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O trabalho nos centros de atenção psicossocial: uma reflexão crítica das práticas e suas contribuições para a consolidação da reforma psiquiátrica. / The work in psychosocial attention centers: a critical reflection of the practice and its contributions for the consolidation of the psychiatric reform.Regina Bichaff 31 August 2006 (has links)
Este estudo elegeu como objeto de investigação as práticas de trabalho da equipe multiprofissional de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), tomando como referência o atual contexto de desenvolvimento da Reforma Psiquiátrica no Brasil. Foram traçados como objetivos a caracterização do perfil profissional dos trabalhadores, a identificação das concepções teóricas que orientam suas práticas e a análise de suas ações mediadas pelo saber-fazer, em relação às diretrizes estabelecidas pelas políticas públicas para a área de saúde mental e, em especial, para os serviços CAPS. A fundamentação teórico-metodológica utilizada foi o materialismo histórico e dialético que compreende a realidade social, os conhecimentos humanos e as práticas de trabalho como historicamente determinadas, e as contradições como necessárias aos processos de transformação e construção de novas formas de relação social. Os sujeitos da pesquisa foram profissionais com formação de 3.° grau e utilizou-se a entrevista semi-estruturada como técnica para a coleta dos dados e a hermenêutica-dialética como estratégia de apreensão da realidade Os trabalhadores apresentaram um percurso de formação profissional tradicional e a análise do material empírico permitiu visualizar que suas ações são norteadas, fundamentalmente, por concepções coerentes com o modelo hegemônico, em que há uma dicotomia entre saúde e doença mental, cujo objeto de trabalho é o indivíduo e sua doença, desvinculado do significado social atribuído à sua condição. A análise mostrou também que as relações entre o saber e o fazer apresentam coerência, em se tratando de intervenções tradicionais, resultando em práticas voltadas aos usuários do serviço e no interior da instituição. As ações que estariam dirigidas ao contexto concreto de vida desses usuários, além de pouco representativas, não encontram embasamento teórico nos saberes revelados e estariam fundamentadas no conhecimento advindo da própria prática e do senso comum. Desse modo, a representação dos trabalhadores, sobre o modelo de atenção CAPS, traduz as dificuldades encontradas à consolidação de um serviço substitutivo para as internações psiquiátricas e a um serviço articulado junto aos recursos territoriais, configurando-se, portanto, para a equipe em um problema da política de saúde mental, da qual eles não se vêem como atores. O estudo evidenciou a necessidade de revisão dos processos de trabalho da equipe, para possibilitar a construção de novos saberes, instrumentos e práticas, bem como o envolvimento dos trabalhadores enquanto atores sociais da Reforma. / This study elected as objective of investigation the practices of work of the multiprofessional staff of a Psychosocial Attention Center (CAPS), using the current context of the Psychiatric Reform development in Brazil as reference. The planned objectives were the characterization of the professional profile of the workers, the identification of the theorical conceptions that guide their practices and the analysis of their actions mediated by the know-how in relation to the rules established by the public policies for mental health area and especially for the CAPS services. The theoretical-methodological fundamentals used were the historical and dialectical materialism that comprehend the social reality, the human knowledge and the work practices as historically determined, and the contradictions as needed for the processes of transformation and construction of new forms of social relation. The subjects of the research were professionals with higher education and it was used the semi constructed interview as technique for the data collection and the dialectical-hermeneutic as strategy of aprehension of reality. The workers presented a way of traditional professional formation and the analysis of the empirical material permitted to visualize that their actions are guided fundamentaly by conceptions coherent with the hegemonic model, in which a dichotomy between mental health and disease exists, the object of work being the individual and his disease, without the link of the social meaning attributed to his condition. The analysis also showed that the relation between knowing and doing presents coherence, being a matter of traditional intervention, resulting in practices turned to the users of the service inside the institution. The actions that would be directed to the concrete context of their own lives, besides few representative, they do not find theoretical foundation in the revealed knowledge and they would be well founded in the knowledge resulted from the proper practice and the common sense. This way, the representation of the workers about the model of attention CAPS, translates the difficulties found for the consolidation of a substitutive service for the psychiatric internment and a service articulated to the territorial resources, resulting thus a problem of mental health policies for the staff from the service, who cannot see themselves as actors of the process. The study made clear the necessity of reviewing the processes of teamwork to make possible the construction of new knowledge, instruments and practices as well as the involvement of the workers as social actors of the Reform.
