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Resiliência, depressão, qualidade de vida, capacidade funcional e religiosidade em idosos com dor crônica / Resilience, depression, quality of life, functional capacity and religiosity in older adults with chronic painMárcia Carla Morete Pinto 27 March 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: Resiliência é uma combinação de fatores que propicia ao ser humano condições para enfrentar e superar problemas e adversidades. A dor crônica pode influenciar a forma como o idoso enfrenta estas situações. A ansiedade e depressão são doenças prevalentes entre os portadores de dor crônica. As relações entre resiliência, depressão, ansiedade, religiosidade e capacidade física são pouco estudados em idosos sem e com dor crônica. OBJETIVOS: Avaliar a resiliência, depressão, ansiedade, religiosidade e capacidade física em um grupo de idosos com e sem dor crônica. MÉTODOS: Este foi um estudo transversal onde foram avaliados idosos acompanhados em ambulatório de geriatria e divididos em dois grupos: 54 idosos com dor crônica e 54 idosos sem dor crônica. A resiliência foi avaliada através da escala de Resiliência Connors & Davidson, a depressão foi avaliada pela Escada de Depressão Geriátrica (GDS), a qualidade de vida através do questionário SF - 36, capacidade funcional através da Medida da Incapacidade Funcional (MIF) e religiosidade através do Questionário de Duke. Para a avaliação da dor crônica foi utilizada a Escala Graduada de Dor Crônica (EGDC). RESULTADOS: A amostra foi composta por 67,6% de mulheres e 32,4% de homens, com idade média de 79,9 anos. No grupo com dor, os locais mais frequentemente acometidos foram os joelhos e região lombar e o tempo de duração da dor entre 1 e 5 anos. O índice médio de resiliência no grupo com dor foi de 69,4, e no grupo sem dor foi de 80,1. Foi encontrada depressão em 35,2 % dos pacientes com dor e não houve caso de depressão nos idosos sem dor. A qualidade de vida nos idosos com dor foi pior em todos os domínios: físico, mental, emocional, social, vitalidade, dor e no aspecto físico comparado ao grupo sem dor. Não houve diferença na religiosidade e na capacidade funcional entre os idosos com e sem dor. CONCLUSÕES: A resiliência é menor em idosos portadores de dor crônica, a depressão é mais frequente em portadores de dor crônica, a qualidade de vida é pior em idosos com dor crônica e não há relação entre dor em idosos e capacidade funcional e religiosidade / INTRODUCTION: Resilience is a combination of factors that provides the human condition to face and overcome problems and adversities. Chronic pain can influence how the elderly facing these situations. Anxiety and depression are prevalent disease among patients with chronic pain. The relationship between resilience, depression, anxiety, religion and physical ability are poorly studied in the elderly and elderly with chronic pain. OBJECTIVES: This study evaluated the resilience, depression, anxiety, religion and physical ability in a group of elderly patients with and without chronic pain. METHODS: This was a cross-sectional study that evaluated elderly seen in geriatric outpatient and divided into two groups: 54 elderly patients with chronic pain and 54 subjects without chronic pain. Resilience was assessed by Resiliency Connors & Davidson scale depression was assessed using the Geriatric Depression (GDS), the quality of life SF - 36, functional capacity through the Measure of Functional Disability (MIF) and religiosity through the Duke Questionnaire. The assessment of chronic pain was used Graded Chronic Pain Scale (EGDC). RESULTS: The sample consisted of 67.6% women and 32.4% men, mean age 79.9 years. In the group with pain, the most commonly affected locations are the knees and lower back and the duration of pain between 1 and 5 years. The resilience average rate in the group with pain was 69.4, and in the group without pain was 80.1. Depression was found in 35.2% of patients with pain and there was no case of depression in the elderly without pain. The quality of life in elderly patients with pain was worse in all areas: physical, mental, emotional and social, vitality, pain and physical appearance compared to the group without pain. No differences in religiosity and functional capacity among the elderly with and without pain. CONCLUSIONS: Resilience is lower in elderly patients with chronic pain, depression is more common in patients with chronic pain, quality of life is worse in older adults with chronic pain and there is no relationship between pain in the elderly and functional capacity and religiosity
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Resiliência e apoio social de mães adolescentes em vulnerabilidade social / Resilience and social support of adolescent mothers in social vulnerabilityBianca Gansauskas de Andrade 11 May 2017 (has links)
Introdução: A maternidade na adolescência tem sido um obstáculo para avanços no status educacional, social e econômico das mulheres em todas as partes do mundo. O apoio social é um dos fatores protetores mais citados na literatura que auxiliam as mães adolescentes no enfrentamento e superação dos problemas, contribuindo para a construção da resiliência dessas jovens. Dado a relevância do apoio social para as mães adolescentes e a importância da resiliência, o estudo da associação desses fatores é de grande interesse na área da Promoção da Saúde. Objetivo: Compreender a influência do apoio social no processo de resiliência de mães adolescentes residentes na periferia do município de Bertioga. Metodologia: O presente estudo é do tipo exploratório-descritivo, transversal de abordagem quantitativa. Foram selecionadas, por conveniência, 48 mães adolescentes de 10 a 19 anos, atendidas nas cinco Unidades Básicas de Saúde do município de Bertioga, no estado de São Paulo. Os instrumentos utilizados foram: a) questionário sociodemográfico; b) Escala de Resiliência desenvolvida por Wagnild e Young (1993), adaptada por Pesce et al. (2005); c) Escala de Apoio Social utilizada no Medical Outcomes Study (MOS), adaptada por Griep et al. (2005). Para a análise dos dados, foi realizada a correlação de postos de Spearman. Resultados: Os resultados mostram que 81,25% das mães adolescentes tem idades entre 17 e 19 anos, 91,66% estão em uma união estável ou casamento, 75% abandonaram a escola, 70,83% possuem um atraso escolar bastante significativo, 75% não trabalham e 75% passam o dia todo com seus filhos. De forma geral as mães adolescentes obtiveram uma alta pontuação na Escala de Resiliência, bem como nos fatores que a compõem e na Escala de Apoio Social (MOS) e em suas dimensões. Foi observada uma correlação direta entre o fator, Autoconfiança e capacidade de adaptação a situações e a idade das mães adolescentes, uma correlação direta entre o fator Resolução de ações e valores e a dimensão Interação social positiva e uma correlação inversa entre o fator Independência e determinação e a dimensão Afetiva. Conclusões: Embora não tenha sido observada correlação estatisticamente significativa entre as pontuações totais da Escala de Resiliência e da Escala de Apoio Social (MOS) nas mães adolescentes entrevistadas, foram encontradas associações significativas entre os fatores da Escala de Resiliência e as dimensões da Escala de Apoio Social (MOS). Tais resultados evidenciaram questões de gênero e a importância de políticas intersetoriais com foco em mães e pais adolescentes e jovens que considerem seus contextos sócio-econômico-culturais, fortaleçam o apoio social e promovam comportamentos resilientes para que se tornem autônomos e conscientes na construção de seus