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A construção dialógica da identidade em pessoas intersexuais: o X e o Y da questão

Canguçú-Campinho, Ana Karina Figueira January 2012 (has links)
Banca examinadora: Profª. Drª. Ana Cecília de Sousa Bastos (orientadora)- FFCH-UFBA; Profª. Drª. Isabel Maria Sampaio Oliveira Lima - ISC-UFBA; Profª. Drª. Leny Alves Bomfim Trad –ISC/UFBA; Profº. Drº. Jorge Alberto Bernstein Iriat-ISC-UFBA; Profª. Drª. Angela Maria Cristina Uchoa de Abreu Branco- Instituto de Psicologia - UNB; Profº. Drº. José Ricardo de Carvalho Mesquita Ayres - USP. Data de defesa 04 de abril de 2012. / Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2012-09-25T13:03:58Z No. of bitstreams: 1 Tese. Ana Karina 2012.pdf: 1513589 bytes, checksum: a9212cc51a077c8b8cb03e7f1dab1c51 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva(mariakreuza@yahoo.com.br) on 2012-09-25T13:28:58Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese. Ana Karina 2012.pdf: 1513589 bytes, checksum: a9212cc51a077c8b8cb03e7f1dab1c51 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-09-25T13:28:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese. Ana Karina 2012.pdf: 1513589 bytes, checksum: a9212cc51a077c8b8cb03e7f1dab1c51 (MD5) Previous issue date: 2012 / O advento do nascimento repercute de forma direta na dinâmica da família, que, ao se deparar com a indefinição dos genitais, tem suas expectativas em torno da criança, nesse primeiro momento frustradas. Os significados antes construídos para referir-se à criança tornam-se inadequados, surgindo a necessidade de criar outros que possam expressar a sua existência. A existência de uma criança intersexual também se configura como um desafio para os profissionais de saúde, seja pela necessidade de ampliação do conhecimento sobre os mecanismos que influenciam a formação da identidade, seja pela necessidade de discussão sobre as questões éticas próprias ao atendimento a estas pessoas. É na intersecção entre estes dois contextos: familiar e médico que se configura e se reconfigura a identidade da pessoa intersexual. O presente estudo pretendeu compreender: como os significados e práticas de cuidado em saúde participam da configuração da identidade em pessoas intersexuais, e como a pessoa intersexual experiência e configura seu senso de identidade na interlocução com o outro. Esta tese é composta de três artigos: o primeiro artigo envolveu uma revisão de literatura com o objetivo de esboçar o estado da arte, tanto dos estudos sobre a identidade quanto dos estudos sobre a intersexualidade, lapidando o objeto de estudo: construção de identidade em pessoas intersexuais. Realizaram-se buscas em portais eletrônicos (CAPES e Scielo) e em websites (SAGE). Foram encontrados 28 artigos que incluíam como descritores as seguintes palavras chaves: intersexualidade e identidade, intersexo e identidade (em inglês e português). No entanto, ao analisar o conteúdo dos artigos, constatou-se que, na maioria das vezes, a identidade não é abordada como objeto principal, sendo tratada como tema paralelo. As reflexões teóricas da Psicologia e do Feminismo nortearam produções de outras disciplinas como a Sociologia, a Arqueologia e Teologia. A Psicologia destacou aspectos subjetivos ligados ao intersexual, à influência do ciclo de vida e a experiência do próprio intersexual. A perspectiva feminista destacou a identidade de gênero e a influência dos discursos dominantes na formatação do sexo e gênero. A cirurgia cosmética foi veementemente criticada. Foram identificados dois posicionamentos distintos do feminismo em relação ao intersexo: uma posição percebe o intersexual como uma terceira categoria de gênero enquanto outra posição acredita que criar outra categoria de gênero não resolve a questão das hierarquias e dominação ente gêneros. A relevância da cultura e os discursos sociais na construção da identidade do intersexual foram destacados nos estudos, em todos esses campos disciplinares. O segundo e o terceiro artigo priorizaram as observações dos atendimentos médicos e as entrevistas com os profissionais médicos do serviço de genética da UFBA. O segundo artigo analisou os significados sobre a pessoa intersexual expressos e elaborados pela família e profissionais de saúde quanto ao sexo, gênero e sexualidade e os resultados do artigo apontam para a coexistência da perspectiva biomédica e da integralidade no que se refere à visão sobre a pessoa intersexual. A intersexualidade é configurada especialmente pelo saber médico, que a classifica como uma má formação congênita, uma anormalidade, um erro. O intersexual passa a ser visto a partir da dimensão orgânica, perdendo-se a perspectiva da pessoa como um todo. O corpo intersexual expressa a ambivalência e a tênue fronteira entre os gêneros; há um temor de que o corpo materialmente ambíguo possibilite uma identidade ambivalente. Neste sentido, ocorrem dois movimentos