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L'Etat en République de Serbie depuis 1990 / The issue of state in Republic of Serbia since 1990Bernard, Elise 06 December 2011 (has links)
Il existe, entre la Serbie et la France, une véritable communauté scientifique en ce qui concerne le droit public. En effet, depuis le XIXe siècle, si l’on se penche sur l’histoire, les publicistes serbes et français s’interrogent sur les mêmes problèmes relatifs à l’État et sa pérennité. Ceci n’a rien d’étonnant car la Serbie, comme la France, a sa place dans le cadre de l’espace européen contemporain et répond à ses modèles. Les concepts de droit public que nous connaissons, par rapport au cas étudié, sont de deux types : nous pouvons distinguer les concepts de processus, qui témoignent d’une dynamique particulière, et les concepts de cas, qui nous amènent à une analyse statique. Concernant les premiers, il est question de transition démocratique, transition constitutionnelle, succession d’États, dislocation, sécession, séparation d’États et internationalisation du droit public. Pour les seconds, il s’agit des concepts d’État, personnalité morale, d’État constitutionnel, souveraineté, État composé (état fédéré, régional, autonomies), État de droit, démocratie et administration internationale. Il ne nous a pas semblé nécessaire de créer d’autres concepts. En effet, la plupart des points problématiques rappellent les grandes théories, plus ou moins directement. Dans le cadre de notre recherche il a bien été question de faire un bilan de ces théories, au regard d’un cas concret : la République de Serbie depuis, 1990, au moment de l’introduction du pluripartisme, dans la Yougoslavie titiste mourante. Le but de cette analyse est de proposer notre contribution car nous n’avons pas la prétention de fonder une nouvelle théorie de l’État. Mais au vu des mécanismes du droit, comme outil nous permettant de penser l’État, le cas de la Serbie, depuis 1990, et ses données spécifiques, nous amènent à engager une piste de réflexion sur l’État tel qu’il peut être pensé et critiqué, en ce début de XXIe siècle. / The nineteenth century, if one looks at History, French and Serbian publicists have questioned the same problems with regard to the issue State and its future. This is not surprising as Serbia, like France, has its place in the framework of the European contemporary public Law. The concepts of public Law that we know from the cases studied are of two types: we can distinguish between concepts of process, which has proven to be particularly dynamic, and concepts of case law that leads us to a static analysis. The former relates to a democratic transition, constitutional transition, succession, dislocation, secession, separation of state and internationalization of public law. The latter, pertains to concepts of state, legal status, sovereignty, state compound (federal state, regional autonomies), Rule of law, Democracy and international administration. It did not seem necessary to create other concepts. Indeed, the most problematic issues involve the major theories, more or less directly. Part of our research has included a review of these theories, in terms of a concrete case: the Republic of Serbia since 1990, when the introduction of multipartism in Tito's Yugoslavia came to end. The purpose of this analysis is to offer our contribution ; we do not pretend to find a new theory of the state. Indeed in view of the mechanisms of Law as a tool to consider the question of state, in the case of Serbia, since 1990, with its specific circumstances, leads us to initiate a line of reflexions on the issue of state that may be thought as criticism, in the early twenty-first century.
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A garantia institucional do Ministério Público em função da proteção dos direitos humanos / The institutional guarantee of the public attorney´s office and the protection of human rightsAlmeida, Fernanda Leao de 11 June 2010 (has links)
Esta tese volta-se à análise crítica da garantia institucional de independência do Ministério Público brasileiro sob dois aspectos: de um lado, a sua independência em relação às esferas organizacionais dos poderes clássicos do Estado; e, de outro, os limites da independência funcional que visa a assegurar, para os seus membros, o livre desenvolvimento das funções institucionais. Sob o influxo do processo de reconhecimento universal dos direitos humanos a partir da Declaração de 1948, o valor da dignidade da pessoa humana representa o fundamento central do Estado Democrático de Direito da Constituição Federal de 1988, constituindo a fonte jurídica do vasto conjunto de direitos fundamentais dela constante. A proteção dos direitos fundamentais da pessoa humana é indissociável de um regime político democrático, que não pode prescindir de um sistema eficaz de controle do exercício do poder político para a persecução de tal desiderato. Daí a importância da efetividade dos mecanismos de controle recíproco entre os órgãos estatais, no comando do princípio fundamental projetado por Montesquieu que, atualmente, não mais se reduz à formula tríplice de distribuição das funções legislativa, executiva e judicial. É nesse contexto que se pretende introduzir a análise da garantia institucional de independência do Ministério Público, à luz, especificamente, de determinadas funções que lhe foram atribuídas para o controle de decisões de outros órgãos estatais, sobretudo do Executivo, envolvendo a tutela dos direitos fundamentais de proteção da dignidade da pessoa humana. A hipótese é a da existência de aspectos organizacionais condicionando o funcionamento do Ministério Público em dissonância de sua plena afirmação como novo ator político; quais sejam: a) a ausência de limites precisos à garantia de independência funcional no desenvolvimento de suas atividades; b) um sistema autocrático de gestão