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Higienização das mãos que cuidam da criança hospitalizada : uma questão de segurançaBotene, Daisy Zanchi de Abreu January 2013 (has links)
Trata-se de um estudo qualitativo com o objetivo de analisar como a formação acadêmica e profissional sobre a higienização das mãos contribui para a consciência de uma cultura da segurança do paciente. Foi desenvolvido junto ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Rio Grande do Sul, Brasil, no período de agosto a dezembro de 2012, nas unidades de internação pediátrica. Participaram 16 membros da equipe de saúde. Para a coleta das informações, utilizou-se entrevista semiestruturada. Os dados foram organizados e processados pelo software QSR Nvivo, versão 10, e analisados por meio da técnica de análise temática de conteúdo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do HCPA sob o número 120.192. Os resultados permitiram elencar duas categorias temáticas: "A higienização das mãos e a formação acadêmica do profissional de saúde"; e "A higienização das mãos e a vida profissional". Evidenciou-se que a formação acadêmica contribui de forma incipiente para a criação de uma cultura de segurança do paciente e do profissional. Observou-se que há lacunas durante o processo formativo do profissional da saúde no que se refere à temática da higienização das mãos. Aponta-se que essa temática associada a uma cultura de segurança do paciente e do profissional deve ser objeto de outros estudos e de reflexão e deve ser enfatizada na formação acadêmica pelos docentes, sendo abordada de forma transversal e contínua durante todo o processo formativo. No cenário de práticas, apesar de investigações e proposições de alternativas como Educação Continuada e Educação Permanente, ainda não se tem uma adesão significativa dos profissionais da saúde à higienização das mãos, sendo que estudos nacionais e internacionais referem essa necessidade. Quanto à hospitalização infantil, ficaram ressaltados o conhecimento dos profissionais sobre a técnica, os momentos e as dificuldades presentes para a real adesão no controle e minimização dos efeitos de eventos adversos provenientes da higienização das mãos. Também foi possível identificar que os esforços empreendidos pela instituição quanto à criação de uma cultura de segurança têm acontecido de forma sistemática por meio de várias estratégias, como cartazes, folders e campanhas. Entretanto, ainda há necessidade de estudos que provoquem ou desencadeiem novas formas de incorporar e qualificar a prática da higienização das mãos. / This paper is a qualitative study, which aims to analyze how professional and educational background concerning hand hygiene contributes to the building of awareness of the patient safety culture. This research was developed in the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Rio Grande do Sul, Brazil, during the period of august to december, 2012, in the pediatric unit. Sixteen health professionals participated. A semi-structured interview was used to gather information. Data was organized and processed by the software QSR Nvivo, version 10, and it was analyzed using the content analysis technique. The study was approved by the HCPA's Ethics in Research Committee under the number 120.192. The results allowed us to list two thematic categories: "Hand hygiene and health professionals' academic background"; and "Hand hygiene and professional life". It was identified that the academic background contributes incipiently to the creation of a patient and professional safety culture. This study identified gaps during the educational process of the health professional regarding the topic hand hygiene. This topic, associated with patient and health professional, should be the object of other studies and reflection and should be emphasized in the academic formation by the faculty, using a transversal and continuous approach throughout the educational process. Although there are investigations and propositions to alternatives suggested by national and international studies, such as continuing education and lifelong learning in the scenery of practice, still, there is no significant adhesion from health professionals to hand hygiene. Concerning child hospitalization, the study evidenced professionals' knowledge about the technique and the present moment and difficulties to real adhesion in control and minimization of adverse events originated from hand hygiene. It was also possible to identify that the efforts made by the institution, related to the creation of a safety culture, have been systematic through different strategies, such as posters, pamphlets and campaigns, however, there is still the need of studies that provoke and lead to new ways to incorporate and qualify the hand hygiene practice. / Se trata de un estudio cualitativo con el objetivo de analizar la forma en que la formación académica y profesional en el lavado de las manos contribuye para la conciencia de una cultura de seguridad del paciente. Fue desarrollado por el Hospital de Clínicas de Porto Alegre(HCPA), Rio Grande do Sul, Brasil, entre agosto y diciembre de 2012, en las unidades de hospitalización pediátrica. Participaron 16 miembros del equipo de atención médica. Para recolectar la información, se utilizó de la entrevista semiestructurada. Los datos fueron organizados y procesados por el software QSR Nvivo, versión 10, y analizados mediante la técnica de análisis temático del contenido. El estudio fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación del HCPA con el número 120.192. Los resultados permitieron listar dos categorías temáticas: "La higienización de las manos y la formación académica de los profesionales de la salud"; y "La higienización de las manos y la vida profesional". Era evidente que la educación contribuye de forma incipiente para la creación de una cultura de seguridad del paciente y del profesional. Se observó que existen lagunas en el proceso de formación del profesional de la salud en relación con el tema del lavado de las manos. Se señaló que este tema asociado con una cultura de seguridad del paciente y del profesional debe ser objeto de otros estudios y de reflexión y debe ser enfatizado en la formación académica por los profesores, siendo dirigido de manera transversal y continua a lo largo del proceso formativo. En el escenario de práctica, a pesar de las investigaciones y propuestas de alternativas como la Educación Continua y la Educación Permanente, todavía no se tiene un significativo número de miembros de los profesionales de la salud al lavado de las manos, siendo que los estudios nacionales e internacionales se refieren a esta necesidad. En cuanto a la hospitalización infantil, se destacaron el conocimiento de los profesionales sobre la técnica, los momentos y las dificultades presentes para la adhesión efectiva en el control y la minimización de los efectos de eventos adversos que provienen de la higienización de las manos. También fue posible identificar que el esfuerzo puesto por la institución cuanto a la creación de una cultura de seguridad ha ocurrido sistemáticamente a través de diversas estrategias, tales como carteles, folletos y campañas, pero todavía se necesitan de estudios para provocar o desencadenar nuevas maneras de incorporar y calificar la práctica de la higienización de las manos.
