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Validade do diabetes mellitus autorreferido, prevalência de síndrome metabólica e sua relação com índice glicêmico e carga glicêmica em adultos e idosos do município de São Paulo / Validation of self-reported diabetes mellitus, prevalence of metabolic syndrome and its relationship with glycemic index and glycemic load among adults and elderly in São Paulo

Mariane de Mello Fontanelli 28 September 2015 (has links)
Introdução: O consumo de alimentos com elevado índice glicêmico e carga glicêmica tem sido associado ao aumento no risco de desenvolvimento de síndrome metabólica, importante precursor da doença cardiovascular e do diabetes mellitus tipo 2. Entretanto, esses achados ainda são inconsistentes e a utilização do índice glicêmico e da carga glicêmica para prevenção ou tratamento da síndrome metabólica e dos fatores de risco que a compõe ainda é controversa. Objetivos: Validar o diabetes mellitus autorreferido e verificar a associação do índice glicêmico e da carga glicêmica com a síndrome metabólica e seus componentes. Métodos: Foram utilizados dados provenientes do Inquérito de Saúde de São Paulo (ISA-Capital 2008) referentes a adultos e idosos de ambos os sexos residentes nessa cidade. Trata-se de estudo transversal, de base populacional, com amostra probabilística de indivíduos residentes em domicílios permanentes localizados na área urbana do município. As informações utilizadas são provenientes de um questionário estruturado, dois recordatórios alimentares de 24 horas, exames bioquímicos, valores aferidos de pressão arterial e medidas antropométricas (peso, estatura e circunferência da cintura). Foram estimadas as prevalências de diabetes mellitus e síndrome metabólica para o município de São Paulo. A validação diabetes mellitus autorreferido foi realizada mediante cálculo da sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivo e negativo. O consumo alimentar habitual foi obtido por meio da incorporação dos dados alimentares no software Multiple Source Method. A associação entre índice glicêmico e carga glicêmica da dieta e síndrome metabólica e seus componentes foi verificada por meio de modelos de regressão logística estimados segundo faixa etária. Todas as análises levaram em consideração o desenho amostral do estudo. Resultados: As prevalências de diabetes mellitus e síndrome metabólica no município de São Paulo foram estimadas em 8,0 por cento e 30,2 por cento , respectivamente. A sensibilidade do diabetes mellitus autorreferido foi 63,8 por cento (IC 95 por cento : 49,2-76,3), a especificidade 99,7 por cento (IC 95 por cento : 99,1-99,9), o valor preditivo positivo 95,5 por cento (IC 95 por cento : 84,4-98,8) e o valor preditivo negativo 96,9 por cento (IC 95 por cento : 94,9-98,2). O índice glicêmico associou-se com a lipoproteína de alta densidade (OR: 1,16; IC 95 por cento : 1,02-1,32) em adultos e com a síndrome metabólica (OR: 1,24; IC 95 por cento : 1,1-1,37), a glicemia de jejum (OR: 1,15; IC 95 por cento : 1,01-1,31) e a pressão arterial (OR: 1,26; IC 95 por cento : 1,05-1,51) em idosos. Conclusão: O dado de diabetes mellitus autorreferido é válido, especialmente entre idosos residentes no município de São Paulo. Os resultados evidenciam a necessidade do rastreamento do diabetes mellitus em indivíduos assintomáticos que apresentem um ou mais fatores de risco para essa condição, principalmente na população adulta. No presente estudo, o IG da dieta associou-se à SM, glicemia de jejum e pressão arterial elevadas em idosos e apenas ao HDL-c baixo em adultos. As diferentes respostas entre os adultos e idosos podem sugerir que o índice glicêmico tem ação distinta entre os grupos etários. Ressalta-se que a qualidade do carboidrato parece ser mais importante do que a junção da qualidade-quantidade do carboidrato consumido para os parâmetros metabólicos avaliados na população da cidade São Paulo. / Introduction: High glycemic index and glycemic load intake has been associated with an increased risk for developing metabolic syndrome, an important precursor of cardiovascular disease and type 2 diabetes mellitus. However, these findings are inconsistent and the use of glycemic index and glycemic load for prevention or treatment of metabolic syndrome and the risk factors components is still controversial. Objectives: To validate self-reported diabetes mellitus and evaluate the association between glycemic index, glycemic load and metabolic syndrome and its components. Methods: Data were used from the Health Survey of São Paulo (ISA-Capital 2008) related to adults and elderly of both sexes living in this city. It is cross-sectional population-based study of individuals living in permanent homes located in the urban area of the municipality. Information used came from a structured questionnaire, two 24-hour dietary recalls, biochemical analysis, blood pressure and anthropometric measurements (weight, height and waist circumference). Prevalences of diabetes mellitus and metabolic syndrome were estimated for the city of São Paulo. The validation of self-reported diabetes mellitus was made by calculating the sensitivity, specificity, positive and negative predictive values. Usual food intake was achieved by the incorporation of food data in Multiple Source Method software. The association between glycemic index and glycemic load of the diet and metabolic syndrome and its components was verified by logistic regression models according to age group. All analysis took into account the sampling design of the study. Results: Diabetes mellitus and metabolic syndrome prevalences in São Paulo city were 8.0 per cent and 30.2 per cent , respectively. The sensitivity of self-reported diabetes mellitus was 63.8 per cent (95 per cent CI: 49.2 to 76.3), specificity was 99.7 per cent (95 per cent CI: 99.1 to 99.9), the positive predictive value was 95.5 per cent (95 per cent CI: 84.4 to 98.8) and the negative predictive value was 96.9 per cent (95 per cent CI: 94.9 to 98.2). Glycemic index was associated with high density lipoprotein cholesterol (OR: 1.16; 95 per cent CI: 1.02 to 1.32) in adults and with metabolic syndrome (OR: 1.24; 95 per cent CI: 1.1 to 1, 37), fasting blood glucose (OR: 1.15; 95 per cent CI: 1.01 to 1.31) and blood pressure (OR: 1.26; 95 per cent CI: 1.05 to 1.51) in elderly. Conclusion: Self- report diabetes mellitus data is valid, especially among elderly people living in São Paulo. The results show the need for diabetes mellitus screening in asymptomatic individuals who have one or more risk factors for this condition, especially in adults. Glycemic index was associated with metabolic syndrome and elevated fasting blood glucose and blood pressure in elderly and only with low high density lipoprotein cholesterol in adults. The different responses among adults and elderly may suggest that glycemic index has distinct action between age groups. Carbohydrate quality seems to be more important than the joint quality-quantity of the ingested carbohydrate for metabolic parameters evaluated in the population of São Paulo city.
