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A construção do Estado chavista: a influência bolivarianaFeitosa, Nabupolasar Alves 28 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-03-28 / The present work, entitled The construction of the chavista State: the bolivarian influence, was done with the aim of analysing the process by which the political ideas produced in the past by Simón Bolívar were recovered and instrumentalized by Hugo Chávez under new historical circumstances. With the use of Simón Bolívar s historical figure as justification for his acts, Hugo Chávez s governing style varied in such a manner that it was possible to identify three periods during the 14 years as leader of the Venezuelan State. In each of theses periods, the way Chávez used the State to relate himself with society changed, and eventually He constructed what is called here the chavista State. The leading hypothesis in this work asserts that Chávez, using Bolívar as justification, took a political track in a growing dispute that ended up by creating a strong State, capitalist, socially oriented, with great concentration of Power in Hugo Chávez s hands, and with persecution against political adversaries or anyone that could oppose the chavista power project. To go through this hypothesis, a qualitative research was done, based also on many official data about the economic and social situation in Venezuela, besides a broad bibliographical research. The thesis holds its fundaments in Karl Marx's The Eighteenth Brumaire of Louis Napoleon, in the understanding of bonapartism, which characterizes the chavista way of acting, and Nico poulantzas State, Power, Socialism, that offers a theory about the substitution of the power block as a result of the struggles between the class fractions. This way, with the study of Simón Bolívar s political thinking and Hugo Chávez s political formation and his acts as president of the Republic, it became clear that in Venezuela there was no revolution, for the capitalist characteristics remain in the Venezuelan economy, and the taking of the State by the working class did not occur, but only an exchange of the power block, with the military predominance as a hegemonic class. As a result of Hugo Chávez s phisical disappearence, the decadence of the chavista State started, with a tendency to extinction, due to the absence of Chávez s charisma, his ability to reconcile inner interests inside the chavista movement, and because of the economic crisis which devastates the country / O presente trabalho, intitulado A construção do Estado chavista: a influência
bolivariana, foi realizado com o objetivo de analisar o processo pelo qual as idéias
políticas produzidas no passado por Simón Bolívar foram recuperadas e
instrumentalizadas por Hugo Chávez sob novas circunstâncias históricas. Com o uso da
figura histórica de Simón Bolívar como justificativa para suas ações, o estilo de
governar de Hugo Chávez variou de tal maneira que foi possível identificar três
períodos distintos durante os 14 anos em que esteve à frente do Estado venezuelano. Em
cada um desses períodos, a forma como Chávez usava o Estado para se relacionar com a
sociedade ia mudando, até que finalmente construíu o que se denomina aqui de Estado
chavista. A hipótese norteadora desse trabalho sustenta que Chávez, utilizando-se de
Bolívar como justificativa, caminhou politicamente num crescente de disputa política
que culminou em um Estado forte, capitalista, de orientação social, com grande
concentração de poder na pessoa de Hugo Chávez, e com perseguição a adversários
políticos ou qualquer um que se opusesse ao projeto chavista de poder. Para responder a
essa hipótese, foi feita uma pesquisa qualitativa, sustentada também por muitos dados
oficiais sobre a situação da sociedade e da economia venezuelanas, além de uma ampla
pesquisa bibliográfica. A tese teve como base o 18 Brumário de Luís Bonaparte, de
Karl Marx, na compreensão do bonapartismo, que caracteriza o modo de agir chavista, e
a obra O Estado, O Poder, O Socialismo, de Nicos Poulantzas, que teoriza a respeito da
substituição do bloco no poder como resultado das lutas entre as frações de classe.
Dessa forma, com o estudo do pensamento político de Simón Bolívar e da formação
ideológica de Hugo Chávez, somados seus aos atos enquanto Presidente da República,
ficou patente que na Venezuela não houve revolução, pois permaneceram os traços
capitalistas da economia venezuelana, e não ocorreu a tomada do Estado pela classe
trabalhadora, tendo existido apenas a mudança do bloco no poder, com predominância
dos militares como classe hegemônica. Com o desaparecimento físico de Hugo Chávez,
iniciou-se a decadência do Estado chavista, com tendência ao desaparecimento em
virtude da ausência do carisma de Chávez, da sua habilidade de conciliar interesses
internos ao chavismo, e em razão da crise econômica que assola o país
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A construção do Estado chavista: a influência bolivarianaFeitosa, Nabupolasar Alves 28 March 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-03-28 / The present work, entitled The construction of the chavista State: the bolivarian influence, was done with the aim of analysing the process by which the political ideas produced in the past by Simón Bolívar were recovered and instrumentalized by Hugo Chávez under new historical circumstances. With the use of Simón Bolívar s historical figure as justification for his acts, Hugo Chávez s governing style varied in such a manner that it was possible to identify three periods during the 14 years as leader of the Venezuelan State. In each of theses periods, the way Chávez used the State to relate himself with society changed, and eventually He constructed what is called here the chavista State. The leading hypothesis in this work asserts that Chávez, using Bolívar as justification, took a political track in a growing dispute that ended up by creating a strong State, capitalist, socially oriented, with great concentration of Power in Hugo Chávez s hands, and with persecution against political adversaries or anyone that could oppose the chavista power project. To go through this hypothesis, a qualitative research was done, based also on many official data about the economic and social situation in Venezuela, besides a broad bibliographical research. The thesis holds its fundaments in Karl Marx's The Eighteenth Brumaire of Louis Napoleon, in the understanding of bonapartism, which characterizes the chavista way of acting, and Nico poulantzas State, Power, Socialism, that offers a theory about the substitution of the power block as a result of the struggles between the class fractions. This way, with the study of Simón Bolívar s political thinking and Hugo Chávez s political formation and his acts as president of the Republic, it became clear that in Venezuela there was no revolution, for the capitalist characteristics remain in the Venezuelan economy, and the taking of the State by the working class did not occur, but only an exchange of the power block, with the military predominance as a hegemonic class. As a result of Hugo Chávez s phisical disappearence, the decadence of the chavista State started, with a tendency to extinction, due to the absence of Chávez s charisma, his ability to reconcile inner interests inside the chavista movement, and because of the economic crisis which devastates the country / O presente trabalho, intitulado A construção do Estado chavista: a influência
