• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 737
  • 520
  • 62
  • 11
  • 8
  • 4
  • 4
  • 4
  • 3
  • 3
  • 3
  • 3
  • 2
  • 2
  • 2
  • Tagged with
  • 1350
  • 452
  • 336
  • 266
  • 219
  • 188
  • 177
  • 177
  • 176
  • 176
  • 176
  • 167
  • 148
  • 146
  • 144
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
601

Discursos da construção do outro : os povos indígenas nos Sermões

Melo, Hadassa Kelly Santos 30 August 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:23:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1963843 bytes, checksum: d62561dd4285173051501483efc13fdf (MD5) Previous issue date: 2013-08-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The greatest legacy left by Father Antonio Vieira is certainly the vastness of his work. His sermons represent, to historians, a great possibility in terms of interpretation of the past and its contexts, and the processes involving encounters between Natives and Jesuits, in Portuguese America. Mutual resistance processes, which also include the production of representations in order to designate Natives, to provide them with meaning and interpret them, so that dialogues could take place. Throughout this paper, these aspects will be analyzed through representations Father Antonio Vieira set to natives during his missionary services in Maranhao and Grao-Para State (1652-1662). For this purpose, five sermons were chosen amongst those produced by the Father, Fifth Sunday of Lent (1654), Sexagesima (1655), First Octave of Easter (1656), Holy Spirit (1657) and Epiphany(1662). Such preaching expresses how the images built around natives were modified through time, not by the ongoing reflexions around their nature nor the procedures involving their evangelization, which obeyed demands that rose from conflicts with colonists, public authorities and other religious orders as in reference to native workforce usage and responding, as well, to instrumentalized resistance procedures from natives towards the Europeans ethos of living. / O maior legado deixado pelo Padre António Vieira para a posteridade é, certamente, a vastidão de sua obra. Para os historiadores, os sermões de Vieira abrem grandes possibilidades de interpretação do passado e seus contextos, e sobre os processos que envolveram os contatos entre os jesuítas e indígenas na América portuguesa. Processos de resistências mútuas, que incluíram também a produção de imagens para designar os povos indígenas, dotá-los de sentido e interpretá-los, para que o diálogo pudesse ser exercido. Neste trabalho analisaremos esses aspectos através das imagens que o Padre António Vieira imprimiu aos indígenas durante o tempo de seu exercício missionário no Estado do Maranhão e Grão-Pará (1652-1662). Para isso selecionamos cinco dentre os muitos sermões produzidos e proclamados pelo Padre, Quinta Dominga da Quaresma (1654), Sexagésima (1655), Primeira Oitava da Páscoa (1656), Espírito Santo (1657) e Epifania (1662). Essas prédicas expressam como as imagens relacionadas aos indígenas foram se modificando ao longo do tempo, não pelo avanço das reflexões em torno da natureza indígena ou pelos procedimentos que envolviam a catequização desses povos, obedecendo demandas colocadas pelos muitos conflitos com os colonos, o poder público e outras ordens religiosas em torno dos usos da força de trabalho indígena e respondendo também aos procedimentos de resistências instrumentalizados pelos nativos ao ethos europeu de viver.
602

O direito dos povos indígenas à educação superior na América Latina: concepções, controvérsias e propostas

Gaivizzo, Soledad Bech January 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-01-10T01:01:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 000464435-Texto+Completo-0.pdf: 1088393 bytes, checksum: df0d06d2170e56fbf29be98045ddfc06 (MD5) Previous issue date: 2014 / The public debate on indigenous higher education, guided by a human rights perspective, keeps on gaining visibility with the construction of an international legal framework for the promotion and specific protection of indigenous people. Regarding the Latin American public scene, from this framework on comes a set of propositions, inspired by different theoretical nuances, to ensure the right of these people to higher education. In short, these rights were chosen as the focal point of this investigation. The main objective is to investigate how to ensure indigenous people higher education in Latin American countries, taking into account the institutionalization of the international legal framework, which broadened the understanding of the topic and specified forms to materialize it in society. Having these issues in mind, the adopted method of research is defined in terms of analyzing the right of indigenous people to higher education according to the Decoloniality theory, which is the school of thought that analyzes racial-ethnic relations in society and in education. For this matter both the discourses of social actors participating in this debate (with the classification criteria of ethnic belonging, indigenous and non-indigenous) and the representation of social actors (representatives of the state and the surrounding segments of both the established and the indigenous societies) were considered. An approach of qualitative and of technical generation of data for the textual analysis of the discourse were used. / O debate público sobre a educação superior indígena, guiado pela perspectiva dos direitos, foi ganhando fôlego com a construção de um marco jurídico internacional de promoção e de proteção específico dos povos autóctones. Tendo como referência tal marco, no cenário público latino-americano, surge um conjunto de proposições inspiradas em matizes teóricas distintas, que fundamentam as propostas que visam a garantir o direito desses povos ao ensino superior. Em suma, em função desses e de outros elementos que integram a presente investigação, elegeu-se como temática tais direitos. O objetivo central é investigar como garantir aos povos indígenas a educação superior nos países que integram a América Latina, levando em consideração que a institucionalização do marco jurídico internacional ampliou o entendimento sobre o tema e especificou as formas de materializá-lo na sociedade. Diante dessas questões, apresenta-se o tema de pesquisa e define-se o método adotado pela opção de analisar o direito à educação superior dos povos indígenas à luz da teoria da decolonialidade, que constitui a corrente de pensamento que analisa as relações étnico-raciais na sociedade e no âmbito da educação. Para tanto foram considerados os discursos dos atores sociais que participam deste debate, tendo como critério de classificação o pertencimento étnico (indígenas e não indígenas) e a representação dos atores sociais (representantes do Estado, segmentos da sociedade envolvente e da sociedade indígena). Para a isso, utilizou-se uma abordagem qualitativa e técnica de geração de dados a análise textual discursiva.
603

