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Mulheres mães vítimas de violência : impactos, vivências e constituição da rede de apoio sócio afetivaRosa, Nailane Fabris 28 August 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / A violência está presente a nível nacional e mundial no cotidiano de muitas famílias e se configura como um fenômeno de múltiplas determinações, podendo estar presente no cenário público e privado. Diante dos diversos tipos de violência presentes no espaço social, encontra-se a violência praticada pelo homem contra sua companheira. O presente estudo, com enfoque qualitativo, objetivou de maneira geral investigar de que forma o Centro de Referência Especializado da Assistência Social – Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (CREAS PAEFI “Adulto”) do município de Colatina, compõe a rede de apoio social e afetiva de mulheres/mães vítimas de violência física e/ou psicológica por parte de seus maridos/companheiros na percepção dos profissionais atuantes no serviço e, também, na percepção das próprias mulheres vítimas de violência usuárias do serviço. Para tanto, participaram da pesquisa 10 mulheres/mães usuárias do CREAS PAEFI “Adulto” do município de Colatina/ES, com faixa etária variando de 34 a 45 anos, que sofreram violência física e/ou psicológica por parte de seus maridos/companheiros e que possuíam pelo menos um filho. Também participaram da pesquisa 6 profissionais, com faixa etária variando de 25 a 38 anos, que faziam parte da equipe técnica do serviço. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semi estruturadas realizadas individualmente em sala cedida pelo CREAS PAEFI “Adulto”. Para a organização dos dados utilizou-se a Análise de Conteúdo, sendo estes organizados em eixos temáticos e discutidos com base na Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano de Urie Bronfenbrenner. Como resultados principais, pode-se notar que as interações estabelecidas entre os profissionais e as mulheres vítimas de violência usuárias do CREAS favoreceram processos proximais que promoveram mudanças positivas nas características pessoais das mulheres e reforçaram as relações que elas possuíam com suas famílias, principalmente com os filhos. Também foi verificado no macrossistema, que os papéis sociais estabelecidos pela sociedade para o homem e para a mulher estavam presentes nos discursos das usuárias do serviço, os quais naturalizavam a mulher como responsável pelos filhos, casa e marido, e o homem como o provedor da casa. A maternidade foi considerada por todas as usuárias como um fator importante em suas vidas e causou mudanças na dinâmica familiar com o companheiro.Verificou-se o comprometimento e envolvimento dos profissionais no atendimento às mulheres que se mostraram interessadas e engajadas com o atendimento e que tinham o objetivo de reconstruir suas vidas. A articulação do CREAS com a rede de atendimento à mulher vítima de violência no município de Colatina foi considerada satisfatória, principalmente levando em consideração o fato de que a cidade é pequena, o que facilita o contato entre os serviços. Algumas mulheres expuseram outras fontes de apoio que atuaram concomitantemente ao CREAS como, os amigos e a religião (Deus). Conclui-se que o CREAS PAEFI foi um serviço integrante da rede de apoio sócio afetiva das mulheres vítimas de violência que participaram do estudo, atuando como um microssistema significativo que favoreceu o desenvolvimento das mulheres frente à situação de violência vivenciada / Violence pervades, in national and global levels, the daily lives of many families and manifests itself as a phenomenon of multiple determinations that may be present in public and private setting. Given the various types of violence present in the social space, there is violence perpetrated by man against his partner. The present study, of qualitative approach, aimed generally investigate how the Centre of Social Assistance Specialized Reference - Protection and Service Specializing to Families and Individuals (CREAS PAEFI "Adult") in the city of Colatina (ES/Brazil), composes the social and emotional network support to women/mothers who are victims of physical and/or psychological violence by their husbands/partners in the perception of professionals of this service and also in the perception of women themselves victims of violence from service users. To this end, 10 women/mothers participated the survey from CREAS PAEFI "Adult" of the city of Colatina, age ranging 34-45 years, who have suffered physical and/or psychological violence from their husbands/partners and who had at least one child. Also participated in the survey 6 professionals from the service, age ranging from 25 to 38. Data were collected through semi-structured interviews conducted individually on dependences of CREAS PAEFI "Adult". Content analysis was used in order to organize data, which were divided into themes and discussed based on Bioecological Theory of Human Development, from Urie Bronfenbrenner. As the main results it can be noted that the interactions established between professionals and women victims of violence, users of CREAS, have propitiated proximal processes that promoted positive changes in personal characteristics of women and strengthened the relationships they had with their families, especially with sons. Was also observed in the macrosystem that the social roles for men and women set by society were present in the speeches of the users of the service, which establishes women as responsible for their children, home and husband, and the man as the provider. Motherhood was seen by all users as an important factor in their lives and caused changes in family dynamics with a partner. It was noticed the commitment and involvement of professionals in caring for women who have shown interest and were engaged with the service with the goal of rebuilding their lives. The join of CREAS with network assistance to women victims of violence in the city of Colatina was considered satisfactory, especially for a small town which facilitates contact between services. Some women have exposed other sources of support that acted simultaneously with CREAS, like friends and religion (God). We conclude that the CREAS PAEFI was a integrant service within the social and emotional support network to women victims of violence who participated the study, acting as a significant macrosystem, which favored the development of women across the situation of violence experienced