bolivariana, foi realizado com o objetivo de analisar o processo pelo qual as idéias
políticas produzidas no passado por Simón Bolívar foram recuperadas e
instrumentalizadas por Hugo Chávez sob novas circunstâncias históricas. Com o uso da
figura histórica de Simón Bolívar como justificativa para suas ações, o estilo de
governar de Hugo Chávez variou de tal maneira que foi possível identificar três
períodos distintos durante os 14 anos em que esteve à frente do Estado venezuelano. Em
cada um desses períodos, a forma como Chávez usava o Estado para se relacionar com a
sociedade ia mudando, até que finalmente construíu o que se denomina aqui de Estado
chavista. A hipótese norteadora desse trabalho sustenta que Chávez, utilizando-se de
Bolívar como justificativa, caminhou politicamente num crescente de disputa política
que culminou em um Estado forte, capitalista, de orientação social, com grande
concentração de poder na pessoa de Hugo Chávez, e com perseguição a adversários
políticos ou qualquer um que se opusesse ao projeto chavista de poder. Para responder a
essa hipótese, foi feita uma pesquisa qualitativa, sustentada também por muitos dados
oficiais sobre a situação da sociedade e da economia venezuelanas, além de uma ampla
pesquisa bibliográfica. A tese teve como base o 18 Brumário de Luís Bonaparte, de
Karl Marx, na compreensão do bonapartismo, que caracteriza o modo de agir chavista, e
a obra O Estado, O Poder, O Socialismo, de Nicos Poulantzas, que teoriza a respeito da
substituição do bloco no poder como resultado das lutas entre as frações de classe.
Dessa forma, com o estudo do pensamento político de Simón Bolívar e da formação
ideológica de Hugo Chávez, somados seus aos atos enquanto Presidente da República,
ficou patente que na Venezuela não houve revolução, pois permaneceram os traços
capitalistas da economia venezuelana, e não ocorreu a tomada do Estado pela classe
trabalhadora, tendo existido apenas a mudança do bloco no poder, com predominância
dos militares como classe hegemônica. Com o desaparecimento físico de Hugo Chávez,
iniciou-se a decadência do Estado chavista, com tendência ao desaparecimento em
virtude da ausência do carisma de Chávez, da sua habilidade de conciliar interesses
internos ao chavismo, e em razão da crise econômica que assola o país
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A educação popular na América Latina: um estudo comparado do pensamento social de Simón Rodríguez (Venezuela, 1771-1854) e Antônio Carneiro Leão (Brasil, 1887-1966)GONÇALVES, Micheli Suellen Neves 26 June 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta pesquisa aborda como temática a Educação Popular em Simón Rodríguez (1771-1854) e Antônio Carneiro Leão (1887-1966), intelectuais da América Latina. A questão norteadora deste processo investigativo é: no contexto de estruturação dos Estados-nação latinoamericanos,
como os intelectuais Simón Rodríguez e Antônio Carneiro Leão pensavam a Educação popular? Como hipóteses, entendemos que: 1) Estes intelectuais tecem fios tênues que auxiliaram na significação do conceito de Educação Popular na atualidade, seja por meio
da negação seja pela defesa de princípios que atualmente permeiam a conceituação da Educação Popular, ainda que o sentido atribuído à Educação Popular por eles à época não correspondam exatamente à significação presente; 2) Simón Rodríguez e Antônio Carneiro Leão, mesmo de lugares diferentes, um na Venezuela, outro no Brasil, expressaram em suas obras pensamentos com certas semelhanças no que tange à ideia de Educação Popular na América Latina. Com base na questão e hipóteses apresentadas adotou-se como objetivo geral: analisar, por meio do estudo comparado do pensamento social e da teoria descolonial, as formulações de Educação Popular em Simón Rodríguez e Antônio Carneiro Leão, com vistas a sua relação com o contexto latino-americano. Como objetivos específicos, definiu-se: a) contextualizar o conjunto de obras de Simón Rodríguez e Antônio Carneiro Leão,
enfatizando os escritos sobre educação, particularmente os enunciados que tratam da idéia de Educação Popular; b) situar o pensamento dos autores no contexto histórico mais geral de seus países; c) analisar as concepções teóricas de Simón Rodríguez (exemplo de pensamento venezuelano) e compará-las com as concepções teóricas de Antônio Carneiro Leão (um exemplo de pensamento brasileiro), de modo a verificar quais os pontos convergentes e divergentes sobre a ideia de Educação Popular; d) Compreender as implicações da proposta
de Educação Popular de Simón Rodríguez e Antônio Carneiro Leão para o movimento educacional latino-americano. No plano teórico-metodológico, a pesquisa se fundamenta na História Cultural (representações sociais e lutas de representações), na História Intelectual
(memória coletiva e utilizagens mentais) e na Teoria Descolonial (exterioridade). Os
resultados revelam que Simón Rodríguez e Carneiro Leão ao apontarem no século XIX e
início do século XX a necessidade de valorização cultural das classes populares se aproximam
significativamente das concepções de educação popular na atualidade. Também indicam uma
similitude entre a realidade colonial hispanoamericana e a realidade luso-brasileira que
aproximam essas concepções. Resguardadas as nuances históricas dos países em que
nasceram e viveram os autores estudados, constatou-se que estes compreendem a educação
como um instrumental imprescindível para a superação da colonização e, portanto, de
consolidação da independência política, econômica e cultura do continente. Ao incursionar
pela obra dos autores, sob um olhar regido pela Teoria Descolonial, identificamos que o
Liberalismo, o Positivismo e as Teorias Raciais produzidos no Ocidente europeu
fundamentaram o pensamento intelectual de Simón Rodríguez e Carneiro Leão, mas
