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O processo discursivo de designação de pessoas : a determinação historico-social do nome proprio

Cunha, Lauro Jose da 03 March 2006 (has links)
Orientador: Carmen Zink Bolognini / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-06T05:58:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Cunha_LauroJoseda_D.pdf: 943312 bytes, checksum: 53c9124fc494d3ff65d72489a660cc57 (MD5) Previous issue date: 2006 / Resumo: Dos 5.436 nomes próprios registrados três décadas atrás no cartório de Vila Prudente, que abarca uma população de mais de um milhão de pessoas na Zona Leste de São Paulo, menos de 5% eram nomes estrangeiros. No ano de 2000, eles ultrapassavam os 30% do total. Segundo uma reportagem da revista Época, responsável por esses dados, o retrato que surge dos livros do cartório paulistano tende a reproduzir-se em todas as grandes cidades do Brasil. Desse quadro, dois aspectos nos despertaram a atenção: 1) o estrangeiro a que se refere a reportagem assume materialidades que remetem quase que exclusivamente à Língua Inglesa; 2) esse fenômeno ocorre com maior freqüência entre brasileiros de baixa renda, sendo digno de nota que tratam-se de brasileiros que não apresentam qualquer parentesco com pessoas de países de Língua Inglesa. Interessou-nos investigar o processo discursivo de designação de pessoas no Brasil, em geral, tomando-o como pano de fundo para analisar a presença dessas superfícies discursivas (nomes próprios) com materialidades de Língua Inglesa na designação de brasileiros. Orientamos-nos, nesse estudo, pela perspectiva teórica da Análise de Discurso de linha francesa, conforme tem se desenvolvido no Brasil. Apresentamos o processo discursivo de designação de pessoas como um objeto possível de ser enquadrado pela perspectiva da tipologia discursiva, no sentido de que a designação apresentaria invariantes que retornam sempre como discursividades que interpelam o sujeito em sua prática de designação. Para chegar a uma categorização das discursividades que integram o processo discursivo de designação de pessoas, levamos em conta três referências: 1) o texto introdutório de O livro dos nomes, de Obata (2002), obra que tem como escopo principal apresentar o significado dos nomes, e que em sua introdução faz um levantamento das motivações e circunstâncias mais recorrentes que costumam envolver um evento de designação; 2) a Lei Federal de Registros Públicos n.º 6.015, de 1973, que trata das normas que devem ser observadas no assento de um nome civil, e 3) as Normas de Serviço da Corregedoria Geral da Justiça de São Paulo (1989), documento que regula o funcionamento das atividades dos cartórios, e do qual nos interessa as situações previstas que possibilitam a retificação do nome civil.Considerando que nos impomos a tarefa de apresentar uma proposta de categorização de discursividades que integram o processo discursivo de designação de pessoas, chegamos, a partir do corpus que selecionamos, às seguintes discursividades: i) a Discursividade de gênero do nome; ii) a Discursividade lingüística do nome; iii) a Discursividade de idealidade do nome; iv) a Discursividade de idealidade do referente; v) a Discursividade de efeito de evidência do nome (ou ainda Discursividade de transparência do nome) e vi) a Discursividade de prefiguração discursiva de acontecimentos. No processo de escolha ou composição de um nome próprio, são vários os esquecimentos que interpelam o sujeito designador sobredeterminando o nome que ele tem a ilusão de ser a fonte; assim, por exemplo, escolhe um nome com gênero apropriado ao sexo da criança, configurando o seu assujeitamento à discursividade de gênero do nome; escolhe um nome de acordo com a identidade normativa da Língua Portuguesa, o que o vincula à discursividade lingüística do nome, e escolhe um nome, igualmente, de acordo com valores (temas) ideais com os quais se identifica, nos quais se reconhece, caracterizando a discursividade de idealidade do nome e/ou do referente. A identificação de casos de pessoas que entraram com pedido de retificação de nome civil por considerarem que os seus nomes se afastavam de uma ou mais discursividades de designação, ou ainda de pessoas que não entraram com pedido, efetivamente, mas manifestaram desejo de fazê-lo, pelas mesmas razões, configurou referência para considerarmos o peso que tem o assujeitamento na prática discursiva de designação de pessoas. Ao analisarmos o discurso de sujeitos designadores, em geral, percebemos, além das discursividades apontadas, a recorrência de uma interpelação por um imaginário de transparência da linguagem, segundo o qual o nome seria transparente, no sentido de operar como uma designação apresentativa, referindo-se às circunstâncias de nascimento da criança, e/ou ainda teria o poder de sobredeterminar, pelos sentidos que carrega, a vida do sujeito designado, referindo-se, portanto, ao seu futuro. Essa constatação levou-nos a propor as últimas duas discursividades: a discursividade de efeito de evidência do nome, e a discursividade de prefiguração discursiva de acontecimentos. A análise de discursos de sujeitos designados que têm nomes que eles próprios consideram diferentes dos nomes recorrentes atribuídos na sociedade brasileira mostrou que a diferença entra em tensão, em confronto com a igualdade, com a recorrência, com a repetição, com a homogeneidade; se por um lado os pais idealizaram um nome diferente, às vezes vinculando a diferença do nome à possibilidade de conferir uma real diferença na vida do sujeito designado, marcando uma interpelação pela discursividade de prefiguração discursiva de acontecimentos, por outro, ao ignorar o peso dos esquecimentos, condenou o sujeito designado a arcar com o ônus da diferença, do desvio / Abstract: Out of 5.436 proper names registered three decades ago in the Civil Registry Office of Vila Prudente, which has filed the names of more than a million people from the East Side of São Paulo city, less than 5% were foreign names. Contrastingly, in the year 2000, they had exceeded 30% of the total amount. According to an article published by Época, a Brazilian magazine responsible for these data, the picture that arouses from the books of the Registry Office of São Paulo city can be extended to all other big Brazilian cities. Reflecting upon this scenario, two aspects called our attention: 1) the foreign character the article refers assumes forms that is associated almost exclusively to English Language; 2) this phenomenon occurs most frequently among low Brazilian social classes, who do not have any kind of relationship with people of English speaking countries. It interested us to investigate the general discourse process of people designation in Brazil, taking it as the backstage to analyze de presence of these materialities of English