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Estudo histórico-documental da encefalite humana por arbovírus Rocio no litoral sul e Vale do Ribeira do Estado de São Paulo / Historical and documentary study from encephalitis caused by arbovirus Rocio on the south coast of São Paulo StateEdlaine Faria de Moura Villela 05 February 2009 (has links)
Introdução - No litoral sul do Estado de São Paulo, no período de 1975 a 1978, ocorreu uma epidemia, a Encefalite pelo arbovírus Rocio. A região foi objeto de estudo de diversos investigadores. Altas taxas de morbidade e mortalidade devido ao processo epidêmico foram observadas e causaram impacto socioeconômico. A maioria dos indivíduos infectados, no início da epidemia, era do sexo masculino e estava em idade produtiva, sendo trabalhadores rurais da região. Diante das limitações hospitalares e inespecificidade do tratamento na época, houve desde uma lenta convalescença, seqüelas até a ocorrência de óbitos, afetando a economia da região, que repercutiu principalmente na queda no turismo. Mediante este fato, justifica-se a importância deste estudo histórico-documental da encefalite por arbovírus Rocio. Objetivo - Objetivou-se relatar acontecimentos sociais e naturais, medidas clínicas, impactos midiáticos e avanços científicos relacionados à doença, verificando, a trajetória do Rocio. Método - Foi feita uma revisão de literatura de trabalhos publicados desde o início da epidemia até os dias atuais. As fontes consultadas foram teses, dissertações, livros, periódicos, bancos de dados de jornais e revistas, bases de dados cooperativas, relatórios de instituições públicas, contato com especialistas e comunicações em eventos. Resultados - Foi possível analisar como a mídia impressa relatou os acontecimentos sociais relacionados à epidemia e como foi a reação popular às notícias veiculadas, além de discutir a possibilidade de o homem voltar a ser acometido pelo Rocio, diante das atuais mudanças climáticas, acelerada urbanização e pressão sobre a cobertura vegetal no litoral sul do Estado, o que altera a ecologia das populações dessa região. Conclusões - Houve o desencontro entre informações veiculadas pela mídia e dados científicos fornecidos por pesquisadores e autoridades sanitárias, o que dificultava a aceitação da epidemia pela população e viabilizava a distorção de informações e criação de barreiras aos métodos de combate ao possível vetor. Ainda não se sabe como o vírus Rocio tornou-se emergente no litoral sul do Estado em 1975 e o porquê do seu silenciamento, entretanto é conhecido que esse arbovírus ainda mantém atividade, possibilitando o retorno da epidemia no país. / Introduction - On the south coast of São Paulo State, Brazil, there was an encephalitis epidemic due to the arbovirus Rocio from 1975 to 1978. Thus, the region has been the object of study by researchers. High rates of morbidity and mortality caused an enormous social impact. The most infected individuals at the beginning of the epidemic was male and was in the productive age. Facing the limitations of the hospital and nonspecific treatment at the time, there was since a slow convalescence, sequels and even the occurrence of deaths, affecting the regional economy, which mainly reflected the drop in local tourism. In view of this fact, it is the importance of this historical and documentary study of encephalitis caused by arbovirus Rocio during the epidemic period. Aim - The aim of this study was to report social and natural events, clinical measurements, media impacts and scientific advances related to the disease, checking the trajectory of virus Rocio. Method It was made a literature review of studies published since the beginning of the epidemic until the present day. The sources which were consulted: theses, dissertations, books, periodicals, databases of newspapers and magazines, electronic databases, reports from public institutions, contact with specialists in communications and events. Results - In this study, it was possible to analize how the written press communicated the social reactions related to the epidemic and how the population reacted the news communicated, in addition was possible to discuss the possibility of the human being be affected by Rocio again due to the current climate change, accelerated urbanization and pressure on the vegetation on the coast south of the State, thus changing the ecology of the population of that region. Conclusions - There was a contradiction between the information carried by the media and scientific data provided by researchers and health authorities, which hindered the acceptance of the epidemic by the population and facilitated the distortion of information. This fact created barriers to methods of combating the possible vector. It is not known how the virus Rocio has become emerging on the south coast of the State in 1975 and why it became silent, however it is know that the arbovirus still has activity, what allows the return of the epidemic in the country.
