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Dor dental: determinantes e impactos em escolares do sul do Brasil / Dental pain: determinants and impacts in schoolchildren in southern BrazilSchuch, Helena Silveira 21 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-21 / Despite the decline observed in the occurrence of oral problems, studies among schoolchildren has revealed that dental pain is still a problem of high prevalence, and may have a negative impact on quality of life of individuals and society. Considering the relevance of the topic and that there are few epidemiological studies that assess the phenomenon of pain, this cross-sectional study aimed to evaluate the report of dental pain in a school-based sample of children in South Brazil and test the association with socioeconomics, demographic, psychosocial and clinical variables. Also, aimed to investigate the consequences of dental pain on oral health perception and impact on children s daily life. A minimum sample size of 922 children was estimated. The sample, random and stratified, was selected by multistage sampling technique and evaluated in 20 schools, located in Pelotas/RS in 2011. Data collection consisted of a questionnaire to parents to obtain socioeconomic features; of interview with children, including information on family structure, on the occurrence of dental pain in the last month and in the last six months preceding the interview, on dental fear and about the perception of their oral health; and of oral clinical examination of children, who were assessed for dental caries, dental trauma and malocclusion. Data were entered twice in an EpiData 3.1 database and analyses were performed in Stata 12.0. Descriptive analysis was performed to obtain the prevalence of the dependent variable. Then, bivariate analyses were performed to test the association between dental pain and independent variables. To investigate the independent effect of variables on dental pain occurrence, Poisson regression analysis was performed, estimating the Prevalence Ratio (PR) and respective confidence intervals (95% CI). 1,199 children aged 8-12 was included in the sample. A higher prevalence of dental pain was observed in children from lower income families (PR=1.39; 95%CI 1.10-1.76), in girls (PR=1.24; 95%CI 1.06-1.46), living in overcrowded houses (PR 1.23; 95%CI 1.01-1.49), who reported dental fear (PR=1.19; 95%CI 1.00-1.42), and in children with caries experience (PR=1.57; 95%CI 1.34-1.84), after adjustments. Dental pain presence influenced in oral health perception PR=2.56; 95%CI 1.55-3.29) impacted in children s daily life (PR=1.89; 95%CI 1.64-2.17). Conclusion: A high percentage of schoolchildren suffered from dental pain, which was influenced by demographic, socioeconomics, psychosocial and clinical characteristics, causing negative impact on the oral health perception / Apesar do declínio observado na ocorrência de problemas bucais, estudos na população escolar tem revelado que a dor de origem dentária ainda é um problema de alta prevalência, podendo gerar impacto negativo na qualidade de vida dos
indivíduos e na sociedade. Frente a relevância do tema e por existirem poucos trabalhos que avaliem epidemiologicamente o fenômeno da dor, este estudo transversal teve como objetivo avaliar o relato de dor dentária em uma amostra de base escolar no sul do Brasil e testar a associação deste problema com características socioeconômicas, demográficas, psicossociais e clínicas. Também, visou avaliar as conseqüências da dor dental na percepção da saúde bucal e o
impacto na vida diária das crianças. Uma amostra mínima de 922 crianças foi estimada. A amostra, aleatória e estratificada, foi selecionada através da técnica de conglomerado em duplo estágio e avaliada em 20 escolas localizadas na zona
urbana da cidade de Pelotas/RS no ano de 2011. A coleta de dados foi composta de aplicação de questionário aos pais, para obtenção de variáveis socioeconômicas; de entrevista com as crianças, incluindo informações sobre estrutura familiar, sobre a ocorrência de dor dental no último mês e nos últimos seis meses que antecederam a entrevista, sobre medo odontológico e sobre a percepção de sua saúde bucal; e de
exame clínico bucal das crianças, que foram avaliadas em relação à cárie, traumatismo dentário e maloclusão. Os dados foram duplamente digitados no programa EpiData 3.1 e analisados usando-se o programa Stata 12.0. Foi realizada
análise descritiva para obter a prevalência da variável de interesse. Após, a associação entre dor dentária e variáveis independentes foi testada utilizando análise bivariada. Para investigar a associação independente das exposições na
ocorrência de dor dentária foi realizada análise de regressão de Poisson, estimandose as razões de prevalência (RP) e seus respectivos intervalos de confiança (IC95%). As variáveis independentes foram ordenadas em um modelo hierárquico,
que determinou sua entrada na análise estatística. Foram incluídas na amostra 1199 crianças, com idade entre 8 e 12 anos. A prevalência de dor dental foi de 35,7% (IC95% 33.0-38.5) nos últimos seis meses. Após ajustes, uma maior prevalência de dor dental foi observada em crianças oriundas de famílias com menor renda (RP=1.39; IC95% 1.10-1.76), no sexo feminino (RP=1.24; IC95% 1.06-1.46), em
crianças que viviam em casas superlotadas (RP=1.23; IC95% 1.01-1.49), que reportaram medo odontológico (RP=1.19; IC95% 1.00-1.42), e em crianças que
tiveram experiência de cárie dentária (RP=1.57; IC95% 1.34 1.84). A presença de dor dental influenciou a percepção de saúde bucal dos escolares (RP=2.56; IC95% 1.55-3.29) e impactou sua vida diária (RP=1.89; IC95% 1.64-2.17). Conclui-se que uma alta porcentagem de escolares sofre de dor dental, e que este problema, que se mostrou influenciado por características demográficas, socioeconômicas, psicossociais e clínicas, causa impactos negativos na percepção de saúde bucal das crianças
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A vulnerabilidade social por família e sua associação com o estado nutricional e atividade física de escolares em Sorocaba/SP / The social vulnerability per family and it association with nutritional status and physical activity in schoolchildren from Sorocaba/SPMartins, Claudio Eduardo Bacci, 1964- 06 November 2015 (has links)
Orientador: Antonio de Azevedo Barros Filho / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-27T21:39:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Resumo: Objetivo: Verificar se a vulnerabilidade social por família está associada ao estado nutricional, o consumo alimentar e a prática de atividade física em escolares de Sorocaba/SP. Métodos: Estudo transversal com grupo controle, realizado em escolares extremamente vulneráveis e muito vulneráveis (GV), segundo o Índice de Vulnerabilidade Social por Família. Participaram 400 indivíduos, 205 (51,2%) masculino, sendo 100 (25%) vulneráveis e 300 (75%) controle (GC), entre 5 e 14 anos, média de 7,92 +/- 1,5. Foram medidas a circunferência abdominal (CA), massa corporal e estatura obtendo-se o índice de massa corporal (IMC) e os escores Z do IMC (Z_IMC) e estatura para Idade. Coletou-se informações do IMC dos pais, mães e responsáveis; parentesco do responsável, idade, estado civil, número de residentes na casa (NR) e número de filhos (NF). Foram utilizados o Questionário Alimentar do Dia Anterior (QUADA-3) para obtenção do consumo alimentar e o Questionário de Atividade Física do Dia Anterior (QUAFDA) para obter informações de atividade física. Foi realizada análise descritiva, associação entre as prevalências e modelo de regressão para determinar o Odds Ratio (OR) e intervalo de confiança (IC 95%) entre as variáveis dos grupos, com significância de p < 0,05. Resultados: Houve diferença significativa entre vulneráveis e controle para: Z_IMC (p = 0,008), CA (p = 0,006), NR (p < 0,001) e NF (p < 0,001). A regressão logística apontou que o controle apresentou maior risco para o excesso de peso, OR 2,27 (IC 95%: 1,27-4,07; p = 0,006) e para CA (P > 80), OR 2,36 (IC 95%: 1,27-4,40; p = 0,007), enquanto os vulneráveis, para magreza OR 3,74 (IC 95%: 1,20-11,6; p = 0,023). A recomendação diária para a