• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 295
  • 5
  • 1
  • Tagged with
  • 306
  • 306
  • 306
  • 215
  • 196
  • 177
  • 103
  • 102
  • 80
  • 68
  • 49
  • 41
  • 40
  • 40
  • 40
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
161

Significados e influências da violência de gênero e da lei maria da penha: relatos de experiências de mulheres em uma delegacia. / Los significados e influencias de la violencia de género y la ley Maria da Penha: informes de experiencias de las mujeres en una estación de policía

Soares, Maria Cidney da Silva 16 March 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-08T14:47:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 293565 bytes, checksum: 8e58766dd854977554ca627d0f5d8fed (MD5) Previous issue date: 2012-03-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Sabemos que la violencia contra las mujeres ha existido desde los albores de la humanidad, como resultado de las relaciones de poder históricamente desiguales con los hombres, que avanzaron a la dominación y la discriminación de la clase femenina, lo que limita el desarrollo pleno de las mujeres. Implicaciones para la salud física, psicológica y social de la mujer son algunas de las consecuencias inherentes a este problema. Por lo tanto, este estudio tuvo como objetivo investigar cómo la violencia es percibida por las mujeres en esta situación y cómo la Ley Maria da Penha modificado la denuncia presentada por ellos, y ver si hubo repercusiones en su salud después de la violencia sufrido. Este es un enfoque exploratorio, descriptivo cualitativo, desarrollado entre los meses de agosto y septiembre de 2011, las mujeres especializadas en la estación de la ciudad de Campina Grande - PB - Brasil. Participó en el corpus de esta investigación 11 mujeres que reportaron el asalto, y que deseaban participar. El instrumento utilizado fue una entrevista semi-estructurada a partir de talleres de sensibilización, con la ayuda de la observación y un diario. El discurso fue grabado y posteriormente transcritas y se presentan en forma narrativa y analizados de acuerdo con el análisis de la categoría temática propuesta por Laurence Bardin. Se cumplieron las normas éticas establecidas en la Resolución 196/96 del Consejo Nacional de Salud, que funcionó después de la aprobación de la Ética y el Centro de Investigación para la Educación y el Desarrollo, bajo el número de protocolo: 0078.0.405.000-11. Los discursos de las mujeres entrevistadas revelaron tres categorías, a saber: El significado de la violencia; Significado Ley Maria da Penha desmotivación a la denuncia y la lucha contra la violencia y sus consecuencias sanitarias de la violencia Los resultados mostraron que las mujeres en situaciones de violencia, tiene terminado sus sueños y los derechos humanos violados por la pérdida de la libertad, que es al mismo tiempo, la credibilidad de la Ley Maria da Penha y su aplicabilidad, sin embargo, que sea plenamente eficaz, los cambios que sea necesario, con a fin de reducir las restricciones burocráticas que siguen obstaculizando. El estudio mostró que las experiencias de violencia de género trajo graves repercusiones sobre la salud de la mujer, como lo demuestran los problemas de la psico-emocional, física y sexual. Aunque este estudio no se propone generalizar, pero para entender el tema, consideramos que es necesario buscar la erradicación de la violencia y se comprometan a no tolerar, alegando que los cambios del sector público ern relación con el tema tratado aqui. Por lo tanto, y ante todos los problemas puestos de relieve en este estudio, existe una necesidad de una mejor asociación y la integración entre las instituciones de salud y la justicia, ya que representan la puerta de entrada al trabajo y reducir al mínimo la violencia, un problema social importante que ha crecido cada año en el país. Los gerentes tienen que ofrecer mejores aportes públicos y hacer cumplir todos los derechos que rigen el derecho a la vida, sin ningún tipo de violencia hacia las mujeres. Se espera que este estudio contribuirá a un mejor reflejo del problema de la violencia en el país, contribuyendo con la asistencia a las enfermeras y otros profesionales involucrados en la salud de las mujeres de las políticas públicas deben tomar antes de cualquier tipo de violencia contra las mujeres. / Sabemos que a violência contra a mulher existe desde os primórdios da humanidade, sendo resultado de relações de poder historicamente desiguais em relação aos homens, que avançaram para a dominação e discriminação da classe feminina, restringindo o pleno desenvolvimento da mulher. Implicações na saúde física, psicológica e social da mulher são algumas das consequências inerentes desse problema. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo geral investigar de que modo a violência é percebida por mulheres nessa situação e de que forma a Lei Maria da Penha modificou a denúncia feita pelas mesmas, além de averiguar se houve repercussões em sua saúde após a violência sofrida. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva com abordagem qualitativa, desenvolvida entre os meses de agosto e setembro de 2011, na delegacia Especializada da Mulher, no Município de Campina Grande PB Brasil. Participaram do corpus desta pesquisa 11 mulheres que denunciaram a violência sofrida, e que desejaram participar do estudo. O instrumento utilizado foi a entrevista semi-estruturada a partir de oficinas de sensibilização, com o auxilio da observação participante e um diário de campo. As falas das entrevistadas foram gravadas e posteriormente transcritas na íntegra, apresentadas de forma narrativa e analisadas de acordo com a análise categorial temática proposta por Laurence Bardin. Foram obedecidas as observâncias éticas dispostas na resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, o projeto de pesquisa teve anuência do Comitê de Ética e Pesquisa do Centro de Ensino e Desenvolvimento, sob o número de protocolo: 0078.0.405.000-11. Dos discursos das mulheres entrevistadas emergiram três categorias, sendo elas: Significando a violência; Significando a Lei Maria da Penha para a motivação da denúncia e Combate à Violência e Repercussões da violência na Saúde. Os resultados apontaram que a mulher, em situação de violência, tem seus sonhos cessados e os direitos humanos violados com a perda da liberdade, que há, ao mesmo tempo, credibilidade na Lei Maria da Penha e na sua aplicabilidade, porém, para que a mesma seja plenamente efetiva, tornam-se necessárias mudanças, com o intuito de diminuir as limitações burocráticas ainda impostas. O estudo mostrou que as experiências de violência de gênero trouxeram severas repercussões na saúde da mulher, evidenciado por problemas de ordem psicoemocionais, físicos e sexuais. Apesar desse estudo não se propor a generalizações, mas sim a compreender o tema estudado, consideramos que é necessário buscar a erradicação da violência e assumir o compromisso de não tolerá-la, reivindicando do setor público mudanças no que concerne ao tema aqui debatido. Dessa forma e diante de todos os problemas evidenciados neste estudo, observa-se a necessidade de uma melhor parceria e entrosamento entre as instituições de saúde e da justiça, pois estes representam a porta de entrada para trabalhar e minimizar a violência, um grande problema social que tem crescido a cada ano no país. Os gestores públicos precisam prestar melhores contribuições e fazer cumprir todos os direitos que regem o direito à vida, sem qualquer tipo de violência a mulher. Espera-se que este estudo venha contribuir para uma melhor reflexão do problema da violência no país, contribuindo também na assistência que os enfermeiros e outros profissionais envolvidos na política pública de saúde da mulher devem realizar, diante de qualquer tipo de violência contra mulher.
162

