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Periculosidade e medida de segurança em uma perspectiva foucaultiana / Dangerousness and safety measure in a Foucaultian perspectiveCia, Michele 16 March 2018 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-05-04T13:39:33Z
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Previous issue date: 2018-03-16 / The present paper, using the hypothetical-deductive method, tested the hypothesis that requiring an individual to no longer be considered a risk to society in order to suspend the execution of a safety measure is inadequate, since paragraph 1 of article 97 of the penal code is not compatible with the constitution. In order to try to defeat this hypothesis, the emergence of the concept of dangerousness was analyzed, within the scope of criminological positivism; the concepts of abnormality and pathology and their relationship to dangerousness were investigated in a Foucaultian perspective; the psychiatric concept of dangerousness was examined; the (in)existence of free will and its relationship with the dangerous category was analyzed; the use of the dangerous category by National Socialism was examined; the concept of dangerousness was analyzed critically, in the scope of legal-penal dogmatism; the purpose of safety measures and requiring the individual to no longer be considered a risk to society in order to suspend the execution of a safety measure were analyzed; the foundations of the Federative Republic of Brazil, constitutional principles of criminal law and individual guarantees, as well as the rights of persons with mental health disorders in the domestic legal system and in international human rights treaties were studied at length; the practical purposes of safety measures and the operability of the dangerous category in its` legitimization were examined. The hypothesis proved to be true, resulting in the recognition of the illegitimacy of the dangerous category in the Brazilian legal system and, consequently, of the safety measures. The paper proposes a legislative amendment in the sense of the impossibility of recognizing the exclusion of imputability due to psychological anomalities and the end of the dualism of criminal sanctions / A presente pesquisa, através do método hipotético-dedutivo, testou a hipótese de que é inadequada a exigência da cessação da periculosidade como requisito para o fim da execução da medida de segurança, não tendo sido recepcionado pela Constituição Federal o dispositivo presente no § 1º do art. 97 do Código Penal. Para tentar falsear a hipótese, analisou-se o surgimento do conceito de periculosidade, no âmbito do positivismo criminológico; investigou-se os conceitos de anormalidade e de patologia e sua relação com a periculosidade, em uma perspectiva foucaultiana; perscrutou-se a psiquiatrização do conceito de periculosidade; analisou-se a (in)existência do livre-arbítrio e sua relação com a categoria da periculosidade; examinou-se a utilização da categoria da periculosidade pelo nacional-socialismo; analisou-se criticamente o conceito de periculosidade, no âmbito da dogmática jurídico-penal; analisou-se as finalidades da medida de segurança, e sua compatibilidade com a exigência da cessação da periculosidade como requisito para o fim da execução da medida de segurança; estudou-se detidamente os fundamentos da República Federativa do Brasil, os princípios constitucionais penais e as garantias individuais, assim como os direitos dos portadores de transtornos mentais no ordenamento jurídico interno e nos tratados internacionais de direitos humanos; e investigaram-se as finalidades práticas da medida de segurança e a operacionalidade da categoria da periculosidade em sua legitimação. A hipótese mostrou-se verdadeira, o que redundou no reconhecimento da ilegitimidade da categoria da periculosidade no ordenamento jurídico brasileiro e, em consequência, da própria medida de segurança. A pesquisa propõe alteração legislativa no sentido da impossibilidade de reconhecimento de inimputabilidade em razão de anomalia psíquica.e do fim do dualismo das sanções penais
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Fronteiras psi-jurídicas na gestão da criminalidade juvenil: o caso Unidade Experimental de SaúdeGramkow, Gabriela 01 February 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-02-01 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This study clarifies and reorganizes the story of the Experimental Health Unit at São
Paulo (UES), a public facility that assists offending young people diagnosed with
antisocial personality disorder (ASPD). All the process with reference to the UES
between 2002 and 2011 was investigated, since the project to its institutionalization.
