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Gênero e mortalidade proporcional por intoxicações ocupacionais agudas por agrotóxicos na agropecuária no Brasil.

Luna, Maria Claudia Peres Moura 09 June 2016 (has links)
Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2017-03-12T11:37:14Z No. of bitstreams: 1 Dissertacao. Maria Claudia Peres. 2016.pdf: 2169150 bytes, checksum: bb027c9f3640fcffb432b21f73cdcd19 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2017-03-12T11:44:27Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertacao. Maria Claudia Peres. 2016.pdf: 2169150 bytes, checksum: bb027c9f3640fcffb432b21f73cdcd19 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2017-03-12T11:44:27Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertacao. Maria Claudia Peres. 2016.pdf: 2169150 bytes, checksum: bb027c9f3640fcffb432b21f73cdcd19 (MD5) / Approved for entry into archive by Uillis de Assis Santos (uillis.assis@ufba.br) on 2017-03-13T19:58:14Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertacao. Maria Claudia Peres. 2016.pdf: 2169150 bytes, checksum: bb027c9f3640fcffb432b21f73cdcd19 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-13T19:58:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao. Maria Claudia Peres. 2016.pdf: 2169150 bytes, checksum: bb027c9f3640fcffb432b21f73cdcd19 (MD5) / Objetivo: Identificar as diferenças de sexo nas estimativas de mortalidade proporcional por intoxicações ocupacionais agudas relacionadas aos agrotóxicos em trabalhadores da Agropecuária e fatores associados separadamente para homens e mulheres. Métodos: Dados são do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), baseados em declarações de óbitos para o período de 2000 a 2013. Este é um estudo de mortalidade proporcional conduzido com todos os óbitos por Acidentes de Trabalho ocorridos na Agropecuária, de 16 a 70 anos de idade, para os quais se analisaram a mortalidade proporcional por intoxicação ocupacional aguda por agrotóxicos (MP-AG). Esses óbitos (INTOX-AT) foram identificados a partir de três variáveis primárias do SIM: 1) Diagnóstico por intoxicação aguda por agrotóxicos (CID-10ª. Rev.); 2) Acidente de trabalho; e 3) Trabalhador da Agropecuária. Fatores associados potenciais foram faixa-etária, cor da pele, estado civil, escolaridade, ocupação e região do País. A análise de fatores associados foi conduzida separadamente por sexo, baseando–se na odds ratio da mortalidade proporcional (MOR). Resultados: Foram encontrados 6.754 óbitos por acidentes de trabalho na Agropecuária, 643 por INTOX-AT correspondendo a MP-AG=9,5%. A MP-AG entre as mulheres foi maior do que a estimada entre os homens em todas as categorias dos fatores associados potenciais. Fatores independentemente associados para a INTOX-AT em mulheres foram ter idade entre 16-24 anos e cor da pele parda/preta; e entre os homens, respectivamente, foram idade, cor da pele branca, ser casado ou separado e pouca escolaridade. Discussão: Fatores associados a intoxicações ocupacionais agudas fatais por agrotóxicos em trabalhadores da Agropecuária diferem segundo o sexo, sugerindo diferenças de gênero na organização e tipo de atividades de trabalho; bem como no acesso, qualidade e efetividade das medidas de proteção frente à exposição a essas substâncias. Programas de prevenção e promoção da saúde frente aos agrotóxicos devem ser elaborados com estratégias sensíveis a diferenças de gênero garantindo igualdade entre mulheres e homens.
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Gênero e mortalidade proporcional por intoxicações ocupacionais agudas por agrotóxicos na agropecuária no Brasil

Luna, Maria Claudia Peres Moura 09 June 2016 (has links)
Acesso em: https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21658 / Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandarego@gmail.com) on 2017-07-21T14:25:14Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_ISC_ Maria Claudia Peres Moura-Luna.pdf: 2169187 bytes, checksum: a8aa6abd5062a71d51f32b4e1625b26f (MD5) / Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2017-07-28T14:33:24Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação_ISC_ Maria Claudia Peres Moura-Luna.pdf: 2169187 bytes, checksum: a8aa6abd5062a71d51f32b4e1625b26f (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-28T14:33:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_ISC_ Maria Claudia Peres Moura-Luna.pdf: 2169187 bytes, checksum: a8aa6abd5062a71d51f32b4e1625b26f (MD5) / Objetivo: Identificar as diferenças de sexo nas estimativas de mortalidade proporcional por intoxicações ocupacionais agudas relacionadas aos agrotóxicos em trabalhadores da Agropecuária e fatores associados separadamente para homens e mulheres. Métodos: Dados são do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), baseados em declarações de óbitos para o período de 2000 a 2013. Este é um estudo de mortalidade proporcional conduzido com todos os óbitos por Acidentes de Trabalho ocorridos na Agropecuária, de 16 a 70 anos de idade, para os quais se analisaram a mortalidade proporcional por intoxicação ocupacional aguda por agrotóxicos (MP-AG). Esses óbitos (INTOX-AT) foram identificados a partir de três variáveis primárias do SIM: 1) Diagnóstico por intoxicação aguda por agrotóxicos (CID-10ª. Rev.); 2) Acidente de trabalho; e 3) Trabalhador da Agropecuária. Fatores associados potenciais foram faixa-etária, cor da pele, estado civil, escolaridade, ocupação e região do País. A análise de fatores associados foi conduzida separadamente por sexo, baseando–se na odds ratio da mortalidade proporcional (MOR). Resultados: Foram encontrados 6.754 óbitos por acidentes de trabalho na Agropecuária, 643 por INTOX-AT correspondendo a MP-AG=9,5%. A MP-AG entre as mulheres foi maior do que a estimada entre os homens em todas as categorias dos fatores associados potenciais. Fatores independentemente associados para a INTOX-AT em mulheres foram ter idade entre 16-24 anos e cor da pele parda/preta; e entre os homens, respectivamente, foram idade, cor da pele branca, ser casado ou separado e pouca escolaridade. Discussão: Fatores associados a intoxicações ocupacionais agudas fatais por agrotóxicos em trabalhadores da Agropecuária diferem segundo o sexo, sugerindo diferenças de gênero na organização e tipo de atividades de trabalho; bem como no acesso, qualidade e efetividade das medidas de proteção frente à exposição a essas substâncias. Programas de prevenção e promoção da saúde frente aos agrotóxicos devem ser elaborados com estratégias sensíveis a diferenças de gênero garantindo igualdade entre mulheres e homens
