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Concordância entre os métodos de avaliação nutricional em crianças e adolescentes com paralisia cerebral

Mota, Marília Alonso January 2010 (has links)
Objetivos: Verificar a concordância entre as curvas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) às curvas específicas para crianças com paralisia cerebral (PC); verificar a concordância entre o diagnóstico nutricional das curvas específicas e prega cutânea tricipital (PCT) e circunferência do braço (CB); Avaliar a concordância entre altura aferida e altura estimada por equação em crianças com PC; Verificar a concordância do diagnóstico nutricional através das curvas de portadores de PC com anemia, deficiência de ferro, hipoalbuminemia e raquitismo; Verificar a correlação entre o valor energético da ingestão alimentar e taxa metabólica basal obtida através da bioimpedância elétrica. Métodos: Foi estudado antropometria, altura estimada, capacidade funcional, exames laboratoriais, bioimpedância elétrica e aplicado o recordatório alimentar de 24 horas nas crianças e adolescentes portadores de (PC). O estudo foi realizado com pacientes com diagnóstico de PC de um hospital escola. Para a análise estatística foram utilizados Kappa, teste de Wilcoxom, gráfico de Bland & Altman e Mcnemar, teste qui-quadrado e coeficiente de Spearmann. O estudo obteve a aprovação do Comitê Ética e Pesquisa sob o número 08-569. Resultados: Foram avaliados 47 pacientes, cuja idade mediana foi 6,5 anos (IQ: 3,9 – 9,6). As curvas da OMS/CDC classificaram mais pacientes “com déficit nutricional” do que a curva específica para PC (para todos os parâmetros κ ≤0,49; P≤0,26). A CB e PCT superestimaram a ocorrência de “Com déficit nutricional” (k ≤ 0,71; P ≤ 0,46 para todas as concordâncias). Para a concordância entre as alturas a mediana de diferença foi de – 0,38 (IQ: -2,61 – 3,32) cm. Em 40,4% dos participantes a altura estimada errou em mais de 3 cm (para mais ou para menos) o valor da altura aferida. Não se obteve concordância entre o estado nutricional e presença de anemia, deficiência de ferro, hipoalbuminemia e raquitismo(p≤1 para todas concordâncias). Não houve correlação entre a taxa metabólica basal e a ingestão alimentar. Conclusão: Os métodos de avaliação nutricional que se baseiam em crianças saudáveis superestimam o diagnóstico de déficit nutricional em crianças com PC. Mas independente de seu estado nutricional, em sua maioria, apresentam anemia ou deficiência de ferro. Além disso, apresentam uma alta ingestão alimentar em relação a baixa taxa metabólica basal. / Objectives: To determine the agreement between the curves of the World Health Organization (WHO) and Centers for Disease Control and Prevention (CDC) to specific curves for children with CP and check the agreement between the nutritional diagnosis of the specific curves and triceps skinfold (TSF) and arm circumference (AC); evaluate the agreement between measured height and height estimated by the equation in children with CP; determine the agreement of nutritional diagnosis through curves of CP patients with anemia, iron deficiency, and hypoalbuminemia raquitismoa; correlation between the energy value of food intake and basal metabolic rate obtained by bioelectrical impedance. Methods: We studied anthropometry, estimated height, functional capacity, laboratory tests, bioelectrical impedance analysis and applied the 24-hour dietary recall in children and adolescents with CP. The study was conducted with the population of PC in a university hospital. For statistical analysis we used Kappa, Wilcoxon test, Bland & Altman and McNemar test, Chi-square and Spearman coefficient. The study was approved by the Research Ethics Committee. Results: We evaluated 47 patients whose age was 6.5 years (IQ: 3.9 - 9.6). The curves of the WHO / CDC classified more patients “nutritional deficit" than the specific curve for PC (for all parameters κ ≤ 0.49, P ≤ 0.26). AC TSF and overestimated the occurrence of "with nutritional deficit" (k ≤ 0.71, P ≤ 0.46 for all matches). For agreement between the heights of the median difference was - 0.38 (IQ: -2.61 - 3.32) cm. In 40.4% of participants estimated the time missed by more than 3 cm (more or less) the value of the height measured. No agreement was obtained between nutritional status and presence of anemia, iron deficiency, rickets and hypoalbuminemia (p ≤ 1 for all matches). There was no correlation between basal metabolic rate and food intake. Conclusion: The nutritional assessment methods that rely on healthy children overestimate the diagnosis of malnutrition in children with CP. But regardless of their nutritional status, most of them have anemia or iron deficiency. They will also have a high feed intake in relation to low basal metabolic rate.
