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Rubéola na gestação: repercussões sobre o produto conceptual. / Rubella in pregnancy: effects on the fetus and developing childDenise Araujo Lapa Pedreira 02 December 1998 (has links)
OBJETIVOS: Avaliar os efeitos da rubéola durante a gestação, sobre o feto, o recém-nascido e a criança. CASUÍSTICA E MÉTODO: Analisamos 35 gestantes com suspeita de rubéola que foram divididas em dois grupos. Grupo 1: 15 pacientes que apresentaram quadro clínico com comprovação sorológica. Grupo2: 20 pacientes com IgM positiva na rotina pré-natal, na ausência de quadro clínico. O seguimento ultrasonográfico mensal foi realizado em todas as pacientes e as do grupo 1 foram encaminhadas também para propedêutica invasiva. Foram também realizadas a ecocardiografia fetal e a Dopplervelocimetria. As placentas foram submetidas a exame anátomo-patológico. Os recém-nascidos vivos foram avaliados através de exame clínico e sorológico, além do potencial evocado auditivo, ultra-sonografia de crânio, fundo de olho e ecocardiografia pós-natal. RESULTADOS: No grupo 1: a infecção fetal ocorreu em 9 casos, sendo que o risco de transmissão vertical entre 2 a 14 semanas foi de 64,9%. A malformação ocorreu em 37,5% dos infectados. A ultrasonografia revelou crescimento intra-uterino retardado simétrico em todos os fetos infectados que atingiram o terceiro trimestre, tendo se iniciado, em média com 25,1 semanas. A cordocentese foi realizada em 9 pacientes e, todos os casos infectados, apresentavam IgM positiva e eritroblastose no sangue de cordão. A PCR no líquido amniótico foi positiva em todos os 3 casos em que ela foi realizada. 50% das placentas dos fetos infectados apresentava sinais sugestivos de infecção viral. A idade gestacional média do parto entre os infectados foi de 33,8 semanas e o peso médio ao nascimento foi 1365,6g.Todos os 6 nascidos-vivos infectados foram classificados como pequenos para a idade gestacional e apresentaram disacusia. A sobrevida entre os infectados, num seguimento pós-natal médio de 35,2 meses, foi de 62,5%. No grupo 2: a infecção não foi comprovada em nenhum dos recém-nascidos vivos, porém em um caso pudemos demonstrar a infecção congênita pelo vírus de Epstein-Barr. CONCLUSÕES: A transmissão vertical da rubéola no primeiro trimestre parece poder variar entre as populações, bem como a presença dos defeitos associados à infecção. Tanto o diagnóstico invasivo, como o ultrasonográfico apresentaram boa sensibilidade e especificidade. Pudemos estabelecer o padrão de crescimento fetal associado à infecção. A presença isolada de IgM positiva para rubéola na gestação não teve boa correlação com a presença de infecção neonatal, porém pode se associar à presença de outras infecções congênitas. / OBJECTIVES: Our aim was to analyse rubella effects on the fetus, new-born and child. MATERIAL AND METHODS: We analysed 35 patients with suspicious rubella during pregnancy. According to presence or absence of symptoms they were divided in two groups. Group 1: 15 patients presenting rash in which serology was positive. Grupo2: 20 symptomless patients found to have positive IgM during routine prenatal care. Monthly ultrasonographic evaluation was accomplished in all patients and in group 1 they were also offered prenatal invasive testing. Fetal echocardiography and Dopplers were performed. After birth, the placentas were submitted to pathological examination. The liveborn babies had clinical and serological examination. Auditory tests, brain scan, fundoscopy and postnatal echocardiography were also performed. RESULTS: In group 1: fetal infection occurred in 9 cases and vertical transmission between 2 to 14 weeks was 64,9%. Malformation was present in 37,5% of infected cases. Ultrasound revealed symmetrical intra-uterine growth retardation in all infected fetuses that reached the third trimester, and started around 25,1 weeks. Cordocentesis was accomplished in 9 cases and all the infected ones, presented positive IgM and erythroblastosis in cord blood. PCR in the amniotic fluid was positive in all 3 cases it was performed. 50% of the infected fetuses placentas presented signs of viral infection. The average gestacional age of delivery among infected cases was 33,8 weeks and medium birth weight was 1365,6g. All 6 liveborn infected babies were small for gestacional age and presented deafness. Survival among infected cases was 62,5%, medium follow-up was 35,2 months. In group 2: the infection was not demonstrated in any of neonates, although we could demonstrate a congenital infection caused by the Epstein-Barr virus. CONCLUSIONS: Vertical transmission of the rubella in the first trimester seems to vary among different populations, as well as the presence of the associated defects in the new-born. Invasive diagnosis and ultrasonographic follow-up presented good sensitivity and specificity. We could establish the pattern of fetal grown associated to the infection. The isolated presence of a positive rubella IgM in pregnancy did not correlated with congenital rubella, but it can be related to other congenital infections.
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Estudo do volume pulmonar fetal na predição da morbidade neonatal em pacientes com lesão pulmonar congênita / Ultrasound assessment of fetal lung volume for prediction of neonatal morbidity in congenital lung malformationRogério Caixeta Moraes de Freitas 10 August 2016 (has links)
Introdução: A maioria dos fetos com lesão pulmonar congênita (LPC) são assintomáticos e apresentam baixa morbidade ao nascimento. No entanto, alguns neonatos apresentam desconforto respiratório e necessitam receber de cuidados especiais neste período. Decidir quais casos com LPC precisam nascer em um centro de referência é um desafio. Objetivo: O objetivo deste estudo foi predizer a morbidade neonatal em fetos com LCP sem hidropisia avaliados pela ultrassonografia tridimensional (US3D). Método: Estudo observacional, entre janeiro de 2005 e janeiro de 2016, com fetos com LPC e sem hidropisia. Os volumes pulmonares foram mensurados pela US3D, técnica VOCAL, em dois períodos: entre 20 e 28 semanas (1o momento) e entre 29 e 34 semanas (2o momento). A variação intra e inter-operador foi analisada para os volumes pulmonares. As relações volumétricas testadas foram: volume pulmonar observado / esperado (VPTo/e); volume da lesão pulmonar / circunferência cefálica (LVR) e volume da lesão / volume pulmonar observado (VL/VPTo). As relações volumétricas foram usadas na predição da morbidade neonatal (admissão em unidade de terapia intensiva neonatal (UTI), necessidade de intubação (IOT); necessidade de cirurgia no período neonatal por sintomatologia respiratória). Regressão logística múltipla e curva ROC foram aplicadas para determinar a acurácia na predição dos resultados. Resultados: Dos 45 fetos não hidrópicos com LPC incluídos no estudo, 18 (40%) foram admitidos na UTI, 14 (31,1%) necessitaram de IOT, e sete (15,6%) cirurgia neonatal. A variação intra e inter-operador para os volumes pulmonares apresentou boa reprodutibilidade e não houve diferença estatística (p > 0,05). No 1o momento (IG: 20 - 28 semanas) observou-se que todas as relações volumétricas (1oVPTo/e, 1oLVR e 1oVL/VPTo) foram preditoras para admissão na UTI e necessidade de IOT. No 2o momento (IG: 29 - 34 semanas), apenas o 2oVPTo/e, e, 2oVL/VPTo foram preditores para IOT. Nenhuma das razões volumétricas (VPTo/e, LVR e VL/VPTo) foram preditoras para a cirurgia neonatal. No 1º momento, o melhor preditor para UTI foi 1º VPTo/e (ASC 0,86; p < 0,001) e para IOT foi 1º VL/VPTo (ASC 0,94; p < 0,001). Os cut-off escolhidos para a admissão na UTI foi 1º VPTo/e<0,53 (s:91,7%; e:70,8%; a:77,8%); e para IOT foi 1º VL/VPTo > 1,18 (s:91,7%; e:62,5%, a:72%). Para o 2o momento, a melhor relação volumétrica preditora para admissão na UTI foi 2º VL/VPTo (ASC 0,92; p < 0,001) e para necessidade de IOT foi 2º VPTo/e (ASC 0,87; p < 0,001). O cutoff escolhido foi 2ºVL/VPTo > 0,42 para a admissão na UTI (s:94,1%; e:82,3%; a:88%); e 2ºVPTo/e < 0,50 para IOT (s:92,9%; e:75%; a:82,3%). Conclusão: As relações volumétricas pulmonares mensuradas pela US3D podem predizer as morbidades neonatais em fetos não hidrópicos com LPC. O VPTo/e e VL/VPTo foram os melhores preditores da morbidade neonatal. Esses dados podem auxiliar no aconselhamento aos pais e na escolha do local mais adequado para o parto / Introduction: Most fetuses with congenital lung