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A incidência da lesão renal aguda e mortalidade após o infarto agudo do miocárdio: comparação entre os critérios AKIN e RIFLERodrigues, Fernando Bruetto 08 March 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-03-08 / Acute kidney injury (AKI) increases the risk of death after acute myocardial infarction (AMI). Recently, two new AKI definitions were proposed: Risk, Injury, Failure, Loss, and End-stage kidney disease (RIFLE) and Acute Kidney Injury Network (AKIN). There are no data comparing AMI-related AKIs diagnosed by both criteria. The purpose of this study is to compare the incidence and mortality of AKI diagnosed by RIFLE and AKIN in the AMI acute phase. In total, 1050 consecutive AMI patients were studied. AKI defined by RIFLE and AKIN occurred in 14.8% and 42.7% of patients, respectively, in the first 7 days of hospitalization. This difference resulted from the larger number of patients in AKIN stage 1 (36.2%) compared with the number in RIFLE stage Risk (9.6%, p < 0.001). Both AKI criteria were associated with an increased Adjusted Hazard Ratio (AHR) for 30-day and 1-year mortality. The subgroup of patients classified as non-AKI by RIFLE but as AKI by AKIN criteria showed an increased AHR for death (2.49; 95% confidence interval [CI] 1.37 4.51, p=0.003) at 30 days and at 1 year (1.99; 95% CI 1.20 3.31, p=0.008) compared with patients without AKI. In conclusion, AKIN has detected more AKI than RIFLE in the acute phase of AMI. Both definitions were associated with increased early and late mortality. Patients diagnosed with AKI by AKIN but not by RIFLE showed an increased AHR for early and late mortality. / A lesão Renal Aguda (LRA) aumenta o risco de morte, após o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). Recentemente, duas novas definições para LRA foram propostas: RIFLE (Risk, Injury, Failure, Loss, and End-stage kidney disease) e AKIN (Acute Kidney Injury Network). Ainda não existem estudos comparando o diagnóstico de LRA por ambos critérios, após IAM. O objetivo deste estudo é comparar os critérios AKIN e RIFLE quanto à incidência de LRA e mortalidade na fase aguda do IAM. Um total de 1.050 pacientes consecutivos com IAM foi estudado. A LRA definida por RIFLE ocorreu em 14,8% e por AKIN em 42,7% dos pacientes nos primeiros sete dias de internação. A diferença ocorreu devido a um grande número de pacientes no estágio um de AKIN (36,2%) em comparação com a categoria Risk do RIFLE (9,6%; p < 0,001). Ambos os critérios para LRA foram associados com aumento da Hazard Ratio Ajustada (HRA) para mortalidade em 30 dias e um ano. O sub-grupo de pacientes classificado com não LRA por RIFLE, mas como LRA por AKIN apresentou uma HRA para morte (2,49; intervalo de confiança [IC] 95% 1,37-4,51; p = 0,003) em 30 dias e em 1 ano (1,99; IC 95% 1,20-3,31; p = 0,008) em comparação a pacientes sem LRA. Concluímos que o critério AKIN detectou mais LRA que o RIFLE na fase aguda do IAM. Ambos os critérios foram associados com aumento da mortalidade precoce e tardia. Pacientes diagnosticados como LRA por AKIN, mas não por RIFLE também apresentaram um aumento da HRA para mortalidade precoce e tardia.
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Caracterização da disfunção cardíaca induzida pelo estresse do retículo endoplasmático: papel do treinamento físico aeróbico / Characterization of endoplasmic reticulum stress-induced cardiac dysfunction: role of aerobic exercise trainingLuiz Henrique Marchesi Bozi 19 May 2015 (has links)
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, sendo a cardiomiopatia isquêmica a mais prevalente. Independente da sua etiologia, a via final comum da maioria das doenças cardiovasculares é a insuficiência cardíaca. Nos últimos anos, tem sido reportado que o acúmulo de proteínas mal enoveladas no retículo endoplasmático (estresse do RE) pode contribuir para redução da função cardíaca e instalação da insuficiência cardíaca. Apesar do mecanismo responsável pela disfunção contrátil induzida pelo estresse do RE ainda não ser conhecido, evidências sugerem que a inibição da via de sinalização PI3K/AKT pela proteína JNK pode estar envolvida nessa resposta. Na primeira parte desta tese, verificamos que a indução do estresse do RE em cardiomiócitos isolados ativou a JNK, mas não inibiu a via de sinalização PI3K/AKT. A inativação de JNK reverteu a disfunção contrátil e a redução da amplitude do transiente de Ca+2 de cardiomiócitos causados pelo estresse do RE. Pelo fato da via sinalização PI3K/AKT não estar envolvida na disfunção contrátil causada pelo estresse do RE, analisamos outro alvo de JNK, a proteína BNIP3, proteína pró-apoptótica e envolvida no controle de qualidade mitocondrial promovendo mitofagia quando ativada. O estresse do RE aumentou a expressão de BNIP3, a qual foi atenuada pela inibição de JNK. A depleção de BNIP3 impediu a disfunção contrátil dos cardiomiócitos e a redução da amplitude do transiente de Ca+2 induzidos pelo estresse do RE. Na segunda parte da tese, o objetivo foi avaliar se os efeitos observados em cardiomiócitos submetidos a estresse do RE poderiam ser observados em modelo experimental de doença cardiovascular. Nesse sentido, observamos que a disfunção cardíaca provocada pelo infarto do miocárdio em ratos foi acompanhada pelo quadro de estresse do RE e pela ativação da via de sinalização JNK/BNIP3. Entretanto, o treinamento físico aeróbico (TFA), uma das principais terapias não farmacológicas mais eficazes das doenças cardiovasculares, foi capaz de atenuar o estresse RE, a ativação da via de sinalização JNK/BNIP3 e a disfunção cardíaca de ratos infartados. Na terceira parte da tese, verificamos que o TFA aumentou a expressão proteica de DERLIN-1, uma proteína que atua retro-translocando proteínas mal enoveladas para o citosol, no miocárdio de ratos saudáveis. O aumento dos níveis proteicos de DERLIN-1 observado em ratos infartados foi atenuado pelo TFA. Apesar do aumento da proteína DERLIN-1, observamos que nos animais infartados as proteínas mal enoveladas acumulavam na forma de oligômeros e que o TFA atenuou essa resposta. Em conjunto, os resultados da presente tese sugerem que a ativação da via de sinalização JNK/BNIP3 pelo estresse do RE causa disfunção contrátil de cardiomiócitos e que o TFA é capaz de atenuar essa resposta no coração de ratos infartados, melhorando o controle de qualidade de proteína no músculo cardíaco / Cardiovascular diseases are currently the main cause of death worldwide, with the ischemic cardiomyopathy as the most prevalent ethiology. This is of particular interest, since ischemic cardiomyopathy advances to heart failure, a common endpoint of the most cardiovascular disease. In the last years, it has been showed that accumulation of unfolded protein in the endoplasmic reticulum (ER stress) may cause cardiac dysfunction and heart failure development. Despite the mechanisms behind this cardiac deterioration is still