Language in the discourse surfaces (proper names) of Brazilian designation. The theory we adopt in order to guide our research is the Discourse Analysis of French School, according to the way it has been developed in Brazil. We presented the discourse process of people designation as an object possible of being studied by the perspective of discourse type, in the sense that people designation would present invariables that always returns as discourse forms that interpelate the subject in his/her designation practice. In order to propose a categorization of the discourse forms that integrate the discourse process of people designation, we took into consideration three references: 1) the introductory text of O livro dos nomes, by Obata (2002), which is a survey that has as its main aim to present the meaning of names, whose introduction raises the most recurring motivating reasons as well as the most frequent circumstances that usually involve the ritual of people designation; 2) the Federal Brazilian Law of Public Civil Registry n.º 6.015, of 1973, that establishes the norms that must be observed at the moment of the civil name registering. We proposed the following discourse forms out of the corpus we selected: i) Gender Discourse Form of the Name; ii) Linguistic Discourse Form of the Name; iii) Ideality Discourse Form of the Name; iv) Ideality Discourse Form of the Referent; v) Evidence-effect Discourse Form of the Name (or Transparency Discourse Form of the Name), and vi) Discourse Anticipation of Events. In the process of choosing or composing a proper name there are several states which result from non-consciousness states (forgetfullness) which interpelate the designator subject to illusonally believe that he or she is the source of the chosen name. The designator chooses a name according to a) the appropriate gender of the child, characterizing his/her traits to the subjectability of the Gender Discourse Form of the Name; b) to the normative identity of Portuguese Language, what links the designator to the Linguistic Discourse Form of the Name and c) to the ideality values (themes) with which he or she identifies as well as recognizes himself or herself, characterizing the Ideality Discourse Form of the Name and/or the Ideality Discourse Form of the Referent. We identified people that officially requested to Brazilian Court the exchange of their names asserting its ridiculous aspect (or its difference in relation to the patterns of designation practice in Brazil). On the other hand, other people did not officially request their names to be exchanged, albeit having expressed the will of doing it so by the same reasons, which led us to point out, once again, the relevance of the people subjecting towards designation practice. When we analyze the designator subjects discourses, in general, we realize, besides the discourse forms we pointed out, the constant interpelation which occurs in the imaginary level according to which the language is transparent, hence the name, in the sense that the operation of giving a name is a descriptive designation, referring to the child birth circumstances, and/or this operation would still have overdetermining power, by the meanings it (will) carries (y) throughout the future life of the designated subject. These results took us to propose the last two discourse forms: the Evidence-effect Discourse Form of the Name (that could also be called Transparency Discourse Form of the Name), and Discourse Anticipation of Events The discourse analysis of designated subjects who have names considered by themselves different from common names in Brazilian community, showed that the difference of their names enters in a tense relation with the sameness, the recurrence, the repetition, the homogeneity of the names in society. If, in one hand, these designator subjects idealized a different name, sometimes by linking the difference of the name to the possibility of granting them an imaginary better life, by the other hand they ignored the weight of the non-consciousness states in society, condemning the designated subject to pay the price of difference, of deviation / Doutorado / Mestre em Linguística Aplicada
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Nomes próprios: análise de antropônimos do espanhol escrito / Nombres propios: análisis de los antropónimos en textos del español escrito

Eduardo Tadeu Roque Amaral 02 July 2008 (has links)
O objetivo principal desta tese é apresentar uma análise dos diferentes usos de antropônimos (nomes próprios de pessoa) em textos do espanhol escrito contemporâneo. Primeiramente, são discutidas questões relacionadas ao sentido e à referência, retomando-se teorias clássicas sobre os nomes próprios desenvolvidas a partir do século XIX principalmente por lógicos e filósofos: a teoria descritivista ou teoria do sentido e a teoria referencial direta ou teoria causal. Já no âmbito dos estudos gramaticais, são expostos alguns pressupostos de Kleiber (1981), com ênfase nas idéias sobre predicado de denominação e nomes próprios modificados, as quais servem de base para diversos trabalhos de lingüistas contemporâneos que se dedicam ao tema (Fernández Leborans, 1999a; Gary-Prieur, 1994; Gary-Prieur, 2001; Jonasson, 1994; Leroy, 2004; entre outros). Também são comentadas diferentes propostas de classificação dos nomes próprios. Essa exposição teórica possibilita apresentar definições importantes para a análise como a de antropônimo, referente e uso referencial ordinário do antropônimo. Para alcançar o objetivo inicialmente proposto, foi utilizado um corpus constituído pelos textos da seção Entretenimientos (Espectáculos) publicados na página web do jornal argentino La Nación durante o mês de julho de 2005. Devido aos problemas que o uso do termo nome próprio modificado acarreta – conforme já apontado por trabalhos recentes (Gary-Prieur, 2005; Kleiber, 2006; Noailly, 2000) –, a análise o abandona e, partindo de critérios semânticos (principalmente relativos à referência), mas sem ignorar os sintáticos, são identificados três grupos de usos antroponímicos, cujas ocorrências são apresentadas em um contínuo referencial que toma por base a referência ao indivíduo portador do nome próprio. No primeiro grupo, estão os casos em que o referente do SN antroponímico se identifica com o portador inicial do antropônimo. No segundo, aqueles em que o SN antroponímico não corresponde com o portador inicial, mas mantêm com este uma relação que pode surgir a partir de propriedades ou produtos seus. No terceiro grupo, já saindo dos casos autênticos de antropônimos, enquadram-se as ocorrências em que o referente discursivo do SN não mantém nenhuma relação com o indivíduo portador do nome próprio. Além de oferecer uma nova classificação para os usos dos antropônimos, este trabalho revê a noção de nome