malformation (CLM) are asymptomatic and have low morbidity. However, some newborns present respiratory discomfort and need special care. Therefore, decide which cases need to be delivered in a referring center is challenging. Objectives: The purpose of this study was to predict neonatal morbidity in non-hydropic fetuses with CLM assessed by threedimensional ultrasonography (3DUS). Method: Observational study, between January 2005 and January 2016, involving non-hydropic fetuses with CLM. The fetal lung volumes were assessed by 3DUS, by VOCAL technique, in two moments: between 20 and 28 weeks (1st moment) and between 29 and 34 weeks (2nd moment). Intra- and inter-operator variabilities were also evaluated in estimating fetal lung volumes by 3DUS. The following volumetric ratios were assessed: observed / expected normal fetal lung volume (oeTLV), fetal lung lesion volume ratio (LVR), and lesion-to-lung volume ratio (LLV). The lung volumetric ratios were used for the prediction of neonatal morbidity (admission to NICU, need of orotracheal intubation (OTI), or need for lung surgery in neonatal period due to respiratory symptoms). Multivariate regression analyses and receiver operator characteristic curve (ROC) were applied to determine the best volumetric ratio to predict the neonatal morbidity. Results: Forty-five non-hydropic fetuses with CLM were selected for the study. Eighteen (40%) were admitted to the NICU, 14 (31.1%) needed intubation and seven (15.6%) needed neonatal surgery. The variation intra and inter-operator for lung volumes showed good reproducibility and no statistical difference (p>0.05). In the 1st moment (GA: 20 - 28 weeks), all 3DUS ratios (1st oeTLV, 1st LVR, and 1st LLV) demonstrated strong prediction for NICU admission and need of intubation. In the 2nd moment (GA: 29 - 34 weeks), only 2nd oeTLV and 2nd LLV correlated with need of intubation. None of the volumetric ratios (oeTLV, LVR and LLV) were predictive of neonatal surgery. In the 1st moment the best volume ratio for the prediction of NICU admission was 1st oeTLV (AUC 0.86, p < 0.001) and for the need of intubation was 1st LLV (AUC 0.94, p < 0.001). The cut-off chosen for NICU admission was 1st oeTLV < 0.53 (sensitivity 91.7%, specificity 70.8%, accuracy 77.8%); and for the prediction of the need of intubation was 1st LLV > 1.18 (sensitivity 91.7%, specificity 62.5%, accuracy 72%). In the 2nd moment, the best volume ratio for the prediction of NICU admission was 2nd LLV (AUC 0.92, p < 0.001) and the prediction of the need of intubation was 2nd oeTLV (AUC 0.87, p < 0.001). The cut-off chosen for the prediction of NICU admission was 2ndLLV > 0.42 (sensitivity 94.1%, specificity 82.3%, accuracy 88%); and for the prediction of the need of intubation was 2nd oeTLV < 0.50 (sensitivity 92.9%, specificity 75%, accuracy 82.3%). Conclusion: Lung volume ratio measured by 3DUS can predict neonatal morbidity in nonhydropic fetuses with CLM. The oeTLV and LLV were the best predictors of neonatal morbidity. These findings can be useful in counseling parents and in choosing the most appropriate place for delivery
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"Estudo dos efeitos da vacina contra rubéola sobre o produto da gestação de mulheres vacinadas durante campanha realizada no estado de São Paulo em 2001" / Rubella vaccine effects in pregnant women and their concepts during vaccination campaign in São Paulo, Brazil, in 2001Helena Keico Sato 13 December 2005 (has links)
O objetivo deste estudo é estimar o risco de infecção congênita pelo vírus da vacina contra rubéola e estimar o risco de ocorrência de aborto, baixo peso e prematuridade nas gestantes suscetíveis e imunes para rubéola identificando os fatores de risco associados a estes eventos. Embora não tenham havido manifestações clínicas compatíveis com SRC, observou-se uma ocorrência aumentada de baixo peso ao nascer e prematuridade entre os RN infectados quando comparados com as crianças não infectadas também nascidas de mães susceptíveis. No modelo final das análises utilizando a regressão logística multivariada, entretanto, a suscetibilidade para rubéola não esteve associada com a ocorrência de baixo peso e nem com prematuridade. Estes resultados sugerem que a recomendações de não vacinar gestantes para rubéola ainda deve ser mantida / The objective of this study is to evaluate the risk of congenital infection due to rubella vaccine virus and the occurrence of premature labor, miscarriage, and low birth weight in susceptible and immune pregnant women vaccinated during pregnancy, identifying the risk factors associated. We observe a high incidence of low birth weight and prematurity in the infected newborns, when compared with the children not infected, also born of susceptible mothers. In the final model of the logistic regression we didn't find association with rubella susceptibility and the predictors miscarriage, low birth weight and premature labor. These results suggest that the recommendations to not vaccinate pregnant women against rubella must be sustained
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Hiperplasia adrenal congênita: Quando o sexo precisa ser diagnosticado. Um estudo qualitativo com médicos, pacientes e familiares / Congenital adrenal hyperplasia: When sex needs to be diagnosed. A qualitative study with physicians, patients and parentsSilveira, Mariana Telles [UNIFESP] 25 March 2009 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:18Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2009-03-25 / O panorama atual do tratamento de pacientes com Anomalias da Diferenciação Sexual (ADS) apresenta o desafio de colocarmos frente a frente o saber do médico e o do paciente e/ou seus familiares — discursos diferentes — de tal forma que estes saberes possam ser escutados. O intuito geral deste trabalho foi o de identificar as angústias, dúvidas e ansiedades dos pacientes e seus pais, bem como da equipe médica que os assiste. O objetivo específico do trabalho foi fazer uma avaliação do que se passava nas entrelinhas do atendimento, para compreender o que o paciente e o familiar entendem ou não entendem sobre atendimento médico e vice-versa. Para isso, foram ouvidos sete médicos especialistas de cinco instituições do Sistema Único de Saúde (SUS), nove familiares e seis pacientes portadores de hiperplasia adrenal congênita (HAC) por deficiência de 21-hidroxilase. / The current scenario regarding treatment of patients with Anomalies of Sex Differentiation (ASD) brings the challenge to put face-to-face the medical knowledge and their patients and/or relatives acquaintance — distinct speeches — so that both these knowledges need to be heard. The general purpose of this work was to identify the anguishes, doubts, distress, and anxieties from patients and their parents, as well as from the medical team that attend them. The specific aim was to evaluate the scenario beyond the medical service in order to appreciate what patients and parents understand or do not understand within the medical attendance and vice-versa. Therefore, interviews were conducted to hear seven specialist physicians from five institutions among the “Sistema Único de Saúde” (SUS), nine parents and six patients bearing the 21-hydroxylase deficiency form of congenital adrenal hyperplasia (CAH). / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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Avaliação da qualidade das informações sobre anomalias congênitas do sistema de informações sobre nascidos vivos / Assessment of quality of information on congenital anomalies of the information system on live birthsLuquetti, Daniela Varela January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2011-05-04T12:42:02Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2009 / Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade da informação sobre anomalias congênitas no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos em oito hospitais distribuídos em sete municípios do Brasil. Foi avaliada a cobertura, validade de critério e confiabilidade da codificação dos diagnósticos de anomalias congênitas em 2004 e, posteriormente, esta cobertura e validade foi comparada para o ano de 2007. Foram utilizados os bancos de dados do SINASC de 2004 e 2007 destes hospitais, consistindo de 27.945 e 25.905 nascidos vivos respectivamente. Para a validade de critério utilizou-se como padrão-ouro o ECLAMC (Estudo Colaborativo Latino Americano de