orientando as decisões sobre todas as políticas institucionais; c) a manutenção dos vínculos que prendem a instituição ao Executivo do Estado, concebido como o ramo hegemônico do regime político brasileiro. O trabalho pretende investigar as causas das incorreções, correlacioná-las e apontar os seus equívocos, para a identificação dos pontos relevantes sujeitos a uma pronta alteração de cunho organizacional, de modo a serem reproduzidos no funcionamento do Ministério Público brasileiro os valores republicanos e democráticos que devem informar um regime político como Estado Democrático de Direito. / This thesis offers a critical analysis of the institutional guarantee of independence of the Brazilian Public Attorney\'s Office regarding two aspects: on one hand, its independence concerning the organizational spheres of the classical branches of the State; on the other hand, the limits of the functional independence that aims at securing free development of the institutional functions to the members of the Public Attorney\'s Office. Due to the process of universal acknowledgement of human rights since the Declaration of 1948, the value of a human being\'s dignity represents the central basis of the Democratic Rule of Law of the 1 988 Federal Constitution, establishing a legal source for the vast set of fundamental rights contained in it. The protection of the fundamental rights of a human being is intrinsic to a democratic political system, which cannot dispense with an efficient procedure to control the use of political power for pursuing such desideratum. Hence the importance of the efficiency of the mechanisms of checks and balances among state agencies, in carrying out the fundamental principle proposed by Montesquieu that is no longer limited nowadays to the triple distribution formula of legislative, executive and judiciary functions. It\'s in this context that the present work intends to introduce the analysis of the institutional guarantee of independence of the Public Attorney\'s Office, specifically examining certain functions attributed to it for the control over decisions by other state agencies, particularly in the executive branch, that involve the safeguarding of the fundamental rights of protection of a human being\'s dignity. The hypothesis is the existence of organizational aspects stipulating the operation of the Public Attorney\'s Office in discordance with its full role as new political agent, such as: a) absence of precise limits to guarantee functional independence in the development of its activities; b) an autocratic ruling system guiding decisions on all institutional policies; c) maintenance of the bonds linking the institution to the executive branch, which is conceived as the hegemonic branch of Brazil\'s political system. This work intends to investigate the causes of those problems, correlate them and pinpoint mistakes, in order to identify the relevant points that would be subject to a swift alteration in terms of organization, so the republican, democratic values that ought to conduct a political regime as a Democratic Rule of Law may be reproduced in the operations of the Brazilian Public Attorney\'s Office.
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A liberdade religiosa na Declara??o Dignitatis humanae: contexto, g?nese tem?tica e debateFavretto, Alexandre Boratti 16 December 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-12-16 / The Declaration Dignitatis humanae of Second Vatican Council doctrinally introduces the concept of religious freedom founded on the dignity of the human person. Stands out, in the interim, the anthropological foundation, which unfolds the theological and doctrinal, setting up religious freedom as the apogee of all freedoms. The goal of this work is develop the theme process of genesis, establish the conceptual definition and present the discussion about religious freedom. This, through a phenomenological analysis that ends at the historical and theological hermeneutic of the conciliar periods before Preparatory, Preparatory and of the four Sessions of Vatican II and the Magisterium of the documents of the nineteenth and twentieth centuries which treated theme. The text is structured in a systematic way in four chapters. The first constitutes status quaestionis by presenting the context of religious freedom theme of development in magisterial documents prior to Dignitatis humanae, as well as the positioning of the Magisterium ecclesiastic, that of religious intolerance, passes to tolerance and affirmation of the right to freedom religious. The second and third chapters cover the doctrinal content of this Declaration in their immediate environment, the Second Vatican Council. They present the process of genesis of religious conception of freedom expressed in the text of the Declaration Dignitatis humanae, exposing and already analyzing the several thematic stages and redaction until it reaches the final version of the Declaration and the conception of the right to religious freedom. The fourth chapter presents the legal ramifications, theological, anthropological and ethical prospective to Dignitatis humanae. Framework that enables our understanding of the phenomenon of religious plurality in terms of a possible horizon not only to theological reflection, but also to religious studies, to infer from the declaration concerning the situations design of a theology of religions and theology of religious pluralism; whose religious language provides contribution to constitution of the States of democratic rights, which in turn has the function of protecting and promote religious freedom. The theme of religious freedom gives new perspective to the free practice of religion and opens wide dialogic engagement between the Catholic Church, other Christian churches, other religions, people "without religion" and other "good will". / A Declara??o