projetos de vida. / Introduction: Motherhood in adolescence has been an obstacle to advances in the educational, social and economic status of women in all parts of the world. Social support is one of the best resources that helps adolescent mothers develop resilience in difficult situations and cope with and overcome their problems. Given the relevance of social support for adolescent mothers and the importance of resilience, the study of the association of these factors is of great interest in the area of Health Promotion. Objective: To understand the influence of social support on the resilience process of adolescent mothers living in the periphery of the city of Bertioga. Methodology: The present study is an exploratory-descriptive, cross-sectional, quantitative approach. We selected, for convenience, 48 adolescent mothers ages 10 to 19 years who attended the five Basic Health Units of the city of Bertioga, in the state of São Paulo. The instruments used were: A) socio-demographic questionnaire; B) Resilience Scale developed by Wagnild and Young (1993), adapted by Pesce et al. (2005); C) Social Support Scale used in the Medical Outcomes Study (MOS), adapted by Griep et al. (2005). For the data analysis, the Spearmans rank correlation was performed. Results: The results show that 85.42% of adolescent mothers are between 17 and 19 years old, 91.66% are in a stable union or marriage, 75% have left school, 70.83% have a significant school delay, 75% do not work and 75% spend all day with their children. In general, adolescent mothers obtained a high score in the Resilience Scale, as well as in the factors that compose it, and in the Social Support Scale (MOS) and its dimensions. A direct correlation was observed between the factor \"Self-confidence and adaptability to situations\" and the age of adolescent mothers. Another direct correlation was observed between the factor \"Resolution of actions and values\" and the dimension \"Positive social interaction. An inverse correlation was observed between the factor \"Independence and determination\" and the dimension \"Affective\". Conclusions: Although no statistically significant correlation was found between the total scores of the Resilience Scale and the Social Support Scale (MOS) in the adolescent mothers interviewed, significant associations were found between the factors of the Resilience Scale and the dimensions of the Support Scale Social (MOS). These results have highlighted gender issues and the importance of intersectorial policies that focus on adolescents and young mothers and fathers and take into consideration their socioeconomic-cultural contexts. These policies should strengthen these adolescents social support, promote resilient behavior, and ultimately allow them to become autonomous and make responsible life decisions.
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Fatores de estresse, sintomas depressivos, suporte social e resiliência associados ao desempenho acadêmico em estudantes de enfermagem / Stress factors, Depressive Symptoms, Social Support and Resilience associated with academic performance in nursing studentsFonseca, José Ricardo Ferreira da 21 February 2017 (has links)
Introdução: As adversidades da vida acadêmica trazem inúmeros desafios, o que pode refletir no pior desempenho acadêmico do estudante de enfermagem. Os fatores de estresse e sintomatologia depressiva tem impacto negativo na vida do estudante, por outro lado, o suporte social e resiliência são entendidos como fatores de proteção. No entanto pouco tem se investigado sobre a influência desse conjunto de fatores no desempenho acadêmico do estudante de enfermagem. Objetivo: Analisar a influência dos fatores de estresse, sintomatologia depressiva, suporte social e resiliência no desempenho acadêmico de estudantes de enfermagem. Casuística e método: Trata-se de uma pesquisa observacional, transversal, quantitativa, com 155 estudante de enfermagem de uma universidade pública no Estado do Amazonas, Brasil. Para coleta de dados foi utilizado caderno de questões contendo dados sociodemográficos, acadêmicos, desempenho acadêmico (Coeficiente de rendimento escolar CRE e Rendimento Semestral individual RSI), Escala de Avaliação de Estresse em Estudantes de Enfermagem (AEEE), Escala de sintomatologia depressiva do Center for Epidemiologic Studies Depression (CES-D) e a Escala de suporte social do Medical Outcomes Study (MOS) e Escala 14-itens Resilience Scale (RS-14). Para análise dos dados utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson, Análise de variância (ANOVA), teste de Tukey e regressão linear múltipla. Resultados: Para os estudantes foi predominante baixa pontuação de estresse em todos os domínios, com pontuação média para Realização das atividades práticas, Gerenciamento do tempo, Ambiente e Atividade teórica, pontuação alta para Comunicação profissional e Formação profissional. 72,9% estavam com sintomas depressivos, a média dos escore de sintomatologia depressiva foi de 21,08, acima do ponto de corte 16, e o fator Afetos positivos obteve maior escore padronizado. A dimensão do suporte social Apoio social afetivo foi predominante. Os estudantes foram classificados em alta e muito alta resiliência. As variáveis que se associaram significativamente com o RSI foram: Pessoas com as quais reside (morar sozinho); Semestre escolar (sétimo); Reprovação em disciplinas; Atividades complementares e Bolsista; A variável Reprovação em disciplina se associou significativamente com o CRE. As variáveis Número de disciplinas cursadas com aprovação, Número de disciplinas cursadas com reprovação correlacionaram-se significativamente com o RSI e CRE respectivamente. As variáveis que se correlacionaram-se significativamente com o RSI foram: Fatores de estresse (Realização das atividades práticas, Comunicação profissional, Formação profissional) com correlação positiva; Sintomatologia depressiva (Dimensões: Depressão; Interpessoal; Somática/iniciativa) com correlação negativa; Suporte social (Dimensão: Apoio social afetivo) com correlação positiva. Reprovação em disciplinas, intenção de continuidade nos estudos, prática de campo, idade, número de disciplinas cursadas com aprovação, número de disciplinas cursadas com reprovação e fatores de estresse Atividade teórica foram preditores do CRE. Reprovação em disciplinas, pessoas com as quais reside (morar sozinho), semestre escolar (sétimo), estar no sétimo semestre, número de disciplinas cursadas com aprovação, Sintomatologia depressiva Somática/iniciativa foram os preditores do RSI. Conclusão: A percepção de estresse nas atividades teóricas e a sintomatologia depressiva (Somática/iniciativa) impactaram negativamente no desempenho acadêmico. O estresse percebido na realização das atividades práticas, comunicação profissional e formação profissional correlacionou-se positivamente com o desempenho acadêmico, dado relevante que representa uma análise do estresse sob uma perspectiva positiva e não somente negativa. O suporte social foi um fator de proteção para o desempenho e a resiliência não apresentou influência. Esta pesquisa contribuiu para compreensão dos aspectos psicoemocionais investigados no desempenho acadêmico do estudante de enfermagem, além de trazer novos dados para compreensão do estresse sob uma perspectiva positiva. / Introduction: The adversities of academic life bring several challenges, which may reflect in the lower academic performance of the nursing student. The stress factors and depressive symptomatology have a negative impact on the student\'s life; on the other hand, social support and resilience are known as protective factors. However, little