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Modelos de atenção primária à saúde da criança: análise comparadaSantos, Nathanielly Cristina Carvalho de Brito 19 August 2016 (has links)
Submitted by Maike Costa (maiksebas@gmail.com) on 2016-12-01T11:59:45Z
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Previous issue date: 2016-08-19 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / In the world, a significant number of children still die, before celebrating the
fifth birthday, from preventable causes in qualified primary care. Therefore, health care
models should be oriented to Primary Health Care and / or structured in accordance
with its ordering attributes. Objective: To compare the degree of orientation to the child´s
primary health care in basic care units which operate with different models of care. Method:
It is a cross-sectional, quantitative and evaluative research in which a total of 1,484 family
members and / or caregivers of children under ten years took part. These children were seen in
health units which work with different models of care. Data collection was carried out from
October 2012 to February 2013 by using the instruments: Primary Care Assessment Tool,
Brazil, child version, to evaluate the Primary Care; and the other one covering the families´
socio-demographic and economic data. The analysis was made by means of descriptive
statistics with simple frequencies and construction of scores of evaluated attributes, according
to the Ministry of Health Manual. To evaluate the most oriented model to Primary Health
Care and compare the attributes among the different models, the parametric analysis of
variance - associated with Tukey´s multiple comparison test -, and Kruskal-Wallis test -
associated with Dunnett´s multiple comparison test - were applied, respectively, both with a
5% significance level. Results: By comparing the models, statistically significant difference
was verified in favor of the mixed Basic Health Unit model (p<0,05) to the overall score and
superiority to the essential score, even without significant difference. As to the attributes, only
the first contact access - use - was satisfactory and did not show any difference between the
models. However, among the attributes that showed differences, this was favorable to the
mixed model for degree of affiliation, coordination - integration of care, comprehensiveness –
available services and provided services, and to the traditional Basic Health Unit model for
the dimensions: information system and accessibility. Although the derived attributes have
not reached the cut-off point, the models that work with the Family Health Strategy had a
favorable difference for family and community orientation. Conclusion: The mixed Basic
Health Unit was revealed as the most oriented model to the child´s primary care. This is
possibly due to the sum of potentialities of the traditional and the Family Health Strategy
models, once even with limitations, they showed overall scores close to ideal. Thus, when
integrated into a single structure, they can contribute to improving the work process of the
teams towards the reorientation of the child´s primary care. / Por falta de una atención primaria de buena calidad, muchos niños todavía
mueren antes de cumplir cinco años en todo el mundo. Para una mejor atención primaria, los
modelos de atención a la salud deben estar orientados para la Atención Primaria a la Salud y/o
estructurados según sus atributos reguladores. Objetivo: Comparar el grado de orientación a
la atención primaria a la salud al niño en las unidades de atención básica que actúan con
diferentes modelos de atención. Método: Es una investigación transversal,
cuantitativa/evaluativa, realizada con 1.484 familiares y/o cuidadores de niños menores de
diez años, atendidas en unidades de salud actuantes en diferentes modelos de atención.
Recogemos los datos de octubre de 2012 a febrero de 2013 utilizando los instrumentos
Primary Care Assessment Tool, Brasil, versión niño, para evaluar la Atención Primaria y otro
observando datos sociodemográficos /económicos de las familias. El análisis fue estadístico
descriptivo con frecuencias sencillas y construcción de los escores de los atributos evaluados
según el manual del Ministerio de la Salud. Para evaluar el modelo más orientado a la
Atención Primaria a la Salud y comparar los atributos entre los diferentes modelos,
empleamos el análisis de variancia paramétrica integrado al test de comparaciones múltiples
de Tukey y el test de Kruskal-Wallis, asociado al de comparaciones múltiples de Dunnett,
ambos con nivel de significancia de 5%. Resultados: Verificamos diferencia estadísticamente
significativa en favor del modelo de Unidad Básica de Salud mista (p< 0,05) para el escore
general y superioridad para el escore esencial, no obstante, sin diferencia significativa. Sobre
los atributos, solo el acceso del primer contacto - utilización - fue satisfactorio y no presentó
diferencia entre los modelos pero entre los atributos que presentaron diferencia, fue favorable
al modelo misto para grado de afiliación, coordinación - integración de cuidados, integralidad
- servicios disponibles y servicios prestados incluso al modelo tradicional para las
dimensiones sistema de información y accesibilidad. Aunque los atributos derivados no hayan
alcanzado el punto de corte, los modelos que actúan con la Estrategia Salud de la Familia,
presentaron diferencia favorable para orientación familiar y comunitaria. Conclusión: La
Unidad Básica de Salud mista reveló ser el modelo más orientado a la atención primaria en el
cuidado al niño. A lo mejor, ese resultado se debe a la suma de potencialidades de los
modelos tradicionales y Estrategia Salud de la Familia, pues aunque limitado, presentaron
escores generales próximos al ideal. Así, cuando integrados en una misma estructura, pueden
contribuir para la mejoría del proceso de trabajo de los equipos hacia la reorientación de la
atención primaria en el cuidado al niño. / No mundo um expressivo número de crianças ainda morre antes de comemorar o
quinto aniversário, por causas evitáveis diante de uma atenção primária de boa qualidade. Por
essa razão, os modelos de atenção à saúde devem estar orientados para a Atenção Primária à
Saúde e/ou estruturados em conformidade com seus atributos ordenadores. Objetivo:
Comparar o grau de orientação à atenção primária em saúde da criança nas unidades de
atenção básica que operam com diferentes modelos de atenção. Método: Trata-se de pesquisa
transversal, quantitativa e avaliativa, da qual participaram 1.484 familiares e/ou cuidadores de
crianças menores de dez anos, atendidas em unidades de saúde que atuam com diferentes
modelos de atenção. Os dados foram coletados de outubro de 2012 a fevereiro de 2013,
utilizando-se os instrumentos: Primary Care Assessment Tool, Brasil, versão criança para
avaliar a Atenção Primária, e outro que contemplou dados sociodemográficos e econômicos
das famílias. A análise foi feita por meio de estatística descritiva, com frequências simples e
construção dos escores dos atributos avaliados, de acordo com o Manual do Ministério da
Saúde. Para avaliar o modelo mais orientado para a Atenção Primária à Saúde e comparar os
atributos entre os diferentes modelos, foram aplicados, respectivamente, a análise de variância
paramétrica, associada ao teste de comparações múltiplas de Tukey, e o teste de Kruskal-
Wallis, associado ao de comparações múltiplas de Dunnett, ambos com nível de significância
de 5%. Resultados: Ao comparar os modelos, verificou-se diferença estatisticamente
significativa em favor do modelo de Unidade Básica de Saúde mista para o escore geral
(p<0,05) e superioridade para escore essencial, mesmo sem diferença significativa. Quanto
aos atributos, somente o acesso de primeiro contato - utilização - foi satisfatório e não
apresentou diferença entre os modelos. No entanto, entre os atributos que apresentaram
diferença, foi favorável ao modelo misto para grau de afiliação, coordenação - integração de
cuidados, integralidade - serviços disponíveis e serviços prestados, e ao modelo de Unidade
Básica de Saúde tradicional para as dimensões sistema de informação e acessibilidade. Apesar
de os atributos derivados não terem alcançado o ponto de corte, os modelos que operam com a
Estratégia Saúde da Família apresentaram diferença favorável para orientação familiar e
orientação comunitária. Conclusão: A Unidade Básica de Saúde mista revelou ser o modelo
mais orientado para a atenção primária no cuidado voltado para a criança. Isso se deve,
possivelmente, à soma de potencialidades dos modelos tradicional e Estratégia Saúde da
Família, pois, mesmo com limitações, apresentaram escores gerais próximos ao ideal. Assim,
quando integrados em uma mesma estrutura, podem contribuir para melhorar o processo de
trabalho das equipes em direção a reorientar a atenção primária no cuidado à criança.
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Validação da nomenclatura de diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem para a clínica pediátrica do hospital universitário da UFPBDantas, Ana Márcia Nóbrega 14 December 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-12-14 / Introduction: Common classification of nursing diagnoses, outcomes, and
interventions were created in the Pediatric Clinic at the HULW/ UFPB. They are 126
nursing diagnoses and outcomes, and 576 nursing interventions. Objective: The aim of
this study is to develop operational definitions for nursing diagnoses contained in the
nomenclature of diagnoses, results, and nursing interventions for hospitalized children
between zero and five years of age in the Pediatric Clinic at the HULW/ UFPB.