realização de três refeições e dois lanches foi cumprida pelo GV e GC, respectivamente, por 72% e 73%; carnes 95% e 94%; feijão 87% e 86%; leite e derivados 16% e 18%; frutas 22% e 27%; hortaliças 21% e 30%. A frequência do consumo de doces (88,8% GV, 92% GC) e de refrigerante foi alta (56,3% GV, 54,4% GC), sem diferenças significativas entre os grupos para todos os itens avaliados. Ambos, GV (68,5%) e GC (69,7%) manifestaram deslocamento ativo (caminhando e de bicicleta) no dia anterior para ir a escola (p < 0,837). A classificação do QUAFDA apontou GV (76,4%) e GC (71,1%) "menos ativos"; GV (23,6%) e GC (27,9%) "intermediário"; GV (0%) e GC (1%) "mais ativo" (p < 0,436). Conclusões: Os resultados sugerem que, no momento, a vulnerabilidade social é fator de risco para a magreza, mas não prejudicou o estado nutricional dos escolares; não há diferenças nos hábitos alimentares, mas a prevalência de consumo dos alimentos do grupo do leite e derivados, frutas e vegetais mostrou-se baixa para todos e o consumo de açúcares e doces, alto; não houve diferença na prática de atividade física entre escolares em vulnerabilidade social e os do grupo controle; há alta prevalência de indivíduos que se comportam menos ativos, porém deslocam-se para a escola preferencialmente caminhando / Abstract: Objective: To verify if the social vulnerability per family is associated with nutritional status, food consumption and physical activity among schoolchildren in Sorocaba/SP. Methods: Cross-sectional study with a control group, held in extremely vulnerable and very vulnerable (VG) schoolchildren, according to the Social Vulnerability Family Index (SVFI). Involving 400 individuals, 205 (51.2%) males, and 100 (25%) vulnerable and 300 (75%) control (CG), between 5 and 14 years old, mean 7.92 +/- 1.5. Waist circumference was measured (WC), mass and height give the body mass index (BMI) and the outcomes of BMI Z scores (Z_BMI) and height for age. Collected information is the nutritional status (BMI) of parents and guardians; kinship responsible, age, marital status, number of residents in the house (NR) and number of children (NC). The Food Quiz Previous Day (QUADA-3) were used for obtaining food intake and the Physical Activity Questionnaire Previous Day (QUAFDA) for physical activity information. Descriptive analysis was performed, association between the prevalence and regression model to determine the odds ratio (OR) and confidence intervals (95% CI) between the variables of the groups, with a significance of p <0.05. Results: There were significant differences between control and vulnerable to: Z_BMI (p = 0.008), WC (p = 0.006), NR (p < 0.001) and NC (p < 0.001). Logistic regression analysis showed that the control group had a higher risk for overweight, OR 2.27 (95% CI: 1.27 to 4.07; p = 0.006) and WC (P > 80), OR 2.36 (95% CI: 1.27 to 4.40; p = 0.007), while vulnerable to thinness OR 3.74 (95% CI: 1.20 to 11.6; p = 0.023). Met the recommendation for holding three meals and two snacks (72% VG, 73% CG); for meat consumption (95% VG, 94% GC); bean (87% VG, 86% CG); milk (16% VG, 18% CG); fruits (22% VG, 27% GC) and vegetables (21% VG, 30% CG); the frequency of consumption of sweets (88.8% VG, 92% CG) and soda was high (56.3% VG, 54.4% CG), without significant differences between groups for all items. Both VG (68.5%) and CG (69.7%) expressed active commuting (walking and cycling) the day before to go to school (p < 0.837). The classification of QUAFDA pointed VG (76.4%) and CG (71.1%) "less active"; VG (23.6%) and CG (27.9%) "intermediate"; VG (0%) and CG (1%) "more active" (p < 0.436). Conclusions: The results suggest that, at present, the social vulnerability is a risk factor for thinness, but did not harm the nutritional status of schoolchildren; there are no differences in eating habits, but the prevalence of food consumption of the milk group and derivatives, fruits and vegetables low proved to all and the consumption of sugar and sweets, high; there was no difference in physical activity among students from socially vulnerable and those in the control group; there is high prevalence of individuals who behave less active, but move to the school preferably walking / Doutorado / Saude da Criança e do Adolescente / Doutor em Ciências
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Hipertensão arterial referida e uso de anti-hipertensivos em adultos na cidade de São Paulo, 2003: um estudo de base populacional / Self-reported hypertension and antihypertensive drug use among adults in São Paulo city, Brazil: a population-based studySouza, Jacques José Gomes de 22 September 2006 (has links)
Objetivo: A hipertensão arterial constitui o principal fator de risco modificável para as doenças cardiovasculares e a maioria dos hipertensos necessitará de medicamento para controlar a pressão. Este estudo analisa a prevalência da hipertensão arterial referida e a utilização de anti-hipertensivos por adultos do município de São Paulo de acordo com variáveis socioeconômicas e demográficas. Métodos: Análise de dados do Inquérito de Saúde no Município de São Paulo ISA Capital, estudo transversal, de base populacional conduzido em 2003 que possui 1668 adultos com 20 anos ou mais. Para investigar a distribuição das principais classes de anti-hipertensivos, utilização de genérico, forma de obtenção e custeio utilizou-se de um recordatório de três dias. Resultados: A prevalência de hipertensão referida foi de 16,9%, sendo maior nos indivíduos com idade mais avançada, menor escolaridade e sem ocupação. Entre os que referiam hipertensão, a prevalência do consumo de anti-hipertensivo nos três dias que antecederam a entrevista foi de 73,1%. Dos indivíduos que consumiram anti-hipertensivos 38,3% obtiveram o medicamento através do SUS e 35,3% utilizaram genéricos. As principais classes consumidas em monoterapia foram: inibidores da enzima conversora de angiotensina IECA (41,9%) e diuréticos (24,6%). As principais associações foram: IECA + diurético (36,0%) e diurético + betabloqueador (22,3%). Conclusões: A hipertensão arterial referida se distribui de maneira desigual entre diferentes subgrupos da população. No acesso a medicamento anti-hipertensivo o SUS consegue promover equidade no fornecimento dessas drogas para a população mais desfavorecida. As classes consumidas não estão totalmente de acordo com as diretrizes de hipertensão. / Objective: Hypertension is the major modifiable risk factor for cardiovascular diseases and most of hypertensive patients will require medication for the control of blood pressure. This study analyses the prevalence of self-reported hypertension and the utilization of antihypertensive agents by adults in São Paulo City, Brazil, according to socioeconomic and demographic variables. Methods: Analysis of data from the Health Survey of São Paulo City ISA Capital, a cross-sectional, population-based survey conducted in 2003 with 1668 adults aged 20 years or over. To investigate the distribution of the main antihypertensive drug classes, utilization of generic drugs and information about how the drugs were obtained, individuals who self-reported hypertension were asked about any drug use for high blood pressure in the previous three days. Results: The prevalence of self-reported hypertension was 16.9%. Advanced age, lower education and not having a job were independently associated with hypertension. The consumption of antihypertensive drugs was 73.1%. Among those who took antihypertensive drugs 38.3% and 35.3%, respectively, obtained the medication from the Brazilian Public Health System (SUS) and used generics. Angiotensin-converting enzyme inhibitors (ACEi) (41.9%) and diuretics (24.6%) were the most used drugs utilized as monotherapy and the most used combinations were ACEi + diuretics (36.0%) and diuretics + beta-blockers (22.3%). Conclusions: The distribution of self-reported hypertension is not equal among different subgroups of the population. The equity in the delivery of antihypertensive drugs is an important component of treatment and control of hypertension and the SUS could perform it to the less advantaged people. The classes consumed do not agree fully with the hypertension guidelines.