Malformações Congênitas) e para a análise deconfiabilidade um profissional capacitado do SINASC. Ademais, foram descritas as intervenções realizadas pelos hospitais e suas respectivas Secretarias Municipais de Saúde(SMS) e pelo Ministério da Saúde (MS) no mesmo período. Na análise de 2004, os resultados mostraram uma elevada sub notificação das anomalias congênitas, tanto de anomalias menores como de maiores, pelo SINASC, variando entre 33,5 por cento e 88,6 por cento. A sensibilidade variou de11,4 por cento a 66,5 por cento, a especificidade, valores preditivos positivo e negativo foram maiores que80 por cento. Observou-se uma elevada concordância entre os diagnósticos descritos na declaração de nascido vivo e no ECLAMC. A confiabilidade da codificação, calculada pelo índice kappa, variou de 0,61 a 1,00 para três dígitos da CID-10 e de 0,41 a 0,78 para quatro dígitos. Na comparação entre 2004 e 2007, observou-se a persistência da baixa cobertura em todos os hospitais, exceto por um, com sub notificação de pelo menos 40 por cento das anomalias congênitas. Além disso, verificou-se piora da notificação em dois hospitais. Intervenções foram realizadas em quatro hospitais e duas SMS. Foram realizados cursos de capacitação no diagnóstico e codificação das anomalias congênitas por uma SMS. Concluiu-se que a informação sobre anomalias congênitas no SINASC, tanto em 2004 como em 2007, apresentou baixa cobertura e validade de critério, restringindo o seu uso na determinação das prevalências destas condiçõesno Brasil. A confiabilidade da codificação, apesar de apresentar valores moderados, representauma limitação importante para os estudos epidemiológicos. Poucas intervenções estão sendo realizadas objetivando a melhora da qualidade das informações sobre anomalias congênitas. Com base nos resultados deste estudo recomendamos ações urgentes pelo MS e SMS para o preenchimento deste campo no SINASC, principalmente referente à capacitação dos profissionais, assim como avaliações periódicas da qualidade. / This study aimed to evaluate the birth defects data from the Brazilian birth certificate in
eight hospitals distributed in seven municipalities. We evaluated the case ascertainment, criterion validity and coding reliability of birth defect cases in 2004, and afterwards, the case ascertainment and validity was compared to the year 2007. The birth certificate databases of these hospitals, from 2004 and 2007, were used, consisting of 27,945 e 25,905 live-births, respectively. For the criterion validity we used Latin-American Collaborative Study of Congenital Malformations (ECLAMC) as the gold-standard and for the reliability analysis a trained professional from the birth certificate information system. Besides, the interventions performed by the hospitals and the corresponding Municipal Departments of Health (MDOH) and the Ministry of Health (MOH), in the same period, were described. In the 2004 analysis, minor as well as major birth defects were underreported by the birth
certificate, varying from 33.5% to 88.6%.The sensitivity varied from 11.4% to 66.5%, the
specificity, positive and negative predictive values were all above 80%. We observed a high concordance between the birth defects diagnosis described in the birth certificate and ECLAMC. The coding reliability, calculated by kappa, varied from 0.61 to 1.00 for three digits- and from 0.41 to 0.78 for four digits of the ICD-10. In the comparison between 2004 and 2007, we observed a persistence of the low case ascertainment in all hospitals, except for one, with underreporting of at least 40% of the birth defects. In addition, we verified a significant decrease in reporting in two of the hospitals. Interventions were performed in four hospitals and two MDOHs. Training courses on birth defects diagnosis and coding were only realized by one MDOH. We concluded that the information on birth defects in the birth certificate, in 2004 as well as in 2007, presented low case ascertainment and
criterion validity, restraining its use in the determination of the prevalence of these conditions in Brazil. The coding reliability, even if it presented moderate values, represents
an important limitation for epidemiologic studies. Few interventions are being performed
aiming the improvement of the birth defects information quality. Considering the results
from this study, we recommend urgent initiatives by the MOH and MDOHs for the birth defects data in the birth certificate, especially regarding professional training, as well as periodic quality evaluations.
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Perfil das citocinas e correlação com a morbidade no período pós-operatório em crianças com diagnostico de cardiopatias congênitas não cianosantes submetidas a cirurgia corretiva com circulação extracorpóreaCunha, Cláudio Ribeiro da 27 July 2012 (has links)
Pediatric
cardiac
surgery
with
cardiopulmonary
bypass
(CPB)
induces
a
complex
inflammatory
reaction
of
variable
intensity
that,
in
severe
cases,
may
lead
to
multiple
organ
dysfunctions,
resulting
in
considerable
morbidity
and
mortality.
Previous
studies
have
demonstrated
the
involvement
of
cytokines
with
both
pro-inflammatory
and
anti-
inflammatory
profile
in
the
inflammatory
response
in
this
group
of
patients,
as
well
as
its
relationship
to
morbidity
in
the
postoperative
period.
The
present
study
aimed
to
delineate
the
kinetics
of
plasma
concentrations
of
eight
different
cytokines,
to
determine
the
impact
of
blood
transfusion
on
these
kinetics
and
to
evaluate
the
possible
correlation
of
postoperative
morbidity
with
these
kinetics.
This
study
evaluated
a
group
of
19
children
diagnosed
with
non-cyanotic
congenital
heart
disease
with
volume
overload
of
left
ventricle
and
increased
pulmonary
blood
flow,
classified
as
low
risk
for
operative
mortality,
undergone
corrective
surgery
with
CPB.
Blood
samples
were
taken
in
seven
different
times:
after
induction
of
anesthesia
but
prior
to
initiation
of
surgery
(T0),
five
minutes
after
CPB
beginning
(T1),
five
minutes
after
the
opening
of
the
aortic
clamp
(T2),
at
the
end
of
surgical
procedure
(T3),
four
hours
after
the
end
of
surgery
(T4),
at
the
first
postoperative
day
(T5)
and
at
the
second
postoperative
day
(T6).
For
each
sample
was
carried
out
the
measurement
of
plasma
concentrations
of
interleukin
(IL)
-2,
interleukin
(IL)
-4,
interleukin
(IL)
-6,
interleukin
(IL)
-‐10,
interleukin
(IL)
-17,
tumor
necrosis
factor
(TNF)-α,
interferon
(IFN)-γ
and
macrophage
migration
inhibitory
factor
(MIF).
We
also
evaluated
blood
transfusion
and
eight
morbidity
related
variables:
CPB
time,
aortic
cross-clamping
time,
inotropic
score,
cumulative
TISS
score,
oxygenation
index,
volume
of
postoperative
bleeding
in
the
first
48
hours,
duration
of
mechanical
ventilation
and
length
of
stay
in
intensive
care
unit
(ICU)
postoperatively.
Considering
the
kinetics
of
the
concentrations
of
the
cytokines
evaluated,
the
concentrations
of
IL-6,
IL-10
and
MIF
significantly
changed
in
response
to
the
surgical
procedure.
The
concentrations
of
IL-‐6
increased
in
T3,
T4
and
T5
and
returned
to
baseline
values
at
T6.
The
concentrations
of
IL-10
increased
in
T2,
T3
and
T4
and
returned
to
baseline
values
at
T5.
Concentrations
of
MIF
increased
in
T2
and
T3,
returned
to
baseline
in
T4
and
rose
again
at
T6.
Red
blood
cell
transfusion
had
no
impact
on
plasma
concentrations
of
IL-6,
IL-10
and
MIF.
Plasma
concentrations
of
IL-2,
IL-4,
IL-17,
IFN-γ
and
TNF-α
did
not
change
significantly
since
the
induction
of
anesthesia
to
the
second
postoperative
day. Regarding
the
correlation
of
the
concentrations
of
cytokines
with
morbidity
in
the
postoperative
period,
we
detected
a
positive
correlation
between
plasma
concentrations
of
IL-6
and
inotropic
score.
Different
from
what
occurred
with
IL-6,
there
were
no
correlations
between
the
concentrations
of
IL-10
and
MIF
and
inotropic
score.
We
did
not
found
any
correlation
among
the
concentrations
of
IL-6,
IL-10
and
MIF
and
the
following
variables:
CPB
time,
aortic
cross-clamping
time,
cumulative
TISS
score,
oxygenation
index,
volume
of
postoperative
bleeding
in
the
first
48
hours,
duration
of
mechanical
ventilation
and
ICU
length
of
stay.
Therefore,
for
this
group
of
patients,
characterized
as
low
risk,
we
have
found
a
significant
elevation
of
plasma
concentrations
of
the
mediators
IL-6,
IL-10
and
MIF
in
response
to
corrective
surgery.
Packed
red
blood
cells
transfusion
had
no
impact
on
plasma
concentrations
of
these
mediators.
