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Depressão, ansiedade e qualidade de vida em mulheres em tratamento de câncer de mamaSantos Júnior, Nilo Coelho 03 March 2010 (has links)
Dissertação (mestrado)-Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2010. / Submitted by Luiza Moreira Camargo (luizaamc@gmail.com) on 2011-06-10T16:48:51Z
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2010_NiloCoelhodosSantosJunior.pdf: 1112662 bytes, checksum: b0d0cedfd4fe313f43f0c766ca0b27b5 (MD5) / Objetivos: avaliar a prevalência de depressão, ansiedade e qualidade de vida em mulheres encaminhadas para atendimento em ambulatório terciário de mastologia, que são acompanhadas durante o diagnóstico e tratamento de câncer de mama. Métodos: estudo observacional de corte transversal, descritivo, analítico e prospectivo, em 25 mulheres em tratamento para câncer de mama, atendidas no ambulatório de mastologia do Hospital Geral de Palmas, Tocantins, no período entre setembro a dezembro de 2009. Para esta pesquisa, foi aplicada a escala hospitalar de ansiedade e depressão (HADS), o questionário de qualidade de vida (WHOQOL-bref) e um formulário com perguntas preenchidas pelo examinador relativas às condições sócio-culturais, dando-se ênfase a antecedentes de eventos estressantes, como perda de parentes próximos, separação ou divórcio ou algum tipo de luto ou perda que pudesse influenciar no aspecto emocional das pacientes antes do diagnóstico. Resultados: Analisando os resultados apresentados, constata-se que 13 pacientes reconhecem que houve eventos estressantes antes do diagnóstico de câncer de mama. Destes eventos, encontra-se 11 pacientes que relacionavam à perda de um parente próximo. Quanto à análise da escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão, os dados apontam que 7 pacientes apresentaram ansiedade e, 4 pacientes apresentaram depressão, sendo 28% e 16% respectivamente. A qualidade de vida foi classificada como intermediária para a maioria das pacientes, destacando-se os domínios relações sociais e meio ambiente, com escores de 15,40 e 15,20, respectivamente. Conclusões: Os resultados apresentados sugerem que os eventos estressantes podem ter influência sobre o surgimento do câncer de mama, e que os fenômenos psicológicos de depressão e ansiedade necessitam de dados mais abrangentes e uma melhor avaliação quanto à utilização dos instrumentos de levantamento de dados nas pesquisas a serem realizadas futuramente. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Objectives: To evaluate the prevalence of depression, anxiety and quality of life in women referred to outpatient care at tertiary mastology, which are followed through the diagnosis and treatment of breast cancer. Methods: observational cross-sectional, descriptive, analytical, prospective study in 25 women treated for breast cancer at the mastology clinic Hospital Geral de Palmas (HGP), Tocantins, in the period from September to December 2009. For this research, the following instruments were applied: the hospital anxiety and depression scale (HADS); the questionnaire of quality of life (WHOQOL-bref) and a form filled by the examiner with questions about the socio-cultural conditions, emphasizing the history of stressful life events such as loss of close relatives, separation or divorce or some sort of grief or loss that could influence the emotional aspect of the patients before diagnosis. Results: Analyzing the results presented, it appeared that 13 patients recognized stressful life events before the diagnosis of breast cancer. These events were related to the loss of a close relative in 11 patients. The analysis of the scale, Hospital Anxiety and Depression, showed that 7 patients had anxiety, and 4 patients had depression, 28% and 16% respectively. The quality of life was classified as intermediate for most patients, highlighting the social relationships and environment, with scores of 15.40 and 15.20, respectively. Conclusions: The results suggest that stressful life events can influence the onset of breast cancer, and psychological phenomena of depression and anxiety require a better assessment in terms of instruments for data collection in studies in the future.
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Reações comportamentais de crianças frente ao tratamento odontológico : relação entre medidas objetivas e medidas subjetivasGomes, Samara dos Santos Rodrigues January 2013 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde,
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, 2013. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2014-01-27T12:10:13Z
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2013_SamaradosSantosRodriguesGomes.pdf: 908080 bytes, checksum: b1e9ca22b0fdbb87203de539be052584 (MD5) / Approved for entry into archive by Patrícia Nunes da Silva(patricia@bce.unb.br) on 2014-01-28T14:54:51Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2013_SamaradosSantosRodriguesGomes.pdf: 908080 bytes, checksum: b1e9ca22b0fdbb87203de539be052584 (MD5) / Durante a infância, o ambiente e os procedimentos odontológicos podem ser fontes de ansiedade e estresse, influenciando de forma considerável o comportamento das crianças e representando uma barreira ao atendimento odontológico. Dessa forma, alterações de comportamento no ambiente odontológico têm sido estudadas extensivamente para possibilitar ao profissional adequações durante o atendimento que resultem em consultas mais amenas. Objetivo. Verificar as reações comportamentais da criança frente à primeira visita ao dentista, analisando e comparando as mudanças fisiológicas, por meio de medidas objetivas (nível de cortisol e alfa-amilase salivar, pressão arterial e frequência cardíaca) com as mudanças psicológicas, por meio de medidas subjetivas (escalas VPT modificada