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Marcadores imunológicos de proteção na infecção por Leishmania braziliensis: Um estudo de coorteMuniz, Aline do Couto 07 December 2016 (has links)
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TESE Aline Muniz.pdf: 4528280 bytes, checksum: 1946bc2b7d10cc438a4d5f012ee6f207 (MD5) / INTRODUÇÃO:
Leishmaniose cutânea (LC) é a forma clínica mais comum causada por Leishmania
braziliensis. Dez a 15% de indivíduos sadios residentes em uma área endêmica de
Leishmania sem história prévia de LC apresentam um teste intradérmico para o antígeno
solúvel de leishmania (SLA) positivo e são considerados como tendo a forma subclínica
(SC) da doença. Os mecanismos envolvidos no controle da infecção SC por L.
braziliensis são desconhecidos. OBJETIVO: Determinar fatores imunológicos
associados com o desenvolvimento da infecção subclínica ou da leishmaniose cutânea
(LC) em indivíduos expostos à infecção por Leishmania braziliensis.
METODOLOGIA: Uma coorte de 308 contatos familiares (CF) de pacientes com LC,
sem história de doença foi estabelecido em 2010 em uma área endêmica de leishmaniose
tegumentar. Os indivíduos foram acompanhados por cinco anos e participaram de
avaliações clínicas e estudos imunológicos. A avaliação da produção de IFN-γ e
quimiocinas em culturas de sangue total estimuladas com antígeno solúvel de
Leishmania (SLA) e o teste de intradermo reação de Montenegro (RM) foram realizados
no início do estudo (ano zero), ano dois e no ano quatro. A identificação das células
produtoras de IFN-γ foi realizada por citometria de fluxo e foi determinada a capacidade
dos monócitos em controlar a infecção por Leishmania. Durante todo o período os
indivíduos foram monitorados para identificar o aparecimento de LC.
RESULTADOS: A infecção por L. braziliensis foi evidenciada em 118 (38,3%)
indivíduos. LC foi documentada em 45 (14,6%) indivíduos, 101 (32,8%) apresentaram
infecção SC e 162 (52,6%) não tinham indícios de exposição à L. braziliensis. A razão
de infecção para a doença foi de 3,2:1 e apenas 3% dos indivíduos que apresentaram
apenas produção de IFN-γ adoeceram. Houve uma correlação direta e uma concordância
razoável entre a RM e a produção de IFN-γ [κ: 0,23 (95% IC: 0.12-0.35)]. Enquanto a
produção de IFN-γ por células NK foi associada com proteção, uma RM positiva não
impediu o desenvolvimento da doença. Monócitos de indivíduos SC controlaram mais
a infecção do que monócitos de indivíduo com LC. Pode haver negativação tanto da RM
quanto da produção de IFN-γ. CONCLUSÕES: Proteção contra a LC foi associada
com a produção de IFN-γ por células NK, resultados do teste intradérmico negativos e maior capacidade dos monócitos dos indivíduos SC em impedir e controlar o
crescimento do parasito na infecção por L.braziliensis.
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Risco de crédito: propostas de medidas de inadimplência para o mercado brasileiroCia, Josilmar Cordenonssi 11 March 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003-03-11T00:00:00Z / O objetivo desta dissertação é apresentar propostas de medidas de inadimplência para o mercado de crédito brasileiro. Estas medidas foram desenvolvidas levando em consideração as várias formas de registro da inadimplência, tais como título protestado, cheque devolvido por falta de fundo, pedido de falência, concordata, etc. Para tanto foram aplicados os conceitos fundamentais de metodologias de taxa de inadimplência, especialmente a da Moody¿s e do Prof. Edward Altman. A partir da implementação destas medidas propostas de inadimplência será possível avaliar e comparar as evoluções da inadimplência de diferentes segmentos de empresas ao longo de vários anos. Com essas informações, os gestores de carteiras de crédito terão condições para minimizarem o risco de concentração. Além disso, através da implementação destas medidas, os órgãos que já atribuem rating às empresas brasileiras poderão averiguar o nível de acerto que seu sistema de classificação de risco de crédito obteve ao longo do tempo.
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Consequências clínicas e metabólicas da insegurança alimentar familiar em pessoas vivendo com HIV/AIDS: um estudo coorteMedeiros, Amira Rose Costa 16 February 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-02-16 / Food insecurity (FI) reaches 22.6% of the Brazilian population, but its prevalence and consequence in people living with HIV/Aids (PLWHA) are little known in Brazil. The consequences were studied in PLWHA, considering its effect on clinical morbidity associated with HIV/Aids, on the metabolic changes of HIV Lipodistrophic Syndrome, cardiovascular risk (CVR) and adherence to treatment. A cohort of 400 PLWHA accompanied on a reference service in the State of Paraíba, between March 2015 to May 2016, which were classified in two groups for exposure to FI, obtained by Brazilian Range of food insecurity and accompanied by a year to evaluate the outcomes. Described if the frequencies of socio-demographic variables, clinical, laboratory and the CVR; through its association with FI, using the Chi square and Mann-Whitney tests. Instrument devised to assess adherence to antiretroviral therapy (ART). Using Kaplan-Meier estimators and Nelson-Aalen to estimate survival. The Logrank test compared the curves for variable, and we used Cox regression model to estimate the risk associated with each outcome. Devised decision tree model to identify individuals with viral load (VL) detectable. The sample was characterized by most male (61.5%), race/color brown (54.8%), mean and median age of 44 years, 57.1% education; incomplete elementary school, 48.5% were retired, 32.8% with per capita incomes between 1/3 to 1/2 minimum wage in force. The average time to diagnosis was 7.8 years and use of HAART was 6.9 years. The prevalence of was 70.7% 399 of PLWHA, being higher in households with children under 18 years old, and FI afflicted 19.5 percent of these people. Moderate or severe FI (MFI/SFI) was associated with female sex, race/color; white, low