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Singularidades de gênero no cuidado psicossocial às usuárias de cocaína e crack: contribuições para a enfermagem / Singularities of gender in psychosocial care to users of cocaine and crack: contributions to nursing

Erika Barbosa de Oliveira Silva 16 December 2014 (has links)
O consumo de cocaína e crack gera importantes repercussões para saúde. Em relação aos usuários destas drogas, há predomínio dos homens sobre as mulheres. Em virtude das mulheres serem o grupo minoritário, o cuidado de saúde mental nem sempre observa as especificidades do gênero feminino e suas vulnerabilidades no processo saúde-doença. Para investigar esta problemática, foi proposto o objeto de estudo "As singularidades do gênero feminino no cuidado psicossocial às usuárias de cocaína e crack". Delimitaram-se os seguintes objetivos: Analisar o cuidado psicossocial às mulheres usuárias de Crack e Cocaína e Discutir a abordagem das singularidades do gênero feminino neste cuidado. Adotou-se como referencial teórico da pesquisa a categoria Gênero. Para alcançar estes objetivos, optou-se por pesquisa qualitativa, que foi desenvolvida no único CAPS ad do município de Duque de Caxias, localizado na Baixada Fluminense do Estado do Rio de Janeiro. Os participantes da pesquisa foram profissionais de saúde que exercem o cuidado das mulheres usuárias de cocaína e crack. Para coleta de dados, utilizou-se a triangulação de técnicas: a) observação sistemática nos espaços de cuidado coletivo; b) entrevistas semiestruturadas com os profissionais de saúde e c) análise documental dos prontuários das mulheres. A análise dos dados empíricos foi orientada pela Hermenêutica-Dialética. Foram analisados 113 prontuários das mulheres assistidas no CAPS ad. A maioria das mulheres estava na faixa etária de 20 a 34 anos, solteiras, mães com prole menor de idade, que viviam com os familiares, não tinham fonte de renda própria e envolvimento com a justiça. Quase a totalidade utilizava também outras drogas, como tabaco, maconha e álcool. Foram entrevistados 17 profissionais de saúde. As categorias da pesquisa foram: Concepções dos profissionais sobre o cuidado psicossocial: centrado na pessoa e centrado na doença; as questões do gênero feminino e as usuárias de crack e cocaína; a condição feminina e suas influências no cuidado psicossocial. As singularidades de gênero no cuidado psicossocial foram reveladas no comportamento e enfrentamento das mulheres frente ao uso de cocaína e crack, mas também nas estratégias de cuidado adotadas pelos profissionais. O cuidado psicossocial por vezes reforça os estereótipos de gênero e, por outra, estimula o exercício da autonomia feminina. Os profissionais apresentaram percepções determinadas pelas questões de gênero, atribuindo às mulheres características distintivas, como a "fragilidade" e a dependência emocional, que interferem nas vivências femininas acerca do uso de cocaína e crack. A prostituição surgiu como uma consequência da vulnerabilidade do gênero feminino no contexto de consumo de drogas. Recomenda-se a implementação de ações programáticas direcionadas para as singularidades da clientela feminina e a discussão das iniquidades de gênero no âmbito da formação profissional, da assistência e da pesquisa para superar a práxis reducionista e a naturalização das diferenças e da subalternidade feminina nestes espaços de produção de saúde. Como integrante da equipe de saúde, enfermeiros e auxiliares de enfermagem necessitam estar sensibilizados para as questões de gênero e terem uma maior participação no cuidado individual e coletivo desta clientela. / Consumption of cocaine and crack generates important repercussions for health. In relation of the drug users, men are predominant compared to women. In virtue of women be the minority group, mental healthcare does not observe specificities and vulnerabilities of feminine gender in the health-disease process. To investigate this problem was proposed the research object The singularities of feminine gender in the psychosocial healthcare to cocaine and crack users. The following objectives were delimited: Analyze the psychosocial care to women that use crack and cocaine and discussing the approach of feminine gender singularities in this healthcare. The theoretical background adopted was the gender category. To achieve the objectives was chose qualitative research developed in the only CAPS AD located in the municipality of Duque de Caxias, Baixada Fluminense, State of Rio de Janeiro. The research participants were health professionals that took care of women cocaine and crack users. For data collecting was used the technique of triangulation: a) systematic observation in the collective healthcare areas; b) semi-structured interview with healthcare professionals and c) documentary analysis of feminine patients records. The data were analyzed using Hermeneutic-Dialectic. One hundred thirteen patient records under CAPS AD care were analyzed. Most of women were aged 20-34 years, single, mother of underage children, living with relatives, had no source of income and were involved with justice. Almost all used also another drugs, as tobacco, marijuana and alcohol. The research categories were: Professional conceptions about psychosocial care: person-centered and illness-centered; The feminine gender questions and the crack and cocaine users; Status of women and their influences on the psychosocial care. Singularities of gender on the psychosocial care were revealed through women behavior and coping towards the use of cocaine and crack, but also on care strategies adopted by professionals. The psychosocial care sometimes reinforce the gender stereotypes and, another times, encourages the exercise of women's autonomy. Professionals had certain perceptions determined by gender, assigning women distinctive features, such as fragility and emotional dependency that affect women's experiences on the use of cocaine and crack. Prostitution emerged as result of the vulnerability of the female gender in the context of drug consumption. Implementation of programming activities directed to the singularities of female clientele are recommended, as well as discussion of gender inequities in vocational training, assistance and research to overcome the reductionist practice and naturalization of differences and the feminine subordination in these areas of health production. As a member of the healthcare team, nurses and nursing assistants need to be sensitized to gender issues and to be more involved in individual and collective care of this clientele.