assumiram outras dimensões ao serem pensadas em meio às experiências vividas pelos
autores no continente americano. Sensíveis ao sofrimento de uma população mestiça que não
mais poderia viver fora dos parâmetros da modernidade, esses autores, que destacam a
educação como um instrumental necessário à libertação política, econômica e cultural da
América Latina, defendem, na teoria e na prática, um projeto educacional que fosse capaz de
salvaguardar venezuelanos e brasileiros das marcas deixadas pela colonização. / This research addresses how thematic Popular Education in Simón Rodríguez (1771-1854)
and Antonio Carneiro Leão (1887-1966), intellectuals in Latin America. The basic question
that guided the research process can be summarized in the following question: in the context
of structuring the nation-states of Latin America, how the intellectuals Simón Rodríguez and
Antonio Carneiro Leao thought Popular Educational? As hypotheses, we understand that: 1)
These intellectuals weave fragile wires that assisted in the meaning of the concept of Popular
Education presently, either through negation or the defense of principles that currently
permeate the conceptualization of Popular Education, though the meaning attributed to
Popular Education by them in that time do not correspond exactly to this meaning; 2) Simón
Rodríguez and Antonio Carneiro Leão, even from different places, one in Venezuela, one in
Brazil, expressed in his works thoughts with certain similarities regarding the idea of Popular
Education in Latin America. Based on the question and hypotheses presented was adopted as
a general objective: to analyze, through the comparative study of social thought and
decolonial theory, the formulations of Popular Education in Simón Rodríguez and Antonio
Carneiro Leão, with a view to its relationship with the context of Latin American. As specific
objectives, were defined: a) to contextualize the whole works of Simón Rodríguez and
Antonio Carneiro Leão, emphasizing the writings on education, particularly the statements
that deal with the idea of Popular Education; b) to place the thought of the authors in
historical context more general in their countries; c) to analyze the theoretical concepts of
Simón Rodríguez (as example of Venezuelan thought) and compare them with the theoretical
conceptions of Antônio Carneiro Lion (an example of Brazilian thought), to verify which
convergent and divergent points on the idea of popular education; d) to understand the
implications of the Popular Education proposal of Simón Rodríguez and Antonio Carneiro
Leão for the Latin American educational movement. The theoretical-methodological research
is based on the Cultural History (social representations and struggles representations), in
Intellectual History (collective memory, mental utilizations), and Decolonial Theories
(Externality). Preliminary results show that Simón Rodríguez and Carneiro Leão when
pointed in the nineteenth and early twentieth century the need for cultural appreciation of the
popular classes approach significantly conceptions of popular education nowadays. Also
indicate a similarity between the Spanish-American and Luso-Brazilian colonial reality
approaching these conceptions. Protected the historical nuances of the countries where were
born and lived the authors studied, it was found that these comprehend education as an
essential instrument for overcoming colonization and therefore consolidation of political,
economic and culture independence of the continent. As you go into the work of the authors,
under look even governed by Decolonial Theory, we identified that Liberalism, Positivism
and Racial Theories produced in the Western Europe substantiated the intellectual thought of
Simon Rodriguez and Antonio Carneiro Leão, but took on other dimensions to be thought
among the experiences of the authors in the American continent. Sensitive to the suffering of
a mixed population who could no longer live outside the parameters of modernity, these
authors, highlighting education as a necessary instrument for political liberation, economic
and cultural development of Latin America, they defend, in theory and in practice, an
education project to be able to safeguard the Venezuelan and Brazilian of marks left by
colonization.
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A história no banco dos réus : leis de impunidade, memória da repressão política e as decisões da Suprema Corte na Argentina e no BrasilGallo, Carlos Artur January 2016 (has links)
No contexto da Guerra Fria, o Brasil e a Argentina tiveram suas estruturas de poder ocupadas por ditaduras civis-militares alinhadas aos preceitos da Doutrina de Segurança Nacional (DSN). Impactando na organização política, social, cultural e econômica dos países referidos, os militares no poder foram responsáveis por um incremento no uso da violência, de modo que, como saldo da repressão há um número significativo de pessoas que foram presas, torturadas, mortas e/ou desaparecidas por agentes da repressão. Em junho de 2005, na Argentina, e em abril de 2010, no Brasil, a Corte Suprema desses países levou a julgamento causas que tratavam da possibilidade de processar e punir os envolvidos nos crimes cometidos pelo aparato repressivo, sendo produzidas decisões bastante diferentes: na Corte Suprema de Justicia de la Nación (CSJN), a maioria dos Ministros declarou a nulidade das “leis de impunidade”, uma vez que mantê-las contrariaria a normativa internacional dos direitos humanos vigente; no Supremo Tribunal Federal (STF), também pela maioria dos votos, foi decidido que a interpretação de que a Lei da Anistia de 1979 havia anistiado aos repressores era correta e estava de acordo com a nova Constituição. Tendo esses elementos como ponto de partida, esta tese analisou o impacto que os processos de transição brasileiro e argentino tiveram no novo cenário político iniciado com o fim dessas ditaduras. Fazendo uso do método comparado de análise, a pesquisa parte do pressuposto de que o modo como se deu a transição (mais negociada ou mais abrupta) repercute na manutenção de legados autoritários na nova democracia, influenciando na forma como o Judiciário se manifesta sobre questões relacionadas à punição das violações aos direitos humanos praticadas pela ditadura. Em síntese, a comparação dos casos selecionados para este estudo permitiu observar que o tipo de transição ocorrido impactou, de fato, no modo como uma agenda política sobre o tema das violações foi elaborada nesses países. No contexto argentino, onde se deu uma transição abrupta, as elites civis e militares no poder tiveram sua capacidade de resguardar garantias políticas duradouras reduzida e foi fortalecida