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“Nós comemos e regurgitamos”: feminismos transnacionais e coalizões potenciais a partir da marcha das vadias de Goiânia/GO / “We ate and regurgitated”: transnational feminisms and potential coalitions from slutwalk in Goiânia/GOBatista, Paula Nogueira Pires 18 September 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-09-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This work aims to think about the potentialities of transnational feminist political coalitions based on ethnographic experience that focused on Slutwalk of the city of Goiânia / GO ("Marcha das Vadias" - MdV / GO) in the years 2014, 2015 and 2016. For this, I interpret that this March would be a contemporary "young" feminist expression. The analysis proposes intersectionality, taking into account the different social markers of difference that have emerged in the field, such as gender, "race" / color, class, sexuality and age / "generation". Thus, three major axes of analysis are thought: 1) Transnational flows of feminisms; 2) Intersectionality and ethnic-racial issues; 3) Generational differences and different feminisms in play. As an analytical possibility, I propose the idea of intersectional feminist whiteness, thought from the racialization of white social experience on the March. / Este trabalho se propõe a pensar potencialidades de coalizões políticas feministas transnacionais a partir de experiência etnográfica realizada com enfoque na Marcha das Vadias da cidade de Goiânia/GO (MdV/GO) nos anos de 2014, 2015 e 2016. Para isto, parto da interpretação de que esta Marcha seria uma expressão “jovem” feminista contemporânea. As análises têm como proposta a interseccionalidade, ao levar em consideração os diferentes marcadores sociais da diferença que surgiram em campo, a exemplo de gênero, “raça”/cor, classe, sexualidade e idade/“geração”. Sendo assim, três grandes eixos de análise são pensados: 1) Fluxos transnacionais dos feminismos; 2) Interseccionalidade e questões étnico-raciais; 3) Diferenças geracionais e diferentes feminismos em jogo. Como possibilidade analítica, proponho a ideia de branquitude interseccional feminista, pensada a partir da racialização da experiência social branca em Marcha.
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Amazones de la plume : les manifestations littéraires de l'écoféminisme contemporain / The literary manifestations of contemporary ecofeminismLauwers, Margot 03 October 2014 (has links)
En s’intéressant aux écrits entourant l’histoire houleuse de la mouvance écoféministe, cette thèse dresse le portrait des différentes manifestations littéraires de l’écoféminisme contemporain en soutenant l’idée selon laquelle la critique littéraire constitue le cœur de cette mouvance, plutôt qu’une simple manifestation de celle-ci. La première partie de notre travail reprend l’histoire complexe de l’écoféminisme et de la critique littéraire écoféministe, depuis les années 1970 jusqu’à nos jours, en opérant une remise en contexte historique. Ceci permet d’aborder le problème de l’essentialisme souvent associé à l’écoféminisme en faisant apparaître la stérilité de ce débat au regard des évolutions que la mouvance peut apporter, d’une part, et, d’autre part, d’insister sur les racines (éco)féministes de l’écocritique. Notre seconde partie établit les grandes lignes d’une praxis écoféministe transversale, avant de se concentrer plus particulièrement sur la façon dont l’écocritique féministe articule le rapport au lieu, à la corporéité et le rapport au langage. Enfin, la troisième partie de la thèse porte sur l’objet d’étude de l’écocritique féministe : la littérature. Nous y proposons nos propres analyses écocritiques féministes d’une sélection de textes contemporains. La troisième partie offre ainsi une application concrète de la praxis écoféministe transversale à laquelle la seconde partie s’intéresse, afin d’illustrer notre point clef : la théorie sert à guider et informer la lecture, bien entendu, mais la littérature et la critique littéraire ont également alimenté et enrichi la pratique critique et l’activisme. / By focusing on the writings which have accompanied the ecofeminist movement’s heated history, this thesis offers an overview of the literary manifestations of contemporary ecofeminism and argues that literary criticism is in fact at the heart of the ecofeminist movement instead of being a mere manifestation of it. The first part of our work retraces the complex history of ecofeminism and feminist ecocriticism, from its beginnings in the 1970s to the present day, which puts it back into its historical context. This allows a closer look at the essentialist problem which is often associated with ecofeminism, this debate’s sterility appears by itself when one takes into account the changes that this movement can help establish from the one hand, and from the other, this allows us to concentrate on the (eco)feminists roots of ecocriticism. Our second part offers a broad outlining of a transversal ecofeminist praxis by unearthing ecocriticism’s feminist roots and by focusing on the way feminist ecocriticism deals with the sense of place, corporeality and its relationship towards language; three main themes of feminism and environmentalism of the past forty years. Finally, the third part of the thesis emphasizes the object of feminist ecocritical studies: literature. We offer our own feminist ecocritical analysis of a selection of contemporary texts. This allows for a practical use of the transversal ecofeminist praxis which our second part sheds light on and illustrates our main argument: theory is, indeed, useful to guide and inform a critical reading, but literature can also guide and inform critical practice and activism.