Besides, clinical validation of nursing diagnoses, outcomes, and interventions for kids
in this age range. Methodology: Methodological research was used in two phases:
operational definitions of statements of nursing diagnoses and clinical validation of
nursing diagnoses, outcomes, and interventions. The study was submitted to the
Research Ethics Committee of HULW / UFPB and received the CAAE
43249415.0.0000.5183 before it begins data collection. Results: In the first phase, we
have been prepared 126 nursing diagnoses, which were submitted to validation by
consensus to confirm nursing diagnoses for children between zero and five years of age,
and notice if the definition has empirical indicators for its identification. Seventy
nursing diagnoses were validated, and 56 of them were considered not applicable. In the
second phase, nursing diagnoses, outcomes, and interventions have been clinically
validated through 6 clinical case studies. The study used the nursing process based on
the Horta’s Basic Human Needs Theory. We identified that 24,3% of the validated
nursing diagnoses and 54,5% of the nursing interventions were in the nomenclature.
Conclusion: This study showed the effectiveness of the nomenclature in the Pediatric
Clinic of HULW / UFPB through content and clinical validation of nursing diagnoses,
improving and allowing a high quality of nursing care. / Introducción: En la Clínica Pediátrica de HULW / UFPB se construyó una
nomenclatura común de diagnósticos, resultados e intervenciones de enfermería. Que
consiste, 126 diagnósticos y resultados de enfermería y 576 intervenciones de
enfermería. Objetivo: Elaborar definiciones operativas para los diagnósticos de
enfermería contenidas en la nomenclatura de los diagnósticos, resultados e
intervenciones de enfermería para los niños desde el nacimiento hasta los cinco años
hospitalizados en la Clínica Pediátrica de HULW / UFPB y clínicamente validar los
diagnósticos, resultados e intervenciones de enfermería para los niños este grupo de
edad. Método: Metodológicos de investigación, desarrollada en dos etapas: definiciones
operacionales de las declaraciones de los diagnósticos de enfermería y la validación
clínica de los diagnósticos, resultados e intervenciones de enfermería. Antes de su
ejecución, el proyecto fue presentado a la Comisión de Ética de Investigación de
HULW / UFPB y recibió el CAAE 43249415.0.0000.5183. Resultados: En la primera
etapa, las definiciones se han preparado para 126 diagnósticos de enfermería, los cuales
fueron sometidos a validación por consenso para confirmar la presencia de los
diagnósticos en niños de cero a cinco años y la definición presentada indicadores
empíricos para su identificación. 70 diagnósticos fueron validados, y 56 fueron
considerados no aplicable. En la segunda etapa, los diagnósticos, resultados e
intervenciones de enfermería han sido clínicamente validados a través de seis estudios
de casos clínicos, el uso de las fases del proceso de enfermería, con la base teórica de
las necesidades humanas básicas de Horta. 24.3% fueron identificados de diagnóstico
validado y utilizado el 54,5% de las intervenciones de enfermería constante
Nomenclatura. Conclusión: El estudio demostró la eficacia de la nomenclatura en la
Clínica Pediátrica de HULW / UFPB a través de la validación de contenido y la
validación clínica de los diagnósticos de enfermería constantes, mejorar la atención, lo
que permite la realización de una atención de calidad. / Introdução: Na Clínica Pediátrica do HULW/UFPB foi construída uma Nomenclatura
de diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem. Constando, 126 diagnósticos
e resultados de enfermagem e 576 intervenções de enfermagem. Objetivo: Desenvolver
definições operacionais para os diagnósticos de enfermagem contidos na Nomenclatura
de diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem para crianças de zero a cinco
anos hospitalizadas na Clínica Pediátrica do HULW/UFPB e validar clinicamente os
diagnósticos, os resultados e as intervenções de enfermagem para as crianças dessa
faixa etária. Método: Pesquisa metodológica, desenvolvida em duas etapas:Definições
operacionais dos enunciados de diagnósticos de enfermagem e Validação clínica dos
diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem. Antes de sua execução, o
projeto foi submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa do HULW/UFPB e
recebeu o CAAE 43249415.0.0000.5183. Resultados: Na primeira etapa, foram
elaboradas definições para os 126 diagnósticos de enfermagem, que foram submetidos à
validação por consenso para confirmar a presença dos diagnósticos nas crianças de zero
a cinco anos e se a definição apresentava os indicadores empíricos para sua
identificação. Foram validados 70 diagnósticos, e 56 foram considerados não aplicáveis.
Na segunda etapa, os diagnósticos, resultados e as intervenções de enfermagem foram
validados clinicamente, por meio de seis de estudos de casos clínicos, utilizando as
fases do processo de enfermagem, tendo como fundamentação teórica as Necessidades
Humanas Básicas de Horta. Foram identificados 24,3% dos diagnósticos validados, e
utilizadas 54,5% das intervenções de enfermagem constantes na Nomenclatura.
Conclusão: O estudo mostrou a eficácia da Nomenclatura na Clínica Pediátrica do
HULW/UFPB, por meio da validação de conteúdo e da validação clínica dos
diagnósticos de enfermagem constantes, aprimorando o cuidar, permitindo a realização
de uma assistência de qualidade.