próprio modificado, postula um uso próprio do antropônimo relacionado à nomeação e comprova que uma análise de nomes próprios deve considerar toda a diversidade sintática e semântica das construções em que ocorrem. / Esta tesis tiene como objetivo principal presentar un análisis de los diferentes usos de antropónimos (nombres propios de persona) en textos del español escrito contemporáneo. En primer lugar, se discuten cuestiones relacionadas con el sentido y la referencia propuestas por teorías clásicas sobre los nombres propios desarrolladas a partir del siglo XIX principalmente por lógicos y filósofos: la teoría descriptiva o teoría del sentido y la teoría referencial directa o teoría causal. En el ámbito de los estudios gramaticales, se exponen algunas ideas de Kleiber (1981), con énfasis en aquellas en torno al predicado de denominación y a los nombres propios modificados, las cuales sirven de base a varios trabajos de lingüistas contemporáneos que se dedican al tema (Fernández Leborans, 1999a; Gary-Prieur, 1994; Gary-Prieur, 2001; Jonasson, 1994; Leroy, 2004; entre otros). Se comentan asimismo distintas propuestas de clasificación de los nombres propios. Esa exposición teórica nos posibilita la presentación de definiciones importantes para el análisis, como la de antropónimo, referente y uso referencial ordinario del antropónimo. Para alcanzar el objetivo inicial, se utilizó un corpus constituido por textos de la sección Entretenimientos (Espectáculos) publicados en la página web del periódico argentino La Nación durante el mes de julio de 2005. Debido a los problemas que presenta el término nombre propio modificado –según trabajos recientes (Gary-Prieur, 2005; Kleiber, 2006; Noailly, 2000)–, el análisis lo abandona y, a partir de criterios semánticos (relacionados a la referencia principalmente), pero sin ignorar los sintácticos, se identifican tres grupos de usos antroponímicos, cuyas ocurrencias se presentan en un continuo referencial que tiene como base la referencia al individuo portador del nombre propio. En el primer grupo, se encuentran los casos en que el referente del SN antroponímico se identifica con el portador inicial del antropónimo. En el segundo, aquellos en que el SN antroponímico no corresponde con el portador inicial, pero mantiene con éste una relación que puede surgir a partir de propiedades o productos suyos. En el tercero, ya sin auténticos ejemplos de antropónimos, están las ocurrencias en que el referente discursivo del SN no mantiene ninguna relación con el individuo portador del nombre propio. Además de ofrecer una nueva clasificación de los usos de antropónimos, este trabajo revé la noción de nombre propio modificado, defiende un uso propio del antropónimo relacionado con el acto de nombramiento y comprueba que un análisis de nombres propios debe considerar toda la diversidad sintáctica y semántica de las construcciones en que ocurren.
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A identificação das categorias lexicais v(erbo) e n(ome) a partir de categorias funcionais

Teixeira , Sabrina Anacleto 26 February 2013 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-03-29T11:33:16Z No. of bitstreams: 1 sabrinaanacletoteixeira.pdf: 903908 bytes, checksum: 8a5b0ca66d22526e087950117bd1db22 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-04-24T02:45:42Z (GMT) No. of bitstreams: 1 sabrinaanacletoteixeira.pdf: 903908 bytes, checksum: 8a5b0ca66d22526e087950117bd1db22 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-04-24T02:45:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 sabrinaanacletoteixeira.pdf: 903908 bytes, checksum: 8a5b0ca66d22526e087950117bd1db22 (MD5) Previous issue date: 2013-02-26 / Este estudo investiga o processo de categorização de palavras pertencentes às categorias lexicais N(ome) e V(erbo). Nosso objetivo é verificar se crianças em estágio inicial de aquisição do PB são sensíveis às categorias funcionais de determinantes e pronomes e se elas podem usar esses itens funcionais para categorizar palavras novas como nomes ou verbos. A perspectiva teórica adotada visa a conciliar um modelo de processamento voltado para a aquisição da linguagem – Bootstrapping Fonológico (MORGAN; DEMUTH, 1996; CHRISTOPHE et al., 1997) – e uma teoria linguística que considera uma interface entre o sistema linguístico e outros sistemas – sistemas sensório-motor e conceptual-intencional (CHOMSKY, 1995, 1999; HAUSER; CHOMSKY; FITCH, 2002). Tal conciliação permite-nos explicar como as crianças extraem a estrutura sintática subjacente à sua língua do continuum da fala, a partir das pistas distribucionais e prosódicas. Trabalhos anteriores com bebês alemães (HÖHLE et al., 2004) e canadenses de língua francesa (SHI; MELANÇON, 2010) obtiveram resultados que indicam que bebês de 14 meses usam os determinantes para categorizar palavras novas como nomes. Nossa hipótese é que bebês aos 13 meses identificam os determinantes e os pronomes como grupos distintos dentro da categoria dos itens funcionais e que esses itens podem guiar o processo de categorização de nomes e verbos. Os resultados de um experimento usando a técnica de Olhar Preferencial apontam para o uso dos determinantes e dos pronomes para a categorização de palavras novas como nomes e verbos, respectivamente, no PB por bebês brasileiros de 13 meses. / This study investigates the categorization process of words that belong to lexical categories N(oun) or V(erb). Our goal is to verify if children in the early stages of the acquisition of BP are sensitive to function categories such as determiners and pronouns and if they can use these function items to categorize novel words as nouns or verbs. The theoretical approach adopted aims at conciliating a processing model of language acquisition – Phonological Bootstrapping (MORGAN and DEMUTH, 1996; CHRISTOPHE et al., 1997) with a linguistic theory that considers an interface between linguistic system and other systems – sensory-motor and conceptual-intentional systems (CHOMSKY, 1995, 1999; HAUSER; CHOMSKY and FITCH, 2002). This conciliation allows us to explain how children extract the syntactic structure of their language from the speech through distributional and prosodic cues. Previous studies with German (HÖHLE et al., 2004) and French Canadian (SHI and MELANÇON, 2010) infants indicate that fourteen-month-old infants use determiners to categorize novel words as nouns. Our hypothesis is that thirteen-month-old infants identify determiners and pronouns as belonging to distinct groups within function categories and that these items can guide the categorization process of nouns and verbs. Results of an experiment using the Preferential Looking Paradigm suggest the use of determiners and pronouns to categorize novel words either as nouns or verbs in BP by thirteen-month-old Brazilian infants.
