• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 341
  • 8
  • 5
  • 3
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • Tagged with
  • 363
  • 363
  • 269
  • 240
  • 51
  • 42
  • 40
  • 37
  • 30
  • 30
  • 29
  • 25
  • 22
  • 22
  • 21
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
341

Influência da dieta hipercolesterolêmica na remodelação do colágeno da  matriz extracelular da parede vesical em ratos / Influence of the hypercholesterolemic diet on the collagen remodeling of the bladder wall extracellular matrix in rats

Ricardo Luis Vita Nunes 27 November 2009 (has links)
Introdução: A bexiga é responsável em armazenar urina em volume adequado e de esvaziar seu conteúdo de forma plena. Suas propriedades miogênicas intrínsecas e viscoelásticas são as responsáveis por esta função. Disfunções vesicais podem ser decorrentes, dentre outras causas, de anormalidades intrínsecas da musculatura detrusora ou da composição de sua matriz extracelular (MEC). O colágeno corresponde a 50% do estroma vesical, possuindo importante papel na adaptação vesical a condições fisiopatológicas específicas. Os colágenos tipo I e III são os mais comuns, sendo o colágeno tipo III o primeiro a ser sintetizado em processos de reparação e fibrose. Diversas afecções como a obstrução infravesical (OIV) parcial crônica podem induzir estes processos através da remodelação da MEC e conseqüentemente alterar a função vesical. Acredita-se que a hipercolesterolemia também o faça, porém ainda não foi reproduzida tal associação a nível morfológico. O objetivo deste estudo é avaliar se dieta hipercolesterolêmica promove alterações estruturais vesicais em ratos, especialmente no que diz respeito à remodelação colágena. Método: Foram utilizadas 45 ratas da raça Wistar, de quatro semanas de idade, divididas em três grupos: 1) controle com dieta comum padrão para roedores (DN); 2) modelo de OIV com DN e 3) controle com dieta de alto teor lipídico (DATL 1,25% colesterol). Análise sérica do colesterol e fração LDL e medição do peso corporal foram realizadas em todos os animais inicialmente e no final do estudo. Com quatro semanas de estudo, as ratas dos grupos 1 e 3 foram submetidas à cirurgia simulada, enquanto os animais do grupo 2 foram efetivamente submetidos à cirurgia de OIV parcial. Após dissecção da uretra, fez-se uma ligadura parcial com Nylon 5-0, com um lúmen residual de aproximadamente 1 mm. Após seis semanas, todos os animais foram submetidos à remoção de suas bexigas e então sacrificados. Análise morfológica foi realizada através da coloração de Picrosirius vermelho e de imuno-histoquímica para os colágenos tipos I e III. As variáveis categóricas fora expressas em médias ± desvio padrão e a comparação entre grupos realizada pelo método ONEWAY-ANOVA e pela análise de comparações múltiplas de Tukey, quando houve diferença. A significância estatística foi definida como p < 0,05. Resultados: Este estudo demonstrou que a DATL em ratas Wistar proporcionou aumento significativo das taxas de LDL-colesterol (p < 0,001) e do peso corporal (p = 0,017) em relação a ratas alimentadas com DN no período de dez semanas. Além disto, induziu alterações morfológicas significativas da matriz extracelular, no que diz respeito à remodelação das fibras colágenas imaturas e do colágeno tipo III em relação ao grupo controle (p = 0,002 e p = 0,016, respectivamente), de forma semelhante ao que ocorre no modelo experimental de OIV parcial crônica. Conclusão: A dieta hipercolesterolêmica administrada a ratas Wistar promoveu, além de aumento do peso corporal e elevação da fração LDL-colesterol, alterações significativas na composição colágena da MEC vesical. / Purpose: Preserved bladder function is defined as the adequate storage and emptying of its urinary content. Compliance is an important factor for these functions and is directly related to the extracellular matrix composition. Its abnormalities can lead to bladder dysfunctions. The collagen represents 50% of bladder stroma, playing an important role in the bladder adaptation to specific pathologic conditions. Types I and III collagens are the most prevalent in bladder wall whereas type III collagen is the first synthesized in reparation and fibrosis processes. Bladder outlet obstruction (BOO) promotes this process and hypercholesterolemia is also believed to create conditions for it, although no morphologic association has already been demonstrated. In this study we aimed to verify if hypercholesterolemic diet promotes structural bladder wall modifications, regarding the collagen remodeling. Methods: Forty-five female heterogenic Wistar 4 weeks-old rats were divided into three groups: 1) control fed on a normal diet (ND); 2) BOO model fed on a ND and 3) control fed on a hypercholesterolemic diet (HCD 1.25% cholesterol). Initially, serum cholesterol, LDL-cholesterol and body weight were measured. Four weeks later groups 1 and 3 underwent a sham operation while group 2 underwent a partial BOO operation. After the urethra was dissected a 5-zero nylon suture was passed and tied loosely around the urethra with a 22G needle besides it. Six weeks later the bladders of all animals were removed, serum cholesterol and LDL-cholesterol analysis was performed, body weight was measured and then they were sacrificed. Morphological analysis was performed by Picrosirius red staining and immunohistochemistry for types I and III collagen. Statistical analysis was done comparing groups by the Oneway-Anova method and Tukey multiple comparisons when needed. Significance was considered when p < 0.05. Results: Wistar rats fed on a HC diet had a significant increase of LDL-cholesterol levels (p < 0.001) and body weight (p = 0.017), when compared to the control group fed on a normal diet in the period of ten weeks. Moreover, HC diet induced significant morphological alterations of the extracellular matrix of the bladder wall, regarding immature collagen fibers and type III collagen remodeling, when compared to the control group (p = 0.002 and p = 0.016, respectively), resembling the process promoted in the BOO model. Conclusions: A hypercholesterolemic diet in Wistar rats promoted, besides the body weight and LDL-cholesterol increase, morphological alterations of the bladder extracellular matrix, regarding collagen remodeling.
342

