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O erotismo revisitado na poética de Herberto HelderFERNANDEZ, Rafaella Diaz 02 March 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-03-02 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A obra de Herberto Helder é muito vasta e inclui trabalhos de poesia e tradução. Nota-se que na sua escrita há uma relação íntima entre as duas, tanto a poesia como a tradução surgem com uma potência erótica que será fundamental para a criação herbertiana. A tradução está intrinsecamente relacionada à criação, o próprio modo peculiar de o poeta nomear esse trabalho “poemas mudados para português” revela isso. A poesia e a tradução também instauram uma violência contra a linguagem, as duas deformam a língua, tirando-a do lugar-comum do sentido e aplicando a potência do vazio sobre ela. A desconstrução do sentido da palavra é o que possibilita a criação poética. A escrita de Herberto Helder é relacionada ao corpo e as imagens dos órgãos sexuais, do sangue, do sêmen e da saliva apontam para o corpo deformado, pensado agora em partes energéticas e é da deformação do corpo que surge o buraco para o fazer poético. Busca-se pensar na importância do erotismo como vetor de construção poética. Nesse sentido, as reflexões de Georges Bataille serão importantíssimas para nortear o erotismo e o relacionar à obra de Herberto Helder. Desta forma, a hipótese que se lança é de que o erotismo impõe uma violência contra a palavra e o corpo necessária para o trabalho de criação. Nesse sentido, nossa busca será pela presença do erotismo na poesia e na tradução de Herberto Helder, privilegiando os textos onde se encontra a imagem da criação. / The Herberto Helder’s writings are very extensive and include works of poetry and translation. It is noticeable in his way of writing a close relationship between them. Both emerge displaying an erotic potence which plays a fundamental role in the Herbert’s creation. The translation is intrinsically related to creation, the peculiar manner the poet names this work poems changed to Portuguese” itself, reveals it. Poetry and translation also promote violence against the language, both of them deform it, moving it from a place of meaning to another applying the power of the empty on it. The word meaning deconstruction is what makes poetic creation possible. The Herbert’s writing is related to the body and sexual organs images, blood, sperm and spittle aim at the deconstructed body now thought in energetic parts, and it is from the deformation that emerges the whole for the poetic act. It is intended to think about the importance of eroticism as a vector of poetic construction. In this respect, the Georges Bataille’s reflections are fundamental to guide the eroticism and relate it to the Herberto Helder’s writings. In this way, the hypotheses launched here is that eroticism imposes a violence against the word and the body which is necessary for the work of creation. In this sense, our seek is for the presence of eroticism in the poetry and translation of Herberto Helder, privileging the texts where the image of the creation are found.
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Escritas que convergem: a ressonância poética entre Haroldo de Campos e Herberto HelderGUIMARÃES, Geovanna Marcela da Silva 02 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-02 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O objetivo deste trabalho é demonstrar como as escritas de Haroldo de Campos e Herberto Helder convergem e ressoam entre si tanto historicamente quanto poeticamente. A convergência histórica entre Haroldo de Campos e Herberto Helder dá-se, mais precisamente, nos contextos históricos da Poesia Concreta Brasileira e da Poesia Experimental Portuguesa, entre os anos 50, 60 e 70. Nesse contexto, são referências importantes as revistas Poesia Experimental: 1º caderno antológico (1964), Poesia Experimental: 2º caderno antológico (1966) e o livro Antologia da Poesia Concreta em Portugal (1977), que possuem poemas publicados tanto de Haroldo de Campos – um fragmento do livro Galáxias (1984), “começo aqui” –, quanto de Herberto Helder – o poema “Ascenção dos Hipopótamos ” e um fragmento do livro A máquina de emaranhar paisagens (1963). A partir desse recorte, tomaremos como objetos de análise os livros Galáxias, de Haroldo de Campos, e A máquina de emaranhar paisagens, de Herberto Helder. A escrita do primeiro fragmento de Galáxias data de 1963, que é o mesmo ano da publicação de A máquina de emaranhar paisagens. Já a convergência poética ocorre na relação entre Tradução e Antropofagia, concebidas como processos equivalentes de apropriação e devoração do outro, presente nas obras poéticas e tradutórias de ambos. / The objective is to demonstrate how the writings of Herbert Helder and Haroldo de Campos converge and resonate with each other both historically and poetically. The historic convergence of Haroldo de Campos and Herbert Helder occurs, more precisely, in the historical contexts of the Brazilian Concrete Poetry and Experimental Portuguese Poetry, between the fifties, sixties and seventies. In this context, are important references the magazines Poesia Experimental: 1º caderno antológico (1964), Poesia Experimental: 2º caderno antológico (1966) and the book Antologia da Poesia Concreta em Portugal (1977), in which are poems published of both Haroldo de Campos - a book fragment of Galáxias (1984), "começo aqui" - and Herbert Helder - the poem " Ascenção dos Hipopótamos " and a book fragment of A máquina de emaranhar paisagens (1963). From this cut, we will take as analysis objects the books Galáxias, from Haroldo de Campos, and A máquina de emaranhar paisagens, from Herberto Helder. The writing of the first fragment of Galáxias date from 1963, which is the same year A máquina de emaranhar paisagens was published. Thus, the poetic convergence occurs in the relation between Translation and Anthropophagy designed as equivalent processes of appropriation and devouring of one, in the poetic and translational works of both authors.