More specifically, we analyzed the relation among psycho and legal forces that
undertake battles in a field of struggle. For this purpose, we use documentary research,
mainly the legal processes of the young admitted to the UES and administrative process,
constituted by the judiciary. This administrative process monitors and encourages the
creation of some treatment for young infractors with mental health demands, arising in
the configuration of this experimental unit. The analysis, guided by Foucault and
Castel´s works, sought to identify the possibility of producing ASPD and UES. Psycho
and justice utterances were systematized by a strategy for compulsory admission a
CONTINUUM ADMISSION supported by the argument of dangerousness and social
defense. The psycho-legal tactics of the protective measure of psycho treatment under
restraint and civil interdiction combined with compulsory psychiatric hospitalization
controls the admission circuit on behalf of social protection and guaranteeing the right
to health. In questioning the materialization of the UES with the detention of offending
young and trial psi-law continuum, we put focus in the analysis of the psycho-legal
tactics for the regulation of juvenile crime by the biopolitics and its social control
strategies through the pathological path. In this analysis, we understand the control that
UES operates, showing two lines of argument: the line of social danger and the line of
investiment in treatment. The network of knowledge-power in the political management
of juvenile crime in Brazil is updated, set up a legal-political paradigm as a solution to
an apparent new demand. From the assessment of human profiles, the control strategy
of the deviant operates a risk management policy of the not teachable as the prevention
of recurrence of the dangerous individual. In risk management, crime is a risk not
eradicable. The UES highlights power relations that dialogue with the design field as a
political model, forged in the logic of exception. Understanding the ASPD as
incurable and untreatable , the management of juvenile crime isolates the perilous
individual through modern and efficient technologies by the argument of the social
order. The way UES deals with the ASPD is linked to the model of exile for purification
of the socius. UES simulates an unlikely treatment process that lasts for four years and
six young individuals continue to suffer ineffective trials / O presente trabalho explicita e reorganiza as tramas que compõem a história da Unidade
Experimental de Saúde do Estado de São Paulo (UES), equipamento público destinado
a jovens autores de atos infracionais diagnosticados com Transtorno de personalidade
anti-social (TPAS). Acompanhamos desvios, inflexões de rumos e estabilizações que
foram se produzindo no período de 2002 a 2011 em torno do caso UES, de sua fase de
Projeto à institucionalização. Rastreamos mais especificamente as relações psijurídicas
que empreendem jogos de forças em um campo de luta, forjando posições e
contraposições. Para tanto, nos valemos de pesquisa documental, principalmente, de
processos jurídicos de jovens internados na UES e de processo administrativo
constituído pelo poder judiciário. Esse processo administrativo monitora e incita a
criação de respostas de tratamento aos jovens autores de ato infracional com demandas
em saúde mental e que derivam na constituição dessa unidade experimental. A análise,
orientada pelas obras de Foucault e Castel, buscou identificar as condições de
possibilidade de produção do TPAS e da UES. Foram sistematizadas as enunciações
produzidas pelos atores psi e os atores da justiça na configuração de uma estratégia de
internamento compulsório um CONTINUUM INTERNAMENTO - sustentado no argumento
da periculosidade e da defesa social. As táticas psi-jurídicas da medida protetiva de
tratamento psi em regime de contenção e da interdição civil cumulada com internação
psiquiátrica compulsória regulam o circuito do internamento em nome da proteção
social e da garantia do direito à saúde. Na problematização da emergência da UES com
a prática do internamento de jovens autores de ato infracional e a experimentação do
continuum psi-jurídico, colocamos em análise a articulação da tática psi-jurídica para a
regulação da criminalidade juvenil pela biopolítica da população e suas estratégias de
controle social pela via da patologização. Nessa análise, depreende-se uma lógica de
controle a operar a fórmula UES. Duas linhas de argumentos se agenciam e se
retroalimentam: a linha do perigo social e a linha do investimento no tratamento. A rede
de relações de saber-poder na política de gestão da criminalidade juvenil brasileira se
atualiza; configura-se um paradigma jurídico-político como solução para uma aparente
nova demanda. A partir do exame de perfis humanos, a estratégia de controle dos
desviantes opera uma gestão dos riscos dos ineducáveis como política de prevenção da
reincidência do indivíduo perigoso. Na gestão dos riscos, a criminalidade é um risco
não erradicável. O acontecimento UES põe em evidência relações de poder que
dialogam com a concepção de campo como modelo político, forjado numa lógica de
exceção. Entendendo o TPAS como incurável e intratável , a gestão da
criminalidade juvenil isola o indivíduo periculoso por meio de tecnologias modernas e
eficientes pelo argumento da ordem social. A FÓRMULA UES de conter o TPAS está
vinculado ao modelo de exílio para purificação do socius. A UES simula processo de
tratamento improvável que perdura por quatro anos; e seis jovens continuam sofrendo
experimentações malogradas
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Mais um capítulo da construção moral da "delinquência": o adolescente autor de ato infracional entre o discurso médico e o discurso socioeducativo / Plus one capitulate of moral construction of the deliquency: the adolescent author of infracional act between the medical speech and the socialeducative speechBelloni, Fabio 03 May 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-05-03 / The Statute of the Child and Adolescente (ECA) prevails that the maximum period for the
fulfilment of social-educative action for internment petitioned against the adolescent is of
03 (three years) or when the young get 21 (twenty and one) years old.
