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Onde mora o perigo? : um estudo sobre noções e práticas de proteção à infância entre moradores de uma vila popular de Porto Alegre

Vecchio, Maria Carolina January 2007 (has links)
Historiquement, !'État brésilien a toujours joué le rôle de définir légalement et idéoIogiquement les manieres d'exécuter Ie soin et Ia protection de I'enfance. Actuellement, les façons de protection idéales ne sont plus "l'emprisonnement protectif' et "éducatif' des enfants et des adolescents pauvres dans I'espace des fabriques et des maisons d'éducation, mais dans Ia substitution de cela par le modele familier de Ia classe moyenne. Si d'un côté cela a représenté un progres, de I'autre il a amené une série de paradoxes. En fait, il est possible de constater une grande décalage entre Ies idéaux liés à Ia protection soutenus par l'État et quelques pratiques des familles des classes populaires. Ces pratiques de protection, basées sur I'accumulation des savoirs locaux et sur I'adaptation des regles sociales aux conditions socioéconomiques de cette population, a souvent été mal interprétées ou même déconsidérées par Ia l1l:1joritéde Ia classe moyenne (on y inclu les agents des politiques publiques). Ainsi, cet élude a le but d'amplier I'approche entre les agents sociaux et les groupes populaires à travers de Ia compréhension des notions du "danger" et de Ia "protection" qui ont donné du sens aux pratiques liées à l'enfance dans le contexte des banlieues à Porto Alegre. / Historicamente, o Estado brasileiro tem se colocado no lugar de definidor legal e ideológico das formas de cuidado e proteção à inrnncia. Atualmente, as formas de proteção ideais não são mais o "enclausuramento protetivo" e "educativo" das crianças e adolescentes pobres em fábricas ou em pensionatos, mas na substituição destes pelo modelo da família nuclear de classe média. Se por um lado isto representou um avanço, por outro trouxe uma série de paradoxos. De fato, é possível constatar uma distância enorme entre os ideais de proteção sustentados pelo Estado e algumas práticas de famílias de classes populares. Essas práticas de proteção, pautadas na acumulação de saberes locais e na adaptação das normas sociais às condições socioeconômicas desta população, têm sido frequentemente mal interpretadas ou mesmo desconsideradas pelos setores da classe média (incluindo aí os agentes das políticas públicas). Assim, este estudo tem o objetivo de contribuir para uma maior aproximação entre os agentes sociais e seu público alvo através da compreensão das noções de "perigo" e "proteção" que conferem sentido às práticas ligadas à intãncia no contexto de uma vila popular de POIio Alegre.
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Onde mora o perigo? : um estudo sobre noções e práticas de proteção à infância entre moradores de uma vila popular de Porto Alegre

Vecchio, Maria Carolina January 2007 (has links)
Historiquement, !'État brésilien a toujours joué le rôle de définir légalement et idéoIogiquement les manieres d'exécuter Ie soin et Ia protection de I'enfance. Actuellement, les façons de protection idéales ne sont plus "l'emprisonnement protectif' et "éducatif' des enfants et des adolescents pauvres dans I'espace des fabriques et des maisons d'éducation, mais dans Ia substitution de cela par le modele familier de Ia classe moyenne. Si d'un côté cela a représenté un progres, de I'autre il a amené une série de paradoxes. En fait, il est possible de constater une grande décalage entre Ies idéaux liés à Ia protection soutenus par l'État et quelques pratiques des familles des classes populaires. Ces pratiques de protection, basées sur I'accumulation des savoirs locaux et sur I'adaptation des regles sociales aux conditions socioéconomiques de cette population, a souvent été mal interprétées ou même déconsidérées par Ia l1l:1joritéde Ia classe moyenne (on y inclu les agents des politiques publiques). Ainsi, cet élude a le but d'amplier I'approche entre les agents sociaux et les groupes populaires à travers de Ia compréhension des notions du "danger" et de Ia "protection" qui ont donné du sens aux pratiques liées à l'enfance dans le contexte des banlieues à Porto Alegre. / Historicamente, o Estado brasileiro tem se colocado no lugar de definidor legal e ideológico das formas de cuidado e proteção à inrnncia. Atualmente, as formas de proteção ideais não são mais o "enclausuramento protetivo" e "educativo" das crianças e adolescentes pobres em fábricas ou em pensionatos, mas na substituição destes pelo modelo da família nuclear de classe média. Se por um lado isto representou um avanço, por outro trouxe uma série de paradoxos. De fato, é possível constatar uma distância enorme entre os ideais de proteção sustentados pelo Estado e algumas práticas de famílias de classes populares. Essas práticas de proteção, pautadas na acumulação de saberes locais e na adaptação das normas sociais às condições socioeconômicas desta população, têm sido frequentemente mal interpretadas ou mesmo desconsideradas pelos setores da classe média (incluindo aí os agentes das políticas públicas). Assim, este estudo tem o objetivo de contribuir para uma maior aproximação entre os agentes sociais e seu público alvo através da compreensão das noções de "perigo" e "proteção" que conferem sentido às práticas ligadas à intãncia no contexto de uma vila popular de POIio Alegre.
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Onde mora o perigo? : um estudo sobre noções e práticas de proteção à infância entre moradores de uma vila popular de Porto Alegre