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Fiandeira de versos: o imaginário do tecer poético de Hilda HilstMorais, Aline Pires de 16 July 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The lyric production of Hilda Hilst (1930 - 2004) is marked by the use of symbolic images that amplify endlessly the possibilities of reading her poems. In her knowledge about the world, the poet discovers the cosmos that surround the time which presents her views recast by the poetic reverie. The symbols used by Hilst are expressions of a soul that made the poetry her life during the search of the color, of the link, the wire, the motion of the shuttle, the precision, the texture of the line, finally, of the exact moment of manipulation the wired-word‟. According to this, the eyes of search return to the study of images made by the author, mainly, from the universe weaver. During the investigation of the poetic figurations imagery in the Hilst‟s text, we will consider the imagination like a creative dynamism in the corpus of selected poems from the books: Júbilo, memória, noviciado da paixão and Exercícios. These productions of Hilst legacy show images of the inspired poet and the weaver poet in verses guidelines that combine the strength of the intellect and the need for expression, linked to the poet desire to make the experience of living the raw material of her poems. Thus, the analytical work of the critical myths in the Hilst‟s poems plans to mark the divine nature of human existence, because the poet is spinner, and wired-words‟ are handled under the gift of art, sometimes under the prophetic gift, or under the simultaneous combination of both, the inspiration and work. The Hilda Hilst‟s poetry, connection between prophecy and incantation, it is a mediator between the sphere of the profane and the sacred, capable of making stocks and destinations by the incantation of her corner that leads and snatch. Thus, the voice of Hilst‟s poetry, symbolic representation of the alliance of the words in the fabric of poetic images, protest as an oracle of life that, sanction the reality, can lead to the rapture of the tangent experience to the sacred and, getting to the unflagging unity between poetry and music, can promote the man catharsis in front of his simple reality. / A produção lírica de Hilda Hilst (1930 2004) é marcada pelo uso de imagens simbólicas que amplificam incessantemente as possibilidades de leitura do seu verso. Em sua mundividência, a poeta descobre o cosmo circundante ao tempo em que apresenta suas impressões refundidas pelo devaneio poético. Os símbolos usados por Hilst são expressões de uma alma que fez do ato poético um ofício de vida na busca da cor, do enlace, do fio, do movimento da lançadeira, da precisão, da textura da linha, enfim, dos instantes exatos de manipulação do fio-palavra. Nessa perspectiva, o olhar da pesquisa volta-se para o estudo das imagens tecidas pela autora, principalmente, a partir do universo tecelão. Ao investigar as figurações do imaginário no texto poético hilstiano, considera-se a imaginação como dinamismo criador no corpus dos poemas selecionados das obras Júbilo, memória, noviciado da paixão e Exercícios. Tais produções do legado hilstiano exibem imagens do poeta inspirado e do poeta tecelão em versos que conjugam a força diretriz do intelecto e a necessidade de expressão, ligados ao anseio da poeta de fazer da experiência de vida a matéria prima dos seus poemas. Assim sendo, o trabalho analítico de mitocrítica dos poemas hilstianos tenciona demonstrar o florescente diálogo que a poeta empreende com os mitos ancestrais do tecer como o de Penélope, das Parcas e de Aracne. A poeta é fiandeira, e seus fios-palavras são manipulados ora sob o dom da técnica, ora sob o dom profético, ou ainda sob a combinação simultânea de ambos, da inspiração e do trabalho. A poética hilstiana, conjunção entre profecia e encantamento, vale-se ainda da inspiração órfica, apresentando-se como mediadora entre a esfera do profano e a do sagrado, capaz de transformar existências e destinos pelo poder encantatório do seu canto que inebria e arrebata. Desse modo, a voz da poesia hilstiana, representação da aliança simbólica das palavras no tecido poético das imagens, insurge como um oráculo de vida que, ao sacralizar a realidade, pode levar ao arrebatamento da experiência tangente ao sagrado e que, ao buscar a inquebrantável unidade entre poesia e música, pode promover a catarse do homem frente à sua comezinha realidade. / Mestre em Teoria Literária
