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Discurso da criatividade: lógicas de produção, convocações para o consumo e gestão de si / Creativity discourse: logic of production, consumption and calls for self managementOliveira, Adriana Lima de 28 March 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-03-28 / This paper aims to make a discourse analysis of creativity and its call for strategies both for the consumer and the management of himself intensely present in communicational processes of the
contemporary society. Considering the changes in the political and economic scenario of mature capitalism and the consequent intensification of relations and exchanges in a market which appears
increasingly flexible and fluid, the discourses of creativity and its visibility systems can be understood as biopolitical calls? Based on this questioning, we have investigated how the logicof these discourses is produced in a context that promotes creativity as an economic and social asset, for we have hypothesized that the economic discourse [expressible], classifies and represents creativity [object] and the creative person [subject] throgh whom this discourse is materialized on the market [visible] under a neoliberal perspective. So from this new status [being creative], the subject is able to find new ways of grouping, now has a creative [qualified]capital [knowledge]. To do so, we have elected government discourse as an example for this analysis and theoretical affiliation from the concepts of discourse and biopolitics proposed by Michel Foucault, linked to communication studies and consumption. Faced with this project, three analytical lenses have been mobilized: discourse, the device and governmentality. Presently, capitalism, which places 'knowledge' in the center of the production process, people with ideas [people who own ideas] are considered to be more powerful than those operating machines, and in many cases even more than those who have machines. But that does not mean all are included. Such an ideal creative society, in which in which hierarchy was gone and everyone was able to cooperate, must be questioned once it would envolve all meanings for inclusion as something because it takes the sense of the term inclusion as something hegemonic, universal and unproblematic. / O presente trabalho traz uma análise do discurso da criatividade e suas estratégias de convocação para o consumo e para a gestão de si presentes de modo intenso nos processos comunicacionais da
sociedade contemporânea. Considerando as transformações no cenário político e econômico do capitalismo maduro e a consequente intensificação das relações e trocas em um mercado que se mostra cada vez mais flexível e líquido, os discursos da criatividade e seus regimes de visibilidade podem ser entendidos como convocações biopolíticas? Com base neste questionamento, investigamos como se dá a lógica de produção desses discursos em um contexto em que se promove a criatividade como ativo econômico e social, pois temos como hipótese que o discurso econômico [enunciável], classifica e traduz a criatividade [objeto] e o criativo [sujeito] que se materializa no mercado [visível] sob a perspectiva neoliberal. Assim, a partir desse novo status [ser criativo], o sujeito está apto a buscar novas formas de agrupamento, passa a ter um capital [conhecimento] criativo [qualificado]. Para tanto, elegemos o discurso governamental como exemplar para esta análise e uma filiação teórica a partir dos conceitos de discurso e biopolítica propostos por Michel Foucault, articulados aos estudos de comunicação e consumo. Diante de tal empreendimento, três lentes de análise foram mobilizadas nesta trajetória: o discurso, o dispositivo e a governamentalidade. No atual estágio do capitalismo que coloca o saber no centro do processo produtivo, as pessoas com ideias [pessoas que detêm ideias] apresentam-se mais poderosas do que aquelas que operam máquinas e, em muitos casos, até do que aquelas que possuem máquinas. Mas isso não significa todos incluídos. Há de se questionar esse ideal de sociedade criativa na qual a hierarquia teria desaparecido e todos estão aptos a colaborar, uma vez que toma os sentidos do termo inclusão como algo hegemônico, universal e não problemático.