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Aleitamento materno e desmame precoce : aspectos transformadores e exclusores

Clapis, Carolina Viviani 28 February 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:48:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 4275.pdf: 816052 bytes, checksum: 4150ae4befbc6c80ff42cbb52fee802b (MD5) Previous issue date: 2012-02-28 / It is known by the entire scientific community the recommendations of the World Health Organization (WHO) on breastfeeding, ie, all babies should be breastfed exclusively with breast milk from birth to age six months and after this period, children should continue to be breastfed, along with complementary foods up to two years or more. However, research confirms that Brazil is still below the level recommended by WHO, ie, we have in alarming prevalence of early weaning in our capitals and the Federal District.Thus, early weaning is the focus of our study, being considered as the complete interruption of breastfeeding before six months of baby's life. The aim of this study was to identify with women who weaned their children early, transformers and exclusores aspects of breastfeeding and early weaning. The theoretical and methodological framework was composed of Dialogic Learning, Feminism and Methodology Dialogical Communicative Critique. This is a qualitative study, conducted in various districts of the city of Itirapina / SP in the period 2010 to 2011. Participants were 12 mothers who weaned their children early, before six months old infant and has not passed three months of weaning due to possible oblivion information. Data were collected from questionnaires, interviews, field diary and discussion group communication. The socioeconomic profile of the mothers collected from questionnaires were analyzed using the program Microsoft Office Excel 2007 and qualitative data from the basic level of analysis proposed by the Communicative Method, pointing out the aspects transformers and obstacles in the experience of breastfeeding and weaning early. The socioeconomic profile of the mothers were: young people, aged 20-29 years, married (42%), the majority had completed secondary technical education (59%), most of the mothers worked outside the home (67%) and were primiparous (75%). The qualitative results allow us to conclude that maternal employment and labor laws were exclusores factors, the understanding that the nipple protrusion is essential for breastfeeding was also an aspect exclusor, but it deserves further study. The identification of increased financial expenses of the family with weaning was transformative capacity for reflection and highlights of the mothers, breastfeeding is a practice socialized since childhood highlights the biological character, but the affinity for the breastfeeding rescues the right to make choices and be respected for being different. The pleasure in breastfeeding was the function of being submissive mother and give up this feeling and "take the pain" for the health of the child. Such perceptions make us reflect how society loses by not listening, silence voices and even judge the proposals of the mothers rather than trying to make sense of them. / É conhecimento de toda a comunidade científica as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre aleitamento materno, ou seja, todos os bebês devem ser amamentados exclusivamente com o leite materno, desde o nascimento até seis meses de idade e, após este período, as crianças devem continuar sendo amamentadas ao peito, juntamente com os alimentos complementares até dois anos ou mais. Entretanto, as pesquisas confirmam que o Brasil ainda está abaixo do preconizado pela OMS, ou seja, temos em índices alarmantes a prevalência do desmame precoce em nossas capitais e no distrito federal. Assim, o desmame precoce é o foco do nosso estudo, sendo considerado como a interrupção total da oferta de leite materno, antes dos seis meses de vida do bebê. O objetivo do estudo foi: identificar junto com mulheres que desmamaram precocemente seus filhos, os aspectos transformadores e exclusores do aleitamento materno e do desmame precoce. O referencial Teórico e Metodológico se constituiu da Aprendizagem Dialógica, Feminismo Dialógico e Metodologia Comunicativa Crítica. Trata-se de um estudo qualitativo, desenvolvido em diversos bairros do município de Itirapina/SP no período de 2010 à 2011. Participaram do estudo 12 mães que desmamaram precocemente seus filhos, antes dos seis meses de vida do lactente e que não tenha transcorrido 3 meses do desmame devido ao possível esquecimento de informações. Os dados foram coletados a partir de questionários, entrevistas em profundidade, diário de campo e grupo de discussão comunicativo. O perfil socioeconômico das mães coletados a partir dos questionários foram analisados através do programa do Microsoft Office Excel 2007 e os dados qualitativos a partir do nível de análise básico proposto pela Metodologia Comunicativa, evidenciando os aspectos transformadores e os exclusores na vivência do aleitamento materno e desmame precoce. O perfil socioeconômico das mães era: jovens, com idade variando de 20 a 29 anos, casadas (42%), a maioria possuía ensino médio técnico completo (59%), grande parte das mães não trabalhava fora de casa (67%) e eram primíparas (75%). Os resultados qualitativos nos permitem concluir que o trabalho materno e as leis trabalhistas foram fatores exclusores; a compreensão de que o mamilo protruso é essencial para amamentar também foi um aspecto exclusor, mas que merece estudos futuros. A identificação do aumento dos gastos financeiros da família com o desmame foi transformador e evidencia capacidade de reflexão das mães; amamentar é uma prática socializada desde a infância destaca o caráter biológico, contudo a afinidade com o ato de amamentar resgata o direito de fazer escolhas e ser respeitado por ser diferente. O prazer em amamentar ficou submisso à função de ser mãe e abdicar deste sentimento bem como aguentar a dor em prol da saúde do filho. Tais percepções nos fazem refletir o quanto a sociedade perde ao deixar de escutar, ao silenciar vozes e até mesmo julgar as propostas das mães em vez de tentar entender o sentido delas.