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Maternidade e tecnologias de procriação: o feminino na contemporaneidade / Maternity and the reproduction techniques: the contemporaneous femineconditionMaria da Graça Reis Braga 17 February 2005 (has links)
Esta dissertação tem como tema a maternidade, no universo das tecnologias de procriação, elemento próprio do feminino contemporâneo. Apesar de ser um fenômeno recente, é frequente a procura por tecnologias da medicina reprodutiva. Este trabalho pretende compreender a experiência de mulheres na busca pela maternidade, através das biotecnologias e, com isto, propicia uma reflexão sobre a feminilidade e a forma de vida na contemporaneidade, tendo como destaque o lugar ocupado pelo discurso científico, contribuindo, também, para a clínica psicológica. Para tal, entrevistamos mulheres que já estiveram ou que estão em tratamento para engravidar, e analisamos qualitativamente as narrativas através da análise de conteúdo. Observamos que a experiência das mulheres com a reprodução assistida é um fenômeno de implicações múltiplas na subjetividade feminina e na dinâmica do casal e da família, que envolve afetos e questionamentos complexos para a mulher e afeta a parentalidade e filiação / The present thesis concems to matemity, within the universe of assisted reproduction techniques, that belongs to our contemporaneous feminine condition. In spite of being a recent event, it's very frequent the demand for reproductive medicine technologies. This research intends to comprehend women's expertences in search for matemity, through biotechnologies. It also provides a reflection about femininity and our contemporaneous way of living, which emphasizes scientific discourse, and contributes to psychological clinical attendance. In order to reach our aims, we interviewed women who have been, or still are, in medical treatment for pregnancy and we analyzed the narratives in a qualitative way, by using the method of contents analysis. We observed that women's experiences with assisted reproduction are events of multiple implications upon feminine subjectivity, couples relationship and families. It also involves complex affections and matters among women and affects parental and filial positions
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Expectativas e sentimentos acerca do bebê em gestantes primíparas e secundíparasColdebella, Nadia January 2006 (has links)
Durante a gravidez, a gestante experiencia sentimentos intensos acerca de si e do bebê. Também constrói expectativas relacionadas à criança. Estes sentimentos e expectativas contribuem para a relação que ela estabelece com seu bebê. Contudo, diferente de gestantes primíparas, este processo pode apresentar algumas particularidades para secundíparas, tendo em vista sua experiência anterior com o filho primogênito. Neste sentido, este estudo investigou as eventuais diferenças nas expectativas e sentimentos de gestantes primíparas e secundíparas acerca de seu bebê. Foi realizado um estudo de caso coletivo, envolvendo sete primíparas e sete secundíparas que estavam no terceiro trimestre de gravidez. As gestantes responderam a uma entrevista estruturada que investigava seus sentimentos e expectativas acerca do bebê. Uma análise de conteúdo qualitativa evidenciou mais semelhanças do que diferenças entre os grupos. Dentre as diferenças, pode-se destacar que, enquanto primíparas tenderam a basear suas expectativas e sentimentos na idéia de um bebê ideal, no caso de secundíparas, estas foram mediadas pela existência do primogênito. Assim, expectativas e sentimentos de secundíparas contribuíram para que delineassem e configurassem a identidade do bebê, diferenciando-o do primogênito; para que reformulassem seu papel de mãe e iniciassem a integração do segundo filho no sistema familiar. Estes dados sugerem a possibilidade de intervenção precoce na presença de problemas decorrentes da gestação de um segundo filho. / During the pregnancy, the pregnant live deeply intense feelings concerning herself and the baby. Also she constructs expectations related to the child. These feelings and expectations contribute for the relation that she establishes with her baby. However, different of primiparous pregnants, this process can present some particularities for secundiparous, in view of their previous experience with the firstborn son. In this direction, this study investigated the eventual differences in the primiparous and secundiparous pregnant’s expectations and feelings concerning their babies. A study of collective case was carried through, involving seven primiparous and seven secundiparous that they were in the third trimester of pregnancy. The pregnant had answered to a structuralized interview that investigated their feelings and expectations concerning the baby. A qualitative content analysis evidenced more similarities than differences between the groups. Amongst the differences, it can be distinguished that, while primiparous had tended to base their expectations and feelings in the idea of an ideal baby, in the secundiparous case, these expectations and feelings had been mediated by the firstborn existence. Thus the secundiparaous expectations and feelings had contributed so that they delineated and configured the identity of the baby, differentiating him of the firstborn; so that they reformulated their mother role and they initiated the integration of the second child in the familiar system. These data suggest the possibility of early intervention in front of the current problems of a second child gestation.