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O Biodireito, a Bioética: correlações com a Biopolítica em Michel FoucaultFreitas, Patrícia Marques 21 August 2018 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2018-09-26T10:04:08Z
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Previous issue date: 2018-08-21 / This study aims to analyze how Michel Foucault’s Biopolitics notion may have contributed to Biolaw and Bioethics by developing studies on eugenics and biological racism as the backbone of the relation between Biopolitics, Bioethics and Biolaw. For that, the bibliographical research method was chosen. In order to understand the meaning of Biopolitics — that is the extension of the State power controlling bodies and institutionalizing policies to discipline, regulate and rule over the aforementioned body —, Foucault’s genealogical period writings were scrutinized. This study is divided in four parts, for the sake of better understanding the research problem. The first and the second focuses on studying Michel Foucault’s Biopolitics and it was decided to start with “Dits et écrits”, volume II, translated into Portuguese, where Foucault starts criticizing the biological aspects. Then, we move to Microphysics of power, first mentioned in “Birth of Social Medicine”, when Foucault used the term Biopolitics for the first time. After that, “The Will to Knowledge”, volume I, about the History of sexuality, is used as it discusses Biopolitics further. Next, this study dives into courses taught by Foucault at Collège de France, more specifically in the course “In Defense of Society” (1976), followed by “Security, Territory, Population” (1977-1978), and, finally, “Birth of Biopolitics” (1978-1979). This way, it is shown in the end what Michel Foucault understood as Biopolitics, in a conceptual mapping in order to build the theoretical reference for this study. The third part of this work focuses on the historic journey that paved the road for Bioethics, in a way of consolidating it as part of practical philosophic ethics, related to ethical behavior of health care professionals. Biolaw is stressed by analyzing historical context when it was created and its driving principles as well. Forth part makes explicit how eugenics, which was part of Foucault’s analysis on Biopolitics — that is stated in his analysis of the degeneration theory —, and themes currently related to Biolaw and Bioethics, under the perspective of the growing human need of “race improvement” / A presente pesquisa visa analisar a possível contribuição da noção de Biopolítica em Michel Foucault para uma área do saber vinculada ao Direito, conhecida como Biodireito, e, à própria Bioética, através do estudo da eugenia e do racismo biológico, como fios condutores dessa correlação entre os temas da Biopolítica, Bioética e Biodireito. Com o propósito de realizar tal finalidade foi utilizada a metodologia bibliográfica em que se fez um recorte nos escritos de Michel Foucault, correspondente ao período da genealogia, para que se pudesse compreender o significado da Biopolítica, entendida pelo processo de estatização do biológico, no qual se revela o controle do corpo por parte do Estado e pela institucionalização de políticas que disciplinam, regulam e normalizam este corpo. Para a compreensão do problema de pesquisa proposto, o trabalho divide-se em quatro capítulos. O primeiro e o segundo dedicam-se ao estudo da Biopolítica em Michel Foucault, por isso, foi trilhado um caminho que se inicia com Ditos e escritos, v. II, no qual já aparecem as primeiras críticas que Foucault traça a respeito da biologia. Logo em seguida, passa-se à Microfísica do poder, notadamente, no texto sobre o Nascimento da Medicina Social, quando será a primeira vez que Foucault utiliza o termo “Biopolítica”. Posteriormente, faz-se uso de A vontade de saber, v. 1, de História da sexualidade, no qual o tema da Biopolítica é aprofundado. Após isso, adentram-se os cursos ministrados por Foucault no Collège de France, mais especificamente, Em defesa da sociedade (1976), seguido por Segurança, território e população (1977- 1978), e, finalmente, Nascimento da Biopolítica (1978-1979). Desse modo, caminha-se ao final para o que Michel Foucault entendia por Biopolítica, num mapeamento conceitual de forma a construir o referencial teórico desta Tese. O terceiro capítulo deste trabalho concentra-se na trajetória histórica que permitiu o surgimento da Bioética, de maneira a se consolidar como uma parte da Filosofia Ética Prática, relacionada ao comportamento ético dos profissionais da saúde. Além disso, destaca-se o Biodireito, analisando o contexto histórico de sua formação, bem como seu conceito e princípios regentes. No quarto capítulo, é revelado como o movimento científico da eugenia estava presente tanto nas análises que Foucault faz a respeito da Biopolítica, o que aparece na sua análise da teoria da desgenerescência, como, nos temas que tocam, atualmente, o Biodireito e a Bioética na perspectiva da crescente necessidade humana de “melhoramento da raça”
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A produção da vida nua no patamar de (in)distinção entre direito e violência: a gramática dos imigrantes como “sujeitos de risco” e a necessidade de arrostar a mixofobia por meio da profanação em busca da comunidade que vemWermuth, Maiquel Ângelo Dezordi January 2014 (has links)
Submitted by Fabricia Fialho Reginato (fabriciar) on 2015-08-26T22:51:06Z