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Estratégias para implantação de um banco de leite humano: posição dos profissionais e gestores / Strategies for implementation of a milk bank: professionals and managers standsRechia, Flavia Pinhão Nunes de Souza 20 March 2017 (has links)
Breastfeeding provides a complete meal for the child, protecting against infectious diseases, and it is an important factor in reducing child mortality, as well as a strong allied in child development. For premature infants, it provides nutritional, immunological and psychological benefits, as well as reducing hospital stay. Milk banks integrate public policy strategies for breastfeeding (promotion; protection; support). Offering milk as the first food option for at-risk newborns and/or sick babies it is also aimed. In Rio Grande do Sul there are only ten milk banks. There is a need for expanding milk banks, especially in regions with the highest number of neonatal intensive care unit beds. Objectives: 1) to know the health professionals` stands and managers` stands about maternal and child health area regarding the implantation of a milk bank at a university hospital; 2) to discuss the strategies for its implantation. Method: Quantitative-qualitative study; Participative research; the data collection was divided in two phases: the first was a questionnaire about the perception of the need to implant a milk bank, which was answered by 119 participants from maternal and child health from the University Hospital. The results triggered the discussions during second phase; the Focal Group was composed by representatives of professionals and managers. The group met in three sessions; they met to discuss the facilities and difficulties about the milk bank implementation, strategies and referrals. Transcripts were submitted to content analysis. The ethical aspects about human research were respected following the resolution 466/12 from National Health Council. Results: Most respondents perceive the need to establish a milk bank as necessary. The content analysis from focal group transcripts resulted in three categories referring the discussion about need to implement a milk bank: benefits, potentialities and weaknesses. The benefits include the population and the institution contributing to the assistance, education, research and extension. The potentialities are: hospital coverage, institutional organization and staffing. Among the weaknesses: infrastructure resources, managers support, human resources and financial resources. The discussion about potentialities and fragilities generated the referrals to strengthen the milk bank implantation. Conclusion: Implementing a milk bank extends the possibilities for training professionals, enabling them on breastfeeding management. It is necessary for professionals and managers to recognize that the milk bank goes beyond breastfeeding; it encompasses a social commitment capable of promoting the population rights and ensuring compliance to public health policies. / O aleitamento materno proporciona um alimento completo para a criança, protegendo contra doenças infecciosas, sendo um importante fator na redução da mortalidade infantil, além de grande aliado no que se refere ao crescimento e desenvolvimento infantil. Para os prematuros, proporciona benefícios nutricionais, imunológicos e psicológicos, além reduzir o tempo de internação hospitalar. Os Bancos de Leite Humano (BLH) integram as estratégias da política pública em favor da promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Objetivam, também, a oferta do leite humano como primeira opção de alimento para os recém-nascidos de risco e/ou bebês doentes. No Rio Grande do Sul, existem somente dez BLH. Há uma necessidade de ampliação dos BLH, especialmente nas regiões com maior número de leitos de unidade de terapia intensiva neonatal. Objetivos: 1) conhecer a posição dos profissionais de saúde e gestores da área materno-infantil quanto a implantação de um BLH em um Hospital Universitário e, 2) discutir as estratégias para sua implantação. Método: Estudo quanti-qualitativo, do tipo Pesquisa Participante, com produção de dados desenvolvida em duas fases. Primeiramente, um questionário acerca da percepção da necessidade de implantação de um BLH, que foi respondido por 119 participantes da área materno-infantil do Hospital Universitário. Os resultados desencadearam as discussões na segunda fase, o Grupo Focal, composto por representantes de profissionais e gestores. O grupo se reuniu em três sessões e cumpriu com o objetivo de discutir as facilidades e as dificuldades para a implantação do BLH, as estratégias e os encaminhamentos. As transcrições foram submetidas à análise de conteúdo. Foram respeitados os aspectos éticos das pesquisas com seres humanos, seguindo a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: A maioria dos respondentes do questionário percebe como necessária a implantação de um BLH. A análise de conteúdo das transcrições do grupo focal resultou em três categorias referentes à discussão da necessidade de implantação de um BLH: benefícios, potencialidades e fragilidades. Os benefícios contemplam a população e a instituição, contribuindo para a assistência, o ensino, a pesquisa e a extensão. As potencialidades são: abrangência do hospital, organização institucional e quadro de pessoal. Dentre as fragilidades: recursos de infraestrutura, apoio dos gestores, recursos humanos e recursos financeiros. A discussão das potencialidades e fragilidades gerou os encaminhamentos para fortalecer a implantação do BLH. Conclusão: Implantar um BLH amplia as possibilidades para formação de profissionais, capacitando-os acerca do manejo do AM. É necessário que os profissionais e gestores reconheçam que o BLH vai além do AM; ele abrange um comprometimento social, capaz de promover os direitos da população e assegurar o cumprimento das políticas públicas de saúde.
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Higienização das mãos que cuidam da criança hospitalizada : uma questão de segurançaBotene, Daisy Zanchi de Abreu January 2013 (has links)
Trata-se de um estudo qualitativo com o objetivo de analisar como a formação acadêmica e profissional sobre a higienização das mãos contribui para a consciência de uma cultura da segurança do paciente. Foi desenvolvido junto ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Rio Grande do Sul, Brasil, no período de agosto a dezembro de 2012, nas unidades de internação pediátrica. Participaram 16 membros da equipe de saúde. Para a coleta das informações, utilizou-se entrevista semiestruturada. Os dados foram organizados e processados pelo software QSR Nvivo, versão 10, e analisados por meio da técnica de análise temática de conteúdo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do HCPA sob o número 120.192. Os resultados permitiram elencar duas categorias temáticas: "A higienização das mãos e a formação acadêmica do profissional de saúde"; e "A higienização das mãos e a vida profissional". Evidenciou-se que a formação acadêmica contribui de forma incipiente para a criação de uma cultura de segurança do paciente e do profissional. Observou-se que há lacunas durante o processo formativo do profissional da saúde no que se refere à temática da higienização das mãos. Aponta-se que essa temática associada a uma cultura de segurança do paciente e do profissional deve ser objeto de outros estudos e de reflexão e deve ser enfatizada na formação acadêmica pelos docentes, sendo abordada de forma transversal e contínua durante todo o processo formativo. No cenário de práticas, apesar de investigações e proposições de alternativas como Educação Continuada e Educação Permanente, ainda não se tem uma adesão significativa dos profissionais da saúde à higienização das mãos, sendo que estudos nacionais e internacionais referem essa necessidade. Quanto à hospitalização infantil, ficaram ressaltados o conhecimento dos profissionais sobre a técnica, os momentos e as dificuldades presentes para a real adesão no controle e minimização dos efeitos de eventos adversos provenientes da higienização das mãos. Também foi possível identificar que os esforços empreendidos pela instituição quanto à criação de uma cultura de segurança têm acontecido de forma sistemática por meio de várias estratégias, como cartazes, folders e campanhas. Entretanto, ainda há necessidade de estudos que provoquem ou desencadeiem novas formas de incorporar e qualificar a prática da higienização das mãos. / This paper is a qualitative study, which aims to analyze how professional and educational background concerning hand hygiene contributes to the building of awareness of the patient safety culture. This research was developed in the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Rio Grande do Sul, Brazil, during the period of august to december, 2012, in the pediatric unit. Sixteen health professionals participated. A semi-structured interview was used to gather information. Data was organized and processed by the software QSR Nvivo, version 10, and it was analyzed using the content analysis technique. The study was approved by the HCPA's Ethics in Research Committee under the number 120.192. The results allowed us to list two thematic categories: "Hand hygiene and health professionals' academic background"; and "Hand hygiene and professional life". It was identified that the academic background contributes incipiently to the creation of a patient and professional safety culture. This study identified gaps during the educational process of the health professional regarding the topic hand hygiene. This topic, associated with patient and health professional, should be the object of other studies and reflection and should be emphasized in the academic formation by the faculty, using a transversal and continuous approach throughout the educational process. Although there are investigations and propositions to alternatives suggested by national and international studies, such as continuing education and lifelong learning in the scenery of practice, still, there is no significant adhesion from health professionals to hand hygiene. Concerning child hospitalization, the study evidenced professionals' knowledge about the technique and the present moment and difficulties to real adhesion in control and minimization of adverse events originated from hand hygiene. It was also possible to identify that the efforts made by the institution, related to the creation of a safety culture, have been systematic through different strategies, such as posters, pamphlets and campaigns, however, there is still the need of studies that provoke and lead to new ways to incorporate and qualify the hand hygiene practice. / Se trata de un estudio cualitativo con el objetivo de analizar la forma en que la formación académica y profesional en el lavado de las manos contribuye para la conciencia de una cultura de seguridad del paciente. Fue desarrollado por el Hospital de Clínicas de Porto Alegre(HCPA), Rio Grande do Sul, Brasil, entre agosto y diciembre de 2012, en las unidades de hospitalización pediátrica. Participaron 16 miembros del equipo de atención médica. Para recolectar la información, se utilizó de la entrevista semiestructurada. Los datos fueron organizados y procesados por el software QSR Nvivo, versión 10, y analizados mediante la técnica de análisis temático del contenido. El estudio fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación del HCPA con el número 120.192. Los resultados permitieron listar dos categorías temáticas: "La higienización de las manos y la formación académica de los profesionales de la salud"; y "La higienización de las manos y la vida profesional". Era evidente que la educación contribuye de forma incipiente para la creación de una cultura de seguridad del paciente y del profesional. Se observó que existen lagunas en el proceso de formación del profesional de la salud en relación con el tema del lavado de las manos. Se señaló que este tema asociado con una cultura de seguridad del paciente y del profesional debe ser objeto de otros estudios y de reflexión y debe ser enfatizado en la formación académica por los profesores, siendo dirigido de manera transversal y continua a lo largo del proceso formativo. En el escenario de práctica, a pesar de las investigaciones y propuestas de alternativas como la Educación Continua y la Educación Permanente, todavía no se tiene un significativo número de miembros de los profesionales de la salud al lavado de las manos, siendo que los estudios nacionales e internacionales se refieren a esta necesidad. En cuanto a la hospitalización infantil, se destacaron el conocimiento de los profesionales sobre la técnica, los momentos y las dificultades presentes para la adhesión efectiva en el control y la minimización de los efectos de eventos adversos que provienen de la higienización de las manos. También fue posible identificar que el esfuerzo puesto por la institución cuanto a la creación de una cultura de seguridad ha ocurrido sistemáticamente a través de diversas estrategias, tales como carteles, folletos y campañas, pero todavía se necesitan de estudios para provocar o desencadenar nuevas maneras de incorporar y calificar la práctica de la higienización de las manos.