e DAS) e por meio do comportamento (Escala Comportamental de Frankl). Método. Foram selecionadas trinta e duas crianças consideradas saudáveis, sem manifestações clínicas de problemas buco-dentários que pela primeira vez iriam comparecer ao consultório odontológico. Todas as variáveis foram coletadas e avaliadas em quatro momentos: no domicilio da criança (na semana anterior ao atendimento), antes, imediatamente após e 20 minutos decorridos do procedimento odontológico (profilaxia dentaria). Os dados foram analisados por meio de analise de variância, teste Scott-Knott e teste qui-quadrado. Resultados. Os resultados mostraram que a pressão arterial sistólica (PAS) na primeira visita da criança ao dentista (102,7 mmHg), antes atendimento (AA), foi significativamente mais elevada do que a pressão arterial sistólica aferida em domicílio (92,1 mmHg). Na frequência cardíaca as médias avaliadas pela análise de variância, no domicilio (92 bpm), antes do primeiro atendimento (98 bpm) e depois (101 bpm) não diferiram estatisticamente entre si. Os níveis de cortisol antes da primeira consulta ao dentista (AA) (0,205 μg/dl; SD±0,167) foram significativamente maiores (p = 0,0001), do que depois (DA) (0,134 μg/dl; SD±0,071). Os níveis de alfa-amilase aumentaram gradativamente quando avaliados no domicilio, antes e depois do atendimento odontológico. Na avaliação da ansiedade utilizando-se a escala VPT, das 32 (100%) crianças do estudo, 17 (53%) se apresentaram sem ansiedade, 6 (19%) com baixo nível de ansiedade e 9 (28%) com moderado nível de ansiedade. Utilizando-se a escala DAS, dos 32 (100%) responsáveis avaliados, 9 (28%) apresentaram baixo nível de ansiedade, 14 (44%) Na comparação entre o nível de ansiedade das crianças, medido pela escala VPT e o nível de ansiedade dos responsáveis, medido pela escala DAS, os dados mostraram que o nível de ansiedade dos pais foi maior e estatisticamente significante (p=0,01), quando comparado ao nível de ansiedade das crianças. Na associação entre as medidas objetivas (cortisol e alfa-amilase) e a escala comportamental de Frankl, não houve diferença estatisticamente significante entre os níveis de cortisol salivar e de alfa-amilase das crianças classificadas em comportamento definitivamente negativo, negativo, positivo e definitivamente positivo, embora os níveis tenham diminuído progressivamente. Conclusão. De acordo com os resultados e as condições metodológicas ficou demonstrado que a primeira visita ao dentista pode gerar mudanças fisiológicas e que na comparação entre medidas objetivas e subjetivas resultados semelhantes, para um determinado comportamento da criança no ambiente odontológico, foram encontrados. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The environment and dental procedures during childhood can be sources of anxiety and stress, influencing considerably the behavior of children and represents a barrier to dental care. Thus behavioral changes in the dental environment have been studied extensively to enable the professional adjustments during the service that result in milder queries. Objective. Check the behavioral reactions of the child to face first visit to the dentist analyzing and comparing physiological changes, by means of objective measures (salivary cortisol and alpha- amylase, blood pressure and heart rate) with the psychological changes, through measures subjective (modified VPT and DAS scales) and through behavior (Frankl Behavior Scale). Method. Thirty-two children were selected to be healthy, with no clinical manifestations of bucco- dental problems that would first attend the dental office. All variables were recorded and evaluated at four time points: at the domicile of the child (in the week prior to attendance) before, immediately after and 20 minutes into the dental procedure (dental prophylaxis). Data were analyzed using analysis of variance, Scott - Knott test and chi - square test. Results. The results showed that systolic blood pressure (SBP) in the child's first visit to the dentist (102.7 mmHg ) before treatment (BT) was significantly higher than the systolic blood pressure measured at home (92.1 mmHg). Heart rate averages evaluated by variance analysis, in the household (92 bpm), before primary care (98 bpm) and after (101 bpm) did not differ statistically. Cortisol levels before your first visit to the dentist (BT) (0,205 mg / dl, SD ± 0.167) were significantly higher (p = 0.0001) than after (AT) (0.134 mg / dl, SD ± 0.071). The levels of alpha- amylase increased gradually when evaluated in the home before and after dental treatment. In assessing anxiety using the VPT scale of 32 (100 %) children in the study, 17 (53 %) presented without anxiety, 6 (9 %) with low levels of anxiety and 9 (28 %) with moderate level anxiety. Using the scale DAS of 32 (100 %) charge assessed, 9 (28 %) had low anxiety levels, 14 (44 %) in the comparison between the level of anxiety in children, as measured by VPT scale and level of anxiety those responsible, measured by the DAS scale, the data showed that the level of parental anxiety was higher and statistically significant (p = 0.01) compared to the level of anxiety in children. In the association between objective measures (cortisol and alpha-amylase) and the behavioral scale Frankl, no negative positive statistically significant difference between the levels of salivary cortisol and alpha- amylase of children classified as definitely negative behavior, and definitely positive, although levels have gradually decreased. Conclusion. According to the results and methodological conditions demonstrated that the first visit to the dentist can produce physiological changes and the comparison between objective and subjective measures similar results for a particular child's behavior in the dental environment were found.