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O sonho em Machado de Assis: análise dos espaços fantásticosSantos, Marli Cardoso dos 29 July 2010 (has links)
Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais / Rêver est une expérience universelle qui a toujours été conçue comme une des activités de
l inconscient humain le plus mysterieuse. Donc, dès les temps primitifs, l homme attribue une
grande importance à ses rêves, soit par le moyen des études en profondeur de ce phénomème,
soit par des analyses systématiques de cet état inconscient. Dans la littérature ancienne et dans
la littérature biblique, le rêve a été souvent considéré comme le responsable par la prévision
d un futur; en d autres moments, comme un stratagème littéraire pour attirer le lecteur vers le
noyau de l histoire. Ainsi, dans quelques récits, Machado de Assis a choisi l onirique comme
base pour les événements insolites, une fois qu ils suggèrent le fantastique dans la littérature.
Dans ce travail, nous analyserons le chapitre O Delírio , du roman Memórias Póstumas de
Brás Cubas et les contes: « O capitão Mendonça », « A chinela turca », « O país das
Quimeras » et « Um sonho e outro sonho », en nous appuyant sur les théories de l espace de
Michel Foucault et Gaston Bachelard ; nous utiliserons aussi les théories sur le fantastique de
Tzvetan Todorov, Louis Vax et Remo Ceserani et nous chercherons encore des concepts sur
les rêves, approuvés à partir des définitions de Sigmund Freud, C.G. Jung, Gilbert Durand et
Adélia Meneses. Cette étude vise réaliser une analyse des limites entre le rêve et la réalité,
puisqu ils restent encore souvent indéfinis dans la narration, alors le personnage se place dans
un « entrelugar » une position non délimitée dans le récit. / Sonhar é uma experiência universal e sempre foi uma das atividades do inconsciente humano
mais misteriosas. Por isso, desde os tempos primitivos, o homem atribui uma grande
importância aos seus sonhos, por meio de estudos de profundidade e análises sistemáticas
desse estado inconsciente. Na literatura antiga e na literatura bíblica, o sonho foi resgatado
diversas vezes como responsável pela previsão de um futuro; em outros momentos, como
artifício literário para atrair o leitor para dentro da história. Dessa forma, Machado de Assis,
em algumas narrativas, buscou o onírico como alicerce para os acontecimentos insólitos, que
sugerem o fantástico na literatura. Neste trabalho, analisaremos o capítulo O Delírio , do
romance Memórias Póstumas de Brás Cubas e os contos: O capitão Mendonça , A chinela
turca , O país das Quimeras e Um sonho e outro sonho , por meio das teorias sobre o
espaço de Michel Foucault e Gaston Bachelard; utilizaremos também as teorias sobre o
fantástico de Tzvetan Todorov, Louis Vax e Remo Ceserani e ainda buscaremos estudos sobre
os sonhos, respaldados nas definições de Sigmund Freud, C. G. Jung, Gilbert Durand e Adélia
Meneses. Este estudo visa a uma análise dos limites entre sonho e realidade, que na maioria
das vezes permanecem indefinidos dentro da narrativa machadiana, fazendo com que o
personagem posicione-se em um entrelugar. / Mestre em Teoria Literária
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A poesia de Arriete Vilela: diálogos entre Mnemosine e Lete / Arriete Vilela's poetry: dialogues between Mnemosine and LeteSantos, Elaine Cristina Rapôso dos 16 March 2017 (has links)