Morfologia dentofacial e características oclusais dos índios Arara: revisitando o papel da hereditariedade e da dieta na etiologia da má oclusão / Dentofacial morphology and occlusal characteristics of Arara indigenous: revisiting the role of heredity and diet in the etiology of malocclusion

Antonio David Corrêa Normando 25 November 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A influência da dieta e da hereditariedade nas características dentofaciais foi avaliada através do exame de duas populações indígenas amazônicas divididas por um processo de fissão linear. Os indígenas que constituem a aldeia Arara-Iriri são descendentes de um único casal expulso da aldeia Arara-Laranjal. O crescimento da aldeia Iriri ocorreu pelo acasalamento de parentes próximos, ratificado por um alto coeficiente de consanguinidade (F=0,25, p<0,001). A epidemiologia da má oclusão e das características da face foi analisada nos indivíduos entre dois e 22 anos, das aldeias Iriri (n=46) e Laranjal (n=130). A biometria da dentição e da face foi obtida em 55 indígenas em dentição permanente sem perdas dentárias, através da fotogrametria facial e dos modelos de gesso. O desgaste dentário foi examinado em 126 indivíduos através da análise de regressão múltipla. Os resultados revelaram uma determinação significativa da idade no desgaste dos dentes (R2=87,6, p<0,0001), que se mostrou semelhante entre as aldeias (R2=0,027, p=0,0935). Por outro lado, diferenças marcantes foram observadas nas características dentofaciais. Revelou-se uma face mais vertical (dolicofacial) entre os índios Iriri e o predomínio do tipo braquifacial nos indígenas da aldeia original, corroborado pela fotogrametria. Uma face sagitalmente normal foi observada em 97,7% da aldeia Laranjal, enquanto faces convexas (26,1%, RR-16,96) e côncavas (15,2%, RR=19,78) eram mais prevalentes na aldeia Iriri (p<0,001). A biprotrusão, com consequente redução do ângulo nasolabial, era uma característica comum entre os Arara, porém com maior prevalência no grupo Iriri (RP=1,52, p=0,0002). A prevalência da má oclusão foi significativamente mais alta na aldeia Iriri (RP= 1,75, p=0,0007). A maioria da população da aldeia original (83,8%) apresentou uma relação normal entre os arcos dentários, contudo, na aldeia resultante (Iriri), 34,6% dos indivíduos era Classe III (RP=6,01, p<0,001) e 21,7% era Classe II (RP=2,02, p=0,05). Enquanto nenhum caso de apinhamento e de sobremordida foi observado na aldeia Iriri, a razão da prevalência era 2,64 vezes maior para a mordida aberta anterior (p=0,003), 2,83 vezes (p<0,001) para a mordida cruzada anterior, 3,93 (p=0,03) para a sobressaliência aumentada, e de 4,71 (p=0,02) para a mordida cruzada posterior. Observou-se uma alta prevalência das perdas dentárias, sem diferença entre as aldeias (RP=1,46, p=0,11). O exame dos modelos revelou uma tendência de incisivos maiores e pré-molares e caninos menores na aldeia Iriri, delineando uma semelhança na massa dentária total entre as aldeias, que, aliada a arcadas dentárias maiores, justificaram o menor índice de irregularidade dos incisivos entre esses indígenas. Esses resultados minimizam a influência do desgaste dentário, uma evidência direta de como um indivíduo se alimentou no passado, no desenvolvimento dentofacial e enfatizam o predomínio da hereditariedade, através da endogamia, na etiologia da variação anormal da oclusão dentária e da morfologia da face. / The influence of diet and genetics on dentofacial features was examined through the analysis of two split indigenous Amazon populations originated by a process of a linear fission. The Arara-Iriri indigenous are descendants of a single couple who were expelled from a larger village (Arara-Laranjal). In the resultant new village, the initial expansion occurred through the mating of closely related people, causing a high coefficient of inbreeding (F=0.25, p<0.001). The epidemiology of malocclusion and facial characteristics were analyzed in individuals aged from 2 to 22 years, from the Arara-Iriri (n=46) and Arara-Laranjal (n=130) villages. The biometric study of the dentition and face was performed in the permanent dentition of the indigenous without tooth loss (n=55) by facial photogrammetry and dental casts analysis. Tooth wear was examined in 126 individuals in the permanent dentition through multiple regression analysis. Findings pointed out a significant determination of age on tooth wear (R2=87.6, p<0.0001), which was similar between the villages (R2=0.027, p=0.0935). However, we found marked differences in the dentofacial morphology. The indigenous of the Iriri village presented a more vertical face (dolichofacial) compared to the people of the original village, predominantly braquifacial. This clinical data was corroborated by facial photogrammetry. A sagitally normal face was observed in 97.7% of the Laranjal village, while convex (26.1%, RR=16.96) and concave faces (15.2%, RR=19.78) were significantly more prevalent in the Iriri village (p<0.001). Biprotrusion, with consequent reduction of nasolabial angle, was a common feature among the Arara indigenous, but its occurrence in the Iriri village was higher (RP=1.52, p=0.0002). The prevalence of malocclusion was significantly higher in the Iriri population (RP=1.75, p=0.0007). While the majority of the population (83.8%) in the Laranjal village presented a normal Class I relationship, in the Iriri village 34.6% were Class III (RP=6.01, p<0.001) and 21.7% were class II (RP=2.02, p=0.05). No case of crowding and overbite was observed in the Iriri village, however the relative risk was 2.64 times greater for anterior open bite (p=0.003), 2.83 for anterior crossbite (p<0.001), 3.93 for increased overjet (p=0.03), and 4.71 times (p=0.02) for posterior crossbite. We observed a high prevalence of tooth loss, with no significant difference between the villages (RP=1.46, p=0.11). The dental cast analysis revealed larger incisors combined to smaller cuspids and bicuspids in the Iriri sample, causing an overall similarity in the total tooth size between the villages, which associated to larger dental arch dimensions, explained a decreased incisor irregularity in the Iriri indigenous. These findings mitigates the influence of tooth wear, a direct evidence of what an individual ate in the past, on dentofacial development and emphasize the role of heredity, through inbreeding, in the etiology of abnormal variation of dental occlusion and facial morphology of current human populations.
604