a causa dos direitos humanos. No caso brasileiro, onde ocorreu uma transição bastante negociada, os termos dos pactos que garantiram a saída das Forças Armadas do poder puderam ser mantidos em longo prazo, sendo reforçados por um conjunto de legados autoritários que garantem a impunidade dos envolvidos com a repressão. Ainda que mudanças conjunturais possam repercutir no estabelecimento de políticas de memória em cada contexto, tendo em vista que, mesmo na Argentina, a trajetória dessas políticas específicas foi marcada por avanços e recuos, é fato que, em contextos como o brasileiro, é mais difícil formular políticas sobre o tema, uma vez que não se realize uma ruptura com resquícios da ditadura que se mantêm convivendo com a democracia. / In the context of the Cold War, Brazil and Argentina had their power structures occupied by civilians and military dictatorships aligned with the requirements of National Security Doctrine (NSD). Impacting the political, social, cultural and economic organization of these countries, the military in power were responsible for more use of violence, so that, as the balance of the repression there is a significant number of people who were arrested, tortured, killed and/or disappeared by agents of repression. In June 2005, in Argentina, and in April 2010, in Brazil, the Supreme Court of these countries put on trial cases that addressed the possibility of prosecuting and punishing those involved in the crimes committed by the repressive apparatus, several decisions being produced: in the Supreme Court de Justicia de la Nación (SCJN), most Ministers declared the nullity of "impunity laws", since keeping them contrary to international rules of the current human rights; the Federal Supreme Court (FSC), also by majority vote, it was decided that the interpretation of the Amnesty Law of 1979 had pardoned the repressors was correct and was in accordance with the new Constitution. Taking these elements as a starting point, this thesis analyzed the impact that the Brazilian transition and Argentina had the new political scene started with the end of these dictatorships. Making use of the comparative method of analysis, the research assumes how the transition was (most traded or most abrupt) affects the maintenance of authoritarian legacy in the new democracy, influencing the way the judiciary manifests about issues related to the punishment of human rights violations committed by the dictatorship. In summary, comparison of the cases selected for this study allowed us to observe that the type of transition occurred impacted, in fact, the way a political agenda about the subject of violations was developed in these countries. In the Argentine context, where there was an abrupt transition, civilian and military elites in power had their capacity reduced to safeguard permanent political guarantees and it was strengthened the cause of human rights. In Brazil, where there was a transition fairly negotiated, the terms of the agreement that ensured the output of the Armed Forces from the power could be maintained in the long run, they were reinforced by a set of authoritarian legacies that guarantee the impunity of those involved in the repression. Although changes may reflect the establishment of memory policies in each context, given that even in Argentina, the trajectory of these specific policies was marked by advances and retreats, the fact is that, in contexts such as Brazil, it is more difficult to formulate policies about the topic, since it is not carried out a break with remnants of the dictatorship remain living with democracy. / Durante la Guerra Fría, Brasil y Argentina tuvieron sus estructuras de poder ocupadas por dictaduras cívico-militares vinculadas a la Doctrina de Seguridad Nacional (DSN). Teniendo impacto en la organización política, social, cultural y económica de los dos países mencionados, los militares en el poder fueron responsables por incrementar la aplicación de la violencia, de manera que, como saldo de la represión, hay un número significativo de personas que fueron detenidas, torturadas, muertas y/o desaparecidas por los agentes de la represión. En junio de 2005, en Argentina, y en abril de 2010, en Brasil, la Corte Suprema de estos países ha llevado a juicio casos sobre las posibilidades de procesar y punir a los involucrados en los crímenes del aparato represivo, siendo producidas decisiones muy diferentes: la Corte Suprema de Justicia de la Nación (CSJN) ha declarado, por la mayoría de los votos de sus Ministros, la nulidad de las “leyes de impunidad”, una vez que mantenerlas era algo contrario a la normativa internacional de derechos humanos vigente; el Supremo Tribunal Federal (STF), al contrario, ha declarado, también por la mayoría de los votos, que la interpretación de que la Ley de Amnistía de 1979 había amnistiado a los represores era correcta y estaba de acuerdo con la nueva Constitución. Impartiéndose de esos elementos, esta tesis hace un análisis del impacto de los procesos de transición a la democracia en el nuevo escenario político empezado con el final de las dictaduras. Aplicando el método comparado, la investigación plantea que la manera como se ha desarrollado la transición (más negociada o más abrupta) repercute en la manutención de legados autoritarios en la nueva democracia, reflejando en el modo como el Poder Judicial va a manifestarse sobre la punición de las violaciones a los derechos humanos llevadas a cabo por la dictadura. En síntesis, la comparación de los juicios ha permitido observar que el modelo de transición ha impactado, de hecho, en la manera como fue elaborada una agenda política sobre las violaciones en estos países. En Argentina, donde ocurrió una transición abrupta, las élites civiles y militares en el poder tuvieron minimizada su capacidad de resguardar garantías políticas duraderas, haciéndose fuerte en este contexto la causa de los derechos humanos. En Brasil, la transición ha sido muy negociada, de manera que los términos de los pactos que han garantizado que las Fuerzas Armadas dejarían al poder pudieron mantenerse en el nuevo régimen, siendo fortalecidos por un conjunto de legados autoritarios que sostienen la impunidad de los involucrados con la represión. Aunque cambios de contexto puedan generar impacto en el establecimiento de políticas de memoria en cada país, como se puede verificar en el caso argentino, donde la trayectoria de esas políticas está marcada por avances y retrocesos, queda evidente que, en países como Brasil, es más complicado formular políticas sobre la temática en cuanto no se realice una ruptura con fragmentos de la dictadura que se mantienen en la democracia.