Also,
no
correlation
was
found
between
elevated
concentrations
of
these
mediators
and
the
majority
of
morbidity
related
perioperative
and
postoperative
variables
that
were
evaluated. / A
cirurgia
cardíaca
pediátrica
com
auxílio
da
circulação
extracorpórea
(CEC)
está
associada
a
uma
resposta
inflamatória
complexa,
de
intensidade
variável.
Em
alguns
casos
tal
reação
pode
desencadear
uma
disfunção
de
múltiplos
órgãos
resultando
em
morbidade
e
mortalidade
significativas.
Estudos
prévios
demonstraram
a
participação
de
citocinas
tanto
com
perfil
pró-inflamatório
quanto
anti-inflamatório
na
resposta
inflamatória
nesse
grupo
de
pacientes,
assim
como
sua
relação
com
a
morbidade
no
período
pós-operatório
(PO).
O
presente
estudo
teve
os
seguintes
objetivos:
delinear
a
cinética
das
concentrações
plasmáticas
de
oito
diferentes
citocinas,
determinar
o
impacto
da
hemotransfusão
nesta
cinética
e
avaliar
a
possível
correlação
da
cinética
das
concentrações
plasmáticas
das
citocinas
com
a
morbidade
no
PO.
A
casuística
foi
constituída
por
um
grupo
de
19
crianças
com
diagnóstico
de
cardiopatias
congênitas
não
cianosantes
com
sobrecarga
de
volume
de
ventrículo
esquerdo
e
hiperfluxo
pulmonar,
classificadas
como
de
baixo
risco
para
mortalidade
operatória,
submetidas
a
cirurgia
corretiva
com
CEC.
Foram
coletadas
amostras
sanguíneas
das
crianças
incluídas
no
estudo
em
sete
momentos
diferentes:
após
a
indução
da
anestesia
mas
antes
do
início
da
cirurgia
(T0),
cinco
minutos
após
o
início
da
CEC
(T1),
cinco
minutos
após
a
abertura
da
pinça
da
aorta
(T2),
ao
final
do
procedimento
cirúrgico
(T3),
quatro
horas
após
o
final
da
cirurgia
(T4)
,
primeiro
dia
de
PO
(T5)
e
segundo
dia
de
PO
(T6).
Para
cada
amostra
foi
realizada
a
mensuração
das
concentrações
plasmáticas
da
interleucina
(IL)-2,
interleucina
(IL)-4,
interleucina
(IL)-6,
interleucina
(IL)-10,
interleucina
(IL)-17,
fator
de
necrose
tumoral
(TNF)-α,
interferon
(IFN)-γ
e
do
fator
inibidor
da
migração
de
macrófagos
(MIF).
Também
foram
avaliadas
a
transfusão
de
hemoderivados
e
oito
variáveis
relacionadas
a
morbidade:
tempo
de
CEC,
tempo
de
pinçamento
aórtico,
escore
inotrópico,
escore
de
TISS
cumulativo,
índice
de
oxigenação,
volume
de
sangramento
pós-‐operatório
nas
primeiras
48
horas,
tempo
de
ventilação
mecânica
e
tempo
de
internação
na
UTI
no
período
pós-operatório.
Considerando
a
cinética
das
concentrações
plasmáticas
das
citocinas
avaliadas,
as
concentrações
de
IL-6,
IL-10
e
MIF
se
modificaram
significativamente
em
resposta
ao
procedimento
cirúrgico.
As
concentrações
de
IL-6
se
elevaram
em
T3,
T4
e
T5
e
retornaram
aos
valores
basais
em
T6.
As
concentrações
de
IL-10
se
elevaram
em
T2,
T3
e
T4
e
retornaram
aos
valores
basais
em
T5.
As
concentrações
de
MIF
se
elevaram
em
T2
e
T3,
retornaram
aos
valores basais
em
T4
e
se
elevaram
novamente
em
T6.
A
transfusão
de
concentrado
de
hemácias
não
teve
impacto
nas
concentrações
plasmáticas
de
IL-6,
IL-10
e
MIF.
As
concentrações
plasmáticas
de
IL-2,
IL-4,
IL-17,
IFN-γ
e
TNF-α
não
se
modificaram
significativamente
desde
a
indução
da
anestesia
até
o
segundo
dia
de
PO.
Quanto
a
correlação
das
concentrações
das
citocinas
com
a
morbidade
no
PO,
foi
detectada
uma
correlação
positiva
entre
as
concentrações
plasmáticas
de
IL-6
e
o
escore
inotrópico.
Diferentemente
do
que
ocorreu
com
a
IL-6,
não
foram
detectadas
correlações
entre
as
concentrações
de
IL-10
e
MIF
e
o
escore
inotrópico.
Também
não
foram
detectadas
correlações
das
concentrações
de
IL-6,
IL-10
e
MIF
com
as
seguintes
variáveis:
tempo
de
CEC,
tempo
de
pinçamento
aórtico,
escore
de
TISS
cumulativo,
índice
de
oxigenação,
volume
de
sangramento
pós-operatório
nas
primeiras
48
horas,
tempo
de
ventilação
mecânica
e
tempo
de
internação
na
UTI
no
pós-operatório.
Portanto,
neste
grupo
de
pacientes
avaliados,
caracterizados
como
de
baixo
risco,
foi
encontrada
uma
elevação
significativa
das
concentrações
plasmáticas
dos
mediadores
IL-6,
IL-10
e
MIF
em
resposta
a
intervenção
cirúrgica
corretiva.
A
transfusão
de
concentrado
de
hemácias
não
teve
impacto
nas
concentrações
plasmáticas
desses
mediadores.
Também
não
foi
encontrada
uma
correlação
entre
a
elevação
das
concentrações
destes
mediadores
e
a
maioria
das
variáveis
perioperatórias
e
pós-operatórias
relacionadas
a
morbidade
que
foram
avaliadas. / Doutor em Imunologia e Parasitologia Aplicadas
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Novas abordagens antigênicas no sorodiagnóstico da toxoplasmose humana, com ênfase nas infecções primária e congênitaCarvalho, Fernando dos Reis de 31 October 2014 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Chapter I - Toxoplasmosis is a zoonosis caused by the intracellular parasite Toxoplasma gondii, which infects a range of hosts, including about one-third of the world\'s human population. One of the most severe manifestations of this infection in humans corresponds to congenital toxoplasmosis, which occurs when there is placental transmission of the parasite to the fetus in cases of primary maternal infection during pregnancy. Congenital infection may cause abortions or fetal losses, as well as severe ocular and/or cerebral sequelae in newborns. The serological screening of pregnant women and newborns is mainly based on the detection of IgG and IgM antibodies to T. gondii and constitutes an important measure to be adopted in programs to control this infection, despite the limitations in the antibody detection and interpretation of results. Chapter II - A total of 173 pairs of serum samples from mothers with suspected primary toxoplasmosis during pregnancy and their newborns, obtained from the Department of Pediatrics and Neonatology of Clinical Hospital of the Federal University of Uberlândia (HC-UFU) from 2006 to June 2014, was analyzed by ELISA for the detection of IgG, IgM and IgA anti-T. gondii, and the results were correlated with clinical data obtained from research in the clinical records of each patient. It was concluded that (i) prenatal serological screening is very important for the identification of pregnant women exposed to toxoplasmosis during pregnancy; (ii) maternal treatment reduces congenital transmission of T. gondii; (iii) neonatal serologic screening, associated with analysis of clinical parameters, allows the identification of vertically infected newborns, mainly through simultaneous detection of IgM and IgA antibodies; and (iv) serological follow-up of newborns is important in clarifying doubtful situations, especially in cases of asymptomatic newborns that present suggestive serology of congenital infection. Chapter III - Different antigenic fractions derived from soluble antigen of tachyzoites of T. gondii (STAg) were obtained from sequential precipitation with increasing concentrations of ammonium sulfate and used in immunoblotting technique to detect IgG antibodies and its subclasses (IgG1, IgG2, IgG3 and IgG4) present in paired serum samples from mothers with presumptive serology of recent toxoplasmosis during pregnancy and their newborns. It was concluded that the use of antigenic fractions obtained from STAg precipitation in the diagnosis of human toxoplasmosis proved to be interesting to detect IgG and its subclasses, allowing differentiation between positive and negative samples, but it was not a good alternative for the diagnosis of congenital toxoplasmosis, presenting results considered inferior to the STAg, due to the lower frequency of recognized antigenic bands and the absence of differential recognition of antigens by sera of newborns. Chapter IV - The amino acid sequences of sixteen immunodominant antigens of T. gondii were used to perform B cell linear epitope prediction using a software-based approach. A total of 22 epitopes