This Doctoral Dissertation studies the poetry of the Brazilian writer Arriete Vilela, from the emergence of Eu, em versos e prosa (VILELA, 1971), her first book, until the publication of Obra poética reunida (VILELA, 2010). Turning to this corpus¸ this study analyses the relation between memory and forgetfulness to demonstrate that the costruction of the text is developed from the connection between memory, forgetfulness and imagination. These cathegories are essencial to understand the construction of the labyrinth that characterizes the studied poetry, and they are adressed, in this work, from the theoretical perspectives of Bergson (2006), Ricoeur (2007), Freud (1974), and Bachelard (2009). From the suppression of the present, and the attempt to return to the past, the women who live in Arriete’s poetry develop an effort that materializes as their desire for self-comprehension. Such an effort that departs from the action of memory, from the work of the imagination, and from the interference of forgetfulness, attempts to reconstruct, and give new meaning to the experiences; it also brings to the poetic scene a group of women who can be seen as representing beings of memory and forgetfulness. The Freudian psychoanalytic notion of repression (1974) is essential to understand the way forgetfulness works, in this context, since the poetic persona constantly explores the attempt of a return to the past. According to Bachelard (2009), however, such a return is not static, and cannot be apprehended in its totality. Some contents, especially those that may inflict pain, and are, in its majority, related to childhood and the love experienced, are not accessible to the conscious plane, due to repression. The impossibility of recovering such contents interposes gaps in the construction of the text, which are fulfilled by imagination. The solidarity between memory and imagination, as well as the working of the mechanism of repression, that relegates some experiences from the past to forgetfulness, are elements that compose the studied work, where memory constitutes itself from the paths marked by the gaps left by forgetfulness. The text, as a result of this relation, is composed by such gaps, and is written from a craft language work which reveals itself, in the text, from the use of a meta-language, one of the main features of Arriete Vilela’s poetry. / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O objeto de estudo sobre o qual se debruça esta tese compreende a poesia da escritora alagoana Arriete Vilela, desde o surgimento de Eu, em versos e prosa (VILELA, 1971), primeiro livro da autora, até a publicação da sua Obra poética reunida (VILELA, 2010). Ao se voltar para esse corpus, este trabalho analisa as relações entre a memória e o esquecimento para demonstrar que a constituição do texto desenvolve-se a partir de um jogo constante entre memória, esquecimento e imaginação. Essas categorias são centrais para a compreensão de como é construído o tecido labiríntico e lacunoso, que caracteriza a poesia estudada, e são abordadas, nesta tese, a partir das perspectivas teóricas de Bergson (2006), Ricoeur (2007), Freud (1974) e Bachelard (2009). Por meio da supressão da ação do presente e da tentativa de retorno ao passado, as mulheres que habitam o conjunto da poesia arrieteana desenvolvem um esforço que se concretiza como desejo de autocompreensão. Este, a partir da ação da memória, do trabalho da imaginação e da interferência do esquecimento, realiza-se como uma tentativa de reconstruir e ressignificar o vivido e traz à cena poética um conjunto de mulheres que se constituem enquanto seres de memória e esquecimento. A noção psicanalítica de recalque, conforme apresentada por Freud (1974), é fundamental para a compreensão do modo como o esquecimento atua, nesse contexto, pois o eu-lírico empreende uma constante tentativa de retorno ao passado. Este não é estático, conforme aponta Bachelard (2009), e não se deixa apreender em seu todo. Alguns conteúdos, principalmente aqueles que provocam dor e, em sua maioria, estão relacionados à infância e aos amores vividos, não se encontram acessíveis ao plano consciente, devido à atuação do recalque. A impossibilidade de resgatá-los interpõe lacunas na construção do texto. Estas são preenchidas pela atuação da imaginação. A solidariedade entre memória e imaginação, bem como o funcionamento do mecanismo de recalque, que relega alguns conteúdos do passado ao esquecimento, são elementos que ajudam a compor a obra estudada. Entra em cena uma memória que se constitui a partir de caminhos emaranhados, sulcados pelas frestas deixadas pelo esquecimento. O texto, decorrente dessa relação, é lacunoso e se realiza como um tecido poético, construído a partir de um trabalho artesanal com a linguagem. Este se revela, no texto, por meio do exercício da metalinguagem, uma das principais características da poesia de Arriete Vilela.
