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Sentimentos e percepções de mulheres no ciclo gravídico-puerperal que sobreviveram à morbidade materna graveCarvalheira, Ana Paula Pinho [UNESP] 17 December 2009 (has links) (PDF)
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carvalheira_app_me_botfm.pdf: 999854 bytes, checksum: 6bbf3b9448a37ed58267d0346fece451 (MD5) / Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo / A morte materna é um evento trágico que acomete a mulher durante o processo fisiológico da reprodução. Constitui um indicador da iniquidade existente entre gêneros e está inversamente associada ao grau de desenvolvimento humano. Os objetivos deste estudo foram compreender a experiência relativa à morbidade materna grave, a partir de um grupo de mulheres que vivenciou esse problema, bem como caracterizá-las considerando aspectos sociodemográficos e dados relativos ao pré-natal, admissão, pré-parto, parto e puerpério. Foram sujeitos da investigação 16 mulheres (uma gestante e 15 puérperas), atendidas em serviço terciário. Adotaram os preceitos metodológicos da pesquisa qualitativa, para tanto, elegeram-se as Representações Sociais como Referencial Teórico e como referencial metodológico utilizou-se a construção do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). A coleta de dados deu-se a partir de entrevista semiestruturada e as questões norteadoras relacionaram-se ao desejo e programação da gestação em curso e sobre a experiência e vivência da gestação de alto risco. Os resultados foram sistematizados em quatro temas e suas respectivas ideias centrais: Tema 1. Descrevendo o desejo e a programação para ter um filho (ICs: Não planejei, mas está sendo uma bênção; Já passei por gravidez de alto risco, por isso não planejei; Minha gravidez foi planejada); Tema 2. Percebendo seu problema de saúde, sua influência na gestação e para o concepto (ICs: Senti que estava correndo risco de vida, mas agora estou bem; Encontrei força na minha igreja; Foi horrível, senti que estava matando a minha filha; Me sinto culpada por tudo o que aconteceu); Tema 3. Superando o choque inicial no pós-parto (ICs: Fiquei Resumo Ana Paula Pinho Carvalheira sem saber notícias sobre o meu filho após o nascimento; Foi sofrido ver meu filho na UTI, a gente sonha em pegar no colo... / Maternal death is a tragic event that affects women during the physiological process of reproduction. It constitutes an indicator of the iniquity existing between genders, and it is inversely associated to the level of human development. The objectives of the present study were to understand the experience related to severe maternal morbidity based on a group of women who experienced such problem as well as to characterize such women by taking into account sociodemographic aspects and data related to prenatal follow-up, hospital admission, prepartum period, parturition and puerperium. The subjects of investigation were 16 women (one pregnant woman and 15 puerperae) attended to by a tertiary service. The methodological precepts of qualitative research were adopted, and for that end, Social Representations were elected as a theoretical framework, and the construction of the Collective Subject Discourse (CSD) was used as a methodological framework. Data were collected by semi-structured interviews, and the guiding questions were related to the desire for and planning of the pregnancy in course and to the experience of a high-risk pregnancy. The results were systematized into four themes and their respective core ideas: Theme 1. Describing the desire and plan to have a child (CIs: I didn’t plan it, but it’s been a blessing; I’ve had high-risk pregnancies, for this reason I wasn’t planning it: My pregnancy was planned); Theme 2. Perceiving one’s health problem, its influence on pregnancy and on the conceptus (CIs: I felt that I was at risk of death, but I´m fine; I found strength in my church; It was horrible, I felt like I was killing my daughter; I feel guilty for everything that happened); Theme 3. Summary Ana Paula Pinho Carvalheira Overcoming the initial shock in the post-partum period (CIs: I didn’t hear about my child after the birth; It was a lot of suffering... (Complete abstract click electronic access below)
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FAMÍLIA E EDUCAÇÃO: UM OLHAR SOBRE AS RELAÇÕES ENTRE O ESPECIALISTA E A MÃE/CUIDADORA ESPECIAL / FAMILY AND EDUCATION: A LOOK ON THE RELATIONS BETWEEN SPECIALIST AND MOTHER / SPECIAL CAREGIVERSilveira, Jalusa Oliveira da 13 August 2010 (has links)
This work proposes an approach with studies of post-structuralist side, seeking to launch other looks for questions considered naturalized in the social and cultural field on the relationship between female/maternal care and family. Thinking it was possible to establish a dialogue between gender and education, although maintaining
the differences that constitute these two cultural universes, this paper aims problematize the discourses about motherhood and the crossing of the production of
the female role in the family, especially with regard to the care of children with deficiency. The locus of the research was the Design of Stimulator Essential NEPES
and the materiality of the study was tied to the analysis of fragments of discourse articulated by the project participants - the group of women caregivers - about their
roles in the face of mothering children with deficiency and for interns of the Undergraduate Program in Special Education - Full Degree, University Federal of
Santa Maria, who treated the children of the project. Seeking to make use of portions of the thought of Michel Foucault, especially about the relationship between
knowledge and power and governance of conduct, it is clear the intention to understand how the discursive practices put into operation by experts in special education is a strategy government conducts female/maternal for the care of children with deficiency. From the materiality of the study was possible to see how the discourses have historically produced an immanent rationality care for