Estudo das fibras constituintes da matriz extracelular e da expressão de metaloproteases durante o desenvolvimento do enfisema pulmonar induzido por elastase em camundongos / Study of the extracellular matrix constituent fibers and of the metaloproteases gene expression during development of elastase-induced pulmonary emphysema in mice

Fabíola Santos Zambon Robertoni 17 March 2015 (has links)
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma das principais causas de morbidade crônica e mortalidade em todo o mundo e tem como principal manifestação o enfisema pulmonar, caracterizado pelo contínuo e progressivo remodelamento dos componentes da matriz extracelular (MEC). De acordo com estudos experimentais e clínicos esse remodelamento pode ser atribuído à ação proteolítica das metaloproteases de matriz (MMPs), especialmente da MMP-12, sobre os componentes da MEC, sendo a elastina considerada, até recentemente, a principal fibra alvo da proteólise. Dessa forma, só recentemente tem sido esclarecida a importância de outros componentes da MEC e outras MMPs, como as colagenases, no remodelamento da MEC. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi analisar a progressão do remodelamento das fibras no parênquima pulmonar e a expressão gênica das MMPs no início do desenvolvimento do enfisema. Para isso camundongos C57BL/6 receberam instilação intranasal de elastase pancreática suína (PPE 0,667 UI / Grupos ELA: n=40) ou o mesmo tratamento com solução salina (NaCl 0,9% / Grupos controle SAL: n=40). Os animais foram anestesiados, eutanasiados e separados em sub-grupos iguais (n=8) de acordo com o tempo após a instilação de PPE (1, 3, 6 horas, 3 e 21 dias) para remoção dos seus pulmões. Foram medidos o intercepto linear médio (Lm) e as proporções do volume de colágeno tipo I e tipo III, elastina e fibrilina. A expressão gênica para metaloproteinases (MMP-1a, MMP-1b, MMP-8, MMP-12 e MMP-13) no parênquima pulmonar foi avaliada por RT-PCR em tempo real. Os resultados demonstraram que o Lm aumentou desde 3 horas após a instilação de PPE, atingindo os maiores aumentos no 3º e 21º dias, sugerindo uma progressão no alargamento alveolar. Em comparação com o grupo SAL, os grupos ELA apresentaram uma diminuição no colágeno tipo I (no 3º dia) e colágeno tipo III (a partir de 6 horas até 3 dias) em tempos posteriores ao aumento da expressão gênica para MMP-8 (a partir de 3 até 6 horas) e - 13 (a partir de 1 até 6 horas). Após 21 dias, o colágeno tipo III apresentou aumento e o colágeno tipo I retornou a valores semelhantes aos do seu respectivo grupo controle. A expressão gênica para MMP-12 aumentou nos grupos ELA em tempos anteriores (3 e 6 horas) aos que constatamos a redução na proporção de elastina no pulmão (3º dia), reforçando a importância já estabelecida da MMP-12 na quebra deste componente da MEC. A proporção de volume de elastina aumentou no grupo ELA em relação ao respectivo grupo SAL no 21º dia. Não houve aumento na expressão gênica da MMP-1b em nenhum momento e a MMP-1a não teve expressão mensurável em nenhum dos grupos. Não foram observadas diferenças entre os grupos experimentais na avaliação da fibrilina. Nossos resultados serão úteis para melhor elucidar as alterações dinâmicas nos componentes da MEC e a importância, não só da metaloelastase, mas também das colagenases em estágios iniciais do enfisema, fornecendo novas ferramentas para futuros estudos sobre possíveis alvos terapêuticos / Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) is a major cause of chronic morbidity and mortality worldwide and has as the major manifestation pulmonary emphysema in which the components of the extracellular matrix (ECM) are in a continuous process of remodeling. According to experimental and clinical studies that remodeling can be attributed to proteolytic action of matrix metalloproteinases (MMPs), particularly MMP-12, on the ECM components, with elastin being considered until recently, the primary target fiber of proteolysis. Therefore, only recently has been clarified the importance of other components of the ECM and other MMPs such as collagenases on ECM remodeling. Thus, the objective of this study was to analyze the progression of lung parenchymal fibers remodeling and the gene expression of MMPs in the early development of emphysema. For this C57BL/6 mice were given intranasal instillation of porcine pancreatic elastase (PPE 0,667 IU / ELA groups: n=40) or the same treatment with saline (0.9% NaCl / SAL Control groups: n=40). The animals were anesthetized and euthanized divided into equal sub-groups (n=8) according to time after PPE instillation (1, 3, 6 hours, 3 and 21 days) to remove their lungs. The mean linear intercept (Lm) and the volume proportions of type I and type III collagen, elastin and fibrillin were measured. Gene expression of metalloproteinases (MMP-1a, 1b-MMP, MMP-8, MMP-12 and MMP-13) in the lung parenchyma was evaluated by Real Time RT-PCR. The results demonstrated that the Lm has increased from 3 hours after PPE instillation, with the highest increases reached at 3rd and 21th day, suggesting a progression in the alveolar enlargement. Compared to SAL group, ELA group showed a decrease in type I collagen (3rd day) and collagen type III (from 6 hours to 3 days) on later times to the increase in MMP-8 gene expression (from 3 to 6 hours) and - 13 (from 1 to 6 hours). After 21 days, type III collagen showed an increase and collagen type I returned to values similar to those of their respective control group. Gene expression for MMP-12 increased on PPE groups in earlier times (3 and 6 hours) at which we detected reduction in elastin proportion in the lung (3rd day), reinforcing the importance already established of MMP-12 in the breakage of this ECM component. The elastin volume proportion increased in PPE group compared to respective SAL group at 21st day. There was no increase in MMP-1b gene expression at any time and MMP-1a shows no measurable expression in either group. There were no differences between the experimental groups in the evaluation of fibrillin. Our results will be useful to better elucidate the dynamic changes in ECM components and the importance not only of metalloelastase but also of collagenases in the early stages of emphysema, providing new tools for future studies of potential therapeutic targets
343

Influência do número de pontos na regeneração axonal e produção de matriz extracelular na sutura epineural terminoterminal no nervo ciático do rato / Influence of the number of stitches in axonal regeneration and production of extracellular matrix in end-to-end epineural suture in the rat sciatic nerve