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Validação da escala de avaliação da qualidade de vida na doença cerebrovascular isquêmica para a língua portuguesa / Validation of the stroke specific quality of life scale to Portuguese languageSantos, André Sobierajski dos 16 March 2007 (has links)
Introdução: A medida da qualidade de vida relacionada à saúde vem se tornando um modelo importante de avaliação em muitos estudos clínicos. Especial consideração deve ser dada à doença cerebrovascular por ser freqüente e de graves conseqüências físicas, sociais, familiares e econômicas. No Brasil não dispomos de um instrumento específico de avaliação da qualidade de vida validado para uso em pacientes com doença cerebrovascular isquêmica. Este estudo avaliou as medidas psicométricas do instrumento de avaliação da qualidade de vida específico para a doença cerebrovascular do tipo isquêmico, adaptado transculturalmente para a língua portuguesa (Stroke specific quality of life scale, SS-QOL). Metodologia: Foram avaliados 50 pacientes com história de doença cerebrovascular do tipo isquêmico, com idade superior a 45 anos e com evolução clínica superior a 3 meses da data do íctus, assistidos no Centro Catarinense de Reabilitação em Florianópolis, Santa Catarina. O instrumento SS-QOL foi aplicado em duas entrevistas com intervalo médio, entre elas, de 2 a 4 semanas. Paralelo a esta medida, foram aplicados, na primeira entrevista, os instrumentos: índice Barthel, inventário de depressão de Beck, escala de doença cerebrovascular do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos da América (NIHSS) e o estudo de resultados médicos - versão curta de 36 itens (SF-36). A avaliação da confiabilidade (estabilidade e consistência interna) do SS-QOL foi testada por meio da análise do coeficiente de confiabilidade, com o modelo teste-reteste, e do valor alfa de Cronbach. A validação do constructo e de critério foi estabelecida através da correlação linear entre os resultados obtidos para cada domínio e os resultados obtidos nas medidas escolhidas como padrão ouro para aquele domínio medido pelo coeficiente de correlação de Pearson (r). A capacidade discriminativa do constructo foi testada comparando o escore médio do SS-QOL entre os pacientes que referiam alteração da qualidade de vida e os pacientes que não referiram alteração da qualidade de vida em relação à época antes do infarto cerebral. Ela também foi avaliada comparando o escore médio do SS-QOL em relação à gravidade clínica da doença medida pela escala NIHSS e pelo grau de incapacidade funcional avaliado pela escala de Rankin modificado. Resultados: O SS-QOL, versão para a língua portuguesa, apresentou boa aceitabilidade, não tendo informações perdidas nem porcentagem aumentada de respostas com efeito teto ou solo. A confiabilidade do instrumento foi considerada excelente, com coeficiente de correlação intraclasse de 0,95 (p < 0,001) e o valor alfa de Cronbach de 0,98 (p < 0,001). O grau de correlação linear dos domínios do SS-QOL com as demais medidas escolhidas para cada domínio foi considerado de razoável a moderadamente elevado, com valor de r variando de 0,42 a 0,91 (p < 0,01). O SS-QOL mostrou capacidade discriminativa adequada ao detectar diferenças estatisticamente significantes no escore médio dos pacientes que referiram alteração da qualidade de vida e dos que não alegaram alteração da qualidade de vida em relação a antes de a doença ter ocorrido e no escore médio dos pacientes com doença considerada leve em relação aos pacientes com doença considerada moderada (p < 0,001). A análise de variância revelou diferenças estatisticamente significantes no escore médio dos pacientes estratificados pelo grau de incapacidade funcional (p < 0,01). Conclusão: O SS-QOL, adaptado para a língua portuguesa, apresentou medidas psicométricas consideradas satisfatórias, estando adequado para a utilização como uma ferramenta de avaliação da qualidade de vida em pacientes com doença cerebrovascular na prática médica diária ou em estudos clínicos. / Introduction: Measurement of health related quality of life has become an important evaluation model in many clinical studies. Special consideration must be given to the cerebrovascular disease because it is frequent and has serious physical, social, familial and economic consequences. We do not have, in Brazil, a specific instrument to evaluate health related quality of life validated for stroke patients. This study evaluates psychometric measures of the stroke specific quality of life scale cross-culturally adapted to Portuguese language (SS-QOL). Methodology: We evaluated 50 stroke patients, admitted to the Centro Catarinense de Reabilitação in Florianópolis, Santa Catarina, older than 45 years old with time of lesion superior to 3 months. The SS-QOL was applied in two interviews with average interval, between them, of 2 to 4 weeks. Parallel to the instrument, we applied, in the first interview, the Barthel index, Beck depression inventory, National Institute of Health stroke scale (NIHSS) and the Medical outcome study - short version of 36 items (SF-36). The SS-QOL reliability evaluation (stability and internal consistency) was tested with the analysis of the stability coefficient with test-retest model, and the Cronbach?s alpha value. The construct and criterion validation was established by comparing the linear correlation between the results for each domain and the results of the chosen gold standard measures for that domain measured with Pearson correlation coefficient (r). The discriminant capacity was tested comparing the SS-QOL mean scores of patients who referred changes in the quality of life and those that did not refer it in relation to the prestroke period. It was also evaluated comparing the SS-QOL mean score in relation to disease clinical gravity measured with the NIHSS and the degree of functional incapacity evaluated by Rankin modified scale. Results: The SS-QOL, Portuguese language version has good acceptability. It does not have missing data or increased percentage of ceiling or floor effect. The stability was considered excellent with intraclass correlation coefficient of 0,95 (p < 0.001) and the Cronbach?s alpha value of 0,98 (p < 0,001). The degree of linear correlation of the SS-QOL domains with the chosen measures for each domain was considered reasonable to moderately high with r values varying from 0,42 to 0.91 (p < 0,01). The SS-QOL presented suitable discriminant capacity detecting differences, statistically significant, in the mean score of patients who had referred changes in the quality of life and those that did not refer it in relation to the prestroke period and in the mean score of patients with mild stroke and those with moderate stroke. The variance analysis showed statistically significant differences in the mean score of patients stratified by the functional incapacity degree (p < 0.01). Conclusion: The SS-QOL, adapted to Portuguese language, had psychometric measures considered satisfactory. It is suitable to use as a tool of quality of life evaluation in patients with stroke in the daily clinical practice or clinical studies.