Dignitatis humanae do Conc?lio Vaticano II apresenta doutrinariamente a concep??o de liberdade religiosa fundamentada na dignidade da pessoa humana. Sobressai, neste ?nterim, o fundamento antropol?gico que se desdobra do teol?gico e doutrin?rio, configurando a liberdade religiosa como o apogeu de todas as liberdades. O objetivo desta disserta??o ? desenvolver o processo de g?nese deste tema, estabelecer a defini??o conceitual e apresentar o debate acerca da liberdade religiosa. Isto, mediante uma an?lise fenomenol?gica que desemboca na hermen?utica hist?rica e teol?gica dos per?odos conciliares Antepreparat?rio, Preparat?rio e das quatro Sess?es do Conc?lio Vaticano II, bem como de documentos do Magist?rio eclesi?stico dos s?culos XIX e XX que trataram do tema. O texto se estrutura de maneira sistem?tica em quatro cap?tulos. O primeiro deles se constitui em status quaestionis ao apresentar o contexto do desenvolvimento do tema da liberdade religiosa nos documentos magisteriais que antecedem a Dignitatis humanae, bem como o posicionamento do Magist?rio eclesi?stico, que da intoler?ncia religiosa, passa ? toler?ncia e afirma??o do direito ? liberdade religiosa. O segundo e terceiro cap?tulos abarcam o conte?do doutrinal dessa Declara??o em seu contexto pr?ximo, o do Conc?lio Vaticano II. Apresentam o processo de g?nese da concep??o de liberdade religiosa expressa no texto da Declara??o Dignitatis humanae expondo e, j? analisando, as diversas etapas tem?ticas e redacionais at? que se chegue ? vers?o definitiva da Declara??o e da concep??o de direito ? liberdade religiosa. O quarto cap?tulo apresenta os desdobramentos jur?dico, teol?gico, antropol?gico e ?tico prospectivos ? Dignitatis humanae. ?mbito que possibilita a compreens?o do fen?meno da pluralidade religiosa em termos de um horizonte poss?vel n?o somente ? reflex?o teol?gica, mas tamb?m ?s ci?ncias da religi?o, ao inferir da Declara??o as suscita??es concernentes ? concep??o de uma teologia das religi?es como teologia do pluralismo religioso; cuja linguagem religiosa oferece contributo ? constitui??o do Estado de direito democr?tico, que por sua vez, tem a fun??o de tutelar e promover a liberdade religiosa. O tema da liberdade religiosa proporciona nova perspectiva para a livre pr?tica da religi?o e inaugura amplo empenho dial?gico entre a Igreja Cat?lica, as outras Igrejas crist?s, as outras religi?es, as pessoas sem religi?o e outras de boa vontade .
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Os direitos sociais clássicos e universais: o estado social e o estado democrático de direitoSimões, Carlos Jorge Martins 21 June 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-06-21 / The democratic rule-of-law is a legal-political formation of a different
nature of the welfare state. Its institution has not resulted from the reform of the
rule-of-law and the welfare state, but its historical and logical-categorical
synthesis. It presents unique distinctions and specifications, in which political
density required the constitutionality of its own state formation.
It originated pioneer universal social rights, integrated into civil and
political rights, forming an indivisible interdependent and interrelated category.
This follows from the insemination of Fundamental Principles and Guarantees,
coupled with constitutional ethical values, which ends in new state institutions.
As a result, it links the state onto social policies applied through plans,
programs and projects. In an original way it separated the Economic and
Financial Order from the Social Order, characterizing it not as a mere reflection
of mechanistic economic development, but by a set of axiological guidelines
disconnected from the market, to be enforced by state initiative with the
participation of civil society.
Social rights acquired thus a new legal-political nature, which requires
not only the seizure of teleological criteria, generally reduced into social
purposes like the minimum basic necessities, but by institutional criteria, based
on assumptions of its acquisition, allowing the distinction into classic, linked to
employment and universal which is related to incomes. Its universalization is
consistent with the institution of participatory democracy, with new functional
links and the reform of state policies.
It thus promotes the overcoming of the traditional strict separation
between state and civil society by direct democracy, particularly through
councils as it assists in the establishment and control of social policies, as well
as the federal decentralization of the judiciary branch in three dimensions;
administrative, financial and functional and also new institutional competencies
and charges for Federal and State Courts which are holders of the new and
more effective constitutional rights / O Estado Democrático de Direito é uma formação jurídico-institucional
de natureza distinta do Estado Social. Sua instituição não resultou da simples
reforma do Estado de Direito e do Estado Social, mas de sua síntese histórica
e lógico-categorial. Apresenta distinções e especificidades, cuja densidade
política exigiu a constitucionalidade de uma formação estatal própria.
Instituiu pioneiramente os direitos sociais universais, integrados aos
direitos civis e políticos, em uma unidade categorial indivisível, interdependente
e inter-relacionada. Tal decorre da instituição pioneira dos Princípios e
Garantias Fundamentais, conjugada com valores éticos constitucionais, que
inseminam novas instituições estatais. Em decorrência, vincula a ação estatal
às políticas sociais por meio de planos, programas e projetos. E, para isso, de
modo original, separou a Ordem Econômica e Financeira da Ordem Social,
superando a concepção mecanicista anterior, por meio de diretrizes
axiológicas, desvinculadas da lógica do mercado, a serem efetivadas pela
iniciativa estatal, com a participação da sociedade civil.