unknown, evidences suggest that ER stress-induced cardiomyocytes contractile dysfunction results from PI3K/AKT signaling pathway inhibition, which would be caused by JNK activation. In the first part of this thesis, we found that the ER stress activated JNK, but different from our hypothesis it was not accompanied by an inactivation of PI3K/AKT signaling pathway. The inhibition of JNK mitigated the reduction in cardiomyocytes shortening and amplitude of Ca+2 transient caused by ER stress. Once the PI3K/AKT signaling pathway was not involved in the ER stress-induced cardiomyocytes contractile dysfunction, we have analyzed protein expression of BNIP3, another JNK target involved in apoptosis and mitochondria quality control. We observed that the elevation in BNIP3 proteins levels after ER stress induction was prevented by inhibition of JNK. BNIP3 depletion attenuated the reduction in cardiomyocytes contractility and amplitude of Ca+2 transient induced by ER stress. In the second part of the thesis, we found that myocardial infarction-induced cardiac dysfunction in rats was accompanied by ER stress and activation of JNK/BNIP3 signaling pathway. However, the AET mitigated ER stress, activation of JNK/BNIP3 signaling pathway and cardiac dysfunction in infarcted rats. In third part of the thesis, we have identified that AET increased the protein expression of DERLIN-1 an ER membrane protein that retro-translocates unfolded proteins to cytosol in the myocardial of healthy rats. We observed that the increased DERLIN-1 protein levels in infarcted rats were mitigated by AET. Despite increased DERLIN-1 protein expression, we found high levels of oligomers in the myocardium of infarcted rat, which was reduced by AET. It suggests that unfolded protein degradation was reduced in infarcted hearts. Taken together, these results suggest that ER stress causes cardiomyocytes contractile dysfunction through JNK/BNIP3 signaling pathway activation and that AET mitigates the myocardial infarction-induced ER stress and activation of JNK/BNIP3 signaling pathway by restoring of ER-associated protein quality control in the cardiac muscle
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Efeito dos novos antiagregantes plaquetários prasugrel e ticagrelor administrados upstream sobre os achados angiográficos da angioplastia primária / Effect of new antiplatelet prasugrel and ticagrelor upstream therapy, on angiographic results of primary percutaneous coronary interventionJosé Ronaldo Mont\'Alverne Filho 03 August 2015 (has links)
Introdução. A dupla antiagregação plaquetária traz benefícios no tratamento do infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMSST). Há variabilidade intra e interindividual no uso do clopidogrel e isso influencia no benefício do seu uso nesse grupo de pacientes. O objetivo desta pesquisa foi avaliar os efeitos de novo antiagregantes plaquetários (prasugrel e ticagrelor) administrados na sala de emergência (\"upstream\") sobre o resultado angiográfico da angioplastia primária, levando em conta o fluxo coronariano TIMI, o blush miocárdico e a carga de trombo. Métodos. Foi realizado um ensaio clínico, randomizado, cego, com 131 pacientes admitidos com IAMSST. Todos os pacientes receberam ácido acetilsalicílico (AAS). Os pacientes foram randomizados para receber clopidogrel (n=44), prasugrel (n=41) ou ticagrelor (n=46) como dose de ataque ainda na emergência. Todos os pacientes foram submetidos a aspiração manual de trombos. Ao término do procedimento, o resultado angiográfico foi avaliado quanto ao fluxo TIMI, o blush miocárdico e a carga de trombo. Resultados. O fluxo coronariano TIMI >= 1 antes do procedimento foi observado mais frequentemente com o uso de ticagrelor (n = 10, 21,7%) do que com o clopidogrel (n = 1, 2,3%) e prasugrel (n = 5, 12,2%; p = 0,019). O fluxo TIMI coronária no fim do procedimento não diferiu significativamente entre os grupos (p = 0,101). Melhor resultado no que diz respeito ao blush miocárdico foi observada com prasugrel, que produziu um grau de blush III em 85,4% (n = 35) dos pacientes, em comparação com o clopidogrel (54,5%; n = 24) e ticagrelor (67,4%; n = 31; p = 0,025). A carga de trombo pré-procedimento foi maior no grupo de clopidogrel, em que 97,7% (n = 43) dos casos denotaram carga de trombo grau 4/5, enquanto 87,8% (n = 36) do grupo prasugrel tiveram respostas semelhantes, e 80,4% (n = 37) foram observadas no grupo ticagrelor (p = 0,03). Conclusão. Os novos antiagregantes plaquetários ticagrelor e prasugrel parecem exercer efeito sobre o resultado angiográfico dos pacientes submetidos a angioplastia primária. O uso do ticagrelor propiciou menor carga de trombo e um fluxo TIMI melhor no pré-procedimento e o uso do prasugrel ensejou melhor perfusão miocárdica analisada pelo blush miocárdico. Não houve diferença no fluxo angiográfico TIMI pós procedimento / Introduction. Dual antiplatelet therapy has benefits in the treatment of acute myocardial infarction with ST-segment elevation (STEMI). There is variability intra and inter individual in the use of clopidogrel and this influences the benefit of its use in this group of patients. The objective of this research was to evaluate the angiographic results of Upstream Clopidogrel, Prasugrel, or Ticagrelor For Patients Treated With Primary Angioplasty. Methods. A clinical trial was conducted, randomized, double blind, with 131 patients admitted with STEMI. All patients received acetylsalicylic acid (ASA). Patients were randomized to receive clopidogrel (n = 44), prasugrel (n = 41) or ticagrelor (n = 46) as loading dose even in emergency. All patients were submitted to manual thrombus aspiration. At the end of the procedure, the angiographic result was evaluated for TIMI flow, myocardial blush and thrombus burden. Results. A coronary TIMI flow >= 1 before the percutaneous procedure was observed more frequently with the use of ticagrelor (n=10, 21.7%) than with clopidogrel (n=1, 2.3%) and prasugrel (n=5, 12.2%; p=0.019). The coronary TIMI flow at the end of the procedure did not significantly differ between the groups (p=0.101). A better result with respect to myocardial blush was observed with prasugrel, which yielded a blush grade of III in 85.4% (n=35) of patients, compared with clopidogrel (54.5%; n=24) and ticagrelor (67.4%; n=31; p=0.025). The pre-procedural thrombus burden was found to be of a higher grade in the clopidogrel group, in which 97.7% (n=43) of the cases exhibited thrombus burdens grade 4/5, whereas 87.8% (n=36) of the prasugrel group had similar responses, and 80.4% (n=37) were observed in the ticagrelor group (p=0.03). Conclusions. The novel antiplatelet agents represented by ticagrelor and prasugrel appear to have effect on the angiographic outcome of patients undergoing primary angioplasty. The use of ticagrelor led to a smaller thrombus burden and better TIMI flow at the beginning of the procedure and the use of prasugrel produced a better myocardial perfusion analyzed by myocardial blush. There was no difference in post angioplasty TIMI flow