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O impacto da intervenção com suplementação de ácido alfa-lipólico e alfa-tocoferol no controle de resistência à insulina e outros componentes da síndrome metabólica em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 / The impact of alfa-lipoic acid and alfa-tocopherol supplementation in the control of insulin resistance and other metabolic syndrome components in patients with type 2 diabetes mellitus.

Oliveira, Andreia Madruga de 09 May 2008 (has links)
Introdução. Concomitantemente com as doenças infecto-contagiosas e as carências nutricionais, o diabetes mellitus tipo 2 é reconhecidamente um importante problema de Saúde Pública, se consideradas as limitações que impõem à qualidade de vida dos indivíduos e aos elevados custos sociais decorrentes dos tratamentos, perda de produtividade e abreviação da expectativa de vida. Uma das características que predispõe à doença na população é a presença da Síndrome Metabólica caracterizada, entre outros fatores, pela obesidade central, hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, hipertensão arterial e resistência à insulina. Além da terapia medicamentosa usual, e apesar de alguns resultados controversos, o uso dos antioxidantes tem demonstrado individualmente o seu papel na redução do estresse oxidativo e melhora da ação da insulina na utilização da glicose pelos diversos tecidos do corpo. Objetivos. Avaliar o impacto da intervenção com suplementação combinada dos antioxidantes ácido lipóico e ?-tocoferol nos componentes da Síndrome Metabólica em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Metodologia. Ensaio clínico duplo-cego, randomizado e controlado com placebo. Durante 16 semanas, 102 pacientes portadores de diabetes tipo 2 foram estudados. Todos eram usuários do Sistema de Saúde do Município de Jundiaí/SP. Quatro grupos foram formados, sendo o grupo nº. 1 placebo (n=26), o grupo nº. 2 suplementado com ?-tocoferol-800mg/dia (n=25), o grupo nº. 3 suplementado com ácido ?-lipóico-600mg/dia (n=26) e o grupo nº. 4 suplementado com os dois antioxidantes (n=25). Em todos os participantes do estudo foram determinados antes e após a suplementação com os antioxidantes: níveis de ?-tocoferol, glicose e insulina de jejum, frações lipídicas, taxa de excreção de albumina urinária e PCR, além da antropometria e pressão arterial. O efeito da suplementação foi analisado através da diferença encontrada após a suplementação por análise de variância, comparando-se as diferenças entre os grupos e dentro dos grupos. Resultados. A média de idade dos pacientes foi de 61,2±8,5 anos, sendo 64,7% do sexo feminino. Antes da suplementação, 17,6% dos 102 diabéticos apresentavam hipovitaminose E (deficientes) e 57,8% (níveis baixos). Os níveis plasmáticos aceitáveis foram determinados em 24,5% da população estudada. Após a suplementação, a deficiência foi detectada em 15,7%, níveis baixos em 37,2% e aceitáveis em 47,1%. Nos grupos que tomaram a vitamina E, existiu uma diferença significante (p<0,001) nos níveis pré e póssuplementação, sendo que nestes houve uma redução de 71% e 60% nos níveis de deficiência dos grupos 2 e 4, respectivamente (<2,2Nmol/L/ mmol/L). Em relação ao índice de massa corporal (IMC), apenas 9,8% dos diabéticos eram eutróficos antes da suplementação e mantiveram-se assim ao final do estudo. Antes da suplementação, a maioria da coorte (46,1%) encontrava-se com sobrepeso e 27,5% com obesidade grau I; após a suplementação estes índices passaram para 50% e 22,6% de sobrepeso e obesidade grau I, respectivamente. Após a suplementação, houve redução dos níveis de proteína C reativa (PCR), taxa de excreção de albumina urinária e frações lipídicas, além da redução da prevalência de pacientes que apresentavam níveis elevados destes indicadores, característicos da síndrome metabólica, mas esta diferença não foi significante (p>0,05). Embora tenha existido redução da \"Homeostasis Model Assessment\" (HOMA-IR) no grupo suplementado com ácido T-lipóico, quando comparado com o placebo, não houve diferença significante entre estes índices antes e depois da suplementação. Conclusões. Os resultados do presente estudo mostraram que a suplementação com os antioxidantes, vitamina E (T-tocoferol) e ácido T-lipóico e o sinergismo de ambos não exerceu efeito positivo na resistência à insulina e nos componentes da síndrome metabólica em pacientes diabéticos tipo2. / Introduction. Associated with infect-contagious diseases and malnutrition, diabetes mellitus type 2 is admittedly an important problem of Public Health, if limitations affecting individuals´ quality of living and high social costs further to treatments, losses in productivity and shortening of life expectancy are taken into account. One of the characteristics that predispose the population to diseases is the presence of Metabolic Syndrome, characterized, among other factors, by central obesity, hypertriglyceridemia, hypercholesterolemia, high blood pressure and insulin resistance. In addition to the usual medicinal therapy and despite controversial results, the use of antioxidants has played an important role in the reduction of oxidative stress and in the improvement in the effect of insulin when glucose is used all over the body tissues. Objectives. To assess the impact of the introduction of combined antioxidant alfa-lipoic acid and alfa- tocopherol in the components of the Metabolic Syndrome in patients with type-2 Diabetes mellitus. Methodology. Double-blind, placebo-controlled, randomized trial. During 16 weeks, 102 patients with type-2 diabetes were analyzed. All patients were users of the local Health System of Jundiaí, Sao Paulo, Brazil. Four groups were formed. Group 1 was given placebo (n=26), whilst group 2 individuals were given a daily supplement of 800mg alfa-tocopherol (n=25). Group 3 individuals were given a daily supplement of 600mg alfa-lipoic acid. Finally, group 4 individuals were given both antioxidants (n=25). The following rates were checked before and after antioxidant supplementation for all participants of the trial: level of alfa-tocopherol, glucose and fast insulin, lipid fractions, rate of urinary albumin excretion and C-reactive protein (CRP), as well as anthropometry and blood pressure. The effect of the supplementation was analyzed through the difference detected after the supplementation through variance analysis, comparing the differences among and within the various groups. Results. The average age of the patients was 61.2 ± 8.5 years, 64.7% of them being female. Before the supplementation, 17.6% of the 102 diabetic patients displayed hypovitaminosis E (deficient) and 57.8% (low levels). The acceptable plasmatic levels were detected in 24.5% of the sample. After the supplementation, the deficiency was detected in 15.7%, low levels in 37.2% and acceptable levels, in 47.1%. There was a significant difference (p<0.001) in the levels before and after supplementation in the groups which were given vitamin E, though in these groups there has been a reduction of 71% and 60% in their deficiency levels in groups 2 and 4, respectively (<2,2Nmol/L/ mmol/L). With respect to their body mass index (BMI), only 9.8% of the diabetic had a normal BMI before the supplementation and remained as such till the end of the study. Before the supplementation, the majority of the cohort (46.1%) was overweight and 27.5% had level I obesity. After the supplementation, these indexes went up to 50% and 22.6% overweight and level I obesity, respectively. After the supplementation, there was a reduction in the levels of CRP, their rate of microalbuminuria and lipid fractions, as well as the reduction of prevalence of patients who presented high levels of these indicators, which is characteristic of the metabolic syndrome, however insignificant (p>0.05). Even though there has been a reduction of the Homeostasis Model Assessment (HOMA-IR) in the group which received ?-lipoic acid, compared with the group which received placebo, there was no significant difference in these indexes before and after the supplementation. Conclusion. The results obtained in this study have shown that antioxidant supplementation, namely with vitamin E (alfa-tocopherol) and alfa-lipoic acid and a combination of both, did not play a positive role in insulin resistance and in the components of the metabolic syndrome in patients with type-2 diabetes.
