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Biografema como estratégia biográfica : escrever uma vida com Nietzsche, Deleuze, Barthes e Henry MillerCosta, Luciano Bedin da January 2010 (has links)
Comment écrire une vie? Cette question apparemment simple est la question qui anime ce texte. L'écriture de la vie - qu'on appelle ici la biographie (bíος - bios, vie et γραφή - graphein, écrire) - est un thème transversal. L'écriture biographique couvre pas seulement la littérature mais aussi d'autres domaines de la santé et des sciences humaines, comme la psychologie, l'éducation, anthropologie, histoire et sciences sociales. La bio-graphie comprend un large tissu de méthodologies; elle apparaît dans les histoires de la vie, dans la formation professionnelle, dans les études cas dans, dans les projets de vie, études de cas, etc. Le binôme vie-écriture est traité avec la philosophie de Friedrich Nietzsche et Gilles Deleuze, comme la force capable de créer, et surtout, créer elle-même. La notion de biographème proposé par Roland Barthes, c'est une stratégie puissante pour une réflexion sur l'écriture de la vie ouvert à la création de la possibilité de dire et surtout de vivre cette vie. L'apparition du biographème conduit à un nouveau traitement biographique de l'histoire. C'est une autre position de lecture, de sélection et de récupération des signes de vie. Plutôt que de passer par le contour de l'historiographie, la « pratique biographematique » se tourne vers le détail, le pouvoir du minuscule, vers le insignifiant et inexact. En pensant à la biographie comme création (et pas seulement comme une représentation du réel, déjà vécu) c'est mis en avant d'une politique contre l'utilisation de la biographie qui étouffle la vie, contre toute la stratégie ou méthodologie thanatographique. Le sujet luimême se déplace aussi - il devient, en effet, aussi un créateur, une réalité incroyable, même un acteur d'écriture et de la vie. Après tout, est-ce qu'il y avait un autre sens par écrit une vie qui n'est pas de croire en la puissance de la réinvention de cette vie? / Como escrever uma vida? Essa pergunta aparentemente simples é a questão que movimenta este texto. A escrita de vida – chamada aqui de biografia (bíος - bíos, vida e γραφή – gráphein, escrever) – é um tema transversal, compreendendo não somente a literatura, como também outros domínios das Ciências Humanas e da Saúde, como a psicologia, educação, antropologia, história e ciências sociais. A bio-grafia comporta um tecido amplo de operacionalizações e metodologias; ela aparece nas histórias de vida, na formação profissional, nas anamneses, nos relatos de experiências, nos projetos de vida, nos estudos de caso, etc. O binômio vidaescritura é tratado a partir da perspectiva levantada pelos filósofos Friedrich Nietzsche e Gilles Deleuze, como a força capaz de criar, e sobretudo, criar a si mesma. A noção de biografema, proposta por Roland Barthes, é uma potente estratégia para se pensar a escritura de vida aberta à criação de novas possibidades de se dizer e, principalmente, de se viver uma vida. O surgimento do biografema acompanha uma mudança de abordagem em relação às próprias vidas biografadas, acarretando num novo tratamento biográfico por parte das disciplinas. Trata-se de outra postura de leitura, de seleção e de valorização de signos de vida. Ao invés de percorrer as grandes linhas da historiografia, a prática biografemática volta-se para o detalhe, para a potência daquilo que é ínfimo numa vida, para suas imprecisões e insignificâncias. Tomar partido da biografia enquanto criação (e não somente como representação de um real já vivido) é colocar-se diante de uma política que se mostra contrária a todo uso biográfico que sufoca a vida, a toda estratégia ou metodologia thanatográfica. O próprio sujeito se desloca – ele passa a ser, neste sentido, também um criador, um fabulador de realidade, um ator mesmo de escritura e de vida. Afinal, haveria outro sentido em se escrever uma vida que não fosse o de acreditar na potência de reinvenção desta própria vida?