Sacode a poeira e dá a volta por cima: resiliência em mulheres que vivenciaram violência sexual / Shake the dust and makes a comeback: resilience in women Who experienced sexual violence

Raquel Fonseca Rodrigues 09 March 2010 (has links)
O objeto deste estudo foi o processo de construção da resiliência em mulheres que vivenciaram violência sexual. A violência sexual contra a mulher é um problema antigo no mundo, onde o Brasil dispõe de elevadas estatísticas. As justificativas para a violência contra a mulher constroem-se sob normas e preceitos sociais de gênero, os quais definem as diferenças nos papéis e responsabilidades dos homens e das mulheres na sociedade e na família. As consequências físicas e psicológicas para a mulher em situação de violência sexual são alarmantes, podendo ocasionar traumas por longo prazo ou até mesmo para a vida inteira, impedindo-a de retomar seus direitos humanos e de se reinserirem em suas famílias e na sociedade. Entretanto, após a vivência de uma violência algumas mulheres têm seus comportamentos transformados a fim de retomarem o curso de suas vidas. Tais comportamentos dizem respeito à postura resiliente diante à violência sexual vivida e à sua superação. Reconhecendo este comportamento como uma nova possibilidade de promoção da saúde dessas mulheres, traçou-se como objetivo geral do estudo compreender o processo de construção da resiliência em mulheres que vivenciaram violência sexual. Desenvolveu-se uma pesquisa exploratória com abordagem qualitativa, realizada através da coleta da história de vida com seis mulheres que vivenciaram violência sexual atendidas em um hospital municipal do Rio de Janeiro (Brasil), referência no atendimento dessas mulheres. Os dados produzidos foram interpretados à luz da modalidade temática da análise de conteúdo de Bardin. Deste processo emergiram duas categorias: A violência sexual vivida expressa nas atitudes do cotidiano: sentimentos e emoções e A resiliência de mulheres em situação de violência sexual. Na primeira categoria identificaram-se as atitudes, sentimentos e emoções decorrentes da adversidade. Destacaram-se os sentimentos de medo, tristeza, culpa e perda como sendo as principais mudanças ocorridas com a violência. Na segunda categoria emergiram elementos existentes na vida das mulheres que vivenciaram violência sexual e que favoreceram no processo de construção da resiliência, sendo os aspectos individuais, familiares e sociais. A pesquisa considerou que a resiliência é elemento fundamental na promoção da saúde das mulheres que vivenciaram violência sexual assim como uma oportunidade de melhoria de sua qualidade de vida, uma vez que reduz os agravos decorrentes dessa violência e incorpora sentido de vida, serenidade, autoconfiança, autossuficiência e perseverança na vida da mulher. Contudo, a resiliência para ser desenvolvida precisa além dos aspectos individuais da mulher, uma rede de apoio familiar e social significativa e eficaz. A consulta de Enfermagem estabelecida nos princípios da humanização, integralidade e dialogicidade entre profissional e a mulher, seja nas Estratégias de Saúde da Família ou nos ambientes ambulatoriais e hospitalares, caracteriza-se como campo fértil na promoção e apoio a essa rede familiar e social. A enfermeira torna-se facilitadora na construção da resiliência em mulheres em situação de violência sexual, onde é preciso oferecer escuta sensível e sem preconceitos, incentivar a construção de sentido de vida, a recuperação da autoestima e autoconfiança e de sua reinserção social. / The object of this study was the process of building resilience in women who experienced sexual violence. Sexual violence against women is an old problem in the world, where Brazil has the highest statistics. The justifications for violence against women are built in norms and social precepts of gender, which define the differences in roles and responsibilities of men and women in society and family. The physical and psychological consequences for women in situations of sexual violence are alarming and can cause injury by long-term or even for life, preventing her from resuming their human rights and his reintroduce the family and society. However, after the experience of violence some women have changed their behavior in order to resume the course of their lives. These behaviors relate to resilient stance on sexual violence experienced, which concerns the overcoming of adversity. Recognizing this behavior as a new opportunity to promote the health of these women, traced to the general objective of the study: understanding the process of building resilience in women who experienced sexual violence. Developed an exploratory qualitative approach, carried out by collecting life history with six women who experienced sexual violence treated at a municipal hospital in Rio de Janeiro (Brazil), a reference to meet these women. The data obtained were interpreted in the light of a thematic content analysis of Bardin. From this process emerged two categories: sexual violence experienced in the expressed attitudes of everyday life: feelings and emotions and the resilience of women in situations of sexual violence. In the first category identified the attitudes, feelings and emotions arising from adversity. The highlights were the feelings of fear, sadness, guilt and loss as the main changes to the violence. In the second category emerged existing elements in the lives of women who experienced sexual violence and who favored the process of building resilience, and individual aspects, and social allowances. The research found that resilience is a key element in promoting the health of women who experienced sexual violence as well as an opportunity to improve their quality of life, as it reduces the damages resulting from such violence and incorporates the sense of life, serenity, confidence, self-reliance and perseverance in the life of the woman. However, the resilience need to be developed than the individual aspects of the woman, a network of family and social support meaningful and effective. Consultation with nursing established on the principles of humanization, integrity and capacity for dialogue between professionals and women, whether in Strategies Family Health or hospital outpatient settings and is characterized as a fertile ground to promote and support the family and social network. The nurse becomes a facilitator in building the resilience of women in situations of sexual violence, where you need to provide sensitive listening and without bias, promoting the construction of meaning in life, recover their selfesteem and self-confidence and its re-insertion social.
163