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Desenvolvimento e padronização de ensaio imunoenzimático para detecção de anticorpos contra os vírus do Oeste do Nilo e da encefalite de São LuísGUIMARÃES, Deborah de Farias 13 July 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-07-13 / The flavivirus genus (family Flaviviridae) comprises some of the most relevant arboviruses for public health, that can cause disease in humans and animals. Some members of this Family such West Nile virus (WNV) and Saint Louis Encephalitis virus (SLEV) are antigenically related. They develop similar symptoms and their serological diagnosis may show cross reaction with other Flavivirus, present in the same geographical area. In this context, the establishment of a platform for differential serological diagnosis in these arboviruses, is crucial. Among other methodologies, the Enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) is the most used technique for flavivirus diagnosis, with subsequent confirmation by plaque reduction neutralization test (PRNT). Thus, the present work aimed to develop a differential immunoassay diagnostic platform for WNV and SLEV, using their structural proteins as antigens, derived from viral chimeras YFV-17D-WNV-3M and YFV-17D-SLEV respectively, previously constructed in our research group (Department of Virology, Fiocruz / PE). We analyzed 155 samples of equine sera from the state of Pernambuco-Brazil, for WNV and SLEV by blocking ELISA technique, resulting in 149 and 132 positive samples among them, respectively. All samples were tested by PRNT75 for validating the results of ELISA confirming 31 positive samples for WNV and 20 for SLEV. These results demonstrated that the platform of large-scale serological screening developed in this work is effective and has the potential use for evaluation of sera, from different species of flavivirus in Brazil. / O gênero Flavivirus, família Flaviviridae, compreende algumas das arboviroses mais importantes para saúde pública, causadoras de doenças em humanos e animais. Alguns membros desta família, como por exemplo, o vírus do oeste do Nilo (West Nile virus, WNV) e vírus da encefalite São Luís (Saint Louis encephalitis virus, SLEV) estão relacionados antigenicamente, o que significa que além de desenvolverem sintomatologia bastante parecida, o seu diagnóstico sorológico pode apresentar reação cruzada com outros flavivírus presentes na mesma área geográfica. Dessa forma, percebe-se a urgência de uma plataforma de diagnóstico sorológico diferencial entre as arboviroses anteriormente citadas. Dentre as metodologias atuais, o ELISA é o mais utilizado em flavivírus, com posterior confirmação por teste sorológico ouro, o ensaio de neutralização por redução de placas (PRNT). Diante disso, o presente trabalho objetivou a construção de uma plataforma de diagnóstico imunoenzimático diferencial para WNV e SLEV, através do ELISA de bloqueio e realizar uma comparação com a metodologia do ELISA de captura utilizando as mesmas amostras. Com isso, analisou-se 155 amostras de soros de equinos do Estado de Pernambuco para o WNV e SLEV por ELISA de bloqueio, resultando em 149 e 132 amostras positivas, respectivamente. Todas as amostras foram testadas por PRNT75 para validação dos resultados do ELISA, identificando neste teste 31 amostras positivas para WNV e 21 para SLEV. Demonstrando que a plataforma de triagem sorológica em larga escala, desenvolvida neste trabalho, é eficiente para a avaliações epidemiológicas e monitoramento de flavivírus no território brasileiro.
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Produção de antígenos para diagnóstico da artrite encefalite caprina empregando cultivo de células CorFC com baixo teor de soro fetal bovinoNASCIMENTO, Sérgio Alves do 23 February 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-02-23 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / The objective of this work is to develop serological tests (AGID and ELISA -ELISAi) using antigens of the virus Arthritis Encephalitis Goat (CAEV) obtained from a goat corneal cell line (CorFC cells) grown with 0.1% FBS. For AGID antigens were obtained from cells cultured in MEM, DMEM / F12 and RPMI 1640. Of the 163 tested sera samples (28 positive and 135 negative), 28 (17.17%) were positive for MEM and Ag Ag DMEM / 12 and 29 (17.79%) to Ag is RPMI 1640. Comparing the results obtained with three Ag was observed almost perfect agreement kappa adjusted (0.98 to 1.00). The Ag RPMI 1640 antigen, which showed better quality of precipitation lines in AGID and best performance was evaluated in comparison to a commercial Ag (Kit for the diagnosis of CAE - AGID; Unika biotech, Recife). The test of 797 sera with commercial Ag showed 216 positive and 581 negative; RPMI 1640 with Ag were observed 225 positive and 572 negative, corresponding to sensitivity (Se) and specificity (Es) for 100% and 98.45%, respectively. Globally, there has been adjusted (kappa = 0.97) between the almost perfect results with both Ag. For ELISAi empregandos native viral antigens were obtained by a simple process (clarification, dialysis and the treatment with triton X-100) to from cells cultured in RPMI 1640. After