• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 172
  • Tagged with
  • 172
  • 172
  • 100
  • 83
  • 25
  • 18
  • 17
  • 17
  • 17
  • 17
  • 17
  • 16
  • 15
  • 14
  • 14
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
111

A educação para a autonomia em Immanuel Kant e Paulo Freire

Zatti, Vicente January 2007 (has links)
O conceito iluminista de autonomia, que adquire centralidade em Kant, foi essencial para o desenvolvimento da sociedade e da educação desde a modernidade. Kant propôs uma educação a partir da metafísica da subjetividade como uma ética aplicada, formulou tal sentido por meio de uma fundamentação filosófica racionalizada de autodeterminação e autonomia. Para ele, o homem guiado pela sua razão universal, agindo por dever, segundo o imperativo categórico, é auto-responsável e autônomo, enquanto o homem sensível que recebe influências externas à razão é o homem em condição de heteronomia. Em Paulo Freire a autonomia ganha um sentido sócio-político-pedagógico, cabe à educação formar o homem consciente e crítico, capaz de transformar as estruturas opressoras e alienantes, capaz de transformar as condições concretas de heteronomia. Para Freire, autonomia se dá a partir da práxis que leva à libertação. Esse trabalho tematiza, a partir de Kant e Freire, aspectos de uma educação que vise superar as heteronomias do nosso tempo e formar para a autonomia. Para tal, analisamos a concepção de autonomia de cada autor, as heteronomias contra as quais se voltam, as confluências e dissonâncias entre ambos os autores, bem como, as heranças kantianas presentes em Freire. Em oposição às correntes tecnicistas, abordamos a educação como formação da totalidade do humano, por isso também analisamos os aspectos políticos, éticos e estéticos envolvidos na proposta de educação para a autonomia dos autores. Ao tratarmos da formação estética abordamos Schiller, que é um continuador da obra de Kant e que, juntamente com Freire, nos mostra a importância de, ao falarmos de autonomia, não pensarmos ética e estética como opostas. / The Enlightenment concept of autonomy, which comes to a center stage in Kant, was essential for the development of society and education since modernity. Kant proposed an education from the metaphysics of subjectivity as applied ethics, formulated this meaning through a rationalized philosophical fundament of self-determination and autonomy. To him, the man guided by his universal reason, acting out of duty, according to categorical imperatives, is self-responsible and autonomous, while the sensitive man who receives influences external to reason is a man in a heteronymous condition. In Paulo Freire, autonomy receives a social-political-pedagogical meaning, it’s up to education to form the conscious, critical man, capable of transforming oppressive and alienating structures, capable of transforming the concrete conditions of heteronomy. To Freire, autonomy occurs from the starting point of practice leading to liberation. This paper deals, from the starting points of Kant and Freire, with aspects of an education that aims to overcome the heteronomies of our time, and to form people for autonomy. In order to do so, we analyze each author’s concept of autonomy, the heteronomies against which they direct themselves, the confluences and dissonances between the authors, as well as the kantian heritage present in Freire. Opposing the technicist currents, we approach education as the formation of the totality of the human being, and thus also analyze the political, ethical and aesthetical aspects involved in the authors’ proposition of education for autonomy. When dealing with aesthetical formation, we touch on Schiller, a follower of the work of Kant who, along with Freire, shows us the importance of, when speaking of autonomy, not thinking of ethics and aesthetics as opposed concepts.
112

Contribuições da perspectiva filosófica de Wittgenstein para a educação em direitos humanos / Contributions of Wittgenstein\'s philosophical perspective to human rights education