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Padrões alimentares praticados por adolescentes: influência de fatores socioeconômicos e relação com o estado nutricional / Dietary patterns practiced by adolescents: influence of socioeconomic factors and relation with nutritional statusBorges, Camila Aparecida 15 February 2016 (has links)
Introdução: A caracterização dos padrões alimentares dos adolescentes permite analisar os efeitos da dieta como um todo sobre a saúde. Objetivos: Identificar na literatura científica as múltiplas soluções adotadas nas técnicas multivariadas para obtenção de padrões alimentares; Analisar a relação entre os principais padrões alimentares praticados por adolescentes brasileiros com o excesso de peso e obesidade e Analisar a influência de fatores socioeconômicos sobre os principais padrões alimentares praticados por um grupo multiétnico de adolescentes. Métodos: Esta tese foi composta de três artigos. O primeiro corresponde a uma revisão da literatura sobre padrões alimentares estimados por diferentes técnicas multivariadas. Para os demais artigos duas bases de dados foram utilizadas: a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008 09 e o estudo Healthy Lifestyle in Europe by Nutrition in Adolescence (HELENA) conduzido em 2006-07. A análise fatorial exploratória foi utilizada para obtenção dos padrões alimentares. O segundo artigo utilizou modelo de regressão logística para verificar a associação entre os escores dos padrões alimentares e o excesso de peso e obesidade ajustado para variáveis socioeconômicas. O terceiro artigo utilizou o modelo de regressão linear para avaliar a associação entre indicadores de renda e escolaridade e os escores dos padrões alimentares. Resultados: Na revisão da literatura foi verificado grande heterogeneidade na escolha dos critérios adotados durante as múltiplas etapas das técnicas multivariadas. No segundo manuscrito, foi verificado que quanto maior a adesão ao Padrão Lanches e ao Padrão Snacks maior a chance de estar com excesso de peso e obesidade. No terceiro manuscrito, 10 padrões alimentares foram identificados entre adolescentes de áreas urbanas no Brasil e Europa. Entre os adolescentes brasileiros, maiores níveis socioeconômicos e educacionais da pessoa de referência do domicílio foram associados positivamente com o padrão composto por queijo, cereais matinais, frutas e sucos de fruta, leite e derivados. Entre os adolescentes europeus, maiores níveis socioeconômicos e maior educação das mães foram positivamente associados ao padrão composto por bebidas lácteas, cereais matinais; leite e derivados, manteiga e margarina, além disso, maiores níveis socioeconômicos também foram negativamente associados com o padrão composto por óleos vegetais, nozes, sementes, pão, carnes, leguminosas, hortaliças e tubérculos, ovos e os maiores níveis de de educação materna foram associados negativamente com o padrão composto por pão; carne; bebidas açúcaradas e salgadinhos. Conclusão: Os achados mostraram a elevada prática de padrões alimentares baseados em alimentos com altas concentrações de gorduras e açúcares os quais estão sendo responsáveis pelo aumento no excesso de peso e obesidade entre os adolescentes brasileiros. No geral, os adolescentes que possuíram maior renda ou bens materiais e maior nível de escolaridade do adulto responsável praticaram padrões alimentares um pouco mais saudáveis. No entanto, no Brasil a maior escolaridade da pessoa de referência do domicílio por si só não está diretamente associada a melhores práticas alimentares entre os adolescentes, o contrário do que acontece na Europa. Sendo assim, o maior acesso à renda e a maior escolaridade dos responsáveis desempenham um papel importante na adoção de padrões alimentares mais saudáveis entre os adolescentes. / Introduction: The characterization of the dietary patterns practiced by adolescents allows analyzing the effects of diet as a whole on health outcomes. Objectives: To identify in the scientific literature the multiple solutions adopted in the multivariate techniques to obtain dietary patterns; To analyze the relationship between major dietary patterns practiced by Brazilian adolescents with overweight and obesity and To analyze the influence of socioeconomic factors on major dietary patterns practiced by a multiethnic group of adolescents. Methods: This thesis was composed of three manuscripts. The first manuscript was a literature review about dietary patterns estimated by different multivariate techniques. For the others manuscripts two databases were used: The Brazilian Household Budget Survey (HBS) conducted in 2008 09 and The Healthy Lifestyle in Europe by Nutrition in Adolescence (HELENA) conducted in 2006-07. Exploratory factor analysis was used to obtain dietary patterns. The second manuscript used logistic regression model to assess the association between the dietary patterns scores and overweight adjusted for socioeconomic variables. The third manuscript used linear regression to assess the association between socioeconomic indicators and dietary patterns scores. Results: A literature review showed a great diversity in the choice of criteria used during the multiple steps of multivariate techniques. The second manuscript showed that higher adherence to Sandwiches Pattern and Snacks Pattern the higher chance of being overweight among Brazilian adolescents. In the third article, 10 dietary patterns were identified among adolescents in urban areas. Among Brazilian adolescents, higher socioeconomic and educational levels of the household reference person were associated with the pattern 4 (composed of cheese, breakfast cereals, fruits and fruit juices, dairy products). Among European adolescents, higher socioeconomic levels and increased education of mothers were positively associated with pattern 2 (composed of dairy drinks, cereals, dairy products, butter and margarine), moreover, higher socioeconomic levels were also negatively associated with the pattern 6 (composed of vegetable oils, nuts, seeds, bread, meat, legumes, starchy roots, eggs) and the highest levels of maternal education were negatively associated with the pattern 5 (consisting of bread, meat, sugary drinks and snacks). Conclusion: The findings showed the high practice of dietary patterns based on foods with high concentrations of fats and sugars, which were responsible for the increase in overweight and obesity among Brazilian adolescents. In general, the study showed that adolescents who had higher socioeconomic status practiced healthier dietary patterns. However, in Brazil the highest education of the household reference person is not directly associated with better dietary practices among adolescents, in contrast with what happens in Europe. Thus, greater access to income and more education of mothers and caregivers have an important role in the adoption of healthier dietary patterns among adolescents.