Vecchio, Maria Carolina January 2007 (has links)
Historiquement, !'État brésilien a toujours joué le rôle de définir légalement et idéoIogiquement les manieres d'exécuter Ie soin et Ia protection de I'enfance. Actuellement, les façons de protection idéales ne sont plus "l'emprisonnement protectif' et "éducatif' des enfants et des adolescents pauvres dans I'espace des fabriques et des maisons d'éducation, mais dans Ia substitution de cela par le modele familier de Ia classe moyenne. Si d'un côté cela a représenté un progres, de I'autre il a amené une série de paradoxes. En fait, il est possible de constater une grande décalage entre Ies idéaux liés à Ia protection soutenus par l'État et quelques pratiques des familles des classes populaires. Ces pratiques de protection, basées sur I'accumulation des savoirs locaux et sur I'adaptation des regles sociales aux conditions socioéconomiques de cette population, a souvent été mal interprétées ou même déconsidérées par Ia l1l:1joritéde Ia classe moyenne (on y inclu les agents des politiques publiques). Ainsi, cet élude a le but d'amplier I'approche entre les agents sociaux et les groupes populaires à travers de Ia compréhension des notions du "danger" et de Ia "protection" qui ont donné du sens aux pratiques liées à l'enfance dans le contexte des banlieues à Porto Alegre. / Historicamente, o Estado brasileiro tem se colocado no lugar de definidor legal e ideológico das formas de cuidado e proteção à inrnncia. Atualmente, as formas de proteção ideais não são mais o "enclausuramento protetivo" e "educativo" das crianças e adolescentes pobres em fábricas ou em pensionatos, mas na substituição destes pelo modelo da família nuclear de classe média. Se por um lado isto representou um avanço, por outro trouxe uma série de paradoxos. De fato, é possível constatar uma distância enorme entre os ideais de proteção sustentados pelo Estado e algumas práticas de famílias de classes populares. Essas práticas de proteção, pautadas na acumulação de saberes locais e na adaptação das normas sociais às condições socioeconômicas desta população, têm sido frequentemente mal interpretadas ou mesmo desconsideradas pelos setores da classe média (incluindo aí os agentes das políticas públicas). Assim, este estudo tem o objetivo de contribuir para uma maior aproximação entre os agentes sociais e seu público alvo através da compreensão das noções de "perigo" e "proteção" que conferem sentido às práticas ligadas à intãncia no contexto de uma vila popular de POIio Alegre.
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Au-delà du chaos : l’héritage de l’impunité institutionnalisée pour expliquer l’extrême violence au Guatemala post-conflit