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MaiquelWermuth.pdf: 7322312 bytes, checksum: c58eb42687aaf1094fd4937e1a153e29 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-08-26T22:51:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Nenhuma / O Direito Penal, eleito como instrumento privilegiado para o enfrentamento à imigração irregular por parte dos países nos quais esse fenômeno é mais evidente – destacando-se, na presente pesquisa, o caso da Espanha –, vivencia um momento de expansão, que decorre de um sentimento de “mixofobia” ou “medo de misturar-se” oriundo da construção dos imigrantes ilegais como “sujeitos de risco”. Essa “rotulação” decorre de alguns fatores principais como: a crise do modelo de Estado de bem-estar, que transforma os imigrantes em “parasitas” dos benefícios sociais destinados aos autóctones, a influência da mídia de massa na criação de pânico/alarma social a respeito de determinados temas relacionados à segurança, e os reflexos desses discursos midiáticos na política, particularmente após os atentados terroristas ocorridos em grandes centros urbanos no início deste milênio. Isso permite afirmar que o Direito Penal espanhol, que se expande em termos quantitativos para responder com eficácia aos novos problemas sociais da contemporaneidade – dentre os quais a questão da imigração irregular assume cada vez mais relevância – experimenta um movimento de retrocesso qualitativo, uma vez que assume traços ínsitos a um modelo de Direito Penal de autor, assentado em medidas punitivas de cunho altamente repressivista e segregacionista voltadas aos imigrantes, o que resta evidenciado pela proliferação de tipos penais que preconizam a exclusão (expulsão) desse público-alvo em detrimento da sua integração, bem como pelos delitos de solidariedade. A obra de Michel Foucault e Giorgio Agamben, nesse rumo, é utilizada para a compreensão de como a vida do imigrante – particularmente aqueles que se encontram em situação irregular – se converte em vida nua em um ambiente biopolítico no qual o estado de exceção se converte em paradigma dominante de governo. Essa análise visa a compreender os (des)caminhos das políticas migratórias brasileiras. O Brasil, ao se consolidar como uma das mais importantes economias mundiais, passa a atrair a atenção dos estrangeiros – particularmente em virtude do cerramento das fronteiras europeias. No entanto, situações recentes envolvendo a imigração no país demonstram que o país também vem adotando nesse setor uma política securitarista e autoritária, responsável pela transformação do migrante em homo sacer. Nesse rumo, a experiência espanhola pode servir como paradigma “negativo” para a compreensão do tema da imigração no Brasil, de forma a evitar influências derivadas do modelo gestado a partir da mixofobia. Nesse rumo, questiona-se se a lógica dos direitos humanos que subjaz à construção dos Estados Democráticos de Direito e dos marcos regulatórios minuciosos acerca do tema da imigração funcionam efetivamente ou se são, reflexamente, a principal fonte da produção de vida nua. A proposta de profanação agambeniana é então colocada como condição de possibilidade para uma nova perspectiva de análise da questão. / The Penal Law, elected as a privileged instrument to deal with the irregular immigration on the part of countries in which such phenomenon is more evident –in the present research, the case of Spain is highlighted - , which experiences a moment of expansion, that derives from a “mix phobia” or fear of getting mixed originated from the construction of illegal immigrants as “subjects of risk”. This stereotype comes from some main factors like: the crisis on the Estate model of welfare, which transforms the immigrants into “parasites” of the social benefits designated to the autochthons, the influence of the mass media on creating the social panic regarding some topics related to security, and the reflexes of the discourse of the media in politics, particularly after the terrorist attacks occurred in large urban centers in the beginning of the millennium. It allows the affirmation that the Spanish Penal Law, that expands itself in terms of quantity to respond effectively to the new social problems of today – among which, the matter of irregular immigration assumes more and more relevance – faces a backward movement in terms of quality, once it assumes trends strongly connected to a model of Penal Law of author, based on punitive measures highly reprimanding and segregationist towards the immigrants, leaving as evidence by the diffusion of penal types that argue in favor of the exclusion (deportation) of this target audience instead of its integration , as well as by the lack of solidarity. The work of Michel Foucault and Giorgio Agamben, in this direction, is used for comprehending how the life of the immigrant - particularly those that find themselves in irregular situation – converts itself in “naked” life in a biopolitical environment in which the state of exception becomes the dominant paradigm of govern. This analysis aims at understanding the (mis)conceptions of Brazilian migratory policies. Brazil, as one of the most important economies in the world, starts attracting the attention of the foreigners – especially due to the closed European frontiers. However, recent situations involving immigration in Brazilian territory show that the country has been adopting an authoritarian safety policy, responsible for changing the immigrant into homo sacer. In this sense, the Spanish experience can work as a “negative” parameter for the comprehension of the theme of immigration in Brazil, so that, influences coming from a model of mix phobia can be avoided. Still, it is questioned if the logic of human rights subjacent to the construction of the Democratic Estates of Law and the detailed regulatory marks related to the topic of immigration effectively work, or if they reflect the main source for producing the naked life. The proposal of agambenian profanation is then brought as a condition to the possibility for a new perspective of analysis of the matter.