7t happens, however, that if it has become practical one the maintenance of young
infractors in social-educative action of internment for a period that exceeds the legal
stated period.
The prolongation of this action occurs in reason of the young done disgnostic of these as
carrying ones of some mental pathology that, to the handle, would justify the obligatory
internment. The creation of an institution in São Paulo (Experimental Unit of Health)
destined exclusively to these young authors of infracional act comes in the bulge of the
diffusion of the regimen of containment of the calls serious cases .
The central objective of this work consists of investigating, focus and to discuss about
problem of construction speech on the young author of infraction action, with approach
in that subject to treatment in mental health, in order to form a picture of references for
the agreement of involved medical treatment the and social-educative strategies in this
containment.
Our hypothesis obeys a triple movement. First in the definition of some legal landmarks
that had taken to the construction of the politics for child and adolescent in Brazil. They
indicate that the creation of an institution as the UES when making of the protection
action an effective obligatory internment is directly on to the arrest tradition of Brazil,
exactly after the advances of the ECA. In according to place, considering the theoretical
picture of the structuralized modern punitive system in the works of Michel Foucault on
the modern arrest institution, we could determine in such a way the direction of the
security/danger while starters ethical slight knowledge of the modern punishment how
much to verify that, since that invented, they had been directed to the phenomenon of
the youthful delinquency. Finally, the agreement concerning the conditions was basic
description-speech that point out the citizens implied in the gestures, educational
experiences, know-powers and speeches in the interior of the speeches medical and resocializer:
to think closer, therefore, the medical treatment and social-educative
strategies with intention to recognize the abutments of the speech construction of the
young author of infraction act. In this direction, the work appeals to the analysis of
fragment of medical findings and the social reports that if destine to evaluate the situation
of this young author submitted to some treatment in mental health (enrolled evaluations
inside of the institution Foundation HOUSE and the legal processes of these young).
Thus, we consider particularly the use and examination of the medical findings in criminal
substance operated by the psychological double foucaultiano concept of ethical of the
delict. in order to bring up as some qualifying that they circulate in the evaluations of
these young justify its containment, representing rules determined for the speech / O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) rege que o período máximo para o
cumprimento de medida socioeducativa de internação impetrada contra o adolescente é
de 03 (três anos) ou quando o jovem completar 21 (vinte e um) anos de idade.
Acontece, porém, que tem se tornado uma prática a manutenção de jovens infratores
em medida socioeducativa de internação por um período que excede o prazo legal. O
prolongamento dessa medida ocorre em razão dos diagnósticos desses jovens como
portadores de alguma patologia mental que, ao cabo, justificaria a internação
compulsória. A criação de uma instituição em São Paulo (Unidade Experimental de
Saúde) destinada exclusivamente a esses jovens autores de ato infracional vem no bojo
da difusão do regime de contenção dos chamados casos graves . O objetivo central
desse trabalho consiste em investigar, tematizar e problematizar a construção discursiva
sobre o jovem autor de ato infracional, com enfoque naquele sujeito em tratamento em
saúde mental, a fim de formar um quadro de referências para o entendimento das
estratégias medicalizadoras e socioeducativas envolvidas nessa contenção. Nossa
hipótese obedece a um triplo movimento. Primeiro na definição de alguns marcos legais
que levaram à edificação das políticas para criança e adolescente no Brasil. Eles
indicam que a criação de uma instituição como a UES, ao fazer da medida protetiva
uma efetiva internação compulsória, está diretamente ligada à tradição encarceradora
do Brasil, mesmo depois dos avanços do ECA. Em segundo lugar, considerando o
quadro teórico do sistema punitivo moderno estruturado nos trabalhos de Michel
Foucault sobre a instituição prisional moderna, pudemos determinar tanto o sentido da
segurança/periculosidade, enquanto noções éticas inauguradoras da punição moderna,
quanto verificar que, desde que inventadas, foram dirigidas ao fenômeno da
delinquência juvenil. Finalmente, foi fundamental o entendimento das condições
histórico-discursivas que situam os sujeitos implicados nos gestos, experiências,
saberes-poderes e discursos educacionais, no interior dos discursos médico e
ressocializador: pensar detidamente, portanto, as estratégias medicalizantes e
socioeducativas, com intuito de reconhecer os pontos de apoio da construção discursiva
do jovem autor de ato infracional. Nesse sentido, o trabalho recorre à análise de
fragmentos de laudos médicos e de relatórios sociais que se destinam a avaliar a