Hougelle Simplicio Gomes Pereira 07 May 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: Após uma lesão de um nervo periférico, o seu reparo é realizado com suturas epineurais dos cotos utilizando-se fio de náilon. O processo inflamatório provocado pela passagem da agulha e pela presença do material de sutura com consequente formação de tecido cicatricial na linha de sutura torna-se um obstáculo à regeneração axonal após o reparo do nervo. Existe na literatura a hipótese que a utilização de um menor número de pontos necessários para assegurar a união dos dois cotos correlaciona-se com uma melhor regeneração axonal. Foi avaliada a influência do diferente número de suturas epineurais terminoterminais no nervo ciático do rato na regeneração axonal, além de avaliar o remodelamento da matriz extracelular através da caracterização dos tipos de colágenos tipo I e III presentes no local de sutura de acordo com o número de pontos adotados. MÉTODOS: Neste estudo experimental foram utilizados trinta ratos machos Wistar submetidos à exposição do nervo ciático direito e divididos em três grupos. Em dois grupos, o nervo foi seccionado e imediatamente reparado com três (Grupo 3P, n=10), ou seis (Grupo 6P, n=10) suturas epineurais usando fio de náilon 10.0. Um grupo (Grupo C, n=10) foi utilizado como controle para determinar os valores normais de todos os parâmetros avaliados. Cada animal pertencente aos grupos de reparo foram submetidos à avaliação eletrofisiológica previamente a secção do nervo e após um intervalo de oito semanas após a neurorrafia, consistindo de registro do potencial de ação motor do músculo gastrocnêmio. Segmentos do nervo foram utilizados para avaliação histomorfométrica da regeneração axonal, avaliada pela contagem de axônios e medida do diâmetro das fibras, e para caracterização e quantificação do colágeno no local de reparo. Imunofluorescência foi utilizada para caracterização dos colágenos tipo I e II no epineuro e endoneuro. RESULTADOS: O índice de regeneração axonal (IR) foi menor no grupo submetido à sutura epineural com seis pontos (IR=1,18±0,26) que no grupo de três pontos (IR=1,32±0,25) e, naquele mesmo grupo, houve uma diminuição mais acentuada da velocidade de condução do potencial de ação do nervo. Os animais submetidos à sutura epineural com seis pontos apresentaram uma diferença significativa na produção do colágeno epineural tipo I (p=0,014) e de colágeno epineural tipo III (p=0,002) quando comparados com os animais submetidos à sutura com três pontos. Não houve diferença significativa na produção de colágeno tipo I ou tipo III endoneural. CONCLUSÕES: O grupo submetido a um maior número de suturas epineurais apresentou maior quantidade de colágenos tipo I e III no epineuro, mas não no endoneuro, que se correlacionou com um menor índice de regeneração axonal e uma diminuição mais acentuada da velocidade de condução do potencial de ação do nervo. / PURPOSE: After an injury to a peripheral nerve, its repair is performed with epineural sutures of the stumps using nylon. The inflammatory process caused by the passage of the needle and the presence of suture material with the consequent formation of scar tissue at the suture line becomes an obstacle to axonal regeneration after nerve repair. In the literature there is a hypothesis that the use of a smaller number of points needed to ensure the union of the two stumps is correlated with better axonal regeneration. It was evaluated the influence of different number of end-to-end epineural sutures in rat sciatic nerve on axonal regeneration and the remodeling of the extracellular matrix through the characterization of collagen type I and III present at the suture according to the number of stitches. METHODS: Thirty male Wistar rats were operated on to exposure the right sciatic nerve and were divided in three groups. In two groups the nerve was sectioned and immediately repaired by means of three (Group 3P, n=10) or six (Group 6P, n=10) epineurium sutures using 10-0 monofilament nylon. One group (Group C, n=10) was used as a control to assess normal values of all evaluated parameters. Each animal from repaired groups underwent electrophysiologic evaluation previously to nerve section and at 8-week interval after neurorrhaphy, consisting of motor action potential recording from the gastrocnemius muscle. Nerve biopsy specimens were used for histomorphometric assessment of axonal regeneration, evaluated by axonal counting and measurement of fiber diameter, and for collagen characterization and quantification at repair site. Immunofluorescence was used for characterization of types I and III collagen at epineurium and endoneurium. RESULTS: The axonal regeneration index (RI) was lower in the group submitted to suture with six stitches (RI = 1.18 ± 0.26) than in the group of three stitches (RI = 1.32 ± 0.25) and the group submitted to six stitches showed a greater reduction in conduction velocity of nerve action potential. Animals submitted to suture with six stitches showed a significant difference in the production of epineural collagen type I (p = 0.014) and type III (p = 0.002) compared to animals submitted to suture with three stitches. There was no significant difference in production of endoneural collagen type I or type III. CONCLUSIONS: The group submitted a greater number of epineural sutures had a higher amount of collagen type I and III in the epineurium but not in the endoneurium, which correlated with a lower rate of axonal regeneration and a greater reduction in conduction velocity of action potential nerve.
344

Estudo das relações entre populações celulares, expressão de aquaporina-4 e sulfato de condroitina com o tempo de relaxamento e a taxa de transferência de magnetização no hipocampo de pacientes com epilepsia do lobo temporal farmacorresistente / Study of the associations between cellular populations, aquaporin 4 and chondroitin sulfate with T2 relaxation and magnetization transfer in the hippocampus of patients with drug-resistant temporal lobe epilepsy

