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[en] SOVIETOLOGISM: SOVIET UNION AS A WESTERN REPRESENTATION / [pt] SOVIETOLOGISMO: A UNIÃO SOVIÉTICA COMO REPRESENTAÇÃO OCIDENTAL07 December 2021 (has links)
[pt] O objetivo desta Tese é demonstrar como discursos de poder-‐ conhecimento criam subjetividades enquanto as descrevem. Especificamente, ela trata da relação entre produção de conhecimento e a produção da União Soviética como sujeito na década de 1950. Para tanto, as condições de emergência do discurso sovietologista são descritas. O termo discurso está associado à contribuição de Foucault ao estudo da relação entre poder e conhecimento, enquanto o termo sovietologista refere-‐se à influência que a sovietologia, uma subárea da ciência política / relações internacionais cujo objeto de estudo era a União Soviética, exerceu sobre esse discurso. Teoricamente, minha análise baseia-‐se sobre a representação, inspirada por Foucault, do poder como produtivo, e no pressuposto de que discursos são entremeados por relações de poder. Por intermédio de uma leitura espacial do discurso, eu proponho que o lugar discursivo onde as subjetividades são produzidas seja chamado de espaço intertextual; este sendo o lugar onde poder e conhecimento se encontram nas formações discursivas. Analiticamente, a abertura do espaço intertextual do sovietologismo é alcançada por intermédio do uso de insights críticos, genealógicos, arqueológicos e hermenêuticos. O sovietologismo é caracterizado por um modo de apreender a subjetividade de União Soviética no qual as noções de padrões de cultura, Estado totalitário e personalidade social desempenharam um papel importante. Esses eram os três discursos mais importantes entre os que habitavam o espaço intertextual do sovietologismo, por que eles foram responsáveis por delimitar os contornos da subjetividade emergente da URSS. Como eu pretendi demonstrar, a emergência da União Soviética como um sujeito coletivo dotado de uma natureza imutável esteve intimamente relacionada a eles. Eles criaram as condições de possibilidade para que a subjetividade da União Soviética fosse representada e se mantivesse como inferior, expansionista e contraditória. / [en] The aim of this PhD dissertation is to demonstrate and describe how power-‐knowledge discourses create subjectivities. Specifically, it deals with the relation between the production of knowledge and the production of the Soviet Union as a subject by describing the conditions of emergence of sovietologist discourse in the 1950 s. The term discourse comes from Foucault s study of the power-knowledge nexus, while the term sovietologist comes from the influence that sovietology, a subfield of political science / international relations that took the USSR as its object of analysis, had over this discourse. Theoretically, my analysis relies on the Foucauldian inspired figuration of power-as-productive and on the presupposition that discourses are traversed by power. Through a spatial reading of discourse, I propose that the discursive locus where subjectivities are produced is the intertextual space, which is the place where power and knowledge conjoin in discursive formations. Analytically, the opening of sovietologism s intertextual space is achieved through the deployment of critical, genealogical, archaeological and hermeneutical insights. Sovietologism is characterized by a mode of apprehending the Soviet Union s subjectivity in which notions of patterns of culture, the totalitarian State, and social personality play an important role. These were the three most important discourses amongst many others that inhabited the intertextual space of the sovietologist discourse, because they were responsible for delimiting the contours of the USSR s emergent subjectivity. As I intend to demonstrate, the emergence of the Soviet Union as a collective subject with an unchanging nature was intimately related to these discourses. They created the conditions of possibility needed to maintain portrayals of the Soviet Union s subjectivity as inferior, expansionist, and contradictory.