situação desse jovem autor submetido a algum tratamento em saúde mental (avaliações
inscritas no interior da instituição Fundação CASA e dos processos legais desses
jovens). Assim, consideramos particularmente a utilização e o exame dos laudos
médicos em matéria penal operados pelo conceito foucaultiano de duplo psicológicoético
do delito. A fim de trazer à tona uma reflexão sobre como alguns qualificativos que
circulam nas avaliações desses jovens justificam sua contenção, representando regras
determinadas pelo discurso
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Política de saúde mental política de segurança: manicômio judiciário, entre o hospital psiquiátrico e a prisãoCosta, Maria Izabel Sanches 22 April 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-04-22 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This dissertation aims to genealogically analyze the approach of legal and psychiatric discourses in defense of the insane criminal restraint in regard to security measure issues and they internment in Manicômios Judiciários (a Judiciary Mental Health Hospital), currently known as the Hospitals of Custody and Psychiatric Treatment (HCPT). Since the appearance of the psychiatrist in court, the figure of the insane criminal emerged as a freak that needs to be studied, treated and normalized. Thus, the knowledge of criminal psychiatry led health policies to approach the security policies as a way to suppress these dangerous individuals, removing them from the social living, legitimized by the concept of social dangerousness. Indeed, they were taken to the State custody, for the maintenance of order and the social welfare through the execution of the security measure. This work tried to investigate the technical procedures of power that produces a disciplinary control over the body, in regard to gestures, attitudes and behavior of insane criminals. From a study of the different historical phases of Manicômio Judiciário de Franco da Rocha, it was shown that the notion of dangerous individuals, and its proposal for the model of treatment / custody, changes in each current socio-political discourse / Esta dissertação tem por objetivo analisar genealogicamente a aproximação dos discursos jurídico e psiquiátrico, em defesa da contenção do louco criminoso, no que tange à problemática da medida de segurança e à internação nos Manicômios Judiciários, atualmente conhecidos como Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP). A partir do aparecimento do psiquiatra nos tribunais, a figura do louco criminoso emergiu como um anormal que necessita ser estudado, tratado e normalizado. Desse modo, o saber da psiquiatria penal levou as políticas de saúde, legitimadas pelo conceito de periculosidade a aproximarem-se das políticas de segurança, como uma forma de reprimir esses indivíduos perigosos, retirando-os do convívio social. Com efeito, eles passam à custódia do Estado, em prol da manutenção da ordem e do bem-estar da sociedade através da imputação da medida de segurança. Neste trabalho, procurou-se investigar os procedimentos técnicos de poder que realizam um controle disciplinar do corpo, em relação aos gestos, atitudes, comportamento dos loucos criminosos. A partir de um estudo das diferentes fases históricas do Manicômio Judiciário de Franco da Rocha, demonstrou-se que tanto a noção de indivíduo perigoso, bem como o modelo tratamento/custódia, modificam-se em cada discurso sócio-político vigente
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Política de saúde mental política de segurança: manicômio judiciário, entre o hospital psiquiátrico e a prisãoCosta, Maria Izabel Sanches 22 April 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-04-22 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This dissertation aims to genealogically analyze the approach of legal and psychiatric discourses in defense of the insane criminal restraint in regard to security measure issues and they internment in Manicômios Judiciários (a Judiciary Mental Health Hospital), currently known as the Hospitals of Custody and Psychiatric Treatment (HCPT). Since the appearance of the psychiatrist in court, the figure of the insane criminal emerged as a freak that needs to be studied, treated and normalized. Thus, the knowledge of criminal psychiatry led health policies to approach the security policies as a way to suppress these dangerous individuals, removing them from the social living, legitimized by the concept of social dangerousness. Indeed, they were taken to the State custody, for the maintenance of order and the social welfare through the execution of the security measure. This work tried to investigate the technical procedures of power that produces a disciplinary control over the body, in regard to gestures, attitudes and behavior of insane criminals. From a study of the different historical phases of Manicômio Judiciário de Franco da Rocha, it was shown that the notion of dangerous individuals, and its proposal for the model of treatment / custody, changes in each current socio-political discourse / Esta dissertação tem por objetivo analisar genealogicamente a aproximação dos discursos jurídico e psiquiátrico, em defesa da contenção do louco criminoso, no que tange à problemática da