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Papéis e perfil dos profissionais que atuam nos serviços e seus conhecimentos sobre políticas em saúde mental / Roles and profile of the professionals working and their knowledge of policies in mental health servicesAline Siqueira de Almeida 12 August 2014 (has links)
A atual proposta de reestruturação dos serviços de saúde mental no país tem o compromisso de prestar assistência integral e resolutiva, por meio de equipes interdisciplinares, a toda a população. Este estudo teve por objetivo Identificar o perfil dos profissionais que atuam nos serviços de saúde mental de Uberlândia, conhecer as atividades desenvolvidas nestas equipes e sua opinião sobre a aplicação das políticas de saúde mental. Metodologia: Trata-se de pesquisa exploratório descritiva. Faz parte de um amplo projeto, desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas - EERP USP. Participaram do estudo 51 dos 135 profissionais de ensino superior que atuam nos serviços de saúde mental do município de Uberlândia. Para a coleta dos dados, utilizou-se um roteiro com duas partes: 1- informações de identificação, formação e sobre as praticas desenvolvidas pelos sujeitos nos serviços; 2- questões sobre politicas e formação em saúde mental. Os dados foram analisados pelo STATA para encontrar prováveis associações entre variáveis. O Teste exato de Fisher foi utilizado para analisar a não resposta. Resultados e Discussão: Dos 135 funcionários de nível superior de 09 serviços locais (01 enfermaria, 01 ambulatório, 01 Centro de Convivência e 06 CAPS) foram entrevistados 51, no período de janeiro a agosto de 2013. Em um dos CAPS todos (25) profissionais recusaram-se a participar. A maior parte dos profissionais que atuam nos serviços de saúde mental são psicólogos (45,2%), do sexo feminino (71,8%). A categoria com maior jornada e experiência de atuação na área também é a psicologia, com 63% tendo 10 anos ou mais de formados e 37,3% com mais de 15 anos. A categoria médica é a que predomina com 60 horas semanais de trabalho. Apenas 37,3% dos participantes possuem especialização em saúde mental, sendo predominante a categoria médica. A categoria de psicologia é a que tem menor remuneração (52,9%) o que pode explicar a maior quantidade desses profissionais atuando em mais de um serviço. Os psicólogos também predominam no atendimento a famílias, utilizando a abordagem psicanalítica. 25% dos profissionais afirmaram realizar a administração de medicação, sendo 01 deles psicólogo, 10 enfermeiros e 02 médicos. Ações para promover autonomia do paciente são realizadas por 80% dos participantes, sendo que 61% afirmam realizá-la após alta do paciente e apenas 39% afirmaram promovê-las durante toda a permanência do paciente na instituição. Pouco mais de um terço dos participantes considera que a instituição onde trabalha segue totalmente as politicas em saúde mental. A atuação da enfermagem em saúde mental é satisfatória para 45,1% dos participantes. 55% dos participantes considera que há falha na formação profissional de sua categoria tal como já foi evidenciado em estudos anteriores. Conclusão: Esse estudo possibilitou conhecer o perfil e a caracterização das equipes dos serviços de saúde mental do município de Uberlândia. Confirmou-se que os dispositivos de base comunitária em saúde mental enfrentam muitas dificuldades e, a maioria não consegue seguir as políticas preconizadas pelo Ministério da Saúde / The current proposal for restructuring of mental health services in the country is committed to provide integral and effective assistance through interdisciplinary teams, to the entire population. This study aimed to identify the profile of the professionals working in the mental health services of Uberlândia, knowing the activities of these team and their opinion on the implementation of mental health policies. Methodology: This is a descriptive exploratory research. It is part of a larger project, developed by researchers at the Department of Psychiatric Nursing and Human Sciences - USP EERP. The study included 51 of 135 higher education professionals working in mental health services in the city of Uberlândia. For collect the data, a script with two part was used: 1 - identifying information, education and on the practices developed by the subjects in services; 2 - questions about policies and training in mental health. Data were analyzed by STATA to find associations between variables. The Fisher exact test was used to analyze non- response. Results and Discussion: Of the 135 senior level officials from 09 local offices (01 ward, 01 outpatient, 01 Treatment Center and 06 CAPS) 51 were interviewed in the period January to August 2013. In one of the CAPS (25) all professionals refused to participate. Most professionals working in mental health services are psychologists (45.2 %), female (71.8 %). The category with the greatest journey and experience working in the field is also psychology, with 63 % have 10 years or more of graduates and 37.3 % over 15 years. The medical profession is the predominant 60-hour working per week. Only 37.3 % of participants have expertise in mental health, with prevailing medical category. The category of psychology is that with lower pay (52.9 %) which may explain the greater number of these professionals working in more than one service. Psychologists also predominate in serving families, using the psychoanalytic approach. 25 % of professionals reported receiving administration of medication, and 01 of them psychologists, 10 nurses and 02 physicians. Actions to promote patient autonomy are made by 80% of participants, while 61 % say realize it after patient discharge, and only 39 % said they promote them throughout the patient\'s stay in the institution. Just over a third of respondents considered that the institution where they work completely follows the policies in mental health. The role of mental health nursing is satisfactory for 45.1 % of the participants. 55 % of participants considered that there is failure in vocational training in its class as has been shown in previous studies. Conclusion: This study helped understand the profile and characterization of teams of mental health services in the municipality of Uberlândia. It was confirmed that devices of community-based mental health care face many difficulties and, most fail to follow policies recommended by the Ministry of Health
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Saúde, doença mental e serviços de saúde na visão de adolescentes e seus cuidadoresMorais, Camila de Aquino January 2008 (has links)