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O grau zero da organização: diálogos entre Deleuze e Robert CooperCavalcanti, Maria Fernanda Rios 26 February 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-02-26 / O objetivo do presente trabalho é reconstituir o conceito de grau zero da organização formulado por Robert Cooper a partir de um diálogo entre os escritos desse autor e a filosofia de Gilles Deleuze. Para alcançar este objetivo, primeiramente explicitaremos nosso compromisso epistemológico com o pós-estruturalismo, buscando situar este fenômeno do pensamento em termos de seu posicionamento nos estudos organizacionais. Nesta seção teremos o primeiro contato com o pensamento de Deleuze e Robert Cooper e, de antemão, apresentaremos a noção de grau zero como um conceito capaz de levantar possíveis pontos de convergência/divergência presentes nos trabalhos destes autores bem como de suscitar uma problematização do conceito de organização em seu nível ontológico e a própria ruptura do pós-estruturalismo com o estruturalismo no âmbito do estudo das organizações. Na segunda parte do trabalho analisaremos os escritos de Robert Cooper buscando realizar um apanhado geral de sua obra (que tratou do tema da organização), situaremos o conceito de grau zero da organização na mesma justificando sua escolha como o ponto de partida para o diálogo que buscaremos traçar entre Cooper e Deleuze. Após isso, faremos uma leitura ampla da filosofia deleuzeana e buscaremos compreender alguns de seus elementos fundamentais para, então, aproximar o pensamento de ambos os autores e desenhar possíveis aproximações e/ou afastamento. Foi possível identificar aproximações entre os pensamentos de Deleuze e Cooper: por um lado, destacamos que a primazia do devir, a proposta de um pensamento aberto e plural, uma preocupação com a linguagem e com materialidades, bem como fortes traços de influências vindas do estruturalismo e da psicanálise são pontos de aproximação marcantes entre os pensamentos destes autores. Por outro lado, também destacamos alguns possíveis pontos de divergência: a crítica à representação enquanto instância de limitação/negação; diferentes concepções de inconsciente (o inconsciente freudiano em Cooper/forjamento de noção própria do inconsciente em Deleuze); e, finalmente, no engajamento político da visão crítica proposta por seus trabalhos. Destacamos, finalmente, que a noção de grau zero da organização de Cooper ainda é passível de questionamentos quando deparada com a crítica ao estruturalismo e à representação conforme presente na filosofia de Deleuze. Concluímos que a filosofia de Deleuze impõe a necessidade reconstituir este conceito de forma a fazer com que ele afaste-se da possibilidade de ser tomado como uma visão estruturalista (uma esfera meramente linguística) e/ou oposicional (o grau zero enquanto mera desorganização) da organização.
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Insensato : um experimento em arte, ciência e educaçãoMello, Jamer Guterres de January 2010 (has links)
Este trabalho apresenta uma proposta de discussão sobre a questão dos métodos aplicados à pesquisa científica na área das ciências humanas. Buscou-se identificar os pontos de aproximação e distanciamento entre ciência e arte, para analisar de que forma a produção artística pode contribuir com a pesquisa, de que modo estes dois campos do saber dialogam e quais são as suas possíveis interseções. Mais especificamente, esta dissertação propõe o uso do método do cut-up, formulado por William Burroughs, e da estética dos fanzines como afirmação das potências do falso e do simulacro, conceitos da filosofia de Gilles Deleuze. O trabalho se baseia também na noção de montagem cinematográfica e na sua relação com o cut-up, já que ambos podem operar como mecanismo articulador fundamental que justapõe imagens e textos para priorizar os efeitos de choque visual, de fragmentação, de imagens sujas e borradas que são comuns aos fanzines e a uma certa produção cinematográfica. / This work presents a discussion proposal for the question of the methods applied to scientific research in the human sciences field. The attempt was to identify the points of approach and distance between science and art, to analyze how artistic production may contribute to research, how this two fields of knowledge dialogue and which are their possible intersections. More specifically, this master thesis prompts the use of cut-up method, formulated by William Burroughs, and fanzines aesthetics, as an affirmation of the powers of the false and the simulacrum, concepts of the philoshophy of Gilles Deleuze. The work is also based on the notion of movie editing and its relation with cut-up, as both of them may operate as a prime joining mechanism which juxtaposes imagens and texts to stress visual impact, fragmentation, dirty and blurred image effects common to fanzines and a certain cinematographic production.