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O efeito da sibutramina na perda de peso de adolescentes obesos / The efect of sibutramine in obese adolescents

Franco, Ruth Rocha 04 February 2013 (has links)
Objetivo: Avaliar o efeito da sibutramina na perda de peso de adolescentes obesos e as mudanças ocorridas nos parâmetros da síndrome metabólica com a perda de peso. Pacientes e métodos: O estudo foi duplo cego placebo controlado tipo cross-over com duração de 13 meses. Os pacientes receberam placebo ou sibutramina por 6 meses e vice-versa, nos 6 meses seguintes. Foram incluídos no estudo 73 adolescentes obesos de ambos os sexos com idades entre 10 e 18 anos. Os exames laboratoriais e exames de imagem foram realizados antes, no período de wash-out e ao final dos 13 meses de acompanhamento. Foram dosados: Colesterol total e frações, triglicérides, Leptina, proteína C reativa, transaminases e teste de tolerância à glicose oral. Os exames de imagem realizados foram: ultrassom de abdômen, Ecocardiograma, Eletrocardiograma, idade óssea. Resultados: A porcentagem de pacientes que perderam 10% do peso inicial no placebo foi de 46% e no grupo sibutramina foi de 75%. Quando usaram o placebo, o peso em média se elevou em1,61 kg, DP 4,46 e o IMC reduziu-se em média 0,24 kg/m2 DP 1,57 enquanto que os pacientes que receberam a sibutramina, o peso reduziu-se em média 4,47 kg e DP 5,87 e o IMC reduziu-se em média 2,38 kg/m2 e DP 2,36 com p < 0,001. Apesar da sibutramina reduzir o peso, IMC e medida de circunferência abdominal as mudanças metabólicas laboratoriais não foram observadas no período de tempo avaliado. Conclusão:A sibutramina induziu significantemente mais perda de peso em adolescentes obesos comparado ao placebo, sem efeitos colaterais significativos. Embora tivesse havido perda de peso, no período observado, não houve diferenças estatisticamente significantes nos parâmetros metabólicos / Objective: Evaluate the effect of sibutramine on weight loss and changes in the parameters of the metabolic syndrome due to weight loss in obese adolescents. Patients and methods: This was a randomized double blind crossover study with duration of 13 months. The study included 73 obese adolescents of both sexes aged between 10 and 18 years (with BMI > 2DP registered at the outpatient clinic of the Pediatric endocrinology Department of Hospital das Clínicas, São Paulo, Brazil, between 2007 and 2010. Patients were randomized to receive either placebo followed by sibutramine (6 months each) or sibutramine followed by placebo (6 months each). Anthropometric measurements, laboratory tests and imaging studies were performed at baseline, during the wash-out period and at the end of the 13 months follow-up. Total cholesterol, HDL, triglycerides, leptin, C-reactive protein, transaminases and oral glucose tolerance were tested. The following Imaging studies were performed: abdominal ultrasound, echocardiogram, EKG, bone age X-ray. Results: The percentage of patients who lost at least 10% of initial weight while taking the placebo was 46% and while taking sibutramine was 75%. While on placebo, average weight increased by 1.61 kg (SD 4.46). BMI decreased by 0.24 kg/m2 (SD 1.57) as a consequence of growth. While on sibutramine, weight decreased on average by 4.47 kg (SD 5.87) and mean BMI decreased by 2.38 kg/m2 (SD 2.36, p <0.001). Changes in BMI, waist circunference, or metabolic changes were not found statistically significant. Conclusion: Sibutramine induced significantly more weight loss in obese adolescents compared to placebo, without significant side effects. Although there was weight loss, in the study period there were no statistically significant differences in metabolic parameters
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Obesidade, saúde metabólica e sua associação com a espessura íntima-média carotídea e calcificação coronariana / Obesity, metabolic health and their association with carotid intima-media thickness and coronary calcification

Carla Romagnolli Quintino 31 January 2019 (has links)
Introdução: A obesidade aumenta o risco da presença de alterações metabólicas, o que contribui para um elevado risco cardiovascular. No entanto, o papel independente da obesidade na gênese da aterosclerose e da doença cardiovascular ainda é controverso. Diversos estudos identificaram indivíduos que apresentam um fenótipo de obesidade sem alterações metabólicas, conhecida como \"obesidade metabolicamente saudável\" (ObMS). Como a definição de ObMS é variável, sua prevalência não é bem definida. A espessura íntima-média carotídea (EIMC) e a calcificação arterial coronariana (CAC) são considerados marcadores precoces de aterosclerose subclínica Apesar de estudos prévios terem avaliado a associação entre índice de massa corporal (IMC) e EIMC e entre IMC e CAC, o papel independente da obesidade, particularmente em indivíduos metabolicamente saudáveis não está claro. Objetivos: Avaliar se a obesidade, independentemente dos fatores de risco cardiovascular, está associada à maior EIMC e à maior CAC. Calcular a prevalência de ObMS utilizando uma definição estrita de saúde metabólica. Métodos: Este estudo é uma análise transversal dos dados da linha de base do Estudo Longitudinal da Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). O indivíduo foi classificado como tendo ObMS se tivesse o IMC >=30 kg/m2 e não tivesse nenhum dos componentes da síndrome metabólica, excluindo-se o critério da circunferência abdominal. Resultados: A análise com EIMC incluiu 10.335 participantes e a análise com CAC incluiu 4.320 participantes. A prevalência de obesidade foi de 21,2% (n=2.191) na análise com EIMC e de 24,3% (n=1.050) na análise com CAC. Com uma definição estrita, a prevalência de ObMS foi de 5,6% na análise com EIMC e 5,5% na análise com CAC. A estratificação dos indivíduos de acordo com a saúde metabólica, evidenciou que os indivíduos metabolicamente saudáveis eram mais jovens, predominantemente mulheres e que tinham menor circunferência abdominal. A maioria dos indivíduos com ObMS tinha obesidade grau 1 (84,7% na análise com EIMC e 82,8% na análise com CAC) e raramente tinham obesidade grau 3 (3,2% na análise com EIMC e 5,2% na análise com CAC). A obesidade abdominal foi presente em mais de 99% dos indivíduos obesos. A análise com EIMC evidenciou que a EIMC média da amostra foi de 0,81 mm (±0,20). A EIMC média da subamostra metabolicamente saudável foi de 0,70 (±0,13) mm nos indivíduos não obesos e de 0,76 mm (±0,13) nos obesos (p < 0,001). A EIMC média da subamostra metabolicamente não saudável foi de 0,81 (±0,20) mm nos indivíduos não obesos e de 0,88 mm (±0,20) nos obesos (p < 0,001). Estes achados se mantiveram inalterados mesmo após o ajuste multivariado para possíveis variáveis de confusão. A análise com CAC (CAC=0 versus CAC > 0) não evidenciou diferença significativa de