O estudo investigou a visão de adolescentes e seus cuidadores sobre saúde/doença mental, estereótipos e acessibilidade aos serviços de saúde, bem como as principais redes de apoio e estratégias de cuidado utilizadas pelos adolescentes. Participaram do estudo 30 adolescentes de ambos os sexos da periferia de Porto Alegre com idades entre 14 a 18 anos e 28 cuidadores destes, 10 do sexo masculino com idade entre 27 a 55 anos e 18 do sexo feminino com idade entre 31 a 67 anos. Da amostra total dos adolescentes foram entrevistadas 20 famílias de variada configuração. Como instrumentos foram utilizados: diário de campo, roteiro de entrevista da família e questionários auto-aplicáveis. Os resultados dos questionários foram analisados através do SPSS 13.0, sendo levantadas estatísticas descritivas. Para os diários de campo e roteiro de entrevista utilizou-se a análise de conteúdo. Os resultados destes dois instrumentos mostraram a implicação dos aspectos socioeconômicos e dos acontecimentos estressantes da história de vida familiar na saúde mental dos adolescentes e membros da família. Os resultados dos questionários revelaram que a visão de saúde mental dos adolescentes estava associada à capacidade de pensar de forma crítica e relacionar-se bem com os outros. Da doença mental, os adolescentes apresentaram uma visão integradora entre corpo-mente. Os profissionais de saúde, os pais e amigos constaram como as principais redes de apoio. Foram encontradas mais barreiras ideológicas do que estruturais para o acesso aos serviços de saúde. As estratégias de cuidado variaram entre comportamentos em busca de mudança e fuga do problema. Na visão dos cuidadores, saúde mental esteve associada com o bom funcionamento físico, cognitivo e com a satisfação pessoal, apresentando algumas diferenças entre a visão do cuidador e da cuidadora. Da doença mental, identificou-se uma visão integradora corpo-mente e associação com problemas de concentração. A escola, o profissional de saúde e a mídia foram os principais formadores de opinião sobre a visão de saúde/doença mental. Dos estereótipos, foram identificadas mais barreiras ideológicas do que estruturais. Acerca da busca de ajuda e rede de apoio, a mãe, o pai e profissionais de saúde foram citados. Das estratégias de cuidado incentivadas aos adolescentes, a busca de mudança foi mais freqüente. Intervenções sociais e meios de melhorar a prestação de serviços em saúde mental aos adolescentes são discutidos. / The aim of this study was to investigate adolescents' and their caregivers' perspective about mental health and illness, stereotypes and accessibility to mental health services, as well as the main support networks and strategies used by adolescen ts to look after themselves. 30 female and male adolescents living in the suburb of Porto Alegre aged 14 to 18; and 28 caregivers, 10 male aged 27 to 55 and 18 female aged 31 to 67 participated in the study. 20 out of 30 adolescents' families were intervie wed during home visits. Families showed different configuration. Field diary, family interview, self-applicable questionnaires on mental health and illness were applied. Questionnaires results were analyzed with SPSS 13.0 and descriptive statistics was mad e for all items. Content analysis was adopted to analyze qualitative data in field diary and family interview. Results from those two instruments showed the implication of socioeconomic aspects and stressful occurrences of family history on adolescents and other family members' mental health. Questionnaire results unveil that adolescents' mental health was associated to the ability of thinking critically and getting along well with others. Adolescents presented an integrated view of health and body. Health professionals, parents and friends formed the main support networks for adolescents. Ideological barrier with regard to access to health services were found more than structural. Adolescents presented care strategies that varied from behaviors in search of change and scape from the problem. Caregivers' mental health perspective was associated with good physical and cognitive functioning and personal satisfaction, presenting some difference between male and female caregivers' perspective. About mental illnes s, caregivers presented an integrated view of body and mind and associated with concentration problems. School, health professional and media are the main opinion boosters about mental health and illness. About stereotypes was found more ideological barriers than structural. Mother, father and health professionals were the main help - seeking. Care strategies motivated to adolescents' indicates search of change when feeling mentally sick. Social interventions and ways to improve health services for adolescents were discussed.
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O conceito de rede para os profissionais da atenção ao paciente com transtorno mental: em busca dos dispositivos de cuidadoBermudez, Karina Moraes January 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017 / Fundação Municipal de Saúde de Niterói. Coordenação de Saúde Mental. Assessoria no Programa Álcool e Outras Drogas / O presente trabalho objetivou analisar os sentidos e as aporias que são atribuídos ao conceito de rede de atenção pelos profissionais de saúde e identificar como eles, ao se apropriarem desse conceito, o transformam em trabalho vivo na produção do cuidado. Profissionais esses envolvidos na produção do cuidado aos pacientes com transtorno mental em diferentes níveis de atenção. Com base nos novos pressupostos da reforma psiquiátrica, tendo a atenção psicossocial como direção de trabalho, pretendeu-se também revisar a legislação referente às políticas públicas de saúde no que tange à Rede de Atenção a Saúde, mantendo o foco na Rede de Atenção Psicossocial e, dessa forma, entender o conceito, problematizar o conceito e colocar em análise as práticas de cuidado. Esta questão é o que motiva a realização desta pesquisa como também expressa um movimento permanente da pesquisadora atravessado por erros e vieses, por construção e desconstrução, pela sustentação de um trabalho clínico ético e uma organização de funcionamento dos serviços que favoreça a assistência, o acolhimento, o acesso e o cuidado integral. O percurso metodológico constou de uma abordagem qualitativa, com entrevistas mediadas pelo uso de situações problemas dos profissionais da saúde. Os dados serão apreciados pela análise de conteúdo de Bardin. A pesquisa foi realizada em quatro serviços de saúde de um município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro – um Centro de Atenção Psicossocial II de adulto (CAPS), um Ambulatório Ampliado de Saúde Mental, um Serviço de Emergência Psiquiátrica em nível hospitalar e uma unidade de Atenção Primária à saúde. Os participantes do estudo incluíram 13 profissionais de saúde de diferentes categorias que trabalham nas unidades de saúde mencionadas acima. Após a análise das entrevistas emergiram três categorias de análise, as quais foram nomeadas: (I) Sentidos de uma rede de cuidado: conceituação e características; (II) Meios operadores para a construção de uma rede de cuidados – construção da prática; e (III) Propostas para minimização das dificuldades