Os direitos sociais adquiriram uma nova natureza jurídico-política, cuja
apreensão exige não somente o critério teleológico, reduzindo-os à sua
finalidade social (necessidades básicas), mas sobretudo o critério institucional,
com base nos pressupostos de sua aquisição, que nos permite distingui-los
em clássicos, vinculados às relações de trabalho e universais, às relações de
consumo e renda. Sua universalização coaduna-se com a instituição da
democracia participativa, com novos vínculos funcionais e a reforma das
competências estatais. Promove a superação da separação rígida e tradicional
entre o Estado e a sociedade civil; a democracia direta, sobretudo por meio por
meio dos conselhos, na instituição das políticas sociais e na fiscalização de sua
execução, assim como a iniciativa popular das leis; a municipalização
tridimensional; a autonomia administrativa, financeira e funcional do Poder
Judiciário; novas competências e encargos do Ministério Público e da
Defensoria Pública, agora titulares dos interesses transindividuais; e novas
garantias constitucionais para maior efetividade dos direitos
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O cidadão legislador: iniciativa popular de emenda constitucional no Estado Democrático de DireitoGonçalves Junior, Jerson Carneiro 09 October 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-10-09 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The objectives of this paper are to reflect upon the exercise of the political
fundamental right of citizen s initiative. In order to fulfill this constitutional aspiration under
the scope of citizenship and the democratic rule of law, it is essential to consider the concept
of citizenship and the analysis of citizen s initiative in the federal, state, district. The legal
system points out to the fundamental principle of citizenship and the democratic rule of Law,
communicating constitutional laws implied in the process of the exercise of citizenship,
disseminating them throughout the legal system. Based on the idea of principle, this paper
analyzes citizen s initiative expressed in the federal, state and municipal realms in order to
sustain the feasibility of the right to exercise this fundamental political right in the lawmaking
process for constitutional amendments. In order to do that, in the light of constitutional law,
there is the need to recognize the innate citizen as the only one entitled to propose and initiate
amendments to the Constitution. In this sense, constitutional law is an open inter-text and
the study of history is fundamental, because without it human beings would never have found
conditions to evolve. For this reason, the path to understand citizen s initiative should
consider the Brazilian constitutional history, especially the review of the Assembly s annals
of the 1987 National Constitution Assembly in order to evaluate and challenge the writing of
the constitutional and infra-constitutional laws related to citizen s initiative in order to
demonstrate, by the interpretation of constitutional laws, that innate citizens have the
possibility of exercising their political fundamental right in relation to the lawmaking process
and constitutional amendments / O objetivo deste trabalho centraliza-se na reflexão do exercício do direito político
fundamental de iniciativa popular das leis prevista na Constituição brasileira de 1988. Para
alcançar o significado desiderato constitucional, sob o prisma da cidadania, torna-se mister a
perseguição do conceito de cidadão e a análise da iniciativa popular nas esfera federal,
estadual, distrital, municipal e, caso haja no futuro, no território federal. O sistema jurídico
aponta a observância dos princípios fundamentais da soberania popular, do Estado
Democrático de Direito e da cidadania, informando as normas constitucionais implicadas em
processo do exercício da cidadania e disseminando por todo ordenamento jurídico. Partindo
da ideia de sistema, analisa-se a iniciativa popular de lei no âmbito federal, estadual e
municipal para sustentar a viabilidade do exercício desse direito político fundamental no
processo legislativo de Emenda à Constituição. Para esse enfrentamento à luz do Direito
Constitucional brasileiro, há necessidade de reconhecimento do cidadão nato, como único
legitimado a propor e a iniciar o processo legislativo de Emenda à Constituição. O Direito
Constitucional é intertexto aberto e, nesse sentido, o estudo da história é fundamental, pois
sem ela o cidadão jamais teria encontrado condições para evoluir. Por isso, o caminho a ser
trilhado é o entendimento da iniciativa popular de lei passa pela história constitucional
brasileira, em especial pela análise dos Anais da Assembleia Nacional Constituinte de 1987
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A tutela penal da ordem tributária no estado democrático de direitoBarreto, Carlos Eduardo Gonzales 17 October 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-10-17 / This master thesis has as purpose, given the current importance of tax
collection in the national scenario, to analyze how this institute is tutored in Brazil by
the criminal law and procedural criminal law. Thus, aiming at reaching this object, it
was primarily performed a study of the history and characteristics of the Democratic
Rule-Of-Law State, adopted in the Federal Constitution of 1988, of its supporting
pillars, namely, the sovereignty, citizenship and the dignity of the human person and
also the constitutional principles that guide the punitive power of the State.