calcificação coronariana nos indivíduos obesos, metabolicamente saudáveis ou não, em relação aos não obesos. Conclusão: Utilizando-se uma definição estrita, a prevalência de ObMS é menor do que 6%. O conceito de obesidade metabolicamente saudável, mesmo utilizando-se uma definição estrita, parece inadequado, visto que nesta população, a obesidade está associada com valores mais elevados de EIMC. Na análise com CAC não evidenciamos diferença estatisticamente significativa / Introduction: Obesity increases the risk of metabolic abnormalities, which contributes to elevated cardiovascular risk. However, the independent role of obesity in the development of atherosclerosis and cardiovascular disease is still debatable. Several studies identified individuals with an obesity phenotype without metabolic abnormalities: \"metabolically healthy obesity\" (MHO). Since the definition of MHO is variable, the prevalence of MHO varies widely. Carotid intima-media thickness (CIMT) and coronary artery calcification (CAC) are considered early markers of subclinical atherosclerosis. Although previous studies have evaluated the association between body mass index (BMI) and CIMT and between BMI and CAC, the independent role of obesity, particularly in metabolically healthy subjects, is still unclear. Objectives: This study sought to evaluate whether obesity, regardless of cardiovascular risk factors, is associated with higher CIMT levels and higher CAC. We also sought to calculate MHO prevalence using a strict definition of metabolic health. Methods: This is a cross-sectional analysis of the baseline data of Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). MHO was defined as BMI >=30 kg/m2 and none of metabolic syndrome components, excluding waist circumference criterion. Results: EIMC analysis included 10,335 subjects and CAC analysis 4,320 subjects. Obesity prevalence was 21.2% (n=2,191) in EIMC analysis and 24.3% (n=1,050) in CAC analysis. This study showed a prevalence of MHO: 5.6% (n=124) in EIMC analysis and 5.5% (n=58) in CAC analysis. When individuals were stratified according to the presence of metabolic health, we found that metabolically healthy subjects were younger, more likely to be women and had lower waist circumference. Most of the MHO subjects had grade 1 obesity (84.7% in EIMC analysis and 82.8% in CAC analysis) and rarely had grade 3 obesity (3.2% in EIMC analysis and 5.2% in CAC analysis). Abdominal obesity was present in more than 99% of obese subjects. EIMC analysis showed that mean CIMT of the sample was 0.81 (±0.20). The mean CIMT of metabolically healthy subsample was 0.70 (±0.13) in non-obese and 0.76 (±0.13) in obese (p < 0.001). The mean CIMT of metabolically unhealthy subsample was 0.81 (±0.20) in non-obese and 0.88 (±0.20) in obese (p < 0.001). Those findings remained essentially unchanged after multivariate adjustment for confounding. CAC analysis (CAC=0 versus CAC > 0) did not show a significant difference in coronary calcification in obese subjects, regardless metabolic status, when compared with non-obese subjects. Conclusion: Using a strict definition, the prevalence of MHO is below 6%. The concept of MHO, even with strict definition, seems inadequate, as even in this population obesity is associated with higher CIMT levels. CAC analysis did not show statiscally significant difference
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Impacto da síndrome metabólica e seus componentes sobre a remodelação óssea em adolescentes

Silva, Valéria Nóbrega da. January 2019 (has links)
Orientador: Tamara Beres Lederer Goldberg / Resumo: Introdução: A osteoporose e a Síndrome Metabólica (MetS) são consideradas doenças que acometem os indivíduos e que resultam em sérios problemas relacionados à saúde pública, reduzindo a qualidade de vida de seus portadores, resultando em maior morbi-mortalidade e consumindo gastos vultuosos. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto da MetS sobre a Densidade Mineral Óssea (DMO) e marcadores bioquímicos de formação óssea e de reabsorção óssea em adolescentes com excesso de peso. Métodos: Estudo transversal descritivo e analítico avaliou 271 adolescentes, de ambos os sexos (10 a 16 anos). Detectou-se na amostra total, 42 adolescentes com excesso de peso e com presença de MetS (14%). Da mesma amostra total, selecionou-se 42 adolescentes com excesso de peso e ausência de MetS, pareados por idade cronológica, idade óssea e critérios de desenvolvimento pubertário para cada um dos sexos. Os adolescentes foram submetidos à antropometria, aferição da pressão arterial, exames bioquímicos, avaliação da DMO e dos biomarcadores ósseos, osteocalcina (OC), fosfatase alcalina óssea (FAO) e telopeptídeo carboxiterminal (S-CTx). Resultados: Os adolescentes com excesso de peso e com presença de MetS apresentaram diminuição significativa das concentrações de marcadores FAO, OC e S-CTx frente ao grupo pareado, a exceção do marcador OC no sexo masculino. Verificou-se correlação negativa e significativa entre DMO e FAO, OC e S-CTx para o sexo feminino. Adolescentes com três componentes apresent... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Background: Osteoporosis and metabolic syndrome (MetS) are diseases that have serious public health consequences, reducing the quality of life of patients and increasing morbidity and mortality, with substantial healthcare expenditures. The objective of this study was to evaluate the impact of MetS on bone mineral density (BMD) and biochemical markers of bone formation and resorption in adolescents with excess weight. Methods: A descriptive and analytical cross-sectional study evaluated 271 adolescents of both sexes (10 to 16 years). From the total sample, 42 adolescents with excess weight and the presence of MetS (14%) were selected. Another 42 adolescents with excess weight and without MetS were selected and matched for chronological age, bone age, and pubertal developmental criteria to those with MetS for each sex. The adolescents weresubmitted to anthropometry, blood pressure measurement, biochemical tests, and evaluation of BMD and the bone biomarkers osteocalcin (OC), bone alkaline phosphatase (BAP), and carboxy-terminal telopeptide (S-CTx). Results: The adolescents with excess weight and MetS exhibited a significant decrease in BMD and in the concentrations of BAP, OC, and S-CTx compared to the matched group, except for OC in boys. A negative and significant correlation was observed between BMD and BAP, OC and S-CTx in girls. Adolescents with three MetS components had lower BAP and OC levels than those with zero, one, or two components. Conclusion: The presence of MetS... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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Prevalência de Síndrome Metabólica em Diabetes Mellitus tipo 2 e associação com Doença Coronariana.