Queimadura autoinfligida em mulheres: a violência de gênero inscrita no corpo / Self-inflicted burn on women: gender violence in scribed on the body

Aída de Souza Dutra 14 March 2011 (has links)
O objeto deste estudo consiste na violência autoinfligida em mulheres por queimadura. As lesões por queimadura são consideradas causas externas (acidentes e violências) e tem contribuído para o aumento geral dos índices de morbimortalidade acarretando perda de anos de vida produtiva. São resultantes de múltiplos fatores como condições socioeconômicas, violências e desigualdade de gênero. Esta pesquisa teve como objetivos: analisar o perfil sociodemográfico das mulheres que vivenciaram queimadura autoinfligida; descrever as circunstâncias e o contexto social relacionados à queimadura autoinfligida em mulheres; analisar os fatores motivadores da queimadura autoinfligida em mulheres; e, discutir a queimadura autoinfligida em mulheres na perspectiva de gênero. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa e exploratória. Os cenários da pesquisa foram dois Centros de Tratamento de Queimados (Municipal e Federal) localizados no Estado do Rio de Janeiro. Os sujeitos do estudo foram 10 mulheres com história de queimadura autoinfligida e que não tivessem história de tentativa de suicídio anterior e diagnóstico de sofrimento psíquico, uma vez que estas situações poderiam comprometer a análise das vivências de violência. A coleta de dados foi realizada através de entrevista semi-estruturada, com roteiro previamente elaborado, no período de novembro de 2009 a março de 2010. Os dados foram analisados através da técnica de Análise de Conteúdo de Bardin, tendo emergido duas categorias: a) A vida da depoente antes da queimadura: percepção da sua condição pessoal; relações familiares envolvendo mãe, pai, avós, irmãos e filhos; relações sociais e relação com o companheiro; b) Queimadura autoinfligida em mulheres: uma questão de violência de gênero: fatores motivadores da queimadura autoinfligida na perspectiva da mulher e queimadura autoinfligida como desfecho da vivência de violência conjugal. As participantes do estudo caracterizavam-se por ter uma vida, anterior ao evento da queimadura, marcada pela violência na relação familiar e, principalmente, com o parceiro. A constante vivência de violência presente na relação com o parceiro, manifestadas por diferentes expressões (físicas, sexuais e psicológicas) resultou em intenso sofrimento que culminou na queimadura autoinfligida. Ficou evidenciado que a queimadura autoinfligida, no grupo estudado foi uma tentativa de interromper com a violência de gênero vivenciada. A escolha pelo fogo foi justificada pelas mulheres como um elemento capaz de produzir maior letalidade e ser de fácil acesso no ambiente doméstico. As mulheres afirmam que o evento da queimadura autoinfligida promoveu transformações em suas vidas. Nos agravos à saúde da mulher, em especial na violência autoinfligida por queimaduras, é relevante considerar as questões de gênero como estratégia de ação e ampliação das práticas de cuidado. / The object of this study is self-inflicted violence in women by burning. Burn injuries are considered external causes (accidents and violence) and have contributed to the overall increase in mortality rates resulting in loss of productive life. They are the result of multiple factors such as socioeconomic status, violence and gender inequality. This study sought to analyze the demographic profile of women who experienced self-inflicted burns; describe the circumstances and social context related to self-inflicted burning in women, analyze the factors which motivated self-inflicted burn in women, and discuss self-inflicted burns in women from a gender perspective. This is both a qualitative and an exploratory study. The research scenarios were two Burns Treatment Centers (Municipal and Federal) located in the State of Rio de Janeiro. The study subjects were 10 women with a history of self-inflicted burns who didnt have a history of previous suicide attempts and diagnosis of psychological distress, since these situations could compromise the analysis of the experiences of violence. Data collection was conducted by means of a semi-structured interview with a predefined script, from November 2009 to March 2010. Data was analyzed with Bardins Content Analysis technique, and two categories have emerged: a) The life of the deponent before the burn: perceptions of her personal condition, family relations involving mother, father, grandparents, siblings and children; social relations and relationship with her partner, b) Self-inflicted burn in women: a matter of gender violence: motivating factors to self-inflicted burns from a woman's perspective and self-inflicted burns as an outcome of the experience domestic violence. The study participants were characterized by having a life, prior to the burn event, marked by violence in the family relationships and especially with their partners. The constant experience of violence in the couple relationship, expressed by different expressions (physical, sexual and psychological) caused intense suffering that culminated in the self-inflicted burns. The study revealed that self-inflicted burns in the group studied was an attempt to stop the gender violence which they experienced. The choice of the fire by women was justified as an element capable of producing greater lethality and being easily accessible in the home. The women say the event of self-inflicted burns caused changes in their lives. In the health risks to the woman, especially in self-inflicted violence by burns, it is important to consider gender issues as an action strategy and expansion of healthcare practices.
164

Enfrentando a violência contra a mulher: uma experiência pioneira no interior do Estado do Rio de Janeiro / Tackling violence against women: a pioneer experience in the interior of State of Rio de Janeiro