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A história no banco dos réus : leis de impunidade, memória da repressão política e as decisões da Suprema Corte na Argentina e no BrasilGallo, Carlos Artur January 2016 (has links)
No contexto da Guerra Fria, o Brasil e a Argentina tiveram suas estruturas de poder ocupadas por ditaduras civis-militares alinhadas aos preceitos da Doutrina de Segurança Nacional (DSN). Impactando na organização política, social, cultural e econômica dos países referidos, os militares no poder foram responsáveis por um incremento no uso da violência, de modo que, como saldo da repressão há um número significativo de pessoas que foram presas, torturadas, mortas e/ou desaparecidas por agentes da repressão. Em junho de 2005, na Argentina, e em abril de 2010, no Brasil, a Corte Suprema desses países levou a julgamento causas que tratavam da possibilidade de processar e punir os envolvidos nos crimes cometidos pelo aparato repressivo, sendo produzidas decisões bastante diferentes: na Corte Suprema de Justicia de la Nación (CSJN), a maioria dos Ministros declarou a nulidade das “leis de impunidade”, uma vez que mantê-las contrariaria a normativa internacional dos direitos humanos vigente; no Supremo Tribunal Federal (STF), também pela maioria dos votos, foi decidido que a interpretação de que a Lei da Anistia de 1979 havia anistiado aos repressores era correta e estava de acordo com a nova Constituição. Tendo esses elementos como ponto de partida, esta tese analisou o impacto que os processos de transição brasileiro e argentino tiveram no novo cenário político iniciado com o fim dessas ditaduras. Fazendo uso do método comparado de análise, a pesquisa parte do pressuposto de que o modo como se deu a transição (mais negociada ou mais abrupta) repercute na manutenção de legados autoritários na nova democracia, influenciando na forma como o Judiciário se manifesta sobre questões relacionadas à punição das violações aos direitos humanos praticadas pela ditadura. Em síntese, a comparação dos casos selecionados para este estudo permitiu observar que o tipo de transição ocorrido impactou, de fato, no modo como uma agenda política sobre o tema das violações foi elaborada nesses países. No contexto argentino, onde se deu uma transição abrupta, as elites civis e militares no poder tiveram sua capacidade de resguardar garantias políticas duradouras reduzida e foi fortalecida a causa dos direitos humanos. No caso brasileiro, onde ocorreu uma transição bastante negociada, os termos dos pactos que garantiram a saída das Forças Armadas do poder puderam ser mantidos em longo prazo, sendo reforçados por um conjunto de legados autoritários que garantem a impunidade dos envolvidos com a repressão. Ainda que mudanças conjunturais possam repercutir no estabelecimento de políticas de memória em cada contexto, tendo em vista que, mesmo na Argentina, a trajetória dessas políticas específicas foi marcada por avanços e recuos, é fato que, em contextos como o brasileiro, é mais difícil formular políticas sobre o tema, uma vez que não se realize uma ruptura com resquícios da ditadura que se mantêm convivendo com a democracia. / In the context of the Cold War, Brazil and Argentina had their power structures occupied by civilians and military dictatorships aligned with the requirements of National Security Doctrine (NSD). Impacting the political, social, cultural and economic organization of these countries, the military in power were responsible for more use of violence, so that, as the balance of the repression there is a significant number of people who were arrested, tortured, killed and/or disappeared by agents of repression. In June 2005, in Argentina, and in April 2010, in Brazil, the Supreme Court of these countries put on trial cases that addressed the possibility of prosecuting and punishing those involved in the crimes committed by the repressive apparatus, several decisions being produced: in the Supreme Court de Justicia de la Nación (SCJN), most Ministers declared the nullity of "impunity laws", since keeping them contrary to international rules of the current human rights; the Federal Supreme Court (FSC), also by majority vote, it was decided that the interpretation of the Amnesty Law of 1979 had pardoned the repressors was correct and was in accordance with the new Constitution. Taking these elements as a starting point, this thesis analyzed the impact that the Brazilian transition and Argentina had the new political scene started with the end of these dictatorships. Making use of the comparative method of analysis, the research assumes how the transition was (most traded or most abrupt) affects the maintenance of authoritarian legacy in the new democracy, influencing the way the judiciary manifests about issues related to the punishment of human rights violations committed by the dictatorship. In summary, comparison of the cases selected for this study allowed us to observe that the type of transition occurred impacted, in fact, the way a political agenda about the subject of violations was developed in these countries. In the Argentine context, where there was an abrupt transition, civilian and military elites in power had their capacity reduced to safeguard permanent political guarantees and it was strengthened the cause of human rights. In Brazil, where there was a transition fairly negotiated, the terms of the agreement that ensured the output of the Armed Forces from the power could be maintained in the long run, they were reinforced by a set of authoritarian legacies that guarantee the impunity of those involved in the repression. Although changes may reflect the establishment of memory policies in each context, given that even in Argentina, the trajectory of these specific policies was marked by advances and retreats, the fact is that, in contexts such as Brazil, it is more difficult to formulate policies about the topic, since it is not carried out a break with remnants of the dictatorship remain living with democracy. / Durante la Guerra Fría, Brasil y Argentina tuvieron sus estructuras de poder ocupadas por dictaduras cívico-militares vinculadas a la Doctrina de Seguridad Nacional (DSN). Teniendo impacto en la organización política, social, cultural y económica de los dos países mencionados, los militares en el poder fueron responsables por incrementar la aplicación de la violencia, de manera que, como saldo de la represión, hay