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Efeitos de um programa de intervenção motora em crianças, obesas e não obesas, nos parâmetros motores, nutricionais e psicossociais

Berleze, Adriana January 2008 (has links)
O objetivo desta pesquisa, de delineamento quase-experimental, foi investigar os efeitos de um Programa de Intervenção Motora, em crianças obesas e não-obesas, nos parâmetros motores, nutricionais e psicossociais. A amostra desta pesquisa foi de 78 crianças (38 crianças do grupo interventivo e 40 crianças do grupo controle), com idades de 5 a 7 anos. Para as avaliações das crianças, foram utilizadas a avaliação antropométrica, tendo como referência os padrões do National Center for Health and Statistics; a avaliação motora no teste e em contexto de aprendizagem, por meio do Test of Gross Motor Development-2 (TGMD-2) (ULRICH, 2000); a escala Pictorial Scale of Perceived Competence and Acceptance for Young Children (HARTER; PIKE, 1980); e as categorias descritoras de respostas (RINK, 1996). O programa foi desenvolvido em 28 semanas, implementando os pressupostos da estrutura TARGET à aprendizagem das habilidades motoras básicas. General Linear Model com medidas repetidas no fator tempo foi conduzido para avaliar os efeitos do programa no estado nutricional, no desempenho motor, nos níveis de percepção de competência e nas categorias descritoras de respostas. Análise de variância com medidas repetidas no fator tempo, delta e significância do delta por meio de One Way ANOVA foram utilizadas para avaliar o impacto da intervenção. Os resultados quanto ao estado nutricional do grupo interventivo evidenciaram mudanças significativas no IMC (p = 0,000) da pré para a pós-intervenção. No grupo controle, mudanças significativas não foram encontradas (p = 0,383). No desempenho motor geral, houve diferenças significativas entre os grupos interventivo e controle (p =0,000). As crianças do grupo interventivo apresentaram um aumento de 22 pontos no quociente motor do teste, enquanto que as crianças do grupo controle tiveram um aumento médio de 3,22 pontos. Com relação ao desempenho motor em contexto de aprendizagem motora, mudanças significativas foram encontradas da pré para a pósintervenção, nas crianças obesas (p = 0,000) e não-obesas (p = 0,007). No somatório de percepção de competência, o grupo interventivo mudou significativamente da pré para a pós-intervenção (p = 0,000); ao passo que, no grupo controle, mudanças não foram encontradas do pré para a pós (p = 0,238). Quanto ao engajamento motor de forma apropriada com sucesso na ação motora, mudanças significativas foram encontradas da pré para a pós-intervenção nas crianças obesas (p = 0,000) e nãoobesas (p = 0,000). Conclui-se que a implementação de um Programa de Intervenção Motora, baseado em propostas metodológicas eficazes e condizentes com as necessidades reais das crianças obesas e nãoobesas, promove ganhos nos parâmetros motores, nutricionais e psicossociais que efetivam o engajamento das crianças nas mais variadas práticas motoras. / The purpose of the present study, with a quasi-experimental design, was to investigate the effects of the Motor Intervention Program, in obese and nonobese children, on motor, nutritional, and psychosocial parameters. The sample was composed of 78 children (38 in the intervention group and 40 in control group), aged 5-7 yr. The children were assessed using the anthropometrical assessment, based on the National Center for Health and Statistics patterns; the motor assessment in test and learning environment, conducting the Test of Gross Motor Development-2 (TGMD-2) (ULRICH, 2000); the Pictorial Scale of Perceived Competence and Acceptance for Young Children scale (HARTER; PIKE, 1980); and the descriptive response categories (RINK, 1996). The program was carried out in 28 weeks and implemented the TARGET structure assumptions to the learning of basic motor skills. General Linear Model with repeated measures on the time factor was conducted to assess the program effects on nutritional status, motor development, perceived competence levels, and descriptor response categories. Analysis of variance with repeated measures on the time factor, delta, and delta significance using One Way ANOVA were used to assess the intervention impact. The results regarding the intervention group’s nutritional status evidenced significant changes in BMI (p = 0.000) from pre- to post-intervention. In control group, no significant changes were found (p = 0.383). In general motor development, significant changes (p =0.000) between intervention and control groups were observed. Children in the intervention group showed a 22-point increase in the test motor quotient, whereas children in control group experienced an average increase of 3.22 points. Concerning motor development in motor learning environment, significant changes were found from preto post-intervention, in obese (p = 0.000) and nonobese children (p = 0.007). In the summation of perceived competence, the intervention group significantly changed from preto post-intervention (p = 0.000); whereas, in control group, no changes were found from preto post-intervention (p = 0,238). Concerning successful appropriate motor engagement in motor action, significant changes were found from pre- to post-intervention in obese (p = 0.000) and nonobese (p = 0.000) children. It was concluded that the implementation of a Motor Intervention Program based on effective methodological proposals that are suitable for obese and nonobese children’ real needs fosters motor, nutritional, and psychosocial gains that reinforce children engagement in the most varied motor activities.
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Parasitoses, estado nutricional, consumo alimentar e indicadores sociais em crianças e adolescentes residentes em uma área de invasão em Maceió, Alagoas. / Parasitosis, nutritional status, food intake and social indicators in children and adolescents in an area of invasion, Maceió, Alagoas.

Silva, Juliana Vasconcelos Lyra da 12 November 2008 (has links)
Common problems in the developing countries includes protein-energy undernutrition and iron deficiency anemia. These nutritional deficiencies are commonly associated with intestinal parasites, causing damage to growth and development and increasing the risk to morbidity-mortality. However, studies have shown controversy about this relationship. This study aimed to evaluate the association between parasitic, nutritional status, food intake and social indicators in children and adolescents, living in a slum area of Maceio, Alagoas. A cross-sectional was taken in a public with 367 individuals under 16 years old, living in a substandard settlement in Maceio, Alagoas. Parasitological, socioeconomic and nutritional evaluations were performed. Sedimentation concentration method and Kato-Katz techniques were used for stool examinations. Socioeconomic data was collected through the use of questionnaires addressing issues relating to housing conditions, economic characteristics and behaviors related to sanitation education. The nutritional evaluation included dietary assessment, biochemical examinations and anthropometric measurements. The dietary evaluation used the method of Estimated Average Requirement (EAR) as a cutoff point, and the data collected through 24 hour recall, adjusted for intrapersonal variability. Serum concentrations of hemoglobin (Hb), iron (SI) and ferritin (SF) were measured to assess the organic iron status. Anthropometric measurements were evaluated using the height-for-age index and body mass index for age, expressed as Z scores in relation to anthropometric growth patterns of WHO 2005/2006. The association between variables was performed by bivariate followed by multivariate logistic regression analysis. In all the tests a 5% statistical level of significance was adopted. The population studied lacked basic sanitation and most had an income lower or equal to the minimum salary. The frequency of enteroparasitosis in children and adolescents was 68.0% with 63.7% having polyparasitosis. Of the total number of individuals assessed by anthropometry, 12.3% presented with stature deficit and 3.5% with low weight. The frequencies of short stature and overweight (13.4%) were equivalent. Levels lower than the reference values were found for SF, SI and Hb in 15,9%, 33,2% and 10% of individuals, respectively. With respect to food intake, 5.6% presented with excessive and 3.7% with insufficient energy intake. The frequency of inadequate protein intake ranged from 28.6% to 47.8% between age groups, and consumption of micronutrients was more deficient in the age group from 1 to 3 years. Concerning association between variables, it was not possible to build a final multivariate logistic model for short stature and low weight, because no association was found with these anthropometric deficits and the other variables. The serum concentrations of SF and SI and economic class were associated with anemia. Intestinal parasitosis was associated with economic class and overcrowded living conditions. Because of morbidity caused by parasitic infections and the adverse effects of anemia and nutrition on the growth and development of children and adolescents, the results presented warn of the need for implementation of actions to correct the identified problems. / Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas / Problemas comuns nos países em desenvolvimento incluem a desnutrição energético-protéica e a anemia ferropriva. Estas carências nutricionais são comumente associadas ao parasitismo intestinal, causando prejuízos ao crescimento e desenvolvimento infantil, além de aumentar os riscos de morbimortalidade. Entretanto, estudos têm demonstrado controvérsias a respeito desta relação. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a associação entre parasitoses, estado nutricional, consumo alimentar e indicadores sociais em crianças e adolescentes, residentes numa área de invasão em Maceió, Alagoas. Para tal, realizou-se um estudo de delineamento transversal com 367 indivíduos menores de 16 anos, residentes em uma área de assentamento subnormal de Maceió, Alagoas. Foram realizadas avaliações parasitológica, sócio-econômica e nutricional. Para os exames coproparasitológicos foram utilizados os métodos de sedimentação espontânea e Kato-Katz. Os dados socioeconômicos foram coletados através da aplicação de questionários abordando aspectos referentes às condições de moradia, características econômicas e comportamentos relacionados à educação sanitária. A avaliação nutricional incluiu inquérito dietético, exame bioquímico e avaliação antropométrica. Na avaliação dietética utilizou-se o método da Necessidade Média Estimada (EAR) como ponto de corte, sendo os dados coletados através de recordatório de 24 horas, ajustados quanto à variabilidade intrapessoal. Foram dosadas as concentrações séricas de hemoglobina, ferro sérico (FeS) e ferritina (FER) para avaliação do estado orgânico de ferro. As medidas antropométricas foram avaliadas através do índice altura para idade e do índice de massa corporal para idade, expressos em escores Z em relação ao padrão antropométrico de crescimento da OMS 2005/2006. A associação entre as variáveis foi realizada por análise logística bivariada seguida da multivariada. Em todos os testes, foi adotado um nível de significância estatística de 5%. A população estudada não possui saneamento básico, encontra-se nas piores classes econômicas e a maioria dela possui renda menor ou igual a um salário mínimo. A freqüência de enteroparasitoses nas crianças e adolescentes foi 68,0%, sendo 63,7% com poliparasitismo. Do total de indivíduos avaliados pela antropometria, 12,3% apresentou déficit estatural e 3,5% baixo peso. As freqüências de déficit estatural (12,3%) e sobrepeso (13,4%) foram equivalentes. Dosagens abaixo da referência para FER, FeS e Hb foram encontradas, repectivamente, em 15,9%, 33,2% e 10% dos indivíduos. Com relação ao consumo alimentar, 5,6% apresentavam ingestão energética excessiva e 3,7% insuficiente. A freqüência de ingestão protéica inadequada variou de 28,6% a 47,8% entre as faixas etárias, e o consumo dos micronutrientes foi mais deficiente na faixa etária de 1 a 3 anos. Na verificação da associação entre as variáveis, não foi possível construir um modelo logístico multivariado final para déficit estatural e baixo peso, pois não foi encontrada associação destes agravos antropométricos com as demais variáveis. A concentração sérica de FER, concentração de FeS e classe econômica associaram-se com anemia. As enteroparasitoses apresentaram associação com classe econômica e aglomeração familiar. Devido à morbidade causada pelas parasitoses, e os efeitos prejudiciais da anemia e nutrição inadequada para o crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes, os resultados apresentados alertam para a necessidade de implantação de ações para correção dos problemas identificados.
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Desenvolvimento de um novo instrumento de avaliação nutricional de adultos hospitalizados baseado nas questões da avaliação subjetiva global

Fink, Jaqueline da Silva January 2015 (has links)
Base teórica: Desnutrição é mundialmente prevalente em hospitais, e contribui para o aumento da morbimortalidade dos pacientes. Métodos de avaliação do estado nutricional estão disponíveis, mas são limitados quanto à viabilidade em contexto hospitalar. A Avaliação Subjetiva Global (ASG) é uma ferramenta válida que, na falta de um padrão-ouro, é considerada padrão de referência para avaliação nutricional de pacientes hospitalizados. Entretanto, a validade da ASG limita-se à experiência do avaliador em lidar com a subjetividade do método, para a correta elaboração do diagnóstico. Objetivo: Desenvolver e verificar o desempenho de um novo instrumento de avaliação nutricional, com base na Teoria de Resposta ao Item (TRI), a partir das questões da ASG, em pacientes adultos hospitalizados. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, composto por base secundária de dados, formada por adultos hospitalizados incluídos entre outubro de 2005 e junho de 2006. Os pacientes foram avaliados nas primeiras 72 horas após sua admissão hospitalar quanto a características clínicas e nutricionais, incluindo a aplicação da ASG, conforme prevista pelos seus autores de origem. Dividiu-se a amostra aleatoriamente, de maneira que dois terços dos pacientes compusessem a amostra de desenvolvimento do novo instrumento, e um terço a amostra de verificação do seu desempenho. O instrumento de avaliação nutricional proposto foi desenvolvido através da utilização dos modelos cumulativos da TRI. A capacidade do instrumento em diagnosticar corretamente o estado nutricional foi comparada a valores de exames laboratoriais, índice de massa corporal e ocorrência de desfechos clínicos, por meio de testes para igualdade de proporções. Resultados: De um total de 1503 pacientes avaliados, a média de idade foi de 55,5±16,1 (19-94) anos, 52,7% do sexo feminino. Primeiramente, mantiveram-se no modelo estatístico as questões da ASG qualitativas e mais informativas, excluindo-se as quantitativas e que apresentassem informações semelhantes. Pacientes com dados faltantes também foram excluídos, compondo uma amostra de 826 indivíduos para o desenvolvimento do novo instrumento de avaliação nutricional e 407 para a amostra de verificação do seu desempenho. A etapa de ajuste dos itens demonstrou pouca contribuição de questões relativas à diarreia, capacidade funcional e edemas para o diagnóstico nutricional. Ainda, itens relativos à perda de peso, ingestão alimentar e demanda metabólica apresentaram melhor desempenho dicotomizados. As questões mais informativas para a diferenciação do estado nutricional entre os pacientes foram, respectivamente, perda de gordura, perda muscular e perda de peso. Após ajuste dos itens, propôs-se o “Escore de Avaliação Nutricional” (Nutritional Assessment Score - NAS), com reduzido número de questões, e menos itens politômicos, em comparação à ASG. O NAS mostrou-se relacionado a variáveis clinicamente relevantes (óbito, infecção, longa permanência hospitalar, albumina sérica e índice de massa corporal), em ambas as amostras. Conclusão: Os resultados apontam para a validade do NAS em detectar, de maneira acurada, o estado nutricional de pacientes hospitalizados. Seu desenvolvimento sinaliza avanço na busca por um método de avaliação nutricional factível e com menos suscetibilidade a erros