has been investigated about the influence of this group of factors on the academic performance of the nursing student. Objective: To analyze the influence of stress factors, depressive symptomatology, social support and resilience on the academic performance of nursing students. Casuistry and method: This is an observational, cross-sectional, quantitative study with 155 nursing students from a public university of the State of Amazonas, Brazil. Regarding data collection, it was used a questionnaire containing both socio-demographic and academic data, academic performance (Grade Point Average - GPA and Semi-annual Academic Progress - SAP), The Assessment of Stress in Nursing Students Scale (ASNS), The Center for Epidemiologic Studies Scale - Depression (CES-D) and The Social Support Survey of the Medical Outcomes Study (MOS), as well as The 14-item Resilience Scale (RS-14). For data analysis, it was used the Pearson product-moment correlation coefficient, Analysis of variance (ANOVA), Tukey\'s method and multiple linear regression. Results: For the students, there was a predominance of a low stress scores in all domains, with average scores for \"Practical activity\", \"Time management\", \"Environment\" and \"Theoretical activity\"; high score for \"Professional communication\" and \"Professional qualification\". 72.9% were at depression risk, the depressive symptomatology scores mean was 21.08, above the cutoff value 16, and the \"Positive affect\" factor obtained the highest standardized score. The dimension of social support \"Affective social support\" was predominant. Students were classified in \"high\" and \"very high\" resilience. The variables that were significantly associated with the SAP were: People you reside with (living alone); School semester (seventh); Failing grades; Complementary Activities and Scholarship; the variable Failing grades was significantly associated with the GPA. The variables Number of courses taken with passing grade \", \"Number of courses taken with failing grades\" correlated significantly with SAP and GPA, respectively. The variables, that correlated significantly with SAP were: Stress factors (\"Realization of practical activities\", \"Professional communication\", \"Professional qualification\") with positive correlation; Depressive symptomatology (Dimensions: \"Depression\", \"Interpersonal\", \"Somatic/initiative\") with negative correlation; Social support (Dimension: \"Affective social support\") with positive correlation. Failing grades, Intention to continue studies, field-practice, age, number of courses taken with passing grades, number of courses taken with falling grades and stress factors \"Theoretical activity\" were predictors of GPA. Failing grades, People you reside with (living alone), School semester (seventh), being at the seventh semester, number of courses taken with passing grades, Depressive symptomatology \"Somatic/initiative\" were the predictors of SAP. Conclusion: The perception of stress in theoretical activities and depressive symptomatology (Somatic/initiative) had a negative impact on academic performance. The perceived stress in the realization of practical activities, professional communication and professional qualification correlated positively with the academic performance, relevant data that represents a stress analysis from a positive perspective and not only negative. Social support was a protective factor for performance, and resilience did not show influence. This research contributed to the comprehension of the psychemotional aspects investigated in the academic performance of the nursing student as well as bringing new data to understand the stress from a positive perspective.
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A outra face da doença: compreendendo experiências de superação vivenciadas por pacientes renais crônicos e seus familiares no Estado do Amapá / The other face of the disease: Understanding breakthrough experiences lived by chronic renal patients and their families in the State of AmapáMello, Maria Virgínia Filgueiras de Assis 10 November 2016 (has links)
Introdução: O advento da Doença Renal Crônica na vida do paciente e das famílias constitui evento gerador de grande impacto, requerendo diversas formas de enfrentamento e desenvolvimento de mecanismos adaptativos. Objetivo: Compreender como se expressa a resiliência nos pacientes renais crônicos e suas famílias. Método: Estudo qualitativo, conduzido pelo referencial teórico do Interacionismo Simbólico e da Pesquisa Narrativa como referencial metodológico. Teve como cenário o Estado do Amapá, localizado no extremo Norte do Brasil. Entrevistas semiestruturadas foram conduzidas com 15 pacientes que vivenciam a experiência da terapia hemodialítica e 16 familiares destes. Resultados: A análise temática das narrativas resultou na identificação de cinco temas: A VIDA ANTES DA DOENÇA, A VIDA INVADIDA PELA DOENÇA, A VIDA TOMANDO OUTRA DIREÇÃO, A VIDA COM UM NOVO SENTIDO e A HEMODIÁLISE COMO SUSTENTÁCULO DA VIDA. Os temas revelaram o impacto ocasionado nas vidas dos pacientes e de suas famílias decorrentes da doença renal crônica e da necessidade da hemodiálise, a capacidade de enfrentamento e superação das adversidades e a determinação em transformar a experiência de sofrimento em oportunidade para crescimento e fortalecimento. Considerações finais: Este estudo ressalta a doença renal crônica como uma situação de grande adversidade para o paciente e a família, destacando aspectos que podem ser observados e fomentados nas intervenções de enfermagem, com vistas ao fortalecimento da resiliência familiar como mecanismo profícuo de enfrentamento das situações de adversidade ocasionadas pela doença. Estratégias de superação e adaptação devem ser promovidas pela enfermagem, em prol de encorajar as famílias a identificarem e buscarem recursos internos e externos em direção à recuperação e crescimento face à doença. / Introduction: The advent of Chronic Kidney Disease strongly impacts patients lives and those of their families, requiring different ways of coping and developing adaptive mechanisms. Objectives: To understand how chronic renal patients and their families resilience is expressed. Method: Qualitative study, conducted through the theoretical framework of Symbolic Interactionism and Narrative Research as methodological approach. The study was set in the State of Amapá, located in the extreme north of Brazil. Fifteen patients who undergo hemodialysis and 16 members of their families participated in semi-structured interviews. Results: Thematic analysis of the narratives resulted in the identification of five themes: LIFE BEFORE THE DISEASE, LIFE TAKEN OVER BY THE DISEASE, LIFE TAKING A DIFFERENT PATH, LIFE WITH A NEW MEANING and HEMODIALYSIS AS SUSTAINER OF LIFE. The themes revealed the impact caused by the chronic kidney disease and the need for hemodialysis in the lives of patients and that of their families, the ability to cope and overcome adversities and the determination to transform the painful experience into an opportunity for growth and strengthening. Final Considerations: This study focus on chronic kidney disease as a major adversity for patients and their families, highlighting aspects that may be observed and promoted in nursing interventions, aiming at strengthening family resilience as a meaningful coping mechanism for the adverse situations brought about by the disease. Overcoming and adaptation strategies should be promoted by the nursing team to encourage families to identify and pursue internal and external resources for recovery and for growth when dealing with the disease.