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[en] ON THE STATUTE OF PROPER NAMES IN THE POETICAL PHILOSOPHY OF LUDWIG WITTGENSTEIN AND IN THE PHILOSOPHICAL POETRY OF SAMUEL BECKETT / [pt] SOBRE O ESTATUTO DOS NOMES PRÓPRIOS NA FILOSOFIA POÉTICA DE LUDWIG WITTGENSTEIN E NA POESIA FILOSÓFICA DE SAMUEL BECKETT

SILVIA TEIXEIRA BARROSO REBELLO 19 October 2012 (has links)
[pt] Este trabalho se debruça sobre o estatuto de termos metalinguísticos, com especial interesse sobre os nomes próprios. Assim como percebida pelo senso comum, esta classe de palavras se presta com especial docilidade a reforçar uma visão representacionista da linguagem: aqui o nome, ali o nomeado. A recorrente constatação contemporânea da falência dessa visada representacionista convida a reflexões alternativas sobre o vocabulário metalinguístico e sobre os nomes próprios em especial — pois as tentativas de lançar um novo olhar sobre a compreensão da significação linguística esbarram na persistência de um vocabulário que traz consigo marcas da longa hegemonia daquela compreensão de linguagem. A reflexão aqui proposta é desenvolvida a partir dos escritos de Ludwig Wittgenstein e de Samuel Beckett, concentrando-se especialmente nos textos daquele que ficou conhecido como o segundo Wittgenstein e em quatro romances de Beckett — Watt, Molloy, Malone Morre e O inominável. A escolha de tais autores e textos é sensível, por um lado, à fertilidade contemporânea das aproximações entre filosofia e literatura e, por outro, à especial atenção dedicada pelos dois à questão dos nomes próprios. Examina-se um conjunto de passagens relevantes na escrita madura de Wittgenstein, de modo sensível ao que ele diz em Cultura e valor (p. 24): a filosofia realmente deveria ser escrita apenas como uma composição poética. Nos romances de Beckett, por sua vez, focalizam-se tanto as suas singulares provocações onomásticas, quanto momentos metalingüísticosem que personagens endereçam de forma explícita a questão dos nomes próprios. Mostra-se que, tomadas como contra-signos, as escritas desses dois autores, dando a ver a um só tempo a errância dos nomes próprios e o seu paradoxal conservadorismo, acenam com a promessa de caminhos por onde diminuir o abismo que parece ainda separar compreensões intelectuais da linguagem como práxis desprovida de fundamentos e a sua efetiva vivência como tal. / [en] This work focuses on the statute of metalinguistic terms, with special interest in proper names. As perceived by common sense, this class of words is particularly useful to reinforce a representationistic view of language: here the name, there the named. The contemporary and recurring evidence of failure of this representationistic view invites to alternative reflections on the metalinguistic vocabulary and especially on proper names because the attempts to bring a new insight on the understanding of linguistic significance collide with the persistence of a vocabulary marked by a long hegemony of that language comprehension. The argument proposed here is developed from the writings of Ludwig Wittgenstein and Samuel Beckett, especially focusing on the texts of the second Wittengstein and in four Beckett’s novels: Watt, Molloy, Malone Dies and The Unnamable. The choice of these authors and texts has to do with the contemporary richness of approaches between philosophy and literature and also with the special attention both authors dedicated to the question of proper names. It examines a set of relevant texts of Wittgenstein’s mature writings and agrees with his words in Culture and Value (1989, p. 24): philosophy ought really to be written only as a form of poetry. On the other hand, from Beckett’s novels this work focuses both the unique onomastic challenges and metalinguistic moments in which characters explicitly deal with the issue of proper names. It is demonstrated that the writings of these two authors, taken as countersigns showing at the same time the wandering of proper names and their paradoxical conservativeness, beckon with the promise of ways to reduce the gap that still seems to separate intellectual understandings of language as a praxis without basis and its effective experience as such.
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[en] AUTOMATIC BUILDING OF DOMAIN ONTOLOGIES: DISCUSSION AND RESULTS / [pt] ELABORAÇÃO AUTOMÁTICA DE ONTOLOGIAS DE DOMÍNIO: DISCUSSÃO E RESULTADOS

MARIA CLAUDIA DE FREITAS 25 April 2007 (has links)
[pt] O objetivo deste trabalho é apresentar subsídios para a elaboração automática, a partir de corpus, de ontologias específicas quanto ao domínio. Para tanto, assumo que determinadas relações semânticas, como a hiperonímia, podem estar sistematicamente expressas em textos por meio de determinados padrões léxico-sintáticos. Tomando como ponto de partida alguns desses padrões, descritos originalmente em Hearst (1992, 1998), (i) identifico novos padrões para a expressão da relação de hiperonímia; (ii) adapto e refino três padrões já existentes (Hearst, 1992), tendo em vista especificidades da língua portuguesa; (iii) faço um cruzamento entre as informações extraídas com os padrões, a fim de gerar inferências. A perspectiva teórica subjacente é inspirada por reflexões wittgensteinianas sobre o significado, e se mostrou produtiva na medida em que legitima os dados vindos do corpus e as relações de significado que nele aparecem. O modelo de ontologia proposto caracteriza-se principalmente por: (i) não conter categorias pré-definidas, já que categorias são construtos humanos, abstrações que refletem uma perspectiva particular do mundo. A idéia de sustentar a ontologia em corpus busca deslocar o espaço de discussão sobre quais seriam as categorias relevantes de um domínio: as categorias que emergem do corpus refletiriam o conhecimento implícito do domínio em questão; (ii) não conter definições criadas a priori, sendo o significado de cada item decorrente das relações entre as palavras. A metodologia - extração das relações por meio de regras e posterior cruzamento para a realização de inferências - foi aplicada em um corpus do domínio saúde e um corpus genérico. Os resultados positivos indicam que sua utilização pode ser uma importante aliada na elaboração de ontologias e, também, uma ferramenta de auxílio a lexicógrafos e a sistemas de classificação semântica de nomes próprios. Em termos gerais, a metodologia apresenta como principais vantagens (i) a facilidade na automação do processo, minimizando a intervenção humana; (ii) facilidade na categorização de domínios especializados; (iii) maior dinamicidade, pois o fato de o corpus poder ser constantemente atualizado faz com que esteja menos sujeito a falhas. / [en] The main goal of this work is to present an automated method for building domain-specific corpus-based ontologies. The assumption is that semantic relationships, such as hypernym, can be systematically expressed through lexicalsyntactic patterns. Starting with some of these patterns, originally described in Hearst (1992), I (i) identify new patterns that express hypernym; (ii) adapt three other patterns (Hearst, 1992), considering specificities of the Portuguese language; and (iii) intersect these results, in order to produce inferences. The theoretical approach is inspired by the wittgensteinian ideas about meaning. The resulting ontology´s most prominent features are: (i) the fact that it does not have a priori categories, since categories are human constructs, abstractions that reflect a particular world view. Instead of discussing what should be the main categories in a domain, sustaining the ontology on corpora assumes that the corpus reflects the implicit knowledge of a given domain; and (ii) the fact that it does not have a priori definitions: the meaning of a word is derived from its relations with other words. The method - automatic extraction of semantic relations through rules, and the intersection of this information in order to produce inferences - was applied to two corpora: a health domain corpus and a generic corpus. The positive results show that the method can be very useful in ontology building and it can also be a valuable tool for lexicographers and named entity recognition systems. The main advantages of the method are (i) the simplicity of automating the process of ontology building; (ii) the ease of categorizing specialized domains, and (iii) its dynamicity, since the possibility of constantly updating the corpus makes it less subject to errors.