Thereafter, in an analysis on the advance of global criminality, which has as main
figure the Economic Criminal Law, it was found that under the pretext of combating it,
the society started to clamor for a more punitive State, which, consequently, leaded in
certain moments to a reduction of the individual rights and guarantees. In Brazil, this
reflex could be seen in the tax crimes, when the Judiciary allowed, as a manner of
combating the tax criminality, the use of generic denounces. Still based on the
purpose of this work, it is important to emphasize that the protection given by the
Federal Constitution to the tax order about Brazil, which, in thesis would justify the
application of the criminal and procedural criminal tutelage over this institute. To that
end, a complete approach on the typical figures and the criminal procedure of the tax
crimes provided in Law No. 8.137/90 is performed, and how these crimes are treated
in countries like Portugal and Spain, which have a historic and cultural connection
with Brazil. Finally, in spite of the Brazilian legislator using the criminal tutelage in the
protection of the tax order, it is also verified that the great objective of the State in the
criminal tax area is to ensure the tax collection. That premise may be proven before
the history of laws that allowed, and still allow, the suspension or extinction of the
punitive claim before the tax payment in installments or payment of the tax debt,
respectively, which raises the discussion on the real necessity of criminalization of tax
torts / A presente dissertação de mestrado tem por objetivo, diante da atual
importância da arrecadação tributária no cenário nacional, analisar como este
instituto é tutelado no Brasil pelo direito penal e processual penal. Assim, visando
alcançar este objetivo, primeiramente realizou-se um estudo da história e das
características do Estado Democrático de Direito, adotado na Constituição Federal
de 1988, de seus pilares de sustentação, quais sejam, a soberania, cidadania e a
dignidade da pessoa humana e também dos princípios constitucionais orientadores
do poder punitivo do Estado. Em seguida, numa análise sobre o avanço da
criminalidade global, que tem como figura principal, o Direito Penal Econômico,
constatou-se que, sob o pretexto de combatê-la, a sociedade passou a clamar por
um Estado mais punitivo, que, consequentemente, levou em determinados
momentos a uma diminuição dos direitos e garantias individuais. No Brasil, este
reflexo pôde ser visto nos crimes tributários, quando foram permitidas pelo Poder
Judiciário, como forma de combater a criminalidade tributária, a utilização de
denúncias genéricas. Ainda com base no objeto deste trabalho, destaca-se a
proteção que a Constituição Federal destina a ordem tributária sobre Brasil, que, em
tese justificaria a aplicação da tutela penal e processual penal sobre este instituto.
Para tanto, é realizado um estudo completo a respeito das figuras típicas e ao
processo penal dos delitos tributários previstos na Lei nº 8.137/90, e como estes
crimes são tratados em países como Portugal e Espanha, que mantém uma ligação
histórica e cultural com o Brasil. Por fim, em que pese o legislador brasileiro utilizar a
tutela penal na proteção da ordem tributária, verifica-se também que o grande
objetivo do Estado na seara penal tributária é garantir a arrecadação tributária. Esta
premissa pode ser comprovada diante do histórico de leis que permitiram e, ainda
permitem, a suspensão ou extinção da pretensão punitiva mediante o parcelamento
ou pagamento do débito tributário, respectivamente, o que suscita a discussão
acerca da real necessidade de criminalização dos ilícitos tributários
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Estado democrático de direito e Poder Judiciário : As audiências públicas no Supremo Tribunal Federal e a legitimidade das decisões judiciais / Democratic rule of law and judiciary : the public audiences at supremo tribunal federal and the legitimacy of adjudicationLeandro, Paulo Cesar Cavasin 24 June 2015 (has links)
Submitted by Bruna Rodrigues (bruna92rodrigues@yahoo.com.br) on 2016-10-05T12:06:39Z
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Previous issue date: 2015-06-24 / Não recebi financiamento / The discussion about the institutional role of the Judiciary Branch on a
Democratic Rule of Law has been running on a singular way because the global
expansion of its intervention on political questions in. This scenario shows a possible
paradox, whereas for the majority countries with Roman-Germanic judge tradition, the
lack of representative legitimacy (by the vote) to decide about political questions for the
Judiciary Branch is a reality. In Brazil, the phenomenon either appears, and it shows
that much more traditional questions hasbeen discussed in the Legislature Branch seat
and are taken for the STF appreciation. With this basal knowledge, , this work has two
main objecitves: the first is to analyze theoretically the role of the politic evolution in
the Judicial Branch, on the political organization of Rule of and the Democrat Rule Of
Law paradigms, comparing what happened in Brazil and the central european
countries. After that, we did a qualitative analyze about public heraings as a way of
democrartic legitimation for contitucional jurisdictional activities. Starting by the
theorical mark of the “Discourse Principle”, told by Habbermas, we looked for the
transition of the way of the political – legal organization of the Democratic Rule of Law,
both in theory and in the Brazilian case. We present the institutional role of the STF in
the Brazilian Democratic Rule of Law and make a deep research about the public
hearings that were within the constitutional jurisdiction. In the end, we concluded that
the achievement of public hearings only make an important role in the legitimation (or
validation) enforcement of the rights when they are taken on a serious way by the STF
Ministers, turning possible to the people who are involved to join on the reasonable
speech that gave for the judges the base for the decision. / A discussão sobre o papel institucional do Poder Judiciário no Estado
democrático de direito tem se acirrado em razão da expansão global da sua
intervenção em questões tipicamente políticas. Este cenário apresenta um
aparente paradoxo, já que, na maioria dos países de tradição jurídica romanogermânica,
falta ao Poder Judiciário a legitimação representativa (pelo voto)
para decidir sobre questões com grande controvérsia moral. No Brasil, o
fenômeno se repete, já que, cada vez mais, questões tradicionalmente
debatidas em sede do Poder Legislativo são levadas à apreciação do STF.