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Discursos e práticas: mil e uma noites das (inter)faces feministas e jurídicas / Discourses and practices: the one thousand and one night of (inter) faces feminists and legalOliveira, Maria de Fatima Cabral Barroso de 02 March 2012 (has links)
Esta tese apresenta uma análise discursiva das articulações e efeitos gerados pelos discursos feminista e jurídico, interrelacionados com a mídia. O feminismo teórico constitui uma fonte poderosa de análise, principalmente por mostrar o modo como a cultura constrói categorias e posições de sujeito - que assumimos como já-existentes, universais e imutáveis -, apontando para as contradições e os conflitos na articulação das ideologias na arena político-social; ele (o feminismo teórico) permite que as relações de poder bem como a resistência sejam reveladas. Como discurso oposicionista na sociedade patriarcal, a teoria feminista contribui para que haja um maior entendimento das relações sociais uma vez que lida com temas como igualdade, diferença, exclusão, marginalização e opressão. Desse modo, um dos principais objetivos dessa tese foi investigar, e desnudar, como se dá a articulação do discurso feminista e jurídico, tendo sido a mídia utilizada como meio para ilustrar tal articulação, a fim de que a nossa hipótese fosse comprovada. Mulher - termo aqui utilizado em sua concepção universalista e liberal - ainda ocupa uma posição subalterna (termo pós-colonialista) na sociedade patriarcal, mesmo quando a conjuntura pós-moderna afirma a inclusão (termo liberal) dela no mundo globalizado, uma vez que os discursos da contemporaneidade reproduzem modelos patriarcais de poder, apesar do avanço tecnológico e das previsões otimistas de que as mulheres estejam se liberando das estruturas patriarcais, de que os papéis sexuais e a noção de humano, do feminino e do masculino estão em transição, de que a igualdade dos gêneros já foi alcançada e, os modelos de linguagem, gêneros e sexualidade repensados. A conclusão principal é a de que o sistema jurídico, mesmo quando supostamente aplica os modelos teóricos da pós-modernidade/pós-estruturalismo, como na discussão sobre a flexibilização do direito - novas leis civis e criminais que se referem à igualdade, ou à diferença -, isto é, à proteção e à necessidade da inclusão das minorias nos discursos, como é o caso de mulher, na verdade, não consegue lidar com as questões dos gêneros sexuais e, conceitos como igualdade, liberdade, autonomia e, diferença, permanecem dentro de um modelo humanista e masculino, principalmente porque as teorias feministas, apesar de conceituadas globalmente são praticamente desconsideradas, inclusive aquelas que estudam as teorias e as práticas jurídicas, fazendo com que a análise seja empobrecida, pois somente um pólo continua a ser privilegiado: o masculino. / A discursive analysis of feminist and legal discourses articulations and effects intersected with the media is the main target of this thesis. Feminist theory constitute a powerful tool of analysis mainly because shows how culture construct categories e subject positions - universal and immutable givens - as an always already there, addressing ideologies contradictions and conflicts in the social-political arena which allows the uncovering of power relations and resistance. Feminist theory as a critique of patriarchy, thus a counter hegemonic discourse, contributes to a better understanding of the social relations mainly because it is concerned with questions related to equality, difference, justice, exclusion, marginalization, subordination and oppression. It was one of the main targets of this doctoral thesis, therefore, to investigate and uncover the intersections of feminist and legal discourses having the media illustrating this articulation in order to prove our hypothesis. Woman - term here used in its liberal (and universal) meaning - still occupies a subaltern (a postcolonial term) position into the patriarchal society even when the postmodern context account for its inclusion (a liberal term) into the globalized world, mostly because the contemporary discourses (re)produce patriarchal patterns of power, despite the optimistic forecasting of womens emancipation from the patriarchal structures of power, because of social and technological advancements, the understanding that gender roles and the meaning of human, feminine and masculine are in transition, that sexes equality was reached and patterns of language, gender and sexuality already rethought. The main conclusion is that law system, even when applying postmodernist/poststructuralist theoretical models, mainly in its discussion about the flexibilization or reconfiguration of the law and the minorities inclusion into the main stream discourses, such as the debates about women and the new criminal and civil laws regarding equality or difference, i. e. protection and inclusion, in fact, it cannot deal with issues related to gender mostly because conceptions such as equality, freedom, autonomy and mainly difference remain into a humanist frame, therefore, a masculine pattern, and feminisms or feminist theories, though recognized globally - including those which are directly related to the practice and theory of law - are basically disregarded, which impoverishes the law systems analysis because just one side continues to be privileged: the masculine side.