principais: a desvalorização semiótica da ambigüidade através da noção de intolerância assimilativa proposta por Valsiner (2007) e intervenção corporal através das cirurgias “reparadoras” nos órgãos sexuais. Entre os médicos, houve a utilização de metáforas na tentativa de integrar a visão de intersexo às novas concepções de sexo e gênero. A visão de gênero e sexo tradicional também é questionada surgindo uma concepção ainda linear, mas multifatorial. Descreve-se uma escada, em que cada um destes elementos funciona como degraus para determinação do sexo. Em relação à identidade de gênero, esta é considerada como um produto das crenças, desejos e expectativas familiares, mais do que uma dimensão singular do sujeito. Compreende-se a identidade, aqui, como um processo maleável que se configura na interdependência entre o contexto familiar e o corpo. O terceiro artigo teve como objetivo principal analisar as práticas em saúde direcionadas à pessoa intersexual, enfatizando a relação entre a família, os profissionais de saúde e a pessoa intersexual. Os resultados revelaram que as práticas em saúde direcionadas para esta população específica organizam-se em torno de três dimensões do cuidado: capacidade técnica, disposição afetiva e garantia de direitos. Ainda que a visão técnica apresente-se como dominante, percebem-se movimentos no sentido de incorporar a dimensão afetiva e do direito nas práticas de atendimento às pessoas intersexuais e sua família. Na condição de intersexo, a medicalização toma grandes proporções ao impactar não só nas rotinas de vida, na forma de criação dos filhos, nas relações sociais, na redução da privacidade corporal, mas na própria construção da identidade destas pessoas. O quarto artigo foi elaborado a partir das entrevistas realizadas com as pessoas intersexuais assistidas pelo mesmo serviço de genética e teve como objetivo analisar a construção da identidade em pessoas intersexuais a partir da Teoria do Self Dialógico. Os resultados apontaram que tanto as vozes dos familiares, amigos, vizinhos, profissionais de saúde, como seus silêncios, possuíram um importante papel na configuração da identidade ao participar como mediadores na construção de significados sobre o corpo. O silenciamento familiar sobre a história destas pessoas foi compreendido como forma de protegê-las do sofrimento que o “saber” poderia promover. No entanto, este silenciamento diante do evento do nascimento e a existência de um corpo dito “ambíguo” possibilitou a construção de significados ambivalentes sobre identidade de gênero. O corpo foi compreendido como ambivalente, sendo rejeitado pelo outro e em parte pela própria pessoa. A aceitação do corpo ocorre na medida em que este é modificado por medicamentos ou cirurgias. O processo de construção da identidade envolveu diversas posições de Eu: Eu-diferente, Eu-igual/semelhante, Eu-doente. Outras posições de Eu se configuraram enquanto estratégias de manejo de tensões: Eu- singular, Eu-mulher diferente / Eu- homem diferente, Eu-Ausente/Alienado, Eu-desempregado(a), Eu-isolado(a) e Eu- em transformação. A identidade é assim dialogicamente construída e envolve descontinuidades, mas se direciona, principalmente, para a construção de um sentimento de estabilidade do self. O Eu-diferente/singular aparece como uma posição central do self, regulando outros posicionamentos e orientando o processo de construção da identidade. Conclusão A experiência tanto da pessoa nascida intersexual quanto da sua família é então configurada no encontro com saberes e poderes próprios ao campo da medicina, ensejando a coexistência de um olhar prioritariamente biológico e um outro olhar que inclui outras dimensões da pessoa como: sentimentos, valores e experiência. O senso de si é então elaborado a partir da negociação de sentidos familiares e médicos sobre o corpo e gênero, mas envolve uma dimensão pessoal que organiza e dá sentido às experiências tornando-as base para a configuração da identidade. / Salvador
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A construção dialógica da identidade em pessoas intersexuais: o x e o y da questão

Canguçú-Campinho, Ana Karina Figueira, Lima, Isabel Maria Sampaio Oliveira 11 June 2013 (has links)
Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandar@gmail.com) on 2013-06-11T18:05:25Z No. of bitstreams: 1 Tese_ICS_ Ana Karina Canguçú-Campinho.pdf: 1501549 bytes, checksum: 6f64c774c0da1576bd822dea8be553df (MD5) / Made available in DSpace on 2013-06-11T18:05:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese_ICS_ Ana Karina Canguçú-Campinho.pdf: 1501549 bytes, checksum: 6f64c774c0da1576bd822dea8be553df (MD5) / O advento do nascimento repercute de forma direta na dinâmica da família, que, ao se deparar com a indefinição dos genitais, tem suas expectativas em torno da criança, nesse primeiro momento frustradas. Os significados antes construídos para referir-se à criança tornam-se inadequados, surgindo a necessidade de criar outros que possam expressar a sua existência. A existência de uma criança intersexual também se configura como um desafio para os profissionais de saúde, seja pela necessidade de ampliação do conhecimento sobre os mecanismos que influenciam a formação da identidade, seja pela necessidade de discussão sobre as questões éticas próprias ao atendimento a estas pessoas. É na intersecção entre estes dois contextos: familiar e médico que se configura e se reconfigura a identidade da pessoa intersexual. O presente estudo pretendeu compreender: como os significados e práticas de cuidado em saúde participam da configuração da identidade em pessoas intersexuais, e como a pessoa intersexual experiência e configura seu senso de identidade na interlocução com o outro. Esta tese é composta de três artigos: o primeiro artigo envolveu uma revisão de literatura com o objetivo de esboçar o estado da arte, tanto dos estudos sobre a identidade quanto dos estudos sobre a intersexualidade, lapidando o objeto de estudo: construção de identidade em pessoas intersexuais. Realizaram-se buscas em portais eletrônicos (CAPES e Scielo) e em websites (SAGE). Foram encontrados 28 artigos que incluíam como descritores as seguintes palavras chaves: intersexualidade e identidade, intersexo e identidade (em inglês e português). No entanto, ao analisar o conteúdo dos artigos, constatou-se que, na maioria das vezes, a identidade não é abordada como objeto principal, sendo tratada como tema paralelo. As reflexões teóricas da Psicologia e do Feminismo nortearam produções de outras disciplinas como a Sociologia, a Arqueologia e Teologia. A Psicologia destacou aspectos subjetivos ligados ao intersexual, à influência do ciclo de vida e a experiência do próprio intersexual. A perspectiva feminista destacou a identidade de gênero e a influência dos discursos dominantes na formatação do sexo e gênero. A cirurgia cosmética foi veementemente criticada. Foram identificados dois posicionamentos distintos do feminismo em relação ao intersexo: uma posição percebe o intersexual como uma terceira categoria de gênero enquanto outra posição acredita que criar outra categoria de gênero não resolve a questão das hierarquias e dominação ente gêneros. A relevância da cultura e os discursos sociais na construção da identidade do intersexual foram destacados nos estudos, em todos esses campos disciplinares. O segundo e o terceiro artigo priorizaram as observações dos atendimentos médicos e as entrevistas com os profissionais médicos do serviço de genética da UFBA. O segundo artigo analisou os significados sobre a pessoa intersexual expressos e elaborados pela família e profissionais de saúde quanto ao sexo, gênero e sexualidade e os resultados do artigo apontam para a coexistência da perspectiva biomédica e da integralidade no que se refere à visão sobre a pessoa intersexual.A intersexualidade é configurada especialmente pelo saber médico, que a classifica como uma má formação congênita, uma anormalidade, um erro. O intersexual passa a ser visto a partir da dimensão orgânica, perdendo-se a perspectiva da pessoa como um todo. O corpo intersexual expressa a ambivalência e a tênue fronteira entre os gêneros; há um temor de que o corpo materialmente ambíguo possibilite uma identidade ambivalente. Neste sentido, ocorrem dois movimentos principais: a desvalorização semiótica da ambigüidade através da noção de intolerância assimilativa proposta por Valsiner (2007) e intervenção corporal através das cirurgias “reparadoras” nos órgãos sexuais. Entre os médicos, houve a utilização de metáforas na tentativa de integrar a visão de intersexo às novas concepções de sexo e gênero. A visão de gênero e sexo tradicional também é questionada surgindo uma concepção ainda linear, mas multifatorial. Descreve-se uma escada, em que cada um destes elementos funciona como degraus para determinação do sexo.Em relação à identidade de gênero, esta é considerada como um produto das crenças, desejos e expectativas familiares, mais do que uma dimensão singular do sujeito. Compreende-se a identidade, aqui, como um processo maleável que se configura na interdependência entre o contexto familiar e o corpo. O terceiro artigo teve como objetivo principal analisar as práticas em saúde direcionadas à pessoa intersexual, enfatizando a relação entre a família, os profissionais de saúde e a pessoa intersexual. Os resultados revelaram que as práticas em saúde direcionadas para esta população específica organizam-se em torno de três dimensões do cuidado: capacidade técnica, disposição afetiva e garantia de direitos. Ainda que a visão técnica apresente-se como dominante, percebem-se movimentos no sentido de incorporar a dimensão afetiva e do direito nas práticas de atendimento às pessoas intersexuais e sua família. Na condição de intersexo, a medicalização toma grandes proporções ao impactar não só