Miyamoto, Janine Hatsumi 25 January 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-01-26T12:51:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 janinehatsumimiyamoto_dissert.pdf: 287223 bytes, checksum: 94be79897234bdddd89d8d839f550e34 (MD5) Previous issue date: 2012-01-25 / Diabetes mellitus is a group of metabolic diseases characterized by hyperglycemia resulting from insulin secretion defects, in its peripheral action, or both. Clinical manifestations of diabetes are broad and can range from asymptomatic glucose intolerance to acute complications as diabetic ketoacidosis or complications of slow evolution, such as neurological and vascular changes. Vascular changes affect virtually every body's blood vessels, large and small ones, constituting macro-and microangiopathy, respectively. The main clinical expressions of microangiopathy are diabetic nephropathy and retinopathy. The macroangiopathy is represented by early atherosclerosis, more severe and more frequent than that observed in non-diabetic population. The non-establishment or definition of a glycemic threshold in diabetic patients and the persistence of this relationship in non-diabetics suggest that glucose is a continuous variable risk, as well as other cardiovascular risk factors. The diabetic dyslipidemia is characterized by an increase in LDL small and dense particles, the reduction in HDL-cholesterol and high triglycerides levels. Diabetes or pre-diabetes, low HDL-cholesterol, high triglycerides and arterial hypertension are risk factors, when linked to central obesity, form the metabolic syndrome and 1.5-fold increase in overall mortality and 2.5 in cardiovascular mortality. Given the above, the purpose of the study was to assess the prevalence of metabolic syndrome according to the definition of the National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III in patients with type 2 diabetes mellitus, its association and components with coronary disease. A total of 610 patients with type 2 diabetes mellitus were retrospectively analyzed, concerning age, gender, clinical and metabolic characteristics. The prevalence of metabolic syndrome was 78.4%. The comparative analysis between the groups with and without metabolic syndrome was significantly associated with coronary artery disease (p=0.032). By means of logistic regression, waist circumference (p=0.79) and fasting glucose (p=0.13) were not significant. The arterial hypertension (p=0.01) and dyslipidemia (p=0.005) showed significant association with coronary artery disease. Therefore, we can conclude that the metabolic syndrome is highly prevalent in patients with type 2 diabetes mellitus; it has shown an association with coronary heart disease and among its components, arterial hypertension and dyslipidemia indicate a significant association. / Diabetes Mellitus constitui um grupo de doenças metabólicas caracterizado por hiperglicemia resultante de defeitos na secreção de insulina, na sua ação periférica ou em ambas. As manifestações clínicas do diabetes são amplas e podem compreender desde intolerância assintomática à glicose até complicações agudas como a cetoacidose diabética ou complicações de evolução lenta, tais como alterações vasculares e neurológicas. As alterações vasculares atingem praticamente todos os vasos do organismo, pequenos e grandes, constituindo a micro e a macroangiopatia, respectivamente. As principais expressões clínicas da microangiopatia são a retinopatia e a nefropatia diabética. A macroangiopatia é representada pela aterosclerose mais precoce, mais grave e mais frequente que a observada na população não diabética. O não estabelecimento ou definição de um limiar glicêmico em diabéticos e a persistência desta relação em não-diabéticos sugerem que a glicemia é uma variável contínua de risco, da mesma forma que outros fatores de risco cardiovascular. A dislipidemia diabética caracteriza-se pelo aumento de partículas de LDL pequenas e densas, pela redução do HDL colesterol e valores elevados de triglicérides. Diabetes ou pré-diabetes, baixo valor de HDL colesterol, triglicérides elevado e hipertensão são fatores de risco que, ligados à obesidade central, formam a síndrome metabólica e aumentam em 1,5 vezes a mortalidade geral e em 2,5 vezes, a cardiovascular. Diante do exposto, o propósito do estudo foi avaliar a prevalência de síndrome metabólica de acordo com a definição do National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e a sua associação e a dos seus componentes com a doença coronariana. Um total de 610 pacientes com diabetes mellitus tipo 2 foram analisados, retrospectivamente, quanto à idade, sexo e características clínicas e metabólicas. A prevalência de síndrome metabólica foi de 78,4%. A Análise comparativa entre os grupos com e sem síndrome metabólica mostrou associação significativa com a doença coronariana (p=0,032). Por meio de regressão logística, a circunferência abdominal (p=0,79) e a glicemia de jejum (p=0,13) não foram significativas. A hipertensão arterial (p=0,01) e a dislipidemia (p=0,005) evidenciaram associação significativa com a doença coronariana. Portanto, podemos concluir que a síndrome metabólica tem alta prevalência em pacientes com diabetes mellitus tipo 2; mostrou associação com doença coronariana e entre os seus componentes, a hipertensão arterial e a dislipidemia denotaram associação significativa.