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Biografema como estratégia biográfica : escrever uma vida com Nietzsche, Deleuze, Barthes e Henry MillerCosta, Luciano Bedin da January 2010 (has links)
Comment écrire une vie? Cette question apparemment simple est la question qui anime ce texte. L'écriture de la vie - qu'on appelle ici la biographie (bíος - bios, vie et γραφή - graphein, écrire) - est un thème transversal. L'écriture biographique couvre pas seulement la littérature mais aussi d'autres domaines de la santé et des sciences humaines, comme la psychologie, l'éducation, anthropologie, histoire et sciences sociales. La bio-graphie comprend un large tissu de méthodologies; elle apparaît dans les histoires de la vie, dans la formation professionnelle, dans les études cas dans, dans les projets de vie, études de cas, etc. Le binôme vie-écriture est traité avec la philosophie de Friedrich Nietzsche et Gilles Deleuze, comme la force capable de créer, et surtout, créer elle-même. La notion de biographème proposé par Roland Barthes, c'est une stratégie puissante pour une réflexion sur l'écriture de la vie ouvert à la création de la possibilité de dire et surtout de vivre cette vie. L'apparition du biographème conduit à un nouveau traitement biographique de l'histoire. C'est une autre position de lecture, de sélection et de récupération des signes de vie. Plutôt que de passer par le contour de l'historiographie, la « pratique biographematique » se tourne vers le détail, le pouvoir du minuscule, vers le insignifiant et inexact. En pensant à la biographie comme création (et pas seulement comme une représentation du réel, déjà vécu) c'est mis en avant d'une politique contre l'utilisation de la biographie qui étouffle la vie, contre toute la stratégie ou méthodologie thanatographique. Le sujet luimême se déplace aussi - il devient, en effet, aussi un créateur, une réalité incroyable, même un acteur d'écriture et de la vie. Après tout, est-ce qu'il y avait un autre sens par écrit une vie qui n'est pas de croire en la puissance de la réinvention de cette vie? / Como escrever uma vida? Essa pergunta aparentemente simples é a questão que movimenta este texto. A escrita de vida – chamada aqui de biografia (bíος - bíos, vida e γραφή – gráphein, escrever) – é um tema transversal, compreendendo não somente a literatura, como também outros domínios das Ciências Humanas e da Saúde, como a psicologia, educação, antropologia, história e ciências sociais. A bio-grafia comporta um tecido amplo de operacionalizações e metodologias; ela aparece nas histórias de vida, na formação profissional, nas anamneses, nos relatos de experiências, nos projetos de vida, nos estudos de caso, etc. O binômio vidaescritura é tratado a partir da perspectiva levantada pelos filósofos Friedrich Nietzsche e Gilles Deleuze, como a força capaz de criar, e sobretudo, criar a si mesma. A noção de biografema, proposta por Roland Barthes, é uma potente estratégia para se pensar a escritura de vida aberta à criação de novas possibidades de se dizer e, principalmente, de se viver uma vida. O surgimento do biografema acompanha uma mudança de abordagem em relação às próprias vidas biografadas, acarretando num novo tratamento biográfico por parte das disciplinas. Trata-se de outra postura de leitura, de seleção e de valorização de signos de vida. Ao invés de percorrer as grandes linhas da historiografia, a prática biografemática volta-se para o detalhe, para a potência daquilo que é ínfimo numa vida, para suas imprecisões e insignificâncias. Tomar partido da biografia enquanto criação (e não somente como representação de um real já vivido) é colocar-se diante de uma política que se mostra contrária a todo uso biográfico que sufoca a vida, a toda estratégia ou metodologia thanatográfica. O próprio sujeito se desloca – ele passa a ser, neste sentido, também um criador, um fabulador de realidade, um ator mesmo de escritura e de vida. Afinal, haveria outro sentido em se escrever uma vida que não fosse o de acreditar na potência de reinvenção desta própria vida?