Denicourt-Fauvel, Camille 29 May 2020 (has links)
Cette thèse de maîtrise se penche sur le paradoxe de la continuation de la violence en « temps de paix » au Guatemala. Elle met de l’avant une explication liée à la persistance en démocratie post-conflit d’une culture conservatrice de la violence, phénomène rendu possible par le cautionnement de l’impunité au moment de la transition post-conflit. À la lumière de la littérature, cette thèse s’inscrit dans l’objectif de décortiquer le rôle de l’impunité dans la prolifération de la violence et, en contrepartie, l’apport des mouvements sociaux à la démocratie. Ce travail offre d’abord une analyse de l’impact de la justice transitionnelle sur le processus de démocratisation guatémaltèque. Il ressort de cet exposé que la mise en œuvre des prescriptions de la justice transitionnelle au Guatemala a, au nom de la stabilité et de la réconciliation, permis à la norme autoritaire de l’impunité de se perpétuer par-delà la transition démocratique. Une présentation des luttes pour la justice en matière de droits humains permet de constater toute la difficulté d’obtenir justice pour les victimes de violations graves de droits humains, même en ce qui a trait à des actes aussi graves que les crimes contre l’humanité et ceux de génocide. Si des luttes sociales en faveur de la justice ont, au fil du temps, permis la reconnaissance par les tribunaux des certaines des pires atrocités commises par les militaires, une analyse du féminicide contemporain permet de nuancer ces victoires, mettant en relief l’institutionnalisation de l’impunité et son rôle dans la prolifération de l’extrême violence qui continue d’affliger le pays. Cette thèse s’inspire de différentes perspectives théoriques pour contempler la propension des luttes pour la justice d’investir l’imaginaire citoyen et parvenir contre toute attente à atténuer les violences à travers une redéfinition critique de la démocratie, malgré des blocages institutionnels certains.
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Rapatriement des ancêtres autochtones : comparaison des processus au Canada et aux États-Unis

Forest-Ponthieux, Viviane 02 1900 (has links)
Considérant le contexte actuel entourant le rapatriement des ancêtres autochtones et des besoins formulés par ces communautés de voir ce retour s’effectuer promptement, force est de constater que les institutions québécoises ne répondent pas à ce besoin de manière proactive. Les processus de rapatriement québécois sont rares, mais sont plus fréquents au Canada et aux États-Unis. À l’aide d’une grille de critères d’analyse, je fais une comparaison entre trois études de cas canadiennes et états-uniennes afin de déterminer quels sont les éléments facilitants, les outils, les obstacles et les modes de résolution de conflit qui permettraient de mettre en place nos propres processus de rapatriement éthiques et décolonisées au Québec. Les approches diffèrent selon les deux pays : le Canada a adopté une approche localisée centrée autour de la négociation, tandis que les États-Unis ont plutôt adopté une approche rigide standardisée par des législations fédérales, les lois Native American Graves Protection and Repatriation Act (NAGPRA) et National Museum of the American Indian Act (NMAIA). Quel type d’approche correspondrait le mieux à notre contexte socio-historique? Celle rigide de type NAGPRA ne répond pas aux besoins de flexibilité formulés par les Premiers Peuples. Cependant, certains éléments des législations états-uniennes auraient grand avantage à être adoptés puisqu’ils impliquent des changements nécessaires à la mise en place de processus de rapatriement efficaces (organisation des collections, inclusion de savoirs traditionnels, etc.). De plus, certains éléments juridiques autochtones pourraient être implantés dans la constitution de processus de rapatriement, qui doit être conjointe. / Considering the current context surrounding the repatriation of Indigenous ancestors and the needs expressed by these communities to see this return take place promptly, it is obvious that Quebec institutions are not responding to this need in a proactive manner. Cases of repatriation in Quebec are rare, but certain processes exist in Canada and the United States. Using a grid of analytical criteria, I compare three Canadian and American case studies in order to determine what are the facilitating elements, tools, obstacles and methods of conflict resolution which can allow us to set up our own ethical and decolonized repatriation processes in Quebec. The approaches differ depending on the two countries: Canada has adopted a localized approach centered around negotiation, the United States on the other hand has adopted a rigid approach standardized by federal legislation, the Native American Graves Protection and Repatriation Act (NAGPRA) and National Museum of the American Indian Act (NMAIA). What type of approach would best fit our socio-historical context? The rigid NAGPRA model does not meet the flexibility needs expressed by the First Peoples, Inuits and Métis. However, certain elements of US legislation would greatly benefit from being adopted since they involve changes necessary for the establishment of effective repatriation processes (organization of collections, inclusion of traditional knowledge, etc.). In addition, certain indigenous legal elements could be implemented in the constitution of the repatriation process, which must be elaborated between equal parties.
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Asile et genre : analyse anthropologique des demandes d’asile pour les violences de genre au Canada