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Associação dos fatores demográficos, socioeconômicos e dietéticos com os componentes da síndrome metabólica em escolares com excesso de peso / Association between demographic, socioeconomic and dietary factors with the metabolic syndrome components in overweight schoolchildren

Ana Elisa Madalena Rinaldi 03 August 2009 (has links)
Introdução: O critério diagnóstico da síndrome metabólica na infância não está bem estabelecido, entretanto sua presença e dos seus componentes, já estão presentes, predominantemente, nas crianças com excesso de peso. Poucos estudos na população infantil mostram a influência do consumo alimentar na prevalência da síndrome metabólica. Objetivo: Verificar a relação dos fatores demográficos, socioeconômicos e dietéticos com os componentes da síndrome metabólica em escolares com excesso de peso provenientes de três escolas do ensino fundamental com ofertas alimentares distintas (Botucatu-SP). Metodologia: Foram incluídas 147 crianças com excesso de peso (51,7% meninas e 62,6% obesidade) na faixa etária de 6 a 10 anos de três escolas com administração e sistema alimentar distintos (privada, pública municipal e filantrópica). Foram coletados dados antropométricos, bioquímicos, demográficos, socioeconômico, da pressão arterial e do consumo alimentar. Este foi avaliado por três recordatórios de 24horas. Estes dados foram relacionados com os componentes da síndrome metabólica (circunferência abdominal, triacilglicerol, glicemia, HDL-C e pressão arterial). Análise de regressão linear múltipla foi usada para avaliar a relação entre os componentes da síndrome metabólica e dados demográficos, socioeconômico e dietéticos. Resultados: A prevalência de síndrome metabólica foi de 10,2%, sendo maior nas crianças obesas, com %gordura corporal elevada e menor nas crianças da classe econômica superior (A2), sem diferença entre os gêneros. Os componentes da síndrome metabólica com maiores percentuais de alteração foram: circunferência abdominal, HDL-C e triaciglicerol. O consumo de carboidratos, lipídios totais, colesterol e carne estava dentro da recomendação; houve consumo excessivo de proteína, gordura saturada e açúcar e insuficiente de gordura monoinsaturada, polinsaturada, fibras, leguminosas, cereais, hortaliças, frutas e produtos lácteos. O componente da síndrome metabólica com maior interferência da dieta foi a trigliceridemia, esta com relação direta com o consumo de: gordura saturada, colesterol, produtos lácteos integrais e alimentos processados com elevado teor de açúcar e gordura. A trigliceridemia relacionou-se inversamente com a ingestão de leguminosas. A glicemia mostrou relação positiva com alimentos processados com elevado teor de açúcar e gordura e negativa com cereais. O HDL-C apresentou relação inversa com alimentos com elevado teor de açúcar e gordura. O sistema alimentar escolar que reunia a minoria desses fatores nutricionais de risco foi o filantrópico, no qual nenhuma criança teve o diagnóstico de síndrome metabólica. Conclusão: A prevalência dos componentes da síndrome metabólica não teve influência do gênero, desenvolvimento puberal e escolaridade dos pais. Com relação ao consumo alimentar, a presença dos componentes da síndrome metabólica foi influenciada pela ingestão excessiva de alimentos ricos em gordura saturada e açúcar. O tipo de alimentação oferecido na escola filantrópica, composta predominante por alimentos \"in natura\", pode ter contribuído para o menor percentual de alterações lipídicas e ausência de síndrome metabólica. Este estudo serve de base para intervenção precoce e elaboração de programas de educação nutricional no ambiente escolar. / Introduction: The definition of childhood metabolic syndrome is not well established, however, this syndrome and its components are diagnosed mainly in overweight children. Few studies have reported the influence of food intake on the prevalence of metabolic syndrome. Objective: To evaluate the relationship between demographics, socioeconomic and dietary factors with metabolic syndrome components on overweight children from three elementary schools receiving different food options (Botucatu-SP). Methods: The study included 147 overweight children (51.7% of girls and 62.6% obese children) aged 6 to 10 years from three different Administrative systems and feeding options (private, public and non-governmental) school. Anthropometric, biochemical, demographic, socioeconomic, blood pressure and food consumption values were measured. Food intake was evaluated using three-day, 24-hour dietary recalls. These data were linked with the metabolic syndrome components (waist circumference, triglycerides, glycemia, HDL-C and blood pressure). Multiple linear regression was applied to evaluate the relationship between metabolic syndrome components and demographic, socioeconomic and dietary values. Results: The prevalence of metabolic syndrome was 10.2% and it was more prevalent in obese children, with high body fat percentage and less prevalent in children from high economic class (A2), with no difference between concerning gender. The most frequently affected components of metabolic syndrome were: waist circumference, HDL-C and triglycerides. The values of carbohydrate, total fat, cholesterol and meat were in accordance with recommendations; high intake of protein, saturated fat and sugar; and insufficient low intake of monounsaturated and polyunsaturated fat, fiber, cereal, vegetables, legumes, fruits and milk. Triglycerides was the most affected parameter by diet, with direct relationship with saturated fat, cholesterol, milk and processed foods with high percentage of sugar and fat, and indirect relationship with legumes. The glycemia showed a direct relationship with processed foods with high percentage of sugar and fat and indirect relationship with cereals. The HDL-C presented an indirect relationship with high percentage of sugar and fat foods. The non-governmental school presented the least intake of these dietary risk factors with no case of metabolic syndrome. Conclusion: Gender, pubertal stage and parent´s education did not affect the prevalence of metabolic syndrome components. The diagnosis of metabolic syndrome was affect by high intake of foods rich in saturated fat and sugar. The kind of food offered in non-governmental school prepared mainly with \"natural food\" may have contributed to lower the percentage of dislipidemia and absence of metabolic syndrome. This finding is important to implement intervention and nutrition programs in the school environment.