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Correlações entre produção de citocinas, depressão e ansiedade em pacientes com câncer colorretal em diferentes estágios da terapia antitumoral / Correlation between cytokines, depression, and anxiety in colorectal cancer patients in different stages of the antitumor therapyDiego Oliveira Miranda 09 December 2014 (has links)
O presente estudo teve como objetivo investigar se existe uma correlação entre ansiedade, depressão e níveis séricos de citocinas de pacientes com câncer colorretal em diferentes estágios da terapia antitumoral. Para tanto, utilizamos um total de 100 indivíduos, divididos em cinco grupos amostrais. Grupo 1. Voluntários saudáveis livres de qualquer doença psiquiátrica ou associada com alterações do sistema imune (n=20); Grupo 2. Pacientes com diagnóstico de adenocarcinoma colorretal confirmado e que não foram submetidos à ressecção cirúrgica (n=20); Grupo 3. Pacientes submetidos à ressecção cirúrgica e que não iniciaram a terapia adjuvante (n=20); Grupo 4. Pacientes em tratamento quimioterápico há cerca de 3 meses, independentemente do esquema de quimioterapia aplicado (n=20); Grupo 5. Pacientes que concluíram o esquema de quimioterapia adjuvante há cerca de 6 meses (n=20). Depressão e ansiedade foram analisados utilizando Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) e níveis séricos de IL-1, IL-6, IL-8, IL-10, IL-12, TNF-?, TGF-? e Fractalcina foram mensurados por CBA. Níveis clinicamente relevantes de ansiedade e/ou depressão foram verificados em todos os pacientes com CCR em diferentes estágios da terapia antitumoral. Um padrão de produção semelhante foi observado para as citocinas pró-inflamatórias avaliadas. IL-1, IL-6, IL-8, TNF-? e Fractalcina foram encontradas em níveis elevados nos pacientes com CCR em estágio pré (G2) e pós-operatório (G3). Estes níveis foram, contudo, reduzidos durante (G4) e após (G5) o tratamento quimioterápico. Além disso, verificamos níveis diminuidos de IL-10 no soro dos pacientes dos grupos 2 e 3 (pré e pós-operatório). Ao analisarmos a correlação entre a pontuação HADS e os níveis séricos de citocinas, observamos uma associação positiva de ansiedade e/ou depressão com as concentrações de IL-1, IL-6, IL-8, TNF-? e Fractalcina e negativa com IL-10 em pacientes nos diferentes estágios da terapia antitumoral. Estes resultados indicam haver uma importante correlação entre os níveis séricos de citocinas pró-inflamatórias, ansiedade e depressão em pacientes com câncer colorretal, sugerindo que tais citocinas estão envolvidas na patofisiologia dessas comorbidades / This study aimed to investigate whether there is a correlation between anxiety, depression and serum cytokine levels in colorectal cancer in different stages of the antitumor therapy. A sample of 100 subjects was divided in 5 groups. Group 1: Healthy volunteers free of any psychiatric or immune system disease (n=20); Group 2: Patients with colorectal cancer who did not undergo surgical resection (n=20); Group 3: Patients who underwent surgical resection and who did not start adjuvant therapy (n=20); Group 4: Patients undergoing chemotherapy for about 3 months, regardless of chemotherapy protocols applied (n=20); Group 5: Patients who have completed adjuvant chemotherapy regimen for about 6 months (n=20). Depression and anxiety were analyzed using the Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), and serum levels of IL-1, IL-6, IL-8, IL-10, IL-12, TNF-?, TGF-?, and Fractalkine were measured by CBA. Clinically relevant levels of anxiety and/or depression were found in all CRC patients in different stages of the antitumor therapy. A similar pattern of production was observed for proinflammatory cytokines. Elevated levels of IL-1, IL-6, IL- 8, TNF-?, and Fractalkine were found in CRC patients in pre (G2) and postoperative (G3) stages. However, these levels were reduced during (G4) and after (G5) chemotherapy. Furthermore, we found decreased levels of IL-10 in serum of patients in CRC patients in pre and postoperative stages. By analyzing the correlation between HADS scores and serum cytokine levels, we observed a positive association of anxiety and/or depression with the concentrations of IL-1, IL-6, IL-8, TNF-?, and Fractalkine, and negative with IL-10 in patients in different stages of the antitumor therapy. These results indicate an important link between serum levels of proinflammatory cytokines, anxiety and depression in CRC patients, suggesting that such cytokines are involved in the pathophysiology of these comorbidities
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Depressão, estresse e ansiedade: um enfoque sobre a saúde mental do trabalhador / Depression, stress and anxiety: a focus on the worker\'s mental healthRejane Ospedal Salomão Gavin 27 August 2013 (has links)
Depressão, estresse e ansiedade são condições comuns no contexto laboral e coexistem num mesmo indivíduo, criando relações que necessitam de uma melhor compreensão. Objetivos: identificar a associação entre sintomatologia depressiva e variáveis sociodemográficas, características de trabalho, exposição ao estresse ocupacional e condições de saúde mental entre trabalhadores de uma universidade pública do interior de São Paulo. Método: estudo epidemiológico, descritivo- exploratório, de corte transversal, com amostra de 925 indivíduos. Os instrumentos de coleta de dados foram: Questionário de Dados Sociodemográficos (QSD), Job Stress Scale (JSS), Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), Inventário de Depressão de Beck (BDI) e Alcohol Use Disorder Identification Test (AUDIT). Os dados foram submetidos à estatística descritiva e analítica. Resultados: A amostra foi composta por uma maioria de mulheres (54,9%); na faixa etária de 40 a 49 anos (40,5%); com ensino superior completo (51,0%); sendo praticantes de alguma religião com 93,6%; casados (66,4%); com filhos (69,0%); exercendo função de nível médio (52,9%); tempo de exercício no trabalho de até 10 anos (45,9%). Estavam altamente expostos ao estresse ocupacional 18,7% da amostra, 13,2% faziam uso problemático de álcool e 6,6% referiram problemas por uso de álcool. Na análise bivariada, as chances de ocorrência de depressão foram significantes para as variáveis demanda psicológica no trabalho, controle no trabalho, apoio social no trabalho, ansiedade e problema autorreferido por uso de álcool. Estas variáveis foram incluídas no modelo de análise múltipla com aquelas que apresentaram p<0,20, incluindo-se a alta exposição ao estresse ocupacional (p=0,195) e o uso