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Associação entre excesso de peso e atividade física em adolescentes brasileiros: análise segundo características sociodemográficas e geográficas / Association between overweight and physical activity in Brazilian adolescents: analysis according to sociodemographic and geographic characteristicsBelfort, Dilson Rodrigues 07 April 2017 (has links)
Introdução: O excesso de peso aumentou rapidamente em nível mundial, inclusive entre adolescentes de países alta renda. No Brasil, evidências indicam que um a cada quatro adolescentes escolares apresenta excesso de peso, com variação regional significativa. A prática insuficiente de atividade física é apontada como um dos principais determinantes do aumento do excesso de peso e representa um comportamento passível de modificação. Os padrões de atividade física entre adolescentes também diferem entre as macrorregiões brasileiras e associam-se ao baixo nível socioeconômico. A associação entre excesso de peso e atividade física apresenta diferenças sociodemográficas e geográficas importantes, sendo conhecimento imprescindível para a proposição de políticas públicas e programas de prevenção do excesso de peso. Objetivo geral: Avaliar associação entre excesso de peso e atividade física em adolescentes brasileiros segundo características sociodemográficas e geográficas. Método: Utilizaram-se dados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), estudo multicêntrico, transversal, de base escolar e de representatividade nacional. A amostra incluiu 73.624 adolescentes de 12 a 17 anos, selecionados de 1247 escolas das 27 capitais e de cinco conjuntos de municípios com mais de 100 mil habitantes de cada uma das cinco macrorregiões do País. Os dados foram coletados de fevereiro de 2013 a novembro de 2014. A variável dependente excesso de peso foi avaliada pelo Índice de Massa Corporal (IMC), como variável contínua e categórica, que incluiu sobrepeso (1< z-score 2) e obesidade (z-score >2), classificados de acordo com sexo e idade, conforme pela Organização Mundial de Saúde. Atividade física foi avaliada por questionário subjetivo, como variável contínua (minutos de atividade física/semana) e categórica, classificada em três níveis: ativos (300 minutos/semana), insuficientemente ativos (1-299 minutos/semana) e inativos (sem prática de atividade física). Realizou-se análise descritiva univariada e múltipla para as variáveis de interesse, em modelos de regressão linear (IMC e minutos de atividade física/semana) e múltipla (excesso de peso e categorias de atividade física). Foram estimadas prevalências e intervalos de confiança de 95% (IC95%) do excesso de peso por categorias de atividade física, segundo características sociodemográficas e geográficas. Associação entre excesso de peso, como variável dicotômica e categorias de atividade física, foi analisada também por meio de modelos de análise multinível logística, considerando nível 1 (indivíduo), nível 2 (capital de Estado) e nível 3 (macrorregião), com intercepto e declive aleatórios (efeito da atividade física), ambos para capitais de Estado e macrorregião. Foram executados modelos brutos (apenas com o nível de atividade física como variável independente) e modelos ajustados a classe econômica, sexo, faixa etária e cor de pele. Os efeitos fixos da atividade física e das variáveis ajustadas foram apresentados em Odds Ratio (OR) e respectivos IC95%. Os modelos multinível foram realizados com o package Ime4 disponível para o R, sendo todas as análises realizadas com o package survey. O nível de significância de todos os testes foi de 5%. O ERICA obteve aprovação dos Comitês de Ética em Pesquisa das 27 instituições participantes de cada uma das unidades da federação brasileira. Resultados: Constataram-se associação positiva entre IMC e níveis de atividade física, com aumento de 0,012kg/m2 de IMC para cada 60 minutos de atividade física; e associação entre excesso de peso e categorias de atividade física no modelo bruto, com maior chance de excesso de peso em adolescentes insuficientemente ativos (OR=1,10; IC95%:1,05-1,16) e ativos (OR=1,14; IC95%:1,08-1,20) em relação aos adolescentes inativos, mas, o efeito da atividade física no excesso de peso deixou de ser significativo quando o modelo foi ajustado para classe econômica, sexo, faixa etária e cor de pele (p=0,894; p=0,481). Essa associação foi igualmente observada nas análises separadas para sobrepeso e obesidade. As análises no modelo multinível mostraram efeito negativo da atividade física sobre o excesso de peso nas macrorregiões com maiores prevalências de excesso de peso e efeito positivo nas regiões com menores prevalências, sendo esses efeitos observados tanto nos adolescentes insuficientemente ativos quanto nos ativos. Nas capitais de Estado, o efeito da atividade física no excesso de peso manteve-se significativo apenas para os adolescentes insuficientemente ativos. Resultado similar foi obtido na análise para sobrepeso, porém com significância também nas macrorregiões. Para os obesos, no nível das capitais, verificou-se efeito contrário da atividade física nos adolescentes insuficientemente ativos (efeito positivo nas capitais com maiores prevalências de excesso de peso e efeito negativo nas capitais com menores prevalências de excesso de peso), porém o mesmo não foi observado nos adolescentes ativos. Conclusão: Os resultados mostram que, nos adolescentes, quanto maior o tempo de atividade física praticada, maior o IMC. Entretanto, a associação entre excesso de peso e categorias de atividade física no nível individual não se sustenta na análise ajustada, evidenciando a importância de classe econômica, sexo, faixa etária e cor de pele. Quando a análise é realizada para o nível das capitais de Estado e macrorregiões, as associações passam a apresentar efeitos positivos ou negativos, a depender das prevalências de excesso de peso acima ou abaixo da média nacional. Sugerem-se estudos que avaliem atividade física com métodos objetivos e que a massa muscular e a de gordura sejam consideradas na avaliação do excesso de peso em adolescentes. Contudo, as elevadas prevalências de excesso de peso e de adolescentes insuficientemente ativos/inativos evidenciam a urgência de políticas públicas, pois comportamentos adquiridos nessa fase tendem a se manter na vida adulta, com importantes consequências para a saúde futura. / Introduction: Overweight increased rapidly in the worldwide, including among adolescents from high income countries. In Brazil, evidence indicates that one in four school adolescents are overweight, with regional variation. Insufficient practice of physical activity has been pointed out as one of the main reasons for increase of the excess of weight and represents a behavior susceptible of modification. Patterns of physical activity among adolescents also differ between Brazilian macro-regions and are associated with low socioeconomic status. Association between overweight and physical activity presents important sociodemographic and geographical differences, essential knowledge for the proposal of public policies and programs for the prevention of overweight among adolescents. Objective: To evaluate the association between overweight and physical activity in Brazilian adolescents according to sociodemographic and geographic characteristics. Methods: We analized data from Study of Cardiovascular Risks in Adolescents among adolescents (acronum - ERICA), a multicenter, cross-sectional study carried out in national representative school-based study. 73,624 Brazilian adolescents (12-17years) were selected from 1247 schools from 27 states capitals and five sets o municipalities with than 100 thousand inhabitants from each of the five macro-regions of the country. Data were collected from February 2013 to November 2014. Excess weight dependent variable was evaluated by Body Mass Index (BMI), as a continuous and categorical variable and define from the cut points proposed by the WHO for the BMI for age, according to gender (z-score> 1 and 2) and obesity (z-score> 2). Physical activity was assessed by subjective questionnaire, as a continuous variable (minutes of physical activity / week) and categorical, classified into three levels: active (300 minutes / week), insufficiently active (1-299 minutes / week) and inactive Practice of physical activity). Univariate and multiple descriptive analysis were performed for the variables of interest, in linear regression models (BMI and minutes of physical activity / week) and multiple (overweight and physical activity categories). The prevalence and confidence intervals of 95% (95% CI) of excess weight were estimated by categories of physical activity, according to sociodemographic and geographic characteristics. Prevalence and confidence intervals of 95% (95% CI) of excess weight were estimated by categories of physical activity, according to sociodemographic and geographic characteristics. Association between excess weight, as a dichotomous variable and physical activity categories was also analyzed through multilevel logistic analysis models, considering level 1 (individual), level 2 (state capital) and level 3 (macro-region), with intercept and Slope (effect of physical activity), both for state capitals and macro-region. Rude models (only with the level of physical activity as an independent variable) and models adjusted to economic class, gender, age group and skin color were executed. The fixed effects of physical activity and adjusted variables were presented in Odds Ratio (OR) and respective 95% CI. Multilevel models were performed with the package Ime4 available for the R, and all analyzes were performed with the package survey. Significance level of all tests was 5%. ERICA obtained approval from the Research Ethics Committees of the 27 participating institutions of each of the units of the Brazilian federation. Results: Positive association was observed between BMI and physical activity level, with an increase of 0.012kg/m2 BMI for every 60 minute of physical activity. Association between excess weight and physical activity was also observed in the crude model: insufficiently active (OR = 1.10, 95% CI: 1.05-1.16) and active adolescents (OR = 1.14, 95% CI: 1.08-1.20) were more likely to be overweight relate to inactive adolescents. However, effect of physical activity on excess weight was no longer significant when the model was adjusted for economic class, sex, age, and skin color (p = 0.894, p = 0.481). This association was also observed in the separate analyzes for overweight and obesity. Analyzes in the multilevel model showed a negative effect of physical activity on excess weight in the macro-regions with higher prevalences of excess weight and positive effect in regions with lower prevalences, and these effects were observed in both active and active adolescents. In state capitals, the effect of physical activity on excess weight remained significant only for underactive adolescents. Similar result was obtained in the analysis for overweight, but with significance also in the macro-regions. For the obese, at the capital level, there was an opposite effect of physical activity on the underactive adolescents (positive effect on capitals with higher prevalences of overweight and negative effect on capitals with lower prevalence of overweight), but the same was not observed in active adolescents. Conclusion: Results show that in the adolescents, the greater the minutes of physical activity practiced, the greater the BMI. However, the association between excess weight and categories of physical activity at the individual level is not supported by the adjusted analysis, showing the importance of economic class, sex, age group and skin color. When the analysis is carried out for state capitals and macro-regions, associations have positive or negative effects, depending on the prevalence of excess weight above or below the national average. We suggest studies that evaluate physical activity with objective methods and that muscle and fat mass be considered in the evaluation of overweight in adolescents. However, high prevalence of excess weight and insufficiently active / inactive adolescents evidences the urgency of public policies, since behaviors acquired during this phase tend to remain in adult life, with important consequences for future health.