Política e fé: a missão religiosa no Brasil holandês / Politics and faith: the religious mission in dutch Brazil

Gabriela Maria Costa da Silva 23 November 2012 (has links)
O objetivo deste trabalho é analisar a presença da Igreja Protestante e, a propagação da fé reformada entre os indígenas durante a ocupação holandesa no Nordeste brasileiro, nos de 1630 a 1654. É discutido ainda como se deu a relação dos nativos com os invasores neerlandeses. Como foi realizada a evangelização dos índios, que por sua vez, já haviam sido catequizados pelos portugueses católicos, principalmente os religiosos da Companhia de Jesus, e quais as dificuldades encontradas frente a uma (re)catequização. Aborda ainda o interesse econômico aliado ao religioso que compunha o quadro do século XVII, além de todo o processo de alfabetização o qual os brasilianos passaram, resultando assim em uma mudança da estrutura cultural e social no tempo e espaço supracitados. / The objective of this work is to analyze the presence of Protestant Church e, the propagation of the remodelled faith enters the indígenas during the dutch occupation in the Brazilian Northeast, in the ones of 1630 the 1654. It is argued still as if it gave the relation of the natives with the neerlandeses invaders, as the evangelização of the indians was carried through, who in turn already had been catequizados for the Portuguese catholics, mainly the religious ones of the Company of Jesus, and which the joined difficulties front to one (re)catequização. Still approach the economic interest ally to the religious one that it composed the picture of century XVII, beyond the process of alfabetização which the brasilianos had all passed, thus resulting in a change of the cultural and social structure in the above-mentioned time and space.
605

Preconceito, identidade e representações sociais: relações intergrupais de estudantes indígenas e não indígenas no ambiente acadêmico