nas rotinas de vida, na forma de criação dos filhos, nas relações sociais, na redução da privacidade corporal, mas na própria construção da identidade destas pessoas. O quarto artigo foi elaborado a partir das entrevistas realizadas com as pessoas intersexuais assistidas pelo mesmo serviço de genética e teve como objetivo analisar a construção da identidade em pessoas intersexuais a partir da Teoria do Self Dialógico. Os resultados apontaram que tanto as vozes dos familiares, amigos, vizinhos, profissionais de saúde, como seus silêncios, possuíram um importante papel na configuração da identidade ao participar como mediadores na construção de significados sobre o corpo. O silenciamento familiar sobre a história destas pessoas foi compreendido como forma de protegê-las do sofrimento que o “saber” poderia promover. No entanto, este silenciamento diante do evento do nascimento e a existência de um corpo dito “ambíguo” possibilitou a construção de significados ambivalentes sobre identidade de gênero. O corpo foi compreendido como ambivalente, sendo rejeitado pelo outro e em parte pela própria pessoa. A aceitação do corpo ocorre na medida em que este é modificado por medicamentos ou cirurgias. O processo de construção da identidade envolveu diversas posições de Eu: Eu-diferente, Eu-igual/semelhante, Eu-doente. Outras posições de Eu se configuraram enquanto estratégias de manejo de tensões: Eu- singular, Eu-mulher diferente / Eu- homem diferente, Eu-Ausente/Alienado, Eu-desempregado(a), Eu-isolado(a) e Eu- em transformação. A identidade é assim dialogicamente construída e envolve descontinuidades, mas se direciona, principalmente, para a construção de um sentimento de estabilidade do self. O Eu-diferente/singular aparece como uma posição central do self, regulando outros posicionamentos e orientando o processo de construção da identidade. Conclusão A experiência tanto da pessoa nascida intersexual quanto da sua família é então configurada no encontro com saberes e poderes próprios ao campo da medicina, ensejando a coexistência de um olhar prioritariamente biológico e um outro olhar que inclui outras dimensões da pessoa como: sentimentos, valores e experiência. O senso de si é então elaborado a partir da negociação de sentidos familiares e médicos sobre o corpo e gênero, mas envolve uma dimensão pessoal que organiza e dá sentido às experiências tornando-as base para a configuração da identidade. / Salvador
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Aspectos da construção da maternidade em mulheres com filhos intersexuais.

Canguçú-Campinho, Ana Karina Figueira January 2008 (has links)
p. 1-130 / Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-04-24T20:41:56Z No. of bitstreams: 1 4444444.pdf: 1677012 bytes, checksum: 9d530e43fc4a0311c1c0bbae08e64092 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva(mariakreuza@yahoo.com.br) on 2013-05-04T17:00:19Z (GMT) No. of bitstreams: 1 4444444.pdf: 1677012 bytes, checksum: 9d530e43fc4a0311c1c0bbae08e64092 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-05-04T17:00:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 4444444.pdf: 1677012 bytes, checksum: 9d530e43fc4a0311c1c0bbae08e64092 (MD5) Previous issue date: 2008 / O nascimento de uma criança promove modificações relevantes no contexto da família. Na condição de intersexualidade as transformações se tornam ainda mais expressivas, desestabilizando a dinâmica familiar e a definição de papéis parentais. A maternidade se constrói em um ambiente de incertezas e especulações quanto ao sexo e gênero da criança. Este dissertação é composta de dois artigos. O primeiro intitula-se “O discurso biomédico e o da construção social na pesquisa sobre intersexualidade” e realiza uma revisão de literatura sobre as publicações de Medicina, Psicologia, Ciências Sociais e Direito/Ativismo Político que enfocam o tema da intersexualidade. As publicações foram analisadas segundo o contexto, área/disciplina, tipo de artigo, metodologia do estudo e conteúdo. O segundo artigo intitulado “Ambivalências na transição para maternidade: a chegada de uma criança intersexual” teve como objetivo analisar as especificidades do processo de construção da maternidade diante do nascimento de criança intersexual. Metodologia Estudo qualitativo selecionando mães de crianças com diagnóstico de Hiperplasia Adrenal Congênita, um das etiologias da intersexualidade, acompanhadas pelo Setor de Genética / HUPES/UFBA. Foram realizadas entrevistas narrativas com 12 (doze) mães e o levantamento de dados sócio-demográficos, história familiar e rede social de apoio mediante questionário. Resultados A dinâmica da ambivalência se apresentou como transversal a todo o processo de construção da maternidade, inscrita no próprio corpo da criança, nas crenças sobre o intersexo, atravessando a definição da identidade de gênero, os sentimentos maternos sobre a criança, as estratégias de