un número significativo de personas que fueron detenidas, torturadas, muertas y/o desaparecidas por los agentes de la represión. En junio de 2005, en Argentina, y en abril de 2010, en Brasil, la Corte Suprema de estos países ha llevado a juicio casos sobre las posibilidades de procesar y punir a los involucrados en los crímenes del aparato represivo, siendo producidas decisiones muy diferentes: la Corte Suprema de Justicia de la Nación (CSJN) ha declarado, por la mayoría de los votos de sus Ministros, la nulidad de las “leyes de impunidad”, una vez que mantenerlas era algo contrario a la normativa internacional de derechos humanos vigente; el Supremo Tribunal Federal (STF), al contrario, ha declarado, también por la mayoría de los votos, que la interpretación de que la Ley de Amnistía de 1979 había amnistiado a los represores era correcta y estaba de acuerdo con la nueva Constitución. Impartiéndose de esos elementos, esta tesis hace un análisis del impacto de los procesos de transición a la democracia en el nuevo escenario político empezado con el final de las dictaduras. Aplicando el método comparado, la investigación plantea que la manera como se ha desarrollado la transición (más negociada o más abrupta) repercute en la manutención de legados autoritarios en la nueva democracia, reflejando en el modo como el Poder Judicial va a manifestarse sobre la punición de las violaciones a los derechos humanos llevadas a cabo por la dictadura. En síntesis, la comparación de los juicios ha permitido observar que el modelo de transición ha impactado, de hecho, en la manera como fue elaborada una agenda política sobre las violaciones en estos países. En Argentina, donde ocurrió una transición abrupta, las élites civiles y militares en el poder tuvieron minimizada su capacidad de resguardar garantías políticas duraderas, haciéndose fuerte en este contexto la causa de los derechos humanos. En Brasil, la transición ha sido muy negociada, de manera que los términos de los pactos que han garantizado que las Fuerzas Armadas dejarían al poder pudieron mantenerse en el nuevo régimen, siendo fortalecidos por un conjunto de legados autoritarios que sostienen la impunidad de los involucrados con la represión. Aunque cambios de contexto puedan generar impacto en el establecimiento de políticas de memoria en cada país, como se puede verificar en el caso argentino, donde la trayectoria de esas políticas está marcada por avances y retrocesos, queda evidente que, en países como Brasil, es más complicado formular políticas sobre la temática en cuanto no se realice una ruptura con fragmentos de la dictadura que se mantienen en la democracia.
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A história no banco dos réus : leis de impunidade, memória da repressão política e as decisões da Suprema Corte na Argentina e no BrasilGallo, Carlos Artur January 2016 (has links)
No contexto da Guerra Fria, o Brasil e a Argentina tiveram suas estruturas de poder ocupadas por ditaduras civis-militares alinhadas aos preceitos da Doutrina de Segurança Nacional (DSN). Impactando na organização política, social, cultural e econômica dos países referidos, os militares no poder foram responsáveis por um incremento no uso da violência, de modo que, como saldo da repressão há um número significativo de pessoas que foram presas, torturadas, mortas e/ou desaparecidas por agentes da repressão. Em junho de 2005, na Argentina, e em abril de 2010, no Brasil, a Corte Suprema desses países levou a julgamento causas que tratavam da possibilidade de processar e punir os envolvidos nos crimes cometidos pelo aparato repressivo, sendo produzidas decisões bastante diferentes: na Corte Suprema de Justicia de la Nación (CSJN), a maioria dos Ministros declarou a nulidade das “leis de impunidade”, uma vez que mantê-las contrariaria a normativa internacional dos direitos humanos vigente; no Supremo Tribunal Federal (STF), também pela maioria dos votos, foi decidido que a interpretação de que a Lei da Anistia de 1979 havia anistiado aos repressores era correta e estava de acordo com a nova Constituição. Tendo esses elementos como ponto de partida, esta tese analisou o impacto que os processos de transição brasileiro e argentino tiveram no novo cenário político iniciado com o fim dessas ditaduras. Fazendo uso do método comparado de análise, a pesquisa parte do pressuposto de que o modo como se deu a transição (mais negociada ou mais abrupta) repercute na manutenção de legados autoritários na nova democracia, influenciando na forma como o Judiciário se manifesta sobre questões relacionadas à punição das violações aos direitos humanos praticadas pela ditadura. Em síntese, a comparação dos casos selecionados para este estudo permitiu observar que o tipo de transição ocorrido impactou, de fato, no modo como uma agenda política sobre o tema das violações foi elaborada nesses países. No contexto argentino, onde se deu uma transição abrupta, as elites civis e militares no poder tiveram sua capacidade de resguardar garantias políticas duradouras reduzida e foi fortalecida a causa dos direitos humanos. No caso brasileiro, onde ocorreu uma transição bastante negociada, os termos dos pactos que garantiram a saída das Forças Armadas do poder puderam ser mantidos em longo prazo, sendo reforçados por um conjunto de legados autoritários que garantem a impunidade dos envolvidos com a repressão. Ainda que mudanças conjunturais possam repercutir no estabelecimento de políticas de memória em cada contexto, tendo em vista que, mesmo na Argentina, a trajetória dessas políticas específicas foi marcada por avanços e recuos, é fato que, em contextos como o brasileiro, é mais difícil formular políticas sobre o tema, uma vez que não se realize uma ruptura com resquícios da ditadura que se mantêm convivendo com a democracia. / In the context of the Cold War, Brazil and Argentina had their power structures occupied by civilians and military dictatorships aligned with the requirements of National Security Doctrine (NSD). Impacting the political, social, cultural and economic organization of these countries, the military in power were responsible for more use of violence, so that, as the balance of the repression there is a significant number of people who were arrested, tortured, killed and/or disappeared by agents of repression. In June 2005, in Argentina, and in April 2010, in Brazil, the Supreme Court of these countries put on trial cases