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Eficiência cardiorrespiratória durante o exercício progressivo em pacientes com síndrome metabólica e apneia obstrutiva do sono / Cardiorespiratory efficiency during progressive exercise in patients with metabolic syndrome and obstructive sleep apnea

Carvalho, Jefferson Cabral de 19 May 2017 (has links)
Introdução. A baixa capacidade aeróbia é um importante marcador de mau prognóstico e um forte preditor de risco de morte em pacientes encaminhados para o teste de esforço cardiopulmonar (TECP) por razões clínicas. O índice oxygen uptake efficiency slope (OUES), um novo índice de eficiência cardiorrespiratória, tem sido utilizado como marcador submáximo durante o TECP. Estudos recentes sugerem que a leptina pode desempenhar um papel importante na regulação da respiração e, consequentemente, o aumento dos níveis de leptina pode estar relacionado com a diminuição do OUES. No entanto, o impacto da síndrome metabólica (SMet) e da apneia obstrutiva do sono (AOS) no OUES é desconhecido. Objetivo. Investigar o comportamento do OUES em pacientes com SMet, associado ou não à AOS. Métodos. Foram estudados 73 pacientes com SMet (ATP-III), alocados em dois grupos de acordo com o índice de apneia/hipopneia (IAH) obtido na polissonografia noturna: SMet+AOS (IAH >= 15 eventos/hora, n=38, 49±1 anos, 33±0,6 kg/m2) e SMet-AOS (IAH < 15 eventos/hora, n=35, 46±1 anos, 31,8±0,6 kg/m2). Um grupo controle saudável (CS, n=20, 47±1 anos, 26,1±0,8 kg/m2), pareado por idade e gênero, foi também estudado. Os pacientes realizaram as seguintes avaliações: polissonografia; exames laboratoriais (glicemia, triglicérides, colesterol total e frações, leptina e proteína C-reativa); medidas antropométricas (altura, peso corporal, índice de massa corpórea, circunferência abdominal); composição corporal pela bioimpedância; medidas de pressão arterial; e TECP. Resultados. Ambos os grupos com SMet apresentaram prejuízo quando comparados ao grupo CS no peso, índice de massa corpórea e nos fatores de risco da SMet (circunferência abdominal, glicemia, triglicérides, HDL-c e pressão arterial sistólica e diastólica, P < 0,05). No TECP os grupos SMet+AOS e SMet-AOS apresentaram menores valores de consumo de oxigênio pico (VO2pico, 22,2±0,7; 21,7±0,9 e 28,0±1,1 ml/kg/min, respectivamente, Interação; P < 0,001) comparados com CS. Da mesma forma, os grupos SMet tiveram menores: VO2 no limiar anaeróbio (VO2LA), na relação VO2 e carga de trabalho (deltaVO2/deltaW) e no OUES (25,3±0,8; 25,0±0,9 e 31,1±1,2; Interação; P < 0.001) quando comparado com CS. Em análises posteriores, o OUES se correlacionou apenas com a massa gorda e com a leptina (R=-0,35; P=0,006). Conclusão. Independente da presença da AOS, pacientes com SMet apresentam diminuição da eficiência cardiorrespiratória. Os níveis elevados de leptina pode ser uma das explicações para essa diminuição nesses pacientes / Introduction. Low aerobic capacity is an important marker of poor prognosis and a strong predictor of risk of death in patients referred for cardiopulmonary exercise testing (CPET) for clinical reasons. The oxygen uptake efficiency slopes (OUES), a new cardiorespiratory efficiency index, has been used as a submaximal marker during CPET. Recent studies suggest that leptin may play an important role in regulating respiration, and consequently, increased levels of leptin may be related to decreased OUES. However, the impact of metabolic syndrome (MetS) and obstructive sleep apnea (OSA) in the OUES is unknown. Objective. To investigate the OUES in MetS patients with or without OSA. Methods. We studied 73 patients with MetS (ATP-III), allocated into two groups according to apnea/hypopnea index (AHI), assessed by nocturnal polysomnography: MetS+OSA (AHI >= 15 events/hour, n=38, 49±1 years, 33±0.6 kg/m2) and MetS-OSA (AHI < 15 events/hour, n=35, 46±1 years, 32±0.6 kg/m2). A healthy control group (CG, n=20, 47±1 years, 26.1±0.8 kg/m2), matched for age and gender, was also studied. The patients performed the following evaluations: polysomnography; Laboratory tests (glycemia, triglycerides, total cholesterol and fractions, leptin and C-reactive protein); Anthropometric measurements (height, body weight, body mass index, waist circumference); Body composition by bioimpedance; Blood pressure measurements; and CPET. Results. Both MetS groups had impairment in weight, body mass index, and MetS risk factors (waist circumference, glycemia, triglycerides, HDL-c and systolic and diastolic blood pressure, P < 0.05) compared with CG. MetS+OSA and MetS-OSA groups presented lower values of peak oxygen consumption (VO2peak, 22.2±0.7, 21.7±0.9 and 28.0±1.1 ml/kg/min, respectively; Interaction; P < 0.001) compared to CG. In the same way, MetS groups had lowest: VO2 at anaerobic threshold (VO2LA), ratio of VO2 and workload (deltaVO2/deltaW) and OUES (25.3±0.8, 25.0±0.9 and 31.1±1.2, Interaction; P < 0.001) compared with CG. In further analyzes, OUES correlated only with fat mass and leptin (R =-0.35, P =0.006). Conclusion. Regardless of the presence of OSA, MetS patients present decreased cardiorespiratory efficiency. Elevated levels of leptin may be one of the explanations for this decrease in these patients
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Efeito do dispositivo endoscópico temporário de exclusão duodeno jejunal na resistência insulínica e no risco cardiovascular em pacientes obesos com diabetes tipo 2 / Effect of the duodeno jejunal bypass liner in insulin resistance and cardiovascular risk in obese patients with type 2 diabetes

Orso, Ivan Roberto Bonotto 08 October 2013 (has links)