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Sobre psicologias e psicoterapias feministas no Brasil e em PortugalSilva, Marília Saldanha da January 2018 (has links)
Neste estudo busquei pensar que psicologias se mesclaram com vertentes do feminismo dentro de uma perspectiva histórica para refletir sobre o que algumas autoras têm denominado psicologia feminista, bem como, psicoterapia feminista. Ajustei o foco sobre os conhecimentos produzidos no encontro dos saberes, psicologia e feminismo. Para me apropriar do campo problemático brasileiro tomei dois caminhos iniciais. O primeiro mais descritivo constituiu-se num percurso histórico para me situar sobre as ações dos movimentos feministas na relação com os centros de referência para mulheres em situação de violência e sobre os embasamentos teóricos das práticas psicológicas nestas políticas públicas. O segundo caminho foi um estudo exploratório que se baseou numa revisão não-sistemática em revistas feministas, revistas de psicologia e nas bases de dados Web of Science e Scopus para identificar se no campo acadêmico estava se produzindo artigos sobre psicologias feministas. A reflexividade que foi sendo construída até aqui conduziu à experiência do estágio doutoral no Núcleo de Pesquisa em Gênero, Diversidade e Sexualidade na Universidade do Porto. Com a imersão na realidade acadêmica portuguesa desenvolvi outro estudo exploratório sobre a posição das psicologias feministas no campo acadêmico português e das psicoterapias feministas por meio do contato com quatro pesquisadoras envolvidas com a temática. Deste modo, para poder produzir reflexões sobre o contexto brasileiro, três pesquisadoras envolvidas com psicologia feminista no Brasil também foram entrevistadas. Esta pesquisa não se constituiu num estudo comparativo e sim numa análise deste circuito, desta rede enunciativa luso-brasileira e o que dá sentido para a afirmação e/ou identificação com uma psicologia feminista respeitando as lógicas diferenciadas da Psicologia, assim como, o campo da psicologia social e da psicoterapia de cada país que são distintas. No que tange à metodologia, me apoiei na análise arquegenealógica de Michel Foucault para tomar os discursos na sua exterioridade e buscar as condições de possibilidade para a emergência de psicologias/psicoterapias feministas nos países estudados. Sem buscar verdades, psicologias ou psicoterapias mais verdadeiras que outras busquei me referir aos discursos constitutivos destas práticas enquanto produções históricas. / In this study I tried to think which psychologies have merged with feminist strands within a historical perspective to reflect on what some authors have called feminist psychology as well as feminist psychotherapy. I focused on the knowledge produced in the meeting of knowledge, psychology and feminism. To take ownership of the problematic Brazilian field I took two initial paths. The first was a more descriptive historical route to situate me about the actions of the feminist movements in the relation with the centers of reference for women in situation of violence and on the theoretical bases of the psychological practices in these public policies. The second path was an exploratory study that relied on a non-systematic review in feminist journals, psychology journals, and the Web of Science and Scopus databases to identify whether articles on feminist psychologies were being produced in the academic field. The reflexivity that has been built so far has led to the experience of the doctoral stage in the research group on Gender, Diversity and Sexuality at the University of Porto. With the immersion in Portuguese academic reality I developed another exploratory study on the position of feminist psychologies in the Portuguese academic field and feminist psychotherapies through the contact with four researchers involved with the subject. Thus, in order to produce reflections on the Brazilian context, three researchers involved with feminist psychology in Brazil were also interviewed. This research was not constituted in a comparative study but in an analysis of this circuit, of this enunciative Luso-Brazilian network and what gives meaning to the affirmation and / or identification with a feminist psychology respecting the differentiated logics of Psychology, as well as, the field of social psychology and psychotherapy of each country that are distinct. With regard to methodology, I relied on the archegenealogical analysis of Michel Foucault to take the discourses in their exteriority and seek the conditions of possibility for the emergence of feminist psychologies / psychotherapies in the countries studied. Without seeking truths, psychologies or psychotherapies more truthful than others, I have tried to refer to the discourses constituting these practices as historical productions.