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Gênero e biopoder: a “invenção” da violência contra a mulher no discurso policial e nas práticas das delegacias da mulher de Teresina - PIVilla, Eugênia Nogueira do Rêgo Monteiro 18 December 2014 (has links)
Submitted by Silvana Teresinha Dornelles Studzinski (sstudzinski) on 2015-10-07T16:50:45Z
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Previous issue date: 2014-12-18 / Nenhuma / A pesquisa tem por objetivo verificar em que medida as ações desenvolvidas pelas Delegacias da Mulher de Teresina efetivam os direitos das mulheres em situação de violência. Para tanto, utilizar-se-á o método dialético, promovendo um diálogo entre as bases teóricas que cercam a ideia de gênero, violência contra a mulher e biopolítica e a dinâmica das relações que se estabelecem naquelas delegacias sob o enfoque do discurso policial e a fala das mulheres ali atendidas. Inicia-se o percurso no campo teórico-normativo consistente em estudos sobre as categorias gênero, violência baseada no gênero e biopoder. As categorias gênero e violência de gênero terão a linguagem como campo privilegiado para o estudo. Já a ideia do biopoder auxiliará na compreensão sobre o significado da Delegacia da Mulher enquanto estratégia biopolítica inventada pelo estado para o enfrentamento da violência contra a mulher. Imbricando violência de gênero e biopolítica, entender-se-á o fundamento da existência da delegacia especializada. Assim é que, num segundo momento, far-se-á uma imersão nas delegacias da mulher de Teresina para delimitar o campo da efetividade sob a ótica da dinâmica das relações que lá se estabelecem entre policiais e mulheres atendidas. Desse modo, analisar-se-á o perfil do servidor policial e seu discurso expresso nos registros das ocorrências e o perfil da mulher atendida, sua visão sobre a delegacia, sobre outras estratégias biopolíticas e normas jurídicas voltadas à proteção da mulher em situação de violência, assim como seu relato sobre a violência sofrida. Uma vez delineado o campo material, retoma-se a discussão a partir do diálogo entre os discursos dos policiais, das mulheres e as categorias provenientes das bases teóricas estudadas / The research aims to determine to what extent the actions taken by the WPS Teresina actualize the rights of women in situations of violence. For this purpose shall be used the dialectical method, promoting a dialogue between the theoretical bases that surround the idea of gender, violence against women and biopolitics and the dynamics of relationships that are established in those precincts under the focus of the police and the speech speaks of women attending there. Starts the route in consistent theoretical and normative field studies into the categories of gender gende based violence and biopower. The gender and gender violence categories have language as a privileged field for the study. Already the idea of biopower assist in understanding the meaning of the WPS as biopolitics strategy invented by the state to deal with violence against women. Imbricate gender violence and biopolitics the reason of the existence of specialized police will be understood. So that in a second moment an immersion shall be made in police woman Teresina to delimit the field of effectiveness from the perspective of the dynamics of relationships there are established between policemen and women attended. Thus will be analyzed the profile of police server and expressed his speech in the records of the events and the profile of the woman answered, his vision for the precinct on other biopolitical strategies and legal standards aimed to protect women in situations of violence as well as his account of the violence suffered. Once outlined the material field resumes the discussion from the dialogue between the discourses of the police and the categories of women studied from the theoretical bases.
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A publicidade de alimentos funcionais: efeitos da biopolítica na conduta alimentar dos indivíduos hojeAnjos, Ideylson da Silva Vieira dos 08 March 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-03-08 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The present research examines the functional food advertisement and has as its
general objective the purpose to investigate the enunciations of this advertisement
and its effects in relation with individuals. Therefore, it starts with the hypothesis that
the biomedical and biotechnological development in nutritional industry promotes,
especially in the media, new speeches upon functional food and consequently
persuades the individuals to some new conducts in relation with their own bodies and
lives. The structure of this research is divided in three chapters: 1. The functional
foods; 2. The functional food advertisement; 3. The biopolitics for the functional
speech. As methodological process the first chapter is developed in these specific
objectives as follows: to define functional food, and to investigate its origins and its
effects nowadays in the economy and in the media using authors and institutions in
the medical area like Franco Lajolo and ANVISA (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária). The second chapter is developed in the following specific objectives: to
analyse the published news on functional foods by the Brazilian magazine Veja and
by the newspaper Folha de São Paulo , and to investigate the tendencies of the
discourses of those medias in order to promote an emergency of a pragmatic
conduct of the individuals towards their own lives. The third chapter is developed in
the specific objective: to analyse the publications on functional food presented in the
second chapter by the biopolitical and biomedical view of Nikolas Rose. The
research closes itself with the presentation of some new horizons and trends for the
relationship between communication and biopolitical economy. The high relevance of
this research consists in the endeavour to understand, trough the advertisement, the
new field of confluence between: science, politics, economy, and life. In doing so, this
dissertation is placed in the Line of Research 1 Mediatic Culture and Environment
of the Postgraduate Studies in Communication and Semiotics Program / Esta pesquisa tem como objeto a publicidade dos alimentos funcionais e se
desenvolve com o objetivo geral de investigar os enunciados desta publicidade e
seus efeitos na relação com os indivíduos. Para tanto, parte da hipótese que o
avanço da biomedicina e da biotecnologia na indústria alimentícia fomenta na mídia
novos discursos sobre alimentos funcionais e consequentemente induzem os
indivíduos a novas condutas na relação com seus próprios corpos e com suas
próprias vidas. A estrutura da pesquisa é composta por três capítulos: 1. Os
alimentos funcionais; 2. A publicidade dos alimentos funcionais; 3. A biopolítica pelo
discurso funcional. E como processo metodológico, o primeiro capítulo se
desenvolve com os objetivos específicos de conceituar alimento funcional, investigar
seu nascimento na história e seus efeitos na economia e na mídia de hoje. Para
tanto, utiliza de autores e instituições inseridos na área médica como Franco Lajolo e
ANVISA. O segundo capítulo se desenvolve com os objetivos específicos de analisar
as matérias publicadas na Revista Veja e no Jornal Folha de São Paulo sobre
alimentos funcionais e investigar as tendências dos discursos produzidos por estas
mídias, a fim de fomentar a emergência de uma conduta pragmática dos indivíduos
para com suas próprias vidas. O terceiro capítulo se desenvolve com o objetivo
específico de analisar as publicações sobre alimentos funcionais, apresentadas no
capítulo segundo, com o pensamento de biopolítica e bioeconomia de Nikolas Rose.