of antigens from surface (SRS), rhoptries (ROP), micronemes (MIC) and dense granules (GRA) of T. gondii were identified, and 15 residues from their amino acid sequences were used to synthesize peptides chemically linked to bovine serum albumin backbone, and the diagnostic performance of these synthetic peptides was evaluated in ELISA to detect specific IgG antibodies in sera of patients with suspected acute toxoplasmosis (G1) or chronic (G2). It was concluded that synthetic peptides designed from B cell linear epitope prediction constitute promising antigens in serological assays to diagnose toxoplasmosis and differentiate acute from chronic phases of toxoplasmosis, representing an alternative to the use of native or recombinant antigens. / Capítulo I - Toxoplasmose é uma zoonose causada pelo parasita intracelular Toxoplasma gondii, que infecta diferentes hospedeiros, incluindo cerca de um terço da população humana mundial. Uma das manifestações mais graves da infecção por este parasita em humanos corresponde à toxoplasmose congênita, quando há transmissão placentária do parasita para o feto durante infecção materna primária na gestação. A infecção congênita pode causar abortos ou perdas fetais, além de sequelas graves em recém-nascidos (RNs), principalmente oculares e/ou cerebrais. A triagem sorológica de gestantes e RNs, baseada principalmente na detecção de anticorpos IgG e IgM anti-T. gondii constitui-se em importante medida a ser adotada em programas de controle desta infecção, apesar das limitações na detecção dos anticorpos e na interpretação dos resultados. Capítulo II - Um total de 173 pares de amostras de soros de mães com suspeita de toxoplasmose primária na gestação e seus respectivos RNs, provenientes do Setor de Pediatria e Neonatologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) no período de 2006 a junho de 2014, foi analisado por ELISA para a detecção de anticorpos IgG, IgM e IgA anti-T. gondii, e os resultados obtidos foram correlacionados com dados clínicos obtidos a partir de pesquisa nos prontuários clínicos de cada paciente. Concluiu-se que (i) a triagem sorológica pré-natal é de grande relevância na identificação de gestantes expostas à toxoplasmose durante a gestação; (ii) o tratamento materno reduz a transmissão congênita de T. gondii; (iii) a triagem sorológica neonatal, aliada à análise de parâmetros clínicos permite identificar RNs verticalmente infectados, principalmente por meio da detecção conjunta de anticorpos IgM e IgA; e (iv) o acompanhamento sorológico de RNs é importante no esclarecimento de situações duvidosas, principalmente em casos de RNs assintomáticos, mas com sorologia sugestiva de infecção congênita. Capítulo III - Diferentes frações antigênicas derivadas do antígeno solúvel de taquizoítas de T. gondii (STAg) foram obtidas a partir de precipitação sequencial em concentrações crescentes de sulfato de amônio e utilizadas na técnica de immunoblotting para a detecção de anticorpos IgG total e suas subclasses (IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4) presentes em amostras pareadas de soros de mães com sorologia presuntiva de toxoplasmose recente na gestação e seus respectivos RNs. Concluiu-se que a utilização destas frações antigênicas de STAg no diagnóstico da toxoplasmose humana se mostrou interessante na detecção de anticorpos IgG e suas subclasses, permitindo diferenciação entre amostras positivas e negativas, mas não se mostrou uma boa alternativa no diagnóstico da toxoplasmose congênita, com resultados inferiores aos do STAg, em função da menor frequência de bandas antigênicas reconhecidas e da ausência de reconhecimento diferencial de antígenos pelos soros dos RNs, em relação aos soros maternos. Capítulo IV - As sequências de aminoácidos de 16 antígenos imunodominantes de T. gondii foram usadas para a predição de epítopos lineares de células B usando ferramentas de bioinformática. Um total de 22 epítopos de antígenos de superfície (SRS), roptrias (ROP), micronemas (MIC) e grânulos densos (GRA) de T. gondii foram identificados e utilizados para a síntese de peptídeos com 15 resíduos de aminoácidos, os quais foram quimicamente conjugados ao esqueleto proteico da albumina sérica bovina (BSA), e o desempenho diagnóstico destes peptídeos sintéticos foi avaliado por ELISA para a detecção de anticorpos IgG em soros de pacientes com suspeita de toxoplasmose aguda (G1) ou crônica (G2). Concluiu-se que peptídeos sintéticos obtidos a partir da predição de epítopos lineares de células B constituem antígenos promissores em ensaios sorológicos para o diagnóstico da toxoplasmose e para a diferenciação das fases aguda e crônica da infecção, representando uma alternativa ao uso de antígenos nativos ou recombinantes. / Doutor em Imunologia e Parasitologia Aplicadas
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Estudo da proteína P450 óxido-redutase e dos citocromos hepáticos 2C19 e 3A4 como possíveis moduladores do fenótipo da deficiência da 21-hidroxilase / Study of P450 oxidoreductase protein and hepatic cytochromes 2C19 and 3A4 as a potential modulatory factors in 21-hydroxylase deficiency phenotypeLarissa Garcia Gomes 02 September 2009 (has links)
A deficiência da 21-hidroxilase é uma doença genética comum, causada por mutações no gene CYP21A2, que codifica a enzima 21-hidroxilase (P450c21). A deficiência da 21-hidroxilase afeta a síntese de cortisol e aldosterona e promove acúmulo de precursores, que são desviados para a síntese de andrógenos. Observa-se três principais fenótipos: a forma clássica virilizante simples (VS), na qual as meninas nascem com virilização da genitália externa e ambos os sexos apresentam virilização pós-natal; a forma perdedora de sal (PS), na qual além da virilização, ambos os sexos apresentam crise de perda de sal no período neonatal; e a forma não clássica (NC), na qual os sintomas de hiperandrogenismo iniciam-se mais tardiamente, na infância, adolescência ou idade adulta. Os estudos in vitro das mutações do CYP21A2 demonstram que existe uma boa correlação do grau de comprometimento da atividade enzimática conferido pelo genótipo com o fenótipo. Entretanto, existem algumas divergências como: pacientes que apresentam quadro clínico e hormonal de forma não clássica, nos quais mutações não são identificadas em um ou em ambos os alelos do CYP21A2, e pacientes que apresentam o fenótipo mais leve do que o predito pelo genótipo. Essas divergências sugerem a presença de fatores moduladores do fenótipo na deficiência da 21-hidroxilase. A primeira hipótese foi de que houvesse mutações no gene P450 óxido-redutase (POR), que codifica uma flavoproteína que doa elétrons para as enzimas microssomais P450, inclusive a P450c21, passo fundamental para a atividade enzimática das mesmas. A segunda hipótese foi de que outras enzimas P450, que não a P450c21, tivessem a capacidade de realizar a 21-hidroxilação extra-adrenal da progesterona e 17OH-progesterona (17OHP), sendo então capazes de modular o fenótipo da perda de sal e/ou virilização. Os citocromos P450 hepáticos CYP2C19 e CYP3A4, responsáveis pelo metabolismo de drogas, são capazes de realizar 21-hidroxilação da progesterona, porém essa atividade nunca foi comparada com a atividade de 21-hidroxilação da P450c21, a fim de que se possa extrapolar a importância dessa atividade extra-adrenal in vivo. A casuística desse estudo constou de 11 pacientes com a forma NC e genótipo incompleto, e 6 pacientes com fenótipo discordante do genótipo (5 com genótipo predizendo forma PS e manifestando forma VS, e 1 com genótipo predizendo VS e apresentando forma NC). O gene POR foi sequenciado em todos 17 pacientes e 10/30 alelos não relacionados apresentavam