cuidado, além da própria vivência da maternidade. Em relação aos sentimentos maternos sobre a criança, existiu uma oscilação da raiva à resignação. As crenças sobre a intersexualidade incluíram: cura espontânea, defeito corporal e doença. O lugar social do intersexual encontra-se em construção e envolve a percepção de normalidade e anormalidade, além da crença na existência dos dois sexos em um único ser. A rede social tanto apóia como limita a família. Algumas mães buscaram apoio de parentes mais próximos na realização de cuidados específicos à criança, outras, diante da incerteza em relação ao gênero da criança, priorizaram a proteção e o sigilo. Conclusão A transição para maternidade, apesar de envolver um evento não normativo, exige um alto grau de empoderamento materno no cuidado à criança. Essas mães são desafiadas a construir um lugar social para sua criança e utilizam tanto a revelação como o segredo sobre a situação de intersexualidade. A maternidade representa o eixo central da vida dessas mulheres. A maternidade, nesta condição, se constrói através da negociação de significados sobre o corpo e sobre o gênero proveniente do âmbito familiar e do discurso biomédico. / Salvador
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Percep????o de pais e de profissionais de sa??de sobre filhos/pacientes com hiperplasia da suprarrenal cong??nita e desordem do desenvolvimento sexual

Queiroz, Isabella Regina Gomes de Queiroz 01 August 2018 (has links)
Submitted by Carla Santos (biblioteca.cp2.carla@bahiana.edu.br) on 2018-11-20T18:17:41Z No. of bitstreams: 1 tese final defesa Isabella Queiroz 08 de agosto de 2018 (2) (1).pdf: 5915034 bytes, checksum: 791da4d2b1f8e38c789ceb233c9b55ec (MD5) / Approved for entry into archive by JOELMA MAIA (ebmsp-bibliotecacp2@bahiana.edu.br) on 2018-11-20T18:43:09Z (GMT) No. of bitstreams: 1 tese final defesa Isabella Queiroz 08 de agosto de 2018 (2) (1).pdf: 5915034 bytes, checksum: 791da4d2b1f8e38c789ceb233c9b55ec (MD5) / Made available in DSpace on 2018-11-20T18:43:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese final defesa Isabella Queiroz 08 de agosto de 2018 (2) (1).pdf: 5915034 bytes, checksum: 791da4d2b1f8e38c789ceb233c9b55ec (MD5) Previous issue date: 2018-08-01 / A Hiperplasia da Suprarrenal Cong??nita (HSRC) por defici??ncia de 21-hidroxilase (D21-OH) foi inserida no rol de doen??as diagnosticadas e tratadas pela Triagem Neonatal (TN), intervindo precocemente no quadro de grave desidrata????o e nos impasses na designa????o sexual dos beb??s com Desordem da Diferencia????o Sexual (DDS) ??? condi????es que conduzem a Resolu????o 1664 (2003) do Conselho Federal de Medicina (CFM) conceber a HSRC como urg??ncia m??dica e social. Em uma sociedade bin??ria na partilha dos sexos, beb??s com DDS ocupam um n??o-lugar, dificultando o assentamento civil do RN. A perspectiva biom??dica advoga, a partir do Consenso de Chicago (2006), que pacientes HSRC/46XX-D21OH, e DDS sejam designados como meninas, orientando a genitoplastia ??? preferencialmente, at?? 2 anos de idade. As condutas adotadas em casos de beb??s com DDS n??o consideram, muitas vezes a dimens??o ps??quica do sujeito e de seus pais- que passam por registros inconscientes, desde as constru????es imagin??rias, presentes em cada caso. O objetivo principal ?? analisar a percep????o de pais de pacientes com HSRC D21-OH e DDS, quanto ?? dimens??o da sexualidade do beb??, incluindo o campo imagin??rio, no contexto da Triagem Neonatal. A presente tese de doutorado est?? apresentada sob forma de seis artigos e um livro de est??ria para crian??as, sobre o tema tratado no estudo. A revis??o de literatura encontra-se estruturada em tr??s eixos discursivos: modelo biom??dico atento ?? altera????o cromoss??mica, 21-OH 46 XX e ?? terap??utica; psican??lise, versando sobre constitui????o ps??quica, sexualidade, articulando conceitos de imagem corporal e Ideal de eu; Teoria Queer, com no????o de heteronormatividade. O primeiro artigo abordou o m??todo ??? estruturado para o presente estudo. O segundo artigo analisou a percep????o dos profissionais de sa??de do Servi??o de Refer??ncia em Triagem Neonatal (SRTN) sobre o tratamento de crian??as com HSRC e DDS, onde se desenvolve a pesquisa. O terceiro, quarto, quinto e sexto artigos, retrataram as narrativas dos pais sobre seus beb??s diagnosticados e tratados em um SRTN, destacando a dimens??o real e imagin??ria que permearam o processo, em diferentes momentos identificados nas narrativas desses pais: diagn??stico; exame de cari??tipo, para designa????o sexual; momento da designa????o sexual ap??s o cari??tipo; momento da genitoplastia. Cada viv??ncia dessas revelou situa????es de sofrimento e de conflitos atravessadas pelo discurso biom??dico e pela condi????o de n??o -lugar social para o beb?? intersexuado. Os pais foram afetados a partir do vazio que se viram abruptamente mergulhados ??? vivenciando sofrimento, conflitos e ambival??ncias (amor x rejei????o) - adoeceram psiquicamente. A abordagem m??dica funcionou como ancoradouro para os pais identificarem um lugar para seu beb??, mas circunscreveu-o como doente e a genitoplastia emergiu como possibilidade de normaliza????o. Contudo a efetiva????o das mesmas n??o eliminou os conflitos parentais quanto a sexualidade de suas crian??as. Os pais abalados no ideal de eu se viram tocados em sua sexualidade. Destaca-se a import??ncia de tempo l??gico distinto do cronol??gico, na elabora????o ps??quica diante da realidade vivida Novas apostas foram constru??das para o beb??, mas o segredo continuou como recurso para lidar com a hist??ria da intersexualidade de sua crian??a.
