• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 382
  • 3
  • Tagged with
  • 387
  • 387
  • 250
  • 223
  • 117
  • 101
  • 98
  • 82
  • 80
  • 70
  • 70
  • 68
  • 68
  • 58
  • 54
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
251

Mais pra preta do que pra branca: racismo estrutural na Lei Maria da Penha / More black than white: structural racism in the Maria da Penha

Pereira, Stephanie 26 November 2018 (has links)
INTRODUÇÃO:A rota crítica das mulheres em situação de violência doméstica sob uma perspectiva racial ainda é tema pouco explorado nas pesquisas. Compreendendo as estruturas racistas, sexistas e classistas que operam em nossa sociedade, questiona-se a efetivação da Lei Maria da Penha na garantia de direitos perante as desigualdades vivenciadas por mulheres negras. OBJETIVO:Compreender se existem diferenças entre mulheres negras e brancas no acesso e na assistência dos serviços que compõem a rede de enfrentamento àviolência doméstica. MÉTODO:Estudo misto. Integraram o estudo as mulheres acima de 18 anos que tiveram processos pela Lei Maria da Penha na Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da região oeste da cidade de São Paulo (VVDF-Oeste).A abordagem quantitativa ocorreu por meio de estudo transversal; os dados foram coletados pelos processos judiciais pela plataforma RedCap e foram analisados no SPSS, segundo análise estratificada. Foram avaliadas variáveis sociodemográficas e do processo criminal. A abordagem qualitativa foi realizada por meio de estudo exploratório, com 18 entrevistas semiestruturadas - novemulheres negras e novemulheres brancas. As entrevistas foram analisadas segundo análise de conteúdo de Bardine e as rotas críticas das mulheres, que foram esquematizadas. RESULTADOS:As mulheres menos escolarizadas buscarammais medidas protetivas (p=0,004), sendo que as negras com até 11anos de estudo o fizerammais (p=0,026). Observa-se que as mulheres negras menos escolarizadas também são as que menos comparecem ao atendimento multiprofissional oferecido pela VVDF-Oeste (p=0,039). Além disso, observou-se que as mulheres brancas tiveram mais processos sentenciados (p=0,012),bem como menor tempo de processo (p=0,018). O fluxograma das rotas críticas demonstra que as mulheres negras entrevistadas vivenciaram mais episódios de violência institucional e receberam menos informações nos serviços. Tais questões resultaram em uma rota mais tortuosa e com mais passagens por instituições, na busca pela garantia de viver uma vida sem violência. As mulheres negras reconhecem o racismo, além de outros eixos de opressão em sua rota. Observou-se também que as mulheres brancas entrevistadas não reconhecem o racismo como barreira na efetivação de direitos de mulheres negras. DISCUSSÃO: Apesar de um importante marco no enfrentamento daviolência, a Lei Maria da Penha não garantiu acesso igualitário às mulheres. Percebe-se a diferença traduzida em desigualdade. É imprescindível compreender que a diferença apontada por este trabalho entre as mulheres negras e as brancas não é mera coincidência: trata-se do racismo estrutural garantindo a manutenção de uma sociedade desigual. CONCLUSÕES: Ao compreendermos que o racismo, o sexismo e o preconceito de classe estruturam a nossa sociedade e moldam as relações sociais, é evidente que uma política pública jamais seráuniversal se não construir mecanismos concretos que assegurem a igualdade de acesso e de direitos / INTRODUCTION:The studies of the critical paths that women experiencing domestic violence go through are rarely explored on racial perspective. As racist, sexist and classist structures operate in our society, we question the Maria da Penha Law effectiveness in guaranteeing rights taking into account the inequalities experienced by Black women. OBJECTIVE: To understand if there are differences between Black and White women in the Access and assistance of the services of the intersectoral network of violence against woman. METHOD: Mix study. The study is comprised of women over the age of 18 who have prosecuted their agressor under the Maria da Penha Law in the Domestic Violence and Family Violence Court in the western region of the city of São Paulo (VVDF). The quantitative approach was carried out through a cross-sectional study; the data were collected by the judicial processes by the RedCap platform and were analyzed in the SPSS, according to a stratified analysis. Sociodemographic variables and criminal process variables were evaluated. Qualitative approach was carried out through an exploratory study, with 18 semi-structured interviews -nine black women and ninewhite women. The interviews were analyzed according to Bardin\'s content analysis and the women\'s critical paths, which were schematized. RESULTS: Women up to 11years of schooling asked more for protective measures (p = 0.004), and among those, Black women even more (p = 0.026). It is observed that less educated Black women are also the ones that least attend the multi-professional service offered by VVDF (p = 0.039).In addition, it was observed that White women had more sentenced cases (p = 0.012) in addition to a shorterprocess time (p = 0.018). The flow chart of the critical paths shows that the interviewed Black women experienced more episodes of institutional violence and received less information in the services. Such questions resulted in a more tortuous path and more passages by institutions,searching for the guarantee of living a life without violence. Black women recognize racism, as well as other axés of oppression in their route.It was also observed that White women interviewed do not recognize racism as a barrier for Black women have their rights guaranteed. DISCUSSION:Despite an important milestone in facing violence, the Maria da Penha Law did not guarantee equal access to women. The difference translated into inequality is perceived. It is essential to understand that the difference pointed out by this work among black and white women is not mere coincidence: it is structural racism guaranteeing the maintenance of an unequal society. CONCLUSIONS: By understanding that racism, sexism, and class prejudice shape our society and shape social relations, it is clear that public policy would never be universal unless it constructs concrete mechanisms to ensure equal access and rights
252