Nesse cenário, o presente trabalho propõe-se a um duplo objetivo, primeiro,
analisar teoricamente a evolução do papel político do Poder Judiciário nos
paradigmas de organização política do Estado de Direito e do Estado
Democrático de Direito, comparando o que ocorre no Brasil contemporâneo
com o a história dos países centrais da Europa continental. Depois, realizamos
uma análise qualitativa sobre as audiências públicas como forma de
legitimação democrática para a jurisdição constitucional. Partindo do marco
teórico do princípio discursivo, conforme delimitado por Habermas,
investigamos a transição da forma de organização político-jurídica do Estado
de direito para a do Estado democrático de direito, tudo a partir de uma
perspectiva teórica. Apresentamos o papel institucional atual exercido pelo STF
e realizamos uma extensa pesquisa empírica sobre as audiências públicas
realizadas no âmbito da jurisdição constitucional. Por fim, concluímos que a
realização das audiências públicas somente exerce um papel na legitimação (e
validação) da aplicação do direito quando é levada a sério pelos Ministros do
STF, possibilitando a participação dos possíveis atingidos pela decisão no
discurso racional que fundamenta a decisão judicial.
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A legitimação político-pública do direito segundo a teoria discursiva de Jürgen HabermasAidar, Adriana Marques 30 March 2009 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Using the book Direito e Democracia entre facticidade e validade as a theoretical
landmark, the author intends to present, in this dissertation, that the reconstruction of the
role of law is crucial in how the philosopher proposes the structure and legitimacy of the
democratic Rule of law. Habermas seeks to interpret the society from a vision of the
internal legal system and using the theory of communicative action makes possible the
realization of the criticism of formal democracy and enables the investigation of the
validity of a plea of legitimate order. He abandons the form that the relationship between
law and moral had in his theory, separates the two spheres and denies the relation of
hierarchy and subordination of the law in relation to moral, which until then was held in
his work. Changing the way he sees the role of law (which becomes the medium for social
integration of modern communities), Habermas also needs to change his proposals on how
it verifies and certifies the legitimacy of law, because by then the answer was in moral
itself, as a last resort to which recourse. With the statement that law and moral spheres are
complementary and co-originating, the philosopher presents a legitimate process that
draws its strength from the intersubjective understanding of those who act communicative,
through the acceptance of claims of validity. To receive the burden of social integration,
the law is in the responsibility to institutionalize the results of the discursive formation of
opinion and the will of the subject. The democratic process is responsible for the
institutionalization of the interests of all subjects. On the moral sphere subjects guide
themselves only to defend of their private freedoms. It will be seen also that for Habermas,
private autonomy and public autonomy should also be seen as co-originating, it means that
to the Rule of law needs be sustained, there should not be a relationship of prevalence of a
form of autonomy on the other. The legitimacy of a law depends on the balance private
autonomy and public autonomy of citizens. The conflict between the scope of autonomy
should be resolved by reference to what the philosopher calls "common ground" to both,
which is the discourse, and a intersubjective knowledge of an system of rights composed of
fundamental rights. The light of this idea does not exists in discourse picked by the chance.
It exists in the principle discursive, its specification in the universalizing principle and the
principle of democracy. There will be also the relationship between political power and
communicative power that gives the opportunity to tie all the elements shown in the
statement that citizens may be considered co-authors of the standards (which are subject to
the condition of subjects on their private life) if the law that is legitimate for them, in
exercise of their political autonomy, being responsible for the direction of political power. / Utilizando como marco teórico o livro Direito e Democracia entre facticidade e validade,
a autora pretende apresentar, nessa dissertação, que a reconstrução habermasiana do papel
do direito tem fundamental importância na forma como o filósofo propõe a estruturação e
legitimação do próprio Estado de direito democrático. Habermas procura interpretar a
sociedade a partir de uma visão interna do sistema jurídico e ao se utilizar da teoria do agir
comunicativo torna possível a realização da crítica à democracia formal e ainda possibilita
a investigação do fundamento de validade de uma ordem legítima. Ao abandonar a forma
como apresentava a relação entre direito e moral em sua teoria, desvincula as duas esferas
e nega a relação de hierarquia e subordinação do direito em relação à moral, que até aquele
momento era defendida em seus trabalhos. Modificando a maneira como vê o papel do
direito (que passa a ser o medium responsável pela integração social das comunidades
modernas), Habermas também precisa alterar suas proposições acerca da forma como se
verifica e atesta a legitimação do direito, pois até então a resposta residia na própria
moralidade, como uma instância última a qual recorrer. Com a afirmação de que direito e
moral são esferas co-originárias e complementares, o filósofo apresenta um processo
legitimador que retira sua força do entendimento intersubjetivo daqueles que agem
comunicativamente, por meio da aceitabilidade de pretensões de validade. Ao receber o
fardo da integração social, o direito tem em si a responsabilidade de institucionalizar os
resultados da formação discursiva da opinião e da vontade dos sujeitos. Esse processo
democrático é responsável pela institucionalização das razões de todos os sujeitos, que na
esfera moral guiam-se apenas pela defesa de suas liberdades privadas. Ver-se-á, ainda, que
para Habermas, autonomia privada e autonomia pública também devem ser vistas como
co-originárias, ou seja, para que o Estado de direito se sustente, não deve existir uma