problemático de álcool (p=0,055). A partir da análise multivariada, foram mantidos no modelo final de associação com a depressão: o controle sobre o trabalho executado (OR=0,95; IC 95%=0,89-1,00)), o apoio social (OR=0,85, IC 95%=0,80-0,90), a ansiedade (OR=5,97; IC 95%=4,14-8,60) e os problemas autorreferidos por uso de álcool (OR=2,76; IC 95%=1,51-5,04). Conclusão: A ansiedade e os problemas autorreferidos por uso de álcool apresentaram-se como fator de risco para a depressão. O controle sobre o trabalho exercido e o apoio social apresentaram-se como fatores de proteção para a sintomatologia depressiva entre os trabalhadores investigados / Depression, stress and anxiety are common conditions in the employment context and coexist in the same individual, creating relationships that need better understanding. Objectives: To identify the association between depressive symptoms and sociodemographic variables, job characteristics, exposure to occupational stress and mental health conditions among workers at a public university in the state of São Paulo. Method: epidemiological, descriptive, exploratory, cross-sectional study with a sample of 925 individuals. The instruments for data collection were: Questionnaire of sociodemographic data (QSD), Job Stress Scale (JSS), Beck Anxiety Inventory (BAI), Beck Depression Inventory (BDI) and the Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT). Data were submitted to descriptive and analytical statistics. Results: The sample was composed of a majority of women (54.9%), aged 40-49 years (40.5%), with higher education (51.0%); practice a religion with 93,6%; married (66.4%), with children (69.0%); exercising technical function (52.9%), time working in the institution up to 10 years (45.9%). Were highly exposed to occupational stress 18.7% of the sample, 13.2% had problematic alcohol use, 6.6% reported alcohol use problems. In bivariate analysis the chances of occurrence of depression were significant for the variables: psychological demands at work, job control, social support at work, anxiety and self-reported problem for alcohol use. These variables were included in the multivariate analysis model along with those with p <0.20, including high exposure to occupational stress (p=0.195) and problematic alcohol use (p=0.055). From the multivariate analysis, remained in the final model of association with depression: control over the work performed (OR=0.95, CI 95%=0.89-1.00), social support (OR=0.85, CI 95% = 0.80-0.90), anxiety (OR=5.97, CI 95%=4.14-8.60) and problems self-reported alcohol use (OR=2.76, CI 95%=1.51 to 5.04). Conclusion: The self-reported problems by the use of alcohol and anxiety showed to be risk factors for depression. The job control and social support had performed as protective factors for depressive symptoms among the investigated workers. Descriptors: Stress, anxiety, depression, mental health
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Efeitos de diferentes modelos de estresse crônico sobre parâmetros neuroquímicos e comportamentos do tipo ansioso e do tipo depressivo em ratosCrema, Leonardo Machado January 2011 (has links)
Na presente tese, nós estudamos os efeitos do estresse crônico repetido (CRS) e do estresse crônico imprevisível moderado (UCMS) sobre comportamentos do tipo- ansioso e do tipo- depressivo na tentativa de estabelecer possíveis diferenças comportamentais sobre os modelos de estresse. Além disso, verificar os efeitos de ambos os modelos sobre parâmetros bioquímicos como a atividade da enzima Na+, K+-ATPase e o binding dos receptores de adenosina A1 (A1Rs) e A2A (A2ARs) no hipocampo e estriado, respectivamente, de ratos machos adultos Wistar. Nos dois trabalhos apresentados neste estudo, os animais foram submetidos ao CRS e ao UCMS durante 40 dias e subsequentemente foram avaliados em uma série de tarefas comportamentais para estudo de comportamentos do tipo- ansioso e do tipo- depressivo. O primeiro artigo demonstrou que ratos submetidos ao CRS e UCMS apresentaram comportamento do tipo- ansioso, analisado pela diminuição na permanência nos quadrados centrais na tarefa do campo aberto. Além disso, foi demonstrada uma diminuição da atividade da enzima Na+, K+-ATPase na amígdala desses ratos, não sendo, todavia, observado alteração do imunoconteúdo da enzima. Adicionalmente, com o objetivo de elucidar as possíveis causas da diminuição da atividade da Na+, K+-ATPase,medimos diversos parâmetros de estresse oxidativo, porém não obtivemos qualquer diferença significativa nessas medidas, capaz de explicar, ao menos em parte, uma possível causa dessa diminuição da Na+, K+-ATPase na amígdala dos ratos estressados cronicamente. No segundo trabalho, somente o UCMS foi capaz de induzir comportamento do tipo- depressivo, verificado pelo aumento no tempo de imobilidade no teste do nado forçado. Este comportamento tem sido interpretado como desamparo aprendido. Desse modo, utilizamos somente o UCMS como variável para o consumo de solução de sacarose 1%. Este consumo foi monitorado semanalmente, durante oito semanas. De fato, UCMS foi capaz de induzir diminuição no consumo de solução de sacarose, comportamento entendido como anedonia, perda de motivação em situações prazerosas. Uma vez estabelecidas as diferenças comportamentais entre CRS e UCMS, verificamos alterações no sisterma adenosinérgico ao analisarmos os A1Rs e os A2ARs. Demonstramos uma similaridade no binding de A1Rs, aumentando Bmax com aumento do imunoconteúdo dos A1Rs tanto no CRS quanto no UCMS. Interessantemente, quanto ao binding de A2ARs, o grupo UCMS mostrou-se diferente do CRS, com aumento de Bmax para A2AR. Em suma, concluímos que os dois modelos de estresse crônico causaram alterações similares na atividade da Na+, K+-ATPase na amígdala de ratos, e ambos os grupos estressados aumentaram o comportamento do tipo- ansioso e sensibilização (up-regulation) de A1Rs no hipocampo. Por outro lado, somente UCMS foi capaz de induzir desamparo aprendido, anedonia e aumento no binding de A2ARs no estriado. Enfim, acreditamos que estas alterações neuroquímicas e comportamentais expostas na presente tese possam servir no refinamento do conhecimento básico para posteriores interesses no melhoramento de terapias farmacológicas sobre psicopatologias. / The aim of this dissertation was to study the effects of Chronic Restraint Stress (CRS) and Unpredictable Chronic Mild Stress (UCMS) upon anxiety-like and depressive-like behaviors in order to establish possible behavioral differences between CRS and UCMS. In addition, we aimed to verify effects of both