido observadas. A sepse caracteriza-se pela liberação de mediadores inflamatórios e posterior imunossupressão compensatória, e o distúrbio na homeostase pode causar danos às células e órgãos levando a um estado mais grave da doença. Os linfócitos T reguladores (Tregs) são células responsáveis pela tolerância periférica e modulação de processos inflamatórios e são essenciais na imunossupressão observada na sepse. Este trabalho teve por objetivo estudar a relação entre a atividade imunológica (quantificação de Tregs, monócitos e citocinas inflamatórias) e a susceptibilidade a novas infecções e mortalidade em pacientes sépticos admitidos na Unidade de Emergência do HC-FMRP-USP. Foram incluídos 33 pacientes sépticos e 34 controles saudáveis, entre outubro de 2014 e novembro de 2015. Os pacientes foram acompanhados durante a internação na admissão (D0), D2, D7, D14, D21 e D28, e 12 pacientes retornaram para avaliação pelo menos três meses após a alta. Os pacientes tiveram porcentagens de Treg em linfócitos CD4+ elevados em relação aos controles nos momentos D2 e retorno (p = 0,0004), sendo que no D2 pacientes que desenvolveram complicação infecciosa tiveram porcentagens significativamente menores que os que não desenvolveram complicação (p = 0,0015). Além disso, porcentagens altas de Treg na admissão (D0) correlacionaram-se inversamente com o tempo de internação dos pacientes sobreviventes (p = 0,0271). Valores absolutos de Treg nos pacientes estiveram significativamente elevados no retorno em relação à admissão (p = 0,0074). Pacientes no retorno tiveram maior porcentagem de monócitos CD163+ em relação aos controles (p = 0,036). Pacientes na admissão tiveram menor porcentagem demonócitos HLA-DR+ em relação aos controles e aos pacientes no retorno (p = 0,0057). Pacientes tiveram valores de IL-6, IL-8, IL-10 e ST2 superiores em relação aos controles em diversos momentos da internação e retorno (p < 0,0001, p < 0,0001, p = 0,0030 e p < 0,0001, respectivamente). Valores de ST2 na admissão correlacionaram-se com o escore SOFA (p = 0,0252), tempo de internação (p = 0,0105), presença de complicação infecciosa (p = 0,0356) e mortalidade (p = 0,0114) dos pacientes. Valores de IL-8 na admissão também se correlacionaram com a presença de complicação infecciosa (p = 0,0387). Podemos inferir, portanto, que apesar de uma inflamação exacerbada já na admissão dos pacientes, evidenciada por altos valores de citocinas inflamatórias, há um aumento posterior de células Treg, imunorreguladoras, no D2, e o mesmo foi benéfico em relação à recuperação mais rápida dos pacientes e instalação de uma nova infecção. Porém, a imunossupressão continua sendo exibida mesmo após a alta dos pacientes, como podemos observar com a alta porcentagem de Tregs e monócitos CD163+ e valores de IL-10 nos pacientes em retorno em relação aos controles. Além disso, muitos dos pacientes sobreviventes à primeira internação foram internados novamente, e alguns deles foram a óbito no ano seguinte. / Sepsis is defined by a life-threatening organ dysfunction caused by a dysregulated host response to infection, and it is responsible for a high and increasing rate of hospital admission in Brazil and worldwide. Despite the decrease in mortality over time, long-term disease effects such as secondary infections and late deaths have been observed. Sepsis is characterized by the release of inflammatory mediators and subsequent compensatory immunosuppression, and the homeostasis disorder can cause damage to cells and organs leading to a more severe disease state. Regulatory T lymphocytes (Tregs) are cells responsible for peripheral toleran ce and modulation of inflammatory processes and are essential in the immunosuppression observed in sepsis. This study aimed to investigate the relationship between immunological activity (quantification of Tregs, monocytes and inflammatory cytokines) and susceptibility to new infections and mortality in septic patients admitted to the HC-FMRP-USP Emergency Unit. Thirty-three septic patients and 34 healthy controls were included between October 2014 and November 2015. Patients were followed up at admission (D0) and during