A pesquisa se encerra apresentando aberturas e tendências para a relação da
comunicação com a biopolítico-econômica. A alta relevância da pesquisa é a
tentativa de, pela publicidade, compreender o recente campo de confluência da:
ciência, política, economia e vida. Por esta abordagem, a dissertação se insere na
Linha de Pesquisa 1 Cultura e Ambientes Midiáticos do Programa de Estudos
Pós Graduados em Comunicação e Semiótica
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O discurso da sustentabilidade ambiental na produção das biopolíticas atuais: gestão da vida nos tempos da sustentabilidadeGarcia, Margarete Schimidt Mendes 06 September 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-09-06 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / During its historical course, human society confronted itself with the specificities and vicissitudes of regimes, being the man himself and in each period of time, product and producer, creator and creature of power strategies in the conduct and govern of himself and others. The father, the sovereign and the State have embodied power and all of them, through its own strategies and technologies, acted upon life to optimize it or even take it. Technologies of power renew through time and go from material to immaterial, falling upon minds rather than bodies. In disciplinary society, they've acted to make more docile, useful and increase bodily skills, serving to the purposes of capitalism and the perpetuation of industrial productive systems. Our contemporary society is no longer disciplinary and, because of that, is no longer distinguished by the signs and weights of former times' institutions of disciplinary confinement and their peculiar strategies. The present scenery, set up on a strong appeal towards environmental sustainability, has produced biopower and biopolitics supported by speeches and the adoption of this controversial concept of sustainability to create apparatus and strategies that ultimately conduct to the government of life, of the self and the another. Out of that, results the discontent of the sustainability times, the precification of life and categorized subjects, the conscious consumer and the stakeholder, considered crossing points of truth and power. As a general goal of our research, we investigated the engendering processes of current biopolitics from discourses of environmental sustainability, contributing to the knowledge regarding the performance of these biopolitics and their effects over life management. Methodology was focused on the analysis of production conditions to the discourse of environmental sustainability based on the selected corpus. Theoretical references are fundamentally supported by Michel Foucault, though other authors are called upon to compose theoretical arguments. The research's corpus concentrated on media production, with newspapers, magazines, national and international prints, govern publications, UN and other institutions publications, companies' sustainability reports and communication actions broadcasted through the internet and printed media. Our thesis concludes that the discourse of environmental sustainability creates collective and individual behavioral patterns that, on the one hand, regulate and conduct present life and, on the other, govern by anticipation the future life, promoting the future's administration in the present / Em seu percurso histórico, a sociedade humana confrontou-se com as
especificidades e as vicissitudes dos regimes de poder, sendo o homem ele
mesmo e em cada época, produto e produtor, criatura e criador das estratégias
de poder na conduta e governo de si e do outro. O pai, o soberano e o Estado já
encarnaram o lugar do poder e todos eles, por meio de estratégias e tecnologias
próprias, atuaram sobre a vida, para otimizá-la ou mesmo para tirá-la. As
tecnologias de poder renovam-se no tempo e passam de materiais a imateriais,
incidindo muito mais sobre as mentes do que sobre os corpos físicos. Na
sociedade disciplinar atuaram na docilização, utilizabilidade e majoração das
aptidões do corpo, servindo aos propósitos do capitalismo e à manutenção dos
sistemas produtivos industriais. Nossa sociedade contemporânea já não é a
disciplinar e, por essa razão, deixou de ser marcada pelos signos e pesos das
instituições de confinamento disciplinar do passado e de suas estratégias
peculiares. O cenário do presente, calcado num forte apelo à sustentabilidade
ambiental, tem produzido biopoder e biopolíticas que se amparam em discursos
e apropriações desse polêmico conceito da sustentabilidade para produzir
dispositivos e estratégias que, em última instância, conduzem à gestão da vida e
ao governo de si e do outro. Disso resultam o mal-estar dos tempos da
sustentabilidade, a precificação da vida, categorias de indivíduo como o
consumidor consciente e o stakeholder, considerados pontos de estofo e
cruzamento de verdade e poder. Como objetivo geral da pesquisa, investigamos
os processos de engendramento das biopolíticas atuais a partir dos discursos da
sustentabilidade ambiental, contribuindo para o conhecimento da atuação
dessas biopolíticas e de seus efeitos sobre a gestão da vida. A metodologia
concentrou-se na análise das condições de produção do discurso da
sustentabilidade ambiental com base no corpus selecionado. A referência
teórica apoiou-se fundamentalmente em Michel Foucault embora outros
autores compareçam para compor os argumentos teóricos. O corpus da