decorrentes de subjetividade, em comparação à ASG. / Background: Malnutrition is prevalent in hospitals worldwide, and contributes to an increase of morbidity and mortality in patients. Nutritional status evaluation methods are available, but are limited as to their feasibility in hospital environment. The Subjective Global Assessment (SGA) is a valid tool that, in the absence of a “gold” standard tool, is considered the “reference standard” for nutrition assessment in hospitalized patients. Nevertheless, the validity of SGA is limited to the expertise of the evaluator in dealing with the method’s subjectivity, for the correct elaboration of the diagnosis. Objective: To develop and verify the performance of a new nutrition assessment tool, based in the Item Response Theory (IRT), from the SGA questionnaire, in hospitalized adults. Methods: Retrospective cohort study, composed by secondary database, formed by hospitalized adults included between October 2005 and June 2006. Patients were evaluated in the first 72 hours of hospital admission as to their clinical and nutritional characteristics, including the use of SGA, in accordance to its original authors. The sample was divided at random in a way that two-thirds of the patients made up the sample for the development of the new tool, and the remaining one-third of the sample for the performance verification tool. The proposed nutritional assessment tool was developed using cumulative models of the IRT. The tool’s capacity in diagnosing correctly the nutritional status was compared to laboratorial data, body mass index and occurrence of clinical outcomes through proportion equality tests. Results: From a total of 1503 evaluated patients, the average age was 55,5±16,1 (19-94), and 52,7% were women. First of all, the qualitative and more informative questions in SGA were kept in the statistic model, excluding the quantitative questions and those which presented similar information. Patients with missing data were also excluded, leaving a sample of 826 individuals for the development of the new assessment tool, and 407 for the performance verification tool. In the item adjustment stage, questions related to diarrhea, functional capacity and edemas were of little contribution to the nutritional diagnosis. Moreover, items related to weight loss, food intake and metabolic demand showed better performance dichotomized. The most informative questions to perceive nutritional status amongst patients were, respectively, fat loss, muscle wasting and weight loss. After adjusting the items, the Nutritional Assessment Score – NAS was suggested, with a reduced number of questions and less polytomic items in comparison to SGA. The NAS was related with clinically relevant variables (death, infection, long length of stay, serum albumin and body mass index), in both samples. Conclusion: The results point to the validity of NAS in detecting, accurately, the nutritional status of hospitalized patients. Its development signals a breakthrough in the search for a nutritional assessment method feasible and less susceptible to errors due to subjectivity, in comparison to SGA.
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Ansiedade, consumo alimentar e o estado nutricional de adolescentes

Bosa, Vera Lúcia January 2010 (has links)
Esta tese aborda um tema pouco explorado na literatura: ansiedade, consumo alimentar e o estado nutricional de adolescentes. O objetivo foi estudar a relação entre ansiedade e consumo alimentar e seu impacto no estado nutricional em adolescentes escolares. Realizou-se um estudo transversal com adolescentes escolares de 10 a 19 anos que apresentaram triagem positiva para ansiedade, de acordo com a escala de autorrelato para transtornos relacionados à ansiedade na infância (SCARED-C), bem como uma amostra de controles sem transtornos de ansiedade. Na avaliação do consumo de energia e macronutrientes, utilizou-se o questionário de frequência alimentar para adolescentes (QFAA). A avaliação nutricional consistia em avaliação antropométrica e medida de bioimpedância elétrica (BIA), avaliação dos caracteres sexuais secundários e atividade física habitual. O teste qui-quadrado avaliou a associação entre variáveis categóricas e ansiedade ou gênero, e o teste t de Student ou ANOVA, a associação entre variáveis categóricas e o consumo de energia e macronutrientes. Para avaliar a relação entre o consumo, a ansiedade e as características biológicas, comportamentais e sociais, realizou-se análise de regressão, utilizando o método de Equações de Estimação Generalizadas (GEE). Foram avaliados 706 adolescentes com média de idade 13,9±2,4 anos. Desses, 149 (21,1%) apresentaram sobrepeso e 92 (13,0%), obesidade. A composição corporal revelou excesso de gordura em 235 (33,3%), acúmulo de gordura abdominal em 157 (22,2%) e, quanto ao nível de atividade física, 429 (60,8%) eram inativos, sendo que as meninas apresentam maior prevalência do que os meninos (p < 0,001). Na análise não ajustada, os ansiosos apresentaram, em média, maior consumo diário de energia total e carboidrato quando comparados aos não ansiosos (p = 0,039 e p = 0,037, respectivamente), quanto à proteína e à gordura, não apresentaram associação. Após ajuste de coeficientes, o efeito da energia persistiu, demonstrando que ser ansioso implica num consumo diário adicional de 246,5 kcal. Para o consumo de carboidratos com o ajuste pelas calorias totais, esse efeito desaparece. Não se observou relação entre a ansiedade e o estado nutricional e seus determinantes. Concluindo, evidenciou-se que, entre os adolescentes que apresentaram ansiedade, a ingestão de energia total foi superior àqueles não ansiosos, embora exista consumo proporcional de macronutrientes. Neste estudo, ao contrário de alguns achados da literatura, a ansiedade não teve relação com o sobrepeso e a obesidade. / The association between anxiety, food consumption and the nutritional status of adolescents has not been fully explored in the literature. This cross-sectional study evaluated this association in a group of adolescent students aged 10 to 19 years who had positive results for anxiety in a self-report questionnaire for anxiety disorders in childhood (SCARED-C), as well as in a control group of adolescents with no anxiety disorders. A food frequency questionnaire for adolescents (QFAA) was used to evaluate energy and macronutrient intakes. Nutritional status was assessed according to anthropometric parameters, electrical bioimpedance (BIA) measurements, secondary sexual characteristics and habitual physical activities. A chi-square test was used to evaluate the association between the categorical variables and anxiety or sex, and the Student t test or ANOVA, for the association between categorical variables and calorie and macronutrient intake. Regression analysis with generalized estimating equations (GEE) was used to evaluate the association between intake, anxiety and biological, behavioral and social characteristics. Mean age of the 706 adolescents evaluated was 13.9±2.4 years; 149 (21.1%) were overweight, and 92 (13.0%) were obese. The analysis of body composition revealed that 235 (33.3%) had excessive fat, and 157 (22.2%), excessive abdominal fat. The analysis of physical activity revealed that 429 (60.8%) were inactive, and the prevalence was greater for girls than for boys (p < 0.001). In the nonadjusted analysis, adolescents with anxiety had a greater mean total daily calorie and carbohydrate intake than adolescents without anxiety (p = 0.039 and p = 0.037); protein and fat were not significantly associated. After coefficient adjustments, the effect of calorie intake remained significant, which indicated that being anxious led to an additional daily consumption of 246.5 kcal. For the consumption of carbohydrates, this effect disappeared after the adjustment to total calories. There were no associations between anxiety and the nutritional status or its determinant factors. In conclusion, we found that, among adolescents with anxiety, total caloric intake was greater than for adolescents without anxiety, although macronutrient intake was not significantly different. In this study, contrary to several findings reported in the literature, anxiety was not associated with overweight or obesity.