medida de segurança e à internação nos Manicômios Judiciários, atualmente conhecidos como Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP). A partir do aparecimento do psiquiatra nos tribunais, a figura do louco criminoso emergiu como um anormal que necessita ser estudado, tratado e normalizado. Desse modo, o saber da psiquiatria penal levou as políticas de saúde, legitimadas pelo conceito de periculosidade a aproximarem-se das políticas de segurança, como uma forma de reprimir esses indivíduos perigosos, retirando-os do convívio social. Com efeito, eles passam à custódia do Estado, em prol da manutenção da ordem e do bem-estar da sociedade através da imputação da medida de segurança. Neste trabalho, procurou-se investigar os procedimentos técnicos de poder que realizam um controle disciplinar do corpo, em relação aos gestos, atitudes, comportamento dos loucos criminosos. A partir de um estudo das diferentes fases históricas do Manicômio Judiciário de Franco da Rocha, demonstrou-se que tanto a noção de indivíduo perigoso, bem como o modelo tratamento/custódia, modificam-se em cada discurso sócio-político vigente
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Periculosidade e loucura no sistema penal: a percepção dos juízes acerca da periculosidade a partir da analise de sentenças de medida de segurança no estado de Mato GrossoLOURENÇO, Renata 29 July 2016 (has links)
Submitted by Cássio da Cruz Nogueira (cassionogueirakk@gmail.com) on 2017-06-14T14:22:18Z
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Previous issue date: 2016-07-29 / O presente estudo buscou compreender a percepção do conceito de periculosidade e a persistência da concepção da presunção de periculosidade associada à loucura nas decisões de aplicação das medidas de segurança a partir dos discursos jurídicos emanados nas sentenças emanadas pelos juízes, tendo em vista que ser a periculosidade o requisito fundamental para aplicação deste instrumento jurídico. Através da contextualização histórica foi possível compreender que o conceito de periculosidade desde sua formulação na criminologia, no âmbito da escola positiva do direito foi incorporado pelo direito penal como base legitimadora das práticas punitivas e das políticas de segurança pública com a fundamentação da tese da defesa prévia da sociedade. Os processos punitivos vão se delineando para atender os interesses de determinados grupos sociais inerentes a cada período histórico, tendo como foco grupos específicos, sendo que neste contexto se consolidou a concepção do binômio loucura-violência tal arraigado até atualmente em nossa sociedade. Foram analisadas sentenças e laudos psiquiátricos de processos em cumprimento de medida de segurança nas comarcas de Cáceres, Cuiabá e Várzea Grande , num total de 36 processos analisados. A análise dos processos está focada no estudo das sentenças iniciais de aplicação de medidas de segurança detentiva e de progressão para o regime ambulatorial e dos laudos psiquiátricos que amparam as decisões dos juízes de aplicação da medida de segurança . A partir da construção do referencial teórico e da analise das sentenças foi possível concluir que a questão da periculosidade, muito embora esteja num primeiro olhar relegada ao universo jurídico, não se limita a este, uma vez que se apresenta como elemento fundamental na organização social , na fundamentação da tese da defesa da sociedade e na legitimação do punitivo do Estado e da ordem política e econômica estabelecida. / This study sought to understand the perception of the concept of dangerousness and persistence of the concept of dangerousness presumption associated with madness in implementing decisions of the security measures from legal discourse emanating from the issued sentences by judges, in order to be the dangerousness the fundamental requirement for the application of this legal instrument. Through the historical context was possible to understand that the concept of dangerousness since its formulation in criminology, under the positive school of law was incorporated by criminal law as legitimizing basis of punitive practices and public security policies with the reasoning of the thesis of the previous defense of society. Punitive processes will delineating to meet the interests of certain social groups involved in each historical period, focusing on specific groups, and in this context has established the concept of madness violence binomial such ingrained currently up in our society. sentences and psychiatric reports processes in compliance with security measures were analyzed in the regions of Cáceres, Cuiabá and Lowland Grande, a total of 36 cases examined. The process analysis is focused on the study of the initial sentences of application of custodial security measures and progression to the outpatient and psychiatric reports that support decisions of application security measure judges. From the construction of the theoretical framework and analysis of sentences was concluded that the issue of dangerousness, although it is at first glance relegated to the legal universe, is not limited to this, since it presents as a key element in the social organization, in the grounds of the thesis defense of society and the legitimacy of punitive state and political and economic order established.