female/maternal, especially in the deficiency field, and characterize a set of discourses connected to an expertise that, underpinned by an apparatus pedagogical knowledge, knowledge that articulates the governance strategies of
mothers/caretakers special, thus portraying the political legitimacy of the authority of the expert. / Este trabalho que ora se apresenta propõe uma aproximação com estudos de vertente pós-estruturalista, buscando lançar outros olhares a questões consideradas naturalizadas no campo social e cultural a respeito das relações entre cuidado
feminino/materno e família. Pensando ser possível estabelecer um diálogo entre gênero e educação, embora mantendo as diferenças que constituem esses dois universos culturais, este trabalho propõe problematizar os discursos sobre a
maternidade e o atravessamento destes na produção do papel feminino na família, especialmente no que diz respeito ao cuidado de crianças com deficiência. O lócus da pesquisa foi o Projeto de Estimulação Essencial do NEPES e a materialidade do estudo esteve atrelada à análise dos fragmentos de falas articulados pelas participantes do projeto - mulheres do grupo de cuidadoras - acerca de seus papeis diante da maternagem de crianças com deficiência e pelas estagiárias do Curso de
Graduação em Educação Especial Licenciatura Plena, da Universidade Federal de Santa Maria, que atenderam as crianças do projeto. Buscando fazer uso de parcelas
do pensamento de Michel Foucault, principalmente acerca das relações de saber e poder e do governamento das condutas, evidencia-se a intenção de compreender de que forma as práticas discursivas colocadas em funcionamento pelos especialistas da educação especial se constituem em estratégias de governo das condutas femininas/maternas para o cuidado de crianças com deficiência. A partir da
materialidade do estudo foi possível perceber como os discursos vêm, historicamente, produzindo uma racionalidade imanente para os cuidados femininos/maternos, especialmente no campo da deficiência, bem como caracterizar
um conjunto de discursos ligado a uma expertise que, apoiada num aparato de saber pedagógico, articula esse saber às estratégias de governamento das mães/cuidadoras especiais, retratando assim a legitimação política da autoridade do
especialista.
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Fêmea-matriz: a maternidade em Ponciá Vicêncio, de Conceição EvaristoOliveira, Ana Ximenes Gomes de 05 October 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-10-05 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This work aims to analyze the novel Ponciá Vicêncio (2003), by Conceição Evaristo, focusing on maternity as the main analysis category along with its representations on women characters: Ponciá, Maria Vicêncio and Nêngua Kainda. To do so, a study will be done about these characters from the feminine authorship in question, considering the smoldering need of critical-theoretical debate on maternity condition in public and private sphere, based on the feminist criticism view and the cultural studies. It is noticed the necessity discussion about the formation of the women/mother/daughter archetypes that constructs the social and subjective imaginary in patriarchal society, to expose how the feminine and the maternity are presented in the novel, then subvert this oppressive model and deconstruct stereotypes generated in woman-mother-black. In Ponciá Vicêncio, it is observed a representation of maternity and feminine fertility beyond biology that takes shape as a form of feminine resistance and empowerment of its characters. Thus, to clarify this discussion, I use above all, the considerations of Del Priore (2009), Stevens (2007), Badinter (2011) and Nascimento (2008), about maternal condition; Alberti (2004), related to memory and orality; and Prandi (2001) on the representation of mythology of deities in this narrative. Moreover, considering the place of speech occupied by this writer, it is necessary to discuss conceptual issues of the African-Brazilian literature, enjoying the studies of Duarte (2014), as well as the critical clash on post-colonialism and cultural studies from authors as Appiah (1997), Bhabha (2013) and McClintock (2010). / Este trabalho visa analisar o romance Ponciá Vicêncio (2003), de Conceição Evaristo, centrando-se na categoria da maternidade como foco de análise e suas representações nas personagens femininas: Ponciá, Maria Vicêncio e Nêngua Kainda. Para tanto, será feito um estudo sobre estas personagens a partir da autoria feminina em questão, considerando a necessidade latente de debate crítico-teórico sobre a condição materna na esfera pública e privada, alicerçado pelo olhar da crítica feminista e os estudos culturais. Nota-se necessária a discussão acerca da formação dos arquétipos da mulher/mãe/filha que constroem o imaginário social e subjetivo na sociedade patriarcal, para assim expor como o feminino e a maternidade são apresentados, podendo, então, subverter este modelo opressor e desconstruir os estereótipos gerados na mulher-mãe-negra. Em Ponciá Vicêncio, observa-se uma representação da maternidade e fertilidade feminina para além da biologia, se concretizando como forma de resistência e empoderamento em suas personagens. Assim, para elucidar essa discussão, utilizo, sobretudo, as considerações de Del Priore (2009), Stevens (2007), Badinter (2011) e Nascimento (2008) acerca da condição materna; Alberti (2004) referente à memória e à oralidade; e Prandi (2001) sobre a representação da mitologia dos Orixás nesta narrativa. Além disso, considerando o lugar de fala ocupado por esta escritora, torna-se necessário discutir questões conceituais da literatura afro-brasileira, apreciando os estudos de Duarte (2014), assim como o embate crítico sobre a pós-colonialidade e os estudos culturais a partir de autores(as) como Appiah (1997), Bhabha (2013) e Anne McClintock (2010).