Bohard, Isabelle 06 1900 (has links)
Ce mémoire s’intéresse au changement de la notion d’asile à travers l’incorporation du concept de genre et son impact sur les processus de demande d’asile et l’octroi du statut de réfugié pour les personnes victimes de violences liées au genre au Canada. À partir d’une perspective diachronique sur les transmutations de l’asile et des transformations sociales et culturelles de ce phénomène social, nous enregistrons des tensions et des contradictions qui émanent de son application et des discours qui lui sont reliés. L’observation des dynamiques contradictoires qui s’enchevêtrent dans ce champ indique une tension dialectique entre les droits humains et la citoyenneté, une symbiose dans le développement des droits de la femme et les lois sur les réfugiés et des contradictions comme celles entre le relativisme et l’essentialisme. L’examen du processus de demande d’asile pour les femmes en particulier victimes de violences liées au genre à travers l’analyse des transformations sociales et culturelles signale le caractère éminemment politique de ce phénomène qui situe l’asile au carrefour du procès d’émancipation du sujet politique. / This thesis focuses on the change of the concept of asylum through the incorporation of the gender concept and its impact on the application process of asylum and the granting of status refugee for victims of gender violence in Canada. From a diachronic perspective on the transmutations of asylum and of social and cultural transformations of this social phenomenon, we record the tensions and contradictions be issued by its application and its related discourse. The observation that conflicting dynamics tied in this field displays a dialectical tension between human rights and citizenship, a symbiosis in the development of women’s rights and laws on refugees and contradictions as those between the relativism and essentialism. The review of asylum process especially for women in particular victims of gender violence through an analysis of social and cultural change signals the highly political nature of this phenomenon and lies asylum at the crossroads in the process of emancipation of the political subject.
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Le droit à réparation des victimes de violations des droits humains par les entreprises multinationales

Belporo, Christelle 12 1900 (has links)
Alors que la question de la responsabilité juridique des entreprises multinationales (EMNs) est sujette à de nombreuses controverses sur la sphère internationale, les victimes collatérales et directes des activités des EMNs sont engagées dans une tout autre bataille. En effet, de quels recours disposent les victimes de pollution environnementale causée par les activités d’une entreprise minière, ou les employés victimes de violations des droits fondamentaux du travail au sein d’une chaîne de production par les sous-traitants d’une très respectable EMN? Telles sont les interrogations animant la présente étude qui se focalise essentiellement sur la mise en oeuvre du droit à la réparation consacrée par le troisième pilier des Principes directeurs adoptés par l’ONU en 2011. Retraçant les fondements du droit à la réparation en droit international, elle met en évidence l’impossibilité de poursuivre les EMNs devant les instances internationales du fait de l’irresponsabilité juridique internationale découlant du statut actuel des EMNS. En l’absence de législation extraterritoriale et d’harmonisation juridique au niveau régional, l’analyse aborde ainsi en profondeur les opportunités et les limites de la mise en oeuvre du droit à réparation devant les instances judiciaires nationales les plus courues du moment par les victimes qui cherchent à obtenir des réparations pour les violations des droits humains par les EMNs. Si les obstacles rencontrés par les victimes devant le prétoire américain n’ont eu de cesse de se multiplier ces dernières années, l’émergence d’un principe de diligence raisonnable sous-tendant l’idée d’une responsabilité civile des EMNS devant le juge européen et canadien peut offrir une base adéquate pour asseoir l’encadrement d’un droit à réparation par les acteurs transnationaux à l’échelle locale. Les Principes directeurs privilégiant également l’implication des EMNs dans la mise en oeuvre du droit à réparation, la recherche se clôt avec l’étude du cas pratique de la réponse apportée par les EMNs aux victimes bangladaises de la tragédie du Rana Plaza survenue en 2013 à Dacca. L’analyse permet ainsi de conclure que de ce combat aux allures de David contre Goliath opposant les EMNs à leurs victimes, il est impératif que les mécanismes judiciaires nationaux soient renforcés et que l’encadrement juridique de la responsabilité internationale des EMNs sorte enfin des sentiers battus afin de remédier à l’asymétrie causée par la poursuite des intérêts économiques sur la protection effective des droits humains. / While the legal issue of multinational companies (MNCs) liability is subject to a large controversy in the international sphere, the collateral and direct victims of the MNCs’ activities are engaged in a different battle. Indeed, what remedies are available to victims of environmental pollution caused by a mining company, or employees who are victims of human rights violations of labour within a production chain managed by the subcontractors of a very respectable MNC? These are the mains questions of this study which focuses primarily on the implementation of the right to remedy enshrined in the third pillar of the UN Guidelines adopted in 2011. Tracing the foundations of the right to remedy under international law, it highlights the impossibility to prosecute MNCs in international forums due to the international legal irresponsibility resulting from the current status of MNCs. In the absence of extraterritorial legislation and legal harmonization at the regional level, the analysis proposes an in depth discussion of the opportunities and limitations of the implementation of the right to remedy in the main national courts used by victims seeking redress for human rights violations committed by MNCs. If the barriers faced by victims before the American courts have not ceased to grow in recent years, the emergence of due diligence obligation behind the idea of a civil liability of MNCs presented before European judges can provide an adequate basis to establish the framework of a right to compensation by transnational actors at the local level. As the Guidelines also emphasize the involvement of MNCs in the implementation of the right to compensation, the study concludes with the practical case study of the response give by MNCs to the Bangladeshi victims of the 2013 Rana Plaza tragedy that occurred in Dhaka. The analysis allows to conclude that this struggle between MNCs and their victims is similar to the battle between David and Goliath. It is thus imperative to strengthen national judicial mechanisms and ensure that the legal framework for the international responsibility of MNCs finally gets out of the beaten tracks to address the asymmetry between the pursuit of economic interests and the effective protection of human rights.
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L'accord de Cotonou et les contradictions du droit international : l'intégration des règles de l'Organisation mondiale du commerce et des droits humains dans la coopération ACP-CE