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Corpos que ardem : ética e feminismos nas artes visuaisBalthazar, Gregory da Silva January 2018 (has links)
Esta tese trata das potencialidades subjetivas de gênero pulsantes no diálogo entre os feminismos e as artes visuais. Partindo da constatação de que o campo da educação tem trabalhado a imagem quase singularmente como instrumento de uma vontade de saber que educa normativamente os corpos, esta tese é, sobretudo, uma aposta teórico-metodológica sobre uma outra forma de nos relacionarmos com as imagens, qual seja: pensar a relação com a imagem como um lócus fértil a uma educação ética do olhar. Com efeito, e fundamentado em Michel Foucault, Georges Didi-Huberman e Judith Butler, objetivamos, com este estudo, problematizar como algumas práticas artísticas contemporâneas colocam em questão, na e pela relação do olhar, as formas como, hoje, o gênero é percebido, vivido e pensado dentro de uma onto-epistemologia normativa do humano. Para tanto, as proposições lançadas neste trabalho são desenvolvidas a partir da análise de três artistas contemporâneas – Yasumasa Morimura, Maria Lídia Magliani e Judy Chicago –, pois, como argumentamos, reverberam, em seu conjunto, como os feminismos nos convocam a transformarmos e criarmos eticamente nossas subjetividades. / This thesis covers the potential of the dialogue between feminisms and the visual arts to gender subjectivities. During the development of this study, we have been observing that the field of Education has worked with image almost singularly as an instrument of a will to knowledge that normatively educates the bodies; otherwise, this thesis proposes to think the image as a fertile locus to an ethical education of the eye. Based on Michel Foucault, Georges Didi-Huberman and Judith Butler, we aim to problematize how some contemporary artistic practices call into question the ways in which gender is understood, lived and thought within a normative ontoepistemology of the human. For that, the ideas launched in this work are established on the analysis of three contemporary artists - Yasumasa Morimura, Maria Lídia Magliani and Judy Chicago -, because we believe that feminisms call us to transform and create ethically our subjectivities.
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Possibilidades para um trabalho docente feminista : professoras mulheres da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, feminismos e a narrativa conservadora da “ideologia de gênero”Junqueira, Bruna Dalmaso January 2018 (has links)
Esta dissertação analisa como professoras mulheres da Rede Municipal de Ensino (RME) de Porto Alegre relacionam seu trabalho docente com os feminismos a partir dadiscussão sobre a narrativa conservadora da ―ideologia de gênero‖ nas escolas. A partir do uso de uma perspectiva sociológica crítica de estudos educacionais, a pesquisa utiliza os conceitos de hegemonia e ideologia para compreender a organização social. Em uma realidade tramada por disputas por hegemonia, em que distintas ideologias se fazem presentes de forma contraditória e pulverizada no senso comum, analisa-se o fenômeno da chamada ―ideologia de gênero‖ – narrativa inventada pelo Vaticano nos anos 1990 como tentativa de interromper os avanços dos Estudos de Gênero e movimentos feministas. Entende-se que, através de uma aliança conservadora entre neoliberais e neoconservadores, esse movimento ―antigênero‖ e ―antifeminista‖ tem-se popularizado no contexto educacional brasileiro. Embora tenha sido constatado debate crescente acerca da temática no campo científico, buscou-se investigar uma perspectiva ainda invisibilizada: a de professoras mulheres. Entende-se que quaisquer mudanças propostas e instauradas na legislação educacional concernem, primordialmente, às mulheres: são elas a maioria absoluta do corpo docente brasileiro da educação básica e, apesar de historicamente organizado e resistente como categoria, o trabalho docente se (con)forma ainda por heranças patriarcais e sexistas Através da condução de dois grupos focais com oito professoras, pretendeu-se observar aproximações e distanciamentos das perspectivas feministas com seus trabalhos docentes, utilizando como disparador dos debates iniciativas ―antigênero‖ e ―antifeministas‖, como as do Movimento Escola Sem Partido. Visibilizando contradições existentes nas dinâmicas sociais, foi possível constatar reverberações tanto dos discursos conservadores quanto dos feministas no senso comum das participantes. Inerentemente contraditório e heterogêneo, o senso comum é permeado também por elementos de ―bom senso‖, que podem causar identificação com discursos baseados no convencimento. Assim, a narrativa da aliança conservadora se dá relativamente bem-sucedida entre as professoras, causando identificação com o uso do gênero como instância biologizante e com elementos de culpabilização acerca de seus trabalhos. Observou-se preocupação de que, uma vez interessadas em desconstruir estereótipos e problematizar desigualdades de gênero/sexualidade, as professoras pudessem estar interferindo negativamente na formação identitária dos alunos Constatou-se também a presença de perspectivas feministas no trabalho docente das professoras que, em suas práticas, procuram acolher e legitimar existências distintas da norma binária e heterossexual e demonstrar olhar atento à (re)produção de desigualdades. Ainda que indiquem uma diferença geracional, cultural e social entre elas e seus alunos – interpretada como efeito da institucionalização de demandas feministas e LGBTT na sociedade e sua popularização no senso comum –, as participantes manifestam empenho em revisar suas noções aprendidas sobre o que é normal para melhor atender seus estudantes. Por fim, observou-se também discurso contraditório entre as professoras sobre a importância de políticas educacionais que proponham o debate de gênero: declaram considerar necessário o debate e, simultaneamente, parecem subestimar a eficácia de políticas. Por outro lado, em função de reconhecerem