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Malformação do bebê e maternidade : impacto de uma psicoterapia breve pais-bebê para as representações da mãeGomes, Aline Grill January 2007 (has links)
O presente estudo buscou investigar o impacto da psicoterapia breve pais-bebê nas representações maternas a respeito de si mesma, sobre o bebê, sobre a relação mãe-bebê, quando o bebê apresenta uma malformação. Participou deste estudo uma família cujo bebê de 11 meses apresentava malformação cardíaca grave, compatível com a vida. Foi utilizado um delineamento de estudo de caso único, sendo que as representações maternas foram examinadas ao longo dos cinco encontros de avaliação inicial, durante as 17 sessões de psicoterapia e num encontro pós-psicoterapia. Todas as verbalizações e interações da mãe com o bebê e com os familiares foram registradas em áudio e vídeo e, posteriormente, analisadas a partir dos quatro temas da constelação da maternidade (Stern, 1997): vida e crescimento, relacionar-se primário, matriz de apoio e reorganização da identidade, que precisaram ser ampliados para atender as particularidades do contexto de malformação. Os resultados apontaram para uma evolução das representações maternas ao longo da psicoterapia, que permitiu à mãe expressar seus sentimentos frente à malformação e reviver alguns de seus conflitos mais primitivos. A visão sobre o bebê passou de mais parcial e idealizada para mais integrada, revelando um potencial de evolução e vulnerabilidade, ao mesmo tempo. A relação mãe-bebê ficou mais próxima, na medida em que a mãe pôde tolerar mais a dependência do bebê e a sua necessidade de cuidados especiais, sem se sentir tão incompetente e culpada. Houve um evidente reforço na rede de apoio da mãe, que se aproximou de sua família de origem e passou a se sentir mais apoiada e compreendida pelo marido. Por fim, a mãe pareceu se apropriar mais do papel materno, porém ainda muito ligada a uma identidade de filha. Apesar de uma redução expressiva nos escores do BDI antes e depois da psicoterapia (31 para 11 pontos), a instabilidade psíquica da mãe e sua fragilidade permaneceram muito fortes, mesmo ao final da psicoterapia, o que sugeriu um prognóstico reservado e a necessidade de indicação de um tratamento mais sistemático, especialmente tendo em vista que a malformação da criança continuava afetando profundamente a vida da família. / The present study aimed to investigate the impact of a brief parent-infant psychotherapy on the maternal representations concerning herself, about the baby, e about the mother-baby relationship, in a situation where the infant had malformation. A family whose baby was 11 months and presented serious heart malformation, compatible with life, took part in the study. A case-study design was used, and maternal representations were examined during five sessions of initial evaluation, of a total of 17 psychotherapy sessions and in a postpsychotherapy session. All the verbalizations and mother's interactions with the baby and with the relatives were registered in audio and video and were later analyzed based on the four themes of the motherhood constellation (Stern, 1997): life and growth, primary relationship, support matrix and reorganization of identity. They all needed to be adapted so as to take into account the particularities of the malformation context. he results showed an evolution of the maternal representations during the psychotherapy, which allowed the mother to express her feelings regarding malformation and to re-experience some of her more primitive conflicts. She changed from a more partial and idealized to a more integrated view of the baby, revealing potential evolution and vulnerability, at the same time. The mother-baby relationship got closer, as the mother could tolerate more the baby's dependence and his need for special care, without feeling so incompetent and guilty. The mother's social support was clearly reinforced, which led her to get closer to her family of origin and to feel more supported and understood by the husband. Finally, the mother seemed to gradually assume the maternal role, even though it was still very tied to her identity as daughter. In spite of an expressive reduction in the scores of BDI after the psychotherapy (31 to 11 points), the mother's psychic instability and her fragility remained very strong, even at the end of the psychotherapy, suggesting a reserved prognostic and the need for indication of a more systematic treatment, especially in view of the child's malformation which continued to deeply affect the family’s life.