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Entre a educação e o plano de pensamento de Deleuze & Guattari: uma vida... / Between the education and the plane of thought of Deleuze & Guattari: a life...Sandra Cristina Gorni Benedetti 17 May 2007 (has links)
Por meio de nove atmosferas distintas, distribuídas em três capítulos, construiu-se um esboço de cartografia teórica de alguns estudos educacionais voltados à filosofia das multiplicidades de Gilles Deleuze & Félix Guattari, a partir da seguinte questão: o que se passa entre a educação e o plano de pensamento desses autores? As atmosferas anteriores e o primeiro capítulo dizem da construção do objeto da presente pesquisa: desde sua errância até a opção por tal plano de pensamento, e não outro. No segundo capítulo, são selecionados e apresentados alguns conceitos que permitem considerar a educação escolar na ausência do sujeito da educação, tradicionalmente tomado como fundamento e fim último da lida pedagógica; daí a opção pela concepção de aprendizagem de Deleuze. No último capítulo, questiona-se o lugar da identidade como ficção psíquica que a escola tem auxiliado a construir desde sua fundação, assim como se discutem os devires da educação por meio da análise dos efeitos de ruptura, resistência e criação materializados em 11 textos que enfrentam a tradição pedagógica com novas armas. Municiados de conceitos do plano de pensamento de Deleuze & Guattari e de outros criados a partir deste, os autores realizam uma experimentação que esgarça as concepções de representação e de recognição acopladas à idéia de sujeito da educação, expondo os artifícios de produção e corrupção das subjetividades pelo capitalismo. A última atmosfera, abraçando o derradeiro texto de Deleuze: Imanência: uma vida..., dedica-se a recolher os efeitos de ressonância captados por tal linha minoritária do pensamento educacional atual, a qual enseja fomentar as chances de a escola tornar-se lócus privilegiado de composição de forças desejantes capazes de ampliar a potência de dizer sim a outras formas de existência; existências dispostas, se necessário for, a criarem \"máquinas de guerra\" afeitas a desintegrar tudo o que ofusca a vida, seja na escola, seja fora dela. / Through nine different atmospheres, distributed in three chapters, it was outlined a theoretical cartography of some studies addressed to Gilles Deleuze & Félix Guattari\'s philosophy of multiplicities, from the following question: what happens between education and the plane of thought of these authors? The Previous atmospheres and the first chapter are on the building of the object of this research from its roaming to the option for such a plane of thought, and not any other one. The second chapter deals with some concepts that allow us to think school education while in the absence of the subject of education, traditionally considered the purpose and the ultimate end of the pedagogical task; thus the reason for the option for Deleuze\'s pedagogical concept. The last chapter argues which is the place of identity as psychic fiction that school has helped us to build since its origins, as well as it discuss the coming-to-be of education through the analysis of the effects of disruption, resistance and e creation developed in 11 essays that face the pedagogical tradition with new weapons. Furnished with the concepts of Deleuze & Guattari\'s plane of thought, and with other ones created from them, the authors make an experimentation that tears apart the conceptions of representation and of recognition connected with the subject\'s idea of education, unveiling the artificialities of production and corruption of the subjectivities by capitalism. The last atmosphere, which embraces Deleuzes\' final essay: Immanence: a life..., gathers the resounding effects picked up by this minor part of the present educational thought, which wishes to promote chances of the school to become privileged locus of the composing of desiring forces able to enlarge the potency to say yes to other forms of existence; forms willing, if necessary, to create \"war machines\" used to disintegrating everything that hinders life, be it at school, or outside it.