José Eduardo Peixoto Santos 30 September 2014 (has links)
Racional: A epilepsia do lobo temporal está comumente associada à farmacorresistência e tem a esclerose hipocampal como achado neuropatológico em mais da metade dos casos. Histologicamente, a esclerose hipocampal está associada à perda neuronal diferencial e gliose, além de alterações nos níveis de moléculas associadas à homeostase da água tecidual, como a aquaporina 4 e a molécula de matriz sulfato de condroitina. Em imagens de ressonância nuclear magnética, a esclerose é caracterizada por redução de volume em sequências ponderadas em T1, aumento de sinal e tempo de relaxamento em sequências ponderadas em T2 e redução na transferência de magnetização. Justificativa e Objetivos: Uma vez que tanto o sinal T2 quando a transferência de magnetização são dependentes da água tecidual, nosso objetivo é avaliar, na formação hipocampal de pacientes com epilepsia do lobo temporal, as correlações entre populações celulares e moléculas ligadas à homeostase da água e as imagens ponderadas em T2 e transferência de magnetização. Visamos ainda definir, na formação hipocampal de indivíduos sem alterações neuropatológicas, o volume de cada um dos subcampos hipocampais. Metodologia: Pacientes com epilepsia do lobo temporal farmacorresistente (ELT, n = 43), bem como voluntários sadios (controle radiológico, CH, n = 20), foram submetidos a exames de ressonância magnética em máquina de 3T para mensuração da volumetria hipocampal, tempo de relaxamento T2 e transferência de magnetização hipocampal (exames in vivo). Após o tratamento cirúrgico para o controle das crises, os hipocampos dos pacientes com ELT foram fixados por 8 dias e submetidos aos exames ex vivo em máquina de 3T para cálculo do tempo de relaxamento T2 de cada subcampo hipocampal. Hipocampos controle (Controle historadiológico, CHR, n = 14), foram obtidos de autópsias de pacientes sem histórico ante-mortem de doença neurológica ou presença de patologia no exame do encéfalo pos mortem. Ambos os grupos controle foram pareados para idade em relação ao grupo ELT. Alguns dos casos CHR (n = 6) foram também submetidos à imagem 3D T2 em máquina de 4,7T para cálculo de volumetria dos subcampos hipocampais. Após emblocamento em parafina, secções coronais hipocampais dos casos CHR e ELT foram submetidas às técnicas de histoquímica básica Hematoxilina e Eosina e Luxol Fast Blue, e às imuno-histoquímicas para avaliação das populações neuronais (NeuN), astrócitos reativos (GFAP), micróglias ativadas (HLA-DR) e para a expressão de aquaporina 4 (AQP4) e níveis de sulfato de condroitina (CS-56). Para a comparação entre os grupos, foram realizados testes t para dados paramétricos e Mann-Whitney para dados não-paramétricos. Testes de correlação foram empregados para análise da associação entre as avaliações histológicas e os exames de ressonância magnética. Resultados: Pacientes com ELT apresentaram menor volume hipocampal, maior tempo de relaxamento T2 e menor transferência de magnetização no exame in vivo, quando comparados com o CR. O exame ex vivo para a volumetria dos subcampos hipocampais em casos do grupo CHR indicou que a fascia dentata, a região CA1 e o subículo correspondem à 85 % do volume hipocampal total. Quanto ao tempo de relaxamento T2 ex vivo, foi observado aumento em todos os subcampos hipocampais do grupo ELT, à exceção da fascia dentata, quando comparados ao CHR. A avaliação da densidade neuronal indicou redução significativa em todos os subcampos dos casos ELT, à exceção do subículo, quando comparados ao CHR. Em relação aos valores do grupo CHR, foi observada astrogliose em quase todos subcampos da formação hipocampal (a exceção da zona subgranular e do hilo) e microgliose em todos os subcampos (exceto pelo subículo) dos casos com ELT. Pacientes com ELT apresentaram redução na expressão de aquaporina 4 perivascular em todos os subcampos do hipocampo, comparados ao CHR. Aumento nos níveis de sulfato de condroitina foi observado em todos os subcampos da formação hipocampal, à exceção da camada granular, nos pacientes com ELT. O volume hipocampal e a transferência de magnetização in vivo dos pacientes com ELT correlacionaram-se tanto com a população neuronal como com os níveis de sulfato de condroitina, enquanto que o tempo de relaxamento in vivo correlacionou-se com a população astroglial e os níveis de sulfato de condroitina. O exame ex vivo corroborou a correlação entre a população glial e o tempo de relaxamento observado nos pacientes com ELT. A diferença entre o tempo de relaxamento in vivo e ex vivo correlacionou-se tanto com a difusibilidade da água no tecido como com os níveis de sulfato de condroitina. Conclusões: Nossos dados indicam correlação entre a patologia hipocampal e as imagens de ressonância nuclear magnética, sendo que a maior qualidade das imagens ex vivo permitiu uma avaliação mais direta entre o sinal de ressonância e a patologia, indicando importância da população celular e matriz extracelular para o volume hipocampal e a transferência de magnetização, e da astrogliose para o tempo de relaxamento T2. Finalmente, nossos dados mostraram que CA1, subículo e fascia dentata tem grande participação no volume hipocampal, sendo que alterações nestas regiões tem um papel mais relevante nas alterações observadas na ressonância magnética, como indicado por nossas correlações. / Rationale: Drug resistant temporal lobe epilepsy is often associated with hippocampal sclerosis. Histological evaluation reveals differential neuronal loss, gliosis and changes in molecules associated with water homeostasis, such as aquaporin 4 and chondroitin sulfate. Magnetic resonance imaging in these cases often reveals hippocampal atrophy, increased T2 signal and T2 relaxation and reduced magnetization transfer ratio in the hippocampus. Aims: Once both T2 signal and magnetization transfer are affected by tissue water, our goal was to evaluate, in the hippocampus of drug-resistant temporal lobe epilepsy patients who underwent surgery for seizure control, the associations between cellular populations, aquaporin 4 and chondroitin sulfate with T2 relaxation time and magnetization transfer. Additionally, we intended to measure the individual volume of each hippocampal subfield in hippocampus from patients without neurological disease. Methods: Patients with drug-resistant temporal lobe epilepsy (TLE, n = 43) and age-matched health volunteers (radiological control, RC, n = 20) were submitted to magnetic resonance in a 3T machine for hippocampal volumetry measure, T2 relaxation and magnetization transfer (in vivo examination). After surgical treatment for seizure control, hippocampi from the TLE patients were fixed in formalin for 8 days and then submitted to ex vivo imaging in 3T for relaxation time of every hippocampal subfield. Control hippocampi were obtained from autopsies of age-matched patients without ante mortem history of neurological disease or post mortem neurological pathology, and underwent the same ex vivo imaging (histo-radiological control, HRC, n = 14). Six cases from the HRC underwent 3D T2 imaging in a 4.7T machine, in order to measure the volumes of the hippocampal subfields. Paraffin embedded hippocampal sections from TLE and HRC were submitted to Hematoxilin-Eosin and Luxol Fast Blue histochemistries, and to immunohistochemistries for the evaluation of neurons (NeuN), reactive astrocytes (GFAP), activated microglia (HLA-DR), for aquaporin 4 (AQP4) and for chondroitin sulfate (CS-56). Students t-test or Mann-Whitneys test were performed for comparison between groups, and correlation tests were performed for the comparison between histological and magnetic resonance measures. Results: Patients with TLE presented reduced hippocampal volume, increased T2 relaxation time and reduced magnetization transfer, when compared to RC. The ex vivo volumetry of the hippocampal subfields revealed that fascia dentata, CA1 and subiculum together correspond to 85 % of the total hippocampal volume. Ex vivo relaxation time, as the in vivo, were increased in the subfields of TLE patients, when compared to HRC. Compared to HRC, TLE patients presented neuron loss and microgliosis in all hippocampal subfields but the subiculum, and astrogliosis in all hippocampal subfields but the subgranule zone and the hilus. Reduced perivascular aquaporin 4 was observed in all hippocampal subfields of TLE patients, and increased chondroitin sulfate was observed in all hippocampal subfields, with the exception of granule cell layer, of TLE patients, when compared to HRC. In TLE, both in vivo hippocampal volume and magnetization transfer correlated with the levels of chondroitin sulfate and the neuronal population, whereas the in vivo relaxation time correlated with the astroglial population and the levels of chondroitin sulfate. Ex vivo relaxation time also correlated with the astroglial population in TLE patients. The difference between in vivo and ex vivo relaxation values correlated with water difusibility and the levels of chondroitin sulfate. Conclusion: Our data indicate the importance of neuron population and extracellular matrix to both hippocampal volume and magnetization transfer, and of the reactive astrocytes for T2 relaxation. Ex vivo relaxation time allowed a more detailed evaluation, and indicated more robust correlations between reactive astrocytes and T2 relaxation. Finally, Our data indicated that CA1, the subiculum and fascia dentata are the major contributors to hippocampal volume, so changes in these subfields most likely will affect magnetic resonance imaging.
345