Mas vou até o fim: narrativas femininas sobre experiências de amor, sofrimento e dor em relacionamentos violentos e destrutivos / I will go to the end, though: Female narratives about experiences of love, suffering and pain in violent and destructive relationships

Andrade, Fabiana de 23 February 2018 (has links)
Esta tese acompanha as narrativas sobre trajetos e experiências de sofrimento, amor e dor enunciados por mulheres que vivem relacionamentos amorosos violentos ou destrutivos. Concentrei-me sobre aquelas mulheres que procuraram por centros, associações de referência e apoio à mulher em situação e violência doméstica e conjugal, assim como por grupos de autoajuda voltados para mulheres que sofrem por amar demais. Desta forma, a pesquisa de campo desta tese desenvolveu-se no Centro de Referência e Apoio à Mulher (CEAMO), na associação francesa Libres Terres des Femmes (LTDF) e no grupo de autoajuda Mulheres que Amam Demais (MADA Campinas Posso Ajudar). Se ir até o fim era um consenso entre as mulheres que acompanhei em minha pesquisa de campo, meu interesse era conhecer em que consistia esse pensamento e quais os impactos concretos na vida dessas mulheres. Assim, de um lado, o trabalho procura refletir sobre como o entendimento das mulheres acerca de noções sobre sofrimento, violência e doença, assim como as expectativas sobre amor e relacionamentos, acionam possibilidades de enfrentamento da violência doméstica ou de recuperação da dependência de relacionamentos destrutivos. A partir disso, aquilo que as faz permanecer nesses relacionamentos e os eventos que as impelem a mudanças de trajetos foram questões importantes para acompanhar as múltiplas maneiras de habitar entre os limites de suportar o sofrimento. De outro lado, esta pesquisa procurou pensar a constituição de tecnologias de produção de subjetividades a partir das Pedagogias do Cuidado de Si. Essas técnicas corporais e emotivas de exercício cotidiano de mudanças de pensamentos e condutas têm como principal intuito a busca de um bem viver, de uma vida saudável e sem violência. As Pedagogias do Cuidado de Si são produtos da articulação entre experiências enunciadas pelas mulheres nos diversos espaços da pesquisa (afetos, noções difusas sobre uma psicologia popularizada e moralidades religiosas) e o saber-fazer profissional, atravessados por suas moralidades, afetos e corporalidades. Esta tese se propôs a refletir sobre a produção de tecnologias de subjetividades a partir de histórias pessoais e dos afetos que atravessam experiências, trabalho profissional e grupos terapêuticos, produzindo sujeitos políticos e formas afetivas e morais de atendimento. / This thesis accompanies narratives about paths and experiences of suffering, love and pain reported by women who live violent or destructive love relationships. I focused on those women who sought centers, referral and support\'s associations for women in domestic and marital violences situations, as well as self-help groups that were headed to orient women who suffer from too much love. In this way, the researchs field of this thesis was developed at the Center for Reference and Support to Women (CEAMO), the French association Libres Terres des Femmes (LTDF) and the self-helps group Women Who Love Too Much (MADA Campinas - I Can Help). If going to the end was a consensus among the women that I followed in my field research, my interest was to know what that thought was consisted in and what were the concrete impacts on these womens life. Thus, on the one hand, the work seeks to reflect on how women\'s understanding about notions of suffering, violence and illness, as well as expectations about love and relationships could trigger possibilities for tackling domestic violence or recovering from dependence on destructive relationships. Therefore, what makes them stay in these relationships and the events that push them to change paths were important questions to keep up with the multiple ways of to dwell between the bearable limits of suffering. On the other hand, this research tried to think about the constitution of the production of subjectivity technology from the Pedagogies of Care of the Self. These corporal and emotional techniques of daily exercise of changing thoughts and conducts have as main intention the search for a good live, a healthy life without violence. The Pedagogies of Care of the Self are products from the articulation between enunciated experiences by women in the different spaces of research (affections, diffused notions about a \"popularized psychology\" and religious morals) and professional know-how, crossed by their morals, affections and corporalities. This thesis circumscribed about the production of technologies of subjectivity from personal histories and affections that cross experiences, professional work and therapeutic groups, producing political individuals and affective and moral forms of acceptance.
253

Atendimento prestado por profissionais do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) às crianças, adolescentes e suas famílias envolvidas na violência sexual intrafamiliar / Assistance provided by professionals of the Reference Center Specialized in Social Assistance (CREAS) to children, adolescents and their families, involved in insidefamily sexual violence