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Prevalência de doenças crônicas e a utilização dos serviços de saúde por idosos residentes no Município de São Paulo / Prevalence of Chronic desease and health service utilization by the elderly residing in São Paulo-cityMendes, Telma de Almeida Busch 19 August 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: As doenças crônicas decorrentes do envelhecimento e o estilo de vida não saudável são os grandes fatores responsáveis pela alta morbi-mortalidade e pela grande sobrecarga no sistema de saúde. OBJETIVO: Este estudo analisa a prevalência de hipertensão e diabetes na população de 60 anos ou mais no município de São Paulo - capital e a utilização dos serviços de saúde segundo as variáveis demográficas e socioeconômicas, condições de saúde e estilo de vida. MÉTODOS: Inquérito domiciliar de saúde do tipo transversal que analisou os dados de 872 idosos residentes no município de São Paulo (ISA- Capital) por meio de um questionário dividido em blocos temáticos aplicado em uma amostra por conglomerados e estratificada segundo a escolaridade do chefe de família e nível socioeconômico. Análises bivariadas e multivariadas foram realizadas e geraram três modelos de regressão múltipla de Poisson para verificar a existência de fatores associados à hipertensão, diabetes e à utilização dos serviços. RESULTADOS: A prevalência de hipertensão referida entre os idosos foi de 46,9% e de diabetes 17,9%, valores superiores ao encontrado na população adulta. As maiores taxas de hipertensão foram encontradas entre os idosos que referiram auto-avaliação de saúde ruim/muito ruim e boa, entre os idosos que nunca beberam ou não bebem mais, entre as mulheres e entre os que se hospitalizaram pelo menos uma vez no último ano, independente da idade. Para diabetes, o mesmo resultado foi encontrado para autoavaliação de saúde, entre os viúvos e entre os idosos que se hospitalizaram pelo menos uma vez no último ano. Quanto ao uso do serviço de saúde pelos idosos em geral, a prevalência de utilização foi aproximadamente 30,6% independente de morbidade. Entre os hipertensos, 59.4% procuraram os serviços e 97,1% deles foi atendido no serviço. Entre os diabéticos 53,4% e 96,1% respectivamente sem diferença na procura ou no uso dos serviços entre os que tinham e não tinham hipertensão e diabetes. Em relação às medidas e práticas de controle sobre a HAS e DM, a medida de controle mais conhecida e praticada entre os hipertensos é tomar a medicação de rotina para controle da doença e entre os diabéticos a mais conhecida é a dieta alimentar e praticada é tomar medicação oral de rotina com distinção do nível socioeconômico para algumas medidas. CONCLUSAO: A falta de informação, conhecimento e utilização de medidas de controle destas doenças ainda são insuficientes entre os idosos. Fazem-se necessárias políticas de saúde com foco na capacitação de profissionais e na orientação familiar; enfim, políticas que incentivem não só mudanças no estilo de vida dos idosos, mas que os tornem sujeitos ativos desta mudança, atuantes neste processo. / INTRODUCTION: Chronic diseases due to the ageing process and to the unhealthy lifestyle are the greatest factors responsible for the high morbimortality and for the health system overload. OBJECTIVE: This study analyzes the prevalence of Hypertension and Diabetes of a population over 60 years old from São Paulo city, and the use of health services according to demographic and socioeconomic variables, health status, and lifestyle. METHODS: A cross-sectional household health survey analyzed data from 872 elderly resident in São Paulo city using a questionnaire divided into thematic blocks applied in a stratified cluster sample according to the educational level of the head of the family and socioeconomic level. Bivariate and multivariate analysis were carried out and generated three models of Poisson regression model in order to verify the existence of factors associated to hypertension, to diabetes and to the use of health services. RESULTS: The prevalence of reported hypertension among the elderly was 46.9% and of Diabetes, 17.9%. Such values were above the ones found in the adult population. The highest hypertension rates were found among the elderly who reported bad/verybad health status, among those who never drank or those who stopped drinking, among women, and among those who were hospitalized at least twelve months prior to the interview, independently of the age. Concerning diabetes, the same result was found for the self-assessment of health, among widows and widowers, and among the elderly who were hospitalized at least once in the past year. Concerning the use of health services by the elderly, the prevalence of use was approximately 30.6% independently of the morbidity. Among the elderly with hypertension, 70.1% searched for the service because of the hypertension, 59.4% of them did it because of reported morbidity, and 97.1% of them were assisted by the service they searched. Among the diabetic, 69.9% routinely searched for the service because of the diabetes, 53.4% of them did it because of reported morbidity and 96.1% were assisted by the service they searched, with no difference regarding the search and use of services between those with and without hypertension and diabetes. Concerning the measures and control practice of HAS and DM, the most known and practiced control measure among the elderly with hypertension is taking routine medicine for the control of the disease; and among the diabetic, the most known practice is diet and the most practiced measure is taking routine oral medicine, with a difference of socioeconomic level for some measures. CONCLUSION: There is a lack of information, knowledge and use of control measures of these diseases among the elderly. Health policies focusing on professional training and family guiding are necessary in order to encourage not only changes in the lifestyle of the elderly, but also to make them active agents of this change, acting in this process.