stress models upon biochemical parameters such as Na+, K+-ATPase activity and binding of the A1 (A1Rs) e A2A (A2ARs) adenosine receptors in hippocampus and striatum, respectively, in adult male Wistar rats. In all studies, the animals were submitted to CRS and UCMS during 40 days; the control group was no submitted to any kind of stress, and subsequently all groups were submitted to behavioral tasks to evaluate anxiety-like and depressive-like behaviors. The first paper demonstrated that both stress models (CRS and UCMS) were able to increase anxiety-like behavior evaluated as the time in the central area of the open field task. Additionally, there was decreased Na+, K+-ATPase activity in amygdala of stressed rats. Besides that, there were no alterations in α 3 subunit immuncontent. We tried next to elucidate possible causes for the decreased Na+, K+-ATPase activity, and we measured several oxidative stress parameters, however no important differences were detected in this analysis, that could explain, at least in part, the possible causes of a decrease in Na+, K+-ATPase activity in amygdala of chronically stressed rats. On the other hand, only the UCMS group was able to induce depressive-like behavior, displayed by increased immobility time on the forced swimming test, which has been interpreted as learning helplessness. Therefore, we next studied if UCMS could lead to altered consumption of sucrose 1%, and this consumption was monitored weekly during eight weeks. Indeed, UCMS was able to induce decreased consumption of sucrose solution, a response that was considered as anhedonia, lost of motivation for pleasant situations. Once these behavioral differences between CRS and UCMS were detected, we studied possible alterations on the adenosinergic system, analyzing A1Rs e A2ARs We showed similarities on the effects of both types of chronic stress on A1Rs binding, since both increased Bmax as well as A1Rs immunocontent. Interestingly, when we analyzed A2ARs binding, only UCMS increased A2ARs Bmax. Finally, we concluded that CRS and UCMS were capable of inducing similar alterations in Na+, K+-ATPase activity in amygdala of rats. Additionally, both stressed groups increased anxiety-like behavior and showed up-regulation in hippocampal A1Rs. Besides, UCMS was able to induce learned helplessness, anhedonia and up-regulation in striatal A2ARs. It is expected that the behavioral and biochemical changes presented in this dissertation could refine the basic knowledge in this area, improving pharmacological therapies to treat psychopathologies.
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Avaliação do sono e sua relação com sintomas depressivos e ansiosos em pacientes do sexo feminino com transtornos psiquiátricos hospitalizadasLeite, Cristina Silveira Moraes January 2004 (has links)
Resumo não disponível
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Efeito da ovariectomia sobre parâmetros do metabolismo energético e comportamentais em ratas adultasLüdtke, Vanize Mackedanz January 2011 (has links)
A menopausa se caracteriza pela diminuição dos níveis plasmáticos de estrógeno em mulheres. Dados na literatura mostram o papel neuroprotetor desse hormônio e sugerem que a privação estrogênica está associada à patogenia de condições neurodegenerativas e ao aparecimento de distúrbios emocionais, como a ansiedade. Neste contexto, é descrito que mulheres pós-menopáusicas são mais vulneráveis a esses distúrbios do que as mulheres jovens. No presente trabalho, avaliamos os efeitos da ovariectomia, um modelo animal de depleção hormonal ovariana, sobre alguns parâmetros bioquímicos e comportamentais em ratas adultas. Inicialmente, investigamos o efeito da ovariectomia sobre alguns parâmetros do metabolismo energético (Na+,K+-ATPase, piruvato quinase e enzimas da cadeia respiratória) em estriado de ratas adultas. Resultados mostraram que a ovariectomia aumenta as atividades das enzimas Na+,K+-ATPase, succinato desidrogenase e complexo II. Também verificamos o efeito da ovariectomia sobre a atividade da creatina quinase nas frações citosólica e mitocondrial preparadas a partir de hipocampo de ratas. Nossos resultados mostraram que a ovariectomia aumentou significativamente a atividade da creatina quinase citosólica, mas não alterou a atividade da creatina quinase na fração mitocondrial de hipocampo de ratas adultas. Finalmente, investigamos o efeito da ovariectomia sobre o comportamento tipo-ansiedade em ratas adultas. Observamos que o comportamento dos animais na tarefa do labirinto em cruz elevado e no teste da caixa claro-escuro não foi alterado pela ovariectomia. Em conjunto esses resultados podem colaborar, pelo menos em parte, para o entendimento de alguns sintomas relacionados à menopausa. Entretanto, mais estudos serão necessários a fim de elucidar os mecanismos envolvidos na depleção estrogênica. / Menopause is characterized by decreased plasma levels of estrogen in women. Literature data show the neuroprotective role of this hormone and suggest that estrogen deprivation is associated with the pathogenesis of neurodegenerative conditions and with the emergence of emotional disorders such as anxiety. In this context, it is reported that postmenopausal women are more vulnerable to these disorders than younger women. In this study, we evaluated the effects of ovariectomy, an animal model of hormonal depletion on some biochemical and behavioral parameters in female adult rats. Initially, we investigated the effect of ovariectomy on some parameters of energy metabolism (Na+,K+-ATPase, pyruvate kinase and respiratory chain enzymes) in striatum of female adult rats. Results showed that ovariectomy increases the activity of the enzymes Na+,K+-ATPase, succinate dehydrogenase and complex II. We also tested the effect of ovariectomy on the creatine kinase activity in cytosolic and mitochondrial fractions prepared from hippocampus of female rats. Our results showed that ovariectomy significantly increased the activity of cytosolic creatine kinase, but did not alter the activity of creatine kinase in the mitochondrial fraction of hippocampus of female adult rats. Finally, we investigated the effect of ovariectomy on anxiety-like behavior in female adult rats. We observed that the animal behavior in the elevated plus maze task and in light-dark box test was not affected by ovariectomy. Taken together these results may contribute, at least in part, to the understanding of some symptoms related to menopause. However more studies are needed to elucidate the mechanisms involved in estrogen depletion.