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Representações acerca da maternidade em mães com indicadores de depressão ao longo de uma psicoterapia breve pais-bebê / Representations concerning the motherhood in mothers with depression indicators along a brief parent-baby psychotherapySchwengber, Daniela Delias de Sousa January 2007 (has links)
O presente estudo investigou eventuais modificações nas representações acerca da maternidade em mães com indicadores de depressão ao longo de uma psicoterapia breve pais-bebê. Participaram do estudo duas famílias com mães com indicadores de depressão, de acordo com o Inventário Beck de Depressão e uma entrevista diagnóstica. Foi utilizado um delineamento de estudo de casos coletivo, sendo que as representações maternas foram examinadas em três momentos: antes, durante e após a psicoterapia. As entrevistas e as sessões de psicoterapia foram analisadas a partir dos quatro eixos interpretativos que constituem a constelação da maternidade proposta por Stern (1997): vida-crescimento; relacionar-se primário; matriz de apoio; e reorganização da identidade. Os resultados revelaram que em ambos os casos as mudanças nas representações das mães acerca do relacionamento com suas próprias mães desempenharam um papel central na reelaboração de esquemas a respeito de si mesma, do bebê e do relacionamento conjugal. Verificou-se também que as representações de cada mãe estiveram atreladas às suas histórias de vida, sugerindo uma estreita associação entre seus conflitos pregressos e a interação atual com o marido e com o bebê. Apesar das particularidades verificadas em cada caso, não foram encontrados indicadores de depressão em nenhuma das mães ao final da psicoterapia. Discutem-se os alcances e limitações da psicoterapia breve paisbebê como intervenção no contexto da depressão materna, apontando-se para a efetividade da utilização dos temas da constelação da maternidade como eixos interpretativos na avaliação de processo psicoterápico envolvendo pais e bebê. / The present study investigated eventual changes in the representations concerning the motherhood in mothers with depression indicators along a brief parent-baby psychotherapy. This study sample was composed by two families whose mothers had presented depression indicators according to Beck Depression Inventory and a diagnostic interview. A collective case study design was used. The maternal representations were examined in three moments: before, during and after the psychotherapy. The interviews and the psychotherapy sessions were analyzed according the four interpretative axes of the motherhood constellation proposed by Stern (1997): life-growth; the primary relatedness; supporting matrix; and identity reorganization. The results revealed that in both cases the changes in the mothers representations concerning the relationship with their own mothers played a central part in the reorganization of squem regarding herself, the baby and the marital relationship. It was verified that each mothers representations were harnessed to their life histories, suggesting a narrow association between their past conflicts and the current interaction with the husband and with the baby. In spite of the particularities verified in each case, they were not found depression indicators in none of the mothers at the end of the psychotherapy. The limitations of the brief parent-baby psychotherapy reached in the context of maternal depression are discussed, being pointed for the effectiveness of the use of the themes of the motherhood constellation as interpretative axes in the evaluation of psychotherapic process involving parents and baby.
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Biopolíticas de inclusão social e produção de maternidades e paternidades para uma 'infância melhor'Klein, Carin January 2010 (has links)
Esta tese analisa uma política voltada para a promoção de uma “Primeira Infância Melhor” (PIM), do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, para discutir como ela, ao atuar como uma instância pedagógica se propõe a enunciar educar e regular mulheres e homens como sujeitos de gênero, no sentido de governar e instituir formas de exercer a maternidade e a paternidade. Utilizo os aportes dos Estudos de Gênero e Culturais, em aproximação com a perspectiva pós-estruturalista, principalmente da análise do discurso, de inspiração foucaultiana. O material empírico da tese foi produzido em um trabalho de campo de caráter etnográfico, por meio do cruzamento de informações de diferentes fontes: (i) documentos oficiais referentes ao PIM; (ii) atividades que integram o PIM, conforme registradas em diário de campo; (iii) entrevistas com técnicos/as, visitadoras e mulheres-mães participantes. Ao assumir o pressuposto de que a linguagem é produtora das práticas sociais, tornou-se importante descrever e explorar: (i) a metodologia do PIM, anunciada tanto em seus documentos quanto através da materialidade expressa por meio de falas, conselhos, ensinamentos de educação e(m) saúde e atividades protagonizadas pelos/as técnicos/as e visitadoras, dirigidos às mulheres e crianças; (ii) o que as famílias, sobretudo através das mulheres-mães, precisavam aprender a fim de melhor cuidar e conduzir a infância; (iii) as aproximações produzidas entre a prática do cuidado materno e as propostas de educação e(m) saúde voltadas à infância. Com o propósito de visibilizar os argumentos que investem numa politização contemporânea da maternidade e apreender como o gênero funciona para organizar, a partir de um conjunto de significados e símbolos construídos, relações sociais de poder, analiso a articulação de fragmentos discursivos provenientes da puericultura, das políticas maternalistas, da psicologia do desenvolvimento, da economia e da neurociência, cujo objetivo era embasar e formular os ensinamentos e orientações dirigidas às famílias, principalmente às