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Violência contra mulheres no contexto urbano: estudo sobre a distribuição espacial das violências no Município de São Paulo / Violence against women in an urban context: a study on the spatial distribution of violence in the City of Sao PauloKiss, Ligia Bittencourt 11 September 2009 (has links)
Desde a década de 1990, a violência contra mulheres vem sendo tomada como um tema da saúde pública, pela sua magnitude e repercussões na saúde dos indivíduos. Apesar do reconhecimento da influência das características da vizinhança na violência por parceiro íntimo (VPI), poucos estudos exploram como o contexto e a inserção da mulher em redes pessoais e sociais afetam a probabilidade individual de sofrer este tipo de violência. Este estudo teve como objetivo investigar a distribuição de VPI contra mulheres e sua relação com desigualdade socioeconômica, violência urbana e capital social no Município de São Paulo. Para tanto, foram utilizados o banco de dados do estudo multipaíses sobre saúde da mulher e violência doméstica contra mulheres da Organização Mundial de Saúde (OMS), informações do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e taxas de homicídios do banco do Programa de Aperfeiçoamento das Informações de Mortalidade (PROAIM). Os dados foram analisados através de técnicas de modelagem multinível. Os achados mostraram que não há variação significativa entre as vizinhanças na ocorrência de VPI. Além disso, indicaram que viver em contextos de privação socioeconômica, altas taxas de homicídio e baixos níveis de capital social não está associado com maior probabilidade individual de sofrer VPI. Entre as variáveis estudadas no nível individual, destacaram-se comportamentos do parceiro e experiência de VPI pelas mães dele e dela como importantes fatores associados à VPI. Os resultados deste estudo apontam para a centralidade do conceito de gênero no estudo da violência e sugerem que, em São Paulo, o contexto tem influência limitada na dinâmica das relações de intimidade. / Since the 1990s, violence against women has been recognized as a public health matter because of its magnitude and health consequences for individuals. Although research acknowledges the influence of neighbourhood factors on intimate partner violence (IPV), few studies investigate how the context and the woman\'s participation in personal and social networks affect her individual probability of experiencing this type of violence. This study aimed to investigate the distribution of IPV against women and its relations with social inequalities, urban violence, and social capital in the City of Sao Paulo. Datasets used included: the WHO multi-country study on women\'s health and domestic violence against women; the IBGE (Brazilian Institute of Geography and Statistics) census; and homicide rates from PROAIM (Program for the Improvement of Mortality Data). Data was analyzed using multilevel modeling techniques. The findings show that there is no significant variation in IPV between neighbourhoods. The study also found that socioeconomic deprivation, high rates of homicides, and low levels of social capital in a neighbourhood were not associated with a woman\'s individual probability of experiencing IPV. Among the individual-level variables, IPV was associated with partner behaviors and having a mother who experienced IPV. These results reinforce the assumption that gender is a core concept to understanding violence, and suggest that in Sao Paulo, neighbourhood factors have limited influence in the dynamics of intimate relationships.
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Perfil socioeconômico e qualidade de vida em mulheres pós-menopausa com e sem disfunção do assoalho pélvico / Socioeconomic profile and quality of life in women in postmenopausal women with and without pelvic floor dysfunctionRocha, Adriana Bombonato Oliveira 28 June 2016 (has links)
A Disfunção do Assoalho Pélvico (DAP) é uma condição ginecológica comum que afeta a confiança e auto -estima da mulher. A alteração é frequentemente encontrada no período pós menopausa e parece ter uma influência negativa na qualidade de vida (QV) .A falta de acesso a bens materiais tem fortes associações com o conhecimento e o conceito das mulheres sobre saúde e bem-estar, bem como o impacto destas patologias na sua qualidade de vida. Muitas evidências demonstram que, em classes sociais mais baixas , há maior mortalidade e morbidade. Não existem estudos que correlacionam a classe econômica e sua interferência na qualidade de vida de mulheres com DAP .O objetivo do estudo foi avaliar a relação entre classe socioeconômica e qualidade geral de vida (QV) em mulheres pós-menopausa com ou sem disfunção do assoalho pélvico (DAP). A pesquisa foi realizada no Departamento de Ginecologia de um hospital de referência no estado do Ceará, Brasil, no período outubro de 2011 a julho de 2012. As mulheres foram encaminhadas da Atenção Básica de Saúde para avaliação no setor de Uroginecologia do Hospital Geral Dr.Cesar Cals, do Departamento de Saúde do Estado do Ceará. Durante o período do estudo 230 pacientes foram incluídas, divididas em 2 grupos, Caso (com Disfunção do assoalho pélvico) e Controle (sem disfunção do Assoalho Pélvico).Utilizou-se como critérios de inclusão mulheres na pós-menopausa , sem uso de terapia hormonal nos últimos seis mesese e que não apresentassem contração não inibida do detrusor comprovada pelo estudo uridinâmico. Foram comparados com mulheres sem DAP confirmado pela história clínica e exame ginecológico com as mesmas características em relação ao estado pós-menopausa. Foram utilizados para a coleta de dados socioeconômicos o questionário Critério de Classificação Econômica Brasil - 2011 ( CCEB ), proposto pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) Pelo CCEB, são avaliados a escolaridade e os demais pontos são fornecidos pela quantidade de bens de consumo duráveis que a família possui (automóvel, televisão em cores, rádio, geladeira, freezer, máquina de lavar roupa, etc), pela quantidade de cômodos da casa, com ênfase no número de banheiros, e pela quantidade de empregados domésticos mensalistas que trabalham na casa.A soma desse indicadores, ou seja, o número de pontos obtidos, permite distribuir a população em classes , sendo \"Classe A (30 a 34 pontos)\" a mais favorecida e a \"Classe E (de 0 a 5 pontos)\" menos favorecida.Para avaliar a qualidade de vida nas DAP´s foi utilizado o questionário da qualidade de vida geral SF-36.Foram estudadas as variáveis socioeconômicas (idade , escolaridade, classe econômica e renda ), variáveis de percepção de saúde ( o impacto da incontinência / prolapso , as limitações de tarefas de desempenho , limitação física , a limitação social , relações pessoais , as emoções, sono e energia e medições de gravidade ) . Os dados coletados foram tabulados por meio do SPSS 17.0 e analisados estatisticamente através do teste qui- quadrado com nível de significância de 5%.Foram avaliadas 230 mulheres com 136 DAP e 94 sem DAP. As mulheres deste estudo pertenciam às classes B, C ou D. Comparando entre os grupos com e sem DAP, observamos que a maioria das variáveis epidemiológicas foram semelhantes, com exceção de índice de massa corporal e paridade na classe B, e para a paridade, o parto vaginal e idade em classes C e D. Quase todos os domínios do SF-36 foram estatisticamente diferentes entre os grupos com e sem DAP (p < 0,05), com exceção do domínio Aspectos Sociais (p < 0,06). Por isso as mulheres com DAP tem uma qualidade de vida geral pior do que aqueles sem DAP. No entanto, comparando mulheres com e sem DAP em cada classe socioeconômica, encontramos resultados diferentes. Mulheres de classe B com DAP tiveram piores escores do SF-36 em cinco domínios: capacidade funcional (p < 0,05), limitação física (p < 0,05), dor (p < 0,05), estado geral de saúde (p < 0,05) e aspectos emocionais (p < 0,05). Não houve diferenças na classe B para os domínios, vitalidade (p = 0,08), aspectos sociais (p = 0,28) e saúde mental (p = 0,5). As mulheres da classe C com DAP tiveram piores escores do SF-36 em todos os oito domínios do questionário (p < 0,05). As mulheres da classe D com DAP tiveram piores escores do SF-36 em apenas um domínio: capacidade funcional (p < 0,05).Mulheres com DAP tem uma qualidade de vida em geral pior do que aqueles sem. Esses resultados foram semelhantes nas mulheres das classes B e C. No entanto, as mulheres de classe D tiveram pouca diferença entre domínios do SF-36. Estratificar as mulheres de acordo com a classe socioeconômica, possibilitou verificar que a condição socioeconômica têm um grande impacto na sua qualidade de vida, independentemente da presença de DAP. No entanto, a classe economica não