standardization were made the ELISAi performance evaluations. To assess the repeatability of the observed ELISAi RPMI CV entreplacas 4.4 and 17.3 and between 18.4 and 5.1 days for negative and positive sera. The results of 722 sera tested with the kits to diagnose LVPR AGID / commercial ELISAi (Unika biotech, Recife) showed 166 positive and 556 negative; with RPMI were observed ELISAi 171 positive and 551 negative, and if Sp corresponding to about 97.59% and 98.38%, respectively, with agreement adjusted kappa 0.95, considered almost perfect. These results demonstrate that one can establish an AGID an ELISA for highly sensitive and specific diagnosis of LVPR using a simplified model for obtaining of antigens, employing CorFC cells with low levels of FBS. Depending on the cell type and medium used can be produced LVPR antigens with low FCS content, which agrees with the animal welfare, represents a reduction of input costs and protein purification processes. / Objetivou-se com este trabalho desenvolver testes sorológicos (IDGA e ELISA indireto -ELISAi) utilizando antígenos do vírus da Artrite Encefalite Caprina (CAEV) obtidos a partir de uma linhagem de células de córnea caprina (células CorFC) cultivada com 0,1% de SFB. Para a IDGA foram obtidos antígenos a partir de células cultivadas em MEM, DMEM/F12 e RPMI 1640. Das 163 amostras de soros testados (28 positivas e 135 negativas), 28 (17,17%) apresentaram resultados positivos para o Ag MEM e Ag DMEM/12 e 29 (17,79%) para o Ag RPMI 1640. Comparando-se os resultados obtidos com os três Ag foi observada concordância ajustada de kappa quase perfeita (0,98 a 1,00). O antígeno Ag RPMI 1640, que apresentou melhor qualidade das linhas de precipitação na IDGA e melhor rendimento foi avaliado comparativamente com um Ag comercial (Kit para diagnóstico de CAE – IDGA; Unika biotech, Recife). O teste dos 797 soros com o Ag comercial apresentou 216 positivos e 581 negativos; com o Ag RPMI 1640 foram observados 225 resultados positivos e 572 negativos, correspondendo a sensibilidade (Se) e especificidade (Es) relativas de 100% e 98,45%, respectivamente. De forma global, houve uma concordância ajustada (kappa = 0,97) quase perfeita entre os resultados com ambos Ag. Para o ELISAi foram empregandos antígenos virais nativos obtidos por um processo simples (clarificação, diálise e tratamento com triton X-100) a partir de células cultivadas em meio RPMI 1640. Após a padronização foram feitas as avaliações de desempenho do ELISAi. Ao avaliar a repetibilidade do ELISAi RPMI observou-se o CV entreplacas de 4,4 e 17,3 e entre dias de 5,1 e 18,4, para soros negativo e positivo, respectivamente. Os resultados dos 722 soros testados com os Kits para diagnóstico de LVPR IDGA/ELISAi comerciais (Unika biotech, Recife) apresentou 166 positivos e 556 negativos; com o ELISAi RPMI foram observados 171 resultados positivos e 551 negativos, correspondendo a Se e Sp relativas de 97,59% e 98,38%, respectivamente, com concordância ajustada kappa de 0,95, considerada quase perfeita. Esses resultados demonstram que pode-se estabelecer uma IDGA e um ELISA para diagnostico de LVPR altamente sensíveis e específicos utilizando-se um modelo simplificado para obtenção de antígenos, empregando células CorFC cultivadas com baixo teor de SFB. Dependendo do tipo de célula e meio utilizado pode-se produzir antígenos de LVPR com baixo teor de SFB, que corrobora com o bem estar animal, representa redução de custos com insumos e nos processos de purificação de proteínas.
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Artrite-encefalite dos caprinos - aspectos clínicos e epidemiológicos / Caprine arthritis encephalitis - Clinical and epidemiological featuresMaria do Carmo Custodio de Souza Hunold Lara 10 April 2002 (has links)
Estudou-se a freqüência da ocorrência de anticorpos antivírus da Artrite-encefalite dos Caprinos, em caprinos de 14 plantéis localizados no Estado de São Paulo, por um período de 2 anos, utilizando-se a técnica de imunodifusão em gel de ágar. A prevalência obtida foi de 26,3%, sendo significativamente maior nos caprinos mantidos em regime intensivo (31,8% - 733/2303) de criação do que no sistema semi-extensivo (13,1% - 128- 977). A infecção pelo vírus da Artrite-encefalite dos Caprinos aumentou gradativa e significativamente após os 6 meses de idade, havendo predominância da infecção nos caprinos mais velhos. Não se detectou influência de fatores sexuais sobre a prevalência da enfermidade determinada em caprinos do sexo feminino (27,9% - 663/2375) e masculino (32,3% - 94/291). A prevalência da doença foi significativamente maior nos caprinos das raças Anglo Nubiana (63,8% - 88/138) e Toggenbourg (56,0% - 28/50) do que nas demais raças estudadas: Saanen (27,4% - 673/2458), Alpina (11,9% - 59/497), Bôer (5,9% - 2/34) e caprinos mestiços (10,7% - 11/103). Paralelamente realizou-se estudo clínico dos animais infectados pelo vírus da Artrite-encefalite dos Caprinos, quando pudemos demonstrar que 17,1% (64/374) dos caprinos sororeagentes apresentavam a forma clínica articular da enfermidade e que 6,6% (17/249) das cabras sororeagentes apresentavam a forma mamária. A possibilidade de transmissão vertical