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Estudo da habilidade de nomeação de objetos e verbos - análise dos tipos de erros / Study of ability naming of objects and verbs - analysis of errors types

Spezzano, Luisa Carmen 01 April 2013 (has links)
A nomeação constitui uma das tarefas mais importantes no processamento da linguagem. A nomeação de diferentes categorias semânticas e gramaticais diverge em suas propriedades lexicais e possui substratos neuroanatômicos distintos. Esta pesquisa tem como objetivos caracterizar as alterações de nomeação de sujeitos com afasia, comparando-os aos sujeitos sem alteração de linguagem e estabelecer relações da tipologia de resposta na tarefa de nomeação de verbos e de substantivos em afásicos. A amostra foi composta por indivíduos divididos em dois grupos: GC e GP. O GC foi constituído de 95 sujeitos sem alteração de linguagem, com média de idade de 56,7 anos (15,4) e escolaridade de 9,3 anos (4,4). O GP foi constituído por 33 afásicos, subdividido em não fluentes (GNF) e fluentes (GF). No GNF foram avaliados 17 sujeitos com média de idade de 65,5 anos (14) e escolaridade de 8,2 anos (6,4). No GF foram avaliados 16 sujeitos com média de idade de 60,5 anos (16,7) e escolaridade de 11,5 anos (7,6). O teste utilizado foi a bateria inglesa An Object and Action Naming Battery (Bateria de Nomeação de Objetos e Verbos - BNOV). Houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos de afásicos no número de acertos para substantivos e verbos (p<0,001). O número de acertos para a nomeação de substantivos é maior do que para verbos no GNF enquanto o número de acertos para a nomeação de verbos é maior no GF. Os sujeitos do GNF apresentaram como tipo de resposta desviante mais frequente a \"complementação por gesto\", seguido dos tipos xiii \"hiperônimo\" e \"componente\" na nomeação de substantivos e \"erros de associação\", \"co-hipônimo\", e \"substantivo relacionado\", na nomeação de verbos. Os sujeitos do GF apresentaram como tipo de resposta desviante mais frequente o \"neologismo\", seguido de \"parafasia fonêmica\" e \"circunlóquios\" para a nomeação de substantivos e \"neologismo\", \"erros fonológicos\" e \"circunlóquios\" para verbos. / Naming is one of the most important functions in language processing. The naming of different semantic and grammatical categories diverge in their lexical properties and possess distinct neuroanatomical substrates. This study aims at characterizing the naming alterations and types of errors of aphasic individuals in a verbs and nouns naming. The sample was composed of subjects divided into two groups: GC and GP. The GC consisted of 95 subjects with no language impairment, with the mean age of 56.7 years (15.4) and schooling of 9.3 years (4.4). The GP comprised 33 aphasic patients, subdivided into non fluent (GNF) and fluent (GF). In the GNF, 17 subjects with the mean age of 65.5 years (14) and schooling of 8.2 years (6.4) were evaluated. In the GF, 16 subjects with the mean age of 60.5 years (16.7) and 11.5 years of schooling (7.6) were evaluated. The test used was the English battery An Object and Action Naming Battery. There were statistically significant differences between the aphasic groups as to the number of correct answers for nouns and verbs (p <0.001). The number of correct answers in the naming task for nouns was higher than for verbs in the GNF, while the number of correct answers in the naming of verbs was higher in the GF. The most frequent type of error presented by the GNF presented \"complementation by gesture\", followed by \"hyperonym\" and \"component\" in the naming of nouns and \"association errors\", \"hyponym\", and \"related noun\" in the naming of verbs. The most frequent type of error presented by the GF was \"neologism\", followed by \"phonemic paraphasia\" and \"circumlocutions\" in the naming of nouns and \"neologism\", \"phonological errors\" and \"circumlocutions\" for verbs.