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Um olhar econômico sobre a saúde e o trabalho infantil no Brasil / An economic view on health and child labour in BrazilAlexandre Chibebe Nicolella 22 May 2006 (has links)
O objetivo dessa tese é verificar se existe impacto do trabalho infantil na saúde da criança. O entendimento dessa relação é importante, pois pode fornecer maiores subsídios para o combate ao trabalho infantil e permitir o direcionamento de políticas para restabelecer a saúde da criança em casos onde a erradicação não foi efetivada. Para a análise foram utilizadas as PNADs de 1998 e 2003, que trazem suplemento especial sobre saúde, e empregada a técnica econométrica de pseudo-painel. Os resultados obtidos foram consistentes com aqueles alcançados na literatura. Para a análise do trabalho infantil sobre a saúde foram utilizados quatro modelos, representado diferentes variáveis relacionadas ao trabalho. O primeiro utilizou a variável que indica se a criança trabalha ou não. Observa-se que o fato de a criança exercer qualquer atividade laboral impacta negativamente sua saúde. O segundo modelo analisou as horas trabalhadas pelas crianças. Os resultados mostram que quanto maior o número de horas trabalhadas, pior é o status de saúde da criança. O terceiro modelo analisou o trabalho perigoso e mostrou que esse tem impacto negativo sobre a saúde da criança, sendo esse impacto maior do que aquele obtido no primeiro modelo para os indivíduos que trabalham. O último modelo analisa os diferentes setores de atividades, mostrando que crianças que exercem suas atividades no setor de comércio e de serviço possuem maior chance de possuir pior status de saúde. No entanto, as atividades agrícolas não tiveram impactos sobre a saúde indicando que as famílias de zonas rurais têm maior capacidade de restabelecer a saúde da criança. Isso provavelmente ocorre pelo fato de as atividades rurais serem exercidas próximo aos pais. Por outro lado, as pessoas que residam no meio rural podem possuir maior capacidade de suportar ou considerar normais certas doenças. Com relação a trabalho infantil e saúde, a redução das horas trabalhadas e eliminação do trabalho perigoso possuem efeitos consideráveis sobre a saúde da criança, sendo essas duas possibilidades de atuação governamental. Além disso, a atuação do governo do governo deve ser setorial, ou seja, políticas para aliviar os impactos do trabalho infantil na saúde no meio rural devem ser distintas das ações empregadas no meio urbano. Em paralelo, melhoria no acesso ao sistema de saúde, garantia de acesso a medicamentos e promoção da educação materna em saúde devem ser incentivadas, pois são aparentemente eficazes para aumentar o estoque de saúde da criança. / The aim of this dissertation is to identify the causal relation between child labour and health. Understanding this relation can bring more resources to fight against child labour as well as to allow the responsible to readjust policies in order to recover childrens health stock where eradication of child labour was not abolished yet. The analysis utilized the PNAD, a Brazilian household survey, from 1998 and 2003. The econometric modeling was based on the pseudo-panel approach. The results of the research were reliable to those in national and international literature of child labour and health. Four models were used to access the impact of child labour on health. Each model represents a different way to analyze labour. The first model made use of the variable that indicates whether the child work or not. It was observed that any kind of labour has a negative impact on their health. The second model analysed the children working hours. The results show that the more they work, the less healthy they become. The third model takes into account the type of work a child does hazardous or not. The impact of hazardous work on the childs health is more negative than the impact obtained on the first model. The last model analyzed child labour in different work fields and it showed that children who work in commerce and in the service sector presented a worst health status. However, the same is not true for the ones who work in agriculture. This shows that families from rural areas have a bigger ability to recover their childrens health stock, probably due to the work environment where children, in general, work near to the parents. On the other hand, those people who live in rural areas could support or consider normal some kinds of disease. The government intervention in rural areas has to be different from the one implemented on the urban area to mitigate the impact of child labour on health. Other policies to increase childrens health stock should run in parallel with those of child labour and poor health alleviation, such as improvement of the access to the health system, drugs policies, maternal health education program etc.