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Avaliação do estado nutricional e de parâmetros da homeostase de energia em pacientes com Doença de Gaucher

Doneda, Divair January 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: A doença de Gaucher (DG) é um erro inato do metabolismo causado pela atividade deficiente da enzima glicocerebrosidase e subdivide-se em três tipos: tipo I (DG tipo I), que é o mais frequente e não apresenta comprometimento do sistema nervoso central; o II (DG tipo II), agudo e neuronopático; e o III (DG tipo III), subagudo e neuropático. Todos os tipos caracterizam-se pela heterogeneidade clínica, com manifestações de intensidade distintas, tais como: hepatoesplenomegalia, alterações hematológicas e dores ósseas. Alterações no metabolismo energético também são descritas. A terapia de escolha para a DG é a reposição enzimática (TRE). OBJETIVO PRINCIPAL: Avaliar o estado nutricional e a homeostase de energia em pacientes com DG em TRE. MÉTODOS: A presente tese contemplou 4 etapas: Etapa 1) Elaboração de revisão sistemática da literatura sobre aspectos nutricionais da DG tipo I. Etapa 2) Avaliação da coorte de pacientes acompanhados no Centro de Referência para DG do Rio Grande do Sul (CRDG/RS; n= 38; DG tipo I=35; DG tipo III= 3) quanto a dados relativos ao estado nutricional. Etapa 3) Avaliação do gasto energético basal por calorimetria indireta dos pacientes com DG tipo III do CRDG/RS. Etapa 4) Avaliação, por meio de estudo transversal controlado, dos níveis de grelina, leptina e adiponectina de pacientes com DG tipo I do CRDG/RS, com idade superior a 18 anos e em TRE há mais de 6 meses (n=15); os pacientes foram pareado por sexo, idade e IMC com controles hígidos. RESULTADOS: Etapa 1) Foram localizados 175 estudos, dos quais 28 preencheram os critérios de inclusão. Etapa 2) Avaliação da coorte de pacientes acompanhados no Centro de Referência para DG do Rio Grande do Sul (CRDG/RS; n= 38; DG tipo I=35; DG tipo III= 3) quanto a dados relativos ao estado nutricional. Etapa 2) Os dados antropométricos dos pacientes adultos com DG tipo I (n=31) revelaram que quatorze apresentavam sobrepeso ou obesidade grau I e todos os pacientes com idade inferior a 18 anos estavam com peso e estatura adequados. A idade dos pacientes apresentou alta correlação com o IMC e com o nível de ferritina. O IMC apresentou correlação com a ferritina e esta com o colesterol total e com o LDL-colesterol. O colesterol total apresentou correlação com o HDL, com o LDL e uma correlação negativa com a quitotriosidase. O subgrupo que iniciou o tratamento com idade superior a 18 anos (n=16) teve um aumento significativo de IMC após a TRE (p=0,001) e o que iniciou o tratamento antes de 16 anos (n=10) teve um aumento significativo no escore-z para estatura e IMC (p=0,004 e p= 0,032, respectivamente). Etapa 3) Os pacientes com DG tipo III apresentaram hipermetabolismo e dois deles estavam desnutridos. Etapa 4) A mediana dos níveis de grelina, leptina e adiponectina dos pacientes não diferiu da dos controles. Os níveis de grelina e adiponectina apresentaram correlação positiva entre si e com o HDL-colesterol; e inversa com o IMC, circunferência de cintura e triglicerídeos. Os níveis de leptina apresentaram correlação inversa com o LDL-colesterol e direta com o IMC, circunferência da cintura, dose de enzima, triglicerídeos, insulina e HOMA-IR. Oito pacientes preenchiam os critérios para síndrome metabólica, quatro dos quais estavam com resistência à insulina pelo índice HOMA-IR. CONCLUSÕES: Os dados da revisão sistemática indicaram que o tratamento com imiglucerase melhora os índices de crescimento de crianças e adolescentes com DG tipo I o que está em consonância com os dados encontrados nesta coorte. Em relação aos pacientes avaliados, o estado nutricional classificado pelo IMC mostrou que quase metade dos pacientes com DG tipo I estava com excesso de peso e que a TRE parece contribuir para esse achado. O hipermetabolismo em pacientes com DG tipo III parece constituir-se num biomarcador da gravidade da doença. A leptina apresentou alta associação com a insulina e com o índice HOMA-IR, podendo tornar-se um biomarcador para avaliar indícios precoces de resistência à insulina em pacientes com DG. Aumento de peso, síndrome metabólica e resistência à insulina parecem ser frequentes em pacientes com DG tipo I. Estudos adicionais são necessários para investigar as associações encontradas. / INTRODUCTION: Gaucher disease (GD) is an inborn error of metabolism, caused by the deficient activity of the glucocerebrosidase enzyme and is divided into three types: type I, which is the most frequent and does not present neurological compromise; type II, which is acute and neuronopathic; and type III, which is subacute and neuronopathic. All types are characterized by clinical heterogeneity and symptomatic manifestations of varied intensity, such as hepatosplenomegaly, hematologic dysfunction, bone pain; energy homeostasis dysfunction is also present. The choice therapy for GD is enzyme replacement therapy (ERT). OBJECTIVE.To assess the nutritional status and the energy homeostasis in patients affected by Gaucher Disease under enzyme replacement therapy. METHODS.This present study is composed of 4 stages. Stage 1) Systematic literature review on GD type I nutritional aspects. Stage 2) Assessment of data revolving around nutritional status of the patients cohort followed at the GD Reference Center in Rio Grande do Sul(CRDG/RS; n= 38; GD type I=35; GD type III= 3. Stage 3) Assessment of basal energetic expenditure by indirect calorimetry in GD type III patients at CRDG/RS. Stage 4) Assessment, by means of controlled transversal study, of ghrelin, leptin and adiponectin levels in GD- I patients, age over 18 yo and under ERT for at least 6 months (n=15); the patients were pair matched with healthy controls for sex, age and BMI. RESULTS: Stage 1) 175 studies were found, of which 28 met the inclusion criteria. These studies have shown ERT is associated to: growth normalization