Avaliação histomorfométrica da pele da região abdominal de pacientes com obesidade mórbida antes e após perda acentuada de peso pós-cirurgia bariátrica / Skin changes due to massive weight-loss: analysis of collagen and elastic fibers

Rodrigo Itocazo Rocha 30 November 2016 (has links)
Pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico da obesidade mórbida apresentam perda ponderal acentuada e dismorfismo corporal e, com frequência, solicitam cirurgias plásticas visando um contorno corporal mais adequado. Os resultados dessas cirurgias plásticas são, em parte, limitados pela qualidade da pele resultante do grande emagrecimento. O presente estudo observacional teve como objetivo comparar fragmentos de pele da região epigástrica de 20 pacientes após perda ponderal acentuada consequente à cirurgia bariátrica com 20 pacientes portadores de obesidade mórbida, no sentido de analisar as alterações estruturais da pele como consequência do emagrecimento. A análise histomorfométrica foi realizada sobre o sistema colagênico através da metodologia Picrossírius/luz polarizada, e sobre o sistema elástico através da metodologia resorcinafucsina de Weigert. Foram observados, a redução das fibras colagênicas grossas (p=0,048); o aumento das fibras colagênicas finas (p=0,0085); e o aumento da densidade das fibras elásticas (p=0,0000009033) no grupo de pacientes emagrecidas. Não houve diferença entre os grupos quanto à média de idades (p=0,917) e quantidade total de fibras colágenas (p=0,3619). Os resultados evidenciaram as alterações estruturais da derme decorrentes do emagrecimento acentuado, demonstradas por meio do remodelamento colagênico, com a consequente redução das fibras espessas, organizadas, estruturadas e direcionadas em prol do aumento de fibras finas, desalinhadas e frouxamente dispostas, isso em associação ao aumento da elasticidade da pele. Isto explica cientificamente a já estabelecida percepção clínica das alterações cutâneas dos pacientes emagrecidos após cirurgias bariátricas, apresentando menor resistência e maior flacidez, quando comparadas ao período anterior ao emagrecimento / Post-bariatric patients develop body contour deformities and need plastic surgery procedures for reduction of excess skin and subcutaneous tissue. The results of these contouring procedures are typically limited by the poor quality of the skin. This observational study compared the epigastric skin of 20 post-bariatric with massive weight loss women with 20 women with morbid obesity through histomorphometric analysis of collagen fibers (picrosiriuspolarization) and elastic fibers (Weigert\'s resorcin-fuchsin). A reduction of thick collagen fibers (p=0.048), increase of thin collagen fibers (p=0.0085) and increase of the density of elastic fibers (p=0.0000009) were observed in the group of post-bariatric patients. There was no difference between the groups for mean age (p=0.917) and the total amount of collagen fibers (p=0.3619). These results represent structural changes in the dermis due to the massive weight loss once it demonstrates collagen modifications with reduction of thickness, organized and structured fibers, increase of thin, misaligned and disarranged fibers, and augmentation of the density of elastic fibers. This brings the scientific explanation for the established clinical perception that the skins of post-bariatric patients are less resistant and with more laxity when compared with what they were before the bariatric surgery
346

Avaliação da expressão da fibronectina e tenascina após capeamento pulpar utilizando diferentes agentes hemostáticos (modelo humano) e diferentes materiais capeadores (modelo animal) / Tenascin and fibronectin expression in human pulp repair after capping with calcium hydroxide and homeostasis with different agents