transplacentária foi menor do que 3,8%. Verificou-se ser pequena a possibilidade dos cabritos se infectarem pelo colostro de cabras sororeagentes positivas, mas podem se infectar pelo leite oriundos dessas cabras infectadas (18,8% - 3/16). O tempo de duração dos anticorpos séricos adquiridos passivamente pelo colostro variou de 60 a 120 dias. Demonstrou-se, indiretamente, a presença e a viabilidade do vírus no sangue circulante, colostro e leite de caprinos infectados, bem como a possibilidadede infectar animais susceptíveis por inoculação, sendo o período de incubação de 45 a 60 dias. Não se demonstrou diferenças significativas dos teores séricos de proteína total, gamaglobulina e da atividade enzimática da glutamiltransferase - γGT em cabritos que receberam colostro de cabras infectadas ou não infectadas pelo mencionado vírus. / The frequency of occurrence of antibodies anti-caprine arthritis-encephalitis virus was studied in 14 herds in the State of São Paulo, during 2 years, using agar gel immunodiffusion. Prevalence was equal to 26.3%, and was significantly higher in animals kept under an intensive management scheme (31.8% - 733/2303), than in animals kept under a semi-extensive one (13.1% - 128- 977). Infection by the caprine arthritis-encephalitis virus increased gradual and significantly after 6 months of age. Infection was predominant in older animals. There was no gender influence on the prevalence of the disease, both in females (27.9% - 663/2375) and males (32.3% - 94/291). In relation to breed, prevalence of the disease was significantly higher in Anglo-Nubian (63.8% - 88/138) and Toggenbourg animals (56.0% - 28/50), than in the rest of the breeds studied: Saanen (27.4% - 673/2458), Alpine (11.9% - 59/497), Boer (5.9% - 2/34) and mixed breed animals (10.7% - 11/103). A clinical study of the animals infected by caprine arthritis-encephalitis virus was also performed. It was observed that 17.1% (64/374) of seroreagents presented the articular form of the disease and that 6.6% (17/249) of the seroreagent females presented the mammary form of the disease. The possibility of vertical, transplacentary transmission was lower than 3.8%. It was observed that the probability of infection of kids by colostrum of infected females was low (18.8% - 3/16). Antibodies passively acquired by colostrum ingestion lasted from 60 to 120 days. The presence and viability of the virus circulating in blood, colostrum and milk of infected animals, as well as the possibility of infection of susceptible animals by inoculation was indirectly demonstrated. Incubation period ranged from 45 to 60 days. There was no significant difference in serum levels of total protein and gammaglobulin, and in enzymatic activity of glutamiltransferase - γGT in kids that received colostrum from infected and non-infected females.
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Influência do vírus da artrite encefalite caprina no imunograma sanguíneo e lácteo de cabras naturalmente infectadas / Influence of caprine arthritis encephalitis virus on blood and milk immunogram of naturally infected goatsBruna Parapinski dos Santos 31 July 2012 (has links)
A Artrite Encefalite Caprina (AEC) é uma lentivirose multisistêmica que tem a glândula mamária caprina como um dos alvos lesionais da doença. Pode causar uma manifestação mamária específica, chamada de mastite endurativa, além da mama representar uma importante via de eliminação do vírus, mesmo em animais que não apresentam a forma clínica. Considerando-se a possibilidade desta virose, cuja célula alvo predominante é o monócito, levar a alterações imunológicas que influenciem a susceptibilidade do animal a outras doenças, objetivou-se avaliar essa interação do vírus e da imunidade do hospedeiro por meio de fenotipagem, fagocitose e produção de Espécies reativas de oxigênio (ERO) e dos mecanismos de morte das células sanguíneas e lácteas de cabras naturalmente infectadas. Para isso 200 cabras foram triadas e, destas selecionadas oito fêmeas não sororreagentes e dez sororreagentes na pesquisa de anticorpos séricos para AEC, dentro dos padrões hematológicos da espécie e com dois exames bacteriológicos do leite negativos. O leite e o sangue colhido destes animais foram submetidos às seguintes provas: fenotipagem dos leucócitos CD4+, CD8+, CD14+, PG68A+ e CD45+, fagocitose de Staphylococcus aureus e de Escherichia coli por células CD14+ e PG68A+, produção de ERO e marcação com Anexina-V e Iodeto de Propídeo (PI) por granulócitos e células mononucleares. A infecção pelo VAEC pode ser associada a um aumento de células CD14+ no leite, mas não no sangue. Os outros perfis celulares não sofreram alterações. Quanto a função fagocítica, o vírus reduziu a porcentagem de fagocitose de Staphylococcus aureus por granulócitos PG68A+ do leite. Esta alteração não ocorreu na fagocitose de Escherichia coli e na produção de ERO dessas células, nem na fagocitose e produção de ERO pelas células CD14+ ressaltando que nesses processos a espécie bacteriana pode sofrer interações com o vírus ou mesmo com a resposta imune do organismo infectado. O VAEC não influenciou significativamente os mecanismos de morte ora investigados, mas a tendência dos