education, low income per capita, being unemployed, not being adherent to HAART and have undetectable VL. There was no difference between the groups for levels of hemoglobin, hematocrit, serum proteins, glucose, lipid profile and body mass index. Individuals in MFI/SFI were more smokers, sedentary and with higher levels of ultra sensitive protein C. The CVR was classified as high 7.9, 40.7% of PLWHA and when used, respectively, the Framingham risk score and the Overall risk score, and not related to MFI/SFI. The Accession score 42 presented 63% of accuracy to detect the PLWHA with undetectable VL and 58.5 percent ranked as adherents. Poor adherence to HAART increased by 1.6 times the risk for care in the hospital, at 1.7 times the risk to introduce infectious diseases associated with HIV/Aids and immunodeficiencies in 1.9 times the risk to submit to undetectable VL after 12 months. The MFI/SFI was associated with worse survival to seek care at the hospital, introduce infectious diseases associated with HIV/Aids immunodeficiency and have CD4 count less than 350 cells/mm3, during the following 12 months. Individuals adhering to treatment in food safety or FI take had better survival for present undetectable VL. Being in MFI/SFI increased by 1.7 times the risk to seek care at the hospital, 1.9 times the risk for infectious disease associated with HIV/Aids immunodeficiency and 1.7 times the risk for HIV/Aids related diseases not associated with immunodeficiency, during the following 12 months. At the end of this period the VL was undetectable in 76.7 percent of 322 individuals, each with their own new tests. The evaluation of VL, CD4 cell count and treatment adherence was able to predict correctly 80.0% of PLWHA regarding detectable after 12 months VL from rules obtained by the decision tree model. The FI is a stressor that worsens the clinical evolution of PLWHA in the following 12 months, such as vulnerability to be better investigated and valued for the effective control of the Aids epidemic. / A insegurança alimentar (IA) atinge 22,6% da população brasileira, porém sua prevalência e consequência em pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA) são pouco conhecidas no Brasil. Estudaram-se as consequências da IA em PVHA, considerando seu efeito sobre a morbidade clínica associada ao HIV/Aids, sobre alterações metabólicas da Síndrome Lipodistrófica do HIV, o risco cardiovascular (RCV) e a adesão ao tratamento. Realizou-se uma coorte de 400 PVHA acompanhadas em serviço de referência no Estado da Paraíba, entre março de 2015 a maio de 2016, que foram classificadas em dois grupos quanto à exposição à IA, obtida pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar e acompanhadas por um ano para avaliação dos desfechos. Descreveram-se as frequências das variáveis sociodemográficas, clínicas, laboratoriais e o RCV; com sua associação com IA, utilizando os testes quiquadrado e Mann-Whitney. Elaborou-se instrumento para avaliar a adesão à terapia antirretroviral (TARV). Utilizaram-se os estimadores de Kaplan-Meier e Nelson-Aalen para estimar a sobrevivência. O teste Logrank comparou as curvas por variável, e utilizou-se modelo de regressão de Cox para estimar o risco associado a cada desfecho. Elaborou-se modelo de árvore de decisão para identificar os indivíduos com carga viral (CV) detectável. A amostra caracterizou-se por maioria do sexo masculino (61,5%), raça/cor parda (54,8%), média e mediana da idade de 44 anos, 57,1% com escolaridade até ensino fundamental incompleto, 48,5% eram aposentados, 32,8% com renda per capita entre 1/3 a 1/2 salário mínimo vigente. O tempo médio de diagnóstico foi de 7,8 anos e de uso de TARV foi de 6,9 anos. A prevalência de IA foi de 70,7% em 399 PVHA, sendo maior nos domicílios com menores de 18 anos, e a IA grave acometeu 19,5% dessas pessoas. A IA moderada ou grave (IAMo/IAG) esteve associada ao sexo feminino, à raça/cor não branca, à baixa escolaridade, baixa renda per capita, estar desempregado, não ser aderente à TARV e ter CV detectável. Não houve diferença entre os grupos para níveis de hemoglobina, hematócrito, proteínas séricas, glicemia, perfil lipídico e índice de massa corporal. Indivíduos em IAMo/IAG eram mais tabagistas, sedentários e com maiores níveis de Proteína C ultrassensível. O RCV foi classificado como alto em 7,9 e 40,7% das PVHA quando se utilizaram, respectivamente, o Escore de Risco de Framingham e o Escore de Risco Global, e não se relacionou com IAMo/IAG. O Escore de Adesão 42 apresentou acurácia de 63% para detectar as PVHA com CV detectável e classificou 58,5% como aderentes. A má adesão à TARV aumentou em 1,6 vezes o risco para atendimento no hospital dia, em 1,7 vezes o risco para apresentar doença infecciosa associada à imunodeficiência do HIV/Aids e em 1,9 vezes o risco para apresentar CV detectável no seguimento de 12 meses. A IAMo/IAG esteve associada com pior sobrevida para procurar atendimento no hospital dia, apresentar doença infecciosa associada à imunodeficiência do HIV/Aids e ter contagem de CD4 menor que 350 células/mm3, durante o seguimento de 12 meses. Indivíduos aderentes ao tratamento em segurança alimentar ou IA leve tiveram melhor sobrevida para apresentar CV detectável. Estar em IAMo/IAG aumentou em 1,7 vezes o risco para procurar atendimento no hospital dia, em 1,9 vezes o risco para doença infecciosa associada à imunodeficiência do HIV/Aids e em 1,7 vezes o risco para doença relacionada ao HIV/Aids não associada à imunodeficiência, durante o seguimento de 12 meses. Ao final deste período a CV estava indetectável em 76,7% dos 322 indivíduos, que dispunham de novos exames. A avaliação da CV, contagem de células CD4 e adesão ao tratamento foi capaz de predizer corretamente 80,0% das PVHA quanto à CV detectável após 12 meses a partir de regras obtidas pelo modelo de árvore de decisão. A IA é um estressor que piora a evolução clínica de PVHA no seguimento de 12 meses, destacando-se como ponto de vulnerabilidade a ser melhor investigado e valorizado para o controle efetivo da epidemia de Aids.