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Natureza de mulher, nome de m?e, marca de negra: identidades em tr?nsito e pol?ticas do corpo na comunidade quilombola de Boa Vista dos NegrosBoschemeier, Ana Gretel Echaz? 27 July 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-07-27 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior / Las pol?ticas de salud destinadas a las mulheres de la comunidad quilombola de Boa Vista son, de manera general, las mismas pol?ticas destinadas al resto de las mujeres de la regi?n rural del Serid? norterriograndense y tambi?n las que se corresponden con regiones marginales del Brasil entero. Aqu?, el cuerpo femenino es concebido bajo par?metros universalizantes que lo toman como una entidad homog?nea y comparable con otros cuerpos femeninos a partir de su traducci?n en ?ndices, tasas y estad?sticas. En este sentido, decimos que son cuerpos desnudos, cuya intervenci?n no considera los rasgos exteriores, aquellos llamados de culturales, como marcadores de identidad. Por otro lado, la noci?n de Salud de la Mujer Negra propuesta por recientes pol?ticas de Estado a nivel nacional, se muestra inexistente en la comunidad. El cuerpo que se se exalta hoy a partir de los par?metros de reivindicaci?n ?tnica es un cuerpo negro, pero tambi?n bello, jovem e sobre todo, fuerte; donde la noci?n de salud no penetra. De esta forma, las dos pol?ticas conciben sujetos sociales diferentes. Sin embargo, existe otro espacio, que es el espacio de las pr?cticas vern?culas, en el que las mujeres experimentan la articulaci?n entre feminilidad y negritud, pero a partir de otros par?metros local e hist?ricamente delineados. Aqu?, tanto las trayectorias de las mujeres como las redes de parentesco y cuidado locales se muestran especialmente significativas, ayudando a comprender las concepciones particulares sobre el cuerpo que imaginan y practican las mujeres de esta comunidad, y revelando la importancia de la maternidad como principio ordenador de identidades sociales. Para eso, hemos realizado un trabajo de observaci?n participante, una serie de 30 entrevista com mujeres de Boa Vista y un estudio de las redes de parentesco organizadas alrededor del t?rmino m?e. Con esto, demostramos que existe un espacio cargado de significados sobre el cuerpo femenino y la feminilidad que es construido a partir de una interpretaci?n local de la triple condici?n de mulher, de m?e y de negra / As pol?ticas de sa?de destinadas ?s mulheres da comunidade quilombola de Boa Vista s?o, de forma geral, as mesmas destinadas ao resto das mulheres da regi?o rural do Serid? norte-rio-grandense e tamb?m as que correspondem as regi?es marginais do Brasil inteiro. Aqui, o corpo feminino ? concebido sob par?metros universalizantes que o tornam uma entidade homog?nea e compar?vel com os outros corpos femininos a partir da sua tradu??o em ?ndices, taxas e estat?sticas. Nesse sentido, postulamos que s?o corpos nus, cuja interven??o n?o leva em conta os tra?os exteriores, aqueles chamados de culturais, como marcadores de identidade. Por outro lado, a no??o de Sa?de da Mulher Negra proposta por recentes pol?ticas de Estado em ?mbito nacional, mostra-se inexistente na comunidade. O corpo que exalta-se hoje a partir dos par?metros da reivindica??o ?tnica na comunidade ? um corpo que se afirma como negro, mas tamb?m belo, jovem e, sobretudo, forte; aonde a no??o estatal de sa?de n?o penetra. Desta forma, as duas pol?ticas concebem sujeitos sociais diferentes. Por?m, existe outro espa?o, que ? o espa?o das pr?ticas vern?culas, no qual as mulheres experimentam sim a articula??o entre a feminilidade e a negritude, mas sob outros par?metros que s?o local e historicamente delineados. Aqui, tanto as trajet?rias das mulheres quanto as redes de parentesco e cuidado locais conformam-se como especialmente significativas, ajudando a compreender as concep??es sobre o corpo das mulheres desta comunidade, e revelando a import?ncia da maternidade como princ?pio ordenador de identidades sociais. Para isso, foi feito um trabalho de observa??o participante, com realiza??o de uma s?rie de 30 entrevistas com mulheres de Boa Vista e foi implementado um estudo das redes de parentesco organizadas ao redor do termo m?e. Assim, demonstramos que existe um espa?o prenhe de significados sobre o corpo feminino e a feminilidade que ? constru?do a partir de uma interpreta??o local da tr?plice condi??o de mulher, de m?e e de negra
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Paternidade e maternidade na adolescência: produção de saberes e sentidos compartilhados por adolescentesSouza, Andréa Xavier de Albuquerque de 10 September 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-09-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The present study aimed to identify the social representations made by adolescent fathers
and mothers on paternity and motherhood in adolescence. Recognizing the importance of
integrating the teenage father in the process of paternity, this research has included in its
scope the male adolescent. This study was supported on the Social Representations
Theory. With the participation of 80 teenagers distributed equitably by gender, from lower
social classes, ages from 14 to 19 years-old (M = 16.71, SD = 1.20), who pass through the
experience of having only one child. To collect data, it was used a multimethod approach,
counting on different instruments: Questionnaire on bio-socio-demographic characteristics
and contraceptive practices which answers were recorded in PASW (Predictive Analytics
SoftWare) version 18, and analyzed by descriptive statistics; free word association test,
processed in software Tri-Deux Mots for Correspondence Factor Analysis (CFA) and;
Semi-structured Interview, which was submitted to the Alceste software for the analysis of