Baldissera, Elaine de Fátima Zanchin 06 July 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2014-08-20T14:30:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Elaine Baldissera_TESE.pdf: 2456356 bytes, checksum: eaccf33a07294f70b9babaa3140cc017 (MD5) Previous issue date: 2006-07-06 / Aim Based on the great importance of the extracellular matrix (EM) in tissue development and repair, the aim of this study was to investigate the expression of their major glycoproteins, tenascin (TN) and fibronectin(FN) in the human pulp repair. Methodology Using immunohistochemistry, the expression of TN and FN was analyzed in forty-two human teeth, which were taken from a previous study. TN and FN profiles were evaluated after 7, 30, and 90 days after pulp capping with calcium hydroxide, being used three different haemostatic agents (0.9% salin solution, 5.25% sodium hypoclorite and 2% chlorhexidine digluconate) before pulp capping. Results There was no difference in the expression of TN and FN among the distinct haemostatic agents being all the time intervals taken into consideration. Both glycoproteins were found in all the pulp tissue, accomplishing the collagen fiber, and they were absent in all the mineralized tissues. Within 7 days post-treatment, it was observed a slightly more pronounced immunostaining on the exposure pulp site. Within 30 days, TN and FN demonstrated a stronger expression around the dentin barrier. TN also showed focal staining inside the reparative dentin, which was in mineralization. Within 90 days, it was observed a thin and linear expression of TN and FN delimitating the reparative dentin. In the predentin, TN showed strong immunostaining, and FN had a variable expression. Conclusions Based on the results, it may be concluded that there was no difference in the expression of TN and FN among the distinct haemostatic agents being all the time intervals taken into account. Moreover, TN and FN were present in pulp repair,confirming their active participation in this event. It might also be suggested that both glycoproteins are responsible for the odontoblastic differentiation and for the maintenance of the cell shape. It can also be concluded that TN and FN are important factors in the mineralization of the newly-formed dentin matrix. / O controle do sangramento frente a uma exposição pulpar é de fundamental importância no sucesso do capeamento direto. As soluções de hipoclorito de sódio e de gluconato de clorexidina têm sido utilizadas como agentes de limpeza e hemostasia na terapia pulpar conservadora. Alguns estudos têm indicado para o controle da hemorragia e sucesso do capeamento pulpar adesivo o hipoclorito de sódio (COX et al, 1998; COX et al., 1999). Além de ser bom agente antimicrobiano, o hipoclorito possui elevado Ph, o que implicaria na solubilização de fatores de crescimento da dentina, e conseqüentemente, na estimulação à formação de dentina (SMITH et al., 2002). No entanto, pesquisas também demonstram a atividade de dissolução tecidual do hipoclorito quando empregado a 5.25%. Porém esta é limitada às células superficiais pulpares sem efeitos adversos sobre o tecido pulpar subjacente (SENIA et al., 1971; ROSENFELD et al., 1978). Pouco se sabe a respeito da biocompatibilidade da clorexidina (THOMAS et al., 1995). Cox et al. (1998) sugeriram que esta substância poderia ser a causa de desastrosos resultados encontrados no estudo de Pameijer & Stanley (1998). Em contrapartida, a clorexidina a 0,2% utilizada no capeamento pulpar direto como agente hemostático e de limpeza, tem demonstrado boa performance em estudos em humanos (HORSTED et al., 2003) e em macacos (MURRAY et al. 2004) Diante das evidências apresentadas, pode-se observar que não há unanimidade entre os pesquisadores a respeito de qual dessas substâncias e suas respectivas concentrações seria mais efetiva na realização das terapias conservadoras vitais, especialmente no capeamento pulpar direto. Adicionalmente, as alterações na distribuição de componentes da matriz extracelular (ME) têm sido estudadas durante o desenvolvimento dentário e nos processos de reparo pulpar. As duas maiores glicoproteínas da ME, Fibronectina (FNC) e Tenascina (TNC) têm sido descritas como importantes para o estímulo e mobilidade celulares, durante a diferenciação de células odontoblastóides a partir de células multipotentes da polpa. No entanto, a participação da ME e sua interação com as reações celulares têm sido pouco exploradas e compreendidas. Desta forma, tornam-se fundamentais as investigações sobre a expressão dos componentes da 15 ME durante o processo de reparo pulpar, na tentativa de buscar melhor entendimento dos eventos de resposta deste tecido após o capeamento direto. O objetivo deste estudo é avaliar a biocompatibilidade do hipoclorito de sódio e do gluconato de clorexidina em diferentes concentrações, através de estudo in vitro de cultivo celular; a genotoxicidade dessas duas soluções, utilizando a reação de Feulgen para detecção e análise de micronúcleos e a expressão de componentes da matriz extracelular, através de estudo imunoistoquímico (técnica da estreptoavidina-biotina) em polpas humanas expostas, tratadas com os agentes hemostáticos hipoclorito de sódio a 5,25% e gluconato de clorexidina a 2%, empregados previamente ao capeamento pulpar direto. Para o ensaio de citotoxicidade do MTT será utilizada a linhagem celular NIH/3T3 (fibroblastos de rato). Este ensaio foi escolhido porque estudos prévios (COSTA, 2001; ZHANG et al., 2003) têm mostrado ser o mesmo apropriado para a avaliação da viabilidade ou citotoxicidade celulares, frente a materiais de uso odontológico. Serão testadas em diferentes tempos de exposição, as soluções de hipoclorito de sódio a 0,5%, 1%, 2,5% e 5,25% e de gluconato de clorexidina a 0,12%, 0,2%, 1% e 2%, bem como a solução salina 0,9%, que funcionará como controle negativo dos testes. Para o ensaio de genotoxicidade, será feita a análise semi-quantitativa dos micronúcleos de amostras previamente emblocadas, oriundas de 45 espécimens com polpas humanas tratadas com hipoclorito de sódio a 5,25% (n=16), gluconato de clorexidina (n=15) e
347

Patogênese da endomiocardiofibrose: perfil imunológico e análise proteômica de tecido cardíaco / Endomyocardial fibrosis pathogenesis: Immunological profile and proteomics analysis of cardiac tissue