OBJETIVO: Avaliar a eficácia do dispositivo endoscópico temporário de exclusão duodeno jejunal (DEED) na redução da resistência à insulina e do risco cardiovascular em pacientes obesos mórbidos portadores de diabetes tipo 2 (DMT2), utilizando a relação Triglicerídeos/colesterol HDL (TG/HDL), porcentagem de perda de peso e controle glicêmico. MÉTODO: Neste estudo foram incluídos 54 pacientes implantados com o DEED e acompanhados por um período de 6 meses. Todos apresentavam uma relação TG/HDL com valor acima de 3,5, sugerindo uma maior resistência insulínica e um perfil lipídico compatível com um maior risco cardiovascular. O valor da relação inicial foi comparado com o valor obtido após 6 meses do implante do dispositivo, com o objetivo de avaliar se houve redução desse valor, indicando melhora na resistência insulínica e redução do risco cardiovascular. Também foi avaliada a melhora dos níveis de hemoglobina glicada (HbA1c) e a perda de peso obtida com o uso do dispositivo. Estes dois últimos achados foram correlacionados com a redução da relação TG/HDL para avaliar a presença de dependência entre os fatores. RESULTADOS: Todos os pacientes implantados com o DEED apresentaram redução significativa dos níveis de HbA1c, sendo que a maior parte dos pacientes (70,3%) obtiveram o controle do diabetes, com níveis abaixo de 7% ao final do estudo. Todos os pacientes também apresentaram redução do peso, com perda média de 12,6% do peso absoluto inicial. Foi observada redução da relação TG/HDL de 5,75 para 4,36 ao final do estudo (p 0,0001), com 42,6% dos pacientes apresentando relação final abaixo de 3,5. A melhora da relação TG/HDL apresentou uma importante associação com uma perda de peso maior que 10% do peso inicial. CONCLUSÃO: O DEED mantido por um período de 6 meses é eficaz na obtenção do controle do diabetes tipo 2, perda de peso e redução da relação TG/HDL em pacientes obesos mórbidos portadores de diabetes mellitus tipo 2. Porém, a melhora da relação TG/HDL está fortemente associada à perda de mais de 10% do peso inicial / OBJECTIVE: To evaluate the efficacy of the duodeno jejunal bypass liner (DJBL) in reducing insulin resistance and cardiovascular risk in morbidly obese patients with type 2 diabetes (T2DM). For this purpose we used the Triglycerides / HDL cholesterol ratio (TG / HDL), percentage of weight loss and glycemic control. METHODS: This study included 54 patients implanted with the DJBL and followed for a period of 6 months. All had a TG / HDL ratio equal or above 3.5, suggesting greater insulin resistance and lipid profile consistent with increased cardiovascular risk. The initial value of the ratio was compared with the value obtained 6 months after the device implantation, in order to assess whether this value decreased, indicating an improvement in insulin resistance and reduction in the cardiovascular risk. We also evaluated the improvement in glycated hemoglobin (HbA1c) and weight loss achieved with the device, and its relationship with the reduction of TG/HDL ratio. RESULTS: All patients implanted with the DJBL showed significant reduction in HbA1c levels. Most patients (70.3%) achieved diabetes control, with HbA1c levels below 7% by the end of the study. All patients also had a statistically significant weight reduction, with an average loss of 12.6% of initial weight. We observed an important improvement in insulin resistance and metabolic syndrome, with a significant reduction of the TG/HDL ratio from 5.75 to 4.36 (p = 0.0001) and 42.6% of the patients presenting a TG/HDL ratio lower than 3.5 at the end of the study. The improvement of the TG / HDL ratio presented a significant association with weight loss greater than 10% of initial weight. CONCLUSION: The DJBL maintained for a period of 6 months is effective in obtaining control of type 2 diabetes, weight loss and reduction in the TG / HDL ratio in morbidly obese patients with diabetes mellitus type 2. However, the improvement of the TG / HDL ratio is strongly associated with loss of more than 10% of the initial weight
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Avaliação da prevalência de síndrome metabólica ao longo do primeiro ano pós-transplante renal / Prevalence of metabolic syndrome in first year post kidney transplantation

Agena, Fabiana 23 January 2017 (has links)
A síndrome metabólica (SM) consiste em um importante fator de risco para as doenças cardiovasculares (CV), influenciando na sobrevida do paciente e do enxerto renal. O objetivo deste estudo é determinar a prevalência de síndrome metabólica nos períodos pré-transplante, mês 03 e mês 06 e em qual período e componentes melhor predizem esta mesma condição no 12º mês póstransplante renal. No período de janeiro de 2013 a junho de 2014, foram incluídos prospectivamente 179 pacientes submetidos a transplante renal. Os pacientes foram submetidos a avaliação dos componentes da SM (hipertensão arterial sistêmica, HDL baixo, triglicérides aumentado, circunferência abdominal aumentada e glicemia de jejum alterada), conforme NCEP-ATP III e outros fatores de risco metabólicos e cardiovasculares (insulinema, hemoglobina glicada, ácido úrico, proteína C reativa, colesterol total e frações. A população estudada foi composta por 93 (52%) mulheres e 86 (48%) homens. A idade média ao transplantar foi de 44 ± 11 anos. Cento e um pacientes receberam enxerto de doador falecido (56%) e 78 (44%) de doadores vivos. Verificou-se aumento da prevalência da SM entre o período pré-transplante e 12º mês após o transplante renal. A prevalência de síndrome metabólica nos períodos prétransplante, mês 03, mês 06 e mês 12 foram 37%, 39%, 32% e 44%, respectivamente. O mês 06 apresentou melhor predição, por várias análises para a ocorrência de SM no mês 12. A importância da avaliação precoce dos pacientes receptores de transplante renal visando a detecção precoce da SM assim como a prevenção da obesidade, controle glicêmico e metabólico consistem em fatores relevantes na prevenção da síndrome metabólica no período pós-transplante / Metabolic syndrome (MS) is now recognized as a risk factor for cardiovascular disease (CV), the leading cause of death with a functioning graft in renal transplantation. The aim of this study is to determine the prevalence of MS before transplantation and at 3 and 6 months after to predict this same condition at the 12th month. From January 2013 to June 2014, 179 patients undergoing kidney transplantation were prospectively included Patients underwent assessment of the components of MS (hypertension, low HDL, increased triglycerides, increased waist circumference and impaired fasting glucose) as NCEP-ATP III and other metabolic and cardiovascular risk factors (insulin, hemoglobin a1c, uric acid, C-reactive protein, total cholesterol and fractions) The study population consisted of 93 (52%) women and 86 (48%) men. The mean age at transplant was 44 ± 11 years. One hundred and one patients were deceased donor grafts (56%) and 78 (44%) from living donors. There was an increase in the prevalence of MS along the first year The prevalence of MS in before transplantation and at 3, 6 and 12 months after transplantation were 37%, 39%, 32% and 44%, respectively. The 6th month showed the better prediction of metabolic syndrome in the 12th month. The importance of early assessment of renal transplant recipients aimed at the early detection of SM is relevant in the prevention of metabolic syndrome in the post kidney transplantation

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