hospitalization at D2, D7, D14, D21 and D28, and 12 patients returned for evaluation at least three months after discharge. Patients had higher Treg percentages on CD4 + lymphocytes than had controls at D2 and on return (p = 0.0004), whereas in D2 patients who developed infectious complications had significantly lower percentages than those who did not develop complications (p = 0.0015). In addition, high percentages of Treg at admission (D0) correlated inversely with the length of hospital stay of surviving patients (p = 0.0271). Absolute values of Treg in patients were significantly elevated in the return relative to admission (p = 0.0074). Patients on return had a higher percentage of CD163 + monocytes than controls (p = 0.036). Patients on admission had a lower percentage of HLA-DR+ monocytes than controls and patients on return (p = 0.0057). Patients had higher IL-6, IL-8, IL-10 and ST2 levels than controls at various times ofhospitalization and return (p < 0.0001, p < 0.0001, p = 0.0030 and p < 0.0001, respectively). ST2 values at admission were correlated with SOFA score (p = 0.0252), length of hospital stay (p = 0.0105), presence of infectious complication (p = 0.0356) and mortality (p = 0.0114). IL-8 values at admission also correlated with the presence of infectious complication (p = 0.0387). We can infer, therefore, that despite exacerbated inflammation as soon as at the admission of the patients, demonstrated by high levels of inflammatory cytokines, there is a posterior increase of immunoregulatory Treg cells at D2, and that was beneficial in relation to the faster recovery of the patients and setting up of new infection. However, immunosuppression continues to appear even after discharge of patients, as can be observed with the high percentage of CD163 + monocytes, Tregs and L-10 levels in patients on return compared to controls. In addition, many of the patients surviving the first hospitalization were hospitalized again, and some of them died the following year.
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Dinâmica da infecção experimental de cães por Ehrlichia canis: aspectos clínicos, laboratoriais e resposta imune humoral e celular / Dynamics of experimental Ehrlichia canis infection of dogs: clinical and laboratorial aspects and humoral and cellular immune response

Marcia Yumiko Hasegawa 24 February 2005 (has links)
Com o objetivo de avaliar a evolução clínica, a persistência da infecção e a resposta imune humoral e celular, sete cães adultos desprovidos de anticorpos anti-Ehrlichia canis foram inoculados com E. canis e acompanhados durante vinte semanas. Três cães permaneceram como controle. Exame físico diário e avaliação laboratorial (hemograma, bioquímica sanguínea, fragilidade osmótica eritrocitária, teste de Coombs, teste de redução de tetrazólio nitroazul), reação em cadeia da polimerase (PCR), pesquisa de anticorpos anti-E. canis (IFI) e quantificação dos linfócitos T CD4+ e CD8+ por citometria de fluxo foram realizados, em diferentes momentos, durante o período de observação. A infecção foi comprovada pela presença de mórulas em linfócitos/monócitos no sangue circulante, soroconversão, com títulos de anticorpos entre 1.280 a 20.480 e a reação positiva ao PCR. Febre, esplenomegalia, linfadenomegalia, trombocitopenia, anemia não regenerativa, aumento das atividades séricas de ALT, AST e FA, foram as principais alterações clínicas e de patologia clínica observadas, com pico máximo entre 21 e 28 dias. Também nesses momentos foram observados o aumento de linfócitos T CD8+ e a diminuição dos linfócitos T CD4+. O aumento do metabolismo oxidativo dos neutrófilos, quando estimulados, entre o 28&ordm; e 35&ordm; dia p.i., o aumento de reticulócitos na circulação sanguínea nessa ocasião, a redução dos linfócitos T CD4+ e o aumento de linfócitos T CD8+ indicaram a resposta do hospedeiro, na tentativa de eliminar a infecção. No auge da infecção entre o 21&ordm; e 49&ordm; dia p.i., houve a inversão da relação CD4:CD8, principalmente o aumento dos linfócitos T CD8+. A fragilidade osmótica eritrocitária manteve-se inalterada, bem como o teste de Coombs, comprovando não