pesquisa concentrou produções midiáticas de jornais, revistas, periódicos
nacionais e internacionais, publicações de governos, da ONU e de outras
instituições, relatórios de sustentabilidade de empresa e ações comunicacionais
veiculadas nos media impressos e na internet. Como resultado de nossa tese
concluímos que o discurso da sustentabilidade ambiental produz condutas,
padrões de comportamento coletivos e individuais que, por um lado, regulam e
conduzem a vida presente e, por outro, governam, por antecipação, a vida
futura, promovendo, assim, a administração do futuro no presente
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O espectador digital como trabalhador do olhar capitalizado nos ambientes midiáticos da Internet / The digital spectator as viewing worker capitalized in the Internet's media environmentAggio, Amanda Bastos Mareschi 10 June 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-06-10 / This thesis aims to study the media devices in the Internet, where biopolitcs tools put the digital spectator as part of a system which capitalize on his views. The hypothesis proposed here suggests that games of power maintain the modus operandi of the representation media in the Web and encourage the digital spectator to be a viewing worker by remunerating him as long as there is proof of his existence. Expecting to understand what maintains the spectator in this function of viewing worker, this research used case studies to exemplify these games of power that eventually falls on him. Some questions emerged when studying how some entertainment tools work: how the interactivity offered by new digital technologies have resulted in overcoming the stigma of passivity of the traditional spectator? In order to avoid the dogmatic discourse on the supposed passivity of the spectator, it was necessary to devote a chapter of research to understand the system of thought that maintains the opposition between passivity and activity. From the book The emancipated spectator, Jacques Rancière, it was identified in contemporary media devices the perpetuation of the supposedly extinct traditional critical thinking, but in its inverted form. The theoretical conversation between Rancière and Didi-Huberman revealed points of agreement between their theories, such as the need to go beyond the understanding of image and viewer by understanding the operation of the machine. This demand for clarifying how to operate devices was met through the study of Foucault's biopolitics, which led to concepts that offered the ultimate coherence: a) the subjection (Foucault) to others allowing the viewer to the construction of his identity; b) viewing as work (BUCCI) as the capital shifted to the competent body of homo economics / O objetivo principal desta pesquisa é investigar dispositivos midiáticos na Internet onde mecanismos biopolíticos posicionam o espectador digital como parte de um sistema que capitaliza o seu olhar, depositando a partir dele certo valor monetário no material visto. Para responder ao problema, a hipótese elaborada sugere que esse jogo de forças que sustenta o modus operandi de algumas mídias de representação na Web convoca o espectador digital a ser trabalhador do olhar e o remunera com a comprovação da sua existência. A fim de compreender o que leva o espectador a manter-se nessa posição de trabalhador do olhar diante dos dispositivos de quantificação de visualizações (views) disponíveis em algumas mídias, a pesquisa partiu do estudo de casos que exemplificam esse jogo de forças o qual recai eventualmente sobre ele. A apresentação de como funcionam algumas ferramentas digitais de entretenimento levantou questões como: a interatividade proporcionada pelas novas tecnologias digitais resultou na superação do estigma de passividade do espectador tradicional? Com o intuito de evitar o discurso dogmático sobre a suposta passividade do espectador, foi necessário dedicar um capítulo de pesquisa à compreensão do sistema de pensamento que sustenta o embate entre passividade e atividade. A partir do livro O espectador emancipado, de Jacques Rancière, identificou-se a persistência do pretensamente superado pensamento crítico tradicional - em sua forma invertida - nos dispositivos midiáticos contemporâneos. A conversa teórica entre Rancière e Didi-Huberman revelou pontos de conformidade entre suas teorias, como a necessidade de ir além do entendimento da imagem e do espectador e de compreender o funcionamento da máquina. Essa demanda pelo esclarecimento da forma de operar dos dispositivos foi satisfeita pelo estudo da biopolítica foucaultiana, levando esta pesquisa ao encontro dos conceitos que lhe ofereceram a coerência necessária para finalizá-la: a) a sujeição (FOUCAULT) como aquilo que permite ao espectador a construção de sua identidade, e b) o olhar como trabalho (BUCCI) enquanto o capital deslocado para o corpo competente do homo oeconomicus
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Bioética complexa e biopolítica da adição : estudo qualitativo em uma unidade de internação especializadaGarcia, Lucas França January 2017 (has links)