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Sobrevida de pacientes com HIV e AIDS nas eras pré e pós terapia antirretroviral de alta potência / Survival of patients with HIV and AIDS in the eras pre and post antiretroviral therapy high powerMariza Vono Tancredi 08 March 2010 (has links)
Introdução: A Aids é uma pandemia que representa um grave problema de saúde pública e o efeito das terapias antirretrovirais tem sido objeto de estudos. Objetivos: Estimar a mediana do tempo livre de Aids (MTLA) e o tempo mediano de sobrevida (TMS) entre pacientes HIV positivos sem e com Aids, respectivamente, e investigar os preditores de Aids e óbito, em duas coortes selecionadas entre 1988 a 2003. Método: Estudo de coorte retrospectivo de pacientes adultos de um Centro de Referência de Aids em São Paulo. As variáveis estudadas foram: características sociodemográficas, categorias de transmissão, ano do diagnóstico, níveis de linfócitos T CD4+ e esquemas terapêuticos. Utilizou-se o estimador produto limite de Kaplan-Meier, o modelo de riscos proporcionais de Cox e as estimativas das razões de hazard (HR), com respectivos intervalos de confiança de 95 por cento (IC=95 por cento). Resultados: A incidência média de Aids foi de 11,6 e de 7,1/1000 pessoas-ano, para os períodos de 1988 a 1996 e de 1997 a 2003. A MTLA sem uso de tratamento antirretroviral (TARV) foi de 53,7 meses, com TARV sem HAART foi de 90,0 meses e com HAART mais de 50 por cento dos pacientes permaneceram livres de Aids até 108 meses. Mostraram-se associados à evolução para Aids independente das demais exposições: receber TARV sem HAART (HR= 2,1, IC 95 por cento 1,6 2,8); não ser tratado (HR= 3,0; IC 95 por cento 2,5 3,6); pertencer ao grupo etário de 30 a 49 anos (HR= 1,2 ; IC 95 por cento 1,1 1,3); possuir 50 anos ou mais (HR= 2,9; IC 95 por cento 2,3 5,2); pertencer à raça/etnia negra e parda (HR= 1,4; IC 95 por cento 1,1 1,7); pertencer à categoria de exposição HSH (HR= 1,4; IC 95 por cento 1,1 1,6); e UDI (HR= 1,7; IC 95 por cento 1,3 2,2); ter até oito anos de estudo (HR=1,3; IC 95 por cento 1,1 1,5); não ter nenhuma escolaridade (HR=2,0; IC 95 por cento 1,4 5,6); ter CD4+ entre 350 e 500 cel/mm³ (HR=1,6; IC 95 por cento 1,3 1,9). As taxas médias de mortalidade foram de 17,6/1000 pessoas-ano, 23,2 e 7,8, respectivamente, entre 1988 e 1993, de 1994 a 1996 e de 1997 a 2003. O TMS foi de 13,4 meses entre 1988 e 1993, 22,3 meses entre 1994 e 1996 e, de 1997 a 2003 mais de 50 por cento dos pacientes sobreviveram até 108 meses. Mostraram-se associados ao óbito por Aids independente das demais exposições: diagnóstico de Aids entre 1994 e 1996 (HR= 2,0; IC 95 por cento 1,8 2,2); diagnóstico de Aids entre 1988 e 1993 (HR= 3,2; IC 95 por cento 2,8 3,5); pertencer ao grupo etário de 30 a 49 anos (HR= 1,4 ; IC 95 por cento 1,2 1,5); possuir 50 anos ou mais (HR= 2,0; IC 95 por cento 1,7 2,3); pertencer à categoria de exposição HSH (HR= 1,1; IC 95 por cento 1,1 1,2); e UDI (HR= 1,5; IC 95 por cento 1,3 1,6); ter até 8 anos de estudo (HR= 1,4; IC 95 por cento 1,3 1,5); não ter estudado(HR= 2,1; IC 95 por cento 1,6 2,8); ter CD4+ entre 350 a 500 cel/mm³ (HR=1,2; IC 95 por cento 1,1 1,2); e abaixo de 350 cel/mm³(HR=1,3; IC 95 por cento 1,2 1,3). Conclusões: Nas Coortes São Paulo de HIV e Aids, a mediana do tempo livre de Aids e a sobrevida com Aids foram ampliados com a introdução de diferentes esquemas terapêuticos antirretrovirais e observou-se queda nas taxas de incidência e de mortalidade / Background: AIDS is a pandemic which represents a serious public health problem and the effect of antiretroviral therapy has been the object of studies. Objective: To estimate median AIDS-free-time and median survival time, among HIV positive patients without AIDS and with AIDS, respectively, and to investigate predictor factors of AIDS and death in two cohorts of patients selected between 1988 and 2003 and followed until the end of 2005. Methods: Retrospective cohort study, encompassing adult patients of the Centro de Referência e Treinamento DST/AIDSSP. Variables studied were: socio-demographic characteristics, transmission categories, calendar periods, year of diagnosis, levels of CD4+ and treatment regimens. The Kaplan-Meier product limit estimator, the Cox proportional risk model and hazard ratios (HR) estimates, with 95 per cent (CI=95 per cent) confidence intervals, were used. Results: AIDS incidence rates were 11.6 and 7.1 person-years in the 1988-1996 and 1997-2003 periods, respectively. The median time of progression from HIV infection to AIDS without treatment was 53.7 months; with ART without HAART, 90.0 months; and with HAART, over 50 per cent of patients followed did not progress to AIDS until 108 months. Independent prognostic factors for AIDS-freetime were: treatment with ART without HAART (HR=2.1; CI 95 per cent 1.6-2.8), no treatment regimen (HR=3.0; CI 95 per cent 2.5-3.6); age at HIV infection diagnosis between 30 and 49 years (HR=1.2; CI 95 per cent 1.1-1.3), age over 50 years (HR=2.9; CI 95 per cent 2.3-5.2); black race/color (HR=1.4; CI 95 per cent 1.1-1.7); MSM (HR=1.4; CI 95 per cent 1.1-1.6) and IDU (HR=1.7; CI 95 per cent 1.3-2.2) exposure categories; up to 8 years of schooling (HR=1.3; CI 95 per cent 1.1-1.5) and no schooling (HR=2.0; CI 95 per cent 1.4-5.6); and CD4+ count between 350-500 cells/mm³ (HR=1.6; CI 95 per cent 1.3-1.9). AIDS mortality rates were 17.6, 23.2, and 7.8 person-years in the 1988-1993, 1994-1996 and 1997-2003 periods, respectively. Median progression time from AIDS to death was 13.4 months in the 1988-1993 period; 22.3 months, between 1994 and 1996, and in the 1997-2003 period, over 50 per cent of patients followed survived. Independent predictor factors for death were: AIDS diagnosis period 1994-1996 (HR=2.0; CI 95 per cent 1.8-2.2) and 1988-1993 (HR=3.2; CI 95 per cent 2.8-3.5); AIDS diagnosis age between 30-49 years (HR=1.4; CI 95 per cent 1.2-1.5), age over 50 (HR=2.0; CI 95 per cent 1.7- 2.3); MSM (HR=1.1; CI 95 per cent 1.1-1.2) and IDU (HR=1.5; CI 95 per cent 1.3-1.6) exposure categories; up to 8 years of schooling (HR=1.4; CI 95 per cent 1.3-1.5) and no schooling (HR=2.1; CI 95 per cent 1.6-2.8); and CD4+ count between 350-500 cells/mm³ (HR=1.2; CI 95 per cent 1.1-1.2) and less than 350cels/mm³ (HR=1.3; CI 95 per cent 1.2-1.3). Conclusions: Results found in the HIV / AIDS Sao Paulo Cohort point toward a heterogeneous increase in AIDS-free-time and AIDS survival with different antiretroviral treatment regimens. Decrease in the incidence and mortality rates were observed