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A reificação nos discursos e práticas biomédicas em intersexos: a violação de direitos e a luta pela despatologização

Alban, Carlos Eduardo de Oliveira 26 February 2018 (has links)
Submitted by JOSIANE SANTOS DE OLIVEIRA (josianeso) on 2019-03-08T16:57:02Z No. of bitstreams: 1 Carlos Eduardo de Oliveira Alban_.pdf: 1440441 bytes, checksum: fdd289e0843f8d11d6114ccc549b147f (MD5) / Made available in DSpace on 2019-03-08T16:57:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carlos Eduardo de Oliveira Alban_.pdf: 1440441 bytes, checksum: fdd289e0843f8d11d6114ccc549b147f (MD5) Previous issue date: 2018-02-26 / Nenhuma / O presente trabalho é realizado mediante uma contraposição analítica das críticas trazidas pelos movimentos políticos internacionais e cientistas sociais da “questão intersexo” à maneira com que o discurso e práticas biomédicas pautam-se em formas reificadas – conforme preceitua Axel Honneth – de racionalidade para tratarem dos sujeitos intersexuais. Nesse ponto, questiona-se em que medida esse modus operandi dificulta o seu reconhecimento e a efetivação dos seus direitos. Como consequência, tem-se a hipótese de que as noções médicas que alicerçam os tratamentos e o cuidado com o “paciente” intersexo terminam por objetificá-lo mediante estruturas de racionalidade pautadas em modelos reificados, o que traz obstáculos para que algumas das suas demandas éticas e jurídicas sejam alcançadas. Para tanto, apresenta-se como objetivo geral analisar, contrapostamente aos pleitos políticos e jurídicos do movimento internacional intersex, o discurso empregado pela construção racional da teoria e da prática biomédica diante das doenças que se convencionou chamar pelo termo “anomalias da diferenciação sexual”. Nesse ínterim, investiga-se em que medida esse esquema viola direitos e impossibilita um efetivo reconhecimento dos intersexuais. Em relação aos objetivos específicos, busca-se, inicialmente, conceituar a noção de reificação em meio às bases teóricas que compõem o sentido trazido por Axel Honneth e a relação do termo com a noção do autor de reconhecimento. Ainda, propõe-se contextualizar a emergência e evolução histórica da prática médica diante do fenômeno e firmar alguns dos preceitos que compõem o que pode se chamar de “racionalidade biomédica”. Além disso, apresenta-se como propósito situar um pouco da apresentação do estado da arte da conquista dos direitos intersex, com especial ênfase à Colômbia e à Austrália. A fim de alcançar esses propósitos, aplica-se como método de abordagem a Teoria de Representação dos Atores Sociais do linguista Theo van Leeuwen (2008), a qual se constitui em modelo crítico de análise do discurso. / The present work is carried out through an analytical contrast of the criticisms brought by the international political movements and social scientists of the "intersex issue" to the way in which the biomedical practices and discourses are based on reified – according to Axel Honneth –forms of rationality set to deal with intersex subjects. At this point, it is questioned to what extent this modus operandi hinders the recognition and realization of intersex rights. As a consequence, it is hypothesized that the medical notions underlying the treatments and care for the intersex "patient" end up by objectifying it through structures of rationality based on reified models, which causes obstacles to some of their ethical and legal demands. In order to do so, it is a general objective to analyze, in opposition to the political and juridical questions of the intersex international movement, the discourse used by the rational construction of biomedical theory and practice in the face of the diseases that are conventionally called the "anomalies or disorders of sexual differentiation". In the meantime, it is investigated to what extent this scheme violates rights and makes impossible the effective recognition of intersexuals. In relation to the specific objectives, it is intended, initially, to conceptualize the notion of reification on the theoretical bases that compose the sense brought by Axel Honneth, as well as the relation of the term with his notion of recognition. Moreover, it is proposed to contextualize the emergence and historical evolution of medical practice in the face of the phenomenon and to establish some of the precepts that make up what can be called "biomedical rationality". In addition, it is proposed to situate some of the state of the art of the conquest of intersex rights, with special emphasis on Colombia and Australia. In order to achieve these aims, the theory of representation of social actors of the linguist Theo van Leeuwen (2008), which constitutes a critical model of discourse analysis, is applied as a method of approach.