resultados sugere que possa haver indução de morte por apoptose e/ou por necrose nos granulócitos do sangue e influenciar no processo de necrose destas células no leite, sem alterar esses processos nas células mononucleares. Ressalta-se a importância da interação monócito-neutrófilo na glândula mamária, principalmente nos animais sororreagentes para AEC, mesmo na ausência de mastite bacteriana. / The caprine arthritis encephalitis (CAE) is a multisystem lentivirose that have the goat mammary gland as one target of the lesional disease. May cause a mammary specific expression, called indurative mastitis, beyond these organ represent a major route of virus elimination, even in animals that do not exhibit this clinical manifestation. Considering the possibility of this virus, whose target cell are predominantly monocyte, lead to immunological changes that influence the animal\'s susceptibility to other diseases, this study aimed to evaluate the interaction of virus and host immunity by phenotyping, phagocytosis and production of reactive oxygen species (ROS) and the mechanisms of cell death, in blood and milk of goats naturally infected. For that, 200 goats were screened and was selected eight females non sero-reagents and ten seroreagents for serum antibodies against CAE, with the haematological analises within the species standards and two negative bacteriological tests of milk. Milk and blood from these animals underwent the following tests: phenotyping of leukocytes CD4+, CD8+, CD14+, PG68A+ and CD45+, phagocytosis of Staphylococcus aureus and Escherichia coli ROS production by CD14+ and PG68A+ cells, and labeling with Annexin-V and propidium iodide (PI) for granulocytes and mononuclear cells. CAEV infection may be associated with an increase in CD14+ cells in milk, but not in blood. The other cellular profile did not change. In the phagocytic function, the virus reduced the percentage of phagocytosis of Staphylococcus aureus by granulocytes PG68A+ milk. This change did not occur in the phagocytosis of Escherichia coli and production of ROS in these cells, nor in phagocytosis and ROS production by CD14+ cells, noting that in those cases the bacterial species may undergo interactions with the virus or even with the immune response of the infected organism. The VAEC not significantly affect the mechanism of death now investigated, but the tendency of the results suggests that can induce apoptosis and/or necrosis in the blood granulocytes and influence the process of necrosis of these cells in milk, without changing these processes mononuclear cells. We emphasize the importance of monocyte-neutrophil interaction in the mammary gland, especially in animals seropositive for CAE, even in the absence of bacterial mastitis.
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Efeito da sinvastatina na evolução clínica e na resposta imune celular Th17 na encefalite auto-imune experimental / The Effects of Simvastatin in Clinical Outcome and in the Development of Th17 Immune Response in Experimental Autoimmune EncephalomyelitisDaniel May de Oliveira 08 October 2009 (has links)
Encefalite auto-imune experimental (EAE) é o modelo animal da doença humana esclerose múltipla. Foi demonstrado que as estatinas podem ter efeitos benéficos na EAE. Diversos mecanismos de ação foram descritos para explicar esses efeitos, entre eles: estímulo a expressão de HO-1, inibição da expressão de Toll-like receptors (TLR) e inibição da produção de citocinas de padrão Th1. Estudamos o efeito de uma estatina, a sinvastatina, na evolução clínica da EAE e seus mecanismos de ação. Também avaliamos o papel do TLR4 na EAE. O tratamento com sinvastatina melhorou a evolução clínica da EAE nas doses de 1 e 5 mg/kg/dia. A análise do infiltrado celular no SNC mostrou mudança do padrão de diferenciação dos linfócitos com menor porcentagem de células produtoras de IL-17 nos grupos tratados em relação aos controles. Os animais TLR-4 -/- apresentaram melhor evolução da doença. Concluímos que o tratamento com sinvastatina melhora a evolução clínica da EAE através da inibição da produção de IL-17 e que animais TLR-4 -/- têm melhor desfecho clínico na EAE que os controles. / Experimental autoimmune encephalomyelitis (EAE) is considered the experimental model for the human multiple sclerosis disease. It has been demonstrated that statins, used as lipid-lowering agents, can have beneficial effects on EAE. Several actions have been described to explain these effects: enhancement of HO-1 expression, inhibition of Toll-like receptors expression and inhibition of Th1 cytokines. We have investigated the effect of a statin, simvastatin, on EAE clinical development and the mechanisms behind those effects. Simvastatin treatment ameliorated EAE clinical outcome at doses 1 and 5 mg/kg/day. SNC cellular infiltrates analysis showed altered pattern of differentiation with decreased percentage of IL-17-producing T lymphocytes in treated group comparing with controls. TLR4 -/- mice showed better clinical development. We concluded that simvastatin treatment ameliorates EAE clinical outcome through inhibition of IL-17 production. Mice TLR4 -/- have better EAE clinical outcome than WT controls.