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O mal-estar na formacão médica: uma análise dos sintomas de ansiedade, depressão e esgotamento profissional e suas relações com resiliência e empatia / Malaise in medical training: an analysis of the symptoms of anxiety, depression, and professional exhaustion and their relationships with resilience and empathyGannam, Silmar de Souza Abu 26 November 2018 (has links)
As exigências e pressões da formação médica representam uma ameaça para o bem-estar pessoal e para a saúde mental dos estudantes de Medicina, gerando elevados índices de ansiedade, depressão e esgotamento emocional. Estudantes de Medicina estão expostos continuamente a fatores de estresse tanto físicos como psicológicos, destacando-se o contato precoce e contínuo com a morte e o sofrimento de pacientes e seus familiares, alta demanda de estudos e trabalho, alta competitividade entre pares, má supervisão e até mesmo assédio. Vários estudos apontam para uma prevalência aumentada de distúrbios emocionais e psicológicos em estudantes de Medicina quando comparados com a população geral pareada para a idade e com estudantes universitários de outras áreas. O objetivo deste estudo foi analisar o sofrimento dos alunos de Medicina por meio das associações entre sintomas de ansiedade, depressão e esgotamento profissional e suas relações com empatia e resiliência. Trata-se de um estudo transversal, no qual 1350 alunos de 22 escolas médicas brasileiras responderam à questionários autoaplicáveis em uma plataforma eletrônica. Todas as variáveis foram categorizadas em três graus de intensidade (baixa, moderada e alta) e apresentadas como frequências e proporções. Modelos de regressão ordinal com razão de chances proporcionais foram construídos para testar as associações. Por fim, uma análise descritiva dos itens de cada questionário foi realizada. Encontrou-se uma alta prevalência de distúrbios emocionais, com elevados índices de ansiedade, depressão e esgotamento profissional. Por outro lado, a maioria dos participantes apresentou resiliência alta ou moderada. Em relação a empatia os estudantes apresentaram alta tomada de perspectiva e baixa angústia pessoal e uma maior prevalência de consideração empática baixa e moderada. Houve uma associação direta entre ansiedade, depressão e esgotamento profissional, sendo que alta intensidade de sintomas de ansiedade e depressão significaram um aumento de até 8,3 vezes e 2,8 vezes de esgotamento profissional, respectivamente. Resiliência foi um fator protetor, diminuído ansiedade, depressão e esgotamento profissional e melhorando a empatia. Esta por sua vez, teve um comportamento variável: enquanto que a tomada de perspectiva diminuiu com desgaste emocional, a consideração empática aumentou. Analise de itens permitiu um aprofundamento do entendimento destas relações e uma diálogo com a psicanálise e seus conceitos de mal-estar na cultura, narcisismo, sofrimento e sintoma / The demands and pressures of medical training pose a threat to the personal well-being and mental health of medical students, generating high rates of anxiety, depression and emotional exhaustion. Medical students are continually exposed to both physical and psychological stressors, highlighting early and ongoing contact with the death and suffering of patients and their families, high demand for studies and work, high peer competitiveness, poor supervision and even harassment. Several studies point to an increased prevalence of emotional and psychological disorders in medical students compared to the age-matched general population and to university students from other areas. The objective of this study was to analyze the suffering of medical students through the associations between symptoms of anxiety, depression and professional exhaustion and their relationships with empathy and resilience. This is a cross-sectional study, in which 1350 students from 22 Brazilian medical schools answered self-administered questionnaires in an electronic platform. All variables were categorized into three degrees of intensity (low, moderate and high) and presented as frequencies and proportions. Ordinal odds regression models were constructed to test for associations. Finally, a descriptive analysis of the items of each questionnaire was performed. There was a high prevalence of emotional disorders, with high rates of anxiety, depression and professional exhaustion. On the other hand, the majority of the participants presented high resilience. Regarding empathy, the students presented high perspective-taking and low personal distress and a higher prevalence of low and moderate empathic concern. There was a direct association between anxiety, depression and professional exhaustion. Higher intensity of anxiety and depression symptoms meant an increase of up to 8.3 times and 2.8 times of professional exhaustion, respectively. Resilience was a protective factor, decreasing anxiety, depression and professional exhaustion and improving empathy. Empathy, in turn, had a variable behavior: whereas perspective-taking decreased with the increase of symptoms of emotional distress, empathic consideration increased. Analysis of items allowed to deepen the understanding of these relationships and to dialogue with psychoanalysis and its concepts of malaise in culture, narcissism, suffering and symptom
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Qualidade de vida, adolescência e doença crônica / Quality of life, adolescence and chronical diseasesNigro, Silvia Maria Balieiro 25 April 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: Novas abordagens terapêuticas possibilitaram a sobrevida de crianças com doenças graves permitindo que atinjam a adolescência. O impacto da doença crônica no adolescente afeta seu desenvolvimento e qualidade de vida. OBJETIVO: Analisar a percepção de adolescentes com doença crônica acerca das interações da sua condição de saúde com as peculiaridades biopsicossociais da adolescência e seu impacto na qualidade de vida, identificando as estratégias de enfrentamento utilizadas, e avaliar os escores de resiliência e qualidade de vida.MÉTODOS: O estudo qualiquantitativo transversal e exploratório, envolveu 31 adolescentes (12-18 anos) em tratamento de doenças crônicas no ambulatório de especialidades pediátricas do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Coleta de dados utilizou: autoavaliação, questionário sociodemográfico, WHOQOL-BREF, RS14-Escala e grupos focais.RESULTADOS: Idade média dos participantes foi 15,1±1,5 anos, 20 adolescentes eram do sexo feminino (64,5%) e 11 masculino (35,5%). A percepção da qualidade de vida por autoavaliação não variou em relação ao sexo, grupo etário, ano letivo perdido e grau de escolaridade dos pais. Menores escores de resiliência estavam associados ao atraso escolar. Os adolescentes com doença crônica percebem suas limitações e experimentam o desenvolvimento pessoal a partir do processo de adoecimento e tratamento, que gera sentimentos ambíguos como revolta pelo desconforto e dor, em contraste com a auto-percepção do desenvolvimento de resiliência. Valorizam de modo ambivalente a rede de suporte representada pela família e amigos. Destacam sentimentos de constrangimento referentes à imagem corporal e seus efeitos sobre a autoestima. Apreciam as oportunidades de lazer como esporte, mídias e atividades relacionadas à música. Reconhecem os relacionamentos sociais e têm vínculos e modelos entre amigos, família e parceiros. Atividades básicas