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Determinantes da anemia em mães e filhos no Brasil / Determinants of anemia in mothers and children in BrazilClaudia Regina Marchiori Antunes Araújo 22 June 2012 (has links)
Introdução: Anemia por carência alimentar de ferro é a deficiência nutricional mais freqüente e preocupante do ponto de vista da saúde coletiva. Afeta principalmente crianças, gestantes e mulheres em idade fértil. Apesar das medidas de intervenção para prevenção e controle da anemia no Brasil, estudos mostram que as prevalências ainda continuam elevadas. Objetivo: Investigar a situação da anemia e seus determinantes em mães e filhos no Brasil, considerando o contexto familiar. Método: Pesquisa transversal de abordagem quantitativa, que utilizou o banco de dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Mulher e da Criança (PNDS) 2006. Foram utilizados dois questionários com informações básicas sobre o domicílio e seus moradores e informações detalhadas sobre o público-alvo, mulheres de 15 a 49 anos e seus filhos menores de 5 anos. Aproximadamente 40% dos domicílios foram selecionados para coleta de sangue das mulheres, porém todas as crianças nascidas a partir de janeiro de 2001 tiveram o sangue colhido, desde que filhos biológicos da entrevistada. Análise de hemoglobina foi realizada em 5.915 mulheres e 4.558 crianças. Este estudo analisou 1.476 pares, considerando a mãe e apenas uma criança. O programa Statistical Package for Social Science (SPSS versão 18.0) foi utilizado para análise dos dados, que analisou anemia em mães e/ou filhos, mães e filhos isoladamente e constou das etapas univariada e múltipla. Resultados: A ocorrência de anemia foi de 36,8% em mães e/ou filhos, 23,4% nas mães e 17,0% nos filhos. Mães apresentaram chance 1,49 vezes maior de ter anemia do que os filhos, e não se verificou associação entre anemia nas mães e nos filhos (p=0,478). Na análise múltipla, mães e/ou filhos que residiam nas regiões Nordeste e Centro-Oeste apresentaram chance 2,24 e 1,70 vezes maior, respectivamente, em relação às da região Sul; a chance também foi estatisticamente maior (1,78 vezes) para o par com insegurança alimentar (sentiu fome) e em que a mãe realizou consulta de puerpério (1,39 vezes); primiparidade mostrou-se como fator de proteção. Anemia nas mães também se associou com macrorregião de residência, com chance 2,39 vezes maior para as da região Nordeste em relação às da região Sul; mães com insegurança alimentar, que realizaram consulta de puerpério e tiveram pelo menos uma doença também apresentaram chance 50% maior para anemia. Nas crianças, anemia associou-se com insegurança e consumo alimentar, sendo que aquelas que ingeriram multimistura e leite fresco com água nas últimas 24 horas apresentaram chance 2,49 e 1,69 vezes maior para anemia, respectivamente, assim como crianças que não ingeriram lanche da tarde no dia anterior e que ingeriram arroz menos de 4 vezes na semana (chance 1,57 e 2,38 vezes maior, respectivamente); primiparidade materna revelou-se como fator de proteção. Conclusões: A ocorrência de anemia em mães e/ou filhos é maior nas macrorregiões menos desenvolvidas e em famílias com insegurança alimentar, o que evidencia a determinação social dessa carência nutricional. É mais freqüente nas mães e não se associa à ocorrência de anemia nos filhos. Nas mães, anemia associa-se com variáveis socioeconômicas, demográficas e insegurança alimentar. Nas crianças, anemia se associa apenas com insegurança e consumo alimentar. Os resultados indicam que embora mães e filhos estejam expostos aos mesmos determinantes sociais e ambientais que aumentam a suscetibilidade para anemia, as restrições alimentares ocasionadas por condições socioeconômicas e demográficas desfavoráveis têm maior impacto nas mães, em virtude da maior necessidade orgânica de ferro da mulher em idade fértil e provável proteção e cuidado das mães para com os filhos. Indica também que independente da condição socioeconômica, a alimentação inadequada da criança torna-a mais susceptível à anemia. Tais resultados podem estar atrelados também a um efeito positivo do Programa Nacional de Suplementação de Ferro, embora apenas um quarto das crianças de 6 a 24 meses tivesse recebido ferro nos últimos seis meses, o que indica a necessidade de melhorias na operacionalização do programa. / Introduction: Anemia an iron deficiency, is the most frequent and worrisome nutritional deficiency from the standpoint of public health. It mainly affects children, pregnant women and women of childbearing age. Despite the intervention measures for prevention and control of anemia in Brazil, studies shows that prevalence rates are high. Objective: Investigate the situation of anemia and its determinants in mothers and children in Brazil, considering the family context. Method: Quantitative cross-sectional survey, that used the database of the national survey of demography and health of women and children (PNDS) 2006. This information was collected through two questionnaires, with basic information about the home and its residents and also detailed information about the target audience women between 15 to 49 years and children under 5 years. The study evaluated approximately 15.000 women and 5.000 children, with a representative sample of five brazilian regions in urban and rural context. Approximately 40% of households had been selected for blood sampling of women, and all children born from January 2001 had the blood sampling taken provided they were biological children of the interviewees. Hemoglobin analysis was performed in 5.915 women and 4.558 children. This study looked at 1.476 pairs, considering the mother and only one children. The Statistical Package Program for Social Science (SPSS version 18.0) was used for data analysis, which examined anemia in mothers and/or children, mothers and children separately and consisted of univariate and multiple steps. Results: The occurrence of anemia was 36.8% in mothers and/or children, 23.4% of mothers and 17.0% in children. Mothers were 1.49 times more likely to have anemia than children, there was no association between anemia in mothers and children (p=0.478 ). In multiple regression analysis, mothers and/or children residing in the Northeast and Midwest had odds 2,24 and 1,70 times higher, respectively, in relation to the south; the chance was also statistically higher (1,78 times) for those with food insecurity and those in which the mother held a puerperal consultation (1,39 times); primiparity shown as protective factor. Anemia in mothers was also associated with the region of residence, with 2,39 times more chances for the Northeast than in mothers in the South; mothers with food insecurity, who performed a puerperal consultation and had at least one disease, also were 50% more likely to have anemia. In children, anemia was associated with insecurity and food consumption, and those who ate a mixture of water and fresh milk in the last 24 hours had a chance (2,49 and 1,69 times) to be more likely to develop anemia, respectively, as well as children who did not eat an afternoon snack on the last day and ate rice 4 times less in the week (odds 1,57 and 2,38 times higher for anemia, respectively), maternal primiparity proved to be a protector factor. Conclusions: The occurrence of anemia in mothers and/or children is higher in less develop macro-regions and among families with food insecurity, highlights the social causes of nutritional deficiency. It is more frequent in mothers and not associated with anemia in children. In mothers, anemia is associated with socioeconomic, demographic and food insecurity. In children, anemia is associated only with insecurity and food consumption. This result indicates that although there is evidence of mothers and children are exposed to the same social and environmental causes that increase susceptibility to anemia, dietary restrictions and their nutritional consequences caused by unfavorable demographic and socioeconomic conditions will have a greater impact on mothers, owing to the greater need for organic iron in women of childbearing age and protection and care of their mothers to the children. It also indicates that regardless of socioeconomic status, whether the childs diet is inadequate, it will be more susceptible to anemia. The results can be linked also to a positive effect of the National Iron Supplementation, although only one quarter of children aged 6 to 24 months had received iron in the last six months, which indicates the need for improvements in the operation of the program.