o polimorfismo A503V. O estudo funcional foi realizado através da expressão em bactéria do P450c21, do POR selvagem (PORwt) e da variante do POR A503V, e de estudo enzimático in vitro comparando a 21-hidroxilação da P450c21 promovida pela PORwt e POR A503V. Essa comparação foi realizada através de cálculos dos parâmetros que avaliam cinética enzimática (Km, Vmax e Vmax/Km). Apesar da variante POR A503V diminuir significativamente a atividade da P450c17 in vitro, nosso estudo demonstrou que ela não altera a capacidade de 21-hidroxilase da P450c21. Portanto, não existem substituições no POR que justifiquem as discordâncias de fenótipo/genótipo na deficiência da 21-hidroxilase nesta casuística. Para avaliarmos o papel da 21-hidroxilação extra-adrenal, as enzimas P450c21, as enzimas P450 hepáticas CYP2C19 e CYP3A4 e o POR foram expressos em bactéria. A capacidade das enzimas P450c21, CYP2C19 e CYP3A4 de 21- hidroxilar progesterona e 17OHP foram avaliadas in vitro e medidas através dos mesmos parâmetros de cinética enzimática. Comparado com a P450c21, o Vmax/Km da 21-hidroxilação da progesterona pelos CYP2C19 e CYP3A4 foram 17% e 10%, respectivamente. Os citocromos hepáticos não apresentaram atividade de 21-hidroxilação da 17OHP. Considerando que uma atividade residual mínima de 21-hidroxilação da progesterona é satisfatória para produzir quantidades suficientes de aldosterona para se evitar a perda de sal, este estudo sugere que a atividade de 21-hidroxilação extra-adrenal do CYP2C19 e CYP3A4 é capaz de melhorar o fenótipo de perda de sal, mas não o da deficiência de glicocorticóide. O gene CYP2C19, ao contrário do CYP3A4, é extremamente polimórfico, e são descritos vários haplótipos com diferentes atividades enzimáticas, os quais explicam as diferenças no metabolismo de várias drogas utilizadas na prática clínica. O único polimorfismo ultra-metabolizador é o CYP2C19*17, representado por duas substituições na região promotora que aumentam a transcrição do gene em 2-4 vezes. Os indivíduos que apresentam o haplótipo ultra-metabolizador podem ter maior atividade de 21-hidroxilação extraadrenal da progesterona e, dessa forma, não apresentarem a crise de perda de sal. O gene CYP2C19 foi sequenciado nos cinco pacientes com genótipo de forma perdedora de sal e que não desidrataram como predito, e encontramos o haplótipo ultra-metabolizador em homozigose em 1/5 pacientes e em heterozigose em 1/5 pacientes. Heterozigose para o CYP2C19*17 também foi encontrada no grupo controle (indivíduos perdedores de sal com genótipo/fenótipo concordantes). Portanto, o haplótipo CYP2C19*17 em heterozigose é insuficiente para modular a perda de sal e, provavelmente, em homozigose pode evitar a perda de sal. Em conclusão, pela primeira vez descrevemos o efeito modulador de uma variante alélica dos citocromos hepáticos P450 melhorando o fenótipo da forma perdedora de sal; no entanto, os demais casos permanecem com indefinição do genótipo. Estes resultados sugerem que não apenas uma única enzima, mas múltiplas enzimas extra-adrenais estão possivelmente envolvidas na modulação do fenótipo da deficiência da 21-hidroxilase. / Adrenal 21-hydroxylase deficiency is a common genetic disorder, caused by mutations in the CYP21A2 gene, which encodes the 21-hydroxylase P450c21. The 21-hydroxylase deficiency disrupts cortisol and aldosterone biosynthesis and leads to accumulation of androgen precursors. There are 3 main phenotypes: the simple virilizing (SV) form, in which girls present with virilized external genitalia at birth and both sexes present with precocious pseudopuberty; the salt wasting (SW) form, characterized by additional salt-wasting crisis in the neonatal period in both sexes; and the nonclassic (NC) form, in which the hyperandrogenic signs occur later in life, during childhood, adolescence or adulthood. In vitro studies show a good correlation between the degree of enzymatic impairment determined by genotype and phenotype. However, there are some discrepancies as: patients with clinical and hormonal profiles of nonclassic form in whom mutations are not found in one or both alleles, and patients with milder phenotype than the ones predicted by genotyping. These discrepancies suggest the existence of modulatory factors in 21- hydroxylase deficiency phenotype. The first hypothesis was that there were mutations in P450 oxidoreductase (POR), a gene which encodes a flavoprotein that donates electrons for all microsomal P450s, including P450c21, an essential step for P450s activity. The second hypothesis was that other enzymes that not P450c21 could perform extra-adrenal 21-hydroxylation of progesterone and 17OHprogesterone (17OHP), modulating salt balance and virilization. Hepatic drugmetabolizing P450 enzymes CYP2C19 and CYP3A4 can 21-hydroxylate progesterone; however, this activity was never compared to 21-hydroxylation performed by P450c21, in order to determine the importance of this extra-adrenal activity in vivo. The present cohort consisted of 11 patients with nonclassic form and incomplete genotype and 6 patients with genotype/phenotype discrepancies (genotype-predicted SW form and manifested SV form, n=5; genotyped-predicted SV form and manifested NC form, n=1). The POR gene was sequenced in these 17 patients, and 10/30 alleles presented the polymorphism A503V. P450c21, PORwt and POR A503V were expressed in bacteria, assayed in vitro, and the kinetics parameters Km, Vmax and Vmax/Km were calculated. Although POR A503V variant decreases the activity of P450c17, our study showed that it does not alter the 21-hydroxylation by P450c21. Therefore, there are no POR variants in this cohort that could explain discrepancies between genotype and phenotype in 21- hydroxylase deficiency. To evaluate the hypothesis of extra-adrenal 21- hydroxylation, P450c21, CYP2C19, CYP3A4, and POR were expressed in bacteria, assayed in vitro, and kinetic parameters assessed. Compared to P450c21, the Vmax/Km of 21-hydroxylation of progesterone by CYP2C19 and CYP3A4 was 17% and 10%, respectively. Neither CYP2C19 nor CYP3A4 were able to 21-hydroxylate 17OHP. Considering that little 21-hydroxylation activity is enough to produce sufficient amount of aldosterone to avoid the dehydration, this study suggests that extra-adrenal 21-hydroxylation by CYP2C19 and CYP3A4 may be able to ameliorate the mineralocorticoid, but not the glucocorticoid deficiency. CYP2C19 is very polymorphic, and some haplotypes can modify enzymatic activity. For example, the unique ultrametabolizer allele CYP2C19*17 has two polymorphisms in the promoter region that increase gene transcription in 2-4 times. Thus, patients harboring the CYP2C19 ultra-metabolizer allele could present an increased extraadrenal 21-hydroxylation of progesterone, and hence be able to avoid salt wasting crisis. CYP2C19 gene was sequenced in the 5 patients who did not present salt wasting crisis as expected, and 1/5 patients was homozygous and 1/5 patients was heterozygous for the CYP2C19*17 allele. Heterozygosity was also present in the control group (patients with salt wasting form and genotype/phenotype concordance). Therefore, heterozygosity for CYP2C19*17 seems to be insufficient to modulate salt balance but homozygosity might be able to avoid salt wasting crisis. In conclusion, we described for the first time the modulatory effect of an allelic variant of an extra-adrenal P450 enzyme ameliorating the salt wasting phenotype in a patient with 21-hydroxylase deficiency. Taken together with the remaining undefined genotypes, these results suggest that multiple extra-adrenal enzymes, rather than a single one, modulate the phenotypic expression of defects in 21-hydroxylase.