Freitas, Luiza Araújo 16 March 2018 (has links)
A violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes acontece desde os primórdios, porém ganhou atenção das autoridades no final dos anos 80, com a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Dentre os diferentes tipos de violência, esta pesquisa destaca a violência sexual, caracterizada por uma violação dos direitos humanos relacionado à liberdade sexual da pessoa humana, por ser uma prática erótica imposta à criança ou ao adolescente por ameaça, violência física ou indução de sua vontade. Pelo significativo papel que o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) possui no cuidado a essa população e a suas famílias, o objetivo deste estudo foi compreender o atendimento que os profissionais prestam no CREAS às crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violência sexual na cidade de Uberlândia, Minas Gerais. Para apropriar do objeto deste estudo, a autora aproximou-se do Paradigma da Complexidade, tomando como referência Edgar Morin. Tratase de um estudo com abordagem qualitativa, configurando-se como pesquisa social estratégica, fundamentada no pensamento complexo. Este referencial possibilita um olhar articulado para as interações e tramas com a perspectiva transdisciplinar e multidimensional, buscando contextualizar a realidade como se apresenta. Participaram do estudo 08 profissionais trabalhadores do CREAS, do município de Uberlândia. A coleta de dados foi realizada por meio de pesquisa documental e entrevistas semiestruturadas. As noções de compreensão e contextualização direcionaram a análise dos dados e a articulação com o referencial proposto. Emergiram 04 temáticas: (1) A compreensão da violência sexual pelos profissionais do CREAS; (2) A chegada das crianças. Adolescentes e suas famílias ao atendimento no CREAS; (3) O atendimento que é prestado pelos profissionais do CREAS: às crianças, aos adolescentes e às suas famílias; (4) As fragilidades e potencialidades do atendimento, mencionados pelos profissionais. Compreendeu-se a necessidade de um serviço de rede mais articulado, permitindo aos profissionais a busca pela capacitação contínua, e como consequência um atendimento prestado com qualidade e eficiência, beneficiando as crianças, adolescentes e suas famílias atendidas e cuidadas, como também os profissionais que desenvolvem este papel / Inside-family violence against children and adolescents happens since the beginning of time; however, it gained attention of the authorities in the late 1980s, with the Federal Constitution and the Statute of the Child and Adolescent. Among the different types of violence, this research highlights sexual violence, characterized by a violation of the human rights related to the sexual freedom of the human being, for it is an erotic practice imposed on the child or adolescent through threat, physical violence or inducement of his or her will. Due to the significant role that the Reference Center Specialized in Social Care (CREAS, in Portuguese) has in caring for this population and their families, the objective was to understand the care provided by professionals in CREAS to children, adolescents and their families in situations of sexual violence in the city of Uberlandia, Minas Gerais. To appropriate the object of this study, the author approached the Paradigm of Complexity. It is a study with a qualitative approach, being configured as a strategic social research, based on the complex thinking. This referential allows an articulated view of the interactions and connections with the transdisciplinary and multi-dimensional perspective, seeking to contextualize reality as presented. The study included eight workers from CREAS, from the city of Uberlandia. Data collection was made through documentary research and semi-structured interviews. The notions of understanding and contextualization directed data analysis and articulation with the proposed referential. Four themes emerged: (1) Understanding of sexual violence by CREAS professionals; (2) The arrival of the children, adolescents and their families to CREAS; (3) The care provided by CREAS professionals to children, adolescents and their families; (4) The weaknesses and potentialities of care, mentioned by professionals. The need for a more articulated network service was understood, allowing the professionals to search for continuous training, and as a consequence rendering a service with quality and efficiency, benefiting the children, adolescents and their families taken care, as well as the professionals who develop this role
254

Violência doméstica e de gênero: perfil sociodemográfico e psicossocial de mulheres abrigadas / Domestic and gender violence: sociodemographic and psychosocial profile of sheltered women.

Prates, Paula Licursi 22 October 2007 (has links)
Introdução: A violência contra a mulher tem sido considerada uma violação dos direitos humanos e um importante problema de saúde pública, tanto no que se refere aos cuidados, quanto com as relações de gênero que permeiam o fenômeno. Após este reconhecimento, serviços de atendimento às mulheres em situação de violência foram criados no âmbito das políticas públicas, entre eles os abrigos para mulheres que sofreram violência doméstica e se encontram em risco. Objetivo: Descrever e analisar o perfil sociodemográfico e psicossocial de usuárias de um destes abrigos da cidade de São Paulo. Método: Estudo quantiqualitativo realizado por meio de consulta aos prontuários da instituição. Foram coletados dados de natureza sociodemográfica, de violência, de saúde e aspectos do abrigamento de 72 mulheres atendidas no período de 2001 a 2005. Resultados: A violência perpassa todas as faixas de idade (17 a 46 anos) e tempos de união. A predominância de escolaridade está no ensino fundamental. 66,7% das mulheres mantinha relacionamentos estáveis, o que aponta para a maior incidência da violência contra a mulher no espaço doméstico e conjugal. 40,3% das mulheres eram donas de casa quando entraram no abrigo. Os tipos de violência mais relatados foram a física, a psicológica e a sexual. 86,1% das mulheres recebeu acompanhamento jurídico, dos quais 43,5% eram processos criminais, 5% familiares e 46,5% ambos. A maioria dos tratamentos de saúde foi de natureza psicológica. Após o abrigamento, 51,4% das mulheres iniciaram vida nova e/ou retornaram para família e 27,8% retornou para o companheiro. As mulheres que iniciaram vida nova apresentaram relacionamento interpessoal adequado, adesão à proposta do abrigo e condições para o desligamento. As mulheres que retornaram para os parceiros, na maioria não aderiram à proposta do abrigo e não apresentavam condições para o desligamento. Os motivos para o retorno parecem estar relacionados a uma concepção de feminilidade que marca a subjetividade das mulheres. Considerações Finais: Os dados apontam para a complexidade da violência e sugerem a existência de condições de diferentes ordens, envolvidas na definição do destino da abrigada. A realização de acompanhamento pós-abrigamento, de formação e de supervisão para as equipes é fundamental neste tipo de serviço. É necessário ainda que o abrigo encontre-se inserido numa política pública de assistência integral à mulher para que promova autonomia. / Introduction: Violence against women has been considered a violation of human rights and an important public health problem concerning both care and gender relationships that involve the phenomenon. After this acknowledgement, centers to care for women subjects of violence were created within public policies, comprising shelters for women at risk and victims of intimate partner violence. Objective: To describe the sociodemographic and psychosocial aspects of users of one shelter in the city of Sao Paulo. Method: Quantitative and qualitative study performed by reviewing records of the shelter. Were collected sociodemographic, violence and health-related data and sheltering aspects of 72 women seen in the period between 2001 and 2005. Results: Violence comprises all age ranges (17 to 46 years) and duration of relationship. Educational level was predominantly elementary school level. Out of the total, 66.7% of the women maintained stable relationships, which pointed towards higher incidence of domestic violence perpetrated at home and by intimate partner. When they first came to the shelter, 40.3% of the women were housewives. The most frequently reported types of violence were physical, psychological and sexual. 86.1% of the women received legal support, comprising 43.5% criminal lawsuits, 5% family court matters and 46.5% combined matters. The most frequently required heath treatment was psychological. After joining the shelter, 51.4% of the women started a new life and/or went back to their families and 27.8% made up with their former spouse. Women that started a new life presented appropriate interpersonal relationship, compliance with the shelter proposal and good conditions to be unsheltered. Most women who made up with former spouses did not comply with the shelter proposal and had no conditions to be unsheltered. The reasons for making up with former spouses seem to be related with a concept of feminineness that stresses the subjectivity of women. Closing Remarks: The data point out the complexity of violence and suggest the existence of conditions of different orders involved in the decision of the women about their destination. Post-shelter accompanying and training and supervision for the teams are essential in this type of center. The shelter should also be part of women-oriented public policies that promote autonomy.
255