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Deuses que dançam e conclamam a revolução: a construção da identidade de resistência em A ilha sob o mar, de Isabel Allende / Dioses que bailan y llaman a la revolución: la construcción de la identidad de resistencia en La isla bajo el mar, de Isabel AllendeMilena Campos Eich 30 March 2015 (has links)
Este trabalho tem como objetivo identificar os processos através dos quais a personagem Zarité, protagonista do romance A ilha sob o mar (ALLENDE, 2010), constrói sua identidade de resistência (CASTELLS, 2013). Sujeito subalterno por ser simultaneamente escrava, negra e mulher (SPIVAK, 2010), ela desenvolve estratégias verossímeis que lhe permitem sobreviver e enfrentar a opressão física e identitária típica de sua condição na colônia francesa de São Domingos, atual Haiti, que vivia, à época, sob o domínio de um modelo político e social profundamente patriarcal, escravocrata e racista. A pesquisa assume a perspectiva desenvolvida em torno da literatura de autoria feminina na América Latina (CUNHA, 2004; RAGO, 2004; VELASCO-MARÍN, 2007; WARD, 2007), segundo a qual, nessa produção específica, desenvolvem-se representações de mulher às quais são garantidas a voz e o empoderamento que lhes foram negados em outros contextos de escrita literária. Alinhando a noção de estranhamento desenvolvida pelo formalismo russo (CHKLOVSKI, 2013) com a do uso de procedimentos capazes de conferir literariedade à narrativa (LUKÁCS, 1968), este trabalho verifica a configuração de condições que conferem à obra o pertencimento ao contexto das produções desenvolvidas por autoras migrantes ou exiladas (SKAR, 2001). O conceito de hibridismo (CANCLINI, 2011) se soma a esse entendimento, articulando-se, nesta pesquisa, com a perspectiva multicultural de compreensão das identidades (HALL, 2005). Hutcheon (1991) fornece o arcabouço que nos permite o necessário trabalho com o conceito de sujeito marginalizado e ex-cêntrico. Para isso, é utilizado também o embasamento teórico oferecido por Castells (2013) no tocante ao desenvolvimento da noção de identidade de resistência. As condições históricas e econômicas sob as quais se desenvolveu o regime vigente no ambiente em que se passa a narrativa são verificadas em James (2010) e Blackburn (2003). Para lidar com a vivência religiosa e cultural experimentada pelos descendentes de africanos naquele contexto, a pesquisa se embasa nos argumentos trazidos por Capone (2011) ao debate acerca desse tema e, por intermédio dos estudos de Garauday (1980) e Lody & Sabino (2011), é possível angariar informações relativas à história e à simbologia envolvidas nas danças de origem africana. O estudo dessas correntes teóricas conduz à conclusão de que o romance A ilha sob o mar encena, na personagem Zarité, a construção de uma identidade de resistência entre os escravos que, dançando, celebravam seus deuses, permitiam o encontro das diferentes culturas das quais eram originários e fortaleciam a rede de relações, informações e colaboração mútua entre os indivíduos e as comunidades que pretendiam livrar-se do domínio do elemento europeu e de seu regime escravocrata / Este trabajo tiene como objetivo identificar los procesos a través de los cuales la personaje Zarité, protagonista de la novela A ilha sob o mar (ALLENDE, 2010) construye su identidad de resistencia (CASTELLS, 2013). Sujeto subalterno al ser simultáneamente negro, esclavo y mujer - desarrolla estrategias verosímiles que le permiten sobrevivir y enfrentar a la opresión física y de identidad propias de su condición en la colonia francesa de Santo Domingo, actual Haití , que vivía en la época de la dominación de un modelo político y social esclavitud profundamente patriarcal