Bossa, Aline Siqueira 30 July 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: A endomiocardiofibrose (EMF) é uma doença típica de países tropicais, na qual ocorre a deposição de uma capa fibrosa na região endomiocárdica com graves consequências clínicas. A patogenia da EMF ainda não foi elucidada, mas uma das principais hipóteses etiológicas sugere que a EMF seja consequência de um processo inflamatório crônico com envolvimento de respostas imunes Th2 pós-infestação helmíntica, mediada por eosinófilos nas fases iniciais da doença. Neste estudo avaliamos o perfil da resposta imune e inflamatória, assim como o perfil de proteínas expressas no endomiocárdio afetado, para compreender melhor os mecanismos envolvidos na patogênese da EMF. MÉTODOS: Foram coletadas amostras de plasma e soro de pacientes com diagnóstico de EMF e de indivíduos saudáveis, para dosagens de 6 citocinas plasmáticas do perfil Th1/Th2, Proteína C Reativa ultrassensível (PCRus), IgE total e IgE específico contra aero-alérgenos prevalentes e alérgenos de helmintos. A análise proteômica do endomiocárdio afetado de quatro pacientes com EMF submetidos à ressecção cirúrgica da fibrose, levou à identificação por espectrometria de massas, de proteínas separadas previamente por gel 1D e 2D. Análises in silico de vias funcionais e redes ligando as proteínas identificadas também foram realizadas. Eosinofilia em sangue periférico, assim como dados clínicos e ecocardiográficos, foram avaliados retrospectivamente. RESULTADOS: Foram selecionados 27 pacientes em estágio avançado da EMF, portadores de disfunção diastólica e/ou valvar. Todas as amostras de plasma analisadas apresentaram níveis detectáveis de pelo menos uma das citocinas avaliadas. As citocinas IL-6, TNF-?, IL-10 e IL-4 foram detectadas em pelo menos 74% das amostras, sendo que os níveis de IL-6, TNF-? e IL-10 se apresentaram significantemente elevados em comparação com os detectados nos indivíduos saudáveis. Foi observada correlação positiva entre os níveis de todas as citocinas avaliadas. Apenas 33% dos pacientes apresentaram algum episódio isolado de eosinofilia periférica ao longo do tempo, sendo que 11% apresentaram hipereosinofilia. Os níveis de IgE total foram semelhantes aos observados na população controle. A análise proteômica permitiu identificar 140 proteínas distintas no tecido endomiocárdico, das quais 18 eram provenientes da matriz extracelular. As análises in silico indicaram IL-6 e TNF-? como dois dos principais indutores da expressão das proteínas identificadas e a principal via canônica envolvida nas proteínas identificadas foi a: \"Resposta de Fase Aguda\". Coincidentemente, os níveis de PCRus encontraram-se significativamente aumentados nos portadores de EMF. CONCLUSÕES: Elevados níveis de citocinas pró e anti-inflamatórias e de PCRus sugerem a presença de perfil inflamatório misto (Th1/Th2) nas fases avançadas da patogênese da EMF. A pouca expressão da eosinofilia descarta sua participação ativa na patogênese da fase avançada da doença, mas não é possível excluir sua participação nas fases iniciais. Nossos dados permitem levantar a hipótese que os níveis elevados de citocinas inflamatórias modulem a expressão de proteínas- incluindo as de fase aguda- no tecido endomiocárdico de pacientes portadores de EMF / INTRODUCTION: Endomyocardial fibrosis (EMF) is a typical disease in tropical countries, characterized by the fibrous deposition in the endomyocardium, with severe clinical manifestations. EMF pathogenesis is still unclear, but one of the major hypothesis suggests that EMF could be a consequence of a chronic inflammatory process with possible involvement of a Th2 immune responses after helminthiasis, mediated by eosinophils, which could contribute to pathogenesis in the early stages of the disease. In this study, we evaluated the inflammatory response profile and the protein expression profile of the affected endomyocardium, to understand the mechanisms involved in this pathogenesis. METHODS: Plasma and serum samples were collected from the 27 patients diagnosed with advanced stage EMFand from healthy controls, to mensured plasma levels of 6 cytokines belonging to the Th1/Th2 cytokine profiles, ultrasensitive C Reactive Protein (CRP), total and allergen-specific serum IgE against prevalent and helminthic allergens. Proteomic analysis of tissue samples obtained from 4 EMF patients submitted to surgical resection of affected endomyocardial tissue allowed the identification of proteins by mass spectrometry, after separation by 1D and 2D electroforesis. In silico analysis of functional pathways and networks connecting the proteins identified in the EMF cardiac tissue was also performed. Blood peripheral eosinophilia, clinical and echocardiography data were evaluated retrospectively. RESULTS: All EMF patients displayed detectable plasma levels of at least one of the cytokines tested. We found that TNF-?, IL-6, IL-4 and IL-10 were each detected in at least 74% of tested sera, and plasma levels of IL10, IL6 and TNF-? were significantly higher than controls. Plasma levels of such cytokines positively correlated with each other. Only 33% of the patients presented any episode of blood eosinophilia along time, and 11% of these patients presented hypereosinophilia. Total IgE levels were similar to those from healthy subjects. Proteomic analysis allowed the identification of 140 distinct proteins from the resected endomiocardium of the EMF patients, 18 of which belonging to the extracellular matrix. In silico analysis indicated IL-6 and TNF-? as two of the major gene expression inducers of the identified proteins in our analysis, and the Acute Phase Response was identified as the major canonical pathway involved with the identified set of proteins. Similarly, CRP levels were significantly increased in the EMF patients. CONCLUSIONS: Increased levels of an inflammatory/anti-inflammatory circulating cytokines (Th1/Th2), along with increased CRP levels, suggested the presence of a mixed inflammatory profile in EMF advanced stage. The number of EMF patients with blood eosinophilia does not support the active participation of eosinophils in pathogenesis of advanced EMF. However, it is not possible to exclude the participation in the pathogenesis early stages. Our data support the hypothesis that the increased levels of inflammatory cytokines modulate protein expression -including proteins of the acute phase response - in the endomyocardial tissue of EMF patients
348