André de Paula Maia 14 August 2017 (has links)
Este trabalho tem como proposta pensar a Educação em Direitos Humanos a partir de uma perspectiva wittgensteiniana. Desse filósofo, Ludwig Wittgenstein, apropriamo-nos de sua concepção de filosofia a partir da qual os problemas filosóficos decorrem de uma má compreensão da linguagem, conduzindo a confusões de natureza conceitual, como também nos apropriamos de sua terapia filosófica, processo pelo qual essas confusões de natureza conceitual podem ser dissolvidas ou evitadas. Com o intuito de desenvolvermos nossa proposta, analisamos as características da Educação em Direitos Humanos em comparação com outras propostas de formação moral. Pudemos perceber, após essa análise, que a Educação em Direitos Humanos tem um potencial formativo que possibilita uma formação diferenciada, ao possibilitar uma reflexão não dogmática sobre os valores. Por se tratar também de uma formação moral, discutimos a partir da filosofia de Wittgenstein alguns equívocos que podem ser evitados. Por exemplo, quando não levamos em conta a distinção existente entre a aprendizagem de certezas e a de conhecimentos, de tal forma que a Educação em Direitos Humanos passa a ser vista apenas como mais um conteúdo na grade curricular. Ou quando acreditamos que a Educação em Direitos Humanos deve ocorrer exclusivamente por meio de estratégias de convencimento do educando. Ou ainda, ao se ter como objetivo, o abandono, por parte do aluno, de certezas que compõem a sua visão de mundo. Por fim, defendemos que uma atitude antidogmática é promovida pela Educação em Direitos Humanos quando diversas visões de mundo são comparadas em suas semelhanças e diferenças, apontando o fundamento convencional que há em cada uma delas, de tal forma que o educando possa ver o mundo também a partir da perspectiva daquele que é o diferente, o discriminado, reconhecendo-se, assim, que essa outra perspectiva também tem o direito de ser respeitada. / This work intends to think about Human Rights Education from a Wittgensteinian perspective. From this philosopher, Ludwig Wittgenstein, we draw upon his conception of philosophy from which philosophical problems derive from a misunderstanding of language, leading to confusions of a conceptual nature, as well as appropriating his philosophical therapy, a process by which these confusions of conceptual nature can be dissolved or avoided. To develop our proposal, we analyze the characteristics of Human Rights Education in comparison with other proposals for moral formation. After this analysis, we can see that Human Rights Education has a formative potential that allows a differentiated formation, allowing a non-dogmatic reflection on values. Because it is also a moral formation, we discuss from the philosophy of Wittgenstein some misconceptions that can be avoided. For example, when we do not consider the distinction between learning certainties and knowledge, in such a way that Human Rights Education is just another content in the curriculum. Or when we believe that Education in Human Rights must occur exclusively through strategies of convincing the student. Or, to have as objective, the abandonment, on the part of the student, of certainties that make up his vision of the world. Finally, we defend that an anti-dogmatic attitude is promoted by Human Rights Education when different worldviews are compared in their similarities and differences, pointing out the conventional basis in each of them, so that the student can see the world too from the perspective of the one who is the different, the discriminated, recognizing, therefore, that this other perspective also has the right to be respected
113

Continuidade entre estética e investigação na teoria da arte deweyana: a educação entre arte e ciência, valor e método, ou entre o ideal e o real / Continuity in research and aesthetics within Deweys art theory education between art and science, or value and method: the ideal and the real

Ana Daniele de Godoy Dorsa 08 November 2013 (has links)
A presente pesquisa, de natureza teórico-filosófica, argumenta descritivamente a teoria estética do filósofo americano John Dewey, em função do seu chamado \"princípio de continuidade\", próprio do sistema filosófico deweyano como um todo. Nessa empreitada, privilegiou-se o recorte da continuidade entre o estético e o científico, ou entre valor e investigação enquanto característica essencial de tal teoria estética. Na observação dos pressupostos filosóficos gerais do filósofo, verificou-se que sua estética se estabelece, necessariamente, em continuidade ao método experimental das ciências naturais, consolidando proposições características essenciais de sua teoria da arte: Dewey crê na supremacia da contingência do processo que é a própria natureza, contínua, cumulativa, em sentido amplo, o que justifica que o ideal deva deixar de ser contemplativo para se converter num instrumental operativo, ou seja, um método experimental em virtude do meio; assim sendo, a estética deweyana deve ser compreendida, principalmente, em seu caráter investigativo, ou seja, em continuidade à ciência; Dewey rejeita os dualismos filosóficos, a metafísica e a epistemologia tradicionais; logo, sua estética desconsidera igualmente qualquer \"transcendental\" ou \"transcendente\" em termos clássicos; portanto, a arte ou estética, seja ela ato expressivo ou cultura, se daria entre diversos ritmos contínuos, nunca dualistas ou hierárquicos, no sentido da busca de um ideal Absoluto. Segundo a estética de Dewey, o valor reside precisamente no ritmo próprio do processo por exemplo: entre tensão e harmonia, comum e extraordinário, real e ideal etc. Dessa articulação ativa entre os vários aspectos em continuidade é que surgiria o ato expressivo, pela experiência singular imaginativa, e a cultura como um todo, mediante a comunicação. / The present theoretical-philosophical research argues descriptively about the aesthetic theory of the american philosopher John Dewey, in regards to the principle of continuity\" within Dewey\'s philosophical system as a whole. Bearing that in mind, the continuity of the aesthetic and the scientific were focused, as well as value broadly conceived and knowledge viewed as a scientific approach, and as the essential feature of Dewey\'s aesthetic theory. Thus, through the observation of the philosophers general assumptions, it has been verified that his aesthetics is necessarily established in continuity with experimental methods of natural sciences, which consolidates a few of the essential features propositions of his art theory: Dewey\'s supreme belief in the contingent of the process, which is continuous, cumulative, and broadly conceived as nature itself, implies that the ideal must cease to be contemplative and thus become instrumental and operative, which means it should become an experimental method in virtue of the environment. Therefore: Dewey\'s aesthetics must be primarily understood within its investigative character, that is, in its continuity to science; Deweys rejection of traditional metaphysics, epistemology, and philosophical dualisms prevents any classical interpretation of \"transcendental\" or \"transcendent\". Therefore art or aesthetics, as acts of expression or culture, should be continuous to a diversity of rhythms, but never dualistic or hierarchical in the sense of any ideal in pursuit of the Absolute. According to Dewey\'s aesthetics, value resides precisely in the pace of the process itself, such as between tension and harmony, ordinary and extraordinary, real and ideal and so on. From this active articulation between all the aspects of continuity an expressive act would emerge, as the realm of a singular imaginative experience, and of culture as a whole, through communication.
114