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O impacto da frequência do exercício físico sobre proteínas sinápticas e o comportamento de ratos durante a fase adulta e no envelhecimentoCosta, Marcelo Silveira da January 2012 (has links)
O exercício físico regular e/ou maiores níveis de atividade física tem contribuído para a redução do risco de doenças degenerativas e para melhorar a qualidade de vida. Estes benefícios são mais evidentes quando o corpo humano vai se tornando mais vulnerável, seja pelo processo natural de envelhecimento ou pelo acometimento de doenças. Entretanto, a quantidade adequada de exercícios físicos para a saúde e qualidade de vida ainda é muito discutida. Desta forma, o objetivo desta tese foi verificar o efeito da frequência semanal (1, 3 e 7 dias por semana) da corrida em esteira (20 minutos por sessão, intensidade moderada) em ratos durante a fase adulta e no envelhecimento. No primeiro trabalho foi observado um comportamento ansiogênico associado ao envelhecimento. Entretanto, a frequência de 1 dia por semana foi capaz de reverter esse efeito da idade. Todas as frequências de corrida em esteira causaram um aumento na ansiedade nos ratos adultos. Não encontramos nenhuma relação da ansiedade com o imunoconteúdo hipocampal dos receptores de adenosina A1 e A2A. Entretanto, o treinamento em esteira foi capaz de reverter o aumento no imunoconteúdo do A2A mediada pelo envelhecimento, sendo o efeito da corrida realizada 7 dias/semana mais pronunciado. Este efeito sobre o receptor A2A pode estar associado aos aspectos neuroprotetores do exercício físico. No segundo trabalho, observamos que o exercício físico não afetou a memória de curta e longa duração nas tarefas de reconhecimento de objetos e esquiva inibitória nos ratos adultos. Porém, as memórias de curta e longa duração foram prejudicadas pela idade na tarefa de reconhecimento de objetos, mas a corrida em esteira realizada 1 dia/semana reverteu esse efeito. A idade causou uma redução no desempenho da memória de curta duração na tarefa de esquiva inibitória. A corrida realizada 1 dia/semana prejudicou as memórias de curta e longa duração nesta tarefa nos ratos de meia idade. A idade causou um aumento no imunoconteúdo hipocampal de BDNF com uma concomitante redução de seu receptor, TrkB, o que está relacionado com o prejuízo cognitivo associado à idade. Foi encontrado um aumento no precursor do BDNF, pró-BDNF, com o treinamento realizado 7 dias por semana nos animais de meia idade, mas um ligeiro aumento no TrkB no grupo treinado 1 dia/semana poderia explicar a reversão do prejuízo da memória de reconhecimento associada à idade. Nos ratos adultos foi encontrado um aumento do pró-BDNF e do BDNF no grupo treinado 1 dia/semana e uma redução do TrkB em todos os grupos submetidos à corrida em esteira. Apesar destas alterações decorrentes do exercício físico nos ratos adultos não influenciarem no desempenho das tarefas de aprendizagem e memória, a redução do TrkB poderia ter contribuído para que os animais submetidos ao treinamento físico não apresentassem desempenhos cognitivos superiores ao grupo sedentário. Assim sendo, a frequência da corrida em esteira e a idade afetaram as respostas nas tarefas de memória e na adaptação neurotrófica no hipocampo. O trabalho 3 verificou o efeito de praticar exercício físico apenas um dia/semana até à exaustão versus 3 dias/semana em intensidade moderada em ratos adultos. A corrida em esteira causou um comportamento ansiogênico, independente do protocolo de exercício. A corrida realizada 1 dia/semana até a exaustão causou uma redução no comportamento exploratório e locomotor e um prejuízo na memória de reconhecimento. Desta forma, a prática de exercícios físicos apenas um dia/semana até à exaustão altera o comportamento e prejudica a memória. Em conclusão, esta tese mostra a importância do controle da frequência semanal do exercício físico para um melhor entendimento das respostas comportamentais e neuroquímicas mediadas pelo exercício físico crônico em diferentes idades. / Physical exercise is considered an important alternative in reducing the risk of many diseases and improves the quality of life. These benefits are most evident when the body becomes more vulnerable, either through the natural process of aging or in the onset of neurodegenerative disease. However, the amount of exercise for these benefits is unkwon. Thus, the objective of this study was to investigate the effect of treadmill running frequency (1, 3 and 7 days per week), 20 minutes per session at moderate intensity, in adult and middle-aged adults. In the first study, we observed an age-related anxiety. However, the frequency of 1 day/week reversed the age effect. All treadmill running frequencies caused an increase in anxiety-related behavior in adult rats. However, no correlation between anxiety-related behavior and hippocampal adenosine A1 and A2A receptors densities was found. However, treadmill training reversed the age-related increase in the A2A receptor with the more pronounced effect in the treadmill running 7 days/week rats. This effect on the A2A receptor may be associated with neuroprotective aspects of physical exercise. In the second study, treadmill running was not affected the short and long-term memories in the object recognition and inhibitory avoidance tasks in adult rats. The short and long-term memories were affected by aging in the object recognition task, but treadmill running 1 day/week reversed this effect. Age caused a reduction in the performance of short-term memory in inhibitory avoidance task. In middle-aged rats, treadmill running 1 day/week worsened the short and long-term memories in this task. Age caused an increase in the hippocampal BDNF density with a concomitant reduction of its receptor, TrkB, which is correlated with age-related cognitive impairment. In middle-aged rats, an increase in the precursor of BDNF, pro-BDNF, was found in the treadmill running 7 days/week, but a slight increase in TrkB in the treadmill running 1 day/week could explain the reversal of age-related memory recognition impairment. In adult rat, we found an increase in pro- BDNF and BDNF in the treadmill running 1 day/week and a reduction of TrkB in all groups submitted to treadmill running. Despite these changes promoted by physical exercise in the adult rats does not influence the performance in the learning and memory tasks, reduced TrkB could have contributed to the animals submitted to exercise training did not show higher cognitive performance than the sedentary group. Thus, the treadmill running frequency and age affect responses in the memory tasks and in hippocampal neurotrophic adaptations. The third study investigated the effect of physical exercise just 1 day/week to exhaustion versus 3 days/week at moderate intensity in adult rats. The treadmill running caused anxiety-related behavior, independent of exercise protocol. The running 1 day/week to exhaustion caused a reduction in exploratory and locomotor behavior and impairment in recognition memory. Thus, the practice of exercises 1 day/week until exhaust, as seen in so-called "weekend athletes", changes the behavior and impairs memory. In conclusion, this thesis shows the importance to control exercise frequency for a better understanding of its responses in the CNS and behavior according to the age.