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Insensato : um experimento em arte, ciência e educaçãoMello, Jamer Guterres de January 2010 (has links)
Este trabalho apresenta uma proposta de discussão sobre a questão dos métodos aplicados à pesquisa científica na área das ciências humanas. Buscou-se identificar os pontos de aproximação e distanciamento entre ciência e arte, para analisar de que forma a produção artística pode contribuir com a pesquisa, de que modo estes dois campos do saber dialogam e quais são as suas possíveis interseções. Mais especificamente, esta dissertação propõe o uso do método do cut-up, formulado por William Burroughs, e da estética dos fanzines como afirmação das potências do falso e do simulacro, conceitos da filosofia de Gilles Deleuze. O trabalho se baseia também na noção de montagem cinematográfica e na sua relação com o cut-up, já que ambos podem operar como mecanismo articulador fundamental que justapõe imagens e textos para priorizar os efeitos de choque visual, de fragmentação, de imagens sujas e borradas que são comuns aos fanzines e a uma certa produção cinematográfica. / This work presents a discussion proposal for the question of the methods applied to scientific research in the human sciences field. The attempt was to identify the points of approach and distance between science and art, to analyze how artistic production may contribute to research, how this two fields of knowledge dialogue and which are their possible intersections. More specifically, this master thesis prompts the use of cut-up method, formulated by William Burroughs, and fanzines aesthetics, as an affirmation of the powers of the false and the simulacrum, concepts of the philoshophy of Gilles Deleuze. The work is also based on the notion of movie editing and its relation with cut-up, as both of them may operate as a prime joining mechanism which juxtaposes imagens and texts to stress visual impact, fragmentation, dirty and blurred image effects common to fanzines and a certain cinematographic production.
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Biografema como estratégia biográfica : escrever uma vida com Nietzsche, Deleuze, Barthes e Henry MillerCosta, Luciano Bedin da January 2010 (has links)
Comment écrire une vie? Cette question apparemment simple est la question qui anime ce texte. L'écriture de la vie - qu'on appelle ici la biographie (bíος - bios, vie et γραφή - graphein, écrire) - est un thème transversal. L'écriture biographique couvre pas seulement la littérature mais aussi d'autres domaines de la santé et des sciences humaines, comme la psychologie, l'éducation, anthropologie, histoire et sciences sociales. La bio-graphie comprend un large tissu de méthodologies; elle apparaît dans les histoires de la vie, dans la formation professionnelle, dans les études cas dans, dans les projets de vie, études de cas, etc. Le binôme vie-écriture est traité avec la philosophie de Friedrich Nietzsche et Gilles Deleuze, comme la force capable de créer, et surtout, créer elle-même. La notion de biographème proposé par Roland Barthes, c'est une stratégie puissante pour une réflexion sur l'écriture de la vie ouvert à la création de la possibilité de dire et surtout de vivre cette vie. L'apparition du biographème conduit à un nouveau traitement biographique de l'histoire. C'est une autre position de lecture, de sélection et de récupération des signes de vie. Plutôt que de passer par le contour de l'historiographie, la « pratique biographematique » se tourne vers le détail, le pouvoir du minuscule, vers le insignifiant et inexact. En pensant à la biographie comme création (et pas seulement comme une représentation du réel, déjà vécu) c'est mis en avant d'une politique contre l'utilisation de la biographie qui étouffle la vie, contre toute la stratégie ou méthodologie thanatographique. Le sujet luimême se déplace aussi - il devient, en effet, aussi un créateur, une réalité incroyable, même un acteur d'écriture et de la vie. Après tout, est-ce qu'il y avait un autre sens par écrit une vie qui n'est pas de croire en la puissance de la réinvention de cette vie? / Como escrever uma vida? Essa pergunta aparentemente simples é a questão que movimenta este texto. A escrita de vida – chamada aqui de biografia (bíος - bíos, vida e γραφή – gráphein, escrever) – é um tema transversal, compreendendo não somente a literatura, como também outros domínios das Ciências Humanas e da Saúde, como a psicologia, educação, antropologia, história e ciências sociais. A bio-grafia comporta um tecido amplo de operacionalizações e metodologias; ela aparece nas histórias de vida, na formação profissional, nas anamneses, nos relatos de experiências, nos projetos de vida, nos estudos de caso, etc. O binômio vidaescritura é tratado a partir da perspectiva levantada pelos filósofos Friedrich Nietzsche e Gilles Deleuze, como a força capaz de criar, e sobretudo, criar a si mesma. A noção de biografema, proposta por Roland Barthes, é uma potente estratégia para se pensar a escritura de vida aberta à criação de novas possibidades de se dizer e, principalmente, de se viver uma vida. O surgimento do biografema acompanha uma mudança de abordagem em relação às próprias vidas biografadas, acarretando num novo tratamento biográfico por parte das disciplinas. Trata-se de outra postura de leitura, de seleção e de valorização de signos de vida. Ao invés de percorrer as grandes linhas da historiografia, a prática biografemática volta-se para o detalhe, para a potência daquilo que é ínfimo numa vida, para suas imprecisões e insignificâncias. Tomar partido da biografia enquanto criação (e não somente como representação de um real já vivido) é colocar-se diante de uma política que se mostra contrária a todo uso biográfico que sufoca a vida, a toda estratégia ou metodologia thanatográfica. O próprio sujeito se desloca – ele passa a ser, neste sentido, também um criador, um fabulador de realidade, um ator mesmo de escritura e de vida. Afinal, haveria outro sentido em se escrever uma vida que não fosse o de acreditar na potência de reinvenção desta própria vida?