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Alterações morfológicas cerebrais na encefalite de Rasmussen / Brain morphologic alterations in Rasmussen EncephalitisBezerra, Karenn Barros 04 July 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A encefalite de Rasmussen (ER) é uma doença rara e esporádica, apresentando-se como uma síndrome com disfunção cerebral multifocal e convulsões focais refratárias ao tratamento medicamentoso, por vezes se manifestando com epilepsia parcial contínua. O início das crises focais predomina na infância e afeta crianças previamente hígidas, com curso progressivo. Na maioria das vezes envolve apenas um hemisfério cerebral, que se torna atrófico. O diagnóstico é feito através da análise do eletroencefalograma, características clínicas, achados de ressonância magnética (RM) e/ou achados histopatológicos. A RM encefálica é particularmente útil no estudo destes doentes, fornecendo dados que podem contribuir para o diagnóstico, ajudar na seleção do local para biópsia, assim como no acompanhamento da evolução progressiva da doença. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram coletados os dados demográficos, avaliações neuropsicológicas, dados cirúrgicos e achados de imagem de todos os pacientes diagnosticados com ER no HCFMRP, de 1997-2016. RESULTADOS: Foram incluídos 35 pacientes com média de idade de 5,8 anos. Setenta por cento destes apresentaram-se com epilepsia parcial contínua e 29 tiveram também a confirmação histopatológica. Não houve nenhum caso de acometimento bilateral confirmado nesta amostra. Os achados de imagem mais comuns foram alteração de sinal, atrofia focal ou hemisférica e dilatação ventricular, em graus variados. Trinta e três pacientes foram submetidos ao tratamento cirúrgico. CONCLUSÕES: A definição da conduta e tratamento dos pacientes com ER deve ser discutida por equipe multidisciplinar, levando em consideração os achados clínicos, EEG e de exames de imagem, com objetivo de controlar as crises a fim de minimizar os déficits cognitivos, motores e de linguagem destes pacientes. / INTRODUCTION: Rasmussen encephalitis (RE) is a rare and sporadic disease, presenting as a multifocal brain dysfunction and focal seizures, refractory to drug treatment, sometimes manifesting with continuous partial epilepsy. The onset of seizures predominates in childhood, and affects previously healthy children with progressive course. Most often involves one cerebral hemisphere, which becomes atrophic. Diagnosis is made through EEG analysis, clinical, magnetic resonance imaging (MRI) findings and/or histopathological findings. Brain MRI is particularly useful, and provides data that can contribute to the diagnosis, help in site selection for biopsy, as well as in monitoring the progressive course of the disease. MATERIALS AND METHODS: We collected demographic data, neuropsychological evaluations, surgical and imaging findings of all patients diagnosed with RE in HCFMRP, from 1997-2016. RESULTS: It included 35 patients with a mean age of 5.8 years. Seventy percent of these presented with continuous partial epilepsy and 29 also had histopathologic confirmation. There were no cases of confirmed bilateral involvement in this sample. The most common imaging findings were signal change , focal or hemispheric atrophy and ventricular dilatation , in varying degrees. Thirtythree patients underwent surgical treatment. CONCLUSIONS: The definition of management and treatment of patients with ER should be discussed by a multidisciplinary team, taking into account the clinical, EEG and imaging findings, in order to control seizures and minimize cognitive, motor and language deficits of these patients.
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Detecção molecular de herpesvírus bovino tipo-1 e herpesvírus bovino tipo-5 em amostras de encéfalos bovinos incluídos em parafina / Molecular detection of bovine herpesvirus type-1 and bovine herpesvirus type-5 samples of catlle brains embedded in paraffinSilva, Danilo Rezende e 04 September 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-09-04 / Identification of herpesvirus in specimes fixed in formalin and paraffin embedded has been used in experimental analysis. Several molecular techniques have been used in research and in diagnosing of herpesviral meningoencephalitis. 80 cases of routine in veterinary pathology were reviewed on the Department of Animal Pathology of Veterinary and Science Animal School Medicine of Federal University of Goias, Goiania, GO (EVZ/UFG) performed between January 2007 to December 2012. Were used 18 cases with a total of 44 paraffin blocks (Group I - 14 blocks, Group II - 17 blocks and Group III - 13 blocks), which were grouped according to histopathological diagnosis, in Group I - samples without histological changes and no clinical history of neurological disease, Group II - samples with nonspecific encephalitis, Group III - samples with rabies encephalitis. Were extracted DNA fragments, from cuts blocks, using a commercial extraction kit of formalin and paraffin embedded tissue. Afterwards the technique standardization of conventional PCR for bovine herpesvirus-1 and bovine herpersvírus type-5 was performed. Were positive for BoHV-5 28% (5/18) of cases, with 11% (2/18) of the group with nonspecific encephalitis and 17% (3/18) of the group with encephalitis and positive for the rabies virus. In the test for checking of the bands for the BoHV-1, all samples, 100% (18/18) were negative. These results demonstrate that the conventional PCR technique is helpful in aiding the definitive diagnosis of encephalitis bovine herpesvirus type-5. / A extração do DNA de herpesvírus em amostras fixadas em formol, assim como amostras emblocadas em parafina, tem sido utilizada em análises experimentais, permitindo o emprego de técnicas moleculares em pesquisas e no diagnóstico das meningonencefalites por herpesvírus. Foram revisados 80 casos da rotina anatomopatológica do Setor de Patologia Animal da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO (EVZ/UFG) realizados entre janeiro de 2007 à dezembro de 2012. Foram utilizados 18 casos com um total de 44 blocos (Grupo I – 14 blocos, Grupo II – 17 blocos e Grupo III – 13 blocos), os quais foram agrupados, de acordo com diagnóstico histopatológico, em Grupo I – amostras sem alterações histológicas e sem histórico clínico de doença neurológica, Grupo II – amostras com encefalite inespecífica, Grupo III – amostras com encefalite por Raiva. DNA dos fragmentos foram obtidos a partir dos cortes dos blocos, foi extraído com kit comercial de extração de material parafinizado. Posteriormente foi realizada a padronização da técnica de PCR convencional para herpesvírus bovino tipo-1 e herpersvírus bovino tipo-5. Foram positivos para BoHV-5 28% (5/18) dos casos, sendo 11% (2/18) do grupo com encefalite inespecífica e 17% (3/18) do grupo com encefalite e positivos para o vírus da raiva. No teste para verificação das bandas para o BoHV-1, todas as amostras, 100% (18/18), foram negativas. Esses resultados comprovam que a técnica de PCR convencional é útil no auxílio do diagnóstico definitivo de encefalite por herpesvírus bovino tipo-5.