parece alterar a qualidade de vida geral em mulheres na pós-menopausa brasileiros / Introduction: Pelvic floor dysfunction (PFD) is a common gynecologic condition that affects patient\'s confidence and self-esteem. Such disturbance is frequently encountered around the menopause and have a negative influence on quality of life (QoL). Lack of access to material goods has strong associations with the women concept of health and wellness, and the impact of these pathologies in their QoL. Many evidences demonstrate that in lower social classes there are higher mortality and morbidity. There are no studies that correlate the economic class and socioeconomic factors and its interference in QoL of women with PFD. Aims of study: To evaluate and compare the relationship between socioeconomic class and general quality of life (QoL) in post menopausal Brazilian women with or without pelvic floor dysfunction (PFD). Materials and Methods: The research was conducted in two referral hospitals in the state of Ceara, Brazil in the period from October 2011 to July 2013. The Ethics Committee of the local Hospitals approved the present study. Written informed consent was obtained from the patients. Only postmenopausal women were included in the study. Women who were taking hormone therapy in the last six months or who had non-inhibited contraction of the detrusor in urodynamic were excluded from the study. They were divided in two groups: with or without complaints of pelvic floor dysfunction (urinary incontinence and/or pelvic organ prolapse). The group of women without pelvic floor dysfunction was confirmed by clinical history and gynecological examination, all from the general gynecology outpatient clinic. Medical Outcomes Study 36-item short-form (SF-36), a generic QoL questionnaire, was applied to all women. The Criterion of Brazilian Economic Classification (CCEB) was used for the economic stratification of the population, according to schooling (school graduation) and possession of itens as television, car, bathroom, etc. This classification stratifies in classes from A to E, so that class A is the best social status and class E is the worst. Statistical analysis were performed with the Statistical Package Social Science (SPSS), version 20.0. Non-parametric Mann-Whitney U, Kruskal-Wallis H test and Spearman correlation coefficient were used to evaluate the statistical significance considering p < 0.05. Sample size calculation was performed to determine the number of women in each group and it was established that 94 women would be needed in each group to evaluate the quality of their lives. Results: We evaluated 230 women 136 with PFD and 94 without PFD. Women from this study belonged to classes B, C or D. Comparing between groups with and without PFD, we found that most epidemiological variables were similar, except for body mass index and parity in class B, and for parity, vaginal delivery and age in classes C and D. Scores of almost all SF-36 domains were statiscally different between groups with and without PFD (p < 0.000), except to social aspects (p < 0.06) . Therefore women with PFD have a worse general QoL than those without it. However, comparing women with and without PFD in each socioeconomic class, we found different results. Women from class B with PFD had worse SF-36 scores in five domains: functional capacity (p < 0,000), physical limitation (p< 0,000), pain (p < 0.000), general health status (p < 0,000) and emotional aspects (p < 0.000). They did not have differences in class B for vitality (p=0.08), social aspects (p=0.28) and mental health (p=0.5). Women from class C with PFD had worse SF-36 scores in all eight domains (p < 0.000). Women from class D with PFD had worse SF-36 scores in only one domain: functional capacity (p < 0.000). Conclusion: Women with PFD showed worse QOL in all domains of the SF- 36 questionnaire compared to women without PFD. Women of pelvic floor dysfunction group included in the socioeconomic profile D class had less interference in QOL compared with women of the classes of groups B and C
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Prevalência de exposição aos campos eletromagnéticos e justiça ambiental no município de São Paulo / Prevalence of exposure to electromagnetic fields and environmental justice in the city of São PauloHabermann, Mateus 22 January 2009 (has links)
O trabalho discutiu a crescente problemática do risco em nosso atual paradigma tecnológico, sua percepção e tolerabilidade, assim como a distribuição desigual destes entre a sociedade. A hipótese fundamental que enfatiza Justiça Ambiental refere-se aos perigos e riscos desproporcionalmente ou injustamente distribuídos entre grupos sociais mais vulneráveis, geralmente pobres e minorias, acarretados pelos riscos ambientais relativos à vida moderna. A crescente preocupação com a poluição eletromagnética gerada pela transmissão e uso de energia elétrica tem mobilizado diversos setores da sociedade na busca por respostas sobre a relação da exposição a campos eletromagnéticos e riscos a saúde. Portanto, o trabalho teve o objetivo de quantificar o percentual de pessoas que residem em áreas próximas a linhas de transmissão de energia elétrica que atravessam o município de São Paulo, Brasil, e dessa forma potencialmente expostas aos campos eletromagnéticos por elas geradas. Informações sobre linhas de transmissão foram fornecidas pelas concessionárias de energia e geocodificadas usando o software de sistema de informação geográfica (SIG) Mapinfo®. Corredores com campo magnético 0.3T foram demarcados ao longo das linhas de transmissão, a largura desses variou conforme tensão da linha (em kV). Dados demográficos e socioeconômicos foram obtidos através do censo 2000 e incluídos no SIG em outra camada. Através deste levantamento, foi possível estimar o percentual da população potencialmente exposta aos campos eletromagnéticos gerados por linhas de transmissão aéreas que atravessam o município de São Paulo, em suas mais diversas características, como faixa etária, além de renda e escolaridade. Esses corredores incluíram cerca de 1,3% dos domicílios e 1,4% da população residente no município de São Paulo, sendo esta considerada exposta aos campos eletromagnéticos gerados por essas linhas. Através da análise socioeconômica, o estudo sugeriu que a população exposta aos campos eletromagnéticos possuía maior vulnerabilidade, como baixos índices de renda e escolaridade, o que chamou a atenção para fato dos campos eletromagnéticos das linhas de transmissão aéreas serem mais uma carga danosa delegada a estas populações. / The paper discussed the raising problem of risk in our current technological paradigm, their perception and tolerability, as well as their unequal distribution among the society. The fundamental assumption that emphasizes Environmental Justice refers to the hazards and risks disproportionately or unfairly distributed among the most vulnerable social groups, generally poor and minorities, generated by environmental risks relating to modern life. The raising concern about electromagnetic pollution generated by transmission and use of electric energy has mobilized various sectors of society in the search for answers about the relationship of exposure to electromagnetic fields and risks to health. Therefore, the work aimed to quantify the percentage of people living in areas bordering transmission lines that cross the city of São Paulo, Brazil, and therefore, potentially exposed to EMF generated by these lines. Information on transmission lines were provided by the utilities and geocoded using the geographic information system (GIS) software Mapinfo®. Corridors 0.3T magnetic field were demarcated around the transmission lines, the width of these lines varied with the line charge (kV). Demographic and socioeconomic data was obtained through the census 2000 and included in the GIS in another layer. Through this survey, it was possible to estimate the percentage of the population potentially exposed to electromagnetic fields generated by transmission lines that cross the city of São Paulo, in its more diverse characteristics, such as age, in addition to income and education. The corridors included approximately 1.4% of households, and 1.3% of the population of the city of São Paulo, thus considered exposed to the electromagnetic fields generated by such lines. Through socioeconomic analysis, the study has suggested that the population exposed to electromagnetic fields was most vulnerable, with low levels of income and education, were those who had higher prevalence to reside in these areas. Electromagnetic fields from power lines are another harmful burden delegated to these populations.
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