Concepción Gandara Pazo 06 May 2007 (has links)
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / A pesquisa analisou a estratégia adotada por uma Organização Não Governamental feminista do interior do Estado do Rio de Janeiro, o Ser Mulher, no enfrentamento da violência contra a mulher. A estratégia compreende a implantação de um Serviço telefônico anônimo, denominado Disque-Mulher e a composição da Rede Multisetorial de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência (REMUV). A experiência do Serviço é descrita a partir das diferentes metodologias de atendimento e registro dos relatos telefônicos. A análise buscou identificar, no banco de dados resultante dos registros telefônicos, a percepção e a atribuição de significados das usuárias do Disque-Mulher em relação as suas vivências de violência conjugal à luz da literatura feminista brasileira contemporânea. Esta dissertação alinhou-se a um grupo de pesquisadoras que focaram a atenção em descrever e refletir sobre as representações femininas acerca da violência retratadas através da divisão das estudiosas que representam a mulher como vítima ou cúmplice da violência e as que salientam a não universalidade da experiência feminina diante das agressões, valorizando aspectos singulares das mulheres agredidas. Foram utilizadas três fontes de dados: os 1274 registros telefônicos que compõem um banco de dados denominado geral, delineando o perfil sócioeconômico cultural das usuárias e os 413 registros do banco de dados específico, que faz parte do geral e foi montado após as mudanças na forma de realizar o registro e que contém informações de caráter qualitativo, permitindo problematizar os impasses das usuárias frente ao desejo expresso de separarem-se de relações conjugais violentas. Além disso, foram ealizadas entrevistas e supervisões gravadas e transcritas, com as plantonistas do Disque-Mulher visando apreender suas percepções sobre os limites e possibilidades de utilização do atendimento telefônico anônimo como estratégia de enfrentamento da violência contra a mulher. Além de salientar para a necessidade de uma constante articulação entre ONGs e poder público, a pesquisa aponta também para a importância de confluir esforços em busca de categorização e sistematização das informações obtidas em serviços semelhantes ao Disque-Mulher, cujo objeto de trabalho é a escuta de fenômenos complexos e multifacetados como a violência e o acesso a direitos. Além de categorizar o motivo principal dos telefonemas há um questionamento em que medida os impasses das usuárias frente ao desejo de separarem-se estariam relacionados a tensões entre a subjetivação feminina e as mudanças sociais, que permitiram às mulheres ampliar sua autonomia. / The research analyzed the strategy adopted for a feminist Not Governmental Organization of the interior of the State of Rio de Janeiro, the Being Woman, in the confrontation of the violence against women. The strategy understands the implantation of an anonymous telephonic Service, called Dial-Woman and the composition of the Net Multisetorial of Attendance to the Women Victims of Violence (REMUV). The experience of the Service is described from the different methodologies of attendance and register of the telephonic stories. The analysis searched to identify, in the resultant data base of the telephonic registers, the perception and the attribution of meanings of the users of Dial-Woman in relation hers experiences of conjugal violence to the light of Brazilian feminist contemporary literature. This research lined up with a group of researchers that approach the attention in describing and reflecting on the feminine representations concerning the violence, portraied through the division of the scholars that represents the women as victim or abetter of the violence and the ones that ahead point out not the universality of the feminine experience of the aggressions, valuing singular aspects of the attacked women. Three sources of data had been used: the 1274 telephonic registers that compose data base called general, delineating the socialeconomic-cultural profile of the users and the 413 registers of data base called specific, that it is part of the general and was mounted after the changes in the form to carry through the register and that contains information of qualitative character, allowing to problematize the hesitates of the users front to the express desire to be broken up of violent conjugal relations. Moreover, recorded and transcribing interviews and supervisions had been carried through with the attendants of Dial-Woman aiming to apprehend its perceptions on the limits and possibilities of use of the anonymous telephonic attendance as strategy of confrontation the violence against women. Beyond pointing out for the necessity of a constant joint between ONGs and public power, the research also points with respect to the importance to gather efforts in categorization and systematization of the information gotten in similar services to Dial-Woman, whose object of work is the listening of complex and multifaceted phenomena as the violence and the access the rights. Beyond categorizing the main reason of the phone calls, it has a questioning where measured the hesitates of the users front to the desire to be broken up would be related with the tensions between the feminine subjectivation and the social changes, that had allowed women to extend its autonomy.
165