descending and ascending hierarchical classifications. The results of the CFA showed that
adolescents have representations that vary according to gender. Teenager parents
represented paternity as "learning", an experience that generates demands from the need to
"help", causing a "loss of freedom". The adolescent mothers indicated some assignments in
which the parent is negatively associated to that which "does not accept the child" and
seems "irresponsible", and should take help in child rearing, which was objectified in the
expression "must participate". Motherhood in adolescence, according to male participants,
was objectified in the practice of "breastfeeding", considered by them as a symbolic
feature of this experience, was also associated with affective aspect "give love" and to the
commitment of "taking care of the child". For its time, the mothers objectified experience
of motherhood with a positive connotation associated with "something good", representing
"love", a "dream", a "God thing", but, nevertheless, recognize that "demands
responsibility" before the role of "caring" son. The analysis of the interviews revealed a
dendrogram structured by four thematic classes whose representational contents are
associated to the experiences and meanings of parenthood in adolescence, including
aspects of the difficulty of inserting paternal and maternal commitment; to the knowledge
about contraception, their means of serving and preventive practices; to the future projects
planned before and after being fathers/ mothers, and, finally, to the affects mobilized
forward to pregnancy and judgment of another. It is hoped that the knowledge produced in
this research allows broaden discussions and reflections around the studied object,
providing information on the beliefs, attitudes, images, opinions and meanings of
adolescents. In this respect, it trusts that the findings of this thesis may shed light on the
knowledge produced by teenagers, especially in the father s perspective, in order to insert
them into public policies on health and sex education to enable them to engage in this
process, deconstructing the idea of social invisibility commonly associated with the father
figure in the affective experience of having/ caring for a child in adolescence. / O objetivo da pesquisa foi de apreender as representações sociais elaboradas por pais e
mães adolescentes sobre a paternidade e a maternidade na adolescência. Por reconhecer a
importância da inserção do pai adolescente no processo da paternidade, a presente pesquisa
incluiu em seu escopo o adolescente do sexo masculino. Este estudo foi subsidiado pela
Teoria das Representações Sociais. Contou com a participação de 80 adolescentes
distribuídos equitativamente em relação ao sexo, provenientes de classe social baixa, com
idades entre 14 e 19 anos (M = 16,71; DP = 1,20), que vivenciam a experiência de ter
apenas um filho. Para a coleta dos dados, utilizou-se uma abordagem de multimétodos,
com diferentes instrumentos: questionário sobre características biossociodemográficas e
práticas contraceptivas, cujas respostas foram tabuladas no Predictive Analytics SoftWare
(PASW), versão 18, e analisadas por meio de estatística descritiva; Teste de Associação
Livre de Palavras, processados no software Tri-Deux Mots para Análise Fatorial de
Correspondência (AFC) e; Entrevista Semiestruturada, que foi submetida ao software
Alceste para análise das classificações hierárquicas descendente e ascendente. Os
resultados da AFC evidenciaram que as representações dos adolescentes em relação ao
sexo são diferenciadas. Os adolescentes pais representaram a paternidade como
aprendizado , uma experiência que gera demandas a partir da necessidade de ajudar , e
que provoca a perda da liberdade . As adolescentes mães apontaram algumas atribuições
em que o pai é associado negativamente àquele que não aceita o filho , parece
irresponsável , e deve assumir a criança e ajudar a criá-la, o que foi objetivado na
expressão tem que participar . A maternidade na adolescência, segundo os participantes
do sexo masculino, foi objetivada na prática da amamentação , considerada por eles
como uma característica simbólica desta vivência; também foi associada ao aspecto afetivo
dar amor e ao compromisso de cuidar do filho . Por seu tempo, as mães objetivaram a
experiência da maternidade com uma conotação positiva, associada a algo bom , que
representa amor , um sonho , uma coisa de Deus . Apesar disso, reconhecem que
exige responsabilidade diante do papel de cuidar do filho. A análise das entrevistas
evidenciou um dendrograma estruturado por quatro classes temáticas cujos conteúdos
representacionais estão associados às vivências e significados da paternidade e
maternidade na adolescência, incluindo-se nesta classe temática a dificuldade de inserção
paterna e o compromisso materno; aos conhecimentos sobre contracepção, seus meios de
veiculação e práticas preventivas; aos projetos futuros planejados antes e depois de serem
pais/mães; e, por último, conteúdos associados aos afetos mobilizados frente à gravidez e
ao julgamento do outro. Espera-se que o conhecimento produzido nesta pesquisa amplie as
discussões e as reflexões em torno do objeto estudado, com informações relativas às
crenças, às atitudes, ás imagens, aos significados e opiniões dos adolescentes. Neste
aspecto, confia-se que os achados desta tese possam lançar luz sobre o saber elaborado
pelos adolescentes, sobretudo na perspectiva paterna, com vistas a inseri-los em políticas
públicas de saúde e de educação sexual que os engajem neste processo, desconstruindo a
ideia de invisibilidade social comumente associada à figura paterna na vivência afetiva de
ter/cuidar de um filho na adolescência.