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Singularidades de gênero no cuidado psicossocial às usuárias de cocaína e crack: contribuições para a enfermagem / Singularities of gender in psychosocial care to users of cocaine and crack: contributions to nursing

Erika Barbosa de Oliveira Silva 16 December 2014 (has links)
O consumo de cocaína e crack gera importantes repercussões para saúde. Em relação aos usuários destas drogas, há predomínio dos homens sobre as mulheres. Em virtude das mulheres serem o grupo minoritário, o cuidado de saúde mental nem sempre observa as especificidades do gênero feminino e suas vulnerabilidades no processo saúde-doença. Para investigar esta problemática, foi proposto o objeto de estudo "As singularidades do gênero feminino no cuidado psicossocial às usuárias de cocaína e crack". Delimitaram-se os seguintes objetivos: Analisar o cuidado psicossocial às mulheres usuárias de Crack e Cocaína e Discutir a abordagem das singularidades do gênero feminino neste cuidado. Adotou-se como referencial teórico da pesquisa a categoria Gênero. Para alcançar estes objetivos, optou-se por pesquisa qualitativa, que foi desenvolvida no único CAPS ad do município de Duque de Caxias, localizado na Baixada Fluminense do Estado do Rio de Janeiro. Os participantes da pesquisa foram profissionais de saúde que exercem o cuidado das mulheres usuárias de cocaína e crack. Para coleta de dados, utilizou-se a triangulação de técnicas: a) observação sistemática nos espaços de cuidado coletivo; b) entrevistas semiestruturadas com os profissionais de saúde e c) análise documental dos prontuários das mulheres. A análise dos dados empíricos foi orientada pela Hermenêutica-Dialética. Foram analisados 113 prontuários das mulheres assistidas no CAPS ad. A maioria das mulheres estava na faixa etária de 20 a 34 anos, solteiras, mães com prole menor de idade, que viviam com os familiares, não tinham fonte de renda própria e envolvimento com a justiça. Quase a totalidade utilizava também outras drogas, como tabaco, maconha e álcool. Foram entrevistados 17 profissionais de saúde. As categorias da pesquisa foram: Concepções dos profissionais sobre o cuidado psicossocial: centrado na pessoa e centrado na doença; as questões do gênero feminino e as usuárias de crack e cocaína; a condição feminina e suas influências no cuidado psicossocial. As singularidades de gênero no cuidado psicossocial foram reveladas no comportamento e enfrentamento das mulheres frente ao uso de cocaína e crack, mas também nas estratégias de cuidado adotadas pelos profissionais. O cuidado psicossocial por vezes reforça os estereótipos de gênero e, por outra, estimula o exercício da autonomia feminina. Os profissionais apresentaram percepções determinadas pelas questões de gênero, atribuindo às mulheres características distintivas, como a "fragilidade" e a dependência emocional, que interferem nas vivências femininas acerca do uso de cocaína e crack. A prostituição surgiu como uma consequência da vulnerabilidade do gênero feminino no contexto de consumo de drogas. Recomenda-se a implementação de ações programáticas direcionadas para as singularidades da clientela feminina e a discussão das iniquidades de gênero no âmbito da formação profissional, da assistência e da pesquisa para superar a práxis reducionista e a naturalização das diferenças e da subalternidade feminina nestes espaços de produção de saúde. Como integrante da equipe de saúde, enfermeiros e auxiliares de enfermagem necessitam estar sensibilizados para as questões de gênero e terem uma maior participação no cuidado individual e coletivo desta clientela. / Consumption of cocaine and crack generates important repercussions for health. In relation of the drug users, men are predominant compared to women. In virtue of women be the minority group, mental healthcare does not observe specificities and vulnerabilities of feminine gender in the health-disease process. To investigate this problem was proposed the research object The singularities of feminine gender in the psychosocial healthcare to cocaine and crack users. The following objectives were delimited: Analyze the psychosocial care to women that use crack and cocaine and discussing the approach of feminine gender singularities in this healthcare. The theoretical background adopted was the gender category. To achieve the objectives was chose qualitative research developed in the only CAPS AD located in the municipality of Duque de Caxias, Baixada Fluminense, State of Rio de Janeiro. The research participants were health professionals that took care of women cocaine and crack users. For data collecting was used the technique of triangulation: a) systematic observation in the collective healthcare areas; b) semi-structured interview with healthcare professionals and c) documentary analysis of feminine patients records. The data were analyzed using Hermeneutic-Dialectic. One hundred thirteen patient records under CAPS AD care were analyzed. Most of women were aged 20-34 years, single, mother of underage children, living with relatives, had no source of income and were involved with justice. Almost all used also another drugs, as tobacco, marijuana and alcohol. The research categories were: Professional conceptions about psychosocial care: person-centered and illness-centered; The feminine gender questions and the crack and cocaine users; Status of women and their influences on the psychosocial care. Singularities of gender on the psychosocial care were revealed through women behavior and coping towards the use of cocaine and crack, but also on care strategies adopted by professionals. The psychosocial care sometimes reinforce the gender stereotypes and, another times, encourages the exercise of women's autonomy. Professionals had certain perceptions determined by gender, assigning women distinctive features, such as fragility and emotional dependency that affect women's experiences on the use of cocaine and crack. Prostitution emerged as result of the vulnerability of the female gender in the context of drug consumption. Implementation of programming activities directed to the singularities of female clientele are recommended, as well as discussion of gender inequities in vocational training, assistance and research to overcome the reductionist practice and naturalization of differences and the feminine subordination in these areas of health production. As a member of the healthcare team, nurses and nursing assistants need to be sensitized to gender issues and to be more involved in individual and collective care of this clientele.