Patatas, Luisa do Amparo Carvalho 11 March 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T13:16:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1779823 bytes, checksum: 42e1ff3be2423695c21749079497132b (MD5) Previous issue date: 2014-03-11 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The increase of intergroup contact between indigenous and non-indigenous has expanded the number of conflict situations especially in areas where exist greater demand by lands for agriculture and cattle raising. In the state of Mato Grosso, this intergroup contact has been aggravated not only due to the population growth and the assumption of ethnic identity, but also, because the struggle for rights and affirmative action s that have been promoting new contexts for intergroup experiences. Based on that, the aim of this thesis was to apprehend the social representations concerning the identity and prejudice elaborated by indigenous and non-indigenous students from the Federal University of Mato Grosso. In order to achieve these aims the Theory of Social Representations, the Theory of Intergroup Relationships and the Theory of Social Identity guided this study. This research counted on two empirical studies: the first aimed at apprehending the social representations of indigenous students about their group and their experiences at the academic environment. This study included 34 students who answered biossociodemographic and thematic questionnaires. The data were submitted to the softwares SPSS version 21 and ALCESTE respectively. The results indicated that the social representations elaborated by the indigenous students are diversified by who represent them and in which contexts the participants are included. The indigenous university students who intend coming to the city are represented by elements which point to the perseverance; dedication and will strength for accomplish their goals. The social representations which brought out concerning their decision making and their experiences of facing the challenges revealed that everything has been done for the welfare of the community. The second study aimed at identifying the occurrence of prejudice in the relationships between both groups by means of positive and negative characteristics attributed to the indigenous and the cuiabanos by university non indigenous students, according to their thoughts and also concerning the way of thinking the society. This study counted on 160 university non indigenous students who answered biossociodemographic and thematic questionnaires. The data obtained of these two instruments were processed by the statistical package SPSS version 21 and analyzed by means of descriptive statistic (mean and standard deviation). The results revealed that the students are aware about the existence of the prejudice in Brazil. They believe that the Brazilian society attributes mainly negative characteristics as lazy and apathetic for the indigenous and the cuiabanos, in other hand, they themselves are happy and hardworking persons. It is expected the obtained findings may contribute for expanding the knowledge concerning the way the intergroup relationships occur, as well as, the shapes of the prejudice brought out at the academic environment. / O aumento do contato intergrupal entre indígenas e não indígenas tem ampliado o número de situações conflituosas principalmente nas regiões em que há maior demanda por terras para a agricultura e pecuária. Em Mato Grosso, esse contato tem se exacerbado devido não só ao crescimento demográfico e à assunção da identidade étnica, mas também à luta pelos direitos e pelas ações afirmativas que promovem novos contextos de vivência intergrupal. Neste contexto, esta tese objetivou apreender as representações sociais sobre a identidade e o preconceito elaboradas pelos estudantes indígenas e não indígenas da Universidade Federal de Mato Grosso. Para subsidiar o estudo fez-se uso da Teoria das Representações Sociais, da Teoria das Relações Intergrupais e da Teoria da Identidade Social. Para alcançar este objetivo dois estudos empíricos foram desenvolvidos: o primeiro com a finalidade de apreender as representações sociais dos universitários indígenas acerca de seu grupo e de suas vivências no ambiente acadêmico. Deste estudo participaram 34 universitários que responderam a um questionário biossociodemográfico e a um questionário temático. Os dados foram processados pelo SPSS versão 21 e pelo Software Alceste, respectivamente. Os resultados indicaram que as RS dos indígenas se diversificam a partir de quem representa e em que contexto se encontra inserido. Os universitários indígenas que pretendem vir para a cidade são representados por elementos que apontam para perseverança, dedicação e força de vontade para atingir seus objetivos, enquanto que as representações que emergem em relação à tomada de decisão e ao enfrentamento de obstáculos demonstram que tudo é feito pelo bem da comunidade. O segundo estudo objetivou identificar a existência de preconceito nas relações entre os dois grupos por meio de características positivas e negativas atribuídas aos indígenas e aos cuiabanos por universitários não indígenas segundo o que eles pensam e o que pensa a sociedade em geral. Participaram deste estudo 160 universitários não indígenas que foram submetidos a um questionário biossociodemográfico e a um questionário temático. Os dados oriundos destes instrumentos foram processados pelo pacote estatístico SPSS versão 21 e analisados por meio da estatística descritiva (média e desvio padrão). Os resultados indicam que os estudantes têm consciência da existência do preconceito no Brasil, pois para os participantes a sociedade brasileira atribui características essencialmente negativas como preguiçoso e acomodado aos indígenas e aos cuiabanos, enquanto eles próprios afirmam que ambos são alegres e batalhadores. Espera-se que estes achados venham a contribuir para um maior conhecimento de como ocorrem as relações intergrupais e que forma tomam as manifestações do preconceito no ambiente acadêmico.
606