in children and teenagers with delayed development; partial correction of hypermetabolism and glycemic profile dysfunctions; and increase in weight as well as insulin resistance and development of Diabetes mellitus type 2 in adults. Stage 2) The anthropometric data of adult patients with GD type I (n=31) pointed out fourteen showed overweight or obesity level 1, and all patients aged under 18yo showed adequate weight and height. The patient’s age showed high correlation with BMI and ferritin levels. BMI presented correlation with ferritin and the latter with total cholesterol and LDL- cholesterol. Total cholesterol showed correlation with HDL, with LDL and negative correlation with chitotriosidase. The subgroup comprising those who were over 18 years of age (n=16) at the beginning of treatment had a significant increase in BMI after ERT (p=0,001) and those beginning treatment under the age of 16 showed (n=10) significant increase in the z-score for height and BMI (p=0,004 and p= 0,032, respectively). Stage 3) GD type III patients showed hypermetabolism and two of them (2/3) were malnourished. Stage 4) The median of ghrelin, leptin and adiponectin levels of patients did not differ from that of the controls. The ghrelin and adiponectin levels presented positive correlation between themselves, with HDL-cholesterol, and inverse correlation with BMI, waist circumference, and triglycerides. The leptin levels presented inverse correlation with LDL-cholesterol and direct correlation with BMI, waist circumference, enzyme dose, triglycerides, insulin, and HOMA-IR. Eight patients (n=15) met the criteria for metabolic syndrome, four of which had insulin resistance, as measured by the HOMA-IR index. DISCUSSION AND CONCLUSIONS: Data from the systematic review showed the treatment with imiglucerase improves growth in children and adolescents with GD type I, this meets the findings in this cohort. In relation to the patients assessed, the nutritional status measured by BMI showed that almost half of the GD type I patients were overweight and that ERT seems to contribute to this finding. Hypermetabolism in GD type III patients seems to be a biomarker of the severity of this disease. Leptin presented high association with insulin and with the HOMA-IR index, and may eventually become a biomarker to evaluate early evidence of insulin resistance in GD patients. Weight increase, metabolic syndrome and insulin resistance seem to be frequent in GD type I patients. Further research is necessary to investigate the findings herein researched.
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Estado nutricional e perfil socioeconômico de crianças e adolescentes portadores de neoplasia maligna em dois centros hospitalares de Porto Alegre

Valentini, Mariéle January 2015 (has links)
Introdução: As neoplasias são responsáveis por uma série de alterações nutricionais, evidenciando a importância da avaliação de crianças e adolescentes ao diagnóstico de câncer para estabelecer metas para recuperar ou manter o adequado estado nutricional durante o período da internação hospitalar. Os fatores socioeconômicos, além de estarem relacionados com as condições de saúde comprometendo o estado nutricional dos pacientes, também colaboram para a desigualdade no acesso aos centros especializados influenciando nas taxas de morbimortalidade do câncer infantil. Objetivo: Descrever o estado nutricional e o perfil socioeconômico de crianças e adolescentes com neoplasia maligna em dois centros hospitalares universitários públicos de Porto Alegre/RS. Métodos: Estudo transversal incluindo 102 pacientes ao diagnóstico ou recidiva de neoplasia, com idade entre zero e 19 anos, internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e hospitais integrantes do Grupo Hospitalar Conceição. O estado nutricional foi avaliado com base nos critérios preconizados pela Organização Mundial da Saúde 2006/2007, considerando os parâmetros antropométricos estatura/idade, índice de massa corporal/idade, circunferência braquial/idade e dobra cutânea triciptal/idade. A avaliação socioeconômica foi realizada a partir do questionário de classificação econômica, da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, e por uma ficha sociodemográfica composta por perguntas elaboradas com base no Censo Demográfico 2010. Ambos os instrumentos foram respondidos pelos pais ou responsáveis. Resultados: A mediana de idade da amostra foi de 6,9 (0 a 18,9) anos, predominando o sexo masculino (53,9%) e cor/raça branca (70,6%). Os diagnósticos mais freqüentes foram leucemias (42,2%) e linfomas (15,7%). A maioria dos pacientes era procedente da zona urbana (80,4%) e em mais da metade dos casos o nível de escolaridade predominante dos pais foi o Ensino Fundamental. Em relação ao estado nutricional, 5,9% estavam desnutridos, 7,8% em risco para baixo peso, 59,8% eutróficos, 10,8% em risco para sobrepeso, 6,9% estavam com sobrepeso e 8,8% obesos. Quanto à classe econômica, 3,9%, pertenciam à classe A, 24,5% à classe B, 52% à classe C e 19,6% às classes D e E. Não foi encontrada associação significativa entre estado nutricional e classe econômica. Conclusão: Os achados indicam a necessidade de realizar uma abordagem nutricional precoce e ativa, diante do elevado número de pacientes, tanto com excesso, como deficiência de peso. / Introduction: Neoplasms are responsible for a number of nutritional changes, highlighting the importance of evaluation children and adolescents who are diagnosed with cancer to establish goals to regain or maintain adequate nutritional status during the hospitalization period. Besides being related to health conditions affecting patient nutritional status, socioeconomic factors also collaborate to inequality in access to specialized centers, which influences the morbidity and mortality rates of childhood cancer. Objective: This study aims to describe the nutritional status and the socioeconomic profile of children and adolescents with neoplasm in two public university hospitals centers in Porto Alegre/RS. Methods: A cross-sectional study including 102 patients with the diagnosis or cancer relapse, aged zero to 19 years, admitted at the Hospital de Clinicas of Porto Alegre and hospitals that are members of the Conceição Hospital Group. Nutritional status was evaluated and classified according to the World Health Organization 2006/2007 criteria, considering the anthropometric parameters height/age, body mass index/age, arm circumference/age and triceps skinfold/age. The socioeconomic evaluation was performed by the economic classification questionnaire, the Brazilian Association of Research Companies, and by a sociodemographic record consisting of questions elaborated based on Census 2010. Both instruments were answered by parents or guardians. Results: The median age of the sample was 6.9 (0 to 18.9) years, the predominating male (53.9%) and race/ethnicity white (70.6%). The most frequent diagnoses were leukemia (42.2%) and lymphomas (15.7%). Most patients came from the urban area (80.4%) and the level of parental education was the Elementary School in over half of the cases. Regarding nutritional status, 5.9% were malnourished, 7.8% at risk for low weight, 59.8% normal weight, 10.8% at risk for overweight, 6.9% were overweight and 8.8% were obese. As for the economic class, 3.9%, belonged to the Class A, 24.5% to Class B, 52% to Class C and 19.6% to D-E classes. No significant association between nutritional status and economic class was found. Conclusion: Given the high frequency of deficit or excess weight in children and adolescents, the findings indicate that the establishment of an early nutritional approach in routine care of patients who are exposed to anticancer treatment is essential.
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Clinical manifestations and anthropometric profiles of visceral leishmaniasis in selected centres in Ethiopia

Abate Mulugeta Beshah 02 1900 (has links)
Visceral leishmaniasis is a severe systemic illness and early case management is important for the avoidance complications and control of the disease. Improving health workers’ knowledge on leishmaniasis is essential in improving the control programme. A quantitative, retrospective study of patient records and descriptive, explorative study of health care professionals’ knowledge on leishmaniasis were conducted. Data was collected from patient records (n=299) using a structured audit tool and from health care professionals (n=55) by means of a structured questionnaire. The study findings highlight that the commonest clinical manifestations of visceral leishmaniasis are fever and splenomegaly. Severe malnutrition and HIV co-infection contribute to mortality. The findings indicate the need for training to improve health care professionals’ awareness of visceral leishmaniasis. Leishmaniasis disease surveillance and support by the regional and district heath offices should be improved / Health Studies / M.A. Public Health (MPH)
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Estado nutricional, ingestão alimentar e marcadores séricos de cobre, manganês e zinco de pacientes com quelóide / Nutritional status, ingestion and biological markers of copper, manganese and zinc of patients with keloids

Bersch-Ferreira, Ângela Cristine [UNIFESP] 28 April 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:03Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010-04-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Introdução: O estado nutricional geral do indivíduo influi na cicatrização. Estudos sobre o estado nutricional em cicatrização patológica, especialmente no quelóide, são raros, embora a correlação entre o desenvolvimento desta com o estado nutricional possa estar vinculado. Objetivo: Investigar o estado nutricional, ingestão alimentar e níveis séricos de cobre, manganês e zinco de pacientes portadores de quelóide. Métodos: Foram entrevistados 111 indivíduos oriundos do ambulatório do Setor de Cicatrizes Patológicas da Disciplina de Cirurgia Plástica da UNIFESP. Sessenta e um pertenceram ao grupo quelóide (GQ) e 50 ao grupo controle (GC). Primeiramente determinou-se o Índice de Massa Corporal (IMC) e a porcentagem de gordura corporal (%Gordura). Em seguinda, foi realizada a avaliação dietética a partir do Recordatório de 24 Horas e do registro alimentar de três dias. E, a seguir, a avaliação sérica dos minerais. Resultados: O IMC de ambos os grupos apresentou médias semelhantes; entretanto, a média de %Gordura foi superior no GQ (p<0,05). Não houve diferença significante da ingestão dos micronutrientes entre os grupos. Já os níveis séricos de cobre e manganês estiveram superiores e o de zinco esteve inferior no GQ (p<0,05). Conclusão: Os pacientes portadores de quelóide apresentaram maior %Gordura, menor nível sérico de zinco e maior nível sérico de cobre e manganês em relação aos pacientes portadores de cicatrizes normotróficas, apesar da ingestão alimentar desses micronutrientes não diferir entre os grupos. / Introduction: Studies on nutrition and keloid discuss the intake of macroand micronutrients. Regarding micronutrients, although the literature has already determined the association between trace elements and wound healing, studies about the relationship between them and the development of keloid are reduced. Objective: To investigate the nutritional status of patients with keloid, in relation to copper, manganese and zinc. Methods: 111 patients from the outpatient clinic of the Department of Pathological Scars of Plastic Surgery, UNIFESP were interviewed. Sixty-one belonged to keloid group (GQ) and 50 to control group (GC). Firstly, the body mass index (BMI) and percentage’s body fat (%Fat) were determined. Secondly, the dietary assessment was performed by the recall of 24 hours and 3 days of food records. After that, the patients were sent to the laboratory of the Association for Psychopharmacology Incentive Fund, which carried out the assessment of their serum minerals. Results: The BMI of both groups presented similar means, however, the average of %Fat was higher in GQ (p <0.05). As for dietary intake of copper, manganese and zinc, no statistically significant difference between the groups were found. In the other hand, serum levels of copper and manganese were higher and the level of zinc was lower in GQ (p <0.05). Conclusion: Patients with keloids have a higher %Fat, lower serum zinc and higher serum levels of copper and manganese in relation to patients with normotrophyc scars. / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Estado nutricional de pacientes submetidos à ressecção pulmonar por carcinoma não de pequenas células-avaliação e correlação com desfechos pós-operatórios