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Fronteiras da sanidade : da "periculosidade" ao "risco" na articulação dos discursos psiquiátrico forense e jurídico no Instituto Psiquiátrico Forense Maurício Cardoso de 1925 a 2003Almeida, Francis Moraes de January 2009 (has links)
Esta tese descreve a articulação entre as práticas discursivas jurídicas e psiquiátrico forenses através da análise dos laudos psiquiátrico legais arquivados no Instituto Psiquiátrico Forense Maurício Cardoso, localizado em Porto Alegre, no período de 1925 a 2003. Adotando uma abordagem arqueogenealógica de pesquisa, inspirada na obra de Michel Foucault, busca descrever o modo como ocorre, ao longo do período pesquisado, a relação entre diversos regimes de verdade jurídico-legais e médico-científicos que permitem a emergência da "periculosidade" e do "risco" como problematizações específicas. Inicialmente, verificou-se o predomínio da noção médico-jurídica de "periculosidade", abarcando o período de 1925 a 1973, no qual os determinantes hereditários e os traços de personalidade tendiam a ser associados aos comportamentos criminosos de caráter violento, remontando a uma natureza ou condição individual. A noção de risco começa a se esboçar entre 1974 e 2003, abarcando a noção e "periculosidade" e a amplificando, pois está centrada na descrição de comportamentos criminosos visando determinar os indivíduos potencialmente reincidentes, enfatizando mais a classificação psiquiátrica do indivíduo periciado do que a gravidade do crime cometido. / This thesis describes the articulation between the juridical and psychiatric discursive practices using the forensic psychiatrical assessments archived in the Forensic Psychiatrical Institute Mauricio Cardoso, located at Porto Alegre, from 1925 to 1973. Adopting an archeogenealogical approach of research, inspired on the Michel Foucault's work, this enquire search to describe how along the researched period the different juridical-legal and medicalscientific problematizations and politics of truth permit the emergency of problematizations around "dangerousness" and "risk". Initially, it was verified the predominance of the medicaljuridical notion or "dangerousness", from 1925 to 1973, in which the hereditary determinants and the personality traits tend to be associated to criminal behaviors of violent nature, remembering an individual condition. The notion of "risk" begins to be stretch between 1974 and 2003, comprehending the notion of "dangerousness" and amplifying it, for it is centered in the description of violent behaviors aiming to determine the potentially recidivist individuals, focusing more the psychiatrical classification of the individual than the gravity of the crime.