Os jogos de linguagem e o ensino de filosofia: uma abordagem wittgensteiniana / Language games and teaching of philophy: a wittgensteinian reading

Rafael Pereira 11 December 2014 (has links)
Este trabalho apresenta uma análise wittgensteiniana de alguns problemas ligados ao ensino de filosofia. Tomando como ponto de partida a difícil relação entre a formação inicial do professor e a cultura escolar, esta dissertação trata as transformações a que a filosofia é submetida na passagem da academia à escola como mudanças nos usos da linguagem filosófica. Esta mudanças são esclarecidas à luz dos conceitos de jogos de linguagem e formas de vida, desenvolvidos na filosofia tardia de Ludwig Wittgenstein, como alternativa a teorias linguísticas referenciais e metafísicas. Examinando os limites das explicações que fundamentam os jogos de linguagem em geral, torna-se compreensível o aspecto do aprendizado dos jogos linguísticos da filosofia que, irredutível à compreensão de razões, reside na vontade do aprendiz que, como tal, só pode ser persuadida. Este é o viés pelo qual será enfrentada a questão didática da motivação dos alunos. Ademais, o problema da persuasão e a atenção aos usos da linguagem filosófica animam, se não um método, uma estratégia de uso da história da filosofia no ensino médio, na qual a história da filosofia se torna uma ocasião para o aluno afrontar os limites do sentido de sua forma de vida. / This work presents a Wittgensteinian analysis of some problems linked to the teaching of philosophy. Taking as starting point the difficult relationship between initial training teachers and school culture, this dissertation deals with the transformations that philosophy is subjected in passing the academy to school as shifts in the uses of philosophical language. The shifts are explained in the light of the concepts of language games and forms of life developed in the later philosophy of Ludwig Wittgenstein as an alternative to referential language and metaphysical theories. Examining the limits of the reasons that base the language games in general, it becomes understandable the aspect of the linguistic games of philosophy learning that, irreducible to the understanding of learning reasons, lay on the willingness of the learner, as such, can only be persuaded. This is the bias by which will be faced the didactic issue of student motivation. Moreover, the problem of persuasion and attention to the uses of philosophical language animate, if not a method, a strategy of using the history of philosophy in high school, in which the history of philosophy becomes an opportunity for the student to confront the limits of sense of their way of life.
115