Construção de um subconjunto terminológico da CIPE® para crianças e adolescentes vulneráveis à violência doméstica / Construction of a terminology subset from ICNP® for vulnerable children and adolescents to domestic violence [thesis].

Albuquerque, Lêda Maria 29 September 2014 (has links)
Introdução: a violência doméstica contra crianças e adolescentes é um fenômeno complexo, multifacetado e arraigado nas relações sociais que, por vezes, apresenta-se naturalizado e até banalizado. Historicamente, ela existe nas sociedades desde os primórdios. Nas últimas décadas, porém, houve o aumento significativo de casos de violência contra a criança e o adolescente no mundo. Ao mesmo tempo cresceu, também, a preocupação com a denúncia e o enfrentamento do problema, principalmente por organismos mundiais. Tal preocupação se expressa nas políticas públicas, como tem sido no Brasil. A Atenção Primária à Saúde (APS) é um dos locus em que se pode visibilizar e enfrentar a violência doméstica, pois lida com as populações do território, suas famílias, as creches e as escolas. Preparar os profissionais da APS para lidar com esse fenômeno tem sido um desafio, mas a enfermagem, por meio de sua prática social, apresenta potencial para o enfrentamento da violência doméstica. As consultas de enfermagem devem ser instrumentalizadas para tal, recomendando-se o uso de terminologia padronizada como facilitadora da boa comunicação entre os profissionais e da tomada de decisões nos serviços de saúde. Desse modo, a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) recomenda a estruturação de subconjuntos terminológicos como estratégia para facilitar seu uso pelos profissionais. Objetivo: organizar um subconjunto terminológico de diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem para o enfrentamento da violência doméstica contra a criança e o adolescente. Método: pesquisa do tipo metodológica, ancorada nos referenciais da TIPESC Teoria da Intervenção Práxica da Enfermagem em Saúde Coletiva e estruturada em quatro fases interdependentes e subsequentes: 1) identificação de termos e conceitos relevantes para a prática de enfermagem em relação ao enfrentamento da violência doméstica contra crianças e adolescentes; 2) mapeamento cruzado dos termos identificados com os termos da CIPE®, versão 2011; 3) elaboração dos enunciados de diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem; 4) estruturação do subconjunto terminológico da CIPE® para o enfrentamento da violência doméstica contra crianças e adolescentes. Resultados: a revisão de literatura para identificação dos termos resultou em 40 artigos selecionados na base BIREME, que foram processados na ferramenta PORONTO, gerando, assim, uma lista com 17.365 termos. Estes foram normalizados e resultaram em 514 termos que foram mapeados e cruzados com os existentes na CIPE® 2011, evidenciando 214 termos constantes e 138 não constantes nessa classificação. Dessa forma, constituiu-se o banco de termos da linguagem especial de enfermagem para o enfrentamento da violência doméstica contra a criança e o adolescente, o qual, juntamente com o modelo de sete eixos da CIPE®, a norma ISO 18.104 e o modelo teórico, ancorou a elaboração de 139 diagnósticos/resultados e 222 intervenções de enfermagem. Dessa maneira, foi organizado o subconjunto terminológico. Conclusões: a produção do subconjunto ancorado pela visão de mundo da TIPESC possui potencial para aprimoramento da prática profissional no espaço da consulta de enfermagem sistematizada e no âmbito da Atenção Básica de Saúde, bem como no processo de formação de novos profissionais e na educação permanente dos atuais. Faz-se necessária a continuidade da pesquisa, visando à validação conceitual dos termos não constantes na CIPE®. / Introduction: domestic violence against children and adolescents is a complex, multifaceted phenomenon, rooted in social relations, which is sometimes featured as natural and common place. Historically, it has existed since primitive societies. However, in the past decades, there has been significant increase in the number of cases of children and adolescents abuse worldwide. Meanwhile, there has also been an increase in the concern to report it and cope with the problem mainly on the part of world organizations. Such concern has been revealed in public policies like in Brazil. The Primary Healthcare Center is one of the loci to unveil and cope with domestic violence as it deals with populations, families, day care centers and schools within its territory. Thus, training professionals to deal with such a phenomenon has been a challenge, but nursing, by means of its social practice, has the potential to cope with domestic abuse. Nursing consultations must use instruments for that, being recommended standardized terminology to facilitate effective communication among professionals and decision-making in health services. Thus, the International Classification for Nursing Practice (ICNP®) recommends to structure terminology subsets as a strategy to facilitate their use by professionals. Objective: To organize a terminology subset on nursing diagnoses, results and interventions to cope with domestic violence against children and adolescents. Method: methodological research grounded on TIPESC (Theory of Nursing Praxis Intervention in Collective Health) background and framed in four interdependent and subsequent phases: 1) identification of terms and concepts relevant for nursing practice regarding coping with domestic violence against children and adolescents; 2) cross-checked mapping of the identified terms with the ICNP® terminology, version 2011; 3) elaboration of enunciates for nursing diagnoses, results and interventions; 4) framing of the ICNP terminology subset to cope with domestic abuse against children and adolescents. Results: literature review for term identification resulted in 40 selected articles in BIREME database, processed by means of PORONTO tool, thus generating a list of 17,365 terms. Those were standardized and resulted in 514 terms which were mapped and cross-checked with the existing ones in ICNP® 2011, evidencing 214 existing terms and 138 non-existing terms in this classification. Thus, special nursing terminology database to cope with domestic abuse against children and adolescents was framed, which anchored the elaboration of 139 diagnoses/results and 222 nursing interventions along with the ICNP® 7-Axis model, ISO 18104 and the theoretical model. Thus, the terminology subset was organized. Conclusions: the elaboration of the subset grounded on TIPESC worldview has the potential to refine professional practice in systematic nursing search and in the scope of Primary Healthcare, besides the process of training new professionals and provide ongoing education to current ones. The continuity of the research is deemed necessary aiming at the conceptual validation of non-existing terms in the ICNP®.
256