a existência de um contexto social que tem progressivamente legitimado pautas feministas e LGBTT, consideram inviáveis legislações que proíbam a discussão desse tipo de temática nas escolas. / This thesis analyzes how female teachers in the Public School System (PSS) of the city of Porto Alegre link their teaching practices to feminisms from a discussion about the conservative narrative of ―gender ideology‖ in schools. From a critical sociology of education perspective, the study uses the concepts of hegemony and ideology to understand social organization. In a reality permeated by disputes for hegemony, in which different ideologies are present in a contradictory and pulverized way in the common sense, this thesis analyzes the phenomenon of the so-called ―gender ideology‖ – a narrative invented by the Vatican in the 1990s as an attempt to interrupt the advances of Gender Studies and the feminist movements. Through a conservative alliance between neoliberals and neoconservatives, this ―antigender‖ and ―antifeminist‖ movement has become popular within the Brazilian educational context. Although a growing debate has been present in the scientific field, this study sought a perspective that is still invisible, that of female teachers. Any changes proposed and introduced to educational laws concern women primarily: they are the absolute majority among Brazilian basic education teachers, and, despite being historically organized and resistant as a category, teaching practices are still (con)formed by a patriarchal and sexist heritage. Two focal groups composed of eight teachers examined the approximations and distances from feminist perspectives within their teaching practices. ―Antigender‖ and ―antifeminist‖ initiatives, such as the movement for ―unpolitical schools‖, were used to trigger the debates. Considering the contradictions present in social dynamics, it was possible to verify reverberations of both conservative and feminist discourses in the participants‘ common sense Inherently contradictory and heterogeneous, common sense is also permeated by elements of ―good sense‖, which may make them identify with ―convincing‖ discourses. Thus, the narrative of the conservative alliance is relatively successful among the teachers, making them identify with the use of gender as a ―biologizing‖ instance and with elements of blame within their work practices. Concern was expressed that, because they were interested in deconstructing stereotypes and problematizing gender/sexual inequalities, teachers could be interfering negatively in the students' identity formation. The participants‘ discourses also evidenced the presence of feminist perspectives in the teaching work of teachers who, in their practices, seek to accept and legitimize existences that differ from the binary and heterosexual norm and to be attentive to the (re)production of inequalities. Although they indicate generational, cultural and social differences between them and their students – interpreted as an effect of the institutionalization of feminist and LGBTT demands on society and its popularization in common sense – the participants show commitment to revise their learned notions about what is normal to better serve their students. Finally, there was also a contradictory discourse among the teachers about the importance of educational policies that propose debates about gender: they declare the debate to be necessary, and at the same time seem to underestimate the effectiveness of policies. On the other hand, recognizing the existence of a social context that has progressively legitimized feminist and LGBTT guidelines, they consider that laws prohibiting the discussion of this subject in schools are unfeasible.
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Discursos e práticas: mil e uma noites das (inter)faces feministas e jurídicas / Discourses and practices: the one thousand and one night of (inter) faces feminists and legalMaria de Fatima Cabral Barroso de Oliveira 02 March 2012 (has links)
Esta tese apresenta uma análise discursiva das articulações e efeitos gerados pelos discursos feminista e jurídico, interrelacionados com a mídia. O feminismo teórico constitui uma fonte poderosa de análise, principalmente por mostrar o modo como a cultura constrói categorias e posições de sujeito - que assumimos como já-existentes, universais e imutáveis -, apontando para as contradições e os conflitos na articulação das ideologias na arena político-social; ele (o feminismo teórico) permite que as relações de poder bem como a resistência sejam reveladas. Como discurso oposicionista na sociedade patriarcal, a teoria feminista contribui para que haja um maior entendimento das relações sociais uma vez que lida com temas como igualdade, diferença, exclusão, marginalização e opressão. Desse modo, um dos principais objetivos dessa tese foi investigar, e desnudar, como se dá a articulação do discurso feminista e jurídico, tendo sido a mídia utilizada como meio para ilustrar tal articulação, a fim de que a nossa hipótese fosse comprovada. Mulher - termo aqui utilizado em sua concepção universalista e liberal - ainda ocupa uma posição subalterna (termo pós-colonialista) na sociedade patriarcal, mesmo quando a conjuntura pós-moderna afirma a inclusão (termo liberal) dela no mundo globalizado, uma vez que os discursos da contemporaneidade reproduzem modelos patriarcais de poder, apesar do avanço tecnológico e das previsões otimistas de que as mulheres estejam se liberando das estruturas patriarcais, de que os papéis sexuais e a noção de humano, do feminino e do masculino estão em transição, de que a igualdade dos gêneros já foi alcançada e, os modelos de linguagem, gêneros e sexualidade repensados. A conclusão principal é a de que o sistema jurídico, mesmo quando supostamente aplica os modelos teóricos da pós-modernidade/pós-estruturalismo, como na discussão sobre a flexibilização do direito - novas leis civis e criminais que se referem à igualdade, ou à diferença -, isto é, à proteção e à necessidade