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Higienização das mãos que cuidam da criança hospitalizada : uma questão de segurançaBotene, Daisy Zanchi de Abreu January 2013 (has links)
Trata-se de um estudo qualitativo com o objetivo de analisar como a formação acadêmica e profissional sobre a higienização das mãos contribui para a consciência de uma cultura da segurança do paciente. Foi desenvolvido junto ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Rio Grande do Sul, Brasil, no período de agosto a dezembro de 2012, nas unidades de internação pediátrica. Participaram 16 membros da equipe de saúde. Para a coleta das informações, utilizou-se entrevista semiestruturada. Os dados foram organizados e processados pelo software QSR Nvivo, versão 10, e analisados por meio da técnica de análise temática de conteúdo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do HCPA sob o número 120.192. Os resultados permitiram elencar duas categorias temáticas: "A higienização das mãos e a formação acadêmica do profissional de saúde"; e "A higienização das mãos e a vida profissional". Evidenciou-se que a formação acadêmica contribui de forma incipiente para a criação de uma cultura de segurança do paciente e do profissional. Observou-se que há lacunas durante o processo formativo do profissional da saúde no que se refere à temática da higienização das mãos. Aponta-se que essa temática associada a uma cultura de segurança do paciente e do profissional deve ser objeto de outros estudos e de reflexão e deve ser enfatizada na formação acadêmica pelos docentes, sendo abordada de forma transversal e contínua durante todo o processo formativo. No cenário de práticas, apesar de investigações e proposições de alternativas como Educação Continuada e Educação Permanente, ainda não se tem uma adesão significativa dos profissionais da saúde à higienização das mãos, sendo que estudos nacionais e internacionais referem essa necessidade. Quanto à hospitalização infantil, ficaram ressaltados o conhecimento dos profissionais sobre a técnica, os momentos e as dificuldades presentes para a real adesão no controle e minimização dos efeitos de eventos adversos provenientes da higienização das mãos. Também foi possível identificar que os esforços empreendidos pela instituição quanto à criação de uma cultura de segurança têm acontecido de forma sistemática por meio de várias estratégias, como cartazes, folders e campanhas. Entretanto, ainda há necessidade de estudos que provoquem ou desencadeiem novas formas de incorporar e qualificar a prática da higienização das mãos. / This paper is a qualitative study, which aims to analyze how professional and educational background concerning hand hygiene contributes to the building of awareness of the patient safety culture. This research was developed in the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Rio Grande do Sul, Brazil, during the period of august to december, 2012, in the pediatric unit. Sixteen health professionals participated. A semi-structured interview was used to gather information. Data was organized and processed by the software QSR Nvivo, version 10, and it was analyzed using the content analysis technique. The study was approved by the HCPA's Ethics in Research Committee under the number 120.192. The results allowed us to list two thematic categories: "Hand hygiene and health professionals' academic background"; and "Hand hygiene and professional life". It was identified that the academic background contributes incipiently to the creation of a patient and professional safety culture. This study identified gaps during the educational process of the health professional regarding the topic hand hygiene. This topic, associated with patient and health professional, should be the object of other studies and reflection and should be emphasized in the academic formation by the faculty, using a transversal and continuous approach throughout the educational process. Although there are investigations and propositions to alternatives suggested by national and international studies, such as continuing education and lifelong learning in the scenery of practice, still, there is no significant adhesion from health professionals to hand hygiene. Concerning child hospitalization, the study evidenced professionals' knowledge about the technique and the present moment and difficulties to real adhesion in control and minimization of adverse events originated from hand hygiene. It was also possible to identify that the efforts made by the institution, related to the creation of a safety culture, have been systematic through different strategies, such as posters, pamphlets and campaigns, however, there is still the need of studies that provoke and lead to new ways to incorporate and qualify the hand hygiene practice. / Se trata de un estudio cualitativo con el objetivo de analizar la forma en que la formación académica y profesional en el lavado de las manos contribuye para la conciencia de una cultura de seguridad del paciente. Fue desarrollado por el Hospital de Clínicas de Porto Alegre(HCPA), Rio Grande do Sul, Brasil, entre agosto y diciembre de 2012, en las unidades de hospitalización pediátrica. Participaron 16 miembros del equipo de atención médica. Para recolectar la información, se utilizó de la entrevista semiestructurada. Los datos fueron organizados y procesados por el software QSR Nvivo, versión 10, y analizados mediante la técnica de análisis temático del contenido. El estudio fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación del HCPA con el número 120.192. Los resultados permitieron listar dos categorías temáticas: "La higienización de las manos y la formación académica de los profesionales de la salud"; y "La higienización de las manos y la vida profesional". Era evidente que la educación contribuye de forma incipiente para la creación de una cultura de seguridad del paciente y del profesional. Se observó que existen lagunas en el proceso de formación del profesional de la salud en relación con el tema del lavado de las manos. Se señaló que este tema asociado con una cultura de seguridad del paciente y del profesional debe ser objeto de otros estudios y de reflexión y debe ser enfatizado en la formación académica por los profesores, siendo dirigido de manera transversal y continua a lo largo del proceso formativo. En el escenario de práctica, a pesar de las investigaciones y propuestas de alternativas como la Educación Continua y la Educación Permanente, todavía no se tiene un significativo número de miembros de los profesionales de la salud al lavado de las manos, siendo que los estudios nacionales e internacionales se refieren a esta necesidad. En cuanto a la hospitalización infantil, se destacaron el conocimiento de los profesionales sobre la técnica, los momentos y las dificultades presentes para la adhesión efectiva en el control y la minimización de los efectos de eventos adversos que provienen de la higienización de las manos. También fue posible identificar que el esfuerzo puesto por la institución cuanto a la creación de una cultura de seguridad ha ocurrido sistemáticamente a través de diversas estrategias, tales como carteles, folletos y campañas, pero todavía se necesitan de estudios para provocar o desencadenar nuevas maneras de incorporar y calificar la práctica de la higienización de las manos.
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Prevenção do excesso de peso infantil na atenção básica: construção e validação de um álbum seriado / Prevention of child overweight in primary care: construction and validation of flip chartMirna Ferré Fontão Más 15 December 2015 (has links)
Introdução: O excesso de peso destaca-se como importante problema de saúde na atualidade e sua prevenção desde a primeira infância é essencial para a promoção da saúde da população. O uso de material didático e instrucional, como o álbum seriado, contribui para a prática do processo educativo em saúde na rotina dos serviços. Objetivo: Construir e validar um Álbum Seriado sobre prevenção do excesso de peso infantil na atenção básica. Método: Estudo descritivo que foca o desenvolvimento e a validação de um instrumento para intervenção educativa. Integra investigação mais ampla desenvolvida no município de Itupeva, Estado de São Paulo, aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa e autorizada pela Diretoria de Saúde do município. Foi desenvolvida em três etapas: 1) Oficinas de escuta com mães e profissionais de saúde da atenção básica; 2) Construção do álbum seriado; 3) Validação do álbum seriado. Com base no referencial teórico da educação crítica, três oficinas com duração de 90 minutos cada, foram realizadas no período de abril a junho de 2015: duas com 10 mães e uma com 14 profissionais da atenção básica. As oficinas foram gravadas, transcritas e submetidas à análise de conteúdo. Os temas extraídos das oficinas, documentos técnicos do Ministério da Saúde e figuras disponíveis no banco de imagens da web foram utilizados na construção do Álbum Seriado. O Álbum Seriado foi validado por oito juízes, profissionais vinculados à Diretoria de Saúde e Educação do município, que avaliaram conteúdo e aparência mediante preenchimento de uma ficha de validação, durante discussão em grupo. Analisou-se a porcentagem de concordância dos juízes. Resultados: A construção do Álbum Seriado teve como base os temas extraídos das oficinas realizadas com mães e profissionais de saúde, porém para uma sequência lógica de apresentação, o material foi organizado de acordo com os temas reconhecimento do excesso de peso/obesidade, consequências para a saúde da criança e estratégias para prevenção e promoção da saúde infantil. O Álbum Seriado