Mais pra preta do que pra branca: racismo estrutural na Lei Maria da Penha / More black than white: structural racism in the Maria da Penha

Stephanie Pereira 26 November 2018 (has links)
INTRODUÇÃO:A rota crítica das mulheres em situação de violência doméstica sob uma perspectiva racial ainda é tema pouco explorado nas pesquisas. Compreendendo as estruturas racistas, sexistas e classistas que operam em nossa sociedade, questiona-se a efetivação da Lei Maria da Penha na garantia de direitos perante as desigualdades vivenciadas por mulheres negras. OBJETIVO:Compreender se existem diferenças entre mulheres negras e brancas no acesso e na assistência dos serviços que compõem a rede de enfrentamento àviolência doméstica. MÉTODO:Estudo misto. Integraram o estudo as mulheres acima de 18 anos que tiveram processos pela Lei Maria da Penha na Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da região oeste da cidade de São Paulo (VVDF-Oeste).A abordagem quantitativa ocorreu por meio de estudo transversal; os dados foram coletados pelos processos judiciais pela plataforma RedCap e foram analisados no SPSS, segundo análise estratificada. Foram avaliadas variáveis sociodemográficas e do processo criminal. A abordagem qualitativa foi realizada por meio de estudo exploratório, com 18 entrevistas semiestruturadas - novemulheres negras e novemulheres brancas. As entrevistas foram analisadas segundo análise de conteúdo de Bardine e as rotas críticas das mulheres, que foram esquematizadas. RESULTADOS:As mulheres menos escolarizadas buscarammais medidas protetivas (p=0,004), sendo que as negras com até 11anos de estudo o fizerammais (p=0,026). Observa-se que as mulheres negras menos escolarizadas também são as que menos comparecem ao atendimento multiprofissional oferecido pela VVDF-Oeste (p=0,039). Além disso, observou-se que as mulheres brancas tiveram mais processos sentenciados (p=0,012),bem como menor tempo de processo (p=0,018). O fluxograma das rotas críticas demonstra que as mulheres negras entrevistadas vivenciaram mais episódios de violência institucional e receberam menos informações nos serviços. Tais questões resultaram em uma rota mais tortuosa e com mais passagens por instituições, na busca pela garantia de viver uma vida sem violência. As mulheres negras reconhecem o racismo, além de outros eixos de opressão em sua rota. Observou-se também que as mulheres brancas entrevistadas não reconhecem o racismo como barreira na efetivação de direitos de mulheres negras. DISCUSSÃO: Apesar de um importante marco no enfrentamento daviolência, a Lei Maria da Penha não garantiu acesso igualitário às mulheres. Percebe-se a diferença traduzida em desigualdade. É imprescindível compreender que a diferença apontada por este trabalho entre as mulheres negras e as brancas não é mera coincidência: trata-se do racismo estrutural garantindo a manutenção de uma sociedade desigual. CONCLUSÕES: Ao compreendermos que o racismo, o sexismo e o preconceito de classe estruturam a nossa sociedade e moldam as relações sociais, é evidente que uma política pública jamais seráuniversal se não construir mecanismos concretos que assegurem a igualdade de acesso e de direitos / INTRODUCTION:The studies of the critical paths that women experiencing domestic violence go through are rarely explored on racial perspective. As racist, sexist and classist structures operate in our society, we question the Maria da Penha Law effectiveness in guaranteeing rights taking into account the inequalities experienced by Black women. OBJECTIVE: To understand if there are differences between Black and White women in the Access and assistance of the services of the intersectoral network of violence against woman. METHOD: Mix study. The study is comprised of women over the age of 18 who have prosecuted their agressor under the Maria da Penha Law in the Domestic Violence and Family Violence Court in the western region of the city of São Paulo (VVDF). The quantitative approach was carried out through a cross-sectional study; the data were collected by the judicial processes by the RedCap platform and were analyzed in the SPSS, according to a stratified analysis. Sociodemographic variables and criminal process variables were evaluated. Qualitative approach was carried out through an exploratory study, with 18 semi-structured interviews -nine black women and ninewhite women. The interviews were analyzed according to Bardin\'s content analysis and the women\'s critical paths, which were schematized. RESULTS: Women up to 11years of schooling asked more for protective measures (p = 0.004), and among those, Black women even more (p = 0.026). It is observed that less educated Black women are also the ones that least attend the multi-professional service offered by VVDF (p = 0.039).In addition, it was observed that White women had more sentenced cases (p = 0.012) in addition to a shorterprocess time (p = 0.018). The flow chart of the critical paths shows that the interviewed Black women experienced more episodes of institutional violence and received less information in the services. Such questions resulted in a more tortuous path and more passages by institutions,searching for the guarantee of living a life without violence. Black women recognize racism, as well as other axés of oppression in their route.It was also observed that White women interviewed do not recognize racism as a barrier for Black women have their rights guaranteed. DISCUSSION:Despite an important milestone in facing violence, the Maria da Penha Law did not guarantee equal access to women. The difference translated into inequality is perceived. It is essential to understand that the difference pointed out by this work among black and white women is not mere coincidence: it is structural racism guaranteeing the maintenance of an unequal society. CONCLUSIONS: By understanding that racism, sexism, and class prejudice shape our society and shape social relations, it is clear that public policy would never be universal unless it constructs concrete mechanisms to ensure equal access and rights
257