that addressed the possibility of prosecuting and punishing those involved in the crimes committed by the repressive apparatus, several decisions being produced: in the Supreme Court de Justicia de la Nación (SCJN), most Ministers declared the nullity of "impunity laws", since keeping them contrary to international rules of the current human rights; the Federal Supreme Court (FSC), also by majority vote, it was decided that the interpretation of the Amnesty Law of 1979 had pardoned the repressors was correct and was in accordance with the new Constitution. Taking these elements as a starting point, this thesis analyzed the impact that the Brazilian transition and Argentina had the new political scene started with the end of these dictatorships. Making use of the comparative method of analysis, the research assumes how the transition was (most traded or most abrupt) affects the maintenance of authoritarian legacy in the new democracy, influencing the way the judiciary manifests about issues related to the punishment of human rights violations committed by the dictatorship. In summary, comparison of the cases selected for this study allowed us to observe that the type of transition occurred impacted, in fact, the way a political agenda about the subject of violations was developed in these countries. In the Argentine context, where there was an abrupt transition, civilian and military elites in power had their capacity reduced to safeguard permanent political guarantees and it was strengthened the cause of human rights. In Brazil, where there was a transition fairly negotiated, the terms of the agreement that ensured the output of the Armed Forces from the power could be maintained in the long run, they were reinforced by a set of authoritarian legacies that guarantee the impunity of those involved in the repression. Although changes may reflect the establishment of memory policies in each context, given that even in Argentina, the trajectory of these specific policies was marked by advances and retreats, the fact is that, in contexts such as Brazil, it is more difficult to formulate policies about the topic, since it is not carried out a break with remnants of the dictatorship remain living with democracy. / Durante la Guerra Fría, Brasil y Argentina tuvieron sus estructuras de poder ocupadas por dictaduras cívico-militares vinculadas a la Doctrina de Seguridad Nacional (DSN). Teniendo impacto en la organización política, social, cultural y económica de los dos países mencionados, los militares en el poder fueron responsables por incrementar la aplicación de la violencia, de manera que, como saldo de la represión, hay un número significativo de personas que fueron detenidas, torturadas, muertas y/o desaparecidas por los agentes de la represión. En junio de 2005, en Argentina, y en abril de 2010, en Brasil, la Corte Suprema de estos países ha llevado a juicio casos sobre las posibilidades de procesar y punir a los involucrados en los crímenes del aparato represivo, siendo producidas decisiones muy diferentes: la Corte Suprema de Justicia de la Nación (CSJN) ha declarado, por la mayoría de los votos de sus Ministros, la nulidad de las “leyes de impunidad”, una vez que mantenerlas era algo contrario a la normativa internacional de derechos humanos vigente; el Supremo Tribunal Federal (STF), al contrario, ha declarado, también por la mayoría de los votos, que la interpretación de que la Ley de Amnistía de 1979 había amnistiado a los represores era correcta y estaba de acuerdo con la nueva Constitución. Impartiéndose de esos elementos, esta tesis hace un análisis del impacto de los procesos de transición a la democracia en el nuevo escenario político empezado con el final de las dictaduras. Aplicando el método comparado, la investigación plantea que la manera como se ha desarrollado la transición (más negociada o más abrupta) repercute en la manutención de legados autoritarios en la nueva democracia, reflejando en el modo como el Poder Judicial va a manifestarse sobre la punición de las violaciones a los derechos humanos llevadas a cabo por la dictadura. En síntesis, la comparación de los juicios ha permitido observar que el modelo de transición ha impactado, de hecho, en la manera como fue elaborada una agenda política sobre las violaciones en estos países. En Argentina, donde ocurrió una transición abrupta, las élites civiles y militares en el poder tuvieron minimizada su capacidad de resguardar garantías políticas duraderas, haciéndose fuerte en este contexto la causa de los derechos humanos. En Brasil, la transición ha sido muy negociada, de manera que los términos de los pactos que han garantizado que las Fuerzas Armadas dejarían al poder pudieron mantenerse en el nuevo régimen, siendo fortalecidos por un conjunto de legados autoritarios que sostienen la impunidad de los involucrados con la represión. Aunque cambios de contexto puedan generar impacto en el establecimiento de políticas de memoria en cada país, como se puede verificar en el caso argentino, donde la trayectoria de esas políticas está marcada por avances y retrocesos, queda evidente que, en países como Brasil, es más complicado formular políticas sobre la temática en cuanto no se realice una ruptura con fragmentos de la dictadura que se mantienen en la democracia.
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Análisis sobre el personaje de la novela de Gabriel García Márquez El general en su laberinto / Character analysis of the novel The General in his Labyrinth by Gabriel García MárquezLópez Cuadros, Hernando January 2010 (has links)
Este trabajo tiene como propósito analizar literariamente el héroe de la novela histórica de Gabriel García Márquez (1989) El general en su laberinto. En nuestro marco teórico hemos tratado y resumido los temas que competen a la novela histórica como género: la memoria, el punto de vista y por supuesto sobre el héroe. Antonio Blanch nos dice sobre el héroe moderno que sería la antítesis o la inversión de todo lo heroico. Planteamos la siguiente pregunta ¿Qué clase de héroe es el Bolívar de García Márquez? Nuestra hipótesis es que el Bolívar de la obra es un antihéroe moderno y lo hemos tratado de comprobar tomando apartes de la obra y contrarrestándolos con nuestro marco teórico. Creemos también que el autor hace una analogía entre él y su protagonista lo que corroboramos en una entrevista con un semanario colombiano, en la cual el autor lo confiesa.