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Administra??o de esteroide anab?lico durante a adolesc?ncia: avalia??o ex vivo da susceptibilidade ? inj?ria de isquemia/reperfus?o card?aca em ratos wistar adultos / Anabolic steroid administration during adolescence: ex vivo evaluation of susceptibility to cardiac ischemia / reperfusion injury in adult wistar ratsSeara, Fernando de Azevedo Cruz 24 July 2015 (has links)
Submitted by Celso Magalhaes (celsomagalhaes@ufrrj.br) on 2018-03-26T14:34:13Z
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Previous issue date: 2015-07-24 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - CAPES / According to World Health Organization, ischemia heart diseases are the leading cause of death worldwide. Among therapeutic approaches, reperfusion is the most effective and indicated is reperfusion. Despite the better post-infarction prognostic, absolute improvement on cardiac function is hardly achieved due to ischemia/reperfusion injury (IRI). Within this context, anabolic steroids (AS) administration, in adult Wistar rats, significantly increase IRI susceptibility. Moreover, chronic administration of AS, during adolescent phase, induces persistent cardiovascular dysfunctions along adulthood. Therefore, the aim of the present study was to analyze the effects of chronic administration of supraphysiologic doses of testosterone propionate, during adolescent phase, in the susceptibility to ischemia/reperfusion injury, in adult Wistar rats. To perform it, 24 Wistar rats were allocated into two groups, AS (Testosterone propionate 5 mg kg-1, since 26? day postnatal, 5 days per week, during 5 weeks) and Control (Vehicle). In the 82? postnatal, rats were euthanized and hearts, livers, lungs, kidneys and testicles were collected. Isolated hearts were artificially perfused with modified Krebs-Henseleit solution, through Langendorff apparatus, and, then, submitted to ex vivo ischemia ? reperfusion protocol (20 minutes of stabilization, 30 minutes of global ischemia and 60 minutes of reperfusion). The left ventricle (LV) end diastolic- LVEDP), systolic- (LVSP) and developed pressures (LVDP), as well as first derivatives of pressure, maximum and minimum (dP/dt, maximum and minimum, respectively) were measured through an intraventricular latex balloon, connected to a pressure transducer. Through the electrocardiogram, susceptibility to arrhythmic episodes was analyzed. At the end of the protocol, area of infarct was delimited and gene expression of ? and ? myosin heavy chains and Glyceraldehyde 3-phosphate dehydrogenase, as well as the activity of nicotinamide adenine dinucleotide phosphate-oxidase (Nox) enzymes, were calculated. In comparison to Control group, hearts from AS group presented: Hypertrophy, due to an increase in cardiac mass (33%, P<0,001) and index (37%, P<0,001); Significantly increase in the area of infarct (54,76%, P<0,05); Worst recovery of both LVEDP and LVDP, along reperfusion; Less recovery of maximum dP/dt, during reperfusion, despite the equivalent LVSP; Reduced basal minimum dP/dt and, subsequently, reduction in the recovery of the aforementioned parameter, regarding reperfusion period; Enhanced gene expression of MHC? (%), consistent with the loss of mechanical performance; Increased incidence of arrhythmic episodes in the reperfusion period (100%, P<0,01). No statistical difference could be seen in regard to the Nox activity. For the first time, we demonstrated that AS treatment during adolescent phase promotes cardiac hypertrophy and gene reprogramming, both persistent during adulthood, besides an increase susceptibility to IRI, through in the larger area of infarct and poor recovery of cardiac electrical and mechanical proprieties, in isolated hearts of adult Wistar rats / De acordo com a OMS, as doen?as isqu?micas do cora??o consistem na maior causa mortis global. Dentre as abordagens terap?uticas, a mais eficaz ? a reperfus?o. A despeito da melhora no progn?stico p?s-infarto, a recupera??o plena da fun??o card?aca dificilmente ? alcan?ada, devido a inj?ria de isquemia/reperfus?o (IIR). Neste contexto, a administra??o de EA em ratos Wistar adultos enaltece a susceptibilidade ? IIR. Ademais, a administra??o de EA em ratos Wistar, ao longo da adolesc?ncia, favorece o desenvolvimento de disfun??es cardiovasculares persistentes durante a fase adulta. Desta forma, objetivou-se, com o presente estudo, analisar os efeitos da sobrecarga cr?nica de propionato de testosterona, ao longo da fase adolescente, na susceptibilidade ? IIR, em ratos Wistar adultos. Para tanto, foram utilizados 24 ratos Wistar machos, divididos em dois grupos: EA (Propionato de testosterona 5 mg kg-1, a partir do 26? dia p?s-natal, 5 vezes por semana/ 5 semanas) e CTL (ve?culo). No 82? dia p?s-natal, os ratos foram submetidos ? eutan?sia para a coleta ?rg?os. Os cora??es isolados foram submetidos ? perfus?o artificial em aparato de Langendorff, e, assim, ao protocolo de isquemia/reperfus?o. As press?es diast?lica final (PDF), sist?lica (PS) e desenvolvida (PD), do ventr?culo esquerdo (VE), e as primeiras derivadas de press?o do VE, m?xima e m?nima (dP/dt m?xima e m?nima, respectivamente), foram mensuradas atrav?s de um bal?o de l?tex intraventricular, conectado a um transdutor de press?o. Atrav?s do eletrocardiograma, foi analisada a susceptibilidade aos epis?dios arr?tmicos. Ao final do protocolo, as ?reas de infarto foram demarcadas e a express?o g?nica das cadeias pesadas de miosina e gliceralde?do-3-fosfato desidrogenase, assim como a atividade enzimas da fam?lia de niconinam?da adenina dinucleot?deo fosfato oxidase (Nox), no ventr?culo esquerdo, foram avaliadas. Em rela??o ao grupo Controle, os cora??es dos animais tratados com EA apresentaram: Hipertrofia, atrav?s do aumento na massa (aumento de 33%, P<0,001) e do ?ndice card?aco (aumento de 37%, P<0,001); aumento significativo da ?rea de infarto (aumento de 54,76%, P<0,05); T?nue recupera??o da PDFVE, assim como da PDVE, durante a reperfus?o; Inferior recupera??o da dP/dt m?xima, ao longo da reperfus?o, a despeito da equivalente recupera??o na PSVE; Reduzida dP/dt m?nima basal e, subsequentemente, redu??o na recupera??o deste par?metro, ao longo da reperfus?o; Aumento significativo da express?o g?nica da MHC? (P<0,01), condizente o preju?zo no desempenho mec?nico; Maior incid?ncia de epis?dios arr?tmicos, ao longo da reperfus?o (aumento de 100%, P<0,01). N?o houve diferen?a em rela??o ?s atividades das Nox. Pela primeira vez, foi demonstrado que a administra??o de EA, ao longo da adolesc?ncia, provoca hipertrofia e reprograma??o g?nica card?aca, persistente durante a fase adulta, al?m de aumentar, significativamente, a susceptibilidade ? IIR, por meio do aumento na ?rea de infarto e piora na recupera??o das propriedades mec?nicas e el?tricas card?acas, em cora??es isolados de ratos Wistar adultos.