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A contabilidade dos nomes no português brasileiro / Countability of nouns in brazilian portuguese

Martins, Nize da Rocha Santos Paraguassú 27 August 2010 (has links)
Esta tese investiga a denotação dos nomes comuns nas línguas naturais. De forma mais específica enfoca a denotação dos nomes comuns no português brasileiro (PB). O objetivo é investigar os mecanismos que licenciam contabilidade no PB. Primeiramente investiga-se a denotação dos nomes no PB frente à proposta de Borer (2005). A autora defende que interpretações contáveis são licenciadas estruturalmente, mas que interpretações massivas não, e, nesse sentido, interpretações massivas são default. Segundo Borer (2005), o plural, em línguas como o inglês, e os classificadores, em línguas como o chinês, são sintagmas de classificação que originam interpretações contáveis, cujo núcleo tem um valor aberto div, onde DIV é um operador de divisão. A ausência desses sintagmas confere uma interpretação massiva aos nomes. Diferentemente da maioria das línguas germânicas e românicas que permitem a ocorrência do plural nu, mas não permitem a ocorrência do singular nu, no PB, o singular nu é extremamente produtivo. Assim, se Borer (2005) estiver certa, no PB os nomes são massivos, pois os nomes nessa língua podem ocorrer sem nenhuma estrutura que os divida, denotando uma massa amorfa, sem divisão. No entanto, a análise dos dados do PB mostra, contra as previsões de Borer (2005), que a denotação default dos nomes, independentemente de ser indeterminada para número, pode ser massiva ou contável e que tais nomes já vêm com essa denotação marcada do léxico. Em segundo lugar, investiga-se a denotação dos nomes lexicalmente contáveis em estruturas não marcadas para contabilidade. Como Rullmann e You (2003) defendem para o chinês, o PB é uma língua em que os nomes possuem número geral, isto é, não são singular nem plural, são neutros para número, como defendem Müller (2001) e Schmitt e Munn (1999, 2002) para o PB. Línguas que possuem número geral geralmente não possuem morfologia de número, entretanto, o PB é um exemplo de língua que possui número geral, classificação e morfologia de número. Em terceiro lugar, investiga-se a denotação dos nomes segundo a proposta de Rothstein (2007). A autora defende que interpretações contáveis são licenciadas por um mecanismo de contabilidade gramatical. Segundo Rothstein (2007), o singular em línguas como o inglês e os classificadores numéricos em línguas como o chinês são operações gramaticais que licenciam interpretações contáveis. Como o PB é uma língua que possui número geral, classificadores numéricos e morfologia de número, defende-se a tese de que nessa língua o que licencia contabilidade são as operações de número e de classificação. / This thesis investigates common noun denotations in natural languages. To be more specific, it encompasses common noun denotations in Brazilian Portuguese (BP). Its objective is to investigate the mechanisms which licence countability in BP. Firstly, noun denotation in BP is investigated according to Borers proposal (2005). The author argues that count interpretations are structurally licensed, while mass interpretations are not, thus in this sense, mass interpretations are default. According to Borer (2005), the plural morphology, in languages such as English, and the classifiers, in languages such as Chinese, are classifiers phrases which originate count interpretations with opened value nucleus div, where DIV is a division operator. The absence of these classifiers phrases bestows mass interpretation to the nouns. Contrary to most Germanic and Romance languages which permit bare plurals, but do not permit bare singulars, in BP, the bare singular is extremely productive. Thus, if Borer (2005) is right, nouns are mass-denoting in BP since they can occur without any distinctive structure, denoted amorphous mass, undivided. However, data analysis in BP opposes the predictions of Borer (2005) that a default noun denotation, regardless of being indeterminate in number, can be a mass or count denotation, and that such nouns already have this lexical denotation. Secondly, lexical denotation of count nouns in unmarked structures is investigated for countability. As Rullman and Aili You (2003) defend Chinese, BP is a language in which nouns have general number, that is, they are neither singular nor plural, they are neutral for number, as defended by Müller (2001) and Schmitt e Munn (1999, 2002). Languages with general number do not have plural morphology, but BP is an example of a language that has general number, numeral classifier and plural morpheme. Thirdly, denotation of names according to Rothstein (2007) is investigated. The author argues that countable interpretations are licensed by a mechanism of grammatical countability. According to Rothstein (2007), singular morphology in languages such as English and numeral classifiers in languages such as Chinese are grammatical operations which licence count interpretations. Since BP is a language that has general number, numeral classifiers and plural morphology, the thesis that, in this language, number and classification operations licence countability is defended.
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Perfil da voz: potências da enunciação em Lucíola, de José de Alencar / A portrait of the voice: features of enunciation

Maniçoba, Geovanina Rosa de Sá 29 September 2017 (has links)
Em Lucíola, José de Alencar assume uma posição peculiar de autor real, na medida em que contrasta com o Sr. Paulo Silva, autor designado na ficção. Narrador de seus conflitos, o moço espelha um herói confessional, examinando o próprio passado em busca da imagem de uma mulher. Senhora GM é sua interlocutora. Lúcia se circunscreve como modelo, pessoa retratada, namorada e cortesã. Esta análise está mais interessada em como as coisas são ditas e menos no que é dito, de sorte que se dedica à investigação dos mecanismos da enunciação. O estudo não focaliza a personagem feminina, ao contrário está voltado para o amante; e muito embora não seja contra o homem, ambiciona, através do primeiros capítulos, confrontar sua autoimagem e a interpretação que ele oferece para a história. O quinto segmento desta leitura questiona os modos através dos quais palavras e imagens dão forma ao sexo na intimidade do texto. O conjunto seguinte explora a questão da imitação como um tema recorrente no livro e como um fio que costura forma e conteúdo, palavra e ideia. A última seção investiga os nomes das personagens enquanto uma escolha de palavras, um procedimento no domínio do artifício. / In Lucíola, José de Alencar is the real author whereas Mr. Paulo Silva is the fictional one. The narrator is also a confessional hero examining his own past searching for the image of a woman. Mrs. GM is his interlocutor. Lúcia is the sitter, the one that is being portrayed, girlfriend and courtesan. This analysis is more interested in how things are said than in what is said; therefore it contemplates the mechanisms of enunciation. The study is not focused in the female character but dedicated to her lover; even though it is not against the man, it aims, throughout the first chapters, to confront his self-image and the interpretation he offers to the story. The fifth segment interrogates how words and imagery give a form to sex as a matter of speech. The following portion explores imitation as a recurrent theme in the book and as a thread that sews form and meaning, words and ideas. The last section investigates the names of the characters as a choice of words, under the domain of artifice.