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Um aporte ao porvir do caso Gomes Lund e outros (Guerrilha do Araguaia) Vs. Brasil, à luz da argumentação jurídica argentina articulada na causa ‘Simón’, no âmbito do Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos / Un aporte al povenir del caso Gomes Lund, a la luz de la argumentación jurídica argentina articulada en la causa Simón, en el marco del SIDHFlores, Maria José 29 February 2016 (has links)
This investigative research has been prepared based on the judgment of the Inter-American Court of Human Rights of November 24, 2010, issued in the case Gomes Lund. In it, the Inter-American Court finds, unanimously, the international responsibility of the Brazilian State for the enforced disappearance of members of the Guerrilla do Araguaia and violation of multiple human rights of the direct victims of disappearance, their families and Brazilian society as a whole. One of the central aspects of the judgment is it statement toward the ineffectiveness of the Amnesty Law (1979), thus eliminating the main obstacle that prevents the search for justice in domestic courts. However, in the Brazilian domestic level, the Supreme Federal Court reached a majority agreement within the framework of a constitutional action (complaint action of non-compliance of fundamental n°153, 2010), by which it declared that the Brazilian Amnesty Law is not subject to review, that it legal status is a quasi-law (law-measure) under which lacks the ability to be interpreted by a court of law. Notwithstanding which, the judgment of the majority in a new, mistaken and falsely way extended its scope until making match the Amnesty Law with the source from which emanates the legitimacy of the Brazilian constituent (1988). In other words, Brazilian democracy – this say by the highest authority of the judiciary of this country – is founded and based on impunity for serious violations of human rights and crimes against humanity committed during the state terrorism that hit Brazil in its recent past.
In order to reaffirm the juridical unsustainability of the decision of the Brazilian Supreme Court already mentioned, this research is based on the hypothesis that the violation of human rights inevitably implies a violation of constitutional order, national and international. And this is so because the contemporary notes of human rights and the institutionalization of universal jurisdictions with a mandate to protect and promote them converge with regulatory and internal jurisdictions in the structural space of law. For this, through three chapters, is develop first, the conception of human rights that traces this investigative perspective and its housing in the core of universal institutional processes: culture and democracy. Second, this perspective is confronted with the practice of the organs of the Inter-American System of Human Rights, which is approached from the angle of the contentious jurisdiction of the Commission and Inter-American Court. Finally, the Inter-American patterns or standards are analyzed - inaugural, central and arguably consolidated for decades at the regional level - in the field of forced disappearance of persons, and illustrated its correct juridical incorporation by the judgment of the Supreme Court of Argentina in the cause Simón (2005). The study aims to demonstrate or rather reaffirm that the Federative Republic of Brazil is in possession of the juridical elements that will allow the country to fully comply with the judgment of the Inter-American Court pronounced in the case Gomes Lund and which is still pending compliance. That is, ultimately, this research bet, that Gomes Lund case will have a future; future that will have repercussions on the functioning of Justice, the strengthening of Social Democracy and the rule of law consolidation in Brazil. This research is conducted through the analytical method and the case study method. / O presente trabalho tem sido elaborado com base na sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos de 24 de novembro de 2010, emitida no caso Gomes Lund. Nela, a Corte Interamericana verifica, por unanimidade, a responsabilidade internacional do Estado brasileiro pelo desaparecimento forçado dos membros da Guerrilha do Araguaia e a violação de múltiplos direitos humanos das vítimas diretas de desaparecimento, de seus familiares e da sociedade brasileira como um todo. Um dos aspetos centrais da decisão judicial encontra-se na declaração de ineficácia da Lei de Anistia brasileira (1979), eliminando, assim, o principal obstáculo que impede a busca por justiça na jurisdição interna. No entanto, no âmbito interno brasileiro, o Supremo Tribunal Federal alcançou um acordo por maioria no marco da ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental n°153 (2010), pelo qual declarou que a Lei de Anistia brasileira não é suscetível de revisão, que o seu estatuto jurídico é o de uma quase-lei (lei-medida) em virtude do qual carece de possibilidade de ser interpretado por um tribunal de justiça. Não obstante o qual, esse acórdão da maioria estendeu nova, equivocada e falsamente o seu alcance até fazer coincidir a Lei de Anistia com a fonte de onde emana a legitimidade do constituinte brasileiro (1988). Ou seja, a democracia brasileira – segundo a mais alta autoridade do Judiciário desse país – se funda e assenta sobre a impunidade das graves violações dos direitos humanos e crimes contra a humanidade cometidos durante o terrorismo de Estado que assolou o Brasil no seu passado recente.
A fim de reafirmar a insustentabilidade jurídica da decisão do Supremo Tribunal Federal já mencionada, a presente pesquisa baseia-se na hipótese de que a violação dos direitos humanos implica, inevitavelmente, uma violação da ordem jurídica constitucional, nacional e internacional. E que isto é assim porque as notas contemporâneas dos direitos humanos e a institucionalização das jurisdições universais com mandato para proteger e promovê-los convergem com as normativas e as jurisdições internas no espaço estrutural do Direito.
Para isso, por meio de três capítulos se desenvolve, primeiro, a conceição de direitos humanos que traça esta perspectiva investigativa e sua habitação no núcleo de processos institucionais universais: cultura e democracia. Em segundo lugar, essa perspectiva é confrontada com a prática dos órgãos do Sistema Interamericano de Direitos Humanos, que é abordada a partir do ângulo da competência contenciosa da Comissão e Corte Interamericanas. Finalmente, são analisados os padrões interamericanos – inaugurais, centrais e indiscutivelmente consolidados durante décadas no nível regional – em matéria de desaparecimento forçado de pessoas, sendo ilustrada sua correta incorporação jurídica através da sentença da Corte Suprema de Justiça da Nação Argentina na causa Simón (2005).
O estudo tem por objetivo demonstrar ou, melhor, reafirmar que a República Federativa do Brasil está na posse dos elementos jurídicos que lhe permitirá cumprir integralmente a sentença da Corte Interamericana pronunciada no caso Gomes Lund e que ainda está pendente de cumprimento. Ou seja, em última análise, esta pesquisa aposta que o caso Gomes Lund terá um porvir; porvir que repercutirá no funcionamento da Justiça, no fortalecimento da Socialdemocracia e na consolidação do Estado de Direito no Brasil. Os métodos com recurso aos quais esta pesquisa é conduzida são o método analítico e do método de estudo de caso.
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