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Cor(m)posições / Com(body)positionsGonçalves, Juliana Aparecida Jonson 11 May 2010 (has links)
Orientador: Antonio Carlos Rodrigues de Amorim / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-08-17T14:39:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: Esta investigação-experimentação-criação convida o(a)leitor(a) a buscar fissuras em fotografias de paisagens da Chapada Diamantina(BA) que permitam proliferar criações em escrita, novas imagens e imagens-pensamento dos labirintos abandonados de nossas percepções. Por visões detalhadas e panorâmicas da paisagem natural são sobrepostas cartografias enigmáticas e sedutoras das filosofias de Espinosa, Deleuze e Guattari de maneira que um corpo irá percorrê-las e guiar-se por suas afecções contornadas por devaneios literários de Virginia Woolf, Artaud e Kafka. Um corpo-escrita extravasará de suas experiências os afectos que possam levá-los aos salto-perceptos. Do corpo restarão escritas esburacadas para que outros corpos possam desfiá-las em afectos derivados das afecções de sua própria criação. / Abstract: This experience in investigation-experimentation-creation is a invitation to the reader look for openings in pictures of scenes in the Chapada Diamantina(BA) that provide opportunities for the creation of written texts, new images and ideas based in undeveloped labyrinths our perceptions. Enigmatic maps and the seduction of the philosophy of Spinoza, Deleuze and Guattari are used to contrast with details and panoramas of natural scenery. The body visit them, guided by the literary musing expressed in the literature of Virginia Woolf, Artaud and Kafka. A body in creation will extrapolate from its experiences those aspects wich have led to leaps in percepts. What will remains of the body are incomplete compositions, which others will unravel as they engage themselves in their own creations. / Mestrado / Educação, Conhecimento, Linguagem e Arte / Mestre em Educação
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Espectral: sentido e comunicação digital / Spectral: Meaning and Digital CommunicationMarco Toledo de Assis Bastos 26 May 2010 (has links)
Esta tese se divide em duas partes. Na primeira parte serão expostas as escolas e teorias mais importantes para o conceito de sentido. Na segunda parte será exposto o conceito de sentido espectral. A primeira seção é monográfica e trata de investigar o conceito de sentido em quatro diferentes campos das ciências humanas: a lógica, a linguagem, a fenomenologia e a teoria dos sistemas. A segunda traz a proposição teórica do conceito de sentido espectral e o discute em função de diagramas de comunicação e sentido. Com isso, a discussão da primeira parte deste trabalho deverá introduzir as dimensões do conceito de sentido que, por sua vez, serão relacionados com certo padrão de difusão e consumo da informação. Essa relação entre os modos de produção das matrizes de media e um determinado conceito de sentido é explorada ao longo de todo o trabalho. Espectral, com isso, é uma metáfora para a particular produção de sentido do ambiente digital. Esse campo do sentido eletrônico será descrito e delineado em contraposição às metáforas não-espaciais de difusão do ciberespaço, que sugerem um campo aberto de aceleração e expansão não comensurável. Desse modo, o conceito de sentido espectral apresentará dois blocos de elementos complementares cuja finalidade é vincular as metáforas não-espaciais, exteriores e difusas do ciberespaço, com uma descrição dos mecanismos interiores desse sentido digital. Esses mecanismos serão descritos teórica e graficamente por meio de cinco componentes: serialização, aglutinação, seleção, nódulos e disrupção. Essas operações, por sua vez, percorrem uma superfície cujos movimentos são simultaneamente concêntricos e arborescentes. A descrição desse movimento será feita por meio de três circuitos: círculos interiores, círculos exteriores e círculos crescentes. A superfície, por sua vez, será descrita com o conceito de anéis de cebola. A vinculação entre as camadas concêntricas e a superfície do ciberespaço conforma o próprio conceito de sentido espectral. / This thesis is divided in two parts. The first part discusses the most influential schools and theories regarding the concept of meaning. The second part presents the concept of spectral meaning. This first section is monographic and consists in an