O uso de substâncias psicoativas é um problema social e de saúde pública em diferentes países do mundo. A adição é uma doença crônica e multifatorial do cérebro. O seu enfrentamento envolve diferentes áreas do conhecimento e instituições sociais. O fenômeno social da adição, ou da dependência química como é popularmente conhecido, sempre foi muito polêmico e diversas são as políticas públicas que tratam sobre o tema. A dependência química pode ser analisada por meio do prisma do biopoder e da biopolítica, propostos por Foucault e outros autores, como Agamben, Hardt e Negri, Esposito, na medida em que as políticas públicas de enfrentamento a este problema têm sido abordadas e executadas por diferentes atores e instituições sociais, como a medicina, saúde pública, direito, segurança pública, entre outros. Além disto, devido aos diferentes aspectos envolvidos no fenômeno da adição, acredita-se que a Bioética Complexa possa servir como estratégia metodológica adequada para a abordagem desta questão, na medida em que este modelo propõe uma abordagem prática e abrangente para a discussão e resolução de problemas envolvendo conflitos bioéticos. O objetivo deste trabalho é analisar a dependência química no Brasil, através da Bioética Complexa como estratégia metodológica e da biopolítica como referencial teórico. / Addiction is a public health and social problem along the world. It can be defined as a chronic and multifatorial brain disease. Its approach involves different fields of knowledge and social agents. O social phenomena of addiction has always been treated in terms of public policy. The addiction can be analyzed through the theories about biopower and biopolitics in their different approaches, as proposed by Michel Foucault, Agamben, Hardt e Negri, and Esposito insofar as public policies has been done in different fields, like medicine, public health, law enforcement, national security, and so on. Furthermore, due to the distinct aspects related to the addiction we believe that Complex Bioethics is a proper methodological approach to analyze the content of this dissertation. Complex Bioethics is a comprehensive approach to analyze bioethical problems. The aim of this dissertation is to analyze the addiction in Brazil through the Complex Bioethics, as a methodological approach, and biopolitics, as a theoretical framework.
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A apatridia e a ressignificação do pertencimento ao Estado-Nação : o caso dos Roma na Itália /Ferreira, Amanda January 2019 (has links)
Orientador: Paulo José dos Reis Pereira / Resumo: A apatridia se define pela ausência de nacionalidade juridicamente reconhecida por um Estado e, nesse sentido, tem relação direta com a noção de soberania, um conceito importante e amplamente discutido no campo da Ciência Política e com distinta ênfase nos estudos de Relações Internacionais. Nosso objetivo nesta dissertação é observar a apatridia a partir de uma abordagem que a entende enquanto fenômeno que conforma, ao mesmo tempo, aspectos de controle, negociação e resistência, tomando por objeto de análise o caso do povo Roma na Itália e, mais especificamente, a questão dos chamados “campos nômades” existentes no país. Embasaremos o trabalho em um debate teórico sobre como a apatridia está intimamente relacionada ao conceito de soberania e como este, a partir de uma abordagem sobre segurança e biopolítica ancorada nos trabalhos de Foucault, Agamben e Arendt, é fundamental para a compreensão da materialização da apatridia e da dinâmica dos campos enquanto fenômenos que se projetam como despolitizadores e excludentes, mas que abrem fendas para uma ressignificação da ideia de pertencimento e participação política. / Abstract: Statelessness is defined by the absence of the nationality legally recognized by an State and, in this sense, is directly related with the notion of sovereignty, an important concept widely discussed in Political Science field and with distinct emphasis in the studies of International Relations. Our goal in this dissertation is to observe statelessness from an approach that understands it as a phenomenon that conforms, at the same time, aspects of control, negotiation and resistance, taking as object of analysis the case of the Roma people in Italy and, more specifically, the question of the so-called “nomad camps” in the country. The work will be based on a theoretical debate about how statelessness is intimately related to the concept of sovereignty and how this, from an approach of security and biopolitics anchored in the work of Foucault, Agamben and Arendt, is fundamental to the comprehension of the materialization of statelessness and the dynamic of the camps as phenomena that project itself as depolarizing and excluding, but that open slits for a re-signification of the idea of belonging and political participation. / Resumen: La apatridia es definida por la ausencia de nacionalidad jurídicamente reconocida por un Estado e, en esto sentido, tiene relación directa con la noción de soberanía, un concepto importante y ampliamente discutido en el campo de la Ciencia Política y con distinta énfasis en los estudios de Relaciones Internacionales. Nuestro objectivo en esta disertación es observar la apatridia a partir de un enfoque que la entiende como fenómeno que conforma, al mismo tiempo, aspectos de controle, negociación y resistencia, tomando por objeto de análisis el caso del pueblo Roma en Italia y, más específicamente, la cuestión de los llamados “campos nómades” existentes en el país. Embasaremos el trabajo en un debate teórico sobre cómo la apatridia está íntimamente relacionada al concepto de soberanía e como este, a partir de un enfoque sobre seguridad y biopolítica ancorada en los trabajos de Foucault, Agamben y Arendt, es fundamental para la comprensión de la materialización de la apatridia y de la dinámica de los campos como fenómenos que si proyectan como despolitizadores y excluyentes, pero que abren ranuras para una ressignificación de la idea de pertenencia y participación política. / Mestre