Indígenas estudantes nas graduações da UFRGS : movimentos de re-existência

Doebber, Michele Barcelos January 2017 (has links)
A presença indígena no Ensino Superior brasileiro é um fenômeno recente e, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), lócus desta investigação, ocorre desde o ano de 2008, a partir da mobilização dos coletivos indígenas. Sua crescente demanda pelo acesso ao Ensino Superior motiva-se pela busca de apropriação de ferramentas da sociedade não indígena para a defesa de seus direitos, territórios e organização social. Como servidora técnica que se dedica a acompanhar os movimentos da política de ações afirmativas na UFRGS, realizei esta tese com o intuito de compreender o estar indígena universitário e como a instituição vem se mobilizando diante de tal presença. Trata-se de um estudo inspirado na etnografia, na cartografia e na pesquisa colaborativa, evidenciando os contornos da presença indígena na UFRGS no ir se fazendo da política. Assenta-se na convivência com indígenas no espaço acadêmico e em algumas terras de origem, conformando um estar-junto registrado no Diário de Campo e em conversas-entrevista. Também realizei pesquisa documental para dizer como a política foi se construindo em um processo conflitual de negociação entre universidade, lideranças e indígenas universitários, bem como para a análise de uma década de programa no que diz respeito ao perfil dos candidatos e dos ingressantes no processo seletivo específico. A partir dos temas que emergiram da escuta sensível como postura metodológica e, ancorada na perspectiva da decolonialidade e dos estudos de interculturalidade, apresento algumas contribuições para pensar a relação universidade-indígenas na atualidade. Foi possível identificar que, ao mesmo tempo em que avança em termos de acolhimento da diferença, a universidade segue perpetuando práticas eurocentradas de colonialidade do ser, do saber e do poder produtoras de exclusão no interior de uma política que se pretende inclusiva. No que toca aos indígenas universitários, experimentam o (des)encontro com as lógicas de ser e estar nesse espaço e a ambiguidade na relação de aproximação e afastamento, na qual a conexão com a vida é que define sobre permanecer (ou não) na universidade. Apropriam-se do universo acadêmico, dos conhecimentos ocidentais, e, ao mesmo tempo, re-existem através de uma presença disruptiva que se expressa na linguagem, nas diferentes temporalidades, na lógica comunal, no compromisso com a comunidade, na re-existência epistêmica. Desse modo, o estar sendo indígena universitário dá-se num espaço de fronteira entre dois universos opostos e complementares. Nesse lugar, habita a potência do pensar indígena que, atuando entre dois sistemas de pensamento (da ciência ocidental e o próprio), pode causar rupturas na episteme hegemônica. Dados da pesquisa mostram, ainda, que a presença indígena nos cursos de graduação da UFRGS oferece possibilidades de autorreflexão para a instituição, sobre suas práticas pedagógicas e seu papel social. A escuta, a construção de relações afetivas e de diálogo equitativo com os indígenas, bem como a postura receptiva aos conhecimentos originários, são ações fundamentais no exercício da interculturalidade e podem se constituir como práticas que tornem esse encontro fecundo, tanto para os povos originários, quanto para a própria universidade. / The indigenous presence in Brazilian Universities is a recent phenomenon and, at the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS), where this research was conducted, occurs since the year 2008, having originated from the mobilization of indigenous groups. The search for ownership of tools of the non-indigenous society for the defense of their rights, territories and social organization has motivated the growing demand for access to higher education. As a technical worker dedicated to accompanying the affirmative action policy movements at UFRGS, I conceived this thesis with the objective of understanding the indigenous university existence and how the institution mobilizes itself in the face of such presence. This study is inspired by ethnography, cartography, and collaborative research, underscoring the contours of the indigenous presence in UFRGS in the creation an implementation of this politicies. It is based on the coexistence with indigenous people in the academic environment and some lands of origin, generating a being-together recorded in the field diary and in conversation-interviews. The author also carried out documentary research in order to tell how the policy was being built in a conflictive process of negotiation between University, leaders and indigenous university students, as well as for the analysis of a decade of the Program with respect to the profile of candidates and new entrants in the specific selection process. From the themes that emerged from sensitive listening as a methodological stance, and anchored in the perspective of decoloniality and intercultural studies, the author presents some contributions to think about the relationship Universityindigenous people today. It was possible to identify that, while advancing in terms of welcoming differences, the University continues to perpetuate Eurocentric practices of coloniality of being, knowledge, and power, producing exclusion within a policy that is intended to be inclusive. As far as indigenous University students are concerned, they experience the (dis)encounter with the logics of being and existing in that space, as well as the ambiguity in the relation of approach and withdrawal, in which the connection with life is what defines whether to remain (or not) in the University. They seize the academic universe, Western knowledge, and at the same time re-exist through a disruptive presence expressed in language, in different temporalities, in communal logic, in commitment to community, in epistemic re-existence. The existencebeing of indigenous university students occurs, therefore, in the borderline between two opposing and complementary universes. In this place, there inhabits the power of indigenous thinking, which, acting between two systems of thought (Western science and itself), can cause ruptures in the hegemonic episteme. Research data also show that the indigenous presence in undergraduate courses at UFRGS offers possibilities for self-reflection for the institution, its pedagogical practices, and its social role. Listening, building affective relations, plus an equitable dialogue with indigenous people, as well as receptive attitude to the original knowledge, are central actions in the exercise of interculturality and can become practices that make this encounter fruitful, for the native peoples, as well as for the University.
607

A cultura política dos Sateré-Mawé : a relação entre os povos indígenas e o estado brasileiro