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O direito como ficção

Marques, Eliane Fernandes 02 April 2013 (has links)
Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2015-06-22T18:24:37Z No. of bitstreams: 1 Eliane Fernandes Marques.pdf: 976915 bytes, checksum: 26280953fe3dcc7cf4d2d47a3231c5c6 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-06-22T18:24:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Eliane Fernandes Marques.pdf: 976915 bytes, checksum: 26280953fe3dcc7cf4d2d47a3231c5c6 (MD5) Previous issue date: 2013-04-02 / Nenhuma / Saussure propôs como objeto da Linguística o resultante de um processo teórico que funcionaria como modelo capaz de dar conta do sistema de significação - estrutura na qual a alteração de um dos elementos implica mudança da totalidade - subjacente à aparência empírica dos signos. Para distingui-los dessa suposta natureza e caracterizá- los como objeto da Ciência, separou língua e fala. Desde Saussure, então, a ideia de estrutura passa a influenciar diversos pensadores, em especial a Lévi-Strauss que, em As Estruturas Elementares do Parentesco (1949), afirma a existência dos sistemas de signos como objeto da Antropologia. Essa temática, qual seja, a do signo, bem como suas implicações sobre o Direito, são objeto da primeita parte da dissertação. A ênfase dada pelo Antropólogo à função do significante sobre o significado e o conceito de mitema, tomado como extensão ao de mito, mostraram-se fundamentais às construções teóricas de Lacan, notadamente quanto à função simbólica (nomes-do-pai ou lei) como constitutiva do sujeito e ao conceito de significante (como o que representa o sujeito para outro significante). Desse arcabouço, aliado ao retorno a Freud e aos dados colhidos na clínica, concebe o sujeito enredado ou atado a um discurso estruturado pelas categorias real-simbólico-imaginário. Assim, em seminário proferido na Faculdade de Direito, já que, no seu próprio dizer, os lugares falam, interpreta o direito como o discurso que, por excelência, estrutura o real. Todavia, não como qualquer discurso ou discurso diferenciado por seus enunciados, mas direito como discurso do mestre, avesso ao discurso do analista, pois, se as relações fundamentais são a de um significante com outro significante (S1 a S2) de onde resulta o sujeito ($), no direito, se trata de uma série discursiva caracterizada como efeito de verdade; quer dizer, o mestre, assim como Édipo, enuncia a verdade na ignorância de que ela só pode ser um semidizer. Para o mestre, tudo o que existe deve submissão à Lei (no lugar do desejo), já que ele mesmo se sujeitou à castração (renunciou ao “gozo absoluto”). Legendre descobre esse discurso no Ocidente como estrutura vazia (sem corpo e sem fala) e, ao mesmo tempo, voraz (preenchida com textos). Uma ficção, porém não menos atuante e eficaz que outras ficções. Para o Jurista, a lei equivale à instituição, e instituir é igual a escrever. Assim, nas instituições, a verdade está instituída em um texto. E, para que um texto funcione, basta acreditar nele. Portanto, no sistema jurídico (a instituição), além da obediência à norma, que no imaginário opera a crença de amor ou lógica de submissão, joga-se, também, com dois princípios: o da autoridade e o da razão. Esse último aparece miticamente confundido com o primeiro, isto é, com o Outro. Dessa forma, a mudança (na instituição) consiste na mudança de nada. Consiste apenas em deslocar ou agregar (textos), nunca substituir. Essa é a dimensão dogmática: “Evitar el cambio”. Assim, a teoria Lacaniana, bem como suas possíveis implicações no campo do direito, são o objeto da segunda parte desta dissertação. Ao final, desde o caminho percorrido pelo significante (De Saussure a Lacan), conclui-se, diferentemente do suposto pelo título do trabalho, que direito é ficção: primeiro, porque se estrutura como discurso e todo o discurso é morte da coisa, embora não tudo nas palavras; segundo, porque se organiza sobre a questão da verdade, e não há verdade externa à ficção; terceiro, porque produz o efeito-ficção, ou seja, se constitui como um Texto sem sujeito, que mesmo assim fala; quarto, porque nele a linguagem cumpre plenamente o seu papel de equívoco; quinto, porque está no lugar de um grande Outro no qual o homem crê, pois, simplesmente, a condição humana supõe uma entrada imaginária na vida; e, por fim, porque nele se confundem o princípio de autoridade com o princípio de racionalidade. / Saussure propuso como objeto de la Lingüística el resultante de un proceso teórico que funcionaria como un modelo capaz de dar cuenta del sistema de significación- estructura, en la cual, la alteración de uno de los elementos implica el cambio de la totalidad - subyacente a la apariencia empírica de los signos. Para distinguirlos de esa supuesta naturaleza y caracterizarlo como objeto de la Ciencia, separó lengua y habla. Desde Saussure, entonces, la Idea de estructura pasa a influenciar a diversos pensadores, en especial a Lévi-Strauss que, en Las Estructuras Elementales de Parentesco (1949), afirma la existencia de los sistemas de signos como objeto de la Antropología. Esa temática, tanto, la del signo, como sus implicaciones sobre el Derecho, son el objeto de la primera parte de la disertación. El énfasis dado por el Antropólogo a la función del significante sobre el significado y el concepto de mitema, tomado como extensión al de mito, se muestran como fundamentales a las construcciones teóricas de Lacan, sobre todo en cuanto a la función simbólica (nombres del padre o ley) como constitutiva del sujeto y al concepto de significante (como lo que representa al sujeto para otro significante). De ese bosquejo, ligado al retorno a Freud y a los datos recogidos en la clínica, concibe al sujeto entramado o sostenido en un discurso estructurado por las categorías real-simbólico-imaginario. Así, en el Seminario dictado en la Facultad de Derecho, en su proprio decir, los lugares hablan; interpreta al derecho como un discurso que, por excelencia, estructura al Real. No aún como cualquier discurso o discurso diferenciado por sus enunciados, sino Derecho como discurso del amo, reverso del discurso del analista, pues si las relaciones fundamentales son las de un significante con otro significante de lo que resulta el sujeto, en el derecho se trata de una serie discursiva caracterizada como efecto de verdad. Quiere decir, el amo, así como Edipo enuncia la verdad en la ignorancia de que Ella solo puede ser dicha a medias. Para el amo, todo lo que existe debe someterse a la Ley (ley del deseo), ya que el mismo se sujetó a la castración (renuncia al “goce absoluto”). Legendre descubre ese discurso en Occidente como estructura vacía (sin cuerpo y sin palabra) y, al mismo tiempo, voraz (llena de textos). Una ficción, sin embargo no menos actuante y eficaz que otras ficciones. Para el Jurista, la ley equivale a la Institución, e instituir es igual a escribir. Así, en las Instituciones, la verdad está instituida en un texto. Y, para que un texto funcione, basta creer en él. Por lo tanto, en el sistema jurídico (la institución), más allá de la obediencia a la norma, que en el imaginario opera la creencia del amor o la lógica de la sumisión, se juega también, con dos principios: el de autoridad y el de la razón. Ese último aparece míticamente confundido con el primero, es decir, con el Otro. De esta forma, la transformación (en la institución) consiste en la transformación de la nada. Consiste apenas en desplazar o agregar (textos), nunca substituir. Esa es la dimensión dogmática: “Evitar el cambio”. Así, la teoría Lacaniana, tanto como sus posibles implicaciones en el campo del derecho, son el objeto de la segunda parte de esta disertación. Al final, desde el camino recorrido por el significante (De Saussure a Lacan), se puede concluir, diferente del supuesto por el título de este trabajo, que Derecho es ficción: primero, porque se estructura como discurso y todo el discurso es muerte de la cosa; sin embargo, no todo está en las palabras; Segundo, porque se organiza sobre a la cuestión de la verdad, y no hay verdad externa a la ficción. Y tercero, porque produce el efecto-ficción, o sea, se constituye como un Texto sin sujeto, que además habla; cuarto, porque en él el lenguaje cumple plenamente su papel de equívoco; quinto, porque está en el lugar del Otro con mayúscula, en el cual el hombre cree, porque simplemente la condición humana supone una entrada imaginaria en la vida; y por final, porque en él se confunden el principio de autoridad con el principio de racionalidad.