y racista. La investigación adopta la perspectiva desarrollada alrededor de la literatura de escritura femenina en América Latina (CUNHA, 2004; RAGO, 2004; VELASCO-MARIN, 2007; WARD, 2007), según la cual, en esta producción en particular, el desarrollo de las representaciones de las mujeres garanten a ellas la voz y el empoderamiento que les fue negado en otros contextos de la escritura literaria. Alineándose la noción de extrañamiento desarrollado por el formalismo ruso (Chklovski, 2013) con el uso de los procedimientos que dan literariedade a la narrativa (Lukács, 1968), este estudio verifica las condiciones de configuración que proporcionan a obra la pertenencia al contexto de las producciones desarrolladas por las autoras migrantes o exiladas (Skar, 2001). El concepto de hibridez (Canclini, 2011) se suma a este entendimiento, articulándose en esta investigación con la perspectiva multicultural de la comprensión de las identidades (Hall, 2005). Hutcheon (1991) proporciona el marco que nos permite el necesario trabajo con el concepto del sujeto marginado y ex-céntrico. Para eso, se utiliza también la base teórica ofrecida por Castells (2013) sobre el desarrollo del concepto de identidad de resistencia. Las condiciones históricas y económicas en las que desarrollan el régimen corriente en el mundo que va de la narración se comprueban James (2010) y Blackburn (2003). Para hacer frente a la experiencia religiosa y cultural que sufren las personas de ascendencia africana en ese contexto, la investigación subyace en los argumentos presentados por Capone (2011) para debatir sobre el tema y, a través de estudios de Garauday (1980) y Lody y Sabino (2011), se puede obtener información sobre la historia y el simbolismo que envuelven las danzas de origen africana. El estudio de estas perspectivas teóricas lleva a la conclusión de que La isla bajo el mar promulga, en la persona de Zarité, la construcción de una identidad de resistencia entre los esclavos que, bailando, celebraban sus dioses, permitían el encuentro de las diferentes culturas del que derivaban y fortalecían a la red de relaciones, informaciones y cooperación mutua entre los individuos y las comunidades que querían deshacerse del dominio del elemento europeo y su régimen esclavista
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A recepção crítica de Nicanor Parra no Chile (1937- 2010)Toro Castillo, Juan Francisco 04 April 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-04-04 / Não recebi financiamento / In this study we articulate and analyze Nicanor Parra’s critical fortune, published in
Chile before and after the success achieved by the Chilean writer, having as parameter the
Chilean National Prize of Literature, which he won in 1969. We point out to the reception
aspects registered by real readers, that give life and dictate the history of Nicanor Parra’s
literary Project, by taking over te text. Such critical impressions took place between 1939 and
2011. We observed the Horizon of Change passing through the critical fortune collected, by
Robert Jauss Reception Theory. / Neste estudo articulamos e analisamos a fortuna crítica de Nicanor Parra publicada no
Chile em momentos anteriores e posteriores ao êxito alcançado pelo escritor chileno, tendo
como parâmetro o Premio Nacional de Literatura do Chile conquistado em 1969.
Evidenciaremos os aspectos recepcionais registrados por leitores reais, que ao apoderarem-se
do texto dão vida e ditam parte da história do projeto literário de Nicanor Parra. Tais
impressões críticas se situam entre 1939 e 2011. Observaremos a mudança de horizontes que
transitam nesta fortuna critica coletada, a partir dos conceitos da Teoria da Recepção
encabeçada por Robert Jauss.