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Trajetória de criação da ala especial de medidas de segurança na Penitenciária III de Franco da Rocha: o circuito da periculosidade / Creation path of a psychiatric ward within Penitentiary System: the circuit of dangerousnessBarros, Andrea Saraiva de 01 October 2018 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-11-21T08:57:36Z
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Previous issue date: 2018-10-01 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Since the advent of the Law of Psychiatric Reform (Law nº 10.216 / 2001), people diagnosed with mental disorder have been considered subject of rights. Nonetheless, when faced with potential legal consequences there is a frequent scenario of violations. To these people the law attributes the statute of incomputability that removes them from the legal system and that comes with a presumed dangerousness. A safety measure is applied to them, which implicates compulsory determination of treatment that should occur in an outpatient basis or in an inpatient treatment in a Hospital of Custody and Psychiatric Treatment – HCTP. In the state of São Paulo there were hundreds of people waiting for placement in the HCTPs, distributed in regular prison units without assistance. To address that, an alliance between Psychiatry and Justice was created and a cooperation term was established that led to the creation, in 2014, of a psychiatric ward – still inside a regular penitentiary – that could concentrate these people in an irregular situation. The objectives of this research are to reconstruct this history of creation and to understand what today corresponds to the application and execution of safety measures as well as through which paths the reissue of the notion of dangerousness has been occurring. To do so: a) a literature review was carried out around the following axes: the security measures application’s logic in Brazil; the construction of the dangerous subject; the concept of deinstitutionalisation, which guided the Psychiatric Reform, and the disputes that were established in the scenario of security measures, starting from Law nº 10.216 / 2001, highlighting the events of the São Paulo context; b) interviews were made with subjects who participated actively or followed closely the process of creation of that ward; c) analysis of the verification reports of dangerousness’ termination of a 86 patients group who were awaiting for placement in an irregularly confined hospital at psychiatric wards of regular penitentiaries. The empirical study discussed through some analysts, the alliances and tensions in the configuration of the Ward, looking especially at the issue of the drug user subject, a growing phenomenon in all Penitentiary System. Based on the theoretical contributions of Michel Foucault and the authors of Institutional analysis, we were able to understand that judicial asylums and special wards are only some of the spaces of a management model in transinstitutional circuits that absorb the ungovernable subjects, marked by a new situational notion of dangerousness / Embora, no Brasil, as pessoas diagnosticadas com transtorno mental, desde o advento da Lei da Reforma Psiquiátrica (Lei nº10.216/2001), sejam consideradas sujeitos de direitos, quando entram em conflito com a lei observamos um cenário frequente de violações. A essas pessoas a lei atribui o estatuto da inimputabilidade que as retira do ordenamento jurídico e que vem acoplado a uma periculosidade presumida. A elas é aplicada uma medida de segurança que implica na determinação compulsória de tratamento que deverá acontecer em regime ambulatorial ou em regime de internação em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico – HCTP. No Estado de São Paulo haviam centenas de pessoas aguardando por vagas nos HCTPs, pulverizadas por unidades prisionais comuns e completamente desassistidas. Para tanto, a partir de uma aliança entre Psiquiatria e Justiça, estabeleceu-se um termo de cooperação que ensejou na criação, em 2014, de uma ala psiquiátrica – ainda dentro de uma penitenciária comum – que pudesse concentrar essas pessoas em situação irregular. Os objetivos desta pesquisa consistem em reconstruir essa história de criação e compreender ao que responde hoje a aplicação e execução das medidas de segurança bem como por quais caminhos vem se dando a reedição da noção de periculosidade. Para tanto: a) realizamos revisão de literatura em torno dos seguintes eixos: a lógica de aplicação das medidas de segurança no Brasil; a construção do sujeito perigoso; o conceito de desinstitucionalização, norteador da Reforma Psiquiátrica, e o campo de lutas que se estabeleceu no cenário das medidas de segurança, a partir da Lei nº10.216/2001, ressaltando os acontecimentos do cenário paulista; b) entrevistas realizadas com sujeitos que participaram ativamente ou acompanharam de perto o processo de criação daquela Ala; c) análise dos laudos de verificação de cessação de periculosidade, de um grupo de 86 pacientes que estavam aguardando vagas para internação em hospital de custódia irregularmente confinados nas alas psiquiátricas de penitenciárias comuns. O estudo empírico discutiu por meio de alguns analisadores as alianças e tensões na configuração da Ala, olhando especialmente para a questão do sujeito usuário de drogas, perfil crescente em todo o Sistema Penitenciário. A partir dos aportes teóricos de Michel Foucault e dos autores da Análise Institucional, pudemos compreender que os manicômios judiciários e alas especiais consistem apenas em um dos espaços de um modelo de gestão em circuitos transinstitucionais que absorvem os sujeitos ingovernáveis, marcados por uma nova noção situacional de periculosidade