mulheres-mães. As análises permitem dizer que as formas de “educar” e de atingir os objetivos formulados, por meio do PIM, operam no sentido de posicionar os/as técnicos/as, as mulheres-visitadoras e as mulheres-mães de diferentes modos. Nesse contexto, o posicionamento das mulheres-mães decorre da necessidade de o Estado, num cenário de pobreza e vulnerabilidade social, politizar a maternidade por meio da adequação a uma extensa pedagogia, co-responsabilizando as mulheres-mães pelo cumprimento de funções relativas à saúde e à educação das crianças. / This thesis analyzes a policy proposed by the government of Rio Grande do Sul State aiming at improving the situation of early childhood (Primeira Infância Melhor – PIM). The thesis approaches how this policy, by acting as a pedagogical resource, attempts to enunciate, educate and regulate women and men as gender subjects, so as to govern and institute forms of exercising motherhood and fatherhood. I have used Cultural and Gender Studies, in an approximation to the post-structuralist perspective, mainly the discourse analysis, as inspired by Foucault. The empirical material was produced through ethnographic field work, by intertwining information from different sources: (i) official documents related to PIM, (ii) activities proposed by PIM, as recorded in a field diary; (iii) interviews with technicians, visitors and mothers. By assuming the presupposition that language produces social practices, it has become important to describe and explore: (i) PIM‟s methodology, shown both in its documents and in the materiality expressed in speeches, advices, teachings in health education, and activities carried out by technicians and visitors and directed towards women; (ii) what families, mainly mothers, should learn in order to look after children and conduct childhood; (iii) approximations produced between the practice of maternal care and proposals of health education aimed at childhood. With the aim of both making visible the arguments that invest in a contemporary politicization of motherhood and apprehending how gender works to organize, from a set of meanings and symbols, social relations of power, I have analyzed the articulation of discursive fragments coming from child care, maternal policies, development psychology, economics and neuroscience, whose aim was to found and formulate teachings and orientations to families, mainly mothers. The analyses have enabled me to say that the forms to “educate” and achieve the objectives formulated by PIM operate to position technicians, visitors and mothers in different ways. In this context, the positioning of mothers is due to the need of the State, in scenery of poverty and social vulnerability, politicize motherhood through the conformation to an extensive pedagogy in which mothers are co-responsible for functions related to children's health and education.
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A devolução de crianças na adoção tardia e a construção da maternidadeAraújo, Mabel Itana 23 August 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-08-23 / A trajetória de vida de muitas mulheres conduz à construção de significados acerca do ser mãe e a adoção se constitui uma das opções para se concretizar essa maternidade. A partir dos estudos sobre a feminilidade e a maternidade é discutido o lugar que a criança ocupa na relação com a mãe adotiva. Mas, ainda na sociedade contemporânea, essa relação aparece imbuída de mitos e preconceitos, o que pode, muitas vezes, levar um projeto de adoção ao fracasso. Em meio a toda complexidade do processo adotivo, pode ocorrer que a criança adotada seja devolvida, situação não rara nos dias atuais. Essa devolução ocorre quando os conflitos familiares tornam o convívio insustentável, deixando claro que a família enfrentou dificuldades para inserir essa criança na condição de filho. Diante das vicissitudes que envolvem o exercício da maternidade na adoção, o presente estudo tem por objeto de pesquisa a experiência de mulheres que vivenciaram a devolução de crianças por elas adotadas. Por conseguinte, tem por principal objetivo compreender como se articulam a devolução de crianças e adolescentes adotados e o processo de construção da maternidade das mães adotivas, abordando o conceito de ambivalência da Psicologia Cultural. Para tal compreensão, buscou-se: identificar os motivos que levaram essas mães a adotarem uma criança; identificar as razões apontadas por elas para a devolução dessa criança adotada; analisar as repercussões emocionais para a mãe adotiva que decide por devolver uma criança adotada; explorar as expectativas de futuro das mães que adotaram e decidiram pela devolução da criança adotada. A pesquisa foi desenvolvida na abordagem qualitativa descritiva, utilizando a entrevista narrativa e relatos de casos da internet. Foi realizada uma entrevista gravada com a participante que viveu a experiência de adotar e devolver a criança, tendo sido assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UCSal. Ainda, foram selecionados dezessete casos, relatados na internet, sobre mães adotivas que vivenciaram a mesma experiência de adotar e devolver a criança. Os dados obtidos fizeram parte de um estudo de casos múltiplos e foram tratados pela análise de conteúdo por categorias temáticas. Como principais achados, tem-se os motivos que levaram as mulheres a decidirem por adotar uma criança: a infertilidade; a busca por mudanças na rotina dos cônjuges; o altruísmo e a crença na própria bondade; a necessidade de dar um sentido à vida. Quanto às razões indicadas pelas mães para a devolução das crianças por elas adotadas: o comportamento apresentado pela criança durante o convívio familiar; a expectativa da adotante quanto à demonstração de amor e gratidão; referência à origem da criança. Sobre as repercussões emocionais para a mãe adotiva que devolve a criança adotada, constatou-se que o sentimento