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Transposició d’un pedicle adipós pericardíac sobre el miocardi: una nova opció terapèutica per a limitar la cicatriu postinfartGàlvez Montón, Carolina 26 June 2012 (has links)
Recentment ha estat demostrada l’existència de cèl.lules progenitores en el greix que envolta el cor. Aquesta nova font cel!lular ha esdevingut una bona alternativa per a regenerar el miocardi infartat. Per aquest motiu, és possible que posant en contacte el teixit adipós cardíac en forma de biomembrana amb la zona infartada es pugui limitar l’extensió de l’infart de miocardi.
Els objectius de la present tesi són:
1) Generar els perfils genètics de l’evolució de l’IM en el model porcí.
2) Determinar l’existència de cèl.lules mesenquimals al teixit adipós d’origen pericardíac i caracteritzar-les.
3) Avaluar l’efecte de la transposició d’un pedicle adipós pericardíac vascularitzat sobre:
a. l’IAM en el model porcí per a valorar els possibles efectes beneficiosos sobre la mida de l’infart i la funció ventricular.
b. l’ICM en el model porcí per a valorar els possibles efectes beneficiosos sobre la mida de l’infart i la funció ventricular.
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Isquemia silenciosa e arritmias ventriculares são preditores independentes de evenos no pós-infarto do miocárdio de baixo riscoSobral Filho, Dário Celestino January 2003 (has links)
pós-infarto agudo do miocárdio (IAM) têm mostrado baixo valor preditivo positivo quando estudados isoladamente. A possibilidade da Eletrocardiografia Dinâmica de 24 horas (ECGD) fornecer dados referentes a isquemia silenciosa (IS), arritmias ventriculares e modulação autonômica do coração pelo estudo da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC), levou o autor a empregar este método em pacientes acometidos de IAM com o objetivo de avaliar se estas três variáveis estariam relacionadas a presença de eventos desfavoráveis em evolução a médio prazo. Material e Métodos – Foram selecionados 91 pacientes acometidos de um primeiro IAM não-complicado e realizados exames de ECGD de 24 h por dois dias consecutivos, antes da alta hospitalar. Os parâmetros pesquisados nos exames foram: isquemia silenciosa, identificação e quantificação de arritmias ventriculares e determinação dos índices de VFC pelos métodos do domínio do tempo e do mapa de retorno tridimensional. Foram considerados como desfechos: re-infarto, angina instável, taquicardia ventricular sustentada e morte. Resultados – No seguimento médio de 27,7 meses (DP=15,45), 23 (25%) dos pacientes apresentaram eventos, sendo nove fatais. Os eventos foram mais freqüentes entre os pacientes que apresentaram extra-sístoles ventriculares ≥10/hora (p=0,01) e também naqueles com IS (p=0,02). Em modelo de análise multifatorial, a presença de dislipidemia elevou o valor preditivo positivo dessas variáveis. Nenhum dos índices de VFC esteve significativamente relacionado ao surgimento de eventos. Conclusões – Em pacientes pós-IAM de baixo risco, a presença de arritmias ventriculares freqüentes ou de isquemia silenciosa está relacionada a um prognóstico desfavorável. O estudo da VFC não mostrou utilidade na estratificação de risco destes pacientes. / Introduction and objective – The noninvasive methods used in post-acute myocardial infarction (AMI) risk stratification have been shown to have a low predictive value when studied in isolation. The possibility that ambulatory electrocardiographic monitoring (AEM) may provide data on silent ischemia (SI), ventricular arrhythmias (VA) and autonomic modulation of the heart through the study of heart rate variability (HRV) led the present author to use this method in AMI patients with the aim of assessing whether these three variables could be related to the presence of unfavorable events in the medium term follow-up. Methods – Ninety-one patients with a first, uncomplicated AMI were selected and submitted to AEM for two consecutive days prior to discharge from the hospital. The parameters studied in the examination were as follows: presence of SI, identification and quantification of VA and determination of the HRV indices by the time domain and three-dimensional return map methods. The following were regarded as outcomes: new AMI, unstable angina, sustained ventricular tachycardia and death. Results – In the mean follow-up of 27.7 months (SD=15.45), 23 (25%) of the patients presented events, nine of which were fatal. Events occurred most frequently in the patients who presented ventricular premature contractions >= (p=0.01) and also in those with SI (p=0.04). In the multifactorial analysis the presence of dislipidemia raised the positive predictive value of these variables. None of the HRV indices was significantly correlated with the occurrence of events. Conclusions – In low-risk post-AMI patients the presence of frequent ventricular arrhythmias or silent ischemia is associated with an unfavorable prognosis. The study of HRV was not shown to be useful in the risk stratification of these patients.