O crime passional na visão do infrator privado de liberdade: um estudo em Angola

Gaspar, Maria Simone Álvaro do Céu 27 February 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:38:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maria Simone Alvaro do Ceu Gaspar.pdf: 1155893 bytes, checksum: 9b5d7d72edf42ad8f76bd3e17c93df49 (MD5) Previous issue date: 2015-02-27 / The crime of passion is a sociocultural phenomenon that affects public health. It is the act of extreme violence between couples, which occurs when the individual is taken by a sense of passion and intense emotion, going berserk in a situation of threat or loss of the object of love. The field of interest of this research is understanding the motivations for carrying out the crime of passion, the perceptions upon the act on individuals deprived of liberty, the insight into the emotional aspects linked to the crime committed, and the comprehension of offenders perception about the prison experience. Survey participants were offenders who committed the crime of passion against intimate partners, and were imprisoned in a detention facility in Viana, Angola. This study has a qualitative nature, utilizing a semi-structured interview as a research tool. The sample selected for the survey included 17 male participants, among which four were awaiting trial and thirteen had already been convicted. The age of respondents ranged between 26 and 54 years old. Categories were defined after the analysis of the contents of interviews. The theoretical approach was the psychodynamic psychology, which helped us understand the behavior of the subjects. The results revealed that the main reasons pushing the individuals to the crime of passion were jealousy and betrayal arisen by the presence of a rival, real or imaginary, stimulating the subject to evoke a mixture of thoughts, feelings, emotions and behaviors that aroused in him lack of control, intolerance and frustration, mobilizing him to the act of extreme violence / O crime passional é um fenômeno sociocultural que afeta a saúde pública. É o ato de violência extrema entre casais, que ocorre quando o sujeito é tomado por um sentimento de paixão e emoção intensa, descontrolando-se diante de uma situação de ameaça ou perda do objeto de amor. A presente pesquisa tem como campo de interesse a compreensão das motivações para a realização do crime passional, as percepções sobre o ato em sujeitos privados de liberdade, a apreensão dos aspectos emocionais ligados ao crime cometido e a percepção dos infratores a respeito da vivência carcerária. Os participantes da pesquisa eram infratores que cometeram crime passional contra as parceiras íntimas, e se encontravam encarcerados no estabelecimento prisional de Viana, em Angola. O método de estudo utilizado é de caráter qualitativo, e o instrumento de investigação foi a entrevista semiestruturada. A amostra selecionada para a pesquisa reuniu 17 participantes do sexo masculino, dos quais quatro se encontravam à espera de julgamento e treze já tinham sido condenados. A faixa etária dos entrevistados situava-se entre 26 e 54 anos de idade. As categorias foram definidas após a realização da análise do conteúdo das entrevistas. A abordagem teórica foi a psicologia psicodinâmica, que nos ajudou a compreender o comportamento dos sujeitos. Os resultados apontaram que os principais motivos que impulsionaram os sujeitos ao crime passional foram o ciúme e a traição, que surgiram com a presença de um rival, real ou imaginário, suscitando no indivíduo a evocação de uma mistura de pensamentos, sentimentos, emoções e comportamentos que nele despertaram descontrole, intolerância e frustração, mobilizando-o para o ato de violência extrema
258

O encontro com a mulher ferida: contratransferência de psicólogas no atendimento às mulheres em situação de violência conjugal / The meeting with wounded woman: psychologist s countertransference in attendance of women in situation of partner violence