Violência nas relações íntimas: uma análise psicossociológica

Souza, Ana Angélica Pereira 19 August 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T13:16:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1597512 bytes, checksum: 53a8315d45c65a59c2cad8e34c451e42 (MD5) Previous issue date: 2010-08-19 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Violence against women in the context of intimate relationships is that practiced by the spouse, fiance, boyfriend or partner. It is the most recurrent type of violence against women. The aim of this study was to investigate factors related to permanence and the disruption of intimate violence from the perspective of women in situations of violence. The research was to first build a theoretical model to explain the start, stay and disruption of the violent relationship, and then was carried out empirical research addressing the theoretical model. The theoretical model considers that violence in intimate relationship can be analyzed from three dimensions: the cognitive dimension, in which the main factor explaining the maintenance of violent intimate relationship would be the cognitive dysfunction, consisting of features such as dysfunctional beliefs / irrational, low self-esteem, low perceived self-efficacy, external locus of control, the relational dimension, mainly formed by the behavioral feature of the relationship, ie, the assessment made by the wife of the "gains" in keeping the relationship and their losses if she would break the relationship - economic dependence, concern for the livelihood or welfare of children, rejection of the status of women separate, fear of being murdered, and the cultural dimension, formed by broad social beliefs about violence, sex roles , reflected in perceived social support by women, either by groups closer as family and friends, or social institutions, police, justice, among others. The empirical research consisted of a multiple case study with 12 women who lived or still live in a violent intimate relationship. The instrument of data collection was an in-depth interviews conducted in two parts. At first the woman had a history of violent relationships and were second in depth specific issues related to the model. Data analysis showed that indicators of cognitive dysfunction were present mainly during the stay of women in violent relationship, the main dysfunctional belief checked was the belief of women, often for years, in changing the behavior of the violent partner. The behavioral feature was evident on a continuation and disruption. The functional aspect was the most frequent maintenance by the husband of the household expenses and / or children. Two types of cracking the behavioral feature were more indicated as causes of the disruption - the woman started to have conditions to maintain and keep their children without the need of the partner, and the woman suffered an assassination attempt. Social support from family and friends to the relationship was motivating to stay and in some cases the non-perception of social support also favored the retention. Concerning the social support for the disruption, there was emphasis on the social support of children, cited as decisive as significant part of women. One reference was also a lack of social support institutions - the police and justice - as motivators of stay. In one case this lack of support led to a reworking cognitive stronger dysfunctional beliefs that women should remain in violent relationships. The mechanisms of relational and cultural dimensions were more influential in breaking, while the cognitive characteristics appear to be associated with more permanence / A violência contra a mulher no contexto das relações íntimas é aquela praticada pelo cônjuge, noivo, namorado ou companheiro. É o tipo mais recorrente de violência contra a mulher. O objetivo deste estudo foi investigar os fatores relacionados à permanência e ao rompimento do relacionamento íntimo violento, na perspectiva da mulher em situação de violência. A pesquisa consistiu em primeiramente construir um modelo teórico explicativo do início, permanência e rompimento do relacionamento violento; em seguida foi realizada uma pesquisa empírica abordando o modelo teórico. O modelo teórico proposto considera que a violência na relação íntima pode ser analisada a partir de três dimensões: a dimensão cognitiva, na qual o principal fator explicativo da manutenção da relação íntima violenta seria a disfuncionalidade cognitiva, constituída por características como crenças disfuncionais/irracionais, baixa auto-estima, baixa auto-eficácia percebida, lócus de controle externo; a dimensão relacional, constituída principalmente pela funcionalidade comportamental da relação, isto é, a avaliação feita pela mulher dos ganhos em manter-se na relação e as respectivas perdas que ela teria caso rompesse a relação dependência econômica, preocupação com o sustento ou bem-estar dos filhos, rejeição ao status de mulher separada, medo de ser assassinada; e a dimensão cultural, formada pelas crenças sociais amplas acerca da violência, dos papéis sexuais, refletidas no apoio social percebido pela mulher, seja pelos grupos mais próximos como familiares e amigos, seja pelas instituições sociais, polícia, justiça, entre outros. A pesquisa empírica consistiu num estudo de casos múltiplos com 12 mulheres que viveram ou ainda vivem uma relação íntima violenta. O instrumento de coleta de dados foi uma entrevista em profundidade realizada em duas partes. Na primeira a mulher contava a história do relacionamento violento e na segunda eram aprofundados pontos específicos, relacionados ao modelo. A análise dos dados mostrou que indicativos de disfuncionalidade cognitiva estavam presentes principalmente na fase da permanência da mulher na relação violenta, a principal crença disfuncional verificada foi a crença da mulher, muitas vezes por anos, na mudança do comportamento violento do parceiro. A funcionalidade comportamental foi evidenciada na permanência e no rompimento. O aspecto funcional mais frequente foi a manutenção pelo marido das despesas da casa e/ou dos filhos. Dois tipos de quebra da funcionalidade comportamental foram mais indicados como desencadeadores do rompimento a mulher passou a ter condições de se manter e manter os filhos sem necessitar do parceiro, e a mulher sofreu tentativa de assassinato. O apoio social de familiares e amigos ao relacionamento foi motivador para a permanência e em alguns casos a não percepção de apoio social também favoreceu a permanência. Concernente ao apoio social para o rompimento, houve destaque para o apoio social dos filhos, citado como decisivo por parte significativa das mulheres. Foi referida ainda a ausência de apoio social das instituições polícia e justiça como motivadores da permanência. Em um dos casos esta ausência de apoio provocou uma reelaboração cognitiva, fortalecendo crenças disfuncionais de que a mulher deveria manter-se no relacionamento violento. Os mecanismos das dimensões relacional e cultural mostraram-se mais influentes no rompimento, enquanto as características cognitivas parecem estar mais associadas à permanência.
166

Interseccionalidade gênero/raça e etnia e a Lei Maria da Penha : discursos jurídicos brasileiros e espanhóis e a produção de subjetividade

Silveira, Raquel da Silva January 2013 (has links)
A violência de gênero contra as mulheres é um fenômeno mundial que tem sido abordado exaustivamente. A maioria dos estudos aponta que se trata de um problema universal, sem distinção de qualquer marcador social. O objetivo geral desta pesquisa foi evidenciar a forma como a interseccionalidade gênero, raça e etnia emerge no discurso jurídico sobre as mulheres que acessam a justiça e como esta articulação caracteriza as relações de poder nas quais estão imersas. O referencial teórico-metodológico foi composto pela análise das práticas discursivas e não discursivas de Michel Foucault; pelo conceito de interseccionalidade; pelo conceito de gênero e pelos marcadores sociais de raça e etnia. Buscou-se realizar uma comparação entre a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) com a legislação espanhola de Proteção Integral à Violência de Gênero (LO 1/2004), bem como das práticas jurídicas nas cidades de Porto Alegre e Sevilha. A pesquisa de campo em Porto Alegre foi realizada em três locais: Delegacia da Mulher, Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (JVDFM) e ONG Maria Mulher. A metodologia de trabalho integrou uma ação de extensão universitária de atendimentos interdisciplinares a mulheres que buscaram os dois órgãos públicos citados. O período de trabalho de campo foi de 14 meses entre agosto de 2010 e outubro de 2012. Foram utilizados recursos da pesquisa quanti-qualitativa, em três amostras de conveniência. No JVDFM foram analisados 70 processos judiciais. Na Delegacia da Mulher foram analisados 55 boletins de ocorrência (BOs). Além disso, foram realizadas entrevistas com 290 mulheres que acessaram a Lei Maria da Penha, tanto através da Delegacia da Mulher quanto do JVDFM. Também foram realizadas entrevistas com quatro os/as juízes/as do JVDFM de Porto Alegre e dois juízes na cidade de Sevilha, bem como foram pesquisados documentos oficiais sobre o andamento dos processos judiciais e desempenho das atividades dos magistrados/as. Os resultados apontam que as mulheres negras que procuraram a Delegacia da Mulher e o JVDFM, em comparação com as mulheres brancas, apresentaram menor escolaridade nos níveis fundamental e superior, e, consequentemente, reflexos dessa desvantagem nos rendimentos inferiores e postos de trabalho menos qualificados. Foi identificada uma diferença de percentuais na representatividade das mulheres negras que acessaram a Lei Maria da Penha, sendo que na amostra com maior número de mulheres, houve uma sobrerrepresentação das mulheres negras, assim como nos boletins de ocorrência investigados. Assim sendo, na questão do acesso a justiça, em seus níveis iniciais dos trâmites burocráticos, as mulheres negras parecem buscar de forma mais intensa esses recursos. Nas falas dos/as juízes/as entrevistados/as, a interseccionalidade gênero-raça e etnia não é reconhecida como elemento que interfira no acesso à justiça, tanto em Porto Alegre como em Sevilha. Prevalece uma concepção do sujeito de direitos universal, em que não só a raça é deixada de lado, como também outros marcadores sociais importantes, como a classe e a idade, também não são abordados. / Gender-based violence against women is a worldwide phenomenon that has been studied extensively. Most studies indicate it as a universal problem, without distinction of any social marker. The overall purpose of this research was to demonstrate how the gender, race and ethnicity intersectionality emerges in legal discourse and in the way women access justice, also how this articulation defines the power relations in which they are immersed. The theoretical and methodological framework was based on the analysis Michel Foucault’s discursive and non-discursive practices, the concepts of intersectionality and gender and on the understanding of race and ethnicity as social markers. The researched intended to make a comparison between Maria da Penha’s Law (Law 11.340/2006) and Spanish Integral Protection Gender Violence Law (LO 1/2004), as well as legal practices in the cities of Porto Alegre and Seville. The field research was conducted in Porto Alegre in three places: Women's Police Station, Judgeship of Family and Domestic Violence against Women (JFDVW) and Non Governmental Organization Maria Mulher. The methodology of this research incorporated a university extension action of interdisciplinary care to women who sought the two governmental entities listed above. The 14 months’ fieldwork lasted from August 2010 to October 2012. Quantitative and qualitative research resources were used to analyze data from three samples of convenience: In the JFDVW, 70 lawsuits were analyzed; in the Women's Police Station 55 police reports were analyzed. In addition, 290 women who accessed the Maria da Penha’s Law, through Women's Police Station and the JFDVW, were interviewed. The research corpus included, also, interviews with four judges (men and women) of Porto Alegre’s JFDVW, two Seville judges and the analysis of Official documents in order to understand judicial procedures and magistrates’ activities. The results indicate that black women who sought the Women´s Police Station and JFDVW, compared with white women, have lower education at the elementary and college education levels. This lower education has as consequences lower income and less skilled jobs. The analysis identified that proportionally more black women accessed Maria da Penha’s Law in the initial levels of bureaucratic procedure. Even so, in the judges´ answers, gender-race and ethnicity intersectionality is not recognized as an element that influence the access to justice, both in Porto Alegre and in Seville. In their understanding of violence against women prevails a universal rights subject’s conception, not only the race aspect is left out, but also other important social markers such as class and age, are also not integrated in reasoning.
167