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Tornar-se mãe por adoção : a espera por um filhoSchwochow, Monique Souza January 2018 (has links)
Mulheres em transição para a maternidade por adoção vivenciam as transformações psíquicas e a espera por seus filhos enfrentando as adversidades específicas deste contexto. Com frequência, o período que antecede a chegada do filho adotivo é descrito como um momento de preparação para a parentalidade. Nesta etapa, que pode se estender por longos anos, a formação da identidade materna e a significação, através dos sentimentos, do tempo de espera pelo filho adotivo são importantes processos da construção destas famílias. Diante de tais evidências, a presente dissertação dedicou-se a compreender como se dão, no contexto da adoção, as transformações da organização psíquica no sentido de tornar-se mãe e quais são os sentimentos relatados na espera pela adoção em suas diferentes etapas que precedem a colocação da criança na família. Dois artigos compõem esta investigação. As participantes dos estudos foram quatro mulheres, de idades entre 38 e 44 anos, habilitadas e ativas no Cadastro Nacional de Adoção (CNA) há no máximo um ano. No primeiro foi investigado o processo de transformação da organização psíquica das mulheres (motherhood mindset), de acordo com Stern, Bruschweiler-Stern e Freeland (1998), no contexto da maternidade por adoção. Encontrou-se que mulheres em espera pela adoção vivenciam as mudanças próprias da formação da identidade materna, confirmando-se a experiência de gestação psíquica no período que antecede a chegada do filho adotivo. Já no segundo estudo, buscou-se compreender quais os sentimentos relatados por mulheres na espera pela adoção durante o processo de habilitação à adoção e durante a espera na fila do CNA. Os resultados apontaram que, na habilitação à adoção, as mulheres destacaram sentimentos como apreensão, frustração, dor e morosidade. Quando na espera na fila do CNA, estas mulheres enfatizaram sentimentos que foram alocados em duas categorias: esperança e desesperança. A análise destes dois estudos contribui para a literatura sobre a espera pela adoção, dando voz as mulheres que vivenciam este processo marcado por transformações psíquicas e comoções de sentimentos. Espera-se que este trabalho auxilie na compreensão da transição para a maternidade por adoção durante a espera pelo filho adotivo, motivando o cuidado com a saúde emocional destas famílias bem como novos trabalhos que se dediquem a esta temática. / Women in transition to adoptive motherhood experience the psychic transformations and the waiting for their children facing the specific adversities of this context. Often, the period that precedes the arrival of the adoptive child is described as a time of preparation for parenting. In this stage, which can last for many years, the development of the maternal identity and the significance of the waiting time are important processes of the construction of these families. In face of these evidences, this thesis is dedicated to understand how the transformations of psychic organization occur in the sense of becoming a mother in the context of adoption and what are the feelings manifested during the different stages of the waiting time that precedes the child`s reception in the family. Two papers compose this research. The participants of these studies were four women, aged between 38 and 44 years, qualified and active in the National Adoption Registry for a maximum of one year. In the first, the process of transformation of the motherhood mindset was investigated in the context of adoption maternity according to Stern, Bruschweiler-Stern and Freeland (1998). It was found that women waiting to adopt a child faced specific changes of the maternal identity development process, confirming the experience of psychic gestation in the period before the arrival of the adoptive child. In the other study, it was sought to understand the feelings in women waiting to adopt during the process of habilitation for adoption and during the waiting period in the National Adoption Registry´s queue. The analysis of these two studies contributes to the existing literature about the adoption waiting process, giving voice to these women who experienced this process marked by psychic transformations and feelings commotions. We hope that this thesis helps in understanding the transition to motherhood through adoption during the waiting period for the adopted child, motivating the attention to emotional health care of these families and the elaboration of new studies dedicated to this subject and the promotion of new studies dedicated to this subject.
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O bebê imaginário e o bebê real no contexto da prematuridadeFleck, Adriana January 2011 (has links)
O nascimento pré-termo é potencialmente traumático na vida da mãe e do bebê e o confronto entre o bebê imaginário da gestação e o bebê real tende a ser intensificado. O estudo buscou investigar o bebê imaginário e o bebê real prematuro, no pós-parto, na pré-alta e no 3º mês após a alta hospitalar do bebê. Buscou-se compreender o confronto entre o bebê imaginário e o bebê real e o processo de adaptação da mãe a este último. Participaram quatro mães de bebês pré-termos, primíparas, de 19 a 31 anos, com bebês nascidos entre 28-29 semanas, com peso entre 1000-1500g e internados na UTINeo. Com o delineamento de estudo de caso coletivo, buscou-se compreender cada caso, as semelhanças e particularidades entre eles. Entrevistas investigaram a experiência da gestação e da maternidade e foram examinadas por análise de conteúdo qualitativa. Os resultados confirmaram a expectativa de um maior confronto entre o bebê real e o bebê imaginário e a dificuldade de elaboração da perda do bebê imaginário e adaptação da mãe ao bebê real, no período pós-parto. Na pré-alta e no 3º mês após a alta, notou-se que as mães conseguiram se aproximar mais tanto física como emocionalmente do bebê real, elaborando a perda do bebê imaginário. No entanto, a maternidade mostrou-se envolta em constantes preocupações com o filho e exigências maternas em relação ao próprio desempenho. Assim, o nascimento pré-termo gerou um impacto emocional intenso nas mães e constituiu-se em um desafio para a adaptação destas às necessidades do filho e para a maternidade. / The preterm birth is a potentially traumatic event in the life of the mother and baby and in this context, the confrontation between the imaginary baby of pregnancy and the real baby can be enhanced. The aim of this study was to investigate the feelings of the mother about the imaginary baby and the real baby (in postpartum, pre-discharge and at 3 months after hospital discharge) in the context of preterm birth. Four mothers of preterm infants participated, primipara, aged 19 to 31 years. The babies were born between 28-29 weeks, weighing 1000-1500g and were hospitalized in the NICU. A study of collective case was carried out, trying to understand each case, the similarities and particularities among them. Interviews were conducted to investigate the experience of pregnancy and motherhood were examined by qualitative content analysis. Results confirmed the expectation of a major confrontation between the real and imaginary baby and the difficulty of the mother in elaborating the loss of the imaginary baby and the adjustment to the real baby, especially in the postpartum period. In the pre-discharge and at 3 months after discharge, it was noted that mothers were able to get closer, both physically and emotionally to the real baby, elaborating gradually the loss of the imaginary baby. However, motherhood proved to be surrounded by constant worries about the baby, with the mothers charging themselves in relation to their maternal performance. The results indicate that preterm birth has generated an intense emotional impact on mothers and constituted a challenge to adapt to the needs of the real premature baby and to motherhood.