ter ocorrido a hemólise imunomediada. Nos cães infectados não foram detectados a presença de anticorpos IgM anti-E. canis em nenhum momento de observação. O aumento de reticulócitos na circulação sanguínea a partir do 28&ordm; dia p.i. sugere ser temporária a supressão da atividade eritropoética. O baixo número de linfócitos T CD4+, coincidindo com a esplenomegalia e a PCR positiva até a vigésima semana p.i., sugere a relação entre a persistência da infecção, com a localização esplênica de E. canis e ativação de um mecanismo de escape pelo microrganismo, representado pelo baixo limiar de ativação de linfócitos T CD4+. Por outro lado, o aumento de linfócitos T CD8+ no auge da infecção coincidindo com a melhora clínica, sugere o envolvimento do mecanimo de citotoxicidade na patogenia da erliquiose canina. O bloqueio parcial da atividade dos linfócitos T CD4+, constitui-se provavelmente em um dos mecanismos de escape da E. canis, enquanto a contínua liberação de TNF-&alpha; pelas células citotóxicas, como parte do mecanismo do hospedeiro para a eliminação do parasita pode resultar na pancitopenia terminal observado freqüentemente nos cães cronicamente infectados por E. canis. / The clinical evolution, the persistence of infection and humoral and cellular immune response were evaluated on seven adult naïve dogs experimentally inoculated with an E. canis strain and followed during 20 weeks. Three dogs were remained as control. Daily clinical evaluation and laboratorial exams (hematological, biochemistry, erythrocyte osmotic fragility, Coombs´ test, neutrophils oxidative metabolism by nitroblue tetrazolium reduction test), polymerase chain reaction assay (PCR), anti-E. canis antibodies detection by indirect immunofluorescence assay (IFA) and quantification of CD4+ and CD8+ T lymphocytes by flow cytometry technique were evaluated, at different moments during all the experimental period. The presence of E. canis morulae, seroconversion with high antibodies titers (1,280 to 20,480) and positive PCR had confirmed the infection in all the inoculated animals. Fever, splenomegaly, lymphadenomegaly, thrombocytopenia, non-regenerative anemia and increase on liver´s enzymes serum activity (ALT, AST and ALP) were the main clinical and laboratorial changes observed, with the highest point between days 21 and 28 post-infection (p.i.). Also at these moments were observed increase of CD8+ T lymphocytes and reduction of the CD4+ T lymphocytes. The increase in the stimulated neutrophils oxidative metabolism between days 28 and 35 p.i., and the increase of reticulocytes in the same period, allied to the reduction of the CD4+ T lymphocytes and the increase of CD8+ T lymphocytes, indicated the host´s immune response in the attempt to eliminate the infection. On the peak of the infection, from the 21st to the 49th post-infection day, there was an inversion in the CD4:CD8 ratio of blood lymphocytes, mainly caused by increase of the CD8+ T lymphocytes. There was no variation on erythrocyte osmotic fragility and Coombs? test results, which suggested the absence of immune-mediated hemolysis. It wasn´t detected any anti-E. canis IgM antibodies in the infected group of dogs. The increase of reticulocytes only from the 28th post-infection day suggests a temporary erythropoietic suppression. The low number of CD4+ T lymphocytes, coinciding with the splenomegaly and the positive PCR until the twentieth week p.i., suggest that there is a relation between the persistent infection, the splenic localization of E. canis and an evasion mechanism, represented for the low threshold of activation of CD4+ T lymphocytes. On the other hand, the increase of CD8+ T lymphocytes in the peak of infection, coinciding with clinical improvement, suggests the involvement of the cytotoxicity mechanism on canine ehrlichiosis pathogenesis. The partial blockage of CD4+ T lymphocytes activity could probably be one of the E. canis escape mechanisms, while the continue TNF-&alpha; release by host´s cytotoxic cells, as a mechanism to eliminate the parasite, could result in terminal pancytopenia commonly observed in dogs chronically infected with E. canis.