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O estado de exceção em Giorgio Agamben: contribuições ao estudo da relação direito e poder / Giorgio Agambens state of exception: contributions to the analysis of the law and power relationship.Abdalla, Guilherme de Andrade Campos 15 June 2010 (has links)
A complexa filosofia de Giorgio Agamben convoca-nos a compreender a crise dos atuais modelos político-governamentais e a hodierna lógica da segurança que, sob a doutrina do medo orquestrado, visa à eliminação dos não-integráveis, como igualmente nos convida a abarcar na defesa de uma nova ontologia política além da tradição da soberania e do direito. Do confronto entre as conceituações semânticas do termo vida e da relação desta com o poder soberano, inclusive numa sociedade biopolítica de normalização, emerge o protagonista da obra agambeniana, a vida nua. Uma vida que não é inauguração moderna, mas atividade originária do poder soberano, quer dizer, uma vida que pode ser detectada tanto na pólis e na civitas - na figura do homo sacer -, assim como no totalitarismo moderno e, rasteiramente, na democracia em que vivemos. Trata-se de uma vida absolutamente matável e exposta à morte que, fundada numa relação de exclusão inclusiva, isto é, de abandono, revela o verdadeiro vínculo social. O que une vida e lei, violência e norma, é o estado de exceção. A norma se aplica à exceção desaplicando-se: a força-de-lei exercida no estado de exceção não põe, nem conserva, o direito, mas o conserva suspendendo-o e o põe excetuando-se. Uma figura em que factum e ius tornam-se indiscerníveis e homines sacri são produzidos a esmo; um espaço onde distinções políticas tradicionais como direita e esquerda, público e privado, perdem sua clareza e inteligibilidade. Uma indiscernibilidade que pode ser materializada no campo, seja de refugiados, seja de concentração, seja o hoje vigente e ainda inominado, de modo que o campo reflete o próprio paradigma da atualidade. Esta é a era da exceção em permanência. O caminho para a desativação dessa relação é a profanação, figura em que se busca uma nova forma-de-vida que não seja inaugurada pela lembrança teológica da política soberana e do direito, mas que reflita uma comunidade que vem capaz de desativar a máquina biopolítica produtora da vida nua e torne inoperante o atual conceito de político-jurídico: uma nova comunidade que pense além da soberania, do bando soberano e do próprio direito. Trata-se de uma comunidade de singularidades, sem identidade, sem propriedades e destinos, mas que seja pura potencialidade, que seja em si como ela é, quer dizer, que não possua qualquer tarefa enquanto fim, mas tão somente meios sem fins. / The complex philosophy of Giorgio Agamben summons us to review the crisis of the existing political-juridical models and the on-going governmental security rationale, which, based on a pre-oriented administration of fear, aims at eliminating those somehow non-adapted, as well as to join a defence towards a new political ontology beyond the tradition of sovereignty and law. Through the confront of semantically distinct definitions of life and its relation with the sovereign power, including under a biopolitical normalizing society, emerges the protagonist of Agamben`s work, the bare life. A life that is not a modern phenomena but the original activity of the sovereign power, that is, a life exposed to death that can be found either in the pólis or the civitas - in the form of homo sacer or in the modern totalitarianism as well as the democracy that we live in. A life that is permanently subject to death and, founded on an inclusive exclusion relation, that is, a relation of abandonment, exposes the real social bound. The state of exception links life and law, violence and norm. The law is applied through its own withdrawal: the force-oflaw exercised in the state of exception does not posit nor conserve the law, but conserves it through its suspension and posits it through the exception. A place where factum and ius are brought into conjunction and homines sacri are freely produced, a space where traditional political categories such as right and left, public and private, loses clearness and intelligibility. A zone of indistinction materialized in the camp, either of refugees or concentration camps or those in full force and effect and yet unnamed. The camp is the contemporary political paradigm and this is the era in which the exception becomes the rule. The way out to deactivate such relation is to profane, a political task in search for a new form-of-life that abolishes any remembrance of theological sovereign politics and law and that reflects a coming community able to turn inoperative the biopolitical machine producer of bare life: a new community that thinks beyond sovereignty, the sovereign band and the law itself. A community composed of singularities, with no identity nor properties or destinies, but pure potentiality. A community free of means in search for an end, but solely a community of pure means without ends.
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