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[en] EXPERIENCE AND WAYS OF SEEING: THE LIMITS AND PROMISES ON THE CONCEPT OF VIOLENCE THROUGH AESTHETICS DEVIATIONS AND WORKS OF ART / [pt] EXPERIÊNCIA E FORMAS DE VER: LIMITES E PROMESSAS DO CONCEITO DE VIOLÊNCIA POR MEIO DE DESVIOS ESTÉTICOS E OBRAS DE ARTEMARIANA CALDAS PINTO FERREIRA 01 December 2022 (has links)
[pt] Esta tese discute o conceito de violência nas Relações Internacionais
enquanto formula um referencial teórico alternativo que consiga articular crítica e
a política a partir de um julgamento estético. Dessa maneira, o sujeito entende o
mundo enquanto um fenômeno ao mesmo tempo constrói o espaço comum de
significados e visibilidade. Por isso, esta tese destaca o lugar da experiência para
problematizar as condições de possibilidade de compreender a violência como um
fenômeno relevante. Então, a estética fornece a legibilidade através da qual
podemos entender (e enquadrar) o conflito ao mesmo tempo em que destaca os
limites e potencialidades deixados para a política. Este trabalho avança que a
violência, dentro das metodologias tradicionais, é enquadrada pela dinâmica entre
guerra e paz. No entanto, como categoria de compreensão do mundo social,
argumentarei que o conflito é uma abstração teórica porque se baseia no que a
realidade supostamente é. Nesse sentido, destacar como apreendemos os fenômenos
permite ampliar narrativas alternativas e formas de ver o conflito e a violência nas
RI. Com esse pressuposto, esta tese traz o pensamento de Walter Benjamin como
um referencial inspirador para discutir o conceito de violência ao lançar luz sobre a
experiência corporal da violência e o que dela resta. Para isso, vou me basear em
obras de arte como suporte metodológico para compreender como apreendemos
esteticamente os fenômenos. Este trabalho explora como a arte pode ser
considerada um esforço epistemológico para compreender o conflito de forma
diferente, além de uma representação da violência. Para seguir esse raciocínio, este
trabalho considerará obras de artistas plásticos do Rio de Janeiro que discutem a
violência contemporânea na cidade para destacar como a arte pode funcionar como
dispositivo de pensamento e visibilidade. / [en] This thesis investigates the concept of violence in International Relations
whilst formulating an alternative theoretical framework that observes critique and
politics from an aesthetical judgement. It assumes aesthetics as the sensory
experience of perception. The subjectivity apprehends the world as it appears to
them while creating the common ground of meanings and visibility among others.
Therefore, this thesis highlights the place of experience to problematise the
conditions of possibility to understand violence as a relevant phenomenon. Then,
the aesthetic provides the legibility through which we may understand (and frame)
conflict while highlighting the limits and potentialities left for politics. This work
advances that violence, within traditional methodologies, is framed by the dynamics
between war and peace. Nevertheless, as a category of understanding the social
world, I shall argue that conflict is a theoretical abstraction because it draws from
what reality supposedly is. In this regard, highlighting how we apprehend
phenomena allows an enlargement of alternative narratives and ways of seeing
conflict and violence in IR. With this assumption, this thesis brings Walter
Benjamin s thinking as an inspirational framework to discuss the concept of
violence by shedding light on the bodily experience of violence and what is left
from it. To do this, I will rely on works of art as methodological support to
comprehend how we apprehend the phenomena aesthetically. This work explores
how art can be considered an epistemological endeavour to comprehend conflict
differently, beyond a representation of violence. To pursue this reasoning, this work
will consider artworks from Rio de Janeiro s plastic artists that discuss
contemporary violence in the city to highlight how art could function as a device of
thinking and visibility.