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Mortalidade e expectativa de vida = tendências e desigualdades sociais / Mortality and life expectancy : trends and social inequalities

Belon, Ana Paula 17 August 2018 (has links)
Orientador: Marilisa Berti de Azevedo Barros / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-17T21:28:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Belon_AnaPaula_D.pdf: 1204801 bytes, checksum: 6123af03829a65a6e5c2a948fceae9d5 (MD5) Previous issue date: 2011 / Resumo: A mortalidade no país apresenta tendência de queda e, em consequência, a expectativa de vida ao nascer (e0) se amplia. Todavia, estas mudanças não se manifestam uniformemente em todas as idades, causas de morte e em ambos os sexos. Estudos que analisam as desigualdades sociais indicam ainda que o declínio da mortalidade não atinge todos os segmentos socioeconômicos da população com a mesma força e ritmo. Diante destas considerações, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da redução da mortalidade no aumento da e0, bem como analisar as desigualdades sociais no tempo médio de vida e nos coeficientes de mortalidade no município de Campinas. Os resultados desta tese são apresentados em três capítulos. No primeiro, Expectativa de vida ao nascer: impacto das variações na mortalidade por idade e causas de morte no município de Campinas, São Paulo, Brasil, foram analisadas as contribuições de grupos etários e causas de morte no aumento da e0 entre 1991, 2000 e 2005. Foram construídas tábuas de mortalidade e aplicado o método de Pollard para mensurar os efeitos da variação da mortalidade na evolução da e0. O crescimento da mortalidade por causas externas, entre 1991/2000, ocasionou redução de 1,1 ano, devido, principalmente, ao aumento da mortalidade entre os jovens. As doenças cardiovasculares contribuíram substancialmente para ampliação da e0 feminina neste período. Entre 2000/2005, as causas externas responderam pelo acréscimo de 2,3 anos na população masculina. No segundo capítulo, Redução das desigualdades sociais na expectativa de vida ao nascer em município do Sudeste brasileiro, avaliou-se a tendência das desigualdades sociais na e0 entre 2000 e 2005. Utilizando-se abordagem ecológica, as áreas de abrangência dos Centros de Saúde foram agrupadas em três estratos socioeconômicos, definidos a partir de variáveis censitárias de renda e escolaridade. Tábuas de mortalidade foram construídas para cada estrato. Verificou-se que as desigualdades sociais na e0 reduziram entre 2000/2005, devido ao maior incremento de anos de vida no estrato de baixo nível socioeconômico. Os homens experimentaram os maiores ganhos, diminuindo as distâncias na e0 entre os sexos. O terceiro capítulo, Desigualdade social na mortalidade: diferenças de gênero e nível socioeconômico em município brasileiro, analisou a magnitude das desigualdades sociais na mortalidade no período de 2004/2008. Empregando a estratificação social das áreas de saúde, foram calculados coeficientes de mortalidade por grupos etários, sexo e causas de morte para cada estrato, e estimados intervalos de confiança de 95% para as razões entre taxas. Registrou-se gradiente social na mortalidade entre os estratos na maioria dos grupos etários, com risco de morte aumentando do estrato Alto para o Baixo. As desigualdades sociais foram significativas em todos os grupos de causas de morte. As maiores desigualdades entre os estratos extremos ocorreram no sexo feminino, exceto para causas externas que foi, entre os homens, 2 vezes superior no Baixo em comparação ao Alto. Apenas a neoplasia de mama apresentou gradiente social invertido. Estes resultados podem auxiliar na orientação de políticas públicas de saúde visando garantir maior equidade quanto às condições de saúde, provendo atenção, em especial, aos grupos mais vulneráveis da população / Abstract: In Brazil, the mortality is declining and, by consequence, life expectancy at birth (e0) is rising. However, these changes do not occur uniformly in all ages, causes of death, and both sexes. Studies that investigate social inequalities also show that the decrease in mortality does not reach all socioeconomic segments of population with the same force and rhythm. Therefore, the aim of this study was to evaluate the effects of the mortality reduction on the increase of e0, and also to analyze social inequalities in e0 and mortality in the city of Campinas. The results of this thesis are presented in three chapters. In the first chapter, Life expectancy at birth: impact of mortality changes by age groups and causes of death in the city of Campinas, São Paulo, Brazil, we analyzed the contributions of age groups and causes of death to the increase in life expectancy at birth in 1991/2000 and 2000/2005. We constructed life tables and applied the Pollard's method that measures the effects of the mortality variation on the gain in e0. Between 1991/2000, the increase in mortality rates from external causes led to a reduction of 1.1 year, due to, mainly, mortality increase among young. Cardiovascular diseases contributed largely to the increase in female e0 in this period. Between 2000/2005, reductions in external causes mortality led to a gain in e0 of around 2.3 years among males. In the second chapter, Reduction of social inequalities in life expectancy at birth in a city of Southeastern Brazil, we investigated the trend of impact of social inequalities on e0 between 2000 and 2005. Through an ecological approach, the areas of health care units were grouped in three socioeconomic strata, which were defined according to variables of income and educational level in the 2000 Census. Life tables were constructed for each of the three socioeconomic strata. We observed that social inequalities in e0 reduced between 2000/2005, since the lower socioeconomic level stratum had obtained the largest gain in life years. Males experienced the highest increment, decreasing the gender gap in e0. The third chapter, Social inequality in mortality: gender and socioeconomic differences in a Brazilian city, analyzed the magnitude of social inequalities in mortality in the period 2004/2008. Using the social estratification of health areas, we calculated mortality rates by age groups, sex and causes of death for each socioeconomic stratum. Rates ratio (RR) and 95% confidence intervals were estimated for low and middle stratum in relation to the highest. In general, age-specific mortality rates had a social gradient with increasing risks of death from higher to lower stratum. The inequalities among strata were statistically significant for all causes of death / Doutorado / Epidemiologia / Doutor em Saude Coletiva
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Cuidado infantil e (não) vacinação no contexto de famílias de camadas médias em São Paulo/SP / Child care and (not) vaccination in the context of middle class families in São Paulo/SP

Carolina Luisa Alves Barbieri 20 August 2014 (has links)