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Tendências da incidência e da mortalidade do câncer de mama feminino no município de São Paulo / Trends in the female breast cancer incidence and mortality in São Paulo, BrazilLuís Fernando Lisbôa 16 December 2009 (has links)
Introdução: A cada ano, são diagnosticados mais de um milhão de novos casos de câncer de mama em mulheres no mundo. Os países mais desenvolvidos apresentam as maiores incidências, enquanto a mortalidade é maior nos países em desenvolvimento. No Brasil, as incidências mais elevadas se localizam nas regiões Sul e Sudeste. Nos últimos cinco anos, a incidência de câncer de mama aumentou cerca de 30 por cento nos países do ocidente, porém, a partir do ano 2000, observa-se ligeiro decréscimo na mortalidade. A investigação simultânea sobre a incidência e a mortalidade pode fornecer informações sobre a etiologia da doença, e a análise dos efeitos da idade, período e da coorte facilita a compreensão dos mecanismos responsáveis pela variação nas tendências. Objetivos: Analisar as tendências da incidência e da mortalidade por câncer de mama feminino no município de São Paulo, segundo os efeitos da idade, período e coorte. Métodos: Foram analisadas a incidência no período de 1997 a 2005, e a mortalidade no período de 1982 a 2005. Os dados foram obtidos no Registro de Câncer de Base Populacional de São Paulo, no Sistema de Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM-MS) e no Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE). Os efeitos da idade, do período e da coorte na tendência dos coeficientes de incidência e mortalidade foram analisados pelo modelo de regressão de Poisson. Resultados: As tendências da incidência e da mortalidade aumentam com a idade, porém esse efeito é maior na mortalidade, sobretudo entre as mulheres com idade a partir dos 50 anos. O efeito do período apresentou tendência crescente para a incidência no período entre 2003 e 2005, que coincide com o início dos mutirões de mamografia no município de São Paulo. Para a mortalidade, a tendência foi decrescente no mesmo período. O efeito da coorte apresentou tendência decrescente a partir das coortes mais antigas, estável na maioria das gerações intermediárias, e decrescente nas coortes mais recentes tanto para incidência quanto para mortalidade. Conclusão: O padrão observado no município de São Paulo é semelhante ao observado em países mais desenvolvidos como Estados Unidos, Austrália e Reino Unido / Introduction: Every year, over one million new cases of breast cancer are diagnosed worldwide. Incidence rates are higher in industrialised countries; conversely, mortality rates are higher in developing countries. In Brazil, the highest incidence rates are found in southeastern and southern states. In the last five years, breast cancer incidence rates have increased approximately 30 per cent in most western countries, however, since 2000, a slight decrease has in mortality been observed. Simultaneous investigations on incidence and mortality provide important clues for disease aetiology, and the age-period-cohort model is an useful approach to understand time trends mechanisms. Objectives: To examine time trends in the female breast cancer incidence and breast cancer mortality by age, period and cohort effects. Methods: Incidence was analyzed between 1997 and 2005, and mortality was analyzed between 1982 and 2005. Data were obtained from São Paulo Cancer Registry, Mortality System of Health Ministry, and Brazilian Institute of Geography and Statistic. The effects of age, period and cohort were estimated using a Poisson regression model. Results: Time trends for breast cancer incidence and mortality increase across all age groups, but this effect is more pronounced in mortality rates, especially for women older than 50 years. Period effect in incidence increased between 2003 and 2005, and this coincide with the beginning of the mamography screening programs in São Paulo. The mortality decreased on the same period. The cohort effect in incidence and mortality suggested a decrease in older birth cohort, a levering between 1930 and 1969, and a slight decrease for women born after 1970s. Conclusion: The time trends patterns observed in São Paulo are similar to the ones observed in some developed countries, such United States, Australia and United Kingdom
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Influência do crescimento fetal e pós-natal nas respostas e variabilidades adaptativas nutricionais na adolescênciaGONÇALVES, Fabiana Cristina Lima da Silva Pastich 09 December 2015 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-06-17T12:04:59Z
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Previous issue date: 2015-12-09 / CAPEs / Estudos epidemiológicos e experimentais apontam que injúrias ocorridas durante o período
perinatal podem ter repercussões imediatas sobre o metabolismo e a composição corporal e/ou
influencia-las em longo prazo. A restrição do crescimento fetal estaria associada ao aumento
desproporcional de massa gorda em relação à massa magra corporal e, segundo os modelos
desenvolvimentistas de saúde e doença, essa desproporção seria uma consequência da falta de
adaptação aos estímulos externos, habilidade que pode ser adquirida durante a “janela de
plasticidade”. Contudo, é incerta a relação entre o crescimento pré e pós-natal e a composição
corporal em populações de baixo desenvolvimento socioeconômico, e é questionável se o
crescimento em outras fases do ciclo da vida apresentaria maior influência sobre a
composição corporal. Acredita-se que crianças com restrição do crescimento fetal apresentam
uma menor adaptação aos estímulos externos e são mais susceptíveis à influência do ambiente
sobre o crescimento durante a infância e adolescência. Essas crianças acumulariam uma maior
proporção de gordura em relação à massa magra corporal, independente de suas condições
socioeconômicas e estilo de vida. O objetivo deste estudo foi investigar a influência do
crescimento fetal, na infância e adolescência sobre a composição corporal de adolescentes
nascidos a termo, com pesos baixo e adequado. Este é um estudo de coorte realizado na Zona
da Mata de Pernambuco, região de baixo desenvolvimento socioeconômico, com 217
adolescentes recrutados ao nascer, acompanhados nos seis primeiros meses, e reavaliados aos
8 e 18 anos. O peso ao nascer (74 com baixo peso e 143 com peso entre 3000 e 3500g) e a
proporcionalidade corporal (proporcionais: índice ponderal de Rohrer ³ 2,5 g/cm³ e
desproporcionais < 2,5 g/cm3) foram avaliados. O ganho de peso > 0,67 escore z entre o
nascimento e seis meses foi definido como rápido. O ganho de índice de massa corporal entre
as idades seis meses e oito anos, e oito e 18 anos foi avaliado segundo esse mesmo critério.