"Entre a cruz e a espada" : significados da renúncia à representação criminal por mulheres em situação de violência conjugal no contexto da Lei Maria da Penha

Stuker, Paola January 2016 (has links)
Com a promulgação da Lei Maria da Penha, a violência contra mulher emerge de uma situação de invisibilidade para um crime que prevê punição com pena de prisão aos acusados. Contudo, muitas mulheres em situação de violência conjugal que registram uma ocorrência policial manifestam desejo de não processarem criminalmente os acusados, renunciando à representação criminal. Nesta dissertação de mestrado, investigaram-se as dinâmicas das queixas e as motivações das mulheres que renunciam à representação criminal em uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, através de observações participantes dos registros de ocorrências policiais e de entrevistas com as mulheres renunciantes. Sobre o enfoque da sociologia compreensiva weberiana demonstrou-se a confluência entre razão e emoção nessas ações, que foram classificadas através de seus predominantes sentidos em dois grupos: ações estratégicas, através das quais as mulheres utilizam o registro de ocorrência policial de forma estrategicamente racional com relação a fins; e ações dilemáticas, que representam as situações em que as mulheres renunciaram à representação criminal diante de dilemas envolvendo valores, afetos e tradições. Essas ações foram compreendidas no âmbito das relações e representações de gênero, perpassadas por significados de poder e explicadas pelas consubstancialidades de gênero, classe social e geração e aspectos de maternidade; e, complementarmente, no âmbito das práticas policiais no atendimento a esses casos, que reproduzem uma moralidade expressa pela representação do papel da polícia como repressão ao que é historicamente considerado como crime e pela incompreensão das relações de gênero e dos casos de renúncia. Ao final, os resultados desta dissertação rompem dicotomias de gênero e de justiça, revelando que a complexidade dos casos de renúncia à representação criminal por mulheres em situação de violência conjugal não pode se limitar à classificação generalizada destas em vítimas passivas ou detentoras de significativo poder nas relações, nem uma avaliação polarizada sobre o enfrentamento judicial destes casos entre punição ou restauração, mas uma interpretação dos usos e desusos dos mecanismos de Direito por estas mulheres e seus diferentes significados nos âmbitos individual, conjugal e policial. / Through the Maria da Penha law promulgation, the violence against women emerges from an invisibility situation for a crime which provides punishment with detention to accused people. However, many women in domestic violence situations who have registered a police report do not desire to criminally prosecute the perpetrators, denying criminal representation to the case. In this thesis, women's dynamics of complaints and motivations to renounce criminal representation to such cases were investigated, through participant observation of registered police reports and interviews with denying women. The data to carry on this study were available in a Specialized Police Station in Assistance to Women. On the approach of Weber's comprehensive sociology, the confluence between reason and emotion in these actions was demonstrated and they were classified by their predominant senses into two groups: strategic actions, through which women use the police report registration strategically in order to achieve a specific goal; and dilemmatic actions, which represent situations in which women renounce criminal representation before dilemmas involving values, emotions and traditions. These actions were understood within the scope of gender issues, elapsed with meanings of power and explained by consubstantial with social class and generation and maternity issues; and in addition, in the framework of police practices in the treatment of such cases, which reproduce a morality expressed by the representative of the police role as a repression act to what is historically considered as a crime and through the misunderstanding of gender relations and denial cases. To conclude, this thesis results break dichotomies of gender and justice, revealing that the complexity of renounce criminal representation cases by women in domestic violence situations can not be limited to their general classification in passive victims or holders of significant power in relationships, or a polarized evaluation about the judicial confrontation of these cases between punishment or restoration but an understanding of the uses and disuses of law mechanisms for these women and their different meanings in individual, marital and police scope.
168

Violência sexual em mulheres na cidade de Porto Alegre/RS / Sexual violence against women in the city of Porto Alegre/RS / La violencia sexual contra las mujeres en la ciudad de Porto Alegre/RS