e efetivação de uma rede de cuidados. Cada uma delas foi expressa pelos conceitos norteadores e delas emergiram as seguintes subcategorias: Trabalho em rede, Redes de Apoio, Conflito, Continuidade do Cuidado, Assistência Integral, Cuidado Compartilhado, Processo de Formação, Espaços Amplos de Discussão, Organização do Trabalho. Foi possível concluir, então, que os profissionais expressam diferentes conceitos de rede, com isso agem de modo singular na produção do cuidado, mesmo estando sob a mesma diretriz normativa. Os resultados apontam que mesmo com todas as novas formas de possibilitar o cuidado como efeito da Reforma Sanitária e da Reforma Psiquiátrica, legitimadas no campo político e normativo, ainda se observa na prática cotidiana do trabalho em saúde com a reprodução da fragmentação e das barreiras ao acesso, as quais dificultam a trajetória do paciente pela rede assistencial. Esforço diário torna-se necessário para sustentação do cuidado ao usuário com transtorno mental, para que ele seja comprometido, implicado, integral e articulado em rede / The present work objected to analyze the senses and aporias that are attributed to the concept of care network by health professionals and to identify how they, by appropriating this concept, transform it into living work in the production of care. Professionals involved in the production of care for patients with mental disorders at different levels of attention. Based on the new presuppositions of the psychiatric reform, with psychosocial attention as the direction of work, it was also intended to review the legislation regarding public health policies with regard to the Health Care Network, maintaining the focus in the Network of Psychosocial Care, In this way, to understand the concept, to problematize the concept and to analyze the practices of care. This issue is what motivates the realization of this research as well as expresses a permanent movement of the researcher crossed by errors and biases, by construction and deconstruction, by the support of an ethical clinical work and an organization of functioning of the services that favors the assistance, the reception, access and integral care. The methodological course consisted of a qualitative approach, with interviews mediated by the use of problem situations of health professionals. The data will be appreciated by Bardin's content analysis. The research was carried out in four health services
of a municipality of the metropolitan region of Rio de Janeiro- an Adult Psychosocial Care Center II (Caps), an Expanded Mental Health Clinic, a psychiatric emergency service at the hospital level and a unit of primary health care. The study participants included 13 health professionals from different categories working in the health units mentioned above. After analyzing the interviews, three categories of analysis emerged, which were named: (I) Sense of a network of care: conceptualization and characteristics; (II) Means operators for the construction of a network of care - construction of the practice; And (III) Proposals to minimize the difficulties and make a network of care effective. Each of them was expressed by the guiding concepts and they emerged from the following subcategories: Networking, Support Networks, Conflict, Continuity of Care, Comprehensive Care, Shared Care, Training Process, Large Spaces for Discussion, Work Organization. It was possible to conclude, then, that professionals express different concepts of network, with this they act in a singular way in the production of care, even though they are under the same normative guideline. The results point out that even with all the new ways of enabling care as an effect Sanitary Reform and Psychiatric Reform, legitimized in the political and normative field, is still observed in the daily practice of health work with the reproduction of fragmentation and barriers to access, which make it difficult for the patient to traverse the care network. Daily effort becomes necessary to sustain the care of the user with mental disorder, so that it is committed, implicated, integral and articulated in a network
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O cuidado emocional em enfermagem às gestantes que convivem com doenças crônicas: um estudo sociopoéticoSilveira, Pâmela Gioza da January 2017 (has links)
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DISSERTAÇÃO PÂMELA GIOZA DA SILVEIRA - VERSÃO FINAL.pdf: 4609978 bytes, checksum: 40ee78118a94529a9e5ce6a046fc0813 (MD5)
Previous issue date: 2017 / Mestrado Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde / A abordagem aos aspectos emocionais que envolvem a mulher durante a assistência pré-natal tem-se mostrado essencial, principalmente, no que tange as gestantes de alto risco. Diante da situação de risco, emoções como medo, angústia, aflição e tristeza podem ser desencadeadas. Nesse contexto, a compreensão de cada momento vivenciado somado a um cuidado humanizado possibilita a prática do cuidado emocional a esta gestante para enfrentar os possíveis obstáculos da gestação. Teremos assim como objetivo geral: compreender as demandas de cuidado emocional das gestantes que convivem com doenças crônicas por ocasião do atendimento de pré-natal e o papel do enfermeiro nesse contexto. E como objetivos específicos: descrever o perfil sócio-demográfico e gestacional das mulheres que convivem com doenças crônicas e se encontram em acompanhamento no ambulatório de pré-natal do HUAP; discutir as demandas de cuidado emocional apresentadas por gestantes que convivem com doenças crônicas; tecer o cuidado emocional de enfermagem em grupo com as gestantes que convivem com doenças crônicas. Trata-se de um estudo descritivo, transversal e qualitativo, que utiliza como método a sociopoética. O campo de investigação foi o Ambulatório de Pré-Natal do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) localizado em Niterói/RJ. Os participantes foram 12 gestantes que convivem com problema de saúde crônico (hipertensão arterial, diabetes mellitus, hipotireoidismo e HIV). A produção de dados se deu por meio do dispositivo grupo-pesquisador. Os dados do estudo foram analisados a partir dos estudos transversal e filosófico, próprios da sociopoética. Foram definidas as seguintes categorias: os atravessamentos de uma gestação de alto risco sob o ponto de vista emocional; estratégias de enfrentamento de problemas emocionais utilizadas por gestantes de alto risco; a avaliação do grupo “As mães que superam suas emoções negativas” sob o olhar das gestantes; a aplicação da teoria de Hidelgard Peplau na Sociopoética com gestantes de alto risco; e, o cuidado do emocional em enfermagem desenvolvido através da mutualidade: o cuidar do outro cuidando de si. Contudo, fica evidente a necessidade de reorganização do serviço de pré-natal na atenção secundária, onde o cuidado emocional deve ser visto como elemento a ser avaliado e desenvolvido