da inclusão das minorias nos discursos, como é o caso de mulher, na verdade, não consegue lidar com as questões dos gêneros sexuais e, conceitos como igualdade, liberdade, autonomia e, diferença, permanecem dentro de um modelo humanista e masculino, principalmente porque as teorias feministas, apesar de conceituadas globalmente são praticamente desconsideradas, inclusive aquelas que estudam as teorias e as práticas jurídicas, fazendo com que a análise seja empobrecida, pois somente um pólo continua a ser privilegiado: o masculino. / A discursive analysis of feminist and legal discourses articulations and effects intersected with the media is the main target of this thesis. Feminist theory constitute a powerful tool of analysis mainly because shows how culture construct categories e subject positions - universal and immutable givens - as an always already there, addressing ideologies contradictions and conflicts in the social-political arena which allows the uncovering of power relations and resistance. Feminist theory as a critique of patriarchy, thus a counter hegemonic discourse, contributes to a better understanding of the social relations mainly because it is concerned with questions related to equality, difference, justice, exclusion, marginalization, subordination and oppression. It was one of the main targets of this doctoral thesis, therefore, to investigate and uncover the intersections of feminist and legal discourses having the media illustrating this articulation in order to prove our hypothesis. Woman - term here used in its liberal (and universal) meaning - still occupies a subaltern (a postcolonial term) position into the patriarchal society even when the postmodern context account for its inclusion (a liberal term) into the globalized world, mostly because the contemporary discourses (re)produce patriarchal patterns of power, despite the optimistic forecasting of womens emancipation from the patriarchal structures of power, because of social and technological advancements, the understanding that gender roles and the meaning of human, feminine and masculine are in transition, that sexes equality was reached and patterns of language, gender and sexuality already rethought. The main conclusion is that law system, even when applying postmodernist/poststructuralist theoretical models, mainly in its discussion about the flexibilization or reconfiguration of the law and the minorities inclusion into the main stream discourses, such as the debates about women and the new criminal and civil laws regarding equality or difference, i. e. protection and inclusion, in fact, it cannot deal with issues related to gender mostly because conceptions such as equality, freedom, autonomy and mainly difference remain into a humanist frame, therefore, a masculine pattern, and feminisms or feminist theories, though recognized globally - including those which are directly related to the practice and theory of law - are basically disregarded, which impoverishes the law systems analysis because just one side continues to be privileged: the masculine side.
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Mulheres no graffiti: perspectivas da prática em contexto metropolitano / Women in graffiti: practice perspectives in a metropolitan contextFigueiredo, Ana Luísa Silva 26 April 2019 (has links)
Entende-se graffiti como um fenômeno urbano por excelência. Cena, espaço e sociabilidades, em determinado espaço de tempo configuram certas territorialidades. Por meio de interlocução com quatro grafiteiras traçou-se uma área de estudo que relaciona as cidades de Diadema e Embu das Artes em relação a capital São Paulo dentro de uma cena feminina de graffiti. Com estudos de caso e pesquisa de campo, foram estudadas a vida, processos de trabalho, posicionamento e relações entre quatro grafiteiras e seus trabalhos nesta cena. Ao se identificarem enquanto mulheres negras, foram trabalhadas as questões gênero, raça e classe no âmbito do feminismo interseccional e buscou-se aporte teórico no que dizem as feministas negras, sobretudo as brasileiras. Discute-se também a presença das mulheres nas cenas do graffiti tanto no Brasil como no exterior e, como, por meio dos feminismos elas se relacionam com o fenômeno e membros de diferentes gerações. Atualmente os grupos e redes que se formaram ao longo dos últimos anos estão utilizando o graffiti como ferramenta para discutir questões mais amplas e as mulheres, em processo de empoderamento, se colocam para disputar espaços de poder dentro da cena. Assim, essas mulheres de raças, classes, idades e sexualidades distintas traçaram e continuam a contribuir para a história do graffiti em São Paulo, não somente nas ruas, mas em espaços de educação, debate e decisão. / Graffiti is an urban phenomenon par excellence. There are scenes related to space and sociabilities, as certain territorialities are configured. With interlocution with four graffiti women artists was traced a study area that relates the cities of Diadema and Embu das Artes to the capital, Sao Paulo, within a female graffiti scene. Through case studies and field research, life, work processes, positioning and relationships between four graffiti artists and their work in this scene were studied. In identifying themselves as black women, gender, race, and class issues were worked out within intersectional feminism, and a theoretical contribution was sought in what Brazilian black feminists say. It also discusses the presence of women in Brazils and international graffiti scenes by how they relate to the phenomenon and members of different generations through feminism. Today, groups and networks that have formed over the past few years are using graffiti as a tool to discuss broader issues, and empowering women stand to challenge power spaces within the scene. Thus, women of different races, classes, ages and sexualities have traced and continue to contribute to the history of graffiti in São Paulo, not only in the streets, but in spaces of education, debate and decision.