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"Eu vi elas dando o peito e eu não podia dar!" : representações e práticas de mulheres vivendo com HIV/AIDS sobre o aleitamento materno / “I saw the other moms nursing their babies but i couldn't”!: the representations and practices of breastfeeding by women living with HIV/AidsJoaquim, Joelma Marísia Firmone January 2012 (has links)
Este estudo visa compreender o significado da experiência de não amamentar para as mulheres HIV+ atendidas em um serviço especializado da cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Tendo como objeto de análise as representações sociais das mulheres HIV+ diante da não amamentação, com vista à compreensão do seu cotidiano e das estratégias desenvolvidas para fazer frente à restrição de aleitamento “natural”. O pressuposto da pesquisa é de que as mulheres soropositivas para o HIV enfrentam vários constrangimentos relacionados não apenas à sua soropositividade, como também relacionadas a um conjunto de prescrições que devem ser seguidas para à manutenção da sua saúde e do seu bebê. As principais conclusões apontam que o leite materno é considerado pelas mulheres o alimento mais adequado para o recém-nascido pelas qualidades nutritivas e os benefícios preventivos contra doenças. Essa percepção é influenciada pelas campanhas de saúde pública que incentivam o aleitamento e o associam ao “amor, carinho e saúde”, considerando negligentes as mulheres que não amamentam em função de adotarem um comportamento contrário ao esperado por uma “boa mãe”. No seio da família existem mecanismos para questionar simbolicamente o papel de “boa mãe”, através da pressão para que a mulher dê o peito e da pressão para que a criança seja amamentada por outra mulher. As representações associadas ao leite materno tornam a amamentação uma prática que ultrapassa o âmbito privado, passando a dizer respeito não apenas à mulher, como também à família e à sociedade em geral. / The aim of this study is to consider the experiences of HIV positive mothers who have been asked by medical caregivers to refrain from the practice of breastfeeding. These women are patients of the special public health care system in the city of Porto Alegre, capital of the Brazilian state of Rio Grande do Sul. The objects of our analysis are the daily social representations and strategies developed by these mothers in response to this restriction regarding “natural” feeding. Our hypothesis is that HIV positive mothers regularly face awkward situations that arise not only because their illness but also because of the advice given by caregivers in order to protect the health of mother and child. One of our first conclusions is that, for these women, breast milk is indeed seen as the most adequate form of nutrition for their newborn babies because of supposed nutritional and immunological properties. This shared perception has been further reinforced by public health campaigns that encourage breastfeeding by associating the practice with concepts such as love, affection and health. In their homes, they feel the pressure of these same values and expectations being reproduced by relatives and friends. Thus, we observe breast milk transcending bodies and transversing social spaces to include family and society in these mother’s very private.