ao longo do período gestacional e a atuação do enfermeiro deve ser efetivada através da consulta de enfermagem e da assistência à mulher de forma integral, passando a ser reconhecido como parte integrante e fundamental da equipe multiprofissional de saúde responsável pelo cuidado a essas mulheres. / The approach to the emotional aspects that involve the woman during the prenatal care has been essential, mainly, in relation to high-risk pregnant women. At risk situation, emotions such as fear, anguish, affliction and sadness can be unleashed. In this context, the understanding of each experienced moment added to a humanized care makes possible the practice of the emotional care to this pregnant woman to face the possible obstacles of the gestation. Therefore, we will have as a general objective: Understand the emotional care demands of pregnant women living with chronic diseases due to prenatal care and the participation of nurses in this context. And as specific objectives: Describe the socio-demographic and gestational profile of women living with chronic diseases and are being followed up at the prenatal clinic of Antônio Pedro University Hospital; Discuss the emotional care demands presented by pregnant women living with chronic diseases; Develop, in group, the emotional nursing care with pregnant women living with chronic diseases. It is a descriptive, cross-sectional and qualitative study that uses the sociopoetics as a method. The investigation field was the prenatal clinic of Antônio Pedro University Hospital located in Niterói / RJ. Twelve (12) pregnant women living with a chronic health condition (hypertension, diabetes mellitus, hypothyroidism and HIV) took part in the study. The data were acquired through the group-researcher device, and were analyzed from the transversal and philosophical studies, typical of sociopoetics. The following categories were defined: the crossings of a high-risk pregnancy from the emotional point of view; strategies to deal with emotional problems used by high-risk pregnant women; the evaluation of the group "Mothers who overcome their negative emotions" under the gaze of pregnant women; the application of Hidelgard Peplau's theory in sociopoetics with high-risk pregnant women; and, the emotional care in nursing developed through the mutuality: the caring of the other taking care of itself. However, it is evident the need to reorganize the prenatal service in secondary health care, where the emotional care should be seen as an element to be evaluated and developed throughout the gestational period and the nurse's action must be carried out through the nursing consultation and the integral assistance to women, being recognized as a fundamental part of the multiprofessional health team responsible for the care of these women.
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Um estudo sobre a saúde mental de Serra-es: da surpresa ao encantamento.Rossoni, Cláudia Gomes 20 November 2006 (has links)
Esta pesquisa estuda as condições norteadoras da modelagem utilizada na organização do serviço de saúde mental do município de Serra, que tem nas Equipes de Saúde Mental das Unidades Regionais de Saúde um serviço extrahospitalar para a reorientação do modelo assistencial. Pesquisa qualitativa realizada através do estudo de um caso que teve como método de coleta de
dados o Grupo Focal. Foram realizados 05 (cinco) Grupos Focais com os profissionais das equipes de saúde mental, nos meses de outubro a dezembro de
2005 e os dados foram analisados em seu conteúdo, com base em Bardin. Classifica as condições norteadoras que modelam o serviço de saúde mental em duas modalidades: constituídas e constituintes. As constituídas pela política municipal de saúde mental são as que apontam a diretriz política e técnico administrativa
e as constituintes as que se referem às práticas sociais
desenvolvidas no cotidiano da instituição de saúde pelos profissionais de saúde mental, a partir dos processos vivenciados por esses atores na relação com o território e a demanda em saúde. Conclui que o serviço implantado tem potencialidades e contribuições para a reorientação do modelo assistencial. Destaca que as condições constituídas foram importantes para a criação e
consolidação do serviço de saúde mental, mas está centrada nas condições constituintes a modelagem deste serviço, pois é na relação cotidiana entre seus atores que se torna possível introduzir novas formas de lidar com o sofrimento psíquico e construir uma nova cultura em saúde mental. Para tanto, é necessária a ampliação de uma rede de saúde mental e uma política de educação
permanente de seus profissionais para a apropriação do território e atendimento das demandas em saúde. Captar esses fenômenos foi importante para reconhecer as potencialidades do serviço na efetivação da política de saúde mental do município e apreender seus limites e perspectivas. / This research studies the directed conditions of the modeling used in the organization of the Mental Health Service on Serra District that has in the Mental Health Team of the Regional Health Unities, an extra-hospital service for the reorientation of the attendance model. Qualitative research consummated through a case study that has with data collection method, the Focal Group. Five Focal Groups are realized with the mental health team professionals, in October to December months of 2005 and the data had been analyzed in its content, on the basis of Bardin. It classifies the directed conditions that shape the mental health service in two modalities: constituted and constituent. The constituted ones, of the
municipal politics of mental health, are the ones that point the line of direction technician-administrative politics, and the constituent, the ones that are related to
the social practices developed in the daily of the health institution for the mental health professionals, from the processes lived deeply for these actors in the
relation with the territory and the demand in health. It concludes that the implanted service has potentialities and contributions for the reorientation of the attendance
model. It detaches that the consisting conditions had been important for the creation and consolidation of the mental health service, but is centered in the constituent conditions the modeling of this service, therefore it is in the daily
relation between its actors who if become possible to introduce new forms to deal with the psychic suffering and to construct a new culture in mental health. For in
such a way, the magnifying of a net of mental health and one politics of permanent education of its professionals for the appropriation of the territory is necessary and attendance of the demands in health. To catch these phenomena was important to recognize the potentialities of the service in the consummation of the politics of mental health of the city and to apprehend its limits and perspectives.