investigation into the concept of meaning within four different fields of human sciences: logics, language, phenomenology and social systems theory. The second section presents the theoretical thesis concerning the concept of spectral meaning and discusses it in the light of communication and meaning diagrams. Therefore, the first part of this work introduces the varied understandings of the concept of meaning which, in a second phase, will be related to specific patterns of information and communication. This relationship between modes of production across different media matrices and a given concept of meaning is continually explored throughout the thesis. Spectral is, therefore, a metaphor for the specific production of sense in the digital environment. This field of electronic meaning will be described and portrayed in opposition to the non-spatial metaphors of diffusion that haunt the cyberspace, regularly depicting it as an open and incommensurable field of acceleration and expansion. Accordingly, the concept of spectral meaning will present two sets of paired elements in order to connect the non-spatial, diffusive and exterior metaphors of the cyberspace with a representation of the electronic meaning and its internal mechanisms. These mechanisms will be described theoretically and graphically along five main components: serialization, netclustering, gatekeeping, nodes and breakthrough. These operations, on the other hand, go through a surface whose activity is both concentric and arborescent. The description of this movement will be target along three cycles: inner circles, outer circles and growing circles. The surface itself, conversely, will be described with the concept of onion rings. The connection between the concentric layers and the cyberspace surface comprehends the concept of spectral meaning itself.
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Educação e estética da existência : práticas da liberdade e criação de novas possibilidades de vida / Education and aesthetics of existence : practice of freedom and creating new possibilities of lifePastre, Jose Luiz, 1963- 25 August 2018 (has links)
Orientador: Áurea Maria Guimarães / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-08-25T03:23:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: O objetivo de minha pesquisa é pensar a educação a partir da ideia uma estética da existência. Trata-se de uma abordagem estética e micropolítica da educação. Para o desenvolvimento dessa abordagem, além da própria noção de estética da existência, utilizo alguns conceitos presentes nas obras de Gilles Deleuze e Félix Guattari como meus principais intercessores da pesquisa. Para esses autores uma análise micropolítica sempre se situa no cruzamento entre diferentes modos de apreensão de uma problemática. Nesse sentido, o campo da pesquisa situa-se no cruzamento entre várias fontes, onde utilizo materiais de diferentes ordens, tais como: documentos oficiais, experiências históricas de práticas educacionais, análises estéticas (teoria da arte), experiências próprias e de outros educadores, pesquisas de abordagens diversas no campo educacional, trechos de filmes, etc. Ao utilizar esse material, meu intuito é estabelecer alguns traços, ou constituir algumas notas, que permitam pensar a educação como uma estética da existência. / Abstract: The object of my research is to think about education from the idea of an aesthetic of existence. This is an aesthetic approach and micropolitics of education. For the development of this approach, besides the very notion of aesthetics of existence, I use some concepts in the works of Gilles Deleuze and Félix Guattari as my main search intercessors. For these authors a micropolitical analysis always lies at the crossroads between different modes of apprehension of a problem. In this sense , the field of research is situated at the crossroads of several sources, which use various orders of materials , such as official documents , historical experiences of educational practices, aesthetic analyzes (art theory), own experiences and other educators, various research approaches in education, film clips, etc. By using this material, my aim is to establish some traits, or pose some notes, which we may think about education from the idea of an aesthetics of existence. / Doutorado / Ensino e Práticas Culturais / Doutor em Educação
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