Ações afirmativas a partir da perspectiva do liberalismo igualitário

Goldmeier, Gabriel January 2011 (has links)
Resumo não disponível
116

A educação para a autonomia em Immanuel Kant e Paulo Freire

Zatti, Vicente January 2007 (has links)
O conceito iluminista de autonomia, que adquire centralidade em Kant, foi essencial para o desenvolvimento da sociedade e da educação desde a modernidade. Kant propôs uma educação a partir da metafísica da subjetividade como uma ética aplicada, formulou tal sentido por meio de uma fundamentação filosófica racionalizada de autodeterminação e autonomia. Para ele, o homem guiado pela sua razão universal, agindo por dever, segundo o imperativo categórico, é auto-responsável e autônomo, enquanto o homem sensível que recebe influências externas à razão é o homem em condição de heteronomia. Em Paulo Freire a autonomia ganha um sentido sócio-político-pedagógico, cabe à educação formar o homem consciente e crítico, capaz de transformar as estruturas opressoras e alienantes, capaz de transformar as condições concretas de heteronomia. Para Freire, autonomia se dá a partir da práxis que leva à libertação. Esse trabalho tematiza, a partir de Kant e Freire, aspectos de uma educação que vise superar as heteronomias do nosso tempo e formar para a autonomia. Para tal, analisamos a concepção de autonomia de cada autor, as heteronomias contra as quais se voltam, as confluências e dissonâncias entre ambos os autores, bem como, as heranças kantianas presentes em Freire. Em oposição às correntes tecnicistas, abordamos a educação como formação da totalidade do humano, por isso também analisamos os aspectos políticos, éticos e estéticos envolvidos na proposta de educação para a autonomia dos autores. Ao tratarmos da formação estética abordamos Schiller, que é um continuador da obra de Kant e que, juntamente com Freire, nos mostra a importância de, ao falarmos de autonomia, não pensarmos ética e estética como opostas. / The Enlightenment concept of autonomy, which comes to a center stage in Kant, was essential for the development of society and education since modernity. Kant proposed an education from the metaphysics of subjectivity as applied ethics, formulated this meaning through a rationalized philosophical fundament of self-determination and autonomy. To him, the man guided by his universal reason, acting out of duty, according to categorical imperatives, is self-responsible and autonomous, while the sensitive man who receives influences external to reason is a man in a heteronymous condition. In Paulo Freire, autonomy receives a social-political-pedagogical meaning, it’s up to education to form the conscious, critical man, capable of transforming oppressive and alienating structures, capable of transforming the concrete conditions of heteronomy. To Freire, autonomy occurs from the starting point of practice leading to liberation. This paper deals, from the starting points of Kant and Freire, with aspects of an education that aims to overcome the heteronomies of our time, and to form people for autonomy. In order to do so, we analyze each author’s concept of autonomy, the heteronomies against which they direct themselves, the confluences and dissonances between the authors, as well as the kantian heritage present in Freire. Opposing the technicist currents, we approach education as the formation of the totality of the human being, and thus also analyze the political, ethical and aesthetical aspects involved in the authors’ proposition of education for autonomy. When dealing with aesthetical formation, we touch on Schiller, a follower of the work of Kant who, along with Freire, shows us the importance of, when speaking of autonomy, not thinking of ethics and aesthetics as opposed concepts.
117