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Cinética da infecção pelo arbovírus piry em modelo murino: a resposta do hospedeiro adultoSANTOS, Zaire Alves dos 30 September 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-09-30 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / No presente estudo, um membro do grupo das RNA viroses Sul Americanas encontrado no Brasil, que causa doença febril em humanos e encefalite em camundongos adultos e neonatos, foi selecionado como um modelo para estudar as consequências das encefalites por arbovírus. Em camundongos mantidos em condições padronizadas com acesso livre a água e comida, induziu-se encefalite por via intranasal empregando homogenado cerebral infectado pelo vírus Piry, correlacionando a resposta inflamatória celular quantitativa do hospedeiro na região septal, com os sinais clínicos e a neuroinvasão, utilizando como controle animais que receberam homogenado cerebral não infectado. Animais com três meses de idade receberam volume igual de homogenado cerebral infectante ou de homogenado cerebral normal nas narinas. Em cada um dos oito dias após a infecção, cinco sujeitos da colônia infectada foram sacrificados, perfundidos e processados para detecção dos antígenos virais e microglia. Sujeitos controle foram sacrificados no 5º dia após a inoculação do homogenado cerebral normal para os mesmos marcadores. A encefalite viral induziu ativação microglial e neuroinvasão das células gliais e neurônios, principalmente nas vias olfatórias nas fases iniciais (2 - 4 dpi), mas também incluiu o hipocampo, o cerebelo e núcleos do tronco cerebral mais tarde (5 - 8 dpi). A correlação das estimativas do número de microglias na área septal com os sinais clínicos e a neuroinvasão revelaram que o número e a morfologia daquelas mudou antes da neuroinvasão ter alcançado a região septal e os sinais clínicos aparecerem. Grande variabilidade na intensidade dos sintomas clínicos e na taxa de sobrevivência foi encontrada na variedade de camundongos albinos suíços quando comparados com o previamente descrito na variedade C57Bl6 sugerindo um background genético mais heterogêneo para aquela variedade. Tomados em conjunto nossos resultados prévios e atuais dedicados a investigar a progressão da encefalite induzida pelo vírus Piry no camundongo albino suiço pode abrir um novo campo de investigação das bases genéticas, anatômicas e imunes acerca das encefalites sub-letais tropicais. / In the present report, a member of a group of RNA South American viruses found in Brazil, that causes febrile disease in humans and encephalitis in neonate and adult murine models, was selected as a model to study encephalitis outcomes in adult albino Swiss mice. In mice housed under standard conditions with free access to water and food, we induced viral encephalitis by intranasal inoculation of Piry virus–infected brain homogenate and correlated neuropathological features. We quantified the cellular inflammatory response in the septal region using a stereologically based unbiased method with clinical signs and neuroinvasion, comparing the outcomes with those of animals inoculated with uninfected brain homogenate. Three-month-old female mice maintained in standard environment received an equal volume of Piry virus infected or normal brain homogenates into the nostrils. From the 1st to 8th days post-instillation (dpi), five subjects from the infected colony were fixed and processed to detect viral antigens and microglia. Control subjects were sacrificed in the 5th dpi and processed for the same markers. After Piry virus encephalitis induced microglial activation and neuroinvasion of glial cells and neurons mainly in the olfactory pathways early in the disease (2 – 4 dpi), but also included hippocampus, cerebellum and brain stem nuclei later on (5 - 8 dpi). The correlation of the host cellular inflammatory quantitative response in the septal area with clinical signs and neuroinvasion, revealed that the number and the morphology of microglias changed early in the disease before neuroinvasion had reached the septal region and clinical signs had appeared. Great variability in clinical symptoms intensity and survival rate were found in the outbred albino Swiss mice strain as compared with previous report in the inbred C57Bl6 strain suggesting less isogenic background. Taken together, our previous and present report dedicated to investigate Piry virus encephalitis progression in the outbred albino Swiss mice strain may open a new field of investigation of the genetics, anatomical and immune substrates of tropical sublethal arbovirus encepahlitis.