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[pt] OS DIREITOS E A CRIAÇÃO DE POSSÍVEIS: IGUALDADE E LIBERDADE NA MODERNIDADE RADICAL / [en] RIGHTS AND CREATION OF POSSIBLE: EQUALITY AND LIBERTY IN THE RADICAL MODERNITYVIVIANE MAGNO RIBEIRO 28 February 2020 (has links)
[pt] Esta tese tem como objetivo recuperar o processo de formação do pensamento moderno a partir de um ponto de vista mais abrangente sobre esse fenômeno histórico. Lançando mão de análises provenientes da filosofia política que recuperam sentidos legítimos para a emergência conceitual da modernidade, e
da produção historiográfica recente sobre o iluminismo radical, propõe-se uma investigação de tal fenômeno de modo mais complexo a fim de identificar as principais disputas teóricas em jogo, bem como os divergentes programas sociais e políticos afirmados no período, notadamente aqueles que guardam relação com as noções sobre igualdade, liberdade e direitos. Com isso, pretende-se oferecer um exame aprofundado dessa época, sob sua dimensão conflitiva e em sua temporalidade múltipla, com a finalidade de explorar e afirmar teoricamente conceitos e práticas radicais legadas pelas modernidade para atualizar o sentido dos direitos hoje. / [en] The aim of this dissertation is to reconsider certain aspects of the development of modern thought by bringing a more wide-ranging perspective to that historical phenomenon. Drawing on a set of analyses from political philosophy that recognize the legitimacy of the conceptual emergence of modernity, as well as from recent historiographic work on the radical enlightenment, it seeks to examine the development of modern thought in a more complex fashion in order to identify the principal theoretical disputes and divergent social and political programs claimed during the period in question, most notably those related to notions of equality, liberty and rights. The objective of the dissertation is thus to offer a deeper consideration of the period, of its conflictive dimension and its multiple temporalities, with the ultimate purpose of theoretically exploring and asserting a set of radical definitions and practices inherited from modernity that remain relevant for conceiving of rights.
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[pt] DIREITOS HUMANOS NA ENCRUZILHADA: CRÍTICA E POTENCIAL DOS DIREITOS HUMANOS / [en] HUMAN RIGHTS AT THE CROSSROADS: POTENTIAL AND CRITIQUE OF HUMAN RIGHTS / [fr] LES DROITS DE L HOMME À LA CROISÉE DES CHEMINS: CRITIQUE ET POTENTIEL DES DROITS DE L HOMMEDANIEL CARNEIRO LEAO ROMAGUERA 17 May 2022 (has links)
[pt] Nesta tese enfrento problemáticas dos Direitos Humanos pela filosofia
política e crítica ao direito. Num primeiro momento, apresento crítica à tradição e
uma breve genealogia de como se dá o pensamento e a história desses direitos, tanto
da ordem dos discursos de fundamentação como da sua afirmação social. Em
seguida, trabalho a encruzilhada dos Direitos Humanos a partir da relação com a
soberania e a biopolítica, respectivamente, segundo Jacques Derrida e Michel
Foucault. Por um lado, é de se destacar o acentuado caráter histórico e político dos
Direitos Humanos, de outro, questionar seu potencial de transformação social. A
encruzilhada aparece e a problematização se dá, pois, se os Direitos Humanos são
esforço do histórico de mobilizações contrário a injustiças sociais e modelos
jurídicos conservadores, também, passam a fazer parte de nossa era de direitos
como fundamento e manifestação legítima do direito. Inclusive, por vezes, se
voltam contra seus próprios fins. Nesse contexto, os Direitos Humanos estão
atrelados ao ímpeto civilizatório ocidental, ao capitalismo global, à ordem
internacional e às violências de estado, ao mesmo tempo em que se manifestam
com as lutas políticas, as conquistas sociais e as defesas contra violações de direito.
A partir disso, problematizo os Direitos Humanos diante de seus fins e de sua força
como direito, também, lanço a problemática de como pensá-los diante dos caminhos
cruzados, da diferença das forças e da contínua abertura à mudança social presentes
em sua atualidade. Com essa delimitação, estudo o potencial dos ‘Direitos Humanos
na encruzilhada’, segundo a produção social e a definição da humanidade. Isso se
dá, pela intersecção da soberania e da biopolítica, conforme são ultrapassados
limites do direito e atingidos novos domínios da vida e da sociedade. O que implica
reformular questões em torno da normatividade, da força e da realização dos
Direitos Humanos. Por fim, destaco algumas tensões em meio às relações sociais e
às composições de poder dos Direitos Humanos no cenário político atual. / [en] This thesis consists of a study about problems concerned to Human Rights
from political philosophy and critique of law. At first, with a critique of the tradition
of Human Rights and a brief genealogy of how thought and history of Human
Rights took place, both in terms of foundational speeches and social statements.