Além da escola: percursos entre Nietzsche e Deleuze

Nodari, Karen Elisabete Rosa January 2007 (has links)
Des percours. Ils ont été beaucoup. Extensifs et intensifs. Des personnages em déplacement. Dans un espace écolier ou pas écolier. Des lieux connus ou pas connus. Des movements répétés. De Nietzsche, des élèves, des professeurs, des fonctionnaires, des parents. De la station de Porta Nuova jusqu'à la Piazza Carlo Alberto. De l'arrêt d'autobus à l'école. De la cour au foyer. Du couloir aux réunions. Dans la salla de classe. Toujours pareils mais jamais les mêmes. Tracé de lignes qui extrapolent des points. Le premier, le deuxième, le troisième, le quatrième, le cinquième temps du matin. Des mars à decembre. Cinc jours par semaine. Répéter, répetér, répéter. Des monts, des gestes, des positions. Pourtant, même si l'école repete en envisageant la reproduction exacte, elle n'arrive jamais. Aucun chemin parreil à l'autre. Tours et retours par les couloir, le foyer, les salle de classe, les salles de réunions. Ont fait des parcours imprévisibles dans les parcours prévisibles. Même si on rest das la même place. Ça fait partie de la répétition. Dans un instant on aperçoit des lignes qui échappent au connu, au dèjá vu. Enfin, ces parcours appartienent à un personnage ou à plusiers? Il s'agit d'un seul ou des plusieurs parcurs? Quoi? Personne sait le dire. Ça n'importe pas. Du suspense produit par celui qui feit à la representation. Le mouvement d'établir l'identité entre ce qui on ensigne et qu'on apprend, entre la prodution et le produit de l'école provoque quelque chose indifférenciée de difficile distinction. Un affrontement aux certitudes établies sur modèles d'élèves, de professeurs, de la classe, d'apprendreet de penser. Pour pouvoir créer. / Percursos. Foram muitos. Extensivos e intensivos. Personagens em deslocamento. Num espaço que tanto pode ser escolar como não. Lugares tanto conhecidos como desconhecidos. Movimentos repetidos. De Nietzsche, alunos, professores, funcionários, pais. Da estação de Porta Nuova até a Piazza Carlo Alberto. Do ponto do ônibus até a escola. Do pátio ao saguão. Do corredor às reuniões. Dentro da sala de aula. Sempre iguais, mas nunca os mesmos. Traçado de linhas que extrapolam pontos. O primeiro, o segundo, o terceiro, o quarto, o quinto, período da manhã. De março a dezembro. Cinco dias por semana. Repetir. Repetir. Repetir. Falas, gestos, posições. Contudo, por mais que na escola se repita visando à reprodução exata, ela nunca acontece. Nenhum caminho é igual ao outro.Voltas e revoltas pelos corredores, pelo saguão, pelas salas de aula, pelas salas de reuniões. Trilham-se percursos imprevisíveis dentro dos previsíveis. Mesmo que não se saia do lugar. Pois, há uma potência própria da repetição. Num instante, surgem linhas que escapam ao conhecido, ao esperado, fogem ao pensamento representacional. Afinal, aqueles trajetos são de um só personagem e de vários? Trata-se de um único percurso e também de muitos? O quê? Ninguém sabe dizer. Isso não importa. Suspense produzido por aquele que foge à representação. O próprio movimento de estabelecer a identidade entre o que se ensina e o que se aprende, entre a produção e o produto da escola, faz surgir algo indiferenciado de difícil distinção. Um afrontamento às certezas, àsverdades estabelecidas sobre modelos de aluno, professor, aula, aprender, pensar. Para poder criar.
118