A vacinação é uma das medidas de maior impacto na diminuição da morbimortalidade de doenças. No entanto, sua história é marcada por êxitos e contratempos. No contexto brasileiro, a vacinação se afirmou como premissa do cuidado infantil, extrapolando a perspectiva médica e alcançando a população geral. Em contraponto, desde os anos 2000, foi observada uma diminuição da cobertura vacinal infantil em estratos de alta renda e escolaridade em São Paulo-SP, segmento social que valoriza a individualidade e a autonomia dos sujeitos. Esse estudo tem por objetivo compreender o processo de (não) vacinação dos filhos e sua interface com o cuidado infantil, em casais de camada média e alta escolaridade em São Paulo/SP. Foi utilizada a abordagem qualitativa, por meio de entrevistas em profundidade com dezesseis casais, dos quais cinco vacinaram, cinco selecionaram as vacinas e seis não vacinaram os filhos. O percurso analíticointerpretativo dos dados empíricos foi realizado pelo referencial metodológico da antropologia interpretativa geertziana com o recurso da análise de conteúdo temático e os achados foram discutidos em articulação com os referenciais teóricos interrelacionados de cuidado, família e gênero. O estudo encontrou diferenças significativas quanto à tomada de decisão dos casais, variando de uma postura de aceitação plena a uma questionadora, porém, todos eles convergiram nos aspectos de buscar argumentação científica e orientação médica para suas escolhas. O contexto do parto humanizado e as informações sobre vacina, sobretudo da internet, foram os principais elementos que deflagraram a problematização da vacina, com destaque ao protagonismo feminino nesse percurso. Apesar das diferentes concepções acerca da vacinação, para todos os casais, a escolha por vacinar ou não o filho baseou-se no mesmo sentimento de cuidado parental e valores de proteção e responsabilidade. A vacinação assumiu significado de proteção para os que vacinaram e risco para os que não vacinaram. As justificativas pela não vacinação se assemelharam às da literatura internacional. As decisões sobre vacinação e saúde no âmbito privado familiar foram majoritariamente apropriadas pelas mulheres, a despeito de evidências de uma maior participação dos homens nos afazeres domésticos e no cuidado filial. Os casais que não vacinaram relataram sentimento de medo diante da possibilidade de perda da autonomia nas decisões sobre a saúde de seus filhos. A defesa dessa autonomia, porém, não foi estendida a toda população. Todos os casais participantes, independentemente da postura quanto à vacinação, tomaram suas decisões norteadas por uma perspectiva individual, não sendo mencionada a função coletiva da imunização. A compreensão da aceitabilidade das vacinas na sua interface com o cuidado infantil, no contexto das camadas médias de São Paulo, remete a uma reflexão sobre a interação sociedade e práticas de saúde e ressalta a importância que o cuidado, no tocante à vacinação, é uma questão que extrapola o âmbito individual, pois diz respeito a uma responsabilidade que também é coletiva / Vaccination is one of the measures of greatest impact in reducing the morbiditymortality of diseases. However, its history is scarred by successes and setbacks. In the Brazilian context, vaccination consolidated itself as the premise of child care, exceeding the medical perspective and reaching out the population in general. In contrast, it has been observed since the 2000s, a diminishing of infant immunization coverage in highincome strata and education in São Paulo-SP, a social segment that values the individuality and autonomy of individuals. This study aims to understand the process of (not) vaccination of children by couples in middle and high schooling level in São Paulo-SP, and its interface with child care. A qualitative approach through in-depth interviews with sixteen couples was employed. Among them: 05 vaccinated their children, 05 selected the vaccines and 06 did not vaccinate their children. The analytical and interpretative path of empirical data was performed by methodological framework of geertzian interpretative anthropology, with the use of thematic content analysis, and the findings were discussed in conjunction with the interrelated theoretical frameworks of care, family and gender. The study found significant differences concerning the decision making process of the couples, ranging from a position of full acceptance to questioning the vaccination itself, however, all of them converged on aspects of seeking scientific argumentation and medical advice to guide their choices. The context of humanized childbirth and information on vaccine, mostly from the internet, were the main elements that triggered the questioning of the vaccine, particularly the female role in this pathway. Despite distinct views about vaccination, for all couples, the choice to vaccinate or not the child was based on the same sense of parental care, protection values and responsibility. Vaccination assumed a meaning of protection for those who vaccinated and a risk for those who did not vaccinate. The reasons for the nonvaccination were similar to those reported in the literature. Decisions about vaccination and health in the family scope were mostly appropriated by women, despite evidences of a greater participation of men in the housework and child care. Couples who did not vaccinate reported a sense of fear under losing the autonomy of taking decisions on their children`s health. The defense of this autonomy, however, did not reach the entire population. All attendant couples, regardless of vaccination stance, made their decisions guided by an individual perspective, not mentioning the collective function of immunization. Understanding the acceptability of vaccines and its interface with child care in the context of the middle class of São Paulo, points to a reflectance on the relationship between society and health practices and emphasizes the importance that care, with regard to vaccination, is a question that goes beyond the individual scope, as it relates to a responsibility which is also collective
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Até que a morte os separe: os cônjuges cuidadores, profissionais de saúde e o cuidar / Until death do them part: caregivers, professionals health and care

Camila Cristina Bortolozzo Ximenes de Souza 02 October 2013 (has links)
Este estudo tem como objetivo compreender os atravessamentos de gênero e violência nas concepções sobre o cuidado prestado por cônjugescuidadores e profissionais de saúde no contexto da Estratégia de Saúde da Família. O ato de cuidar de alguém é frequentemente atribuído às mulheres e a suas supostas capacidades de ser mais paciente, carinhosa e disponível ao outro que o homem em nossa sociedade. Os homens, por sua vez, quando cuidadores, sentem-se deslocados da masculinidade e de suas atribuições sociais. Isso é produto e produtor da ideologia de gênero que auxilia na manutenção da mulher nos espaços privados, dos homens nos espaços públicos, e evita mudanças na divisão sexual do trabalho. A ideologia de gênero também corrobora para que mulheres que sofreram violência perpetrada por seus parceiros íntimos venham a ser cuidadoras desses mesmos parceiros quando estes se encontram com deficiências/incapacidades/doenças sem prognóstico de cura. As ações de profissionais de saúde também são influenciadas pela ideologia de gênero, cuja reprodução torna invisível ou banal a violência de gênero. Esta é uma pesquisa qualitativa que entrevistou 12 cônjuges-cuidadores (2 homens e 10 mulheres) e 14 profissionais de saúde de duas Unidades Básicas de Saúde com Estratégia de Saúde da Família na periferia da Região Oeste do Município de São Paulo. Dentre os cônjuges entrevistados, 10 deles viveram situações de violência de gênero, sendo que 7 dessas situações de violência não eram conhecidas pelas equipes de saúde da família. As cuidadoras