Sexo, escolaridade, condições socioeconômicas, nível de atividade física e, frequência de
consumo de alimentos ultraprocessados e doces foram avaliados. O peso ao nascer não se
associou à composição corporal na adolescência. A análise de regressão linear multivariada
mostrou que o sexo masculino, o rápido ganho ponderal nos primeiros 6 meses pós-natal, o
rápido ganho de índice de massa corporal entre seis meses e oito anos, e entre oito e 18 anos
foram as variáveis que melhor explicaram a variação do índice de massa magra na
adolescência. O rápido ganho de índice de massa corporal entre seis meses e oito anos, e entre
oito e 18 anos contribuíram significantemente para explicar uma maior variação na proporção
entre massa gorda em relação à massa magra corporal. Conclui-se que há um efeito em
cascata entre as fases do crescimento fetal e pós-natal. O rápido ganho ponderal nos primeiros
meses do período pós-natal favorece uma maior proporção de massa magra em longo prazo. O
ganho de índice de massa corporal no período mais próximo da adolescência permite um
maior acúmulo de massa gorda em relação à massa magra. / Experimental and epidemiological studies show that injuries during the perinatal period can
have immediate repercussions on metabolism and body composition and / or influence them
in the long term. The fetal growth restriction would be associated with the disproportionate
increase of fat mass relative to lean body mass and, according to the developmental models of
health and disease, this disproportion would be a consequence of the lack of adaptation to
external stimuli, skill that can be acquired during the "plasticity window." However, the
relationship between the pre- and postnatal growth and body composition in low
socioeconomic developing populations is uncertain, and it is questionable whether growth in
other phases of the life cycle would present greater influence on body composition. It is
believed that children with fetal growth restriction are less adapted to external stimuli and are
more susceptible to the influence of environment on growth during childhood and
adolescence. These children accumulate a greater proportion of fat relative to lean body mass,
regardless of their socioeconomic conditions and lifestyle. The objective of this study was to
investigate the influence of fetal growth during childhood and adolescence on body
composition in adolescents born at term with low and adequate weights. This is a cohort study
conducted in Zona da Mata of Pernambuco in a low socioeconomic development region. The
sample consisted of 217 adolescents recruited at birth, followed in the first six month, and
reassessed at 8 and 18 years. Birth weight (74 low birth weight and 143 with weight from
3000 to 3500g) and body proportionality (proportionate: Rohrer ponderal index equal or
higher than 2.5 g/cm³ and disproportionate <2.5 g/cm3) were evaluated. Weight gain> 0.67 zscore
between birth and six months was defined as fast. Body mass index gain between ages
six months and eight years, eight to 18 years was evaluated according to the same criteria.
Sex, education, socioeconomic status, level of physical activity and frequency of ultraprocessed
and sweet foods intake were evaluated. Birth weight was not associated with body
composition in adolescence. Multivariate linear regression analysis showed that males, rapid
weight gain in the first 6 postnatal months, rapid gain in body mass index between six months
and eight years, and between eight and 18 were the variables that best explained the variation
in lean mass index in adolescence. The rapid gain in body mass index between six months and
eight years, and between eight and 18 years significantly contributed to explain the variation
in the ratio of fat mass relative to lean body mass. It concludes that there is a cascading effect
between the stages of fetal and postnatal growth. The rapid weight gain in the first months of
postnatal period favors a greater proportion of lean body mass in the long term. Body mass
index gain in the earliest period of adolescence allows a greater fat mass accumulation in
relation to lean body mass.
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Dengue em gestantes e a associação entre a infecção sintomática e desfechos desfavoráveis em nascidos vivos: um relacionamento entre os dados dos sistemas de informação em saúde no Brasil / Dengue in pregnant women and the association between symptomatic infection and adverse outcomes in live births: a relationship between health information systems data in BrazilNascimento , Laura Branquinho do 01 December 2016 (has links)
Submitted by JÚLIO HEBER SILVA (julioheber@yahoo.com.br) on 2016-12-23T15:57:01Z
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Previous issue date: 2016-12-01 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / Introduction: dengue is the most important arboviral disease in the world and a major
health challenge in Brazil. The hyperendemic scenario with large epidemics led to an
increase in severe forms of the disease, including special groups such as pregnant
women. Dengue infection during pregnancy has been associated with the development
of unfavorable maternal and infant outcomes, however, few studies have addressed this
association and usually with a small sample size. Objective: to evaluate the
epidemiological profile of pregnant women reported with dengue and the symptomatic
infection caused by dengue virus during pregnancy as a factor associated with
premature birth, low birth weight and congenital malformations in live births in Brazil.
Methods: a descriptive study of dengue probable cases reported in pregnant women in
Brazil with onset of symptoms between 2007 and 2015 was conducted from data of
National Reportable Disease Information System (SINAN). We then carried one
retrospective cohort study based on a probabilistic linkage between databases from
SINAN and Live Birth Information System (SINASC) from 2007 to 2013. The linkage
was performed for pregnant women with a positive or negative laboratory specific test
for dengue and all live births using the the Fine-Grained Record Integration and
Linkage (FRIL) software. Additionally, an external reference group was randomly
selected for each dengue positive case among newborns from the same municipality of
residence and year of the onset of symptoms of the case. Multivariate logistic regression
was performed to assess the relationship between symptomatic dengue during
pregnancy and adverse outcomes in live births, adjusted for relevant covariates.