Bildung enquanto formação estética no jovem Nietzsche

Cruz, Raimundo José Barros January 2013 (has links)
A pesquisa investiga o conceito de Bildung enquanto formação estética na filosofia do jovem Nietzsche tomando como objeto de investigação e interpretação específico a obra O nascimento da tragédia a partir do espírito da música (1872). O problema de pesquisa que orienta a investigação gira em torno da possibilidade de pensarmos a arte enquanto dimensão questionadora e instabilizadora da racionalidade moderna a ponto de favorecer experiências subjetivas e intersubjetivas que, em sentido ético-estético, apresentam à pedagogia o desafio de pensar processos formativos na contemporaneidade. O trabalho será desenvolvido a partir da tese de que Bildung no jovem Nietzsche o é enquanto formação estética em sentido trágico que, ao interpretar a existência enquanto fenômeno estético desliga-se do sujeito moral pretendido pelo projeto moderno e funda um sujeito estético capaz de justificar sua própria existência. Em sentido estrito a crítica nietzscheana dirige-se a todo o projeto pedagógico moderno que, nas trilhas da Aufklärung, estruturou um ideal formativo no qual formar para a ciência e desenvolver habilidades técnicas tornaram-se diretrizes mestras para o Ocidente. Entende-se aqui a viragem provocada por Nietzsche ao criticar ciência, política, moral, religião e educação: a passagem do corrente sentido utilitarista de educação e formação burguesa de sua época, para a temática da formação em sentido trágico. Nesse contexto, o problema estético nietzschiano vinculou-se necessariamente ao problema da formação em sua época, apontando um caminho peculiar. A presente investigação parte do reconhecimento do estatuto completamente novo que a estética assume no jovem Nietzsche, ao romper com a tradição interpretativa na qual a moral e a racionalidade por excelência sempre favoreceram o velamento da dimensão estética. O trabalho será dividido em quatro partes. No primeiro capítulo investigaremos sobre a Bildung nietzscheana no contexto geral do debate sobre a formação na Alemanha do século XIX. Será de nosso interesse localizar a pesquisa e nosso objeto de estudo no amplo espaço de debates sobre a Bildung germânica, seus diversos autores, cenários e perspectivas filosóficas, educacionais, políticas e sociais, para, a partir daí, mapearmos a compreensão da estética nietzscheana como problema de formação, que, ao criticar as concepções de formação vigentes em sua época, adquire suas peculiaridades. No segundo capítulo reconstruiremos interpretativamente as influências estéticas recebidas pelo jovem Nietzsche de Arthur Schopenhauer e Richard Wagner e sua opção pelas mesmas para recolocar o problema da formação estética como crítica à racionalidade moderna. No terceiro capítulo nos concentraremos em refletir sobre a estética nietzschiana em O nascimento da tragédia, sua tensão entre o apolíneo e o dionisíaco e a fundação de uma estética da existência enquanto afirmação da vida. Por fim, no quarto capítulo discutiremos o conceito de Bildung no jovem Nietzsche enquanto formação estética investigando tal empreendimento enquanto crítica da moral e necessidade de afirmação da vida, que no universo da arte desperta para a importância da relação entre Grécia arcaica e experiência formativa. / This research investigates the concept of Bildung in the aesthetic formation in young Nietzsche’s philosophy, taking the composition The Birth of Tragedy: Out of the Spirit of Music (1872) as the main target of investigation and interpretation. The issue of research that guides the investigation revolves around the possibility of viewing art as a questioning and unsettling dimension of modern rationality so as to favor subjective and inter-subjective experiences which, in an ethical-aesthetic orientation, challenge pedagogy to think up formative methods in contemporaneity. The research will be based upon the thesis that Bildung in young Nietzsche occurs in aesthetic formation under tragic orientation which, during the interpretation of existence as an aesthetic phenomenon, disconnects itself from the intended modern moral subject and founds an aesthetic subject who is capable of justifying his own existence. In the strict sense, Nietzschean critics focus on the whole modern pedagogical project which, following the tracks of the Aufklärung, has built a formative ideal whereupon educating for science and developing technical skills have become master guidelines for the West. This refers to the turnaround provoked by Nietzsche as he criticized science, politics, moral, religion, and education: the transition from the current utilitarian sense of education and the bourgeois formation, in his time, to the tragic sense of the formation theme. In this context, the Nietzschean aesthetic problem has inevitably attached itself to the problem of formation, in his time, indicating a peculiar path. This study starts from the recognition of the totally new constitution taken up by young Nietzsche in the rupture of interpretative tradition where the moral and rationality, by far, have always favored the veiling of the aesthetic dimension. The study will be divided in four parts. In the first chapter we will investigate the Nietzschean Bildung in the general context of debate about the formation in Germany, in the 19th century. We will focus on situating the research and our subject matter in the broad scope of debates about German Bildung, its several authors, settings and philosophical, educational, political, and social perspectives, in order to map the understanding of the Nietzschean aesthetics as a formation problem, which acquires its traits while criticizing the concepts of formation in his time. In the second chapter we will interpretively rebuild the aesthetic influences from Arthur Schopenhauer and Richard Wagner on young Nietzsche, as well as his choice to replace the problem of aesthetic formation for criticism to modern rationality. In the third chapter we will reflect mainly on Nietzschean aesthetic in The Birth of Tragedy, his tension between the Apollonian and Dionysian as well as the foundation of an aesthetic of the existence as a confirmation of life. Finally, in the fourth chapter, we will discuss the concept of Bildung in young Nietzsche as aesthetic formation by investigating such undertaking in moral criticism and in the need of life reinforcement which in the art world awakens to the importance of the relation between archaic Greece and the formative experience.
119

Currículo-nômade : sobrevôos de bruxas e travessias de piratas

Kroef, Ada Beatriz Gallicchio January 2003 (has links)
O currículo-nômade é produzido no acontecendo. Ele escapa do planejamento e do controle. Seus percursos são marcados por esta cartografia, uma geografia curricular, que indica alguns movimentos de desterritorialização e reterritorialização, assinalando os devires do conceito currículo - nômade e programa - com outros conceitos. Estes movimentos são disparados pelos bonecos de pano, inventados em uma Escola Municipal Infantil na periferia de Porto Alegre. Os bonecos, Bruxela e Roberto, passam de arranjamentos maquínicos a personagens conceituais, traçando um plano de imanência e criando conceitos. Os conceitos avizinham-se e se atualizam nas redes de relações de forças, conectando bruxa, bruxaria, pirata e pirataria a diferentes elementos que os compõem. Os personagens conceituais deslizam para outros planos: de composição, transformando-se em figuras estéticas; e de referência, tornando-se observadores parciais. A educação é tratada como um plano de imanência, uma máquina diagramática, cujos traços atravessam outras máquinas. Neste plano, a Educação Infantil institui uma organização, conformando um organismo. Os traços diagramáticos, também, perpassam os eixos de significação e de subjetivação, constituindo um rosto que se desfaz em uma paisagem. As trajetórias da Bruxela e do Roberto indicam possibilidades de afirmar uma não-filosofia, no sentido de Gilles Deleuze e Félix Guattari. Seus deslocamentos produzem um exercício de vida, uma experimentação em que crianças, professoras, monitoras e famílias filosofam.
120