entrevistadas naturalizavam e reproduziam a violência de gênero vivida e compreendiam o cuidado como uma tarefa natural das mulheres, mesmo quando há/houve violência na relação com a pessoa de quem se cuida. Para os cuidadores cuidar significava gerência de cuidados, e sentiam-se na obrigação de justificar porque, sendo homens, cuidavam. A maioria dos profissionais de saúde reproduzia a ideologia de gênero em seus discursos, atribuindo à mulher a obrigação de cuidar, havendo uma banalização da violência de gênero. Todavia, alguns profissionais analisaram e questionaram as atribuições sociais de homens e mulheres, e a naturalização da mulher enquanto cuidadora e de escolha preferencial dos serviços de saúde para essa função. Para concluir, levanta-se a necessidade de criação de políticas públicas específicas para os cuidadores, ampliação de serviços públicos de cuidadores e outros serviços de suporte, como por exemplo, serviço de família acolhedora e repúblicas para idosos, centros de convivência, centros-dia, entre outros. Além disso, mostra-se necessário um investimento em formação profissional que contemple gênero e violência, a fim de que a atuação dos profissionais de saúde não recorra ao senso-comum e ao discurso ideológico no trabalho cotidiano com homens e mulheres / The aim of this study is to understand the crossings of gender and violence in conceptions about the care provided by family caregivers and health professionals in the context of the Family Health Strategy. The act of caring for someone is often attributed to women and their supposed ability to be more patient, affectionate and available to the other than a man in our society. The men, on the other hand, when caregivers feel dislocated from their masculinity and their social responsibilities. This is a product and producer of gender ideology that helps to keep the women in private, and men in public spaces, and avoids changes in the sexual division of labor. Gender ideology also reaffirms that women who experienced intimate partner violence may be caregivers of those partners when they are with disabilities / terminal disease. Actions of healthcare professionals are also influenced by gender ideology, whose reproduction makes the gender violence invisible or trivial. This is a qualitative study that interviewed 12 family caregiver (2 men and 10 women) and 14 health professionals from two Basic Health Units with Family Health Strategy in the suburb of the Western Side São Paulo City. Among the spouses interviewed, 10 of them have experienced situations of gender violence, 7 of these situations of violence were not known by the family health teams. The women caregivers interviewed thought violence as natural and reproduced the gender violence experienced and understood care as a natural task for women, even when there was violence in the relationship with the person who being cared for. For men caregivers take care meant care management, they felt compelled to justify why, being men, they used to care. Most health professionals reproduced the gender ideology in their speeches; attribute to women the obligation to care, with a trivialization of gender violence. However, some professionals have analyzed and questioned the social attributes of men and women, and how natural were for women working as caregivers and how they were the preferred choice of health services for this function. To conclude, the necessity to create specific policies for caregivers, expansion of public caregivers and other support services, such as welcoming family service for elderly and senior homesharing units, community centers, day centers, among others, increases. In addition, it appears necessary investment in training that addresses gender and violence, so that the performance of health professionals do not use the common sense and the ideological speech in everyday work with men and women
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A abordagem à sexualidade masculina na atenção primária à saúde: possibilidades e limites / The approach to male sexuality in primary health care: possibilities and limitations

Thiago Félix Pinheiro 15 September 2010 (has links)
A relação masculinidades-saúde tem sido investigada por vários estudos nos últimos anos. A aproximação dos homens às práticas de cuidado e aos serviços de saúde é apontada como um desafio que esbarra na construção social das masculinidades e no direcionamento dos serviços para a atenção a mulheres e crianças. Este trabalho tem o objetivo de compreender como as questões relativas à sexualidade masculina são abordadas na Atenção Primária à Saúde. Para tanto, investiga como homens, situados no contexto de pobreza urbana, percebem e lidam com a sexualidade e com necessidades em saúde sexual; como a sexualidade masculina se configura como tema e demanda nos serviços de saúde e como interagem profissionais e usuários frente a ela. Trata-se de um recorte de pesquisa multicêntrica, voltada para a investigação da relação dos homens com os serviços de Atenção Primária à Saúde. Este recorte se detém à análise da observação etnográfica da estrutura e do funcionamento de duas Unidades Básicas de Saúde da cidade de Natal/RN, Brasil, e de entrevistas semi-estruturadas com 57 homens, usuários desses serviços. O trajeto analítico-interpretativo foi orientado, no campo teórico, pela perspectiva de gênero e, no campo metodológico, pela hermenêutica filosófica. Os resultados permitem vislumbrar a relação entre diferentes construções do ser homem e o exercício da sexualidade. Nos serviços pesquisados, além de uma desigualdade na atenção dada a homens e mulheres, nota-se que a abordagem à sexualidade de ambos é feita de forma diferente. Está presente a imagem de uma sexualidade masculina ativa, impulsiva e exacerbada, em oposição à de uma sexualidade feminina passiva e atrelada à reprodução. Isso pode ser visto na distribuição de camisinhas, feita para os homens com sentido prioritário de prevenção de DST/AIDS e para as mulheres como método contraceptivo. Destacam-se ainda, como assuntos dessa abordagem, as DST/AIDS, problemas relativos à ereção e a prevenção do câncer de próstata. De forma geral, a abordagem à sexualidade masculina é reduzida aos termos da medicalização e cerceada por valores morais. Não são considerados os sentidos e significados que os assuntos apresentados podem assumir para os homens. Além disso, as demandas em saúde sexual apresentadas pelos usuários recebem pouca atenção e são, com frenquência, consideradas como alçada de serviços especializados. Configura-se, assim, um quadro em que a vulnerabilidade dos homens ao adoecimento sexual parece estar atrelada, para além dos aspectos individuais e sociais da construção das masculinidades, à elaboração das políticas públicas de saúde e à estrutura organizacional dos serviços. O trabalho aponta para a possibilidade de articulação do pólo homem-sexualidade, pouco presente nos serviços, ao pólo mulher-reprodução. Defende a adoção de uma noção de saúde sexual e uma abordagem da sexualidade masculina (e feminina) mais contextualizadas com a perspectiva de gênero, dos direitos sexuais, da promoção e proteção da saúde / In recent years, many studies have been investigating the relationship between masculinities and health. The approximation of men to care practices and to health facilities is pointed as a challenge once it stumbles on the social construction of masculinities and on directing the facilities