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Between Women: Alliances and Divisions in American Indian, Mexican American, and Anglo American Literatures of Protest to ColonialismBurford, Arianne January 2007 (has links)
Between Women: Alliances and Divisions in American Indian, Mexican American, and Anglo American Literatures of Protest to Colonialism investigates nineteenth- and twentieth-century women writers' negotiation of women's rights discourses. This project examines the split between nineteenth-century women's rights groups and the Equal Rights Association to assess how American Indian, Mexican American, Anglo women, and, more recently, Chicana writers provide theoretical insights for new directions in feminisms. This study is grounded historically in order to learn from the past and continue efforts toward "decolonizing feminisms," to borrow a phrase from Chandra Mohanty. To that end, current feminist theories about alliances and solidarity are linked to ways that writers intervene in feminisms to simultaneously imagine solidarity against white male colonialist violence and object to racism on the part of Anglo women. Like all the writers in this study, Sarah Winnemucca's Life Among the Piutes: Their Wrongs and Claims (1883) challenges Anglo women to not be complicit with Anglo male colonialist violence. Winnemucca's testimony illuminates the history of alliances between Anglo and Native women and current debates amongst various Native women activists regarding feminism. Between Women traces how Anglo American writer Helen Hunt Jackson's Ramona (1884) protests effects of U.S. colonialism on Luiseno people and her negotiation of feminisms compared with Winnemucca's writing and Maria Amparo Ruiz de Burton's The Squatter and the Don (1885) and Who Would Have Thought It? (1872), novels that protest the effects of U.S. colonialism on Mexican Americans, particularly women. It then compares Ruiz de Burton's writing to Helena Maria Viramontes's Under the Feet of Jesus (1995) and Cherrie Moraga's Heroes and Saints (1994), texts that acknowledge the difficulties of forming alliances between women in the context of exploitation, pesticide poisoning of Chicanas/os, and border policies. The epilogue points to Evelina Lucero's Night Sky, Morning Star (2000), demonstrating how an understanding of the history that Winnemucca engages elucidates American Indian literature in the twenty-first century. By looking deeply at how nineteenth-century conflicts effect us in the present, scholars and activists might better assess tactics for feminisms in the twenty-first century that enact an anti-colonialist feminist praxis.
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Possibilidades para um trabalho docente feminista : professoras mulheres da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, feminismos e a narrativa conservadora da “ideologia de gênero”Junqueira, Bruna Dalmaso January 2018 (has links)
Esta dissertação analisa como professoras mulheres da Rede Municipal de Ensino (RME) de Porto Alegre relacionam seu trabalho docente com os feminismos a partir dadiscussão sobre a narrativa conservadora da ―ideologia de gênero‖ nas escolas. A partir do uso de uma perspectiva sociológica crítica de estudos educacionais, a pesquisa utiliza os conceitos de hegemonia e ideologia para compreender a organização social. Em uma realidade tramada por disputas por hegemonia, em que distintas ideologias se fazem presentes de forma contraditória e pulverizada no senso comum, analisa-se o fenômeno da chamada ―ideologia de gênero‖ – narrativa inventada pelo Vaticano nos anos 1990 como tentativa de interromper os avanços dos Estudos de Gênero e movimentos feministas. Entende-se que, através de uma aliança conservadora entre neoliberais e neoconservadores, esse movimento ―antigênero‖ e ―antifeminista‖ tem-se popularizado no contexto educacional brasileiro. Embora tenha sido constatado debate crescente acerca da temática no campo científico, buscou-se investigar uma perspectiva ainda invisibilizada: a de professoras mulheres. Entende-se que quaisquer mudanças propostas e instauradas na legislação educacional concernem, primordialmente, às mulheres: são elas a maioria absoluta do corpo docente brasileiro da educação básica e, apesar de historicamente organizado e resistente como categoria, o trabalho docente se (con)forma ainda por heranças patriarcais e sexistas Através da condução de dois grupos focais com oito professoras, pretendeu-se observar aproximações e distanciamentos das perspectivas feministas com seus trabalhos docentes, utilizando como disparador dos debates iniciativas ―antigênero‖ e ―antifeministas‖, como as do Movimento Escola Sem Partido. Visibilizando contradições existentes nas dinâmicas sociais, foi possível constatar reverberações tanto dos discursos conservadores quanto dos feministas no senso comum das participantes. Inerentemente contraditório e heterogêneo, o senso comum é permeado também por elementos de ―bom senso‖, que podem causar identificação com discursos baseados no convencimento. Assim, a narrativa da aliança