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A cultura de massa em diálogo com questões de teorias literárias / The massculture in dialogue with literature theory questionsDering, Renato de Oliveira 09 November 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-11-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / With regards to the contemporary literature, it is clear the occurrence of a continuous dialog between mass culture and the processes of industrialization derived from the last half of the XX century. Because of the relationship between literature and commercial activities that regard the culture industry, mass literature has its value questioned. Questions related to selling, narrating and language are the most debated hot topics when it comes to this type of literature, which ends up being regarded as a "subliterature" or a literature which is less worth-reading. Therefore, having the relationship between art and the cultural industry in mind, the present study aims at realizing an approach that encompasses all social, historical and cultural aspects related to the literary production aimed to the mass, through a subject-reader approach. Also, we will differ the nomenclatures attributed to these literature books- best seller, mega seller, mega best seller, and mass literature- as well as identify the possibilities of approaching and legitimizing the aforementioned categories. Thus, our aim here is to reflect and to question the assumptions about what literature is and the influence of the cultural industry in the arts, through a theoretical background that interacts with the theories of literature, and the social, cultural and historical studies.This way, this study will offer a theoretical opening in terms of contemporary literature and its influences in the mass culture, leading to other research about this topic in the future. / Verifica-se na literatura contemporânea a ocorrência de um constante diálogo com a
cultura de massa e os processos de industrialização advindos da última metade do século XX. Na tessitura proposta entre literatura e os processos mercantis que envolvem a indústria cultural, é questionado o próprio valor da obra literária voltada para e pela massa. Questões recorrentes como vendagem, narrativa e linguagem são os
pressupostos mais debatidos acerca dessas obras, que acabam por adquirirum caráter de subliteraturaou literatura de menor valor. Logo, pensando na relação entre arte e indústria cultural, o presente estudo visa realizar uma abordagem que abranja aspectos sociais, históricos e culturais acerca da produção literária veiculada às massas,
perfazendo, principalmente, o caminho do sujeito-leitor. Por essa perspectiva, diferenciaremos nomenclaturas atribuídas às essas obras best-seller, mega-seller, mega best-seller e literatura de massa como também identificaremospossibilidades de abordagem e legitimação das mesmas. Portanto, temos como objetivos centrais deste estudo, refletir e questionar as postulações sobre o que é literatura e a inserção da indústria cultural nas artes, através de um arcabouço que interage entre teorias da literatura e estudos sociais, culturais e históricos. Pretende-se, assim, viabilizar uma abertura teórica acerca da literatura contemporânea e suas intersecções com a cultura de massa, possibilitando a realização de outras pesquisas futuras sobre a temática.
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Ruas do meu São Paulo: notações sensoriais e visões críticas na poética de Mário de Andrade / Streets of my São Paulo: sensory notations and criticals views on poetic s Mário de AndradeCunha, Bruna Araujo 28 April 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-04-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work focuses on the analysis of some poems of Paulicéia Desvairada (1922) and Lira Paulistana (1945) in order to observe the street as a place of sociability of the modern man. Paulicéia Desvairada was the first book of modern poetry published in Brazil. The work marks the beginning of the break up with traditional poetic structures with innovative language and stylistic features, such as free and polyphonic verses and dissonances. In Lira Paulistana, innovations are giving way to more regular verses with rhymes and choruses. These two poetic works, apart for over twenty years, poeticized the city of São Paulo in different ways, this place is the great theme of the poems. In Paulicéia Desvairada, the São Paulo city still has remnants of a provincial past, the self-lyrical lies in the crowd and on the streets who are going through a process of modernization. In Lira Paulistana, the city of São Paulo is now a metropolis, the self-lyrical feel even more in the anonymity of this modern streets. In this case, we propose to analyze some poems of Paulicéia Desvairada (1922) and Lira Paulistana (1945), in order to focus our attention between the "I" and the "city", already well identified by criticals, who are aware to the concept of polissensorial and semanticized space and historical and social aspects of the city of São Paulo in the 1920s and 1940s. As we approached these two works of the writer, we realized that he sees some problems about the changes in the city and the consequences caused by these changes, which, for him, it fades the human relationship away. / O presente trabalho detém-se na análise de alguns poemas de Paulicéia Desvairada (1922) e Lira Paulistana (1945) com o intuito de observar a rua enquanto local de sociabilidade do sujeito moderno. Paulicéia Desvairada foi o primeiro livro de poesia modernista publicado no Brasil. A obra marca o início do rompimento com as estruturas poéticas tradicionais, apresentando linguagem e recursos estilísticos inovadores, tais como versos livres, versos polifônicos e dissonâncias. Já em Lira Paulistana, as inovações cedem lugar a versos mais regulares, com rimas e refrãos. Nessas duas obras poéticas, distanciadas por mais de vinte anos, a cidade de São Paulo, poetizada de formas distintas, é o grande tema dos poemas. Em Paulicéia Desvairada, a cidade paulistana apresenta ainda resquícios de um passado provinciano, o eu- lírico encontra-se em meio à multidão e diante de ruas que estão passando por um processo de modernização. Na Lira Paulistana, a cidade de São Paulo já é uma metrópole, o eu-lírico sente-se ainda mais no anonimato das ruas prontamente modernas. Nesse sentido, nos propomos a analisar alguns poemas das obras Paulicéia Desvairada (1922) e Lira Paulistana (1945), observando a tensão entre o eu e a cidade , já bastante identificada pela crítica, atentos ao conceito de espaço polissensorial, espaço semantizado e aspectos históricos e sociais da cidade de São Paulo nos anos 1920 e 1940. Ao aproximarmos essas duas obras do escritor, foi possível perceber que ele problematiza as mudanças ocorridas na cidade e as consequências causadas por essas mudanças, que, para ele, dilaceram, aos poucos, as relações humanas.