Duca, Leticia Lo 28 May 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:40:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Leticia Lo Duca.pdf: 2179548 bytes, checksum: f02b1bb1c10d1b8094430631870fb4c8 (MD5) Previous issue date: 2010-05-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The aim of the present research is to study the psychologist s countertransference in the clinic with women in situation of conjugal violence. We believe that the identification and the recognition of countertransference can facilitate for the therapists to elaborate their own feelings, which can benefit the evolution of clinical process and also the maintenance of these professional s psychic health. In a wider context, the study intends to contribute to the conscience of the wounds provoked by masculine violence perpetrated in patriarchal order. The work starts with the therapeutic entailment with the concepts of transference and countertransference. Then, it presents the concepts of vicarious trauma and secondary traumatic stress, like professionals possible symptoms, reactive to the treatment of the trauma. It debates the partner violence phenomenon and the recent changes in Brazilian legislation in behalf of attacked woman. The research was done with ten psychologists that work specifically with the clinical treatment of woman which are victims of violence, in public service, in a big Brazilian city. The instruments used were: semi directed interview with the psychologists and semi structured register of a clinic case, described by the psychologist right after one attendance. The data was analyzed using a qualitative method in the light of analytical psychology. The results disclose that the violence against woman is still a theme poorly explored and valued. It found that in the treatment of these women emerge intense contents, connected to the wounded feminine on the psychologist personal psyche. Most of them seem to present symptoms of secondary traumatic stress. Some countertransference feelings were ignored by psychotherapists; witch can obscure the therapeutic contact. Concluding, this study emphasizes the necessity of the caring of the psychologist. It also emphasizes the necessity of the psychologists to use their perception, discrimination and capacities to work with clear limits, to facilitate the recognition, the elaboration and the analytical work of countertransference reaction in behalf of the therapeutic dynamic / A pesquisa visa observar a contratransferência de psicólogas na clínica com mulheres em situação de violência conjugal. Espera-se que a identificação e o reconhecimento da contratransferência possa facilitar às psicólogas a elaboração de seus sentimentos. Isso tudo pode beneficiar a evolução do atendimento e também a manutenção da saúde psíquica dessas profissionais. Partindo para um contexto mais amplo, o estudo pretende contribuir na conscientização das feridas provocadas pela violência masculina perpetrada na ordem patriarcal. Discute-se, primeiramente, o vínculo terapêutico com os conceitos de transferência e contratransferência. Apresentam-se, em seguida, os conceitos de trauma vicário e estresse secundário traumático, como possíveis sintomas, dos profissionais, reativos à clínica do trauma. Debate-se o fenômeno da violência conjugal e apresentam-se as atuais mudanças na legislação brasileira em favor da mulher agredida. A pesquisa foi realizada com dez psicólogas que trabalham especificamente com a clínica de violência contra a mulher, no serviço público, em uma metrópole brasileira. Foram utilizados entrevista semidirigida com as psicólogas e registro semiestruturado de um caso clínico, descrito pelas psicólogas logo após um atendimento. Os dados foram analisados através do método qualitativo à luz da psicologia analítica. Os resultados revelam que a violência contra a mulher ainda é assunto pouco explorado e pouco valorizado. Revelam, ainda, que essa clínica faz emergir conteúdos intensos, com questões ligadas ao feminino ferido as quais fazem parte do universo pessoal das psicólogas. A maioria delas pareceu apresentar sintomas de estresse secundário traumático. Alguns sentimentos contratransferenciais foram ignorados pelas psicólogas, o que pode obscurecer o contato terapêutico. Concluindo, esse estudo ressalta a necessidade de cuidado direcionado às psicólogas. Ressalta também a necessidade das psicólogas resgatarem suas capacidades de percepção, discriminação e de colocação de limites, a fim de facilitar o reconhecimento, a elaboração e o trabalho analítico das reações contratransferenciais em favor da dinâmica terapêutica
259

Abuso sexual com criança: uma demanda para o Serviço Social

Santos, Creusa Teles dos 07 October 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T14:16:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Creusa Teles dos Santos.pdf: 1510622 bytes, checksum: 256322a3974919ca9a41282a49e0a3a4 (MD5) Previous issue date: 2014-10-07 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This research is the result of reflections and experiences about the work developed in caring for children, adolescents and families experiencing domestic violence. The focus of this research is the analysis of the limits and possibilities in labor of the social worker when dealing with sexual abuse of children assisted by the Social Protection of the Child and Adolescent Victims of Violence. The purpose is to analyze the sexual abuse as a demand for Social Work, with focus on the limits and possibilities of a professional practice. We started the research in order to analyze how to express this demand from its complexity in the family environment and the determinations featured in the situation of sexual abuse. Sexual abuse is a violation of human rights. Abusing the body and sexuality of a child by force, by the power, coercion and subjection of the will of anyone by psychological pressure, intimidation and seduction is a crime. The intra-family sexual abuse is a multi faceted phenomenon, whose dynamics are articulated in social, economic, political, psychological, cultural aspects that cannot be treated in isolation nor complementary. The process requires professional intervention to recognize the complexity of demand from the perspective of totality and the contradictory surround on which professional actions develop. Theoretical research on the sexual abuse is focused on the understanding of various authors on the subject and its implications in the context of domestic violence and its impact on children's lives. This is a qualitative and quantitative research based on the analysis of a practice developed in two cases, the data about the demand collected on the medical records of child victims of sexual abuse on caring service by SPS, and the quantitative data from secondary sources gathered from research conducted by public agencies. As a result, we point out the limits and possibilities constituent of established practice in ensuring the rights of children, understanding that the only way to do Justice is fighting for it fairly, by accessing the dimension of citizenship / Esta pesquisa é fruto das reflexões e experiências do trabalho desenvolvido no atendimento às crianças, adolescentes e famílias em situação de violência doméstica. O foco desta pesquisa é a análise dos limites e possibilidades do trabalho do assistente social no enfrentamento do abuso sexual com crianças a partir da demanda atendida pelo Serviço de Proteção Social à Criança e Adolescente Vítima de Violência. O objetivo é analisar o abuso sexual como uma demanda para o Serviço Social, com foco nos limites e possibilidades de uma prática profissional. Iniciamos a pesquisa com o propósito de analisar como se expressa essa demanda a partir da sua complexidade no espaço da família e as determinações presentes na situação de abuso sexual. O abuso sexual é considerado uma violação de direitos humanos e sexuais. Abusar do corpo e da sexualidade de uma criança pela força, pelo poder, pela coerção e sujeição da vontade do outro por pressão psicológica, intimidação e sedução é um crime. O abuso sexual intrafamiliar é um fenômeno multi facetado, em cuja dinâmica estão articulados aspectos sociais, econômicos, políticos, psicológicos, culturais que não podem ser tratados de forma isolada e nem complementar. O processo de intervenção profissional pressupõe reconhecer a complexidade da demanda numa perspectiva de totalidade e o terreno contraditório sobre o qual as ações profissionais se desenvolvem. A pesquisa teórica acerca do abuso sexual incidiu no entendimento de diversos autores sobre o tema e as suas implicações no contexto da violência intrafamiliar, bem como o seu impacto na vida das crianças. Trata-se de uma pesquisa qualiquantitativa a partir da análise de uma prática desenvolvida em dois casos, dos dados sobre a demanda colhida nos prontuários das crianças vítimas de abuso sexual em atendimento pelo SPS, e dos dados quantitativos em fontes secundárias recolhidos de pesquisas realizadas por órgãos públicos. Como resultado, apontamos os limites e possibilidades constitutivos da prática desenvolvida na garantia dos direitos das crianças, entendendo que a única forma de fazer justiça é lutar por ela de forma justa, acessando a dimensão da cidadania
260