foi constituído por 27 folhetos com frente (figura) e verso (ficha-roteiro). Houve 99% de concordância dos juízes quanto ao tema proposto, 96% com relação à clareza/compreensão dos folhetos, 94% quanto à importância de cada uma das figuras para o álbum seriado e 47% quanto à necessidade de ajustes ou exclusão de folhetos. Melhorias na resolução e substituição de algumas figuras foram as principais sugestões para o ajuste do material apresentado para validação. Conclusões: A construção e validação do álbum seriado, com base na educação crítica, envolve os participantes, facilita o uso dessa tecnologia pelos profissionais de saúde no processo educativo na atenção básica e favorece a compreensão e incorporação de passos importantes para a prevenção do excesso de peso infantil, contribuindo para a promoção da saúde da criança. / Introduction: Weight excess stands out as a major health problem today and its prevention since early childhood is essential for the population health. The use of instructional teaching materials such as flip chart in the educational process in health contributes to the effectiveness of this practice in the service routine. Objective: To develop and validate a flip chart on prevention of childhood weight excess in primary care. Methods: Descriptive study that focuses on the development and validation of an instrument for educational intervention. Honest and wide investigation was developed in the city of Itupeva, State of São Paulo, approved by the Research Ethics Committee and authorized by the city\'s Health Board. It was developed in three steps: 1) Listening workshops with mothers and health professionals in primary care; 2) Development of a flip chart; 3) Flip chart validation. Based on the theoretical framework of critical education, where three workshops which lasted 90 minutes each were held from April to June 2015: two with 10 mothers, and one with 14 primary care professionals. The workshops were recorded, transcribed and subjected to content analysis. To develop the flip chart, themes were drawn from workshops, technical documents were used from the Ministry of Health and pictures were taken from the internet. The flip chart was validated by eight judges, who were part of the city professional Board of Health and Education. They evaluated the flip charts content and appearance by filling out a form validation for group discussion. The percentage of the judges agreement was analyzed. Results: The analysis of the listening workshops gave origin to the topics, weight excess acknowledgement\", consequences for the childs health\" and \"strategies for prevention and childrens health promotion. The flip chart consists of 27 sheets: odds pages with figure and even pages with plug-Script. There was 99% of the judges agreement on the proposed theme, 96% regarding clarity and understanding, 94% regarding the importance of each picture, and 47% as for needs of adjustments or exclusion. Resolution improvements and picture replacements were the main suggestions for the material validation. Conclusions: The flip chart construction and validation based on critical education involves the participants, facilitates the use of this technology by health professionals in the educational process in primary care, and promotes understanding and incorporation of important steps to prevent child\'s weight overflow, contributing to the child\'s health promotion.
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Primeira infância: práticas educativas na estratégia saúde da família / Early childhood: educational practices in the family healthcare strategySilva, E. A. S. 28 August 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-08-28 / Educational practices developed in the Family Healthcare Strategy (FHS) are determinants of the health-disease process from the involved population. On the other hand, these practices are influenced by the professionals’ conceptions, by the physical spaces and by the availability of materials for their execution. The healthcare workers of the family generally have technical formation in their specific areas, but lack of formation in educational techniques. The Educational Practices (EP) developed among children ranging from zero to six years old can be grouped in two clearly opposite, traditional and liberatory strands. In this age group, children are in development of the individual and therefore the acquired formation during this stage will bring consequences to their whole lives. With the aim to characterize the realization of educational practices in the early childhood, 112 workers of the FHS from the East Sanitary District (ESD) in Goiânia (GO) were surveyed. It was decided to combine quantitative and qualitative methodology within the application of a questionnaire. Also, the physical spaces of the health units that were qualified as inadequate to carry out EP were recorded in field diaries. About the conception of EP, the most highlighted factors were transferring of information, consciousness and capacitation and disease prevention. The educational practices were predominantly classified as traditional. The most pointed sources of knowledge about this theme were the undergraduation, the specialization and the construction of informal networks of experience exchanging; and, few references in relation to permanent educational activities were performed. The addressed issues were selected by the experience of the pairs or of the documents and programs vertically indicated by the Ministry of Healthcare (MH) and Municipal Secretary of Healthcare (MSH). They are collectively discussed in the conventional spaces, using the spoken language and involving participants, especially accompanying adults. The mentioned theoreticalmethodological references that had more subsides to the actions were the manuals (MH and MSH), books and articles containing information within field of action. There was reference to the use of liberatory, in addition to support in the knowledge of their peers. The evidences of effectiveness of these actions were poorly mentioned, limiting only in the observation of improvement in health indicators, being stated by the decrease in caries prevalence (by dental professionals and community agents of healthcare), empowerment of the professionals (quoted by a doctor and a dentist) and the discrete increase in adhesion to these services by the population. The necessity of supportive materials and of complementary contents to subside the developed educational activities was highly stated. The secondary education professionals claimed not having access to permanent education activities. / As práticas educativas desenvolvidas na Estratégia Saúde da Família – ESF são determinantes do processo saúde doença da população envolvida. Estas práticas são, por sua vez, influenciadas pelas concepções dos profissionais, pelos espaços físicos e pela disponibilidade de material para sua execução tanto quanto pelo contexto histórico conforme mostrado por Dais Gonçalves Rocha (1997). Os trabalhadores da saúde da família têm de modo geral formação técnica em suas áreas específicas, porém carecem de formação em técnicas educativas. As Práticas Educativas – PE desenvolvidas junto às crianças de zero a seis anos, podem ser agrupadas de acordo com José Carlos Libâneo (2003) em duas vertentes claramente oponentes: tradicionais e libertadoras. Paulo Freire (2010) ensina que o conhecimento adquirido na infância trará consequência para toda a sua vida. Com o objetivo de caracterizar a realização de PE na primeira infância, foram pesquisados 112 sujeitos atuantes na ESF de um Distrito Sanitário de Goiânia-GO. Optou-se pela combinação de metodologia quantitativa e qualitativa na aplicação de um questionário e registro em diário de campo das observações referentes ao espaço físico das unidades de saúde da família que foi referido como inadequado à realização de PE. Nas concepções de PE destacaram-se o repasse de informação, o conscientizar/capacitar e o prevenir doenças. As PE foram classificadas predominantemente como tradicionais. As principais fontes de conhecimento apontadas foram a graduação, a especialização, a construção de redes informais de trocas de experiências e pouca referência foi feita às atividades de educação permanente. Os temas são escolhidos a partir da experiência dos pares ou dos documentos e programas indicados verticalmente pelo Ministério da Saúde – MS e Secretaria Municipal de Saúde – SMS e são abordados coletivamente nos espaços convencionais, utilizando-se a linguagem falada e envolvendo-se principalmente os acompanhantes adultos. Os referenciais teórico-metodológicos mencionados como maior subsidio às ações foram os manuais do MS/SMS e livros e artigos de conteúdos próprios da área de atuação. Houve referência ao uso de tendências pedagógicas libertadoras, além de apoio no conhecimento de seus pares. As evidências de efetividade destas práticas foram pouco referidas, destacando-se a constatação da melhoria nos indicadores de saúde percebida pela queda na prevalência de cárie por parte de profissionais da odontologia e Agente Comunitário de Saúde; empoderamento dos próprios profissionais, citado por um médico e um cirurgião dentista; melhora das práticas higienistas e aumento discreto na adesão aos serviços pela população. Este trabalho oportunizou a identificação da necessidade de material de apoio e de conteúdos complementares para subsidiar as atividades educativas desenvolvidas na ESF assim como da necessidade percebida pelos trabalhadores de nível médio que afirmaram não estarem sendo incluídos com frequência nas oportunidades de educação permanente.
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