mais marcante é o de culpa. Refletiu-se, ainda, sobre as pretendentes a mães adotivas tenderem a adiar ou a desistir de uma nova adoção, após devolução da criança. Conclui-se que a devolução é consequência direta de dificuldades encontradas no exercício da maternidade adotiva. Por fim, a pesquisa aponta para a necessidade de estudos sobre a adoção, em especial, sobre a devolução de crianças na adoção, a fim de que o tema ganhe mais visibilidade. / The trajectory of life of many women leads to the construction of meanings about being a mother and adoption is one of the options to realize this motherhood. From the studies on femininity and motherhood, the place that the child occupies in the relationship with the adoptive mother is discussed. But, still in contemporary society, this relationship appears imbued with myths and prejudices, which can often lead to a project of adoption to failure. In the midst of all the complexity of the adoption process, it can happen that the adopted child is returned, a situation that is not rare these days. This devolution occurs when family conflicts make cohabitation unsustainable, making it clear that the family has had difficulty inserting this child as a son or daughter. Before the vicissitudes that involve the exercise of motherhood in adoption, the present study has the object of research the experience of women who faced the return of children adopted by them. Therefore, it has as main objective to understand how is the articulation of the return of adopted children and adolescents and the process of construction of the motherhood of adoptive mothers, approaching the concept of ambivalence of Cultural Psychology. For this understanding, we sought to: identify the reasons that led these mothers to adopt a child; identify the reasons pointed out by them for the return of that adopted child; analyze the emotional repercussions for the adoptive mother who decides to return an adopted child; explore the expectations of the future of the mothers who adopted and decided to return the adopted child. The research was developed in the descriptive qualitative approach, using the narrative interview and internet case reports. An interview was recorded with the participant who lived the experience of adopting and returning the child, having signed the Term of Free and Informed Consent and the study approved by the Research Ethics Committee of UCSal. Also, seventeen cases were reported, on the internet, about adoptive mothers who faced the same experience of adopting and returning the child. The data obtained were part of a multiple case study and were treated by content analysis by thematic categories. The main findings are the reasons that led the women to decide to adopt a child: infertility; the search for changes in the routine of the spouses; altruism and belief in one's own goodness; the need to give meaning to life. Regarding the reasons indicated by the mothers for the return of the children adopted by them: the behavior presented by the child during family life; the expectation of the adopter regarding the demonstration of love and gratitude; reference to the child's origin. Regarding the emotional repercussions for the adoptive mother who returns the adopted child, it was verified that the most striking feeling is that of guilt. It was also thought that adoptive mothers might tend to postpone or give up on a new adoption after returning the child. It is concluded that the return is a direct consequence of difficulties encountered in the exercise of adoptive motherhood. Finally, the research points to the need for studies on the adoption, in particular, about returning children to adoption, in order for the theme to gain more visibility.
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Entre a mulher e a mãe: reflexões sobre a vulnerabilidade psíquica das mulheres no pós-partoLeal, Fernanda Andrade 27 November 2017 (has links)
Submitted by Ana Carla Almeida (ana.almeida@ucsal.br) on 2018-04-18T19:29:40Z
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Previous issue date: 2017-11-27 / Essa tese surge das inquietações suscitadas a partir da prática clínica psicanalítica da pesquisadora, mais especificamente, nas escutas de mulheres em estado puerperal e ao longo dos primeiros anos de vida do bebê, bem como da literatura produzida sobre essa temática. Percebe-se que o testemunho clínico contrasta fortemente com a premissa disseminada nas sociedades psicanalíticas de que para Sigmund Freud a mulher alcança sua feminilidade e se realiza como mulher quando por fim se torna mãe. A presente tese, então, tanto discute a premissa freudiana que equivale mãe e mulher, o que colabora para estabelecer um modelo normativo de mãe, quanto mais investiga, em literatura de diversas vertentes, o debate sobre a idealização da maternidade, que aparece como um dos construtos que fazem do puerpério um período de intensa vulnerabilidade psíquica. A hipótese sustentada é de que a vulnerabilidade psíquica do pós-parto corresponde a um estado psicológico materno próprio das sociedades contemporâneas ocidentais. Partindo dessa hipótese, a pesquisadora procura identificar na literatura o que a psicanálise freudiana oferece para tal reflexão. Para tal percurso são priorizados cinco discursos: a) o lugar que a mãe e a mulher ocupam na teoria freudiana, a partir de obras selecionadas de Sigmund Freud que abordam o tema do feminino e da histeria; b) o lugar da mãe e da mulher na história da psicanálise, a partir da historiadora francesa Elisabeth Roudinesco e do psicanalista francês Jacques Lacan; c) a história da construção do mito da maternidade na sociedade ocidental, a partir da historiadora e feminista francesa Elisabeth Badinter; d) a abordagem sociológica sobre a maternidade, a partir da socióloga, feminista e psicanalista americana Nancy Chodorow; e) as particularidades do campo materno que a psicologia