Gallie, Martin January 2006 (has links)
"Thèse présentée à la Faculté des études supérieures de l'Université de Montréal en vue de l'obtention du grade de Docteur en Droit (LL.D.) Et à A la faculté de droit Jean Monnet en vue de l'obtention du doctorat en Sciences Juridiques" / Ce travail poursuit deux objectifs principaux: un objectif juridique et un objectif d'ordre épistémologique. Il s'agit tout d'abord de rendre compte d'un point de vue juridique et empirique les implications du passage des Conventions de Lomé à l'Accord de Cotonou. Nous examinons les implications de la redéfinition des accords de coopération sur les politiques de développement des Etats ACP, et plus précisément l'évolution des obligations à la charge des deux groupes de pays dans les domaines du commerce international et des droits humains. Dans un premier temps, nous montrons que la non réciprocité des obligations commerciales entre les deux groupes de pays qui caractérisait les Conventions de Lomé est définitivement écartée au profit d'obligations réciproques et identiques pour les deux groupes de pays en conformité des dispositions de l'Organisation mondiale du commerce. Le principe de l'inégalité compensatrice est abandonné au profit de la libéralisation commerciale. Le traitement spécial et différencié, pourtant consacré dans l'Accord instituant l'OMC, apparaît ainsi dépourvu d'une grande partie de son intérêt. Dans un deuxième temps, ce sont les obligations relatives au respect des droits humains qui retiennent notre attention. L'élargissement du champ de la coopération à des questions considérées depuis l'indépendance comme des questions relevant de la compétence interne des Etats, se traduit par une remise en cause de la souveraineté des Etats ACP. Le principe de non-ingérence dans les affaires intérieures, héritage de la décolonisation, est ainsi remis en question. Mais surtout, nous établissons que tous les droits humains ne sont pas concernés par cet élargissement. Le deuxième objectif de ce travail est d'ordre épistémologique. Il VIse à démontrer le caractère heuristique d'une analyse constructiviste du droit pour la compréhension de notre objet mais aussi l'intérêt de ce type d'approche au regard des débats qui structurent le champ disciplinaire sur les rapports entre les droits humains et le droit du commerce international. A travers l'étude de l'Accord de Cotonou, nous tentons de mettre en lumière le fait que les droits humains et règles de l'OMC n'évoluent ni de manière complémentaire ni séparément et qu'il ne suffit pas de raisonner en termes de «rattrapage» et de correctifs ponctuels afin d'harmoniser ces deux champs de règles. En conclusion nous constatons que cinq ans ont suffi aux institutions européennes pour réaliser un véritable «exploit» politique. Elles ont réussi à renverser l'ensemble des obligations économiques qui étaient à la charge des deux groupes de pays, à supprimer les protocoles produits en faveur des ACP, à faire adopter un programme de libéralisation commercial qui va au-delà de tout ce qui a été négocié jusqu'ici au niveau multilatéral et ce, sous couvert de mise en conformité avec les dispositions de l'ÜMC. Enfin, l'DE a fragilisé le Groupe ACP en le morcelant en six régions, dont certaines n'ont aucune existence institutionnelle, avec lesquelles elle négocie actuellement un vaste programme de libéralisation commerciale. En ce qui a trait au respect des droits humains on constate qu'à la différence des normes de l'OMC qui font l'objet de négociations permanentes et structurent le cadre institutionnel et le fond de la coopération, le respect des droits humains ne fait pas ou peu l'objet de négociations entre les deux groupes de pays. De plus, s'ils occupent désormais une place centrale dans le discours des institutions communautaires en charge du développement, le seul mécanisme mis en oeuvre pour sanctionner leurs violations est utilisé d'une manière partiale et sélective. Seule l'DE peut l'utiliser et elle ne choisit de le faire que quand la sanction infligée à un pays ACP ne met pas en péril ses propres intérêts. Bref, l'intégration des droits humains dans le cadre de la coopération contribue davantage aujourd'hui à une remise en cause de l'égalité souveraine des Etats qu'à la promotion des Pactes de 1966, au respect des normes de l'OIT ou du droit des réfugiés. / This work pursues two aims. The first one is to seek to understand and to explain the stakes and the implications of the transformation of the Lomé convention into the Cotonou agreement, from a constructive approach of law. It is then a question of contributing to the legal thought concerning the degree of complimentary and coherence between the two fields of the internationallaw, human rights and international trade law. The second aim led us to look into the question of the real integration, which proved to be selective, of the standards coming from these two fields of law into the Cotonou Agreement. In the cooperation, the breach of human rights, as the OMC standards, is appreciated in a subjective and unilateral way by the E.U. Far from contributing to a complementary approach, the cooperation reinforces the dichotomy between these two fields of internationallaw, by treating them on a hierarchical basis.
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La lutte contre les changements climatiques comme problème de justice distributive internationale