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Investigação do mecanismo de indução de distúrbio comportamental em ratos Wistar adultos perante suplementação com vitamina AOliveira, Marcos Roberto de January 2010 (has links)
Fora o papel de micronutriente essencial à manutenção da fisiologia celular de mamíferos, a vitamina A é utilizada como fármaco no tratamento de patologias que vão desde distúrbios dermatológicos até certas formas de câncer. Embora a utilização de vitamina A na clínica venha sendo considerada segura, trabalhos mostram que a toxicidade exercida pela vitamina A atinge praticamente qualquer tecido, com conseqüências que podem comprometer a qualidade de vida do paciente. Além disso, o consumo inadvertido de vitamina A na forma de ésteres de retinol (palmitato de retinol, acetato de retinol) adicionados a alimentos colabora para a aquisição de mais vitamina A além daquilo recomendado para a vida saudável. Alguns estudos mostram que, a nível cognitivo, a ingestão excessiva de vitamina A pode levar à irritabilidade, distúrbios do sono, distúrbios alimentares, ansiedade, déficits de aprendizado e de memória, depressão e tentativa de suicídio. No entanto, embora estes efeitos sejam alarmantes e, mais preocupante, possam atingir indivíduos que não têm histórico de doença mental na família, não se tem uma clara visão acerca dos mecanismos envolvidos no desenvolvimento destes males. Então, decidimos investigar, neste trabalho, as conseqüências de uma suplementação com vitamina A na forma de palmitato de retinol nas doses de 1000, 2500, 4500 e 9000 UI/kg.dia-1 por 28 dias sobre os estados redox e bioenergético de regiões cerebrais envolvidas em disfunções neuropsiquiátricas como ansiedade e depressão (substantia nigra, estriado, hipocampo, hipotálamo, córtex frontal, córtex cerebral total e cerebelo) em ratos Wistar machos adultos (3 meses). Ainda, analisamos o imunoconteúdo de α- e β- sinucleínas, bem como o do receptor para produtos terminais de glicação avançada (RAGE) e do receptor dopaminérgico D2. Também avaliamos o efeito da vitamina A sobre a quantidade de fator de necrose tumoral-α (TNF-α) e o destino celular via ativação das enzimas pró-apoptóticas caspase-3 (via intrínseca) e caspase-8 (via extrínseca). Além destes parâmetros, observamos o comportamento dos animais em campo aberto e em três tarefas diferentes de abordagem de depressão. Encontramos disfunção mitocondrial considerando a cadeia transportadora de elétrons, aumento na quantidade de α-sinucleína e de RAGE, diminuição no nível de receptor D2 e aumento na atividade de caspase-3. A nível comportamental, a suplementação com vitamina A induziu ansiedade, mas não depressão neste modelo experimental. Assim, tais alterações, algumas vezes globais no sistema nervoso central (SNC) dos animais, podem ter um importante papel no desenvolvimento de distúrbio cognitivo, como ansiedade e, provavelmente, possa causar uma facilitação para o estabelecimento de futura neurodegeneração e declínio cognitivo. / In addition to the role of essential micronutrient to the maintenance of mammalian cells physiology, vitamin A has been utilized as an alternative drug during therapy of diseases that vary from dermatological disturbances to some types of cancer. Even thought the clinical utilization of vitamin A has been take as safe, some works demonstrate that the toxicity elicited by vitamin A affects virtually any tissue, leading to decreased life quality. Furthermore, inadvertent intake of vitamin A through vitamin A esters added to food facilitates the acquisition of excessive vitamin A. Some studies have shown that excessive vitamin A intake may induce cognitive decline, including irritability, sleep disturbances, metabolic impairments, anxiety, decreased capacities to learn and memory, depression, and suicide ideation. Nevertheless, even thought the alarming effects seen here and, more concerning, may affect subjects without prior clinical history to mental illness, the mechanisms around the development of such effects are not completely understood. Then, we decided to investigate here the consequences of vitamin A supplementation as retinol palmitate at 1000, 2500, 4500, or 9000 IU/kg.day-1 for 28 days on redox and bioenergetics states in cerebral regions that may be affected during neuropsychiatric dysfunctions, for instance anxiety and depression (substantia nigra, striatum, hippocampus, hypothalamus, frontal cortex, total cerebral cortex, and cerebellum), in adult male Wistar rats (90 days old). Moreover, we analyzed the amount of α- e β-synucleins, as well as that of receptor for advanced glycation end products (RAGE) and dopaminergic receptor D2. We also investigated the effect of vitamin A supplementation on tumor necrosis factor-α (TNF-α) levels and, regarding cell fate, we quantified caspase-3 (intrinsic pathway) and caspase-8 (extrinsic pathway) enzyme activity, which are pro-apoptotic enzymes. In addition to these molecular parameters, we have observed rat behavior in an open field apparatus and during three different tasks related to the study of depression. Overall, we found mitochondrial dysfunction regarding the mitochondrial transfer chain, increased amounts of α-synuclein and RAGE, decreased D2 levels, and increased caspase-3 enzyme activity. Regarding rat behavior, vitamin A supplementation induced anxiety-like behavior, but not depressionrelated behavior in this experimental model. Concluding, the effects elicited by vitamin A supplementation, which were observed to affect virtually any rat brain region investigated here, may take an important role during cognitive impairment, as for example anxiety, and it is plausible that this vitamin may induce a facilitation to future neurodegeneration and cognitive decline.