Lima, Ana Claudia Soares de January 2014 (has links)
A violência sexual é uma das formas mais graves de agressão dirigida a mulheres, jovens e meninas que acarreta efeitos à saúde física e mental que podem perdurar ao longo da vida. A perspectiva de gênero potencializa a análise das violências sexuais perpetradas contras as mulheres. A violência sexual é definida como todo o ato sexual ou tentativa de obtê-lo sem o consentimento da mulher, utilizando-se de ações coercivas e intimidatórias como a força física, a grave ameaça, o uso de armas e a pressão psicológica. Este estudo transversal descritivo estuda a violência sexual contra mulheres no município de Porto Alegre, a partir de dados dos Boletins de Ocorrência da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP/RS), no período de 2007 a 2011. A organização dos dados foi realizada no programa Epi-Info, versão 7.0 e a análise no SPSS, versão 18,0. Foram encontradas 1.063 ocorrências no período, a maior parte das vítimas era branca, embora tenha havido uma sobre representação da população negra, os agressores em grande parte possuíam histórico criminal e a maioria das agressões ocorreu em cenários domésticos. Os bairros mais afetados foram Rubem Berta, Centro, Lomba do Pinheiro e Restinga. A distribuição temporal do agravo mostrou uma tendência levemente ascendente nos cinco anos trabalhados. O estudo pode contribuir para a prevenção e acolhimento às vítimas de violência sexual e um atendimento mais humanizado prestado pelas equipes de profissionais que atendem estas mulheres. / Sexual violence is one of the most serious forms of aggression directed at women and girls that entails effects on physical and mental health that can last throughout life. The gender perspective enhances the analysis of sexual violence against women. Sexual violence is defined as any sexual act or attempt to get it without the woman's consent, using coercive and intimidating actions such as physical force, serious threat, the use of weapons and psychological pressure. This research studied the occurrence of sexual violence against women in the city of Porto Alegre, from data of the official reports of the Secretary of Public Security of Rio Grande do Sul (SSP / RS), from 2007 to 2011. The organization of data was performed using the Epi-Info software, version 7.0 and the analysis in SPSS, version 18.0. We found 1,063 occurrences during the period, most of the victims were white, although there were an over representation of black people, the agressors had largely criminal records and most agressions occurred in domestic settings. The most affected neighborhoods were Rubem Berta, Downtown, Lomba do Pinheiro and Restinga. The temporal distribution of the injury showed a slight upward trend in the five years worked. It is hoped that this study will contribute to the prevention and care for victims of sexual violence and a more humanized care provided by teams of professionals who serve these women. / La violencia sexual es una de las formas más graves de agresión dirigidos a las mujeres y niñas que conduce a los efectos sobre la salud física y mental que pueden durar toda la vida. La perspectiva de género mejora el análisis de la violencia sexual contra las mujeres. La violencia sexual se define como cualquier acto sexual o intento de conseguirlo sin el consentimiento de la mujer, el uso coercitivo e intimidar a acciones tales como la fuerza física, amenazas graves, el uso de armas y presión psicológica. Este estudio descriptivo transversal examina la violencia sexual contra las mujeres en la ciudad de Porto Alegre, a partir de datos de los Boletines de Ocurrencia de la Secretaría de Seguridad Pública de Río Grande do Sul (SSP / RS), de 2007 a 2011. La organización los datos se realizó con Epi-Info versión 7.0 y el análisis con el programa SPSS, versión 18.0. Encontraron 1.063 apariciones en el período, la mayoría de las víctimas eran de raza blanca, aunque hubo una representación de la población negro, en gran parte asaltantes tenían antecedentes penales y la mayoría de las agresiones se produjeron en el ámbito doméstico. Los distritos más afectados fueron Rubem Berta, Centro, Lomba do Pinheiro y Restinga. La distribución temporal de la enfermedad mostró una ligera tendencia al alza en los cinco años trabajados. El estudio puede contribuir a la prevención y atención a víctimas de violencia sexual y una atención más humanizada proporcionada por los equipos profesionales que atienden a estas mujeres.
169

Representação da violência de gênero contra a mulher nos jornais de Cabo Verde : uma análise de conteúdo de A Semana, A Nação e Expresso das Ilhas

Fernandes, Isis Cleide da Cunha January 2012 (has links)
Este estudo situa-se na interface de duas áreas específicas: a comunicação, concretamente do jornalismo, e os estudos de gênero. O principal objetivo nesta pesquisa foi analisar como os jornais de Cabo Verde representam a violência de gênero contra as mulheres, no intuito de se perceber a importância e o destaque que atribuem ao tema. Para tanto, foram analisadas 134 matérias jornalísticas, publicadas nos jornais A Semana, Expresso das Ilhas e A Nação no período compreendido entre 2000 e 2010. O referencial teórico que suportou as discussões feitas sobre o tema assentam nas teorias construcionistas do jornalismo, designadamente na teoria do agendamento, bem como nos estudos de gênero e ainda em alguns estudos análogos sobre violência de gênero na mídia. Utilizou-se a análise de conteúdo como metodologia de pesquisa de forma a alcançar os objetivos específicos propostos: mapear a frequência (ou a ocorrência) da cobertura jornalística sobre violência de gênero contra as mulheres nos jornais cabo-verdianos - jornais A Semana, Expresso das Ilhas e A Nação - ao longo do período de 2000 e 2010; descrever as características da cobertura jornalística feita por esses jornais sobre a violência de gênero contra as mulheres; analisar a importância (ou prioridade) e o destaque atribuídos ao tema no período entre 2000 e 2010; refletir sobre o papel dos jornais de Cabo Verde no agendamento de discussões sobre o tema junto da sociedade cabo-verdiana. Da análise feita, concluiu-se que a temática da violência de gênero contra as mulheres figura como notícia nos jornais cabo-verdianos, essencialmente, associada a atos reais desse tipo de violência, mas a imprensa escrita tende a tratar a questão com superficialidade e sem aprofundamento de um problema social. Essa forma de tratamento privilegiado pelos jornais é atestada pelo predomínio de fontes policiais, pelo relato extremamente factual, motivado por histórias individuais, pouco contextualizadas, com baixa presença de opiniões divergentes, e pouquíssimos dados (estéticas, leis, políticas públicas, serviços de apoio e denúncia existentes). A cobertura feita pelos jornais permite concluir ainda que os veículos impressos estudados não agendam discussões junto da sociedade que permitem um conhecimento mais aprofundado do fenômeno da violência contra as mulheres e se abstêm do papel de controle social, no sentido de fiscalizar e cobrar do Estado políticas públicas para se pôr cobro ao problema. / This study lies at the interface of two specific fields: communication, particularly journalism, and the studies of gender. The main objective in this research was to analyze how Capeverdean newspapers represent gender-based violence against women in order to understand the importance and the prominence that they attach to the issue. Thus, we analyzed 134 articles, published in the newspapers A Semana, Expresso das Ilhas and A Nação in the period between 2000 and 2010. The theoretical framework that supported the discussions on the subject is based on constructionist theories of journalism, particularly the theory of agenda-setting, as well as in gender studies and even in some similar studies on gender violence in the media. We used content analysis as a research methodology in order to achieve the proposed specific objectives: to map the frequency (or occurrence) of coverage on gender-based violence against women in the Capeverdean newspapers – A Semana, Expresso das Ilhas and A Nação - between 2000 and 2010; to describe the characteristics of the coverage made by these newspapers on gender-based violence against women; to analyze the importance (or priority) and the prominence given to the issue between 2000 and 2010; to reflect on the role of newspapers in Cape Verde in scheduling discussions on the subject with the Capeverdean society. From the analysis it was concluded that the Capeverdean newspapers published news about gender-based violence against women, essentially, associated with real acts of violence, but the press tends to treat the issue superficially and without a deep exploration of it as a social problem. This form of privileged treatment by the newspapers is attested by the prevalence of police sources, the extremely factual report, driven by individual stories, less contextualized, with low presence of divergent opinions, and very few data (statistics, laws, policies, supporting services and existing complaints). The newspapers coverage of the issue suggests that the print media has not scheduled discussions with the society that allow a deeper understanding of the violence phenomenon against women and eschews from the role of social control, in order to monitor and call for public policies from the State to put an end to the problem.
170