Silva, Raimundo Nonato Pereira da January 2014 (has links)
No presente estudo contextualizamos a relação política entre os Sateré-Mawé e o Estado na Microrregião de Parintins-AM. Analisamos as estruturas políticas do poder público e as dos Sateré-Mawé, refletimos sobre as atitudes dos indígenas e do poder público a partir das ações da FUNAI, SESAI e das instituições de educação e ponderamos sobre o comportamento dos agentes e de suas instituições frente às demandas indígenas. Para tanto, recorremos ao paradigma comportamentalista centrado na cultura política para analisarmos o universo político, a relação entre os Sateré-Mawé e o poder público e para compreendermos o sentido e significado dos aspectos culturais, bem como conhecermos as estruturas que ordenam as ações políticas. Como hipótese para consolidar nossa reflexão, centramo-nos na ideia de que a cultura define e organiza a relação entre os agentes no campo político, a cultura mantém a estrutura e consolida o sistema político, e por fim, os empreendimentos estatais atingem seus objetivos na medida em que criam fortes demandas administrativas e políticas com o objetivo de esvaziar as demandas políticas indígenas. Organizamos a reflexão em torno do campo de poder, cultura e comportamento, visando problematizar a questão do campo político e sua relação com a estratégia política. Discutimos aspectos relativos à cultura e à estrutura política e, por fim, abordamos e tematizamos as estratégias de reprodução e o comportamento político. Destacamos os processos históricos que marcaram a relação entre indígenas, Igreja e Estado brasileiro, centrando atenção também em questões relativas à cultura e à política, interligando-as aos sistemas e à linguagem política, bem como à questão da mediação política e participação. Além disso, procuramos discutir aspectos relacionados ao comportamento político indígena e indigenista. Nesse contexto, tecemos considerações sobre a objetividade e atitude política, questões relativas ao cognitivo e ação política e discorremos sobre história e cultura, abordando ainda aspectos relativos a diferenças. / The present study contextualizes the political relationship between the Sateré-Mawé people and State in the Parintins Micro-region in Amazonas state (AM), Brazil. We analyze the political structures of the government and the Sateré-Mawé, reflect on government and indigenous attitudes based on the actions of FUNAI (The National Indian Foundation), SESAI (Indigenous Health Division) and educational institutions and consider the behavior of agents and their institutions in relation to indigenous demands. To that end, we use the behaviorist paradigm centered on political culture to analyze the political universe, the relationship between the Sateré-Mawé people and the government and to understand the meaning and significance of cultural aspects, in addition to learning about the structures that regulate political action. As a hypothesis to consolidate our reflection, we focus on the idea that culture defines and organizes the relationship between agents in the political arena, maintains structure and consolidates the political system and, finally, that government enterprises achieve their objectives insofar as they create strong administrative and political demands aimed at meeting indigenous political needs. Reflection is organized around the fields of power, culture and behavior, aimed at investigating the issue of the political arena and its relationship with political strategy. We discuss aspects related to political culture and structure, addressing and conceptualizing implementation strategies and political behavior. We highlight the historical processes that have marked the relationship between indigenous peoples, the church and the Brazilian government and focus on issues pertaining to culture and politics, interlinking them with political systems and languages, as well as the issue of political mediation and participation. Elements related to political and indigenous behavior are also discussed. In this context, we compile considerations on political objectivity and attitudes, which are related to cognitive aspects and political action. History and culture are also addressed, in addition to elements pertaining to differences.
608

Identidade indígena e independência na Província de Antioquia, Nova Granada, 1808-1830

Hernández, Elizabeth Karina Salgado January 2015 (has links)
Esta dissertação tem como objetivo principal examinar as ações indígenas e a redefinição identitária nas aldeias da Província de Antioquia durante o processo de Independência de Nova Granada, 1808-1830. Evidenciam-se diversas formas comunais, grupais e individuais de reagir e pensar indígena frente à legislação, às práticas e aos discursos do Estado colonial e o Estado republicano em tempos de transição política. As fontes de pesquisa utilizadas são constituições, regulamentos, processos judiciais, relatórios de governadores e censos. A dissertação se desenvolve em três capítulos que abordam as seguintes problemáticas: os debates sobre a mudança do estatuto jurídico indígena, os conflitos e as negociações sobre o tributo, os territórios coletivos, o governo indígena e o protetor de índios e, finalmente, os discursos e as representações que sustentavam as relações de poder entre indígenas e elites políticas. / Este disertación tiene como objetivo principal examinar las acciones indígenas y la redefinición identitaria en los resguardos indígenas de la provincia de Antioquia durante el proceso de la Independencia de Nueva Granada, 1808-1830. Se evidencian diversas formas comunales, grupales e individuales de reaccionar y pensar indígena frente a la legislación, las prácticas y los discursos del Estado colonial y el Estado republicano en tiempos de transición política. Las fuentes de investigación utilizados son constituciones, reglamentos, procesos judiciales, informes de los gobernadores y censos. La disertación se desarrolla en tres capítulos que abordan las siguientes problemáticas: los debates sobre los cambios en el estatuto indígena, los conflictos y las negociaciones sobre el tributo, los territorios colectivos, el gobierno indígena y el protector de indios y, finalmente, los discursos y las representaciones que sustentaban las relaciones de poder entre indígenas y élites políticas.
609