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Há tanta vida lá fora : o território como espaço de cuidado aos usuários de álcool e outras drogasOliveira, Fernanda Caldas Rabelo de 23 February 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The universe of the abuse of drugs is connected to forces of the interference of the emerging health
public policies, especially in the interface between the basic attention and mental health.Inserting the
theoretical approach in this subject, this study proposes joints between the questions involving the
process of thedeinstitutionalization and caring in the territory to people who experience the use of
alcohol and other drugs in the streets.Exceeding the idea of a physical and geographical space, and
understanding the territory as a set of social, cultural and economic references that outline the
everyday and the life project of the person, one of the main questions of the concept of this study is
how to offer and produce caring in the territory of these people. A second but not least important
matter is in which measure these practices could fall in a strategy of biopower, acting as a control on
the population and in their development. In a dialogue with the genealogy of power/knowledge
proposal by Michael Foucault, we can understand the technologies of power and the effects produced
by the power-knowledge, as well as the relations of forces and the control mechanisms that are being
used in the practics of attention and caring to the drug addictts in the streets. However, we think in the
possibility of a model of clinic, with no biopolitical control in the inhabited space, betting on the
caring ways of the approached context. / O universo das práticas do uso abusivo de drogas é ligado a diversas forças intercessoras relacionadas
às emergentes Políticas Públicas de Saúde, especificamente na interface entre a Atenção Básica e a
Saúde Mental. Inserido neste campo temático com abordagem teórica, este estudo tem por objetivo
propor articulações entre questões que envolvem o processo de desinstitucionalização e o cuidado no
território às pessoas que experienciam o uso problemático do álcool e/ou outras drogas, em situação de
rua. Ultrapassando a ideia de um lugar físico, geográfico, e entendendo território como um conjunto de
referências sociais, culturais e econômicas que delineiam o cotidiano e o projeto de vida do sujeito,
uma das questões norteadoras do campo conceitual deste estudo é como ofertar e produzir cuidado no
território dessas pessoas. Uma segunda problemática não menos importante é em que medida essas
práticas itinerantes recaem ou podem recair numa estratégia de biopoder, agindo como controle da
população e na formatação dos indivíduos. Dialogando com a genealogia do poder/saber proposta por
Michel Foucault, podemos compreender as tecnologias de poder e os efeitos produzidos do saberpoder,
bem como as relações de forças e dos mecanismos de controle que estão sendo utilizados nas
práticas de atenção e cuidado aos usuários de drogas em vivência de rua. No entanto, pensamos como
possibilidade de escape ao controle biopolítico um modelo de clínica no espaço habitado apostando na
produção de modos de cuidado no contexto abordado.
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Criança usa droga? : caracterização de crianças usuárias de substâncias psicoativas atendidas em um serviço de saúde mentalRamaldes, Helena Quintas 26 August 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-08-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A despeito do aumento do consumo de drogas no Brasil e da precocidade com que esse vem ocorrendo, são poucos os estudos que abordam a temática da criança que faz uso de droga, observando suas condições de vida e o padrão de uso dessas substâncias. Outro vazio encontra-se quando se pretende conhecer como é feita a assistência em saúde a essa população. Este trabalho objetiva caracterizar a criança que faz uso de substâncias psicoativas atendida na Unidade de Tratamento à Criança e ao Adolescente usuário de álcool e outras drogas (UTCA), serviço hospitalar da rede de saúde mental do Estado do Espírito Santo. A pesquisa será apresentada no formato de dois artigos: o primeiro teve como participantes as crianças e o segundo os profissionais de saúde. A metodologia para coleta de dados foi entrevista parcialmente estruturada, realizada após consentimento livre e esclarecido. Utilizou-se, como método de análise dos dados, a Análise de Conteúdo. Os resultados confirmam que existe uma população de crianças usuárias de drogas e os relatos dos participantes mostram que alguns fatores sociais e familiares devem ser considerados, para entender o consumo de drogas nessa população. Além disso, os dados indicam que, apesar de, nos últimos anos, ter havido um incremento nas políticas nesse campo, é necessário avançar no que diz respeito às especificidades da população infantil usuária de drogas e fomentar a ampliação da rede de serviços que atende a essa demanda / In despite of the increase of drugs consumption in Brazil and the earliness with which it has occurred, there are few studies that address the issue of child who use drugs, observing their living conditions and the standard of the use of these substances. Another gap is related to knowing how is the health care of this population. This work aims to characterize the child who use psychoactive substance and is attended in UTCA - Service of treatment for child and teenager user of alcohol and other drugs, the only hospital service of mental health in the state of Espirito Santo. The research will be presented through two articles: the first one had children as participants and in the second article health professionals. The methodology for data collection was partially structured interview, conducted after having obtained the participant s consent. Content analysis was used as a method of data analysis. The results confirm that there is a population of children using drugs and the participants reports show that some social and family factors should be considered to understand the drugs consumption in this population. In addition, the data indicate that, although there has been an increase of policies in this field in the recent years, its necessary to make progress about the specificity of the population of drug user and encourage the expansion of health services in order to cover this demand