como comer e dormir foram consideradas fatores de promoção de bem-estar. Os adolescentes com doenças crônicas têm projetos de vida, sonhos mágicos e planos reais que remetem a futuras profissões no campo da saúde e cuidado. CONCLUSÕES: A despeito da doença crônica, os adolescentes que participaram do estudo têm sonhos, desejos e comportamentos sociais esperados nesta fase do ciclo vital. A doença crônica tem impacto na sua socialização e escolarização. Aqueles com maiores escores de resiliência tiveram menos atraso escolar. Desenvolvem comportamentos sociais adaptativos e contam com apoio de pais e amigos. Desejam e têm condições de participar do seu processo terapêutico / INTRODUCTION: New therapeutic approaches have made possible for children with serious diseases to live up until adolescence. The impact of a chronical disease in an adolescent affects its development and quality of life. OBJECTIVE: to analyze the perception of adolescents with chronical diseases of the interactions of their life conditions with the biopsychosocial peculiarities of the adolescence and its impact in their quality of life, indicating strategies utilized and evaluating resilience and quality of life scores.METHODS: the qualiquantitative, transversal and exploratory study involved 31 adolescents (12-18 years old), who have been having treatment of their chronical diseases in the pediatric specialties ambulatory of the Pediatrics Department of the Medical Sciences School of Santa Casa of São Paulo. The data collect involved: auto evaluation, sociodemographic questionnaires, WHOQOL-BREF, RS-14-scale and focus groups.RESULTS: the participants were 15 years old in average (±1,5), there were 20 adolescents female gender (64,5%) and other 11 (35,3%) male. Their perception of quality of life in their auto evaluation did not vary according to their gender, age, lost school year or degree of education of their parents. The lowest resilience scores were associated with school delay. The adolescents notice their limitations and try the social development through the process of sickening and treatment, generating ambiguous feelings like revolt and pain, contrasting with their auto-perception of the development of resilience. They value ambivalently the support network composed of family and friends. They highlight feelings of embarrassment due to their corporal image and their impacts on the self-stem. They appreciate leisure opportunities like sports, medias and music. They acknowledge their social relationships and their models among friends, family and partners. Basic activities like eating and sleeping were considered promoting factors of well-being. The adolescents with chronical disease have life projects, magical dreams and real plans that remit to future careers in health and care fields.CONCLUSIONS: In spite of their chronical diseases, the adolescents studied have dreams, desires and social behaviors expected of them in their age range. However, their condition impacts on their socialization and education. Those with lower resilience scores had less school delay. The adolescents develop social adaptive behaviors e count on their friends and family support. They wish and have conditions to participate of their therapeutic process
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Qualidade de vida, resiliência, empatia, sonolência diurna e desempenho acadêmico em residentes de clínica médica: análise qualitativa e quantitativa / Quality of life, resilience, empathy, daytime sleepiness and academic performance in internal medicine residents: qualitative and quantitative analysisKobayasi, Renata 24 April 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: Na residência médica, inúmeros fatores favorecem o desgaste emocional, colocando em risco atitudes relevantes, como empatia, resiliência e percepção da qualidade de vida, o que pode comprometer o desempenho profissional. OBJETIVO: Avaliar o impacto do treinamento em Clínica Médica na percepção da qualidade de vida, empatia, resiliência e sonolência diurna, e suas correlações com o desempenho médico na avaliação de competências clínicas pelo método OSCE. A influência do gênero nesses construtos também foi investigada. METODOLOGIA: Estudo transversal com médicos residentes do primeiro ano de Clínica Médica, com questionários de autorrelato para avaliar a percepção de qualidade de vida específica para residência médica (Veras-Q), dados sociodemográficos, empatia (escala Jefferson), resiliência (escala Wagnild& Young RS-14) e sonolência diurna (escala de Epwoth). O desempenho acadêmico foi avaliado pelo método OSCE no final do primeiro ano da residência em Clínica Médica. Análise de grupos focais com residentes do sexo feminino foi feita para compreender as diferenças entre os gêneros nos construtos investigados. RESULTADOS: Cento e nove médicos residentes participaram do estudo: 31 (28,4%) do sexo feminino e 78 (71,6%) masculinos. As residentes do sexo feminino apresentaram escores de qualidade de vida significativamente menores do que os residentes masculinos nos domínios de uso do tempo (30,3, feminino vs 41,1, masculino p < 0,001), psicológico (48,1, feminino vs 56,7, masculino p < 0,01) e saúde física (42,8, feminino vs 53,6, masculino p < 0,05). Os escores de sonolência diurna foram significativamente maiores para as residentes do sexo feminino (13,0, feminino vs 9,0, masculino p < 0,001), com valores considerados patológicos (p < 0,001). Houve moderada correlação negativa entre sonolência diurna e o domínio manejo do tempo da qualidade de vida (p < 0,01). Houve forte correlação positiva entre resiliência e os domínios psicológico e saúde física da qualidade de vida (respectivamente, 0,48 e 0,50; p < 0,01). Os escores do desempenho acadêmico pelo método OSCE não diferiram entre os gêneros e não apresentaram correlação com os construtos investigados. A análise dos grupos focais destacou dificuldade de manejo do tempo, insegurança, sensação de perda, autocobrança, dificuldade de estabelecer laços afetivos, dificuldade de concentração e de aquisição do conhecimento como fatores relacionados à pior percepção da qualidade de vida para as residentes do sexo feminino. CONCLUSÃO: Ao final do primeiro ano da residência em Clínica Médica, os residentes apresentaram baixos escores na percepção da qualidade de vida e maior sonolência diurna. Houve diferenças significativas entre os gêneros na percepção da qualidade de vida e na sonolência diurna, com escores menores de qualidade de vida e escores maiores de sonolência diurna nas residentes do sexo feminino. Não foram identificadas correlações entre qualidade de vida, empatia, resiliência, sonolência diurna e o desempenho acadêmico pelo método OSCE em residentes do primeiro ano de Clínica Médica / INTRODUCTION: During medical residency, many factors may lead to emotional distress, putting at risk relevant attitudes such as empathy, resilience and perception of quality of life, which can compromise professional performance. OBJECTIVE: To evaluate the impact of training in internal medicine on quality of life, empathy, resilience, daytime sleepiness and their correlation with academic performance using the OSCE method. The influence of gender in these constructs was also investigated. METHODOLOGY: A cross-sectional study with first-year internal medicine residents was performed to evaluate self-reported quality of life specific for medical residency (Veras-Q), socio demographic data, empathy (Jefferson scale), resilience (Brief