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Efeito imunodepressor do exercício em equinos submetidos a provas de enduro de diferentes distâncias, suplementados ou não com glutamina / Immunosuppressive effect of exercise in horses submitted to different distances endurance races, supplemented or not with glutamine

Renata Farinelli de Siqueira 04 April 2014 (has links)
Os objetivos desse trabalho foram avaliar se provas de enduro de diferentes distâncias causam estresse em equinos treinados, avaliar os efeitos das provas de enduro de diferentes distâncias sobre a atividade dos linfócitos e a relação com a imunocompetência dos equinos atletas e investigar a suplementação alimentar com glutamina como possível atenuante desse efeito depressivo do estresse sobre o sistema imunológico. Foram utilizados 33 cavalos treinados para enduro, 13 em 80 km, 14 em 120 km e 6 em 160 km, avaliados em 4 provas. Metade dos cavalos de cada categoria recebeu suplementação com glutamina via oral 30 dias antes e 14 dias após as provas. Amostras de sangue venoso foram colhidas antes (M0), imediatamente após a última inspeção veterinária (M1), 3 horas depois (M2) e nos haras 3 (M3), 7 (M4), e 14 dias (M5). Houve aumento dos níveis de cortisol, amônia, neutrófilos, aumento da relação neutrófilos/linfócitos e diminuição da contagem de linfócitos em M1 e M2 em todos os cavalos. Houve diminuição da relação CD4/CD8 nos animais de 120 (M2, M3 e M4) e 160 km (M3) que não receberam suplementação e diminuição de IFN em todos os cavalos. Nos suplementados, houve diminuição da relação CD4/CD8 em 80 (M2), 120 (M2 e M3) e 160 km (M3 e M4) e aumento tardio de IFN (M4 e M5) nos cavalos de 80 e 120 km. As concentrações de IL-2, IL-4 e IL-10 aumentaram após a prova em todos os cavalos, porém, nos suplementados o aumento foi maior ou mais prolongado. Com base nesses resultados, não foi possível observar estresse nos animais, nem imunodepressão, embora a suplementação tenha exercido efeito sobre os linfócitos. / The objectives of this study were to assess whether a different distances endurance races cause stress in trained horses, assess the effects of different distances an endurance races on the lymphocytes and relationship with the immune competence of equine athletes and investigate dietary supplementation with glutamine as possible mitigating this depressive effect of stress on the immune system . 33 well trained endurance horses were used, 13 at 80 km, 14 and 120 km and 6 in 160 km in 4 endurance rides . Half of the horses in each category received oral supplementation with glutamine to 30 days before and 14 days after the race. Venous blood samples were collected before (M0), immediately after the last veterinary inspection (M1), 3 hours after (M2) and in their farms 3 (M3), 7 (M4) and 14 days (M5) after. There was an increase in cortisol levels, ammonia and neutrophils, increase in neutrophils / lymphocytes ratio and reduction in lymphocyte counts at M1 and M2 in all horses. There was a decrease in LT CD4/CD8 ratio in 120 (M2, M3 and M4) and 160 km (M3) without supplementation and either a decreased in IFN in all animals. Horses that had received glutamine supplementation showed a decreased in CD4/CD8 ratio in 80 (M2), 120 (M2 and M3) and 160 km (M3 and M4) and late increase of IFN (M4 and M5) in 80 and 120 km. INF production was increased later (7 and 14 days) in 80 and 120 km horses that received supplementation and decreased in all 160 km. The concentrations of IL-2 , IL-4 and IL-10 increased after the race on all horses , but the increase was greater or more prolonged in supplemented ones. Based on these results, it was not possible to observe stress in these animals, or immunosuppression either, although supplementation has exerted effects on lymphocytes.

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