A construção do significado de tekoha pelos kaiowá do Mato Grosso do Sul

Crepalde, Adilson January 2014 (has links)
Este trabalho objetiva discutir aspectos culturais do processo de significação, analisando a linguagem de conversas com indígenas Kaiowá do Mato Grosso do Sul, Brasil. O ponto central da tese é discutir as diferenças culturais do processo de significação. Para desenvolver o trabalho, foram coletadas falas de indígenas identificados como representantes da cultura kaiowá, ou seja, indígenas reconhecidos por seus pares por possuírem conhecimentos tradicionais e habilidades de liderança. As falas foram coletadas em dez diferentes lugares e tematizaram o tekoha [teko’ha] - espaço genericamente definido como o lugar onde vivem os Kaiowá segundo seu modo de ser. Dessas conversas, delimitou-se um corpus que foi analisado com base em perspectivas teóricas desenvolvidas no âmbito da Linguística Cognitiva pensadas e aplicadas por Lakoff (1987), Lakoff; Johnson (2003), Fauconnier (1994, 2002), Kövecses (2005) e outros. A interpretação do corpus permitiu demonstrar traços comuns a todos os entrevistados, evidenciando características da cultura kaiowá. As análises das conversas permitiram refletir sobre o jeito kaiowá de conceptualizar e simbolizar elaborado na experiência desse grupo étnico pelo mundo, configurando-se como uma maneira específica de construir entendimentos da realidade e de elaborar e utilizar uma linguagem para evocar e reatualizar esses entendimentos. Dessa maneira, este trabalho corrobora a tese da Cognição Corporificada, ou seja, de que a elaboração de significado institui-se no contato do corpo com o meio. Esse processo é determinado por forças biológicas, mas é elaborado nas experiências dos grupos sociais com seu meio ambiente. Os diferentes grupos sociais vivenciam experiências diferentes em ambientes diferentes, o que suscita diferentes culturas, isto é, diferentes maneiras de produzir a vida, de perceber, conceptualizar e representar as experiências sócio-históricas. Os resultados do trabalho demonstraram a importância de se compreender os aspectos cognitivos, linguísticos, sociais e históricos das culturas bem como as premissas básicas que as alicerçam. Levar em consideração todos esses aspectos possibilitou demonstrar a complexidade e o engendramento do significado de tekoha e o entrelaçamento desses aspectos no processo de construção e reatualização desse significado. A análise dos dados possibilitou ainda refletir sobre a cultura kaiowá como um ninho de pertença, uma possível maneira de estabelecer uma verdade, um conjunto de premissas e valores que garante e justifica a existência desses indígenas. Por meio desse tipo de análise, foi possível demonstrar como o significado de tekoha, fora do frame cultural kaiowá, pode ser compreendido de maneira muito superficial, o que reforça a tese da importância do contexto cultural para a compreensão de categorias e conceitos. A realização do trabalho permitiu concluir que o método de coleta de dados, com destaque para a etnografia semiestruturada, a perspectiva teórica e a abordagem interdisciplinar foram fundamentais para atingir os objetivos estabelecidos. A perspectiva teórica da Linguística Cognitiva mostrou-se um importante aporte teórico para discutir a significação e compreender as questões indígenas, podendo auxiliar, inclusive, em discussões sobre diálogo intercultural. Por fim, as reflexões realizadas neste trabalho podem servir de base para se pensar projetos de pesquisa, de ensino e métodos de ensino a serem aplicados em escolas indígenas diferenciadas. Pode ainda, contribuir com discussões que pautem as relações interétnicas, sobretudo as relações entre não índios e os Kaiowá. / This work aims at discussing the cultural aspects of the signification process, by analyzing the language used in talks with Kaiowá people from Mato Grosso do Sul, Brazil. Its central point is to discuss cultural differences in the signification process. To develop the work, conversations with Kaiowá members considered being cultural examples by their peers, for having traditional knowledge and leadership traits were recorded and analyzed. The conversations were recorded in ten different places and approached the theme tekoha [teko’ha], generically defined as a place where the Kaiowá people live according to their way of living. With the recordings, a corpus was formed and analyzed on the basis of theoretical perspectives developed within the Cognitive Linguistics framework, as thought and applied by authors like Lakoff (1987), Lakoff; Johnson (2003), Fauconnier (1994, 2002), Kövecses (2005), and others. The corpus interpretation permitted to demonstrate common traits among all people interviewed, evidencing Kaiowá cultural characteristics. The corpus analyses revealed these cultural traits as well as reflected the Kaiowá way of conceptualizing and symbolizing. These traits have been constructed based on their experience in the world, becoming a specific way of constructing world understandings and of elaborating and applying a language to evoke and update them. In this way, this work corroborates the Embodied Cognition Hypothesis, according to which meaning elaboration takes place in the interaction between body and environment, a process determined by biological forces, but elaborated in the experience of social groups in a determined place, which comes up with different ways of perceiving, conceptualizing and representing social-historical experiences. The analyses demonstrated the importance of understanding cognitive, linguistic, social, and historical aspects as well as the basic premises that mix up to form cultures. Taking into account all these aspects made possible to demonstrate the complexity and the engendering of the meaning of tekoha, as well as to show how they are all interconnected in the process of meaning building and updating. The data analyses reflected how the Kaiowá people have built their culture as a belonging nest, a possible way of engendering truth and a set of premises and values whereof they ensure and justify their existence. By using this kind of analysis, it was possible to demonstrate how the meaning of tekoha, out of this cultural frame, might sometimes be understood very superficially, which reinforces the thesis of the importance of the context for the comprehension of categories and concepts. The research has led to conclude that the data collection method, by means of semi structured ethnography, as well as the theoretical perspective and the interdisciplinary approach were suitable so as to achieve the established objectives. The Cognitive Linguistics theoretical perspective proved to be an important theoretical support to understand not only the signification process in academic terms but also to discuss indigenous issues contributing to understand intercultural dialog. At last, the reflections carried out in this work can inspire research and teaching projects and also be used as a support for teaching methods at indigenous schools. It can still contribute for discussions on interethnic relations, especially on relations between the non-indigenous and the Kaiwoá people.
610