attention to women and children. This work aims to understand how issues of male sexuality are approached in Primary Health Care. In order to do this, it investigates how men placed in the context of urban poverty perceive and deal with sexuality and sexual health needs, how male sexuality is shaped as theme and demand in health facilities, and how practitioners and service users interact facing it. Its a part of a multicenter research project that investigates the relationship between men and Primary Health Care facilities. This part focuses on the analysis of ethnographic observations of two Basic Health Units structure and operation in the city of Natal, Brazil, and on semi-structured interviews with 57 men, users of these facilities. The analytic and interpretative path was guided by gender theory and philosophical hermeneutics. The results allow us to have a glimpse of the relationship between different constructions of being a man and exercising sexuality. In the facilities studied, not only it is given unequal attention to men and women, but the approach to each genders sexuality is done differently. The image of male sexuality presents itself as active, impulsive and exacerbated, in opposition to the image of female sexuality, seen as passive and linked to reproduction. This can be noticed in the condoms distribution it is primarily given as STD/AIDS prevention for men, and as a contraceptive method for women. Also, STD/AIDS, problems related to erection and prevention of prostate cancer stand out as subjects of this approach. Generally, the approach to male sexuality is reduced to terms of medicalization and restrained by moral values. The possible sense and meanings men can interpret in the subjects presented are not considered. Furthermore, the sexual health demands presented by men receive little attention and are frequently understood as competence of specialized facilities. Thus, it is configured a framework in which mens vulnerability to becoming ill seems to be leashed, not only to individual and social aspects of the construction of masculinities, but also to the developed health public policies and the facilities organizational structures. This work points to the possibility of articulation between man-sexuality (hardly present in the facilities) and woman-reproduction. It defends the adoption of a sexual health notion and an approach for male (and female) sexuality more contextualized with the perspective of gender, sexual rights, and the promotion and protection of health
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A delicadeza dos meus sentimentos: a dependência alcoólica feminina representada por homens e mulheres em processo de recuperação alcoólica / The tenderness of my feelings: female alcohol dependence as represented by men and women in alcohol rehabilitation

Vívian Nara Bracco Luccas 09 November 2015 (has links)
RESUMO: Estudos epidemiológicos têm demonstrado o aumento de consumo alcoólico e da dependência alcoólica entre mulheres, algo que era até então considerado majoritariamente um problema da população masculina. A presente investigação parte desta constatação, mas também, a problematiza, à medida que se observa que o processo de emancipação feminina tem trazido à cena social um personagem que permaneceu por muito tempo na invisibilidade, ou seja, a mulher alcoólica. Este estudo, de caráter qualitativo, baseado na literatura sócioantropológica sobre o processo saúdeadoecimento e na perspectiva de gênero, investiga a dependência alcoólica entre as mulheres. Seu objetivo foi compreender os sentidos e os significados da dependência alcoólica feminina entre homens e mulheres alcoólicos em processo de recuperação em Alcoólicos Anônimos. Para tanto, fez-se trabalho de campo em 5 unidades de AA próximas da região central do município de Campinas. Durante o período de março a setembro de 2013, ocorreram visitas regulares aos grupos e 16 entrevistas com alguns de seus participantes, sendo 8 homens e 8 mulheres entrevistadas. Os resultados alcançados no trabalho de campo apontam para um crescimento da busca por ajuda institucional para tratamento antialcoólico entre as mulheres. Dentre outros achados, verificou-se que embora tenha ocorrido uma ampliação do acesso das mulheres nos espaços de tratamento, ainda permanece forte algumas representações sociais negativas e preconceituosas acerca da dependência alcoólica feminina que constrange a inserção e a permanência das mulheres nos cinco serviços de recuperação alcoólica estudados. Apesar disso, a partir da análise da instituição AA e das entrevistas de seus membros, homens e mulheres, o AA não deve ser considerado nem conservador e nem sexista em sua origem. Ou seja, ao que tudo indica, as concepções negativas atreladas às mulheres alcoólicas advém do universo social externo ao grupo, incorporado e reproduzido pelos alcoólicos, especialmente os homens, resultando, assim, na dificuldade de integração das mulheres nos grupos analisados. Os resultados desta pesquisa dialogam com a produção e o debate acadêmico sobre a mulher alcoólica no campo do estudo de álcool. Revelando que não necessariamente tem havido um crescimento da dependência alcoólica entre as mulheres, mas sim, um aumento da visibilidade social do grupo / ABSTRACT: Epidemiological studies have shown an increase in alcohol consumption and alcohol dependence among women, a problem that had so far been predominantly associated with the male population. This investigation not only starts with that realization but also problematizes it as we observe that the female emancipation process has brought to the social scene a character that had long remained invisible: the alcoholic woman. This qualitative study, based on the socio-anthropological literature about the health-illness process and on the gender perspective, looks into female alcohol dependence. It aims to understand the senses and meanings of female alcohol dependence among alcoholic men and women in Alcoholics Anonymous rehabilitation. To that end, field work has been carried out at five AA units located close to the central region of the city of Campinas. From March to September, 2013, the groups were regularly visited and 17 of their participants (8 men and 9 women) were interviewed. The field work results point to an increase in women\'s search for institutional help to get anti-alcoholic treatment. Other findings indicate that, even though women\'s access to spaces of anti-alcoholic treatment has broadened, some negative and prejudiced social representations about female alcohol dependence remain strong and constrain women\'s insertion and permanence in the five alcohol rehabilitation services that were studied. Nevertheless, the analysis of the AA institution and its members\' interviews, both men and women, suggests that the AA is neither conservative nor sexist in its origin. It seems that the negative conceptions regarding alcoholic women emerge from the social universe external to the group, incorporated and replicated by the alcoholics, particularly men, making it difficult for women to integrate into the studied groups. The research findings establish a dialogue with the academic production and debate on the alcoholic woman in the alcohol study field. They reveal that, rather than an increase in alcohol dependence among women, there has been a rise in the social visibility of this group

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