Results: 43,772 probable dengue cases in pregnant women were reported during the
study period. The proportion of cases per trimester of gestation presented a similar
distribution, with a slightly higher frequency in the second trimester of pregnancy
(32.6%). The risk of death due to dengue was higher in pregnant women when
compared to women childbearing age not pregnant (RR: 3.95; 95% CI 3.07 to 5.08, p
<0.001), reaching a risk of 8.55 (95% CI: 6.08 to 12.02, p <0.001) in the third trimester
of pregnancy. 3,898 live births in the group of positive pregnant women from 1,283
municipalities were included in the retrospective cohort study. The distribution of birth
weight was similar among all study groups, ranging from 2.8 to 3.5 kg in 50% of
newborns. The adjusted odds ratio for preterm birth was higher in the group of pregnant
women positive for dengue than negative group compared in all trimesters (OR 1.26,
95% CI 1.06 to 1.49; p = 0.006). The incidence of congenital malformations was <1%
in all groups. Conclusions: this is the first study based on national data and establishes
the baseline of the evaluated outcomes in live births before the introduction of
Chikungunya and Zika virus in the country. Our findings reinforce the dengue as a
major problem for pregnant women, indicating increased risk for death from the disease
and preterm birth in live births, but not to congenital malformations or low birth weight. / Introdução: a dengue é a arbovirose de maior relevância mundial e um dos principais
desafios de saúde no Brasil. O cenário de hiperendemicidade, com epidemias de grande
magnitude e aumento de formas graves da doença levou também ao aumento de casos
em grupos especiais, como as gestantes. A infecção por dengue durante a gestação tem
sido associada ao desenvolvimento de desfechos maternos e infantis desfavoráveis, no
entanto, essa evidência decorre de poucos estudos e com tamanhos de amostras
reduzidos. Objetivo: avaliar o perfil epidemiológico das gestantes notificadas com
dengue e a infecção sintomática pelo vírus da dengue na gestação como fator associado
à prematuridade, baixo peso ao nascer e malformações congênitas nos nascidos vivos no
Brasil. Métodos: um estudo descritivo dos casos prováveis de dengue em gestantes no
Brasil, com início dos sintomas entre 2007 e 2015, foi realizado a partir de dados do
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Em seguida, foi realizado
um estudo de coorte retrospectivo baseado em um relacionamento probabilístico dos
dados registrados no Sinan e no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc),
no período de 2007 a 2013. Esse relacionamento foi realizado a partir das gestantes
confirmadamente positivas e negativas para dengue e nascidos vivos usando o programa
Fine-Grained Record Integration and Linkage (FRIL). Adicionalmente, um grupo de
referência externo foi selecionado aleatoriamente entre nascidos vivos dos municípios
de residência dos casos de dengue, no mesmo ano de início de sintomas. A regressão
logística multivariada foi realizada para verificar a relação entre dengue sintomática
durante a gestação e desfechos desfavoráveis em nascidos vivos, ajustadas para covariáveis
relevantes. Resultados: 43.772 casos prováveis de dengue em gestantes
ocorreram no período do estudo. A proporção de casos por trimestre de gestação
apresentou distribuição semelhante, com freqüência ligeiramente maior no segundo
trimestre da gravidez (32,6%). O risco do óbito por dengue foi maior na população de
gestantes que na população de mulheres em idade fértil não gestante (RR: 3,95; IC 95%
3,07-5,08, p<0,001), sendo observado um risco relativo de 8,55 (IC95%: 6,08-12,02, p
<0,001) para as gestantes no terceiro trimestre. 3.898 nascidos vivos do grupo de
gestantes positivas provenientes de 1.283 municípios foram incluídos no estudo de
coorte retrospectivo. A distribuição do peso ao nascer foi similar entre todos os grupos
de estudo, variando de 2,8 a 3,5 Kg em 50% dos recém-nascidos. O odds ratio ajustado
de prematuridade foi maior no grupo de gestantes positivas para dengue do que o grupo
negativo, na comparação de todos os trimestres agregados (OR 1,26; IC 95% 1,06-1,49;
p= 0,006). A incidência de malformações congênitas foi <1% em todos os grupos.
Conclusões: este é o primeiro estudo realizado com dados nacionais e estabelece a linha
de base dos desfechos em nascidos vivos antes da introdução dos vírus Chikungunya e
Zika no País. Nossos achados reforçam a dengue como um importante problema para as
gestantes, indicando risco aumentado para o óbito pela doença e prematuridade nos
nascidos vivos, mas não para malformações congênitas ou baixo peso ao nascer.
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Câncer de tireóide no município de São Paulo: análises de tendência e espacial dos dados do Registro de Câncer de Base Populacional / Thyroid cancer in São Paulo: trend and spatial analysis from the population- based cancer registry dataFernanda Alessandra Silva Michels 11 October 2013 (has links)
Introdução: A incidência de câncer de tireóide vem aumentando em todo o mundo e não há um consenso sobre as razões deste fato. O município de São Paulo apresenta altos coeficientes de incidência desta doença, mas ainda não foi analisada sua tendência e nem sua distribuição espacial. Objetivos: Descrever os coeficientes de incidência (1997-2010) e de mortalidade (1981-2010), analisar a tendência dos coeficientes de incidência e mortalidade, segundo sexo, faixa etária, tipo morfológico (incidência), bem como os efeitos da idade, período e coorte, e examinar a distribuição espacial. Métodos: Este é um estudo ecológico. Foram analisados os casos novos de câncer de tireóide diagnosticados no período de 1997 a 2010 fornecidos pelo Registro de Câncer de Base Populacional de São Paulo e os óbitos por câncer de tireóide ocorridos entre 1981 e 2010 fornecidos pelo Sistema de Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM-MS) e pelo Programa de Aprimoramento das Informações de Mortalidade (PRO-AIM). Foram calculados os coeficientes bruto e padronizado de incidência e de mortalidade, foi analisada a tendência destes coeficientes através do modelo de regressão, da mudança percentual anual e do modelo idade-período-coorte. Para a análise espacial foram criados mapas temáticos, calculado o índice de Moran e, para as variáveis com padrão cluster foi calculado o índice local de associação espacial (LISA) e estimados modelos de regressão, tendo como variável dependente os coeficientes e como variáveis independentes os indicadores socioeconômicos (IDH, taxa de alfabetização, coeficiente de Gini e número de moradores por domicílio). Resultados: O coeficiente médio de incidência (1997-2010) foi para o sexo feminino de 17,77 por 100.000 e para o sexo masculino 4,46 por 100.000. Ambos apresentaram tendência crescente. O coeficiente médio de mortalidade (1981-2010) foi para o sexo feminino de 0,50 por 100.000 e para o masculino 0,30 por 100.000, ambos apresentaram tendência decrescente. O tipo histológico papilífero apresentou tendência crescente em ambos os sexos. Para incidência (ambos