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Predição de desfechos clínicos e angiográficos após a angioplastia coronariana na angina instável : análise de duas classificações angiográficasZouvi, João Paulo January 2006 (has links)
Objetivo - Avaliar e comparar as classificações angiográficas do American College of Cardiology e American Heart Association (ACC/AHA) com a de Ambrose modificadas tendo por base sua efetividade na predição dos desfechos clínicos e angiográficos observados na fase hospitalar em pacientes com angina instável submetidos à angioplastia coronariana. Métodos - Numa coorte histórica constituída por 112 pacientes com angina instável submetidos à angioplastia coronariana foram aplicadas as classificações angiográficas do ACC/AHA e de Ambrose modificadas às lesões consideradas culpadas pelo quadro clínico. Num segundo momento, foram identificados os desfechos clínicos (alta hospitalar sem complicações, infarto do miocárdio, cirurgia de revascularização miocárdica e óbito) e angiográficos (sucesso, insucesso sem complicações e oclusão aguda). Resultados - ambas as classificações foram inefetivas para a predição dos desfechos clínicos (ACC/AHA modificada p=0,199; Ambrose modificada p=0,867). Para a predição dos desfechos angiográficos detectou-se uma tendência a uma diferença significativa entre as lesões simples e complexas quando aplicada a classificação do ACC/AHA modificada (p=0,08) e uma diferença significativa porém limítrofe (p=0,05) quando aplicada a classificação Ambrose modificada. 4 Conclusões - 1. Ambas as classificações foram inefetivas na predição de desfechos clínicos, porém apresentaram uma tendência à efetividade na predição de desfechos angiográficos intra-hospitalares em pacientes com angina instável submetidos à angioplastia coronariana. 2. A classificação angiográfica de Ambrose modificada não se mostrou mais efetiva que a classificação do ACC/AHA modificada na predição de desfechos clínicos e angiográficos. / Objective - To evaluate and compare the effectiveness of the ACC/AHA and Ambrose modified angiographic classifications in predicting clinical and angiographic outcomes. Methods - We studied 112 patients with unstable angina that had undergone coronary angioplasty and we applied the ACC/AHA and Ambrose modified angiographic classifications to the lesions that were considered to be culprit for the clinical findings in a historic cohort. Clinical and angiographic outcomes, wich were observed during hospitalization, were later identified. Results - According to the ACC/AHA and Ambrose modified classifications, the lesions were classified into complex ones in 58% and 46.4%, and into simple ones in 42% and 53.6%, respectively. Hospital discharge without complications was verified in 79.5% of the patients, “enzymatic” myocardial infarction in 14.5%, myocardial revascularization surgery in 2.4%, and death in 3.6%. The success rate achieved in angioplasty was of 73.2%, failure without complications of 20.5%, and acute occlusion of 6.3%. Both classifications were ineffective in predicting the clinical outcomes (modified ACC/AHA p=0.199; modified Ambrose p=0.867). In the prediction of the angiographic outcomes, a tendency to a significant difference between the simple and the complex lesions was observed when the ACC/AHA classification was applied (p=0.08) and a 6 significant though borderline difference, when it was applied the modified Ambrose classification (p=0.05). Conclusions – 1. Both angiographic classifications were ineffective in predicting clinical outcomes, though they presented a tendency to be effective in predicting angiographic in-hospital outcomes in patients with unstable angina that had undergone coronary angioplasty The Ambrose modified angiographic classification was not more effective than the ACC/AHA modified classification in predicting clinical and angiographic outcomes.
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Doença periodontal e infarto agudo do miocardioCoelho, Julita Maria Freitas January 2010 (has links)
p. 1-98 / Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-04-29T21:00:40Z
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Previous issue date: 2010 / Dados epidemiológicos, experimentais e clínicos têm sugerido que a doença periodontal, especialmente a periodontite crônica, pode constituir um fator de risco para doenças cardiovasculares isquêmicas. A proposta deste estudo foi investigar a associação entre a doença periodontal e o infarto agudo do miocárdio (IAM) em indivíduos adultos. Uma revisão de literatura de estudos de caso-controle que estudaram essa associação foi sumarizada em uma meta-análise que demonstrou uma chance em dobro para ocorrência de desfechos cardiovasculares isquêmicos em presença da doença periodontal (OR = 2,52; IC 95%: [2.10 3.00], p< 0, 001). Uma estimativa próxima foi obtida por meio de um estudo de caso-controle com uma amostra de 621 indivíduos com 40 anos ou mais, que avaliou a chance de desenvolver o infarto agudo do miocárdio em portadores de doença periodontal do tipo periodontite. As co-variáveis investigadas foram: idade, sexo, raça/cor auto referida, nível de escolaridade, renda per capita, condição marital, prática de atividade física, hábito de fumar presente e passado, consumo de álcool, índice de massa corporal, nível glicêmico, colesterol total e frações, relação cintura-quadril, hipertensão arterial sistêmica. Os resultados encontrados mostraram que os portadores de doença periodontal tiveram uma chance quase em dobro de desenvolver infarto agudo do miocárdio em relação a indivíduos sem doença periodontal, mesmo após ajustar por hábito de fumar, nível de escolaridade, ocupação, diabetes e nível de HDL-colesterol tanto quando comparada a controles comunitários (ORajustada=1,89; IC 95%: [1,11- 3,28], p=0,018), quanto a controles hospitalares (ORajustada=1,92; IC 95% :[1,14-3,23], p=0,015). Ao se estimar a associação de periodontite crônica e níveis plasmáticos de proteína C-reativa em um sub-amostra (n=359), observou-se uma associação positiva e significante (ORajustada= 2,26; IC 95%: [1.30 - 3.93]), considerando também o efeito da idade, nível de escolaridade, sexo, gênero, hábito de fumar, HDL-colesterol e diabetes. Assim, no grupo estudado a exposição à DP aumentou a chance de ocorrência do IAM, bem com da proteína Creativa, independentemente de outros fatores, o que reafirma que a doença periodontal pode ser um marcardor ou um fator de risco para o aparecimento de alterações cardiovasculares isquêmicas, havendo necessidade de estudos adicionais para confirmação da relação causal entre elas. / Salvador
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Isquemia silenciosa e arritmias ventriculares são preditores independentes de evenos no pós-infarto do miocárdio de baixo riscoSobral Filho, Dário Celestino January 2003 (has links)