relação de prevalência de uma forma de autonomia sobre a outra. A legitimidade de uma
ordem jurídica depende do equilíbrio autonomia privada e a autonomia pública dos
cidadãos. O conflito entre os âmbitos da autonomia deve ser resolvido fazendo remissão ao
que o filósofo chama de fundamento comum a ambas, que é o discurso, e ainda a um
conhecimento intersubjetivo de um sistema de direitos composto por direitos
fundamentais. Mas o que se percebe é que o embasamento dessa idéia não se encontra em
qualquer forma discursiva. É onde se demonstra o princípio discursivo, sua especialização
em princípio universalizante e princípio da democracia. Verificar-se-á também a relação
entre poder político e poder comunicativo que confere a possibilidade de amarrar todos os
elementos mostrados, na afirmação de que os cidadãos só poderão ser considerados coautores
das normas (às quais estão sujeitos na condição de sujeitos privados), caso o direito
que for legitimado por eles, no exercício de sua autonomia política, seja o responsável pelo
direcionamento do poder político. / Mestre em Filosofia
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A garantia institucional do Ministério Público em função da proteção dos direitos humanos / The institutional guarantee of the public attorney´s office and the protection of human rightsFernanda Leao de Almeida 11 June 2010 (has links)
Esta tese volta-se à análise crítica da garantia institucional de independência do Ministério Público brasileiro sob dois aspectos: de um lado, a sua independência em relação às esferas organizacionais dos poderes clássicos do Estado; e, de outro, os limites da independência funcional que visa a assegurar, para os seus membros, o livre desenvolvimento das funções institucionais. Sob o influxo do processo de reconhecimento universal dos direitos humanos a partir da Declaração de 1948, o valor da dignidade da pessoa humana representa o fundamento central do Estado Democrático de Direito da Constituição Federal de 1988, constituindo a fonte jurídica do vasto conjunto de direitos fundamentais dela constante. A proteção dos direitos fundamentais da pessoa humana é indissociável de um regime político democrático, que não pode prescindir de um sistema eficaz de controle do exercício do poder político para a persecução de tal desiderato. Daí a importância da efetividade dos mecanismos de controle recíproco entre os órgãos estatais, no comando do princípio fundamental projetado por Montesquieu que, atualmente, não mais se reduz à formula tríplice de distribuição das funções legislativa, executiva e judicial. É nesse contexto que se pretende introduzir a análise da garantia institucional de independência do Ministério Público, à luz, especificamente, de determinadas funções que lhe foram atribuídas para o controle de decisões de outros órgãos estatais, sobretudo do Executivo, envolvendo a tutela dos direitos fundamentais de proteção da dignidade da pessoa humana. A hipótese é a da existência de aspectos organizacionais condicionando o funcionamento do Ministério Público em dissonância de sua plena afirmação como novo ator político; quais sejam: a) a ausência de limites precisos à garantia de independência funcional no desenvolvimento de suas atividades; b) um sistema autocrático de gestão orientando as decisões sobre todas as políticas institucionais; c) a manutenção dos vínculos que prendem a instituição ao Executivo do Estado, concebido como o ramo hegemônico do regime político brasileiro. O trabalho pretende investigar as causas das incorreções, correlacioná-las e apontar os seus equívocos, para a identificação dos pontos relevantes sujeitos a uma pronta alteração de cunho organizacional, de modo a serem reproduzidos no funcionamento do Ministério Público brasileiro os valores republicanos e democráticos que devem informar um regime político como Estado Democrático de Direito. / This thesis offers a critical analysis of the institutional guarantee of independence of the Brazilian Public Attorney\'s Office regarding two aspects: on one hand, its independence concerning the organizational spheres of the classical branches of the State; on the other hand, the limits of the functional independence that aims at securing free development of the institutional functions to the members of the Public Attorney\'s Office. Due to the process of universal acknowledgement of human rights since the Declaration of 1948, the value of a human being\'s dignity represents the central basis of the Democratic Rule of Law of the 1 988 Federal Constitution, establishing a legal source for the vast set of fundamental rights contained in it. The protection of the fundamental rights of a human being is intrinsic to a democratic political system, which cannot dispense with an efficient procedure to control the use of political power for pursuing such desideratum. Hence the importance of the efficiency of the mechanisms of checks and balances among state agencies, in carrying out the fundamental principle proposed by Montesquieu that is no longer limited nowadays to the triple distribution formula of legislative, executive and judiciary functions. It\'s in this context that the present work intends to introduce the analysis of the institutional guarantee of independence of the Public Attorney\'s Office, specifically examining certain functions attributed to it for the control over decisions by other state agencies, particularly in the executive branch, that involve the safeguarding of the fundamental rights of protection of a human being\'s dignity. The hypothesis is the existence of organizational aspects stipulating the operation of the Public Attorney\'s Office in discordance with its full role as new political agent, such as: a) absence of precise limits to guarantee functional independence in the development of its activities; b) an autocratic ruling system guiding decisions on all institutional policies; c) maintenance of the bonds linking the institution to the executive branch, which is conceived as the hegemonic branch of Brazil\'s political system. This work intends to investigate the causes of those problems, correlate them and pinpoint mistakes, in order to identify the relevant points that would be subject to a swift alteration in terms of organization, so the republican, democratic values that ought to conduct a political regime as a Democratic Rule of Law may be reproduced in the operations of the Brazilian Public Attorney\'s Office.