Centro de Referência da Mulher Casa Brasilândia: um estudo sobre o processo de abrigamento de mulheres em situação de risco de morte na cidade de São Paulo

Izumi, Maria Nilda Conceição 04 May 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T14:16:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maria Nilda Conceicao Izumi.pdf: 2250213 bytes, checksum: be525a181e4a5d3219c9053c15c5bf3b (MD5) Previous issue date: 2015-05-04 / This research aims to study the determinations of gender-based violence with the goal to understand the process of institutionalization and deinstitutionalization of women at risk and threat of death who were attended at the Woman's Reference Center (WRC) called Casa Brasilândia. Violence against women is a social question which is the work's object of social workers, and is present in Brazilian society as well as in the world s in its various forms, dimensions and expresses shocking data. The referral to the shelters is offered as an extreme option used to ensure the physical and psychological integrity of women exposed to imminent risk of death and when there are no other possibilities to keep them away of the author's aggression or threat. The theoretical research was based on the categories: gender-based relations, women's movement, domestic violence against women, gender-based violence and institutionalized women. The literature was focused in finding information about domestic violence in electronic sources, as well as in books, magazines, newspapers, journal articles, and quantitative research. The empirical research, which was also qualitative, discovered 72 records of women assisted by WRC and who were sent to shelters from 2011 to 2014. Beyond the documentary research, we interviewed two women so they could speak for themselves about the experience of the being in and out of the shelter. Throughout these two interviews we could understand the meanings that the women attributed to their own experience. We interviewed, also, a social worker and a psychologist (coordinator), both from the technical team of the WRC Casa Brasilândia in order to know what was their comprehension about the process of institutionalization and deinstitutionalization of women who suffered violence and were threatened of death. In the process of institutionalization and deinstitutionalization we could find three stages: 1. the institutionalization, when we analyzed the reasons that led to this decision; 2. the permanence in the shelter and all the difficulties related to rule's compliance and interpersonal cohabitation; 3. the deinstitutionalization, trying to understand the reasons for this, analyzing the risks and possibilities about the physical and emotional integrity of these women. In conclusion, despite of the progress related to the legal protection and organized services, we still face a negligent State and a lack of resources to fight against gender-based violence. This kind of violence is not understood as part of a major situation of violence and as part of the social question which requires public politics to solve / Esta pesquisa tem por foco o estudo das determinações postas na situação de violência de gênero para compreender o processo de abrigamento e desabrigamento das mulheres em situação de risco e ameaça de morte atendidas pelo Centro de Referência da Mulher Casa Brasilândia. A violência contra a mulher é considerada uma das expressões da questão social, objeto de trabalho dos assistentes sociais, está presente na sociedade brasileira e no mundo, nas suas diferentes modalidades e dimensões, e expressa números considerados alarmantes. O encaminhamento para as Casas-abrigo se apresenta como uma medida extrema, necessária para a integridade física e psicológica da mulher nas situações em que se encontra ameaçada e exposta a risco iminente de morte, e não existem alternativas possíveis para mantê-las afastadas do autor da agressão e/ou ameaça. A pesquisa em fontes teóricas incidiu nas categorias: relações de gênero, movimento feminista, violência doméstica contra a mulher, violência de gênero e mulheres abrigadas. A pesquisa bibliográfica consistiu na busca de dados acerca da violência doméstica em fontes eletrônicas, assim como livros, revistas, jornais, artigos científicos e pesquisas quantitativas. A pesquisa empírica, de natureza qualitativa, recaiu no estudo de 72 prontuários de mulheres atendidas pelo CRM e encaminhadas às casas-abrigo no período de 2011 a 2014. Além da pesquisa documental, entrevistamos duas mulheres para que pudessem falar por si mesmas sobre a vivência do processo de abrigamento e desabrigamento, buscando compreender os significados que elas atribuíram ao vivido. Foram entrevistadas, também, uma assistente social e uma psicóloga (coordenadora), da equipe técnica do Centro Referência da Mulher Casa Brasilândia, com o objetivo de conhecer qual o entendimento que estas profissionais têm acerca do processo de abrigamento e desabrigamento de mulheres vítimas de violência e ameaçadas de morte. No processo de abrigamento e desabrigamento, pudemos localizar três momentos: 1. o abrigamento, quando analisamos os motivos que levaram ao abrigamento e a decisão de ingressar no abrigo; 2. a permanência no abrigo, quando se evidenciaram as dificuldades de observância das regras e a convivência interpessoal dentro do abrigo; 3. o desabrigamento, com foco nos motivos do desabrigamento, analisando os riscos e possibilidades postas nessa situação em relação à garantia da integridade física e emocional dessas mulheres. Concluímos que, apesar dos avanços em relação ao marco legal e serviços de atenção à violência doméstica contra a mulher, ainda perdura a omissão do Estado, na medida em que esta expressão da questão social ainda não é percebida como questão de caráter público, que exige estratégias de enfrentamento também públicas

Page generated in 0.1735 seconds