Riegel, Patrícia Ramiro January 2016 (has links)
Introdução: O reconhecimento de problemas relacionados ao estado nutricional de pacientes com câncer de pulmão é escasso; estima-se, todavia, que em torno de 46,0% desses pacientes encontram-se desnutridos. Nos que são candidatos à cirurgia, é importante de se ter uma avaliação nutricional, pois além de definir o grau do problema, identifica potenciais riscos de complicações, possibilitando mais precocemente a instituição da terapia especializada. Objetivo: Avaliar o estado nutricional de pacientes submetidos à ressecção pulmonar por carcinoma não de pequenas células, relacionando-o com a ocorrência de complicações e/ou mortalidade pós-operatória, e verificar a concordância entre os métodos de avaliação utilizados. Métodos: Estudo retrospectivo de 180 pacientes adultos (27-87 anos), de ambos os sexos, que foram submetidos à ressecção pulmonar por carcinoma não de pequenas células no período de 2006 a 2014. Resultados: Havia 122 casos (67,8%) de adenocarcinomas, 38 (21,1%) de carcinomas escamosos, e 20 (11,1%) de formas indiferenciadas ou outras – 85,5% em estádios IA-IIB, e IIIA nos restantes 14,5%. DPOC foi à comorbidade mais vezes associada (em 26,1% dos casos). Os pacientes apresentaram-se com peso de 71,0±13,9 Kg, peso habitual de 71,3±13,9 Kg e altura de 1,64±0,08 m. Em 166 pacientes, o Índice de Massa Corporal (IMC) encontrado foi de 26,3 ± 4,4 Kg/m2 – 79 (47,6%) deles classificados como eutróficos, 74 (44,6%) com excesso de peso, pré-obesidade ou obesidade, e13 (7,8%) com magreza. Em 157 pacientes, a Avaliação Subjetiva Global (ASG) classificou 153 (97,5%) como bem nutridos (ASG: A), 4 (2,5%) como moderadamente desnutridos ou com suspeita de serem desnutridos (ASG: B), e nenhum deles como gravemente desnutrido (ASG: C). Mostrou-se baixa a concordância entre os métodos de avaliação IMC e ASG. Ocorreram 64 casos (35,5%) de complicações no pós-operatório de 30 dias, especialmente infecção respiratória, pneumotórax e fibrilação atrial, e 4 pacientes (2,2%) foram ao óbito, 2 com obesidade. O tempo de internação foi de 7 (5,5-12,5) dias, e foi significativamente maior nos pacientes com história de perda de peso (p=0,042). O índice de Charlson foi de 5,0 ±1,5%, com a estimativa de óbito em 10 anos de 27,6% (1,2-56,4), maior para os obesos. Conclusões: Os pacientes apresentaram-se em adequado estado nutricional, tanto pelo IMC quanto pela ASG, mas a concordância entre os métodos IMC e ASG foi baixa. Não houve significância entre a associação do estado nutricional pelo IMC e ASG com complicações ou óbito após cirurgia. Os pacientes com história de perda de peso tiveram tempo de internação significativamente mais elevado, e os obesos uma maior estimativa de óbito em 10 anos. / Introduction: Recognition of problems related to nutritional status of patients with lung cancer is scarce, and it is estimated that 46.0% of these patients are malnourished. In the preoperative period, the nutritional assessment is important, as it defines the degree of malnutrition, may identify individuals able to develop risk of complications, and provides early the specialized nutritional therapy. Objective: To relate the nutritional status of patients undergoing pulmonary resection for non-small cell carcinoma with occurrence of complications and/or postoperative mortality, assess the nutritional status of patients undergoing pulmonary resection for non-small cell carcinoma and evaluate the concordance between nutritional assessment methods BMI and SGA. Methods: Retrospective study, by reviewing medical records of 180 adult patients of both sexes who underwent pulmonary resection for non-small cell lung carcinoma from 2006 to 2014. Results: 122 (67.8%) were cases of adenocarcinoma, 38 (21.1%) of squamous cell carcinoma, 20 (11.1%) of undifferentiated or other – 85.5% in IA-IIB staging, and 14.5% another. COPD was the morbidity more times registered (26.1%). The patients had weight 71.0±13.9 Kg, usual weight 71.3±13.9 Kg, and height 1.64±0.08 m. The BMI value of 166 patients was 26.3±4.4 Kg/m2, with a predominance of eutrophic individuals (79 – 47.6%), followed by either, preobesity, overweight or obesity (74 – 44.6%), and thinness (13 – 7.8%). By SGA of 157 patients, (97.5%) were classified as well-nourished (SGA: A), 4 (2.5%) moderately or suspected of being malnourished (SGA: B), and no patient was classified as severely malnourished (SGA: C). No significant association was observed between nutritional status evaluated by Mass Index (BMI) and Subjective Global Assessment (SGA) with clinical outcomes. Immediate postoperative complications occurred in 64 cases (35,5%), mainly respiratory infection, pneumothorax and atrial fibrillation, and 4 patients (2.2%) dead, two with obesity. The hospitalization time was 7 (5.5-12.5) days, longer for those with weight loss history (p=0.042). The Charlson Index was 5.0 ± 1.5%, with the estimation of death in 10 years of 27.6% (12-56.4), largest for obese ones. Conclusions: Patients undergoing pulmonary resection had adequate nutritional status, verified either by BMI or SGA. There was a poor correlation between anthropometric methods of evaluation, BMI and SGA. Patients with weight loss history had significantly higher hospitalization time, and the obese a greater estimate of death in 10 years.

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