Resilience Scale from Wagnild and Young) and daytime sleepiness (Epwoth scale). Academic performance was assessed by the OSCE method at the end of the first year of internal medicine residency. Differencesbetween genders were investigated using focus groups analysis with female residents. RESULTS: One hundred and nine resident physicians participated in the study: 31 (28.4%) were female and 78 (71.6%) were male. Female residents presented significantly lower scores than those of male residents for quality of life in the domains of time management (30.3, females vs 41.1, males p < 0.001), psychological (48.1 females vs 56, 7, males p < 0.01) and physical health (42.8, females vs 53.6, males p < 0.05). They also scored higher in daytime sleepiness (13.0, females vs 9.0, males p < 0.001) with pathological scores for daytime sleepiness. A moderate negative correlation between daytime sleepiness and time management domain of quality of life (p < 0.01) was observed. There was a strong positive correlation among resilience, psychological and physical health domains of quality of life (respectively 0.48 and 0.50, p < 0.01). Academic performance scores by the OSCE method did not differ between genders and did not correlate with empathy, resilience and daytime sleepiness scores. The focus group assessment revealed difficulty in concentration and knowledge acquisition, insecurity, feeling of loss, greater critical perception, self-doubt and difficulty in creating affective bonds to support the training period as the main factors involved in the lower perception of quality of life among the women. CONCLUSION: Female residents had lower scores of quality of life and higher scores on daytime sleepiness. No significant differences between genders were detected for academic performance scores and no relationship among quality of life, empathy, resilience, daytime sleepiness and academic performance by the OSCE method was observed in first-year internal medicine residents. Measures to improve quality of life among female residents during this critical period of medical training might include investing in mentoring to help them better manage their time and encouraging activities that facilitate relationship development
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O mal-estar na formacão médica: uma análise dos sintomas de ansiedade, depressão e esgotamento profissional e suas relações com resiliência e empatia / Malaise in medical training: an analysis of the symptoms of anxiety, depression, and professional exhaustion and their relationships with resilience and empathySilmar de Souza Abu Gannam 26 November 2018 (has links)
As exigências e pressões da formação médica representam uma ameaça para o bem-estar pessoal e para a saúde mental dos estudantes de Medicina, gerando elevados índices de ansiedade, depressão e esgotamento emocional. Estudantes de Medicina estão expostos continuamente a fatores de estresse tanto físicos como psicológicos, destacando-se o contato precoce e contínuo com a morte e o sofrimento de pacientes e seus familiares, alta demanda de estudos e trabalho, alta competitividade entre pares, má supervisão e até mesmo assédio. Vários estudos apontam para uma prevalência aumentada de distúrbios emocionais e psicológicos em estudantes de Medicina quando comparados com a população geral pareada para a idade e com estudantes universitários de outras áreas. O objetivo deste estudo foi analisar o sofrimento dos alunos de Medicina por meio das associações entre sintomas de ansiedade, depressão e esgotamento profissional e suas relações com empatia e resiliência. Trata-se de um estudo transversal, no qual 1350 alunos de 22 escolas médicas brasileiras responderam à questionários autoaplicáveis em uma plataforma eletrônica. Todas as variáveis foram categorizadas em três graus de intensidade (baixa, moderada e alta) e apresentadas como frequências e proporções. Modelos de regressão ordinal com razão de chances proporcionais foram construídos para testar as associações. Por fim, uma análise descritiva dos itens de cada questionário foi realizada. Encontrou-se uma alta prevalência de distúrbios emocionais, com elevados índices de ansiedade, depressão e esgotamento profissional. Por outro lado, a maioria dos participantes apresentou resiliência alta ou moderada. Em relação a empatia os estudantes apresentaram alta tomada de perspectiva e baixa angústia pessoal e uma maior prevalência de consideração empática baixa e moderada. Houve uma associação direta entre ansiedade, depressão e esgotamento profissional, sendo que alta intensidade de sintomas de ansiedade e depressão significaram um aumento de até 8,3 vezes e 2,8 vezes de esgotamento profissional, respectivamente. Resiliência foi um fator protetor, diminuído ansiedade, depressão e esgotamento profissional e melhorando a empatia. Esta por sua vez, teve um comportamento variável: enquanto que a tomada de perspectiva diminuiu com desgaste emocional, a consideração empática aumentou. Analise de itens permitiu um aprofundamento do entendimento destas relações e uma diálogo com a psicanálise e seus conceitos de mal-estar na cultura, narcisismo, sofrimento e sintoma / The demands and pressures of medical training pose a threat to the personal well-being and mental health of medical students, generating high rates of anxiety, depression and emotional exhaustion. Medical students are continually exposed to both physical and psychological stressors, highlighting early and ongoing contact with the death and suffering of patients and their families, high demand for studies and work, high peer competitiveness, poor supervision and even harassment. Several studies point to an increased prevalence of emotional and psychological disorders in medical students compared to the age-matched general population and to university students from other areas. The objective of this study was to analyze the suffering of medical students through the associations between symptoms of anxiety, depression and professional exhaustion and their relationships with empathy and resilience. This is a cross-sectional study, in which 1350 students from 22 Brazilian medical schools answered self-administered questionnaires in an electronic platform. All variables were categorized into three degrees of intensity (low, moderate and high) and presented as frequencies and proportions. Ordinal odds regression models were constructed to test for associations. Finally, a descriptive analysis of the items of each questionnaire was performed. There was a high prevalence of emotional disorders, with high rates of anxiety, depression and professional exhaustion. On the other hand, the majority of the participants presented high resilience. Regarding empathy, the students presented high perspective-taking and low personal distress and a higher prevalence of low and moderate empathic concern. There was a direct association between anxiety, depression and professional exhaustion. Higher intensity of anxiety and depression symptoms meant an increase of up to 8.3 times and 2.8 times of professional exhaustion, respectively. Resilience was a protective factor, decreasing anxiety, depression and professional exhaustion and improving empathy. Empathy, in turn, had a variable behavior: whereas perspective-taking decreased with the increase of symptoms of emotional distress, empathic consideration increased. Analysis of items allowed to deepen the understanding of these relationships and to dialogue with psychoanalysis and its concepts of malaise in culture, narcissism, suffering and symptom