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Intersexo e Identidade: História de um corpo reconstruído / Intersex and identity : history of a reconstructed body

Lima, Shirley Acioly Monteiro de 28 November 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T13:31:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 shirley acioly.pdf: 369979 bytes, checksum: dd2ee7e5cb84b0ba6999717aa06d5e64 (MD5) Previous issue date: 2007-11-28 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Intersex and identity: history of a reconstructed body is a Social Psychology study on the issue of the intersex identity and focuses on the process of reconstruction of self of a individual that had collated with situations that implied in the revision of its individuality, social identity and conscience of itself . Its hypothesis is of that the fight of the intersex people represents the attempt to exceed the stigma of a biological load interpreted as problematic and to establish a more favorable relation with the social environment. These individuals search to define a new social space and to conquer autonomy on its lives; they want to leave the confinement imposed for the shame and isolation which they are submitted and to be able to decide who they are. To answer to the research question - and considering the gap in national studies referring to the study of subjectivity in the intersexuality - I used as methodology of study the narrative of life history of a person diagnosed with genital ambiguity to allow the understanding of the process of social reconstruction of its body since, to change a body, to agree or not with the social demands should be in accord with the intentions, initiatives and pretensions of the person that recognizes her/himself (or not) in its alive body, once this body is organic substratum in which the personal existence incarnates / Intersexo e identidade: história de um corpo reconstruído é um estudo de Psicologia Social sobre a questão da identidade do intersexo e enfoca o processo de reconstrução do eu de um indivíduo que se confrontou com situações que implicaram na revisão de sua individualidade, identidade social e consciência de si mesmo. Sua hipótese é a de que a luta das pessoas intersexo representa a tentativa de ultrapassar o estigma de uma carga biológica interpretada como problemática e estabelecer uma relação com o meio social que lhes seja mais favorável. Esses indivíduos buscam definir um novo espaço social e conquistar autonomia sobre suas vidas; querem sair do confinamento imposto pela vergonha e isolamento ao qual são submetidas e poder decidir quem são. Para responder à questão da pesquisa - e considerando a lacuna em estudos nacionais referentes à subjetividade no estudo da intersexualidade - utilizei como metodologia o estudo de narrativa de história de vida de sujeito diagnosticado com ambigüidade genital para permitir a compreensão do processo de reconstrução social de seu corpo, pois mudar um corpo, dizer sim ou não às demandas sociais deveria estar em consonância com as intenções, iniciativas e pretensões da pessoa que se reconhece (ou não) em seu corpo vivo, posto que este corpo é o substrato orgânico no qual a existência pessoal se encarna
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Olhar fonoaudiológico sobre as anomalias da diferenciação sexual: um estudo exploratório

Galli, Daniela Martins 26 February 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T18:12:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Daniela Martins Galli.pdf: 866653 bytes, checksum: 03cc358fbf91f1908432a864f05858c3 (MD5) Previous issue date: 2009-02-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This issue encompasses a bibliography exploratory study on the Disorders of Sexual Development (DSD). Its goal is to describe, analyze and systematize information on such disorders, especially in terms of ways of conceiving them and treating them to subsidize and give the speech support approach with this profile, through multi-and interdisciplinary teams. DSD questions, throughout life, organizational issues, sexuality and psychological constitution, including developments affecting the speech work for language sequels and damages often occur (oral and/or writing), in the voice and hearing. This issue was