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Análise de genes moduladores do fenótipo da forma não clássica da deficiência da 21-hidroxilase / Analysis of genes modulators in the nonclassical 21-hydroxylase deficiency phenotypeVivian de Oliveira Moura 14 June 2011 (has links)
A deficiência da 21-hidroxilase é uma freqüente doença autossômica recessiva caracterizada por manifestações hiperandrogênicas, que se iniciam na infância, puberdade ou vida adulta. Observa-se existência de forte correlação do comprometimento da atividade enzimática conferido pelo genótipo com a forma clínica e com as concentrações basais e pós-estímulo da 17OH-progesterona. Entretanto, não se observa a mesma correlação com a intensidade, idade de início das manifestações e com as concentrações séricas de testosterona. Sugere-se que variações individuais na sensibilidade periférica aos andrógenos ou no metabolismo da testosterona poderiam estar implicadas na variabilidade fenotípica desta doença. Porém, os possíveis mecanismos nunca foram estudados na literatura. Os andrógenos têm sua ação mediada pelo receptor de andrógenos (AR), cujo gene apresenta um trato polimórfico de repetições CAG, o qual modula sua atividade de transativação. Em tecidos periféricos a ação androgênica pode ser ainda potencializada pela enzima 5 alfa-redutase, que transforma testosterona em dihidrotestosterona. O seu gene codificador (SRD5A2) possui vários polimorfismos que alteraram esta atividade de biotransformação nos tecidos periféricos. No clearance da testosterona, os citocromos hepáticos P4503a4, P4503a5 p4503a7 e P4502c19 são os principais envolvidos. Além disso, outro citocromo, o P450c17 representa uma enzima chave na via de produção de andrógenos. Para os citocromos P450 tipo 2, tanto da via de clearance como de síntese dos andrógenos, é necessário ainda a interação com o P450 óxido-redutase para realizar suas reações de hidroxilação. São descritos polimorfismos em todos os genes acima referidos, que alteram sua expressão ou a eficiência catalítica e, consequentemente, tem sido envolvidos na etiologia de doenças andrógeno-dependentes. Consideramos que alterações nos genes codificadores das proteínas relacionadas ao metabolismo e/ou ação periférica dos andrógenos possam atuar na modulação do fenótipo da forma não clássica. Objetivos: Correlacionar o nCAG do gene AR e os polimorfismos nos genes CYP3A5, CYP3A7, CYP3A4, CYP2C19 e CYP17A1, POR e SRD5A2 com a idade de aparecimento dos sintomas, score de Ferriman do hirsutismo ao diagnóstico, presença de virilização, com as concentrações séricas basais de testosterona, bem como com a ausência ou presença de sintomas. Casuística: Selecionamos 122 pacientes com diagnóstico de forma não clássica confirmado por 17OH-progesterona basal ou pós-estímulo com ACTH 10 ng/mL. Todos os pacientes tiveram o diagnóstico molecular, ou seja, mutações identificadas nos dois alelos do gene CYP21A2. As pacientes foram divididas de acordo com o comprometimento da atividade da 21-OH predito pelo genótipo em grupos A/C (grave) e C/C (moderado). As pacientes também foram divididas em grupos pediátrico e adulto, início das manifestações antes e após os 12 anos, respectivamente. Metodologia: O DNA foi extraído de leucócitos periféricos. As regiões de repetições CAG foram amplificadas por PCR e os produtos submetidos à eletroforese capilar e análise pelo software GeneScan. Amostras de DNA das pacientes heterozigotas para o número de repetições CAG foram digeridas com a enzima Hpa II e os produtos submetidos à amplificação da região CAG para se determinar o padrão de inativação do cromossomo X. Os genes CYP3A5, CYP3A4, CYP3A7, CYP17A1, CYP2C19, POR e SRD5A2 foram amplificados por PCR e submetidos à reação de seqüenciamento ou à reação de digestão enzimática para rastreamento das variantes alélicas. Os resultados foram comparados com as respectivas seqüências selvagens depositadas no GeneBank. Na análise estatística foram empregados os testes t de Student, ANOVA, Wilcoxon rank-sun, Kruskall Wallis rank e regressão linear. Resultados: Observamos uma frequência significativamente menor de alelos longos (> 26 repetições) do trato CAG do AR no grupo pediátrico em relação ao de adultos com genótipo 21-OH do grupo C/C (p=0,01). Adicionalmente, a média ponderada do trato CAG foi significativamente menor nas pacientes com clitoromegalia (19,1 ± 2,7) em comparação com a de pacientes sem virilização (21,6 ± 2,5), correlação que independeu do genótipo da 21-OH. A mediana das concentrações séricas de testosterona foi significativamente maior nas carreadoras da variante CYP17A1*A2 (145,7 ng/dL, 126-153) em relação às carreadoras da variante selvagem (57 ng/dL, 36-87) com genótipo 21-OH do grupo A/C. As demais variantes não se correlacionaram com os fenótipos clínico e hormonal. Conclusão: Observamos que o trato CAG apresentou efeito na modulação do fenótipo de virilização de mulheres com forma não clássica. Além disso, o trato CAG pode ter contribuído no período de início das manifestações, uma vez que o grupo pediátrico com genótipo C/C teve freqüência menor de alelos longos em relação às adultas. Dentre as variantes alélicas pesquisadas, que alteram a síntese e/ou metabolismo dos andrógenos, identificamos associação do alelo CYP17A1*A2 com concentrações maiores de testosterona. Embora tenhamos avaliado uma casuística expressiva para esta patologia, para as demais correlações com resultados negativos, não podemos afastar um efeito do tamanho da amostra. / Introduction: The 21-hydroxylase deficiency is a common autosomal recessive disease characterized by clinical hyperandrogenism, which could begin at childhood, puberty or adulthood. There is a strong correlation among impairment of enzymatic activity conferred by genotypes, clinical forms, basal and post-stimulation 17OH-progesterone (17-OHP) levels. However, we did not observe the same correlation with the intensity, age at onset of manifestations and basal testosterone levels. It is suggested that individual variations in the androgen peripheral sensitivity and/or metabolism could be implicated in the phenotypic variability of this disease. However, potential mechanisms have never been studied before. The androgen action is mediated by the androgen receptor (AR), whose gene has a polymorphic CAG repeat that modulates its transactivation activity. In the peripheral tissues, the androgen action is modified by the 5 alpha-reductase type 2 activity, which converts testosterone into a potent androgen, dihydrotestosterone. Its coding gene (SRD5A2) carries several polymorphisms altering its catalytic activity in the peripheral tissues. Regarding the testosterone clearance, hepatic cytochromes P4503a4, P4503a5 p4503a7 P4502c19 are the most important. In addition, another cytochrome, P450c17, is a key enzyme in the androgen production pathway. For the cytochrome P450 type 2 activities, involved in the androgen clearance and/or synthesis, an interaction with the P450 oxidoreductase is still necessary. Polymorphisms are described in all the aforementioned genes, which change their expression and/or catalytic efficiencies; consequently, they have been implicated in the etiology of androgen-dependent diseases. We supposed that changes in the coding genes for the aforesaid proteins could act in modulating the nonclassical phenotype. Objectives: To compare the nCAG of AR gene and polymorphisms of CYP3A5, CYP3A7, CYP3A4, CYP2C19, and CYP17A1, SRD5A2 and POR genes with the age of onset of symptoms, Ferriman score of hirsutism at diagnosis, presence of virilization, basal testosterone levels, as well as with the absence or the presence of symptoms. Patients: We selected 122 patients with basal or post-ACTH 17-OHP 10 ng/mL. All patients had confirmed nonclassical molecular diagnoses. Patients were divided according to the impairment of 21-OH activity predicted by genotype groups into A/C (severe) and C/C (moderate). Patients were also classified according to the onset of manifestations into pediatric and adult groups, younger than or older than 12 years, respectively. Methods: DNA was extracted from peripheral leukocytes. CAG repeat regions were PCR amplified, products submitted to capillary electrophoresis and analyzed by GeneScan software. DNA samples from CAG heterozygous patients were digested with the Hpa II enzyme and also submitted to PCR, in order to determine X-chromosome inactivation pattern. The CYP3A5, CYP3A4, CYP3A7, CYP17A1, CYP2C19, POR and SRD5A2 genes were PCR amplified and submitted to sequencing or enzymatic assays to screen the allelic variants. The results were compared with their wild sequences in the GenBank. Statistical comparisons employed Student\'s t tests, ANOVA, Wilcoxon rank-sun, Kruskal Wallis rank and linear regression. Results: We observed a significantly lower frequency of longer CAG alleles (> 26 repeats) of AR in the pediatric group compared to the adults carrying the 21-OH genotype from group C/C (p = 0.01). Additionally, the weighted biallelic mean of the CAG tract was considerably lower in patients with clitoromegaly (19.1 ± 2.7) in comparison to patients without it (21.6 ± 2.5), a correlation that was independent of the 21-OH genotype severity. The median of testosterone levels was significantly higher in the CYP17A1*A2 carriers (145.7 ng/dL, 126-153) compared to the ones carrying the wild allele (57 ng/dL, 36-87), from the group A/C of 21-OH genotype. The other variants did not show a correlation with clinical and hormonal phenotypes. Conclusions: We observed that the CAG tract was effective in modulating the phenotype of virilization in nonclassical women as well as influenced the period of onset of manifestations of patients carrying moderate CYP21A2 genotype. Considering the remaining allelic variants, which alter the androgen synthesis or metabolism, we identified the association of CYP17A1*A2 alleles with higher testosterone levels. Although we evaluated a significant number of patients with 21-OHD, we cannot rule out a sample size effect.