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Relação entre as dimensões do modelo desequilíbrio esforço-recompensa, resiliência e níveis de cortisol salivar em policiais militares / Relationship among dimensions of the effort-reward imbalance model, resilience, and salivary cortisol levels in police officers / Relación entre las dimensiones del modelo desequilibrio esfuerzo-recompensa, resiliencia y niveles de cortisol salivar en policías militaresTavares, Juliana Petri January 2015 (has links)
Policiais militares constituem uma das categorias de trabalhadores com maior risco de morte e de exposição ao estresse. Este estudo teve como objetivo analisar as dimensões do Modelo Desequilíbrio Esforço-Recompensa, a resiliência e o nível de cortisol salivar em policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (BOE) da Polícia Militar de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Desenvolveu-se um estudo transversal, vinculado ao projeto intitulado “Impacto do estresse e de técnicas de relaxamento na variabilidade da frequência cardíaca em policiais militares”, que foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da UFRGS sob o nº 19785. A amostra se constituiu de 134 policiais militares. As variáveis independentes foram as dimensões do Modelo Desequilíbrio Esforço-Recompensa e a resiliência, coletados por meio das escalas Desequilíbrio Esforço-Recompensa (DER) e de Resiliência, respectivamente. O desfecho foi o cortisol salivar, coletado em três amostras (ao acordar, 30 minutos após acordar e à noite) de cada policial. Utilizou-se a estatística descritiva e analítica para a análise dos dados, considerando estatisticamente significativo p<0,05. Realizou-se a análise fatorial das escalas de estresse e resiliência. Respeitaram-se os preceitos éticos de acordo com a Resolução 466/12. O estresse psicossocial foi identificado em 17,2% dos policiais do BOE. Quando associado às dimensões do Modelo DER e escores de resiliência, observou-se correlação positiva entre escores fatoriais de Recompensa e resiliência (r=0,380; p<0,001) e negativa entre escores de esforço e resiliência (r=-0,243; p=0,005). No modelo final de regressão verificou-se que as variáveis pertencer ao Grupo de Operações Táticas Especiais (GATE) e pressão arterial diastólica explicaram 13,5% da variabilidade do cortisol ao acordar. Identificou-se que os setores GATE, Patrulha Especial da Tropa de Elite da Polícia Militar (PATRES) e Motociclistas explicaram 21,9% da variabilidade do cortisol de 30 minutos após acordar. As variáveis setor GATE e a Dimensão Esforço explicaram a variabilidade do cortisol Noite em 27,7%. A partir dos resultados deste estudo foi possível identificar a baixa prevalência de estresse psicossocial entre os policiais, embora alguns aspectos laborais estejam associados às alterações de cortisol salivar. / Military officers are one of the categories of workers with higher risk of death and exposure to stress. This study aimed to analyze the dimensions of the Effort-Reward Imbalance Model, resilience, and the level of salivary cortisol of special force police officers from the “Batalhão de Operações Especiais” (BOE) of Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A cross-sectional study was developed, linked to the project entitled "Impact of stress and relaxation techniques in heart rate variability in military officers", which was approved by the Research Ethics Committee of UFRGS under No. 19785. The sample consisted of 134 military officers. The independent variables were the size of the Effort-Reward Imbalance Model and resilience, collected through Effort-Reward Imbalance (DER) and Resilience scales, respectively. The outcome was the salivary cortisol, collected from three samples (upon waking, 30 minutes after waking and evening) of each officer. We used the descriptive and analytical statistics for data analysis, considering statistically significant p<0.05. Factor analysis of stress and resilience scales were performed. This study complied with the ethical principles in accordance with the Resolution 466/12. BOE officers presented 17.2% of psychosocial stress. When associated with the dimensions of the DER Model and resilience scores, there was a positive correlation between factor scores of reward and resilience (r = 0.380; p <0.001) and negative between effort and resilience scores (r = -0.243; p = 0.005 ). In the final regression model, GATE and diastolic blood pressure variables explained 13.5% of the variability of cortisol upon waking. It was identified that the GATE, PATRES and Motorcycle sectors explained 21.9% of the variability of cortisol 30 minutes after waking. The GATE sector and the Dimension Effort variables explained the variability Evening cortisol in 27.7%. Results of this study identifies the low prevalence of psychosocial stress among police officers, though some labor aspects are associated with salivary cortisol changes. / Los policías militares constituyen una de las categorías de trabajadores con mayor riesgo de muerte y de exposición al estrés. Este estudio tuvo el objetivo de analizar las dimensiones del Modelo Desequilibrio Esfuerzo-Recompensa, la resiliencia y el nivel de cortisol salivar en policías militares del Batallón de Operaciones Especiales (BOE) de la Policía Militar de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Se desarrolló un estudio transversal, vinculado al proyecto titulado “Impacto del estrés y de técnicas de relajación en la variabilidad de la frecuencia cardiaca en policiales militares”, que fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación de la UFRGS bajo el nº 19785. El muestreo se constituyó de 134 policiales militares. Las variables independientes fueron las dimensiones del Modelo Desequilibrio Esfuerzo-Recompensa y la resiliencia, recopilados por medio de las escalas Desequilibrio Esfuerzo-Recompensa (DER) y de Resiliencia, respectivamente. El resultado fue el cortisol salivar, recolectado en tres muestras (al despertar, 30 minutos tras despertar y a la noche) de cada policial. Se utilizó la estadística descriptiva y analítica para el análisis de los datos, considerando estadísticamente significativo el p<0,05. Se realizó el análisis factorial de las escalas de estrés y resiliencia. Se respectaron las reglas éticas según la Resolución 466/12. El estrés psicosocial fue identificado en 17,2% de los policiales del BOE. Cuando asociado con las dimensiones del Modelo DER y a los marcadores de resiliencia, se observó correlación positiva entre marcadores factoriales de Recompensa y resiliencia (r=0,380; p<0,001) y negativa entre marcadores de esfuerzo y resiliencia (r=-0,243; p=0,005). En el modelo final de regresión, se constató que las variables pertenecen al Grupo de Operaciones Tácticas Especiales (GATE) y presión arterial diastólica explicaron los 13,5% de la variabilidad del cortisol al despertar. Se identificó que los sectores GATE, Patrulla Especial de la Tropa de Élite de la Policía Militar (PATRES) y Motociclistas explicaron los 21,9% de la variabilidad del cortisol de 30 minutos tras el despertar. Las variables del sector GATE y la Dimensión Esfuerzo explicaron la variabilidad del cortisol Noche en 27,7%. A partir de los resultados de este estudio, fue posible identificar a la baja prevalencia de estrés psicosocial entre los policiales, aunque algunos aspectos laborales estén asociados con las alteraciones del cortisol salivar.