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Estresse no período pré-pubere e exposição crônica a dietas hiperpalatáveis : avaliação do comportamento do tipo ansioso e de alterações bioquímicas em ratos machos adultosArcego, Danusa Mar January 2013 (has links)
A pré-puberdade é um período crítico para a maturação final dos circuitos neuronais que controlam a homeostase energética e as respostas ao estresse. Exposição a estressores e a dietas hiperpalatáveis neste período de desenvolvimento podem modificar o processo de maturação e causar mudanças comportamentais e neuroquímicas na idade adulta. Desta forma, o objetivo deste estudo é verificar os efeitos da exposição ao estresse por isolamento social no período pré-pubere e o acesso crônico a dietas hiperpalatáveis sobre comportamento do tipo ansioso e alterações metabólicas e neuroquímicas, em ratos machos adultos. Os animais que foram isolados apresentaram um comportamento do tipo ansiolítico no Labirinto em Cruz Elevado, e o mesmo foi observado nos animais isolados com acesso a dieta hiperlipídica. Já os animais estressados com acesso a dieta rica em carboidratos apresentaram comportamento oposto, ou seja, do tipo ansiogênico. Foram observadas mudanças metabólicas principalmente nos animais que receberam dieta rica em gordura (aumento do peso corporal, gordura abdominal, assim como aumento da glicose plasmática e da atividade da colinestarese plasmática) e a maioria desses efeitos foram aumentados com a exposição ao estresse. A dieta hiperlipídica associado ao estresse também afetou o perfil lipídico aumentando LDL-colesterol nesses animais. Além disso, exposição ao estresse levou a um desequilíbrio oxidativo no fígado, com aumento da produção de espécies reativas, assim como aumento da atividade de enzimas antioxidantes (Superóxido dismutase e Catalase), e esses efeitos foram acentuados com o acesso à dieta hiperlipídica (que também causou uma grave redução na atividade da Glutationa peroxidase). No hipocampo, o estresse levou a uma diminuição da atividade das enzimas antioxidantes, do conteúdo de tióis totais e da atividade dos complexos II e IV da cadeira respiratória mitocondrial. A dieta hiperlipídica quando associada ao estresse reverteu esses efeitos. A partir dos resultados encontrados, concluiu-se que o período pré-pubere representa um período crítico para intervenções durante o desenvolvimento, e o estresse nesse período leva a alterações comportamentais, metabólicas e neuroquímicas na idade adulta, diminuindo o comportamento do tipo ansioso e aumentando a suscetibilidade ao estresse oxidativo tanto no fígado como hipocampo. Esse desfecho, porém dependem do tipo de dieta a que o animal tem acesso. / The pre-puberty period is critical for the final maturation of neural circuits that control energy homeostasis and stress responses. Exposure to stressors and palatable diets in this period of development may alter the maturation process and cause behavioral and neurochemical changes in adulthood. Thus, the objective of this study is to investigate the effects of exposure to stress by social isolation in the prepubertal period and of chronic access to palatable diets on anxious-like behavior, and on metabolic and neurochemical changes in liver and hippocampus of adult male rats. The animals that were isolated showed an anxiolytic-like behavior in the Plus Maze test, and the same was observed in isolated animals with access to high-fat diet. The stressed animals with access to high-carbohydrate diet showed opposite behavior; in other words, they presented anxiogenic-like behavior. Metabolic changes were observed mainly in animals fed high-fat diet (increased body weight, abdominal fat, as well as increased plasma glucose and plasma cholinesterase activity), and most of these effects were further increased by exposure to stress. The high-fat diet associated with stress also affected the lipid profile by increasing LDL-cholesterol in these animals. Furthermore, exposure to stress led to an oxidative imbalance in the liver, by increasing production of reactive species, and the activity of antioxidant enzymes (Catalase and Superoxide dismutase), and these effects were accentuated with access to high-fat diet (which also caused a severe reduction in Glutathione peroxidase activity). In the hippocampus, stress led to decrease in antioxidant enzymes activities, total thiol content and activity of complexes II and IV of the mitochondrial respiratory chair. However, high-fat diet, when associated with stress, reversed these effects. Taken together, we concluded that the prepubertal period is a critical period for interventions during development, and stress during this period leads to behavioral, metabolic and neurochemical changes in adulthood, decreasing anxious-like behavior and increasing the susceptibility to oxidative stress in liver and hippocampus, and these effects will differ depending on the type of diet to which the animal has access.
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