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Fronteiras da sanidade : da "periculosidade" ao "risco" na articulação dos discursos psiquiátrico forense e jurídico no Instituto Psiquiátrico Forense Maurício Cardoso de 1925 a 2003Almeida, Francis Moraes de January 2009 (has links)
Esta tese descreve a articulação entre as práticas discursivas jurídicas e psiquiátrico forenses através da análise dos laudos psiquiátrico legais arquivados no Instituto Psiquiátrico Forense Maurício Cardoso, localizado em Porto Alegre, no período de 1925 a 2003. Adotando uma abordagem arqueogenealógica de pesquisa, inspirada na obra de Michel Foucault, busca descrever o modo como ocorre, ao longo do período pesquisado, a relação entre diversos regimes de verdade jurídico-legais e médico-científicos que permitem a emergência da "periculosidade" e do "risco" como problematizações específicas. Inicialmente, verificou-se o predomínio da noção médico-jurídica de "periculosidade", abarcando o período de 1925 a 1973, no qual os determinantes hereditários e os traços de personalidade tendiam a ser associados aos comportamentos criminosos de caráter violento, remontando a uma natureza ou condição individual. A noção de risco começa a se esboçar entre 1974 e 2003, abarcando a noção e "periculosidade" e a amplificando, pois está centrada na descrição de comportamentos criminosos visando determinar os indivíduos potencialmente reincidentes, enfatizando mais a classificação psiquiátrica do indivíduo periciado do que a gravidade do crime cometido. / This thesis describes the articulation between the juridical and psychiatric discursive practices using the forensic psychiatrical assessments archived in the Forensic Psychiatrical Institute Mauricio Cardoso, located at Porto Alegre, from 1925 to 1973. Adopting an archeogenealogical approach of research, inspired on the Michel Foucault's work, this enquire search to describe how along the researched period the different juridical-legal and medicalscientific problematizations and politics of truth permit the emergency of problematizations around "dangerousness" and "risk". Initially, it was verified the predominance of the medicaljuridical notion or "dangerousness", from 1925 to 1973, in which the hereditary determinants and the personality traits tend to be associated to criminal behaviors of violent nature, remembering an individual condition. The notion of "risk" begins to be stretch between 1974 and 2003, comprehending the notion of "dangerousness" and amplifying it, for it is centered in the description of violent behaviors aiming to determine the potentially recidivist individuals, focusing more the psychiatrical classification of the individual than the gravity of the crime.
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Fronteiras da sanidade : da "periculosidade" ao "risco" na articulação dos discursos psiquiátrico forense e jurídico no Instituto Psiquiátrico Forense Maurício Cardoso de 1925 a 2003Almeida, Francis Moraes de January 2009 (has links)
Esta tese descreve a articulação entre as práticas discursivas jurídicas e psiquiátrico forenses através da análise dos laudos psiquiátrico legais arquivados no Instituto Psiquiátrico Forense Maurício Cardoso, localizado em Porto Alegre, no período de 1925 a 2003. Adotando uma abordagem arqueogenealógica de pesquisa, inspirada na obra de Michel Foucault, busca descrever o modo como ocorre, ao longo do período pesquisado, a relação entre diversos regimes de verdade jurídico-legais e médico-científicos que permitem a emergência da "periculosidade" e do "risco" como problematizações específicas. Inicialmente, verificou-se o predomínio da noção médico-jurídica de "periculosidade", abarcando o período de 1925 a 1973, no qual os determinantes hereditários e os traços de personalidade tendiam a ser associados aos comportamentos criminosos de caráter violento, remontando a uma natureza ou condição individual. A noção de risco começa a se esboçar entre 1974 e 2003, abarcando a noção e "periculosidade" e a amplificando, pois está centrada na descrição de comportamentos criminosos visando determinar os indivíduos potencialmente reincidentes, enfatizando mais a classificação psiquiátrica do indivíduo periciado do que a gravidade do crime cometido. / This thesis describes the articulation between the juridical and psychiatric discursive practices using the forensic psychiatrical assessments archived in the Forensic Psychiatrical Institute Mauricio Cardoso, located at Porto Alegre, from 1925 to 1973. Adopting an archeogenealogical approach of research, inspired on the Michel Foucault's work, this enquire search to describe how along the researched period the different juridical-legal and medicalscientific problematizations and politics of truth permit the emergency of problematizations around "dangerousness" and "risk". Initially, it was verified the predominance of the medicaljuridical notion or "dangerousness", from 1925 to 1973, in which the hereditary determinants and the personality traits tend to be associated to criminal behaviors of violent nature, remembering an individual condition. The notion of "risk" begins to be stretch between 1974 and 2003, comprehending the notion of "dangerousness" and amplifying it, for it is centered in the description of violent behaviors aiming to determine the potentially recidivist individuals, focusing more the psychiatrical classification of the individual than the gravity of the crime.
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