os sexos) e para mortalidade feminina, os efeitos de idade-período e coorte ofereceram o melhor ajuste; para mortalidade apenas a idade. Na análise espacial incidência apresentou padrão cluster para homens e mulheres. Os modelos finais foram explicados pela índice de desenvolvimento humano e pela média de moradores por domicílio. Conclusão: Na cidade de São Paulo há um aumento da incidência do câncer de tireóide, possivelmente causado pelo diagnóstico precoce e/ou pela exposição a fatores de risco para o desenvolvimento do carcinoma papilífero. Por outro lado, a mortalidade vem decaindo, provavelmente pelo diagnóstico precoce / Introduction: The incidence of thyroid cancer has been increasing worldwide and the reason for this upward remains controversial. The incidence of this cancer is elevated in São Paulo city, however, trend and spatial analysis where never conducted before. Objective: This study aimed to describe incidence (1997-2010) and mortality (1981-2010) rates, to analyze incidence and mortality trends, by gender, by age group, by histologic type (incidence only) and by age-period-cohort effects and to evaluate the spatial distribution. Methods: This is an ecologic study. Incident thyroid cancer cases were selected from Population-Based Cancer Registry of São Paulo city, registered from 1997 to 2010 and data from thyroid cancer deaths were obtained from Ministry of Health Information System on Mortality (SIM-MS) and from Mortality Improvement Program (PRO-AIM), from 1981 to 2010. Crude and age-standardized incidence and mortality rates were calculated, incidence and mortality trends were estimated by regression models, by annual percentage change and by age-period-cohort effects. To analyze the spatial distribution, thematic maps were created, Moran Index was calculated and, for the variables with cluster pattern, Local Spatial Association (LISA) was calculated; regression models were estimated using as dependent variable the rates and as independents variables the socio-economic indicators. Results: The mean incidence rate (1997-2010), for females, was 17.77 per 100,000 and for males was 4.46 per 100,000. Both presented increasing trends during the period. The mean mortality rate (1981-2010) for females was 0.5 per 100.000 and for males was 0.3 per 100.000, both presented decreasing trends. The incidence of papillary cancer increased over the period study for females and males. Age, period and birth cohort effects significantly improved the model fit for incidence (females and males) and mortality (only females); for mortality, only the age effect significantly improved the model fit. There was a clustered spatial pattern for incidence (females and males). The final regression models were significantly fitted by human development index and by average number of inhabitants per household. Conclusion: The incidence of thyroid cancer has increased in São Paulo city, this may be due to increased detection of subclinical disease or/and by exposures to risk factors for development of papillary carcinoma. Otherwise, the mortality rates have decreased, probably because of the detection of subclinical disease
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Avaliação prospectiva de sintomas urinários em pacientes submetidos a radioterapia de pelve: infecção urinária ou cistite actínica / Prospective evaluation of urinary symptoms in patients submitted to pelvic radiotherapy: urinary infection or actinic cystitisVitor Fonseca Xavier 02 April 2018 (has links)
A incidência de infecção do trato urinário (ITU) em pacientes submetidos a radioterapia pélvica com sintomas de cistite varia entre 6% e 45%. O diagnóstico de ITU é tipicamente realizado através dos sintomas de cistite associados à leucocitúria. Não há evidências para essa abordagem em indivíduos submetidos a radioterapia na pelve, pois essa população pode apresentar sintomas de cistite secundários ao câncer ou ao seu tratamento. O objetivo deste estudo foi avaliar a incidência de ITU em pacientes com sintomas de cistite submetidos à radioterapia pélvica. Realizou-se um estudo de coorte prospectivo cujos critérios de inclusão foram pacientes maiores de 18 anos, com câncer primário pélvico, tratados com intuito curativo e bom estado de performance. Foram excluídos pacientes em tratamento para ITU, usuários de cateteres urinários, pacientes em diálise, com cistostomia ou nefrostomia e uso de antibiótico durante o tratamento. O recrutamento ocorreu antes do início da radioterapia, realizou-se exame de urina tipo I e urocultura. Após o início do tratamento, foram realizadas consultas com avaliação semanal dos sintomas urinários segundo critérios do Radiation Therapy Oncology Group (RTOG). Em caso de aparecimento de novos sintomas urinários ou piora daqueles já existentes, aplicava-se questionário e colhia-se um segundo exame de urina tipo I e urocultura. O diagnóstico de ITU foi definido por urocultura com crescimento bacteriano maior que 104 CFU/mL. Entre setembro de 2014 e novembro de 2015 foram recrutados sequencialmente 112 pacientes. Destes, 29 (26%) não realizaram o primeiro exame. Entre os que realizaram o exame, 11 (10%) apresentaram urocultura positiva e foram excluídos. Restaram 72 (64%) pacientes no estudo. No seguimento destes, 24 (33%) pacientes apresentaram sintomas urinários novos ou piora dos sintomas pré-existentes. Apenas um (1,4%) paciente apresentou confirmação de ITU na segunda urocultura. Observamos uma incidência de ITU menor que a esperada. Isso pode ser explicado pela realização de urocultura pré-tratamento e exclusão dos pacientes com o exame positivo. Além disso, foi realizada investigação urinária apenas em pacientes sintomáticos. Esse controle da população estudada sugere que os dados da literatura relacionados à frequência de ITU até então sejam, na verdade, relacionados a pacientes com bacteriúria assintomática que desenvolveram sintomas devido à radioterapia. Dessa forma, concluímos que nosso achado é clinicamente muito relevante, pois através de uma avaliação prospectiva e controlada, encontramos uma incidência de ITU bem menor que a estimada até então pela literatura / The incidence of urinary tract infection (UTI) in patients undergoing pelvic radiotherapy with symptoms of cystitis varies from 6% to 45% and the diagnosis of UTI is typically made through the symptoms of cystitis associated with leukocyturia, findings that allow the use of antibiotics. However, there are no evidences for this approach in individuals undergoing pelvic radiotherapy, since this population may present symptoms of cystitis secondary to cancer or its treatment. The objective of the present study was to evaluate the incidence of UTI in patients with symptoms of cystitis submitted to pelvic radiotherapy and to identify correlated predictive factors. This was a prospective cohort study. Inclusion criteria were patients older than 18 years, with primary pelvic cancer in treatment with curative intent and good performance status. Exclusion criteria, patients being treated for UTI, use of urinary catheter, patients in dialysis, or with cystostomy or nephrostomy, and