Avaliação da vulnerabilidade de mulheres à violência doméstica: uma proposta utilizando indicadores de subalternidade de gênero na família / Evaluation of vulnerability of women to the domestic violence: a propose utilizing indicators of subalternity of gender.

Laura Christina Macedo Piosiadlo 19 December 2013 (has links)
Apesar de a violência não ser em si um problema de saúde típico, por ser um fenômeno determinado histórico e socialmente, afeta fortemente o setor pois provoca mortes, lesões e traumas físicos, emocionais e espirituais, diminui a qualidade de vida das pessoas. Isso traz novas questões a serem consideradas na assistência à saúde. Objetivo: foi analisar a vulnerabilidade das mulheres para violência doméstica em relação à subalternidade de gênero na família a partir da criação de um instrumento de avaliação, que foi testado e validado de modo que seu conteúdo constituísse uma relação direta entre a subalternidade de gênero e a violência doméstica. Metodologia: é um estudo metodológico composto das seguintes fases: criação da primeira versão do instrumento; avaliação desta versão por juízas, readequação do instrumento; aplicação da segunda versão em usuárias dos serviços de saúde; análise dos resultados e elaboração da versão final. A base para a formulação do instrumento foram os resultados obtidos por Okabe (2010). A coleta de dados aconteceu em São José dos Pinhais PR. Resultados: um retrato das 320 mulheres que compuseram a amostra poderia ser assim descrito: são adultas, tem, em média, 39 anos, migraram do interior do estado do Paraná para São José dos Pinhais ainda na infância e vivem no município, em média, há 20 anos, são casadas ou vivem em união estável, cristãs e tem dois filhos em média, cursaram apenas o ensino fundamental, trabalham em atividades relacionadas ao cuidado de casas ou estabelecimentos comerciais ou ligadas ao comércio, porém, boa parte delas não exerce atividade remunerada. A maioria delas (57,94%) reconhece que já sofreu algum tipo de violência física ou psicológica pelo menos uma vez na vida. A análise quantitativa, por meio da análise fatorial do instrumento, mostrou-se a forma mais adequada de analisar o conjunto das respostas. Conclusões: ao longo deste trabalho comprovou-se a relação direta entre a subalternidade de gênero e a vulnerabilidade para a violência doméstica contra a mulher. Ao final, as questões ficaram divididas em dois grupos: 1) as que reiteram a subalternidade e 2) as que superam a subalternidade de gênero, sendo que: quanto maior a média das respostas para as questões do grupo 1, maior a vulnerabilidade para a violência doméstica; quanto maior a média para as questões do grupo 2 maior o reconhecimento ou o interesse na superação da subalternidade de gênero. / Tough violence is not a typical health problem in itself, it is a historically and socially determined phenomena and strongly affects the health services because it result on deaths, wounds and traumatizes physically, emotional and spiritually, lower the life standards of people. That brings new questions, to consider on health assistance. The objective of this thesis is to analyze the vulnerability of women to domestic violence on relation to subalternity of gender on a family from the creation of an instrument of evaluation, which was tested and validated on a way that its content made a direct relation between subalternity of gender and domestic violence. It is a methodological study composed of the following steps: the creation of the first version of the instrument, evaluation of the object by the judges, reconstruction of the instrument, and application of the second version of the research on health services users, analysis of the results and the elaboration of the final version. The base for the instrument formulation were the results obtained for OKABE (2010). The data collection happened on São José dos Pinhais PR. A portrait of the 323 women that composed the sample could be described as: adults with ages around 39 years old, migrated from the countryside of the state of Parana to Sao Jose in their childhood and now live there for about 20 years, they are married or live with their spouses on stables relationships. Christians, with two children, they have about eight years of study, most of them are housewives, or work as maids, some work on stores to no salary. Most of those women admit being victims of violence, physically or psychologically, at least once on her life. The quantitative analysis was done through a factorial of the instrument showed as the most adequate way to analyze the answers. Through this process, it has been proved the relation between subalternity of gender and the vulnerability of those women to domestic violence. On the end the questions were divided on two groups : 1) those who live on subalternity and 2) those who surpass the subalternity of gender, that those who answered more question of group one were more vulnerable to domestic violence, the more question answered on group two, more the awareness or the interest on surpassing the subalternity of gender.

Page generated in 0.4558 seconds