Diversidade, liberdade e educação : aspectos da tolerância em Montesquieu

Carvalho, Cleber Rick Dantas de 24 February 2014 (has links)
Ce travail a pour thème la tolérance dans la pensée de Montesquieu, et son but est de l´analyser à partir de trois aspects présents dans son oeuvre : la diversité, la liberté et l´éducation. La raison de se concentrer sur ces trois notions repose sur la recherche d´une compréhension exégétique des principes constitutifs qui soutiennent sa conception de la tolérance. Ainsi, certains problèmes fondamentaux guident cette recherche : quelle est la genèse conceptuelle de la tolérance dans la pensée de Montesquieu ? Y aurait-il dans ses textes des notions intermédiaires qui s´enchaînent et se réfèrent à ce concept ? Sur quels Principes la tolérance repose-t-elle ? L´hypothèse testée dans notre étude sur la pensée de Montesquieu est que pour arriver à une conception de la tolérance, il faut d´abord valoriser la diversité, maintenir la liberté et contribuer à l´éducation. Ce qu´on essaie de révéler, c´est de mettre en lumière la démarche de l´auteur de « l´Esprit des Lois » pour arriver à un concept postérieur de la tolérance, fondamentalement formé par un triple pilier (la diversité, la liberté et l´éducation). Pour tester cette déclaration, on a développé dans ce travail trois chapitres, sur lesquels figurent trois objectifs spécifiques : 1) Penser le thème de la diversité lié au thème de la tolérance ; 2) Associer la liberté politique à la liberté religieuse ; 3) Lier le thème de l´éducation au thème de la tolérance. Dans le premier chapitre, on parlera de la notion de diversité à partir de trois domaines spécifiques : le physique, le social et le politique. Dans le deuxième chapitre, on discutera des concepts de liberté politique et de liberté religieuse. Et, dans le troisième chapitre, on débattra sur l´éducation dans les trois sphères du gouvernement : monarchie, despotisme et république. En fait, cette recherche a pour but d´ajouter à la bibliographie naissante de Montesquieu au Brésil, d´une façon bien particulière, des perspectives qui n´ont pas encore été exploitées. / Esse trabalho tem como tema a tolerância em Montesquieu e por objetivo analisá-la a partir de três aspectos em sua obra: diversidade, liberdade e educação. A razão de focar nessas três noções está na busca por uma compreensão exegética acerca dos princípios constitutivos que sustentariam sua concepção de tolerância. Nesse sentido, alguns problemas basilares norteiam essa dissertação: qual a gênese conceitual da tolerância em Montesquieu? Haveria em seus textos noções intermediárias que se interligariam e remeteriam a esse conceito? Em quais princípios a tolerância repousa? A hipótese a ser testada é a de que para se chegar a uma concepção de tolerância foi necessário a esse autor defender antes a valorização da diversidade, a manutenção da liberdade e o auxílio da educação. O que se procura averiguar é a ideia segundo a qual o autor do Espírito das Leis teria percorrido um caminho conceitual formado fundamentalmente por um tríplice pilar, (diversidade, liberdade e educação) para chegar a uma conceituação posterior da tolerância. Para testar essa afirmação optou-se em desenvolver esse trabalho em três capítulos, os quais configuram três objetivos específicos: 1) Pensar o tema da diversidade vinculado ao de tolerância; 2) Relacionar a liberdade política à liberdade religiosa; 3) Vincular o tema da educação ao da tolerância. No primeiro capítulo, discorrer-se-á acerca da noção de diversidade a partir de três campos específicos: o físico, o social e o político. No segundo capítulo, serão abordados os conceitos de liberdade política e liberdade religiosa. E, no terceiro capítulo, discorrer-se-á acerca da educação nas três formas governos: monarquia, despotismo e república. Esta pesquisa visa a acrescentar à bibliografia incipiente sobre Montesquieu no Brasil, de forma particular, no sentido de abordar perspectivas ainda não exploradas.

Page generated in 0.1041 seconds