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Os entre em as margens e os cimos: estudos do espaço em João Guimarães Rosa / The "between" in the borders and pinnacle: studies of space in João Guimarães RosaDanese, Viviane Michelline Veloso 11 April 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-04-11 / The present work consists in a research that turns around the meanings that the fictional space assumes in the Brazilian literature since its first manifestations and during colonial periods, until the third modernism's stage that corresponds to the generation of 45 that is inserted in the work of João Guimarães Rosa. In this sense, it is exposed a panoramic view of regionalism at Brazilian literature from the theoretical route presented by Antonio Candido that approaches the way how the fictional texts assume the space in its literal or symbolic dimension. In this last meaning, the range of the spatial focus incorporates proper elements from modernity as: the narrator, language and reader space. These elements are discussed in perspective of Rosa's work in a general way and more specifically in the short stories As margens da alegria e Os cimos, the first and last respectively from the book Primeiras estórias (1962). In the case of short stories, it is done a comparative analysis highlighting common aspects, notable in the structural composition; and differences evoked by the perception of childish character regarding space. The space is characterized as element that allows to conceive the immersion of the childish character as perceptive subject in a world socially shared. The character's displacement, as physical as internal, evokes the imagination and gives a sign to an existential learning. On the other hand, in the case of short story as genre, the narrative assumes an ambiguity associating fictional poetic and reality. Thus, it is also discussed aspects related to the production context of Guimarães Rosa's work, spatially linked to a more urban perspective, from a Brazil that had a strangeness of the modernization. The perception of the environment by the childish character emphasizes the study of fictional space in the short stories of Joao Guimarães Rosa. / O presente trabalho consiste numa pesquisa que gira em torno das acepções que o espaço ficcional assume na literatura brasileira desde suas primeiras manifestações ainda em períodos coloniais, até a terceira fase do modernismo, que corresponde à geração de 45, na qual está inserida a obra de João Guimarães Rosa. Nesse sentido, é explanado um panorama do regionalismo na literatura brasileira a partir do percurso teórico apresentado por Antonio Candido que aborda a forma como os textos ficcionais pressupõem o espaço seja em sua dimensão literal ou simbólica. Nessa última acepção, o leque do enfoque espacial abarca elementos próprios da modernidade, a saber: o espaço do narrador, o da linguagem e o do leitor. Esses elementos são debatidos na perspectiva da obra rosiana de uma forma geral e mais especificamente nos contos As margens da alegria e Os cimos, primeiro e último, respectivamente, do livro Primeiras estórias (1962). Em se tratando dos contos, é feita uma análise comparativa evidenciando aspectos em comum, notáveis na composição estrutural; e diferenças evocadas pela percepção da personagem infantil no que tange ao espaço. O espaço caracteriza-se como elemento que possibilita conceber a imersão da personagem infantil, enquanto sujeito perceptivo, em um mundo socialmente partilhado. O deslocamento da personagem, tanto físico quanto interno, evoca a imaginação e acena para um aprendizado existencial. Por outro lado, em se tratando de conto enquanto gênero, a narrativa assume uma dubiedade associando ficção poética e realidade. Assim sendo, também são discutidos aspectos relacionados ao contexto de produção da obra de Guimarães Rosa, vinculados espacialmente a uma perspectiva mais urbana, própria de um Brasil que passava por um surto de modernização. A percepção do entorno pela personagem infantil referencia o estudo do espaço ficcional nos contos de João Guimarães Rosa.
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