perinatal trouxe à luz; e, por fim, f) o lugar do pai no contexto perinatal. Tal percurso subliminarmente se faz por um tipo de leitura que decola da experiência clínica. O material clínico que serve à análise proposta, no entanto, advém da própria literatura acessada e não da clínica pessoal da pesquisadora. Trata-se, portanto, de uma pesquisa psicanalítica combinada à pesquisa documental de base bibliográfica. / This thesis arises from concerns that arose from the researcher psychoanalytic clinic practice, more specifically, about women in the puerperal state and during the first years of the baby's life, as well as the literature produced on this subject. It has been observed that the clinical testimony contrasts strongly with the premise disseminated by psychoanalytic societies that for Sigmund Freud the woman reaches its femininity and she feels realized as woman when she becomes mother. The present thesis, therefore, discusses both the Freudian premise that supposes to be equivalent the mother and the woman, collaborating to establish a normative model of mother, as well as, investigate in literature from various perspectives, the debate about the idealization of motherhood, which appears as one of the constructs that make the puerperium a period of intense psychic vulnerability. The main hypothesis is that the postpartum psychic vulnerability corresponds to a maternal psychological state proper to contemporary western societies. Starting from this hypothesis, the researcher seeks to identify what Freudian psychoanalysis offers for such reflection. For this discussion five discourses are focused: a) the place that the mother and the woman occupy in the Freudian theory, taking into account selected works of Sigmund Freud on the feminine and the hysteria; b) the place of mother and woman in the history of psychoanalysis, based on the french historian Elisabeth Roudinesco and the french psychoanalyst Jacques Lacan; c) the history of the myth of motherhood construction in western society, taking from the perspective of the french feminist historian Elisabeth Badinter; d) the sociological approach to motherhood, as it is approached by the american sociologist, feminist and psychoanalyst Nancy Chodorow; e) the particularities of the maternal field that the Perinatal Psychology has brought to light; and, finally, f) the father's place in the perinatal context. This discussion is based on reflections that take into account the clinical experience. The clinical material that serves to the analysis proposed, however, comes from the literature itself and not from the researcher personal clinic. It is, therefore, a psychoanalytic research combined with bibliographic-based documentary research.
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[en] LIFE WITHOUT PAUSES: A STUDY OF FREE TIME EXPERIENCE OF CONTEMPORARY WOMAN / [pt] A VIDA SEM PAUSAS: UM ESTUDO SOBRE A EXPERIÊNCIA DO TEMPO LIVRE DA MULHER CONTEMPORÂNEATATIANA CHARPINEL PEREIRA D ELIA 21 September 2018 (has links)
[pt] A centralidade do trabalho nas sociedades contemporâneas tornou a experiência do tempo acelerada, afetando os momentos de lazer e ócio, necessários ao equilíbrio do organismo e ao bem-estar. A mulher atual, embora inserida no mercado de trabalho, ainda é a principal responsável pelos cuidados com os filhos e com a casa. Seu tempo livre é reduzido, frequentemente destinado ao cumprimento de tarefas pendentes ou ao lazer em família. Esse lazer empobrecido ou fragmentado por atividades de trabalho não se revela satisfatório, favorecendo o surgimento de ansiedade, preocupação e frustração. Com o objetivo de investigar a qualidade do tempo livre da mulher que é mãe e possui trabalho remunerado, realizamos um estudo com vinte mulheres das camadas médias da cidade do Rio de Janeiro. Dos relatos obtidos, quatro temas principais emergiram, envolvendo: o tempo para si; o tempo do outro; gênero e o direito ao lazer; e a relação entre ócio e sentido. O aumento das necessidades de consumo, que leva as mulheres a dedicar muitas horas diárias ao trabalho remunerado, e seu forte comprometimento com o papel de mães dificultam o desfrute de tempos para si, o que repercute negativamente no seu bem-estar e saúde. Além disso, seu pouco tempo de lazer é frequentemente utilizado em atividades de cuidados pessoais, especialmente voltadas para o embelezamento, que também são, de certo modo, obrigatórias, não fornecendo, assim, os benefícios esperados de um tempo realmente livre. / [en] The centrality of work in contemporary societies has accelerated the experience of time, affecting moments of leisure and idleness, necessary to balance the body and provide well being. Modern women, although participating in the labor market, are still the main ones responsible for the caring of children and home. Their free time is reduced, often addressed to the fulfillment of pending tasks or family leisure. This poor leisure, fragmented by activities that are not leisure, does not appear to be satisfactory, leading to the emergence of anxiety, worry and frustration. In order to investigate the quality of free time of mothers who also have a paid job, we conducted a study with twenty women of the middle classes of the city of Rio de Janeiro. Of the reports obtained, four main themes emerged, involving: time for yourself, time for others; gender and the entitle to leisure, and the relationship between idleness and sense. Increased consumption needs, that leads women to dedicate longer hours to paid work, and their strong commitment to the role of mothers prevents them from experiencing time for themselves, which reflects negatively on their well- being and health. Moreover, the few leisure time they can afford, is largely used in personal care activities, especially focused on beautifying, which are also, in a sense, mandatory, thus not providing the expected benefits of a time that is actually free.