motivated by concerns and questions arising from clinical practice with patients with DSD. In the light of the lack of speech therapy studies on the subject, it was decided to make from clinical inquiries the axis of an initial systematization of the original (specialized) literature, introducing their questions to speech therapists, as well as highlighting the relevance of their work in this field. The literature points out the severe organic problems of DSD (genetic, hormonal, etc.), regarding distress and suffering of parents and patients due to the controversial, complex and multifaceted condition that overcome problems related to human sexuality. Ultimately, the problem surrounding these anomalies sets itself as a generating field of disorders of various sources: affective-related, organizational, communication, among others; which demands from health professionals specific training, standpoint, clinical listening and teamwork / Esta dissertação compreende um estudo bibliográfico exploratório sobre as anomalias da diferenciação sexual (ADS). Seus objetivos são descrever, analisar e sistematizar informações sobre tais anomalias, sobretudo em termos dos modos de concebê-las e tratá-las, para subsidiar e fundamentar a atuação fonoaudiológica com esses quadros, em equipes multi e interdisciplinares. As ADS põem em xeque, ao longo da vida, questões orgânicas, de sexualidade e de constituição psíquica, inclusive com desdobramentos que afetam o trabalho fonoaudiológico, pois, com frequência, ocorrem comprometimentos ou sequelas na linguagem (oral e/ou escrita), na voz e na audição. A pesquisa foi motivada por inquietações e questionamentos advindos da prática clínica com pacientes portadores de ADS. Em função da escassez de estudos fonoaudiológicos sobre o assunto, decidiu-se por fazer das indagações clínicas o eixo de uma sistematização inicial da literatura especializada, introduzindo suas questões aos fonoaudiólogos, bem como apontando a pertinência de seu trabalho nesse campo. A literatura aponta para os severos problemas orgânicos das ADS (genéticos, hormonais, etc.), para a angústia e o sofrimento de pais e pacientes, em função da condição polêmica, complexa e multifacetada que contorna os problemas ligados à sexualidade humana. Em última análise, a problemática em torno dessas anomalias configura-se como campo gerador de transtornos de diversas ordens: afetivo-relacional, orgânica, comunicacional, entre outras; o que demanda, dos profissionais da saúde, formação específica, posicionamento, escuta clínica e trabalho em equipe
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Hiperplasia adrenal congênita: Quando o sexo precisa ser diagnosticado. Um estudo qualitativo com médicos, pacientes e familiares / Congenital adrenal hyperplasia: When sex needs to be diagnosed. A qualitative study with physicians, patients and parents

Silveira, Mariana Telles [UNIFESP] 25 March 2009 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:50:18Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2009-03-25 / O panorama atual do tratamento de pacientes com Anomalias da Diferenciação Sexual (ADS) apresenta o desafio de colocarmos frente a frente o saber do médico e o do paciente e/ou seus familiares — discursos diferentes — de tal forma que estes saberes possam ser escutados. O intuito geral deste trabalho foi o de identificar as angústias, dúvidas e ansiedades dos pacientes e seus pais, bem como da equipe médica que os assiste. O objetivo específico do trabalho foi fazer uma avaliação do que se passava nas entrelinhas do atendimento, para compreender o que o paciente e o familiar entendem ou não entendem sobre atendimento médico e vice-versa. Para isso, foram ouvidos sete médicos especialistas de cinco instituições do Sistema Único de Saúde (SUS), nove familiares e seis pacientes portadores de hiperplasia adrenal congênita (HAC) por deficiência de 21-hidroxilase. / The current scenario regarding treatment of patients with Anomalies of Sex Differentiation (ASD) brings the challenge to put face-to-face the medical knowledge and their patients and/or relatives acquaintance — distinct speeches — so that both these knowledges need to be heard. The general purpose of this work was to identify the anguishes, doubts, distress, and anxieties from patients and their parents, as well as from the medical team that attend them. The specific aim was to evaluate the scenario beyond the medical service in order to appreciate what patients and parents understand or do not understand within the medical attendance and vice-versa. Therefore, interviews were conducted to hear seven specialist physicians from five institutions among the “Sistema Único de Saúde” (SUS), nine parents and six patients bearing the 21-hydroxylase deficiency form of congenital adrenal hyperplasia (CAH). / TEDE / BV UNIFESP: Teses e dissertações

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