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Análise de fatores genéticos associados ao desenvolvimento da síndrome metabólica durante a terapia com glicocorticoide em pacientes portadores da deficiência da 21-hidroxilase / Analysis of genetic factors associated with the development of the metabolic syndrome during therapy with glucocorticoids in patients with 21hydroxylase deficiencyRicardo Paranhos Pires Moreira 05 June 2014 (has links)
Introdução: A deficiência da 21-hidroxilase (21-OHD) é um frequente erro herdado do metabolismo que resulta no comprometimento da síntese do cortisol e/ou aldosterona e aumento da produção de andrógenos. A doença é caracterizada por uma diversidade fenotípica, variando desde virilização pré-natal da genitália externa de fetos femininos e pós-natal em ambos os sexos, com ou sem perda de sal, até quadros assintomáticos. Em seu tratamento é necessária reposição com glicocorticoide para se evitar a insuficiência adrenocortical e os sinais de virilização. Um fino ajuste na dose diária do glicocorticoide é essencial para se evitar sub ou supertratamento, com o objetivo de preservar o potencial de estatura final e fertilidade. Entretanto, tem sido observada maior frequência de obesidade e outras comorbidades metabólicas nestes pacientes; porém, a prevalência destas complicações ainda não é conhecida, bem como se estariam associadas à exposição ao glicocorticoide e/ou com fatores genéticos. Objetivos: avaliar a frequência de obesidade e de síndrome metabólica (SM) em pacientes com 21OHD; caracterizar a distribuição alélica dos polimorfismos dos genes do receptor de glicocorticoide (NR3C1) e da enzima 11beta-hidroxiesteróide desidrogenase tipo I (HSD11B1), e correlacionar a distribuição destes polimorfismos com a presença das complicações metabólicas. Métodos: Foram selecionados 109 pacientes (60 PS/49 VS), sendo 41 crianças e adolescentes (idade média 11,4 ± 3,9 anos) e 68 adultos (idade média 28,4 ± 9 anos) em tratamento com glicocorticoide e com adequado controle hormonal. Pacientes com a forma PS também receberam fludrocortisona. Adequado controle foi caracterizado por concentração normal de atividade plasmática de renina e de andrógenos de acordo com o sexo e idade nos últimos 2 anos. A obesidade nos adultos foi definida pelo IMC >= 30 kg/m² e em crianças e adolescentes pelo IMC acima do percentil 95. Síndrome metabólica foi definida segundo o critério do National Cholesterol Education Program em adultos e crianças. História familiar de hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, obesidade e/ou doença cardiovascular também foi avaliada. Foram mensuradas glicemia, lipoproteínas, triglicérides, colesterol total e insulina. Os alelos BclI, A3669G, ER22/23EK e N363S do gene NR3C1 e o alelo 4436InsA do gene HSD11B1 foram genotipados e as análises de associação com os fenótipos foram realizadas por meio dos testes Chi-quadrado, t-studant e análise de regressão. As análises de correlação foram feitas utilizando o teste de correlação de Pearson. Resultados: Obesidade foi observada em 31,7% das crianças e 23,5% dos adultos. Síndrome metabólica foi observada em 14,6% das crianças e 7,3% dos adultos. A prevalência dos componentes da SM foi maior no grupo dos obesos quando comparada a de pacientes não obesos (crianças e adultos). Não houve correlação significante entre o IMC, sexo, forma clínica da 21-OHD, duração da terapia e dose de GC. História familiar positiva para obesidade, hipertensão, dislipidemia e doença cardiovascular foi mais frequente nos pacientes obesos quando comparada a de pacientes não obesos, em adultos e crianças. Os polimorfismos BclI, A3669G e 4436InsA foram identificados em 23,2%, 9,7% e 14,6% dos alelos das crianças, respectivamente, e nos adultos em 26,4%, 9,6% e 18,4% dos alelos, respectivamente. A variante A3669G foi associada à maiores concentrações de LDL-c em crianças quando comparada aos carreadores do alelo selvagem. Os pacientes adultos carreadores do polimorfismo BclI apresentaram maior IMC, circunferência abdominal e PAS quando comparados aos carreadores do alelo selvagem. Não observamos diferenças estatisticamente significantes no perfil metabólico entre pacientes carreadores e não carreadores do polimorfismo 4436InsA (adultos e crianças). Conclusão: observamos que pacientes 21-OHD possuem maior prevalência de obesidade, e o grupo pediátrico maior prevalência de SM em relação à população de referência, sendo ambas independentes da dose de glicocorticoide e do tempo do tratamento. A presença de perfil metabólico adverso esteve associada à obesidade e à predisposição genética, tais como história familiar e variantes genéticas do receptor de glicocorticoide / Introduction: Congenital adrenal hyperplasia due to 21-hydroxylase deficiency (21OHD) is a common autosomal recessive disorder that leads to decreased glucocorticoid secretion, with or without mineralocorticoid deficiency, and increased androgen production. The disease is characterized by phenotypic variability, including a severe form with prenatal virilization of the external genitalia in female fetuses and postnatal virilization in both sexes, with or without salt loss. Current therapy aims to provide adequate glucocorticoid (GC) replacement and to suppress the abnormal androgen secretion; mineralocorticoid replacement aims to control the renal salt balance to avoid adrenal crisis. Nevertheless, these therapeutic goals are difficult to achieve in practice due to the complexity of replicating the physiologic cortisol circadian rhythm. Increased prevalence of obesity, insulin resistance, hypertension and adverse lipid profile have been observed among CAH patients under GC therapy; however, the extent of its prevalence and also whether it is associated with the GC dose or with genetic factors are not known. Objectives: to evaluate the obesity and metabolic syndrome (SM) frequencies in 21-OHD patients; to characterize the allelic distribution of the NR3C1 and HSD11B1 polymorphisms, and to correlate with the metabolic profile. Methods: One hundred and nine patients (60SW/49SV) were selected, 41 being children and adolescents (mean age 11.4 ± 3.9 yrs) and 68 adults (mean age 28.4 ± 9 yrs) all of whom received GC treatment and had adequate hormonal control. SW patients also received fludrocortisone. Adequate hormonal control was characterized by normal plasmatic rennin activity and androgen levels according to age and sex for at least two years. Blood fasting was used to obtain glucose, lipoproteins, triglycerides, total cholesterol and insulin levels. Obesity in the adult group was defined by BMI >= 30 kg/m², and in the young group by BMI > 95th percentile. Metabolic syndrome was defined by the NCEP ATPIII criteria. Family history of the hypertension, diabetes, dyslipidemia, obesity and/or cardiovascular disease was also evaluated. The BclI, A3669G, ER22/23EK and N363S alleles of the NR3C1 gene and 4436InsA of the HSD11B1 gene were genotyped and association analyses with phenotype were carried out with Chi-square, t-test and regression analysis. Correlation analyses were performed by Pearson correlation test. Results: obesity was observed in 31.7% of children and 23.5% of adults. SM was observed in 14.6% of young and 7.3% of adult patients. SM prevalence was higher in the obese group than the nonobese group (children and adults). There was no significant correlation between GC dose and BMI, sex, clinical form or treatment duration. Prevalence of family history of obesity, hypertension, dyslipidemia and cardiovascular disease was higher in the obese than in non-obese patients (children and adults). The BclI, A3669G and 4436InsA polymorphisms were found in 23.2%, 9.7% and 14.6% of the alleles in children, respectively and in 26.4%, 9.6% and 18.4% of the alleles in adults. The A3669G variant was associated to increased LDL-c levels in comparison with noncarriers in the young group. The BclI adult carriers presented higher BMI, abdominal circumference and systolic blood pressure in comparison with noncarriers. Statistically significant differences were not observed in the metabolic profile between carriers and non-carriers of the 4436InsA polymorphism (children and adults). Conclusion: in the present study, which analyzed the clinical and metabolic profile of 21-OHD patients, high obesity prevalence, independent of GC dose and treatment duration, was observed. Adverse metabolic profile was mainly associated with obesity and genetic predisposition, such as family history and NR3C1 polymorphisms
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