Aproximación a la cosmopolítica de los colectivos indígenas de la Sierra Nevada de Santa Marta : ley de sé, estado y patrimonio

Prieto, Ana Milena Horta January 2015 (has links)
O presente trabalho explora eventos de articulação entre coletivos indígenas da Serra Nevada de Santa Marta, localizada ao norte da Colômbia, e o estado, entendo-os como mundos com planos ontológicos e sistemas epistemológicos diferentes que coexistem e se reorganizam em cada um dos eventos, respondendo a hegemonias específicas em contextos particulares. A lei de Sé, ou lei da origem, estabelece uma política de alteridade que permite a existência de multiplicidades e diferenças que não se reduzem a princípios determinados, pois se trata de domínios móveis de conhecimento e pensamento que constroem pessoas, corpos e o território a partir de conexões parciais, potencialmente perigosas se não forem mediadas por lideranças espirituais (os mamos) para que aconteçam em harmonia e acordo entre os seres (Yuluka). As entidades múltiplas são subordinadas e ignoradas nos espaços de tomada de decisões sob o território, a partir de sistemas de conhecimento e políticas que entendem a natureza como cenário externo e objetivo, e a cultura como marcador da diferença que essencializa, isola e nega conflitos históricos e políticos, em um marco em que tanto natureza e cultura são potencialmente mercantilizáveis. Neste contexto, as práticas de patrimônio são uma estratégia do estado para regular a mercantilização da diferença, enquanto que os indígenas as apropriam como estratégia para defender a vitalidade do seu território, entendido como tecido de relações entre seres diversos. No entanto, a subordinação não implica a captura, pois as multiplicidades continuam coexistindo no movimento contínuo entre resistência e novos ou renovados mecanismos de captura. / Este trabajo explora eventos de articulación entre los colectivos indígenas de la Sierra Nevada de Santa Marta, ubicada al norte de Colombia, y el estado, entendiendo que se trata de mundos con planos ontológicos y sistemas epistemológicos diferentes, que coexisten y se reorganizan en cada uno de esos eventos respondiendo a hegemonías específicas, en contextos históricos particulares. La ley de Sé, o ley de origen establece una política de la alteridad, que permite la existencia de multiplicidades y diferencias, que no se reducen a principios predeterminados sino que se trata de dominios móviles de conocimiento y pensamiento que construyen personas, cuerpos y territorio a partir de conexiones parciales, que potencialmente pueden ser peligrosas si no son mediadas por los mamos para que se den en armonía y acuerdo entre los seres (yuluka). Estas existencias múltiples, son subordinadas e ignoradas en los espacios de toma de decisiones sobre el territorio, a partir de sistemas de conocimiento y políticas que entienden la naturaleza como un escenario externo y objetivo, y la cultura como marcador de diferencia que esencializa, aísla y niega conflictos históricos y políticos, en un marco en el que tanto naturaleza y cultura son potencialmente mercadeables. En este contexto, las prácticas de patrimonio son una estrategia del estado para regular la mercantilización de la diferencia, mientras que los indígenas la apropian como estrategia para defender la vitalidad de su territorio, entendido como tejido de relaciones entre seres diversos. Sin embargo la subordinación no implica la captura, pues las multiplicidades siguen coexistiendo, en el movimiento continuo entre resistencia y nuevos o renovados mecanismos de captura.

Page generated in 0.0964 seconds