conservadora se dá relativamente bem-sucedida entre as professoras, causando identificação com o uso do gênero como instância biologizante e com elementos de culpabilização acerca de seus trabalhos. Observou-se preocupação de que, uma vez interessadas em desconstruir estereótipos e problematizar desigualdades de gênero/sexualidade, as professoras pudessem estar interferindo negativamente na formação identitária dos alunos Constatou-se também a presença de perspectivas feministas no trabalho docente das professoras que, em suas práticas, procuram acolher e legitimar existências distintas da norma binária e heterossexual e demonstrar olhar atento à (re)produção de desigualdades. Ainda que indiquem uma diferença geracional, cultural e social entre elas e seus alunos – interpretada como efeito da institucionalização de demandas feministas e LGBTT na sociedade e sua popularização no senso comum –, as participantes manifestam empenho em revisar suas noções aprendidas sobre o que é normal para melhor atender seus estudantes. Por fim, observou-se também discurso contraditório entre as professoras sobre a importância de políticas educacionais que proponham o debate de gênero: declaram considerar necessário o debate e, simultaneamente, parecem subestimar a eficácia de políticas. Por outro lado, em função de reconhecerem a existência de um contexto social que tem progressivamente legitimado pautas feministas e LGBTT, consideram inviáveis legislações que proíbam a discussão desse tipo de temática nas escolas. / This thesis analyzes how female teachers in the Public School System (PSS) of the city of Porto Alegre link their teaching practices to feminisms from a discussion about the conservative narrative of ―gender ideology‖ in schools. From a critical sociology of education perspective, the study uses the concepts of hegemony and ideology to understand social organization. In a reality permeated by disputes for hegemony, in which different ideologies are present in a contradictory and pulverized way in the common sense, this thesis analyzes the phenomenon of the so-called ―gender ideology‖ – a narrative invented by the Vatican in the 1990s as an attempt to interrupt the advances of Gender Studies and the feminist movements. Through a conservative alliance between neoliberals and neoconservatives, this ―antigender‖ and ―antifeminist‖ movement has become popular within the Brazilian educational context. Although a growing debate has been present in the scientific field, this study sought a perspective that is still invisible, that of female teachers. Any changes proposed and introduced to educational laws concern women primarily: they are the absolute majority among Brazilian basic education teachers, and, despite being historically organized and resistant as a category, teaching practices are still (con)formed by a patriarchal and sexist heritage. Two focal groups composed of eight teachers examined the approximations and distances from feminist perspectives within their teaching practices. ―Antigender‖ and ―antifeminist‖ initiatives, such as the movement for ―unpolitical schools‖, were used to trigger the debates. Considering the contradictions present in social dynamics, it was possible to verify reverberations of both conservative and feminist discourses in the participants‘ common sense Inherently contradictory and heterogeneous, common sense is also permeated by elements of ―good sense‖, which may make them identify with ―convincing‖ discourses. Thus, the narrative of the conservative alliance is relatively successful among the teachers, making them identify with the use of gender as a ―biologizing‖ instance and with elements of blame within their work practices. Concern was expressed that, because they were interested in deconstructing stereotypes and problematizing gender/sexual inequalities, teachers could be interfering negatively in the students' identity formation. The participants‘ discourses also evidenced the presence of feminist perspectives in the teaching work of teachers who, in their practices, seek to accept and legitimize existences that differ from the binary and heterosexual norm and to be attentive to the (re)production of inequalities. Although they indicate generational, cultural and social differences between them and their students – interpreted as an effect of the institutionalization of feminist and LGBTT demands on society and its popularization in common sense – the participants show commitment to revise their learned notions about what is normal to better serve their students. Finally, there was also a contradictory discourse among the teachers about the importance of educational policies that propose debates about gender: they declare the debate to be necessary, and at the same time seem to underestimate the effectiveness of policies. On the other hand, recognizing the existence of a social context that has progressively legitimized feminist and LGBTT guidelines, they consider that laws prohibiting the discussion of this subject in schools are unfeasible.
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