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Proteção penal deficiente nos crimes contra a ordem tributária: necessidade de readequação do sistema punitivo para a efetiva implementação do estado democrático de direito / Deficient criminal protection against tax crimes: the need of readjustment at the punitive system to an effective implementation of the democratic rule of lawZanella, Everton Luiz 30 September 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-09-30 / The purpose of the present essay is to produce a critical analysis of the criminal system for transgressions against tax laws, reputed as lenient and deficient, and to demonstrate the need of a readjustment, in order to adapt it to the current constitutional order, indications the appropriate changes. Beginning with a review on the origins, evolution and features of the Democratic Rule of Law, adopted on the Federal Constitution of 1988 and rooted on values of democracy and human dignity, this essay will demonstrate the obsolescence of the Criminal Law and the inconsistency between it and the Federal Constitution, considering its inefficiency on fighting felonies against the rights of the society, as tax crimes. After such prior conjecture, I propose a restructuration of the criminal system by electing the most relevant legal goods, whose materiality derives from the Constitution, and the bestowed criminalization powers, i.e. the mandatory punishment of those human actions that harms collective goods of social importance, in the light of fundamental rights declared by the Federal Constitution. Within this scope, while selecting what should or shouldn t be penalized and how such penalization should be performed, it s presented a study about the proportionality principle and its twofold availability: the prevention against excesses, as a way to guarantee individual freedoms (negative actions of the State), and prevention against defective protection, in order to assure the proper State guardianship on restraining and punishing harmful actions against important legal goods (whose protection comes from criminalization powers). After that, comes a specific assessment of crimes against the economy (genre) and, in more details, of tax crimes (specie), which harm legal goods of utmost importance for society and hinder the achievement of the social justice aimed by the Democratic Rule of Law, which is characterized by the implementing of individual, social and collective rights. Finally, I prove that the current protection system against tax crimes is far from being efficient, mostly because of unjustifiable legal benefits granted to offenders, which are expanded by jurisprudence. This can be exemplified, for instance, by the extinction of punishableness for tax evaders, although unrepentant, after the enforced payment; as well as by the indulgence of the State, when refuses to file criminal charges against the tax evader, provided that a settlement is signed, or even by allowing the administrative discussion of the debt. These facts lead to the conclusion that the punishment system for such felonies contradicts the guidelines of the Constitution and need to be reconsidered, in order to allow an effective establishment of the Democratic Rule of the Law / O presente trabalho tem por objetivo realizar uma análise crítica do sistema punitivo nos crimes contra a ordem tributária, extremamente brando e deficiente, e demonstrar a necessidade de adequá-lo à ordem constitucional hoje vigente, indicando as mudanças cabíveis. Partindo de um estudo sobre a origem, a evolução e as características do Estado Democrático de Direito, adotado na Constituição Federal de 1988, radicado nos valores da democracia e da dignidade da pessoa humana, demonstra-se que o Direito Penal pátrio é ultrapassado e incompatível com a Constituição, por não combater de forma eficiente condutas criminosas de grande gravidade que afrontam direitos de toda a sociedade, como os crimes contra a ordem tributária. Dado este pressuposto, é feita uma proposta de relegitimação do sistema punitivo, através da abordagem da eleição dos bens jurídicos penalmente relevantes, os quais possuem carga valorativa constitucional, e dos mandados de criminalização, ou seja, da obrigatória penalização daquelas ações humanas que atentem contra os bens de maior relevância social, à luz dos direitos fundamentais previstos na Constituição Federal. Nesta seara, na busca da seleção sobre o que deve ou não ser penalizado e de que forma e intensidade deve ser concretizada esta penalização, é feito um estudo sobre o princípio da proporcionalidade e sua dupla face: proibição do excesso, como forma de garantir as liberdades individuais (atuação negativa do Estado), e proibição da proteção deficiente, com o objetivo de garantir a adequada prestação de tutela estatal para repressão e punição dos comportamentos lesivos aos bens jurídicos de maior importância (cuja proteção advém dos mandados de criminalização). Em continuidade, é feita uma análise específica sobre os delitos econômicos (gênero) e mais detidamente sobre os crimes contra a ordem tributária (espécie), que atingem bens jurídicos de extrema importância para toda a coletividade e impedem o alcance da almejada justiça social mirada pelo Estado Democrático de Direito, caracterizada pela efetivação dos direitos individuais, sociais, difusos e coletivos. Constata-se, afinal, que o sistema atual de proteção contra delitos tributários é bastante deficiente para combatê-los, em decorrência, sobretudo, de injustificáveis benesses previstas em lei e ampliadas pela jurisprudência, como a causa de extinção da punibilidade para os sonegadores, ainda que habituais, pelo simples pagamento, ainda que não espontâneo, do tributo sonegado, e o óbice à responsabilização penal do agente em decorrência do parcelamento do débito ou até mesmo da mera discussão do lançamento tributário na esfera administrativa, chegando-se à conclusão de que o mecanismo punitivo no tocante aos delitos estudados contraria o escopo constitucional e necessita ser alterado para permitir a real implementação do Estado Democrático de Direito
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