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A contabilidade dos nomes no português brasileiro / Countability of nouns in brazilian portuguese

Nize da Rocha Santos Paraguassú Martins 27 August 2010 (has links)
Esta tese investiga a denotação dos nomes comuns nas línguas naturais. De forma mais específica enfoca a denotação dos nomes comuns no português brasileiro (PB). O objetivo é investigar os mecanismos que licenciam contabilidade no PB. Primeiramente investiga-se a denotação dos nomes no PB frente à proposta de Borer (2005). A autora defende que interpretações contáveis são licenciadas estruturalmente, mas que interpretações massivas não, e, nesse sentido, interpretações massivas são default. Segundo Borer (2005), o plural, em línguas como o inglês, e os classificadores, em línguas como o chinês, são sintagmas de classificação que originam interpretações contáveis, cujo núcleo tem um valor aberto div, onde DIV é um operador de divisão. A ausência desses sintagmas confere uma interpretação massiva aos nomes. Diferentemente da maioria das línguas germânicas e românicas que permitem a ocorrência do plural nu, mas não permitem a ocorrência do singular nu, no PB, o singular nu é extremamente produtivo. Assim, se Borer (2005) estiver certa, no PB os nomes são massivos, pois os nomes nessa língua podem ocorrer sem nenhuma estrutura que os divida, denotando uma massa amorfa, sem divisão. No entanto, a análise dos dados do PB mostra, contra as previsões de Borer (2005), que a denotação default dos nomes, independentemente de ser indeterminada para número, pode ser massiva ou contável e que tais nomes já vêm com essa denotação marcada do léxico. Em segundo lugar, investiga-se a denotação dos nomes lexicalmente contáveis em estruturas não marcadas para contabilidade. Como Rullmann e You (2003) defendem para o chinês, o PB é uma língua em que os nomes possuem número geral, isto é, não são singular nem plural, são neutros para número, como defendem Müller (2001) e Schmitt e Munn (1999, 2002) para o PB. Línguas que possuem número geral geralmente não possuem morfologia de número, entretanto, o PB é um exemplo de língua que possui número geral, classificação e morfologia de número. Em terceiro lugar, investiga-se a denotação dos nomes segundo a proposta de Rothstein (2007). A autora defende que interpretações contáveis são licenciadas por um mecanismo de contabilidade gramatical. Segundo Rothstein (2007), o singular em línguas como o inglês e os classificadores numéricos em línguas como o chinês são operações gramaticais que licenciam interpretações contáveis. Como o PB é uma língua que possui número geral, classificadores numéricos e morfologia de número, defende-se a tese de que nessa língua o que licencia contabilidade são as operações de número e de classificação. / This thesis investigates common noun denotations in natural languages. To be more specific, it encompasses common noun denotations in Brazilian Portuguese (BP). Its objective is to investigate the mechanisms which licence countability in BP. Firstly, noun denotation in BP is investigated according to Borers proposal (2005). The author argues that count interpretations are structurally licensed, while mass interpretations are not, thus in this sense, mass interpretations are default. According to Borer (2005), the plural morphology, in languages such as English, and the classifiers, in languages such as Chinese, are classifiers phrases which originate count interpretations with opened value nucleus div, where DIV is a division operator. The absence of these classifiers phrases bestows mass interpretation to the nouns. Contrary to most Germanic and Romance languages which permit bare plurals, but do not permit bare singulars, in BP, the bare singular is extremely productive. Thus, if Borer (2005) is right, nouns are mass-denoting in BP since they can occur without any distinctive structure, denoted amorphous mass, undivided. However, data analysis in BP opposes the predictions of Borer (2005) that a default noun denotation, regardless of being indeterminate in number, can be a mass or count denotation, and that such nouns already have this lexical denotation. Secondly, lexical denotation of count nouns in unmarked structures is investigated for countability. As Rullman and Aili You (2003) defend Chinese, BP is a language in which nouns have general number, that is, they are neither singular nor plural, they are neutral for number, as defended by Müller (2001) and Schmitt e Munn (1999, 2002). Languages with general number do not have plural morphology, but BP is an example of a language that has general number, numeral classifier and plural morpheme. Thirdly, denotation of names according to Rothstein (2007) is investigated. The author argues that countable interpretations are licensed by a mechanism of grammatical countability. According to Rothstein (2007), singular morphology in languages such as English and numeral classifiers in languages such as Chinese are grammatical operations which licence count interpretations. Since BP is a language that has general number, numeral classifiers and plural morphology, the thesis that, in this language, number and classification operations licence countability is defended.

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