use of antibiotics during treatment. Patients were recruited before the beginning of radiotherapy, when urinalysis and urine culture were collected. After start of treatment, weekly consultations were performed with evaluation of urinary symptoms according to the Radiation Therapy Oncology Group (RTOG) scale. In case of new urinary symptoms or worsening of those already existing, a questionnaire was applied to analyze possible risk factors for UTIs and a second urinalysis and urine culture were performed. The diagnosis of UTI was defined as urine culture with a bacterial growth greater than 104 CFU / mL. From September 2014 to November 2015, 112 patients were sequentially recruited. Of these, 29 (26%) did not perform the first exam. Among those who underwent the test, 11 (10%) presented the first urine culture positive and were excluded, remaining 72 (64%) patients for the study. In the follow-up, 24 (33%) patients presented new urinary symptoms or worsened of pre-existing symptoms. In only one (1.4%) patient UTI was confirmed in the second urine culture. The incidence of UTI was lower than expected in this population. This can be explained by the performance of the pre-treatment evaluation with urine culture with exclusion of patients with positive exam. In addition, a urinary investigation was performed only in symptomatic patients. This control of the population studied suggests that the literature data related to the frequency of UTI so far may be related to patients with asymptomatic bacteriuria who developed symptoms due to radiotherapy. Thus, we conclude that our finding is clinically very relevant, since through a prospective and controlled evaluation, an incidence of UTI much lower than that estimated so far in the literature was detected
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Consumo de alimentos ultraprocessados e sua relação com o perfil lipídico aos 18 anos de idade: Coorte de nascimentos de 1993, Pelotas, RS, Brasil. / Ultraprocessed food consumption and its relationship with the lipid profile at 18 years of age: Birth cohort 1993, Pelotas, RS, BrazilKarnopp, Ediana Volz Neitzke 01 April 2016 (has links)
Submitted by Aline Batista (alinehb.ufpel@gmail.com) on 2018-05-18T22:38:27Z
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Previous issue date: 2016-04-01 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Introdução: Evidencia-se um consumo alarmante de alimentos com elevada densidade energética e baixa qualidade nutricional - denominados ultraprocessados - em todas as faixas etárias da população brasileira. Entretanto, os adolescentes são considerados um grupo de risco nutricional, por serem vulneráveis a escolhas de alimentos não saudáveis. O presente estudo teve como objetivo avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados e sua relação com o perfil lipídico sérico de adolescentes com 18 anos de idade. Métodos: Estudo transversal aninhado a uma coorte de nascimentos de base populacional. A amostra do estudo foi composta pelos participantes da coorte de nascimentos de 1993 da cidade de Pelotas, RS acompanhados aos 18 anos de idade. A informação de consumo alimentar foi obtida por questionário de frequência alimentar semi-quantitativo, autoplicado em versão eletrônica, com período recordatório de um ano. O grau de processamento dos alimentos foi avaliado conforme a classificação proposta pelo Guia Alimentar para População Brasileira de 2014. O consumo de ultraprocessados foi analisado como percentual de contribuição energética da ingestão diária, categorizado em quintis. Foram obtidas informações sobre o sexo, cor da pele, renda familiar, escolaridade materna ao nascimento, fumo atual, atividade física no lazer, peso e altura. Resultados: 3.846 indivíduos foram incluídos no estudo. Quanto à contribuição no total energético, os alimentos in natura ou minimamente processados contribuíram com 54%, seguido pelos alimentos ultraprocessados (41,4%), ingredientes culinários processados (3,3%) e alimentos processados (2%). As proteínas e as fibras dietéticas apresentaram uma tendência ao declínio conforme o aumento nos quintis de contribuição energética dos alimentos ultraprocessados. O contrário foi observado para a ingestão total de energia, carboidratos e gorduras totais. Em relação aos níveis médios de CT, LDL e HDL foram mais elevados em adolescentes do sexo feminino. Tanto o CT, HDL, LDL e TG associaram-se aos maiores quintis de contribuição energética dos alimentos ultraprocessados. Conclusão: Os resultados deste estudo revelam um impacto negativo do consumo de alimentos ultraprocessados, sobretudo nos níveis de CT e TG e na qualidade nutricional da dieta dos adolescentes aos 18 anos idade. Entende-se que a redução no consumo de alimentos ultraprocessados é um dos caminhos para a promoção da alimentação saudável e da saúde. / Introduction: This study highlights an alarming consumption of foods with high energy density and low nutritional quality - called ultraprocessados - in all age groups of the population. However, teenagers are considered a nutritional risk group because they are vulnerable to unhealthy food choices. This study aimed to evaluate the consumption of ultraprocessados food and its relationship with serum lipid profile in adolescents 18 years of age. Methods: Cross-sectional study nested in a cohort of births. The study sample was composed by participants of the 1993 Birth Cohort in Pelotas, RS followed up to 18 years old. The information of food consumption was obtained by questionnaire semi-quantitative food frequency autoplicado in electronic version, with recall period of one year. The degree of food processing was evaluated according to the classification proposed by the Food Guide for the Brazilian Population 2014. The consumption of ultraprocessados was analyzed as energy contribution percentage of the daily intake, categorized into quintiles. They obtained information about sex, skin color, family income, maternal education at birth, current smoking, physical activity during leisure time, weight and height. Results: 3846 subjects were included in the study. As the contribution to the total energetic, foods fresh or minimally processed contributed 54%, followed by ultraprocessados food (41.4%), processed cooking ingredients (3.3%) and processed foods (2%). Protein and dietary fiber showed a tendency to decline as the increase in energy contribution quintiles of ultraprocessados food. The opposite was observed for total energy intake, carbohydrates and total fat. In relation to average levels of TC, LDL and HDL were higher in female adolescents. Both TC, HDL, LDL and TG were associated to higher quintiles of energy contribution of ultraprocessados food. Conclusion: The results of this study show a negative impact of consumption ultraprocessados food, particularly the levels of TC and TG and nutritional quality of the diet of adolescents to 18 years old. It is understood that the reduction in the consumption of ultraprocessados food is one of the ways to promote healthy eating and health.
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