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Evolução da função muscular do assoalho pélvico no pós-parto /Assis, Liamara Cavalcante de. January 2013 (has links)
Orientador: Adriano Dias / Coorientador: Angélica Mércia Pascon Barbosa / Banca: Iracema de Matos Paranhos Calderon / Banca: Monica de Oliveira Orsi Gameiro / Banca: Tania Terezinha Scudeller Prevedei / Banca: José Tadeu Nunes Tamanini / Resumo: A gestação e o parto podem levar à redução ou perda da função muscular do assoalho pélvico, o qual acarreta deficiência funcional de sua musculatura, e, consequentemente, incontinência urinária. Assim, o objetivo foi verificar a evolução da função muscular do assoalho pélvico no pós-parto; a associação entre a realização de exercícios perineais durante a gestação e incontinência urinária no pós-parto; e validar as medidas perineométricas na predição de incontinência urinária. Para tanto, 120 primíparas foram divididas: G1, realizou exercícios perineais durante a gestação com supervisão do fisioterapeuta; G2, realizou exercícios perineais durante a gestação sem supervisão do fisioterapeuta; G3, não realizou exercícios perineais durante a gestação, mas tiveram contato com G1 e G2; e G4, não teve contato com exercícios perineais durante a gestação. As participantes foram avaliadas pelo teste bidigital e perineômetro, e receberam diário miccional. As pressões musculares foram estatisticamente diferentes entre os grupos, e G1 manteve sempre função muscular maior que G2, G3 e G4, enquanto que G2 se diferenciou de G3 e G4 conforme o tempo pós-parto aumentou. Verificou-se que valores registrados no perineômetro em 8,5cmH2O geram o melhor balanço entre sensibilidade (91,16%) e especificidade (82,42%). Aos 12mPP, o G1 e G2 apresentaram a menor incidência de incontinência urinária, enquanto o G3 apresentava 37,9%, e o G4, 39,4%. Com 18mPP essas observações se mantém, e aos 24mPP, G1 e G2 deixaram de apresentar participantes com o problema, e G3 e G4 mantiveram a incidência. Concluiu-se que os exercícios perineais foram efetivos na manutenção e aumento da função da musculatura pélvica em participantes que os realizaram durante a gestação; o treinamento muscular reduz significativamente a incidência de incontinência urinária; e as que contrações perineias ... / Abstract: Pregnancy and childbirth can lead to the reduction or loss of pelvic floor muscle function, which leads to functional impairment of their muscles, and hence urinary incontinence. The objective was to assess the evolution of pelvic floor muscle function in post-partum, the association between perineal exercises during pregnancy and urinary incontinence postpartum, and validate the measures perineometrics in predicting urinary incontinence. Therefore, 120 primiparous were divided: G1, held perineal exercises during pregnancy under the supervision of physiotherapists, G2, held perineal exercises during pregnancy without supervision of a physiotherapist, G3, did not do perineal exercises during pregnancy, but had contact with G1 and G2; and G4, had no contact with perineal exercises during pregnancy. The participants were evaluated by bidigital test and perineometer, and received voiding diary. The muscle pressures were statistically different between groups, and G1 muscle function remained always greater than G2, G3 and G4, whereas G2 differed G3 and G4 as time postpartum increased. It was found that the values recorded in the perineometer 8.5 cmH2O generate the best balance between sensitivity (91.16%) and specificity (82.42%). To 12mPP, the G1 and G2 showed a lower incidence of urinary incontinence, while G3 had 37.9%, and G4, 39.4%. With 18mPP these observations remains, and 24mPP, G1 and G2 failed to present participants with the problem, and G3 and G4 remained incidence. It was concluded that the perineal exercises were effective in maintaining and increasing function of the pelvic musculature in which participants performed during gestation; the muscle training significantly reduces the incidence of urinary incontinence; and that perineal contractions of greater than or ... / Doutor
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