Lapierre, Karim-Mathieu 08 1900 (has links)
Ce mémoire est structuré en deux parties connexes : la première tente d’établir les fondements de la justice distributive dans le contexte des changements climatiques ; la seconde analyse six principes distributifs susceptibles d’éclairer l’élaboration des politiques internationales d’atténuation de l’effet de serre : les principes d’égalité, de priorité, de contraction & convergence, du « pollueur-payeur », de responsabilité historique, et de capacité. En ce qui concerne les fondements, les paradigmes de biens publics mondiaux et de droits humains fondamentaux semblent offrir de solides assises pour comprendre le caractère obligatoire de la justice climatique. Concernant l’adoption des principes distributifs, une perspective plurielle permet d’apporter un éclairage unique sur différents aspects de la distribution des quotas d’émissions et de rendre compte avec plus de force des raisons pour lesquelles les nations désignées comme étant responsables ont le devoir moral de passer à l’action. / This dissertation is organized into two related parts : the first attempts to establish the foundations of distributive justice in the context of climate change; the second analyses six distributive principles that can enlighten international mitigation policies : the principles of equality, priority, contraction & convergence, “polluter pays”, historical accountability and capacity. As regards the foundations of distributive justice, paradigms of global public goods and basic human rights seem to provide a solid basis for understanding the binding nature of climate justice. On the adoption of distributive principles, a plural perspective can provide unique insights into different aspects of the distribution of emissions quotas and reflect more strongly the reasons why nations designated as accountable for the greenhouse effect have a moral duty to take action.
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Quels principes de justice pour la sphère internationale ? : une critique de Rawls

Gagnon-Brown, Alexandre January 2008 (has links)
Mémoire numérisé par la Division de la gestion de documents et des archives de l'Université de Montréal.

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