pós-infarto agudo do miocárdio (IAM) têm mostrado baixo valor preditivo positivo quando estudados isoladamente. A possibilidade da Eletrocardiografia Dinâmica de 24 horas (ECGD) fornecer dados referentes a isquemia silenciosa (IS), arritmias ventriculares e modulação autonômica do coração pelo estudo da variabilidade da freqüência cardíaca (VFC), levou o autor a empregar este método em pacientes acometidos de IAM com o objetivo de avaliar se estas três variáveis estariam relacionadas a presença de eventos desfavoráveis em evolução a médio prazo. Material e Métodos – Foram selecionados 91 pacientes acometidos de um primeiro IAM não-complicado e realizados exames de ECGD de 24 h por dois dias consecutivos, antes da alta hospitalar. Os parâmetros pesquisados nos exames foram: isquemia silenciosa, identificação e quantificação de arritmias ventriculares e determinação dos índices de VFC pelos métodos do domínio do tempo e do mapa de retorno tridimensional. Foram considerados como desfechos: re-infarto, angina instável, taquicardia ventricular sustentada e morte. Resultados – No seguimento médio de 27,7 meses (DP=15,45), 23 (25%) dos pacientes apresentaram eventos, sendo nove fatais. Os eventos foram mais freqüentes entre os pacientes que apresentaram extra-sístoles ventriculares ≥10/hora (p=0,01) e também naqueles com IS (p=0,02). Em modelo de análise multifatorial, a presença de dislipidemia elevou o valor preditivo positivo dessas variáveis. Nenhum dos índices de VFC esteve significativamente relacionado ao surgimento de eventos. Conclusões – Em pacientes pós-IAM de baixo risco, a presença de arritmias ventriculares freqüentes ou de isquemia silenciosa está relacionada a um prognóstico desfavorável. O estudo da VFC não mostrou utilidade na estratificação de risco destes pacientes. / Introduction and objective – The noninvasive methods used in post-acute myocardial infarction (AMI) risk stratification have been shown to have a low predictive value when studied in isolation. The possibility that ambulatory electrocardiographic monitoring (AEM) may provide data on silent ischemia (SI), ventricular arrhythmias (VA) and autonomic modulation of the heart through the study of heart rate variability (HRV) led the present author to use this method in AMI patients with the aim of assessing whether these three variables could be related to the presence of unfavorable events in the medium term follow-up. Methods – Ninety-one patients with a first, uncomplicated AMI were selected and submitted to AEM for two consecutive days prior to discharge from the hospital. The parameters studied in the examination were as follows: presence of SI, identification and quantification of VA and determination of the HRV indices by the time domain and three-dimensional return map methods. The following were regarded as outcomes: new AMI, unstable angina, sustained ventricular tachycardia and death. Results – In the mean follow-up of 27.7 months (SD=15.45), 23 (25%) of the patients presented events, nine of which were fatal. Events occurred most frequently in the patients who presented ventricular premature contractions >= (p=0.01) and also in those with SI (p=0.04). In the multifactorial analysis the presence of dislipidemia raised the positive predictive value of these variables. None of the HRV indices was significantly correlated with the occurrence of events. Conclusions – In low-risk post-AMI patients the presence of frequent ventricular arrhythmias or silent ischemia is associated with an unfavorable prognosis. The study of HRV was not shown to be useful in the risk stratification of these patients.
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Efeitos do implante de células mononucleares da medula óssea sobre a função cardíaca e o remodelamento do miocárdio remanescente em ratos / Effects of bone marrow-derived cell transplantation on the cardiac function and remodelingSantos, Leonardo dos [UNIFESP] January 2008 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-12-06T23:47:44Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2008 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / O Infarto do Miocárdio (IM) é uma das principais causas de morte súbita,
insuficiência cardíaca (IC) e perda da qualidade de vida. Como o coração tem
capacidade limitada de regeneração, terapias como o implante de células-tronco
vem sendo desenvolvidas. O objetivo deste trabalho foi estudar o implante de
células mononucleares derivadas da medula-óssea no IM experimental em ratos,
avaliando seus efeitos sobre o remodelamento miocárdico, função ventricular global
e contratilidade do miocárdico remoto ao infarto. Para tanto, utilizou-se injeção
intramiocárdica de células da medula-óssea (BMC) de ratos machos Lewis-inbred,
48 horas após oclusão da artéria coronária interventricular anterior em ratas da
mesma linhagem. Após seis semanas, foi analisada função cardíaca global in vivo
por ecocardiografia Doppler e avaliação hemodinâmica, seguida do estudo in vitro
da mecânica contrátil do miocárdio remanescente representado pelo músculo
papilar isolado. Posteriormente, realizaram-se estudos histopatológicos dos
processos de fibrose intersticial (coloração com picrossirius red), hipertrofia (volume
nuclear do miócito) e densidade capilar (coloração com ácido periódico de Schiff); e
avaliação por Western blotting de proteínas envolvidas na contração no tecido
remoto ao infarto: Ca2+-ATPase do retículo sarcoplasmático (SERCA2), fosfolamban
total (PLB) e fosforilado (PLB-Ser16), trocador Na+
/Ca2+ (NCX), e isoformas α1 e α2
da Na+
/K+
-ATPase (NKA). Os ratos foram distribuídos em infartos moderados (30-
39% do VE = mIM) e grandes (≥ 40% do VE = IM), tratados (grupos mIM+BMC e
IM+BMC) ou não tratados (grupos mIM e IM), e comparados ao grupo sem infarto
nem terapia (SHAM). P < 0,05 foi considerado significante. A mortalidade durante os
procedimentos ou acompanhamento não foi diferente entre os grupos. A análise por
PCR identificou cromossomo Y de células de macho implantadas em amostras
coletadas de corações de fêmeas desde dez minutos após implante até seis
semanas, com intensidade decrescente. Após seis semanas o tamanho do infarto foi discretamente menor em IM+BMC (38 ± 1%) que em IM (44 ± 1%), e também em
mIM+BMC (31 ± 1%) comparado aos mIM (34 ± 1% do VE). IM+BMC cursou com
menor dilatação ventricular (45 ± 10%) que IM (86 ± 7%) com melhora da fração de
encurtamento do VE em 20 ± 9% e menor incidência de hipertensão pulmonar,
enquanto mIM e mIM+BMC demonstraram comportamento semelhante. O aumento
na pressão diastólica final (PDf) somente detectado em IM (16 ± 2 mm Hg) assim
como a depressão da +dP/dtmáx (7.727 ± 367 mm Hg/s) foram prevenidos em
IM+BMC (5 ± 2 mm Hg e 9.035 ± 345 mm Hg/s). Os demais parâmetros
hemodinâmicos analisados sob condições basais não foram diferentes do grupo
SHAM. Entretanto, a sobrecarga pressórica súbita reduziu sensivelmente o volume
ejetado em mIM (-46 ± 4%) e IM (-63 ± 4%), mas apenas discretamente em
mIM+BMC (-12 ± 6%) e IM+BMC (-20 ± 3%) semelhante aos -9 ± 4% de SHAM. A
correlação estabelecida entre aumento na pós-carga e geração de trabalho sistólico
mostrou-se positiva nos SHAM (inclinação média de 0,75 ± 0,09) e nos tratados
mIM+BMC (0,74 ± 0,12) e IM+BMC (0,52 ± 0,05), mas nitidamente negativa nos
grupos infartados sem terapia (mIM: inclinação = -0,38 ± 0,05; e IM: -0,97 ± 0,1).