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Preditores de resiliência ao transtorno de estresse pós-traumático: uma metanálise / Predictors of resilience to post-traumatic stress disorder: a metanalysisRoberta Benitez Freitas Passos 03 May 2013 (has links)
Ao contrário da maioria dos transtornos psiquiátricos, o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) apresenta uma fator causal necessário, embora não-suficiente: a exposição
a um evento traumático (EPT). Em consequência deste evento desenvolvem-se três dimensões de sintomas: revivescência, esquiva/ entorpecimento emocional e hiperexcitabilidade. Um dos
achados mais relevantes das pesquisas epidemiológicas de TEPT é que embora a maioria dos indivíduos seja exposta a um evento traumático em algum momento de sua vida, apenas uma minoria destes vai desenvolver o transtorno. Desta forma, a maior parte dos indivíduos expostos pode ser considerada resiliente. A resiliência consiste, portanto, na capacidade de adaptação eficaz diante de um distúrbio, estresse ou adversidade. Foi realizada uma revisão sistemática com metanálise de estudos longitudinais que investigaram fatores preditores de resiliência ao desenvolvimento de TEPT. A ausência de TEPT foi considerada proxy de resiliência. Em função do grande número de estudos identificados pela estratégia de busca, decidimos post hoc restringir as variáveis preditoras a apoio social (AS), personalidade, autoestima e eventos de vida potencialmente estressantes (EVPE). Apenas vinte artigos preencheram os critérios de elegibilidade. Treze estudos avaliaram apoio social, nove avaliaram personalidade e dois avaliaram EVPE. Nenhum dos trabalhos que pesquisou autoestima era elegível. Dezesseis dos vinte estudos incluídos nesta revisão avaliaram a
associação de interesse na população geral. A maioria dos trabalhos avaliou a exposição de interesse após o EPT. Ainda que alguns destes tenham tentado captar a informação sobre a
exposição antes do ocorrido, devido à natureza retrospectiva desta aferição, não há como se isentar o potencial efeito do trauma sobre resultado obtido. Além disso, foi observada grande
heterogeneidade entre as pesquisas, limitando o número de estudos incluídos nas metanálises. Neuroticismo foi a única dimensão de personalidade avaliada por mais de um estudo. As
medidas sumárias resultantes da combinação destes trabalhos revelaram que maior apoio social positivo prediz resiliência ao TEPT enquanto neuroticismo reduz a chance de resiliência. Os dois estudos que investigaram EVPE não puderam ser combinados. Um deles foi inconclusivo e o outro demonstrou associação entre menor número de EVPE e resiliência. Ressaltamos que as medidas sumárias devem ser interpretadas com cautela devido à grande heterogeneidade entre os estudos. Heterogeneidade na forma de avaliação dos fatores preditores de resiliência ao TEPT é compreensível devido à complexidade dos construtos avaliados. Todavia, a falta de padronização do método de operacionalização reduz a comparabilidade dos resultados. / In contrast to majority of psychiatric disorders, post-traumatic stress disorder (PTSD) has defined necessary causal factor, despite not sufficient: exposure to a potential traumatic event (PTE). Consequently to this event, the individual develops three symptom clusters: reexperience, avoidance/ emotional numbing and arousal. One of the most relevant findings of epidemiological research on PTSD is that despite most individuals are exposed to traumatic event some moment on their lives, only a few of them will develop the disorder. Thus, the majority of individuals are resilient. Resilience refers to the positive adaptation ability within the context of adversity. A systematic review and metanalysis were conducted on longitudinal studies that investigated predictors of PTSD resilience. Absence of PTSD was
considered a proxy of resilience. Database searches on Medline, PILOTS (Published International Literature on Traumatic Stress) and ISI (Institute for Scientific Information) returned a huge number of studies. Hence, post hoc, it was decided to focus predictor variables on social support (SS), personality, self esteem and potential stressful life events (PSLE). Only twenty articles fulfilled eligibility criteria. Thirteen of them evaluated social support, nine evaluated personality and two evaluated PSLE. None of the studies that investigated self esteem was eligible. Sixteen of twenty included studies were based on
general population. Most studies measured risk factors after PTE occurrence. Although some of them attempted to catch pre-event exposure information, due to retrospective nature of this measure, potential trauma effect cannot be neglected. In addition, it was observed large heterogeneity between researches, restricting the number of studies included in metanalysis. Neuroticism was the unique personality dimension evaluated in more than one study. Combined measures comprising these studies revealed that higher positive SS is significant associated with PTSD resilience whereas neuroticism decreases resilience chance. The two studies that investigated PSLE could not be combined. One of them was inconclusive while the other yielded significant association between lower PSLE and resilience. It should be highlighted that combined measures should be appraised with caution due to large heterogeneity between studies. Due to evaluated constructs complexity it is expected that we come upon large heterogeneity in factors appraisal methods. However, the lack of operational method pattern reduces results comparability.
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