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O conceito de capital mental no campo da saúde mental no trabalho: uma análise crítica do discurso da organização mundial da saúdePinheiro, Marcelo de Andrade 14 May 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-05-14 / Conforme relatórios sobre o panorama dos transtornos mentais nos ambientes de trabalho, produzidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), agência das Nações Unidas especializada em saúde pública mundial, há evidências crescentes do impacto dos transtornos mentais nas Organizações (WHO, 2000, 2005, 2010, 2013). A partir de 2000, duas ideias centrais acerca da saúde mental passaram a ser divulgadas em tais relatórios: 'que a saúde mental gera capital mental, e que não há saúde sem saúde mental' (WHO, 2000, 2005, 2010, 2013). A perspectiva econômica atrelada à saúde mental, expressa como capital mental, implica a proposição de que uma boa saúde mental permitiria um bom estado cognitivo e emocional, essenciais para as habilidades sociais e para a resiliência frente às situações de estresse, além de ser imprescindível para o funcionamento saudável (PRINCE, 2007). Segundo Lok Sang-Ho, economista que cunhou o termo, 'capital mental engloba a capacidade de reflexão e do grau de eficiência com o qual o indivíduo resolve os problemas e as restrições da vida cotidiana' (SANG-HO, 2001, p.24). Em uma abordagem pragmática associada à psicologia, o capital mental foi associado com habilidades psicológicas como a esperança, a auto eficácia, o otimismo e a resiliência (LUTHANS et al., 2004), fatores subjetivos que podem ser verificados por meio dos comportamentos dos indivíduos e passíveis de serem desenvolvidos. Dessa forma, a eficácia e a produtividade de um indivíduo no ambiente de trabalho passam a depender de seu capital mental, associado à sua condição subjetiva. Porém, as próprias organizações estão sujeitas a transformações frequentes, sendo a mais recente delas denominada Racionalismo de Mercado, ancorado na afirmação de que para sobreviver nos mercados globais, as empresas devem se ajustar às novas demandas crescentes de clientes que esperam gratificação instantânea, de baixo custo e personalizada (DAVIDOW; MALONE 1992). As consequências para os indivíduos são a instabilidade no emprego, pressão excessiva e permanente por resultados crescentes, associadas a efeitos negativos na saúde mental (DEKKER; SCHAUFELI, 1995), evocando o termo burnout para captar as realidades desgastantes das experiências dos indivíduos no local de trabalho. Assim, leva-se à ideia que para uma conduta se transformar em capital, deve ser transformada em benefícios econômicos e sociais. Para compreender como esta racionalidade que valoriza a eficácia, produtividade e rentabilidade influenciou na própria conceptualização do que considera atualmente saúde mental, esta tese procurou identificar e discutir, a partir de uma análise crítica de discurso do relatório da OMS (WHO, 2000) e de relatórios subsequentes produzidos pela mesma instituição (WHO, 2000, 2005, 2010, 2013) um dos conceitos fundamentais no discurso atual da saúde mental promulgado por meio dos relatórios da OMS – o 'capital mental', via Análise Crítica do Discurso (em inglês, Critical Discourse Analysis) de Fairclough, criada no ambiente da linguística aplicada e análise de discurso como uma forma de sistematicamente abordar os relacionamentos entre a linguagem e a estrutura social (FAIRCLOUGH, 2011). A posição ontológica sobre a qual se fundamenta a OMS em suas conceitualizações teóricas e proposições práticas, marcam a noção de respeito pelos seres humanos, definida por meio do princípio de se tratar os indivíduos como um fim em si mesmos, buscando condições de bem-estar mental nos ambientes organizacionais. Contudo, essa proposição imperativa conflita com os princípios de gestão sobre os quais se baseiam as diretrizes organizacionais. A ideologia do Racionalismo de Mercado considera os empregados como um fator de produção passível de ser medido com base em desempenhos atrelados a resultados financeiros, desconsiderando as necessidades subjetivas da força de trabalho. Há, portanto, um antagonismo entre as ideologias organizacionais fundadas no crescimento contínuo e da busca incessante pela maximização dos resultados financeiros e os valores éticos defendidos pela OMS. A gestão da subjetividade via conceito de capital mental adentra em um mundo à imagem dos mercados financeiros, a partir de uma dinâmica cuja finalidade é a maximização permanente dos recursos visando o êxito econômico. / According to reports on the status of mental disorders in the workplace, produced by the World Health Organization (WHO), a specialized United Nations agency concerned with global public health, there is increasing evidence of the global impact of mental disorders at the organizations (WHO, 2000, 2005, 2010, 2013). Since 2000, two key ideas about mental health have been disclosed in such reports: 'mental health generates mental capital, and there is no health without mental health' (WHO, 2000, 2005, 2010, 2013). The economic perspective linked to mental health, expressed as mental capital, implies the proposition that good mental health would allow a good cognitive and emotional state, essential for social skills and for resilience to stressful situations, besides being required for a healthy functioning (Prince, 2007). According to Lok Sang-Ho, economist who created the term, 'mental capital encompasses the capacity for reflection and the degree of efficiency with which the individual solves the problems and constraints of daily life' (SANG-HO, 2001, p. 24). In a pragmatic approach to psychology, mental capital was associated with psychological abilities such as hope, self-efficacy, optimism, and resilience (LUTHANS et al., 2004), subjective factors that can be verified from the behaviors of individuals and likely to be developed. In this way, the effectiveness and productivity of an individual in the work environment depends on their mental capital, associated with their subjective condition. However, organizations themselves are subject to frequent transformations, the most recent of which is called Market Rationalism, anchored in the claim that to survive in global markets, companies must adjust to the everincreasing demands of customers expecting instant, downward and personalized gratification (DAVIDOW; MALONE, 1992). The consequences for individuals are job instability, excessive and permanent pressure for increasing results, associated with negative effects on mental health (DEKKER; SCHAUFELI, 1995). The evocative power of the term burnout to capture the exhausting realities of individuals' experiences in the workplace has emerged from the various research as a psychological syndrome in the response to chronic interpersonal stressors at work. From this notion, in order a conduct to turn into capital, it must be transformed into economic and social benefits. To understand how this rationality that values efficacy, productivity and profitability, influenced the conceptualization of what mental health is currently considered, and what are its theoretical components and their implications in the world of work, this thesis sought to identify and discuss, a critical analysis of WHO reports (WHO, 2000, 2005, 2010, 2013) one of the fundamental concepts in the current discourse of mental health promulgated through such reports - 'mental capital', via the Critical Discourse Analysis (Critical Discourse Analysis) from Fairclough, created in the context of applied linguistics and discourse analysis as a way to systematically address the relationships between language and social structure (FAIRCLOUGH, 2011). The ontological position on which the WHO is founded in its theoretical conceptualizations and practical propositions marks the notion of respect for human beings, defined from the principle of treating individuals as an end in themselves, seeking conditions of mental well-being in organizational settings. However, this imperative proposition conflicts with the management principles upon which organizational guidelines are based. The ideology of Market Rationalism views employees as a production factor that can be measured based on performance tied to financial results, disregarding the subjective needs of the workforce. There is, therefore, an antagonism between organizational ideologies based on continuous growth and the endless search for maximization of financial results and ethics values advocated by the WHO. The management of subjectivity via the concept of mental capital enters a world in the image of the financial markets, whose purpose is the permanent maximization of resources for economic success.
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A tecnologia de intervenção grupal em sala de espera em um serviço de saúde mental / The technology group intervention in the waiting room in a mental health serviceFonseca, Juliana Macedo Melo da 11 April 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-04-11 / Search descriptive-exploratory qualitative approach of the convergent type developed in a Psychosocial Care Center Alcohol and Drugs (CAPSad) in the state of Goiás, in which participants were users of the service. Aimed to evaluate the technology group intervention in the waiting room as a strategy for care. Data collection occurred from February to May 2013, through three ways: participant observation groups in the waiting room; instrument check-list type based on the Q-sort of therapeutic factors described by Yalom (1975); individual interviews with group participants waiting room. The study included 160 people. The data were subjected to thematic analysis according to the assumptions of Lüdke and Andre (1986), with the aid of ATLAS.ti 6.2 software. Results are presented as two papers: Nursing intervention in the waiting room: a successful experience and Evaluation of group technology in the waiting room in a mental health service. The results showed that the technology group in the waiting room provided moments of reflection, knowledge, learning, listening and exchanges. Helped to elucidate the relationship between the theoretical knowledge with practical assistance on structuring and functioning of groups in the waiting room. Shown to be a potential and valuable for the development of educational and support coordinated by the nurse, users of a mental health service space. Was also identified by the presence of all therapeutic factors investigated in perspectives, service user and professionals who conducted the service in the waiting room. Thus, the intervention group in the waiting room favored the action of certain therapeutic factors that helped participants in coping with crisis situations and also allowed the exercise of citizenship, freedom of expression and the coexistence of different and also therapeutic opportunities for treatment and health education. / Pesquisa de natureza descritiva-exploratória, com abordagem qualitativa do tipo convergente assistencial desenvolvido em um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSad) do interior do Estado de Goiás, cujos participantes foram os usuários do serviço. Objetivou avaliar a tecnologia de intervenção grupal em sala de espera como estratégia para atendimento. A coleta de dados ocorreu de fevereiro a maio de 2013, por meio de três formas: observação participante nos grupos de sala de espera; instrumento tipo check-list com base no Q-sort de fatores terapêuticos descritos por Yalom (1975); entrevistas individuais com os participantes dos grupos de sala de espera. Participaram deste estudo 160 pessoas. Os dados foram submetidos à análise temática, segundo os pressupostos de Lüdke e Andre (1986), com o auxílio do software ATLAS.ti 6.2. Os resultados são apresentados na forma de dois artigos científicos: Intervenção de enfermagem em sala de espera: uma experiência exitosa e, Avaliação da tecnologia grupal em sala de espera num serviço de saúde mental. Os resultados evidenciaram que a tecnologia grupal em sala de espera proporcionou momentos de reflexão, conhecimento, aprendizado, escuta e trocas. Contribuiu para elucidar a articulação entre o saber teórico com a prática assistencial sobre funcionamento e estruturação de grupos em sala de espera. Demonstrou ser um espaço potencial e valoroso para o desenvolvimento de ações educativas e de suporte coordenadas pelo enfermeiro, aos usuários de um serviço de saúde mental. Foi identificada, também, a presença de todos os fatores terapêuticos investigados, em ambas as perspectivas, do usuário do serviço e dos profissionais que conduziam o atendimento em sala de espera. Desta forma, a intervenção grupal em sala de espera favoreceu a atuação de determinados fatores terapêuticos que ajudaram os participantes no enfrentamento das situações de crise e, também, permitiram o exercício da cidadania, a expressão de liberdade e a convivência dos diferentes e, ainda, espaços terapêuticos de tratamento e educação em saúde.
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