Pelo estudo do músculo papilar, a tensão desenvolvida (g.mm-2) foi deprimida em IM
(2,4 ± 0,2) e mIM (3,8 ± 0,4) em relação a mIM+BMC (5,5 ± 0,5), IM+BMC (5,6 ±
0,4) e SHAM (6,1 ± 0,3). Ademais, os coeficientes de inclinação das retas da
relação estiramento vs. tensão desenvolvida (g.mm-2 / % do comprimento ótimo)
estavam deprimidos nos mIM (0,19 ± 0,01) e IM (0,13 ± 0,02) comparados ao SHAM
(0,29 ± 0,02), e normais em mIM+BMC (0,25 ± 0,02) e IM+BMC (0,26 ± 0,03)
demonstrando integridade do mecanismo de Frank-Starling no músculo
remanescente. Os prejuízos, em mIM e IM, da potenciação pós-pausa de de
estímulos, manobra indicadora da integridade da cinética do cálcio no miócito, foram
parcialmente prevenidos por BMC. As diminuições, identificadas em mIM e IM, da
expressão protéica da SERCA2 (66 ± 7 e 54 ± 6% do SHAM), PLB (72 ± 4 e 52 ±
9%) e PLB-Ser16 (71 ± 6 e 35 ± 10%) foram atenuadas em mIM+BMC e IM+BMC
(SERCA2: 84 ± 11 e 94 ± 10%, PLB: 83 ± 7 e 89 ± 7%, e PLB-Ser16: 104 ± 14 e 90 ±
8%). O NCX foi superexpresso em IM (198 ± 29 % do SHAM) e normal nos demais
grupos, e enquanto α1-NKA não foi diferente em nenhum grupo, a depressão na
quantidade de α2-NKA (mIM: 47 ± 10 e IM: 35 ± 10%) não foi significantemente
prevenida com BMC (mIM+BMC: 61 ± 10 e IM+BMC: 63 ± 16% do SHAM). A
análise histopatológica mostrou aumento significante do volume nuclear (μm3
) no miocárdio remodelado de mIM (188 ± 7) e IM (219 ± 9) em comparação ao SHAM
(129 ± 8), e prevenção parcial de hipertrofia miocárdica em mIM+BMC (147 ± 8) e
IM+BMC (165 ± 8). Já o teor de colágeno intersticial mostrou-se elevado de forma
significativa somente nos grandes infartos (2,4 ± 0,1 % da área analisada), mas
aparentemente normal em IM+BMC (1,9 ± 0,06 %) comparados ao SHAM (1,5 ± 0,1
%). Na zona de transição entre o infarto e o miocárdio adjacente, além de BMC
promover aumento da densidade capilar em mIM+BMC (2.805 ± 109 vs. mIM: 1.933
± 183 capilares/mm2
) e IM+BMC (2.702 ± 81 vs. IM: 1.981 ± 115), também houve
aumento na relação capilar/cardiomiócito (mIM+BMC: 1,68 ± 0,06 vs. mIM: 1,13 ±
0,02; e IM+BMC: 1,50 ± 0,06 vs. IM: 1,17 ± 0,04). A densidade capilar no miocárdio
remoto ao infarto mostrou-se significantemente diminuída nos infartos sem terapia
(mIM: 2.924 ± 120; e IM: 2.454 ± 90 capilares/mm2
) em relação ao SHAM (3.691 ±
248), mas praticamente preservada nos tratados (mIM+BMC: 3.379 ± 103; e
IM+BMC: 3.239 ± 129); e também relação entre capilar/cardiomiócito menor em mIM
(1,32 ± 0,05 capilar/cardiomiócito) e IM (1,28 ± 0,04) e equivalentes ao SHAM (1,71
± 0,10) nos grupos mIM+BMC (1,57 ± 0,06) e IM+BMC (1,64 ± 0,02). Finalmente,
conclui-se que a terapia com BMC restringe a repercussão pós-infarto observada
tanto na função cardíaca global e desempenho ventricular, quanto nos parâmetros
de remodelamento estrutural do miocárdio remanescente relacionados à hipertrofia,
fibrose e vascularização. Ademais, reduz as alterações moleculares das proteínas
relacionadas à cinética intracelular do cálcio preservando, dessa maneira, a função
contrátil do miocárdio remoto ao infarto e implante celular. Parece que estes
benefícios ocorrem em conjunto com a diminuição da extensão relativa do infarto do
miocárdio sem, entretanto, manter dependência a este fenômeno, visto que a
maioria dos parâmetros avaliados foi mais eficiente no grupo IM+BMC do que em IM
e mesmo em mIM. A reunião destes dados permite sugerir que a terapia com
células mononucleares derivadas de medula-óssea pode agir não só sobre o infarto
e zona de transição, mas também na melhora da função do miocárdio remoto,
provavelmente por ações parácrinas e/ou endócrinas também mediadoras do
processo de remodelamento tecidual e celular. / Myocardium infarction is a major cause of sudden death, heart failure with impaired
quality of life. Since the heart exhibits limited regenerative capability, alternative
interventions as the stem cell therapy have been developed. Our aim was to study
the transplantation of bone marrow-derived mononuclear cells (BMC) in the
myocardial infarction in rats, evaluating its effects on the global cardiac function,
remodeling and contractility of remnant myocardium. The BMC extracted from male
Lewis-inbred rats were intramyocardially injected into the border zone of infarct, 48
hours after coronary occlusion in female rats. After six weeks the in vivo global
cardiac function was analyzed by Doppler echocardiography and hemodynamics,
and the in vitro mechanics of the remnant myocardium by the isolated papillary
muscle study. Thereafter, the following histopathological evaluations were
performed: interstitial fibrosis (picrossirius red staining), hypertrophy (myocyte
nuclear volume) and capillary density (PAS staining); and myocardium content of
calcium handling proteins by Western blotting: sarco-endoplasmic reticulum Ca2+-
ATPase (SERCA2), total (PLB) and serine16 phosphorylated phospholamban (PLBSer16),