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Detecção de dna de herpesvírus bovino em encéfalos de bovinos submetidos ao diagnóstico de raivaKunert Filho, Hiran Castagnino January 2011 (has links)
Os herpesvírus bovino tipo 1 (BoHV-1) e 5 (BoHV-5) são alfaherpesvírus freqüentemente associados a meningoencefalites. Por outro lado, o vírus da raiva é o agente mais frequentemente identificado como causador de encefalites virais em bovinos no Brasil. O objetivo do presente estudo foi examinar a ocorrência de infecções por BoHV-1 e/ou BoHV-5 em amostras de tecido encefálico bovino submetidas ao diagnóstico de raiva e avaliar seu possível envolvimento nos quadros de encefalite que originaram a suspeita de raiva. Para tanto, 101 amostras desses tecidos, sendo 39 positivas para raiva e 62 negativas, recebidas pelo órgão oficial responsável pelo diagnóstico de raiva no Estado do Rio Grande do Sul (IPVDF) no período de 2009- 2010, foram submetidas a exames buscando o isolamento viral e amplificação de genomas de herpesvírus bovinos. Ao isolamento viral, todas as amostras foram negativas para vírus infeccioso após a realização de três passagens cegas em células MDBK. As mesmas foram submetidas à amplificação por “nested PCR” (nPCR) para a pesquisa de genomas de BoHV-1 e BoHV-5. Das 101 amostras totais analisadas esta técnica revelou que 25,7% (26/101) continham genomas de BoHV-1 e 21,8% (22/101) continham genomas de BoHV-5. Genomas de ambos os tipos foram identificadas em 30 (29,7%) amostras. Entre as amostras que foram também positivas para raiva em 23% (9/39) foram detectados genomas de BoHV-1 e em 15,4% (6/39) continham genomas de BoHV-5. Em 16 destas 39 amostras (41%) foram detectados genomas de BoHV-1 e BoHV-5. Em contrapartida, nas amostras negativas para o vírus rábico, 27,4% (17/62) também foram positivas para BoHV-1, 25,8% (16/62) foram positivas para BoHV-5. Detectaram-se os genomas de ambos BoHVs em 22,6% (14/62) dos animais. Estas diferenças não foram estatisticamente significativas, indicando não haver correlação entre a ocorrência de raiva e infecções por herpesvírus na amostragem realizada. Estes resultados indicam que, embora as infecções por BoHV-1 e BoHV-5 tenham apresentado elevada incidência nessas amostras, não havia vírus infeccioso nas mesmas, sugerindo infecções latentes sem envolvimento aparente nos quadros de encefalite que originaram a suspeita inicial de raiva. / Bovine herpesvirus type 1 (BoHV-1) and 5 (BoHV-5) are alphaherpesviruses associated with a number of clinical manifestations in cattle, including encephalitis. On the other hand, rabies virus is the agent most frequently identified as cause of viral encephalitis in cattle in Brazil. The aim of this study was to examine the occurrence of BoHV-1 and / or BoHV-5 in bovine brain tissue samples submitted to rabies diagnosis. The search was carried out by virus isolation and nested polymerase chain reaction (PCR) in brain tissues of cattle submitted to rabies diagnosis in the state of Rio Grande do Sul in the period 2009-2010. One hundred and one brain samples from cattle with signs of neurological disease, of which 39 were positive and 62 negative for rabies, were used in this study. At virus isolation, all samples were negative for the presence of infectious herpesviruses after three successive passages in MDBK cells. Of the 101 total samples analyzed, this test revealed that 25.7% (26/101) of cattle were infected with BoHV-1 and 21.8% (22/101) were infected with BoHV-5. Genomes of both types were detected in 29.7% (30/101) samples. With the 39 samples positive for rabies virus, BoHV-1 genome was detected in 23% (9/39) and 15.4% (6/39) were positive for BoHV-5 as well as in 41% (16/39) of these samples, which were positive for both BoHVs. On the other hand, the negative samples for rabies virus, 27.4% (17/62) also were positive for BoHV-1, as well and 25.8% (16/62) were positive for BoHV-5. Genomes of both BoHVs were detected in 22.6% (14/62) of the specimens. These differences were not statistically significant indicating no correlation between the occurrence of rabies and herpesvirus infections in the animals. These results do not imply that the herpesviruses detected, even showing a high incidence, were the causative agents of meningoencephalitis in the samples tested, once it was not possible to isolate virus in its infectious form, however it suggests a latent infection in the animals involved with neurological signs of meningoencephalitis whose primary suspicion was rabies.
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