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Relação mãe-bebê no contexto do HIV : investigando as representações maternas da gestação ao segundo ano de vida da criançaFaria, Evelise Rigoni de January 2012 (has links)
O objetivo do presente estudo foi investigar a relação mãe-bebê no contexto do HIV, da gestação ao segundo ano de vida da criança, a partir do conceito de representações maternas de Stern (1991, 1997). Participaram do estudo quatro mães que viviam com HIV, com idades entre 19 e 39 anos. Na ocasião da gestação, todas eram casadas, duas eram primíparas e duas multíparas, sendo que duas souberam do diagnóstico na gestação e duas já sabiam antes de engravidarem. Elas realizavam acompanhamento pré-natal especializado na rede pública de saúde de Porto Alegre. A pesquisa teve um delineamento de estudo de caso coletivo, longitudinal, sendo cada caso investigado no final da gestação e aos três, 12 e 24 meses de vida da criança. Análise de conteúdo qualitativa foi utilizada para se examinar os relatos maternos durante as entrevistas com base em quatro categorias de representações maternas: sobre si mesma, o bebê, o pai do bebê, e a própria mãe. Os resultados indicaram que a relação mãe-bebê no contexto do HIV, ao longo dos dois anos de vida da criança, foi acompanhada de diversas satisfações e alegrias, mas também desafios associados ao desempenho da maternidade, ao desenvolvimento infantil e à convivência com o HIV. Inicialmente, os relatos associados às representações maternas sugeriam um bebê mais vulnerável e uma mãe culpada e que temia o preconceito. Essas representações eram explicitadas nas interações mãe-bebê de maneiras diversas, incluindo cuidados intensos com o bebê. Ao longo do tempo, porém, houve mudanças nessas representações, que passaram a ser de uma criança saudável e forte diante do HIV, e de uma mãe mais segura frente à infecção e à maternidade. Embora algumas preocupações relativas ao HIV permanecessem presentes, elas eram secundárias diante dos desafios impostos pelo próprio desenvolvimento infantil ao longo dos dois primeiros anos de vida. Este processo, no entanto, só pareceu possível quando a mãe conseguia aceitar e conviver com as limitações e possibilidades diante da infecção, o que envolveu o uso de estratégias defensivas mais flexíveis e focadas no enfrentamento do HIV. Quando isso não aconteceu, em um dos casos, fortes ansiedades maternas recaíram sobre o bebê, que passou a ser visto a partir dessas projeções maternas, ficando em um segundo plano suas capacidades adaptativas e singularidades, o que pode pôr em risco seu desenvolvimento emocional. Neste sentido, reforça-se a importância de se ampliar o foco do atendimento em saúde para além da prevenção materno-infantil do HIV, oferecendo-se uma atenção especial à saúde mental da mãe com o intuito de se proteger também a criança em desenvolvimento. / This study investigated mother-infant relationship in the context of HIV from pregnancy to the second year of the infant, based on Stern’s maternal representations (1991, 1997). The study included four mothers living with HIV, aged between 19 and 39 years. At pregnancy, all mothers were married, two were primiparous and two multiparous. Two mothers knew their HIV diagnosis during pregnancy, and two had known before becoming pregnant. They performed prenatal care at a public health center for HIV treatment in Porto Alegre, Brazil. A longitudinal multiple case study design was used. Data were collected at the third trimester of pregnancy and at three, 12 and 24 months of the infant. Each mother answered a semi-structured interview, and a questionnaire about her health and medical treatment. Content analysis was carried out based on four categories of maternal representations: about herself, the infant, the infant's father and the own mother. The results indicated that the mother-infant relationship in the context of HIV, over the two years of the infant, was accompanied by various satisfactions and challenges related to motherhood, child development and living with HIV. Initially, the maternal representations showed a vulnerable infant and a guilty mother. Mothers enacted these representations in various ways, including intense care with the baby. Over time, however, there were changes in these representations: the child has been seen healthier and stronger, and the mother, more competent and less anxious in childcare. Although some concerns related to HIV remain, they were secondary to the challenges posed by the child's development over the first two years of life. This process, however, was possible when the mother could accept and live well with the limitations and possibilities from HIV infection, using defensive strategies more flexible and focused on coping actively with HIV. When this did not happen, as seen in one case, strong maternal anxieties relapsed over the infant, who was seen through these maternal projections. In this case, the infant adaptive capabilities and singularities were not adequately recognized by the mother, which can jeopardize the child’s emotional development. In this sense, this study reinforces the importance of broadening the focus of health care beyond the prevention of mother-child transmission of HIV, offering special attention to the maternal mental health in order to protect the developing child.
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Ações da equipe de enfermagem no ciclo gravídico puerperal e as competências essenciais para a atenção qualificada ao parto / The actions of nursing team in the puerperal pregnancy cycle and the essentials competences to the qualified attention on childbirth.Jamile Claro de Castro Bussadori 02 December 2009 (has links)
A atenção qualificada ao parto tem sido um dos principais focos de ação da Iniciativa Maternidade Sem Risco (IMSR), no intuito de se obter gestações e partos mais seguros para as mulheres e os recém-nascidos e consequentemente diminuir as taxas de morbimortalidade materno-infantil. Este estudo buscou conhecer a assistência que as mulheres, atendidas nos serviços públicos de saúde do município de São Carlos/SP, recebem durante o ciclo gravídico-puerperal, evidenciando as ações desenvolvidas pela equipe de enfermagem. Objetivos: Descrever o perfil dos profissionais de enfermagem que atuam na atenção ao ciclo gravídico-puerperal e identificar as ações desenvolvidas por estes na assistência ao pré-natal, trabalho de parto, parto e puerpério, correlacionando com as competências essenciais ao exercício básico da obstetrícia recomendadas pela Confederação Internacional das Parteiras (ICM). Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório descritivo, com uma abordagem quantitativa, que utilizou para a coleta de dados a entrevista estruturada e a observação sistemática das ações desenvolvidas pelos profissionais de enfermagem na assistência ao ciclo gravídico-puerperal. A população estudada foi composta de 84 profissionais de enfermagem, sendo 37 da atenção básica que prestam assistência ao pré-natal e puerpério e 47 da maternidade, que prestam assistência ao parto. Foram observadas na atenção básica, 52 pré-consultas e 47 pós-consultas de pré-natal, 05 abertura de SISPRENATAL, 05 acolhimentos, 05 consulta de pré-natal e 02 consultas puerperais realizadas pelas enfermeiras. Na atenção ao parto foram observadas 22 avaliações obstétricas admissionais, 15 trabalhos de parto, 12 partos normais, 10 cesáreas, 18 recepções de recém-nascido e 18 assistências no alojamento conjunto. A estatística descritiva foi utilizada para descrever e sintetizar os dados. Resultados: Os profissionais são predominantemente do sexo feminino, média de 35,1 anos, casados (62,2%) e com filhos. A média de carga horária encontrada entre os profissionais de enfermagem que prestam assistência na atenção básica foi de 41,6 horas e de 53,9 horas na assistência ao parto, sendo que respectivamente 8,1% e 32% destes profissionais têm mais de um emprego. A média de salários dos auxiliares e técnicos de enfermagem que atendem a mulher no o pré-natal e no parto correspondem respectivamente a 43,2% e 37,3% da remuneração média das enfermeiras. Quanto à qualificação profissional, todas as enfermeiras entrevistadas na atenção básica do município referiram ter cursado ou estar cursando pós-graduação lato sensu, sendo 57,14% em saúde da família, 21,43% em enfermagem obstétrica, 7,14% em saúde da família e enfermagem obstétrica, 7,14% em saúde da família e saúde mental e 7,14% em administração hospitalar. Na maternidade, as seis enfermeiras eram especialistas em obstétrica. O tempo de experiência profissional no atendimento às mulheres no ciclo gravídico-puerperal entre os profissionais da atenção básica variou de 1 mês a 20 anos e na maternidade de 1 mês a 25 anos. Os resultados revelam que todos os profissionais são qualificados para a atenção ao ciclo gravídicopuerperal. Quanto às habilidades essenciais em obstetrícia, preconizadas pela ICM, muitas foram realizadas de forma incompletas e outras deixaram de ser realizadas. Conclusões: Na atenção básica as ações desenvolvidas pelo profissional de enfermagem no cuidado à mulher no pré-natal foram predominantemente de suporte, apoio e complementação da assistência médica, sendo discreta a participação da enfermeira na consulta de pré-natal. Na maternidade as enfermeiras atendem na admissão, acompanham o trabalho de parto e realizam a maior parte dos partos normais. Embora ainda existam habilidades específicas a serem realizadas, demonstraram ações moduladas por princípios da humanização, bem como da atenção qualificada. O estudo aponta a necessidade da reorganização da assistência ao pré-natal, inserindo efetivamente o enfermeiro, bem como que a assistência ao parto busque cada vez mais uma assistência qualificada e humanizada, com reconhecimento e autonomia do enfermeiro. / The qualified attention on childbirth has been one of the main focus on the Making Pregnancy Safer Initiative (MPR) in order to obtain safer pregnancies and childbirth to women and the newborns and consequently reduce the rates of maternal and newborns mortality. This study sought to know the assistance that women have in São Carlos/SP city during the puerperal pregnancy cycle spotlighting the nursing team. Objectives: Describe the profile of nursing professionals who work in puerperal pregnancy cycle and identify the actions developed for them in prenatal assistance, labour, childbirth and post-natal period correlating with the essentials competences to the obstetric basic exercising obstetrics recommended by the International Conferation of Midwives (ICM). Metodology: This study is a exploratory descriptive with a quantitative approach which used to collect data structured interview and systematic observation of the actions taken by nursing professionals in assisting puerperal pregnancy cycle. The studied population was composed of 84 nursing professionals being 37 of basic attention that provide assistance to prenatal and post-natal period and 47 of maternity that provide assistance to childbirth. Were observed in basic attention, 52 pre consults and 47 post consults, 05 SISPRENATAL opening, 05 receptiveness, 05 prenatal consults anda 05 puerperal consults undertaken by the nurses. On attention to childbirth were observed 22 admisions, 15 labours, 12 normal births, 10 cesarean, 18 newborn receipts and 18 assistances in accommodation set. It used the descriptive statistics describe and summarise data. Results: Professionals are predominantly female average 31,5 years, married (62,2%) and with children. The average of hourly charge between nursing professionals who provide assistance in basic attention was 41.6 hours and 53.9 hours on birth assistance being respectively 8,1% and 32% of these professionals have more than a job.The average salary of nursing assistants and technicians that assist women on prenatal and birth correspond respectively to 43.2% and 37,3% of the average remuneration of nurses. As vocational qualification, all nurses interviewed in city basic attention mentioned have attended or being attending a post graduation lato sensu being 57,14% in family health, 21,43% in obstetrical nursing, 7,14% in family health and obstetrical nursing, one 7,14% in family health and mental health and just one 7,14% in hospital administration. At maternity all the six nurses were obstetrical experts. Professional experience in assistance to women on puerperal pregnancy cycle between basic attention professionals ranged from 1 month to 20 years and at maternity from 1 month to 25 years.The results reveal that that all professionals are skilled attention to puerperal pregnancy cycle. As regards the essential skills in obstetrics, advocated by the ICM, many were so incomplete and other not performed. Conclusions: On basic attention the actions developed by nursing professionals on women prenatal care were predominantly of support and medical assistance complementation being discreet nurse\'s participation in prenatal consult. Maternity nurses serve in the admission, accompany labour and perform most normal births. Although there are specific skills to be performed, demonstrated actions modulated by principles of humanization as well as qualified attention. The study revels the need for reorganization of prenatal assistance inserting effectively the nurse as well as assistance to childbirth look increasingly a qualified and humanized assistance with recognition and autonomy of the nurse.
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