sarcolemmal Na+
/Ca2+ exchanger (NCX), and α1 and α2 isoforms of Na+
/K+
-
ATPase (NKA). Rats were distributed in moderate (30-39% of left ventricle = mIM)
and large MI (≥ 40% of left ventricle = IM), and treated with BMC (mIM+BMC and
IM+BMC groups) or saline injection (mIM and IM groups), compared to shamoperated
and placebo-treated group (SHAM). P < 0.05 was considered for statistical
significance. Mortality during surgical procedures and follow-up was not different
among the groups. The polymerase chain reaction identified Y chromosome of
implanted male cells in samples collected from female hearts 10 minutes, 2 days, 1
and 6 weeks following therapy, with decreasing intensity. After six weeks, infarct size
was slightly smaller in IM+BMC (38 ± 1% of left ventricle) than in IM (44 ± 1%), and
also in mIM+BMC (31 ± 1%) compared to mIM (34 ± 1%). IM+BMC exhibited less ventricular dilatation (45 ± 10%) than IM (86 ± 7%) with improved fractional
ventricular shortening by 20 ± 9%, while mIM and mIM+BMC were similar. Increased
end-diastolic pressure (PDf) in IM (16 ± 2 mm Hg) and depressed rate of pressure
raise (7,727 ± 367 mm Hg/s) were totally prevented by BMC (5 ± 2 mm Hg e 9,035 ±
345 mm Hg/s). Under basal conditions, ejective parameters were not different to
SHAM. Notwithstanding, sudden pressure overload expressively reduced stroke
volume in mIM (-46 ± 4%) and IM (-63 ± 4%) but just minimally in mIM+BMC (-12 ±
6%) and IM+BMC (-20 ± 3%) similar to SHAM (-9 ± 4%). Correlations between
afterload stress and stroke work generation were positive in SHAM (mean slope:
0.75 ± 0.09) and treated mIM+BMC (0.74 ± 0.12) and IM+BMC (0.52 ± 0.05), but
were negative in infarcted untreated groups (mIM: -0.38 ± 0.05; and IM: -0.97 ± 0.1).
On the papillary muscles study, developed tension was impaired in IM (2.4 ± 0.2
g.mm-2) and mIM (3.8 ± 0.4) and preserved in mIM+BMC (5.5 ± 0.5) and IM+BMC
(5.6 ± 0.4) compared to SHAM (6.1 ± 0.3). In addition, slope of the length-tension
relation was depressed in mIM (0.19 ± 0.01) and IM (0.13 ± 0.02) in comparison to
SHAM (0.29 ± 0.02), and normal in mIM+BMC (0.25 ± 0.02) and IM+BMC (0.26 ±
0.03) showing preservation of Frank-Starling relationship. The impaired post-rest
potentiation in mIM and IM (denoting damaged calcium handling) were partially but
significantly prevented by BMC. The decrement, identified in mIM and IM, on the
protein content of SERCA2 (66 ± 7 and 54 ± 6% of SHAM), PLB (72 ± 4 and 52 ±
9%) and PLB-Ser16 (71 ± 6 and 35 ± 10%), were attenuated in mIM+BMC and
IM+BMC (SERCA2: 84 ± 11 and 94 ± 10%, PLB: 83 ± 7 and 89 ± 7%, PLB-Ser16:
104 ± 14 and 90 ± 8%). NCX was over-expressed in IM (198 ± 29 % of SHAM) but
normal in BMC groups, and while α1-NKA remained unchanged in all groups,
diminished content of α2-NKA (mIM: 47 ± 10 and IM: 35 ± 10%) was not prevented
by BMC (mIM+BMC: 61 ± 10 and IM+BMC: 63 ± 16% of SHAM). Histological
analysis showed significant increase of nuclear volume (μm3
) on remodeled
myocardium of mIM (188 ± 7) and IM (219 ± 9) in comparison to SHAM (129 ± 8),
but partial prevention of the myocyte hypertrophy in mIM+BMC (147 ± 8) and
IM+BMC (165 ± 8). Interstitial collagen was significantly increased only in IM (2.4 ±
0.1 % of analyzed area), but apparently normal in IM+BMC (1.9 ± 0.06 %) compared
to SHAM (1.5 ± 0.1 %). In the border zone, besides promoting enhanced capillary
density in mIM+BMC (2,805 ± 109 vs. mIM: 1,933 ± 183 capillaries/mm2
) and
IM+BMC (2,702 ± 81 vs. IM: 1,981 ± 115), cell therapy also increased capillaries/myocyte ratio (mIM+BMC: 1.68 ± 0.06 vs. mIM: 1.13 ± 0.02; and
IM+BMC: 1.50 ± 0.06 vs. IM: 1.17 ± 0.04). In the remodeled myocardium remote to
infarct, capillary density was decreased on infarcted untreated groups (mIM: 2,924 ±
120; and IM: 2,454 ± 90 capillaries/mm2
) in relation to SHAM (3,691 ± 248), but
almost totally preserved in mIM+BMC (3,379 ± 103) and IM+BMC (3,239 ± 129);
capillaries/myocyte ratio was smaller in mIM (1.32 ± 0.05 capillaries/myocyte) and IM
(1.28 ± 0.04), but equivalent to SHAM (1.71 ± 0.10) in mIM+BMC (1.57 ± 0.06) and
IM+BMC (1.64 ± 0.02). Thus, the data demonstrates that BMC restrained the postinfarction
repercussions concerning global cardiac function and ventricular
performance, as well as the structural remodeling in remnant myocardium related to
hypertrophy, fibrosis and microvasculature. Furthermore, this therapy reduced the
calcium-handling protein changes, thus preserving the contractile behavior of
myocardium remote to infarct and cell injection sites. The obtained results suggests
that the bone marrow-derived mononuclear cell therapy may act beyond the infarct
and border zones, also improving the function of remote tissue, modulating interstitial
and cellular remodeling probably throughout paracrine and/or endocrine pathways. / BV UNIFESP: Teses e dissertações
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