After that, due to open fractures with the philosophy of Jacques Derrida and Michel
Foucault, the idea is to distinguish how Human Rights function when related to
sovereignty and biopolitics. It is important to highlight the historical and political
nature of law, and to question its potential of social transformation, once Human
Rights are at the crossroads: If Human Rights are an effort of the history of
mobilizations contrary to social injustices and conservative legal models, they also
become our era of rights as foundations and part of legitimate law. Even, at times,
they turn against their own ends. In this context, the concept of Human Rights is
linked to western civilization, global capitalism, international order and state
violence, at the same time that Human Rights are made with political struggles,
social conquests, institutional protection and defense against rights violation. In
this context, is important to investigate how to think about Human Rights once
considered the difference of forces of their formation and continuous openness to
changes. This work turns to the potential of Human Rights at the crossroads, which
is crucial to the crossroads itself, according to its social production and ability to
define the political and humanity. Which results from the intersection of sovereign
power and biopolitics, as the premises of law are displaced and the Human Rights
reaches new domains of life and society. This implies reformulating questions
about normativity, enforcement and achievement of Human Rights. At the end, it
is consequential to highlight tensions of these rights in the midst of social relations
and compositions of power in the current political scenario. / [fr] Dans cette présente thèse, les questions de Droits de l Homme sont
confrontées à la philosophie politique et à lacritique du Droit. Dans un premier
temps, il se fait une critique de la tradition et une brève généalogie de la manière
dont la pensée et l histoire de ces droits se déroulent, tant au niveau des discours de
raisonnement que de leur affirmation sociale. Ensuite, le travail se retrouve dans
une sorte de croisement des Droits de l Homme à partir du rapport à la souveraineté
et à la biopolitique, respectivement, selon Jacques Derrida et Michel Foucault.
D une part, il faut souligner l important caractère historique et politique des Droits
de l Homme, d autre part, s interroger sur leur potentiel de transformation sociale.
La croisée des chemins apparaît et la problématisation s opère, car si les Droits de
l Homme sont le résultat de l effort historique de mobilisations contre les injustices
sociales et les modèles juridiques conservateurs, mais, ils s inscrivent aussi dans
notre ère des droits comme fondement et manifestation légitime du droit.Parfois, ils
se retournent même contre leurs propres fins. Dans ce contexte, les Droits de
l Homme sont liés à la poussée civilisatrice occidentale, au capitalisme mondial, à
l ordre international et à la violence d État, mais aussi aux luttes politiques, aux
conquêtes sociales et à la défense face aux violations des droits. A partir de là, les
Droits de l Homme sont premièrement problématisés face à leurs fins et leur force
en tant que droit, et, ensuite, problématisés sur la façon de les penser face aux
chemins croisés, à la différence des forces et à l ouverture continue aux
changements sociaux présents de nos jours. Dans cette délimitation, il convient de
souligner le potentiel des Droits de l Homme à la croisée des chemins à partir de
leur production sociale et de leur capacité à définir l espace politique et celui de
l humanité. Cela arrive à travers l intersection de la souveraineté et de la
biopolitique, au fur et à mesure que les limites du droit sont dépassées et que de
nouveaux domaines de la vie et de la société sont atteints. Cela implique de
reformuler les questions autour de la normativité, de la force et de la réalisation des
Droits de l Homme. Enfin, les tensions de ces droits sont questionnées face aux
relations sociales et aux compositions du pouvoir dans le scénario politique actuel.
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