Estudo da correlação entre a incidência de metástases em tumores carcinóides típicos broncopulmonares e biomarcadores teciduais, variáveis clínicas e índice de risco / Study of the correlation between metastasis incidence in typical bronchopulmonary carcinoid tumors and clinical features, tissue biomarkers and index risk

Pereira, João Carlos das Neves 22 October 2004 (has links)
Carcinóides típicos são proliferações de células neuroendócrinas. Discute-se se são carcinomas ou adenomas, devido ao seu comportamento ambíguo. É imperativo conhecer seu potencial maligno para que se estabeleça o tratamento adequado. Os relatos de metástase exigem uma definição de quais são os critérios que podem ser utilizados para prever o fenômeno. Atualmente é utilizada a classificação proposta por Travis que estratifica os carcinóides em típicos e atípicos. Porém, todos os pacientes acometidos por carcinóide típico, pela classificação, são considerados como sendo de baixo risco para a ocorrência de metástase, o que torna a proposta insuficiente para se definir conduta terapêutica. O gênero, a idade, a localização central ou periférica, o diâmetro tumoral, e o estadiamento TNM, também já foram descritos como tendo correlação com malignidade em carcinóides. Busca-se descobrir outros critérios que possam ser utilizados para auxiliar na determinação do prognóstico, como os biomarcadores celulares e estromais. O estudo do comportamento celular através de marcadores correlacionados com o fenótipo maligno pode ser realizado utilizando-se a técnica de imunohistoquímica, assim como pelo estudo da matriz extracelular. A análise, para cada paciente, da interação destes fenômenos, permite melhor definição do verdadeiro risco de ocorrência de metástase. A exemplo de outras doenças, permite mesmo a confecção de índices de risco, ponderando-se a contribuição de cada um dos marcadores para a estratificação prognóstica. Com o objetivo de estudar a correlação entre variáveis clínicas (gênero, idade, dimensões e localização do tumor - central ou periférico -, margem de ressecção comprometida e estadiamento TNM) e biomarcadores teciduais, e o potencial metastático dos carcinóides típicos, procedeu-se à quantificação do nível de expressão imunohistoquímica das proteínas p53, Ki-67 e Bcl-2, mensurou-se as fibras colágenas e elásticas e a densidade de microvasos no estroma tumoral, e coletaram-se dados dos prontuários. Metástases linfonodais ocorreram em 9 dos 55 pacientes, e à distância em 6 (2 para o fígado, 1 para osso, 1 para pulmão, 1 para tireóide e 1 para gordura mediastinal). Dois doentes tiveram metástase linfonodal e hematogênica concomitantes. À análise estatística univariada, os 5 biomarcadores (p53, Ki-67 e densidade de microvasos elevados, Bcl-2 e densidade de fibras estromais reduzidos) e o gênero masculino foram relacionados à maior ocorrência de metástase. A faixa etária elevada apresentou tendência a relacionar-se com o fenômeno. À análise multivariada por regressão logística, a densidade de microvasos foi o único fator independentemente relacionado ao fenômeno. O aumento da população estudada poderia, talvez, implicar os outros marcadores como variáveis associadas ao fenômeno, mesmo à análise multivariada por regressão logística. Estabelecendo-se as correlações, à análise univariada, entre cada marcador, faixa etária e gênero com o fenômeno metastático, foi composto um painel utilizando-se a razão de riscos. Ponderou-se o odds ratio e propôs-se um modelo de índice com valores numéricos diretamente proporcionais ao risco de ocorrência de metástase, que apesar de não ter validade externa ao estudo, pode ser desenvolvido por meio do aumento da população estudada e pela adição de novos marcadores. A aplicação de um índice na prática clínica auxilia a determinação do prognóstico de um dado indivíduo. Conclui-se que há correlação entre os níveis de expressão dos 5 marcadores e do gênero com o potencial metastático. E que é possível o desenvolvimento de um índice numérico que se relacione com o risco de ocorrer metástase. / Typical carcinoid tumors are neuroendocrine cell\'s proliferations. If they are carcinomas or adenomas is still under discussion, due to their ambiguous behavior. It is imperative to define their malignant potential, intending to establish the adequate treatment. Metastasis reports demand a definition of which are the criteria that can be used to foresee the phenomenon. Nowadays it is used the classification proposed by Travis who stratifies the carcinoid tumors in typical and atypical. However, all typical carcinoid tumors, by this classification, are considered as being of low risk for metastatic spread, what turns insufficient this proposal to define therapeutic approach for all patients. Gender, age, the central or peripheral location, tumoral diameter and TNM stage, also have already been described as predictors of malignancy in carcinoid tumors. It looks for discovering other criteria that can be used to assist in the determination of the prognosis, like cellular and stromal biomarkers. The study of the cellular behavior based on biomarkers related to the malignant phenotype can be carried out using the immunohistochemical technique, as well as by the study of the extra cellular matrix. The analysis, for each patient, of the interaction between these phenomena, allows better definition of real metastasis risk. Like in otherillness, it allows an index risk construction, pondering the contribution of each biomarker for the prognostic bedding. In spite to study the correlation between clinical features (gender, age, diameter and tumor localization - central or peripheral -, residual neoplasm in operative margins and TNM stage), iomarkers and the malignant potential of typical carcinoids, it was proceeded to the quantification of the immunohistochemical expression level of the proteins p53, ki-67 and Bcl-2, it was also measured the collagens fibers and elastic and microvessels density in tumoral stoma, and it was collected data from the medical charters. Nodal metastasis has been diagnosed in 9 of 55 patients, and haematogenic in 6 (liver: 2, bone:1, lung: 1, thyroid: 1, pericardial fat: 1). In 2 patients it was diagnosed both nodal and haematogenic metastasis. Univariate statistical analysis showed that all the 5 biomarkers (over expression of p53, Ki-67 and microvessels density and under expression of Bcl-2 and matrix fibers) and male gender are related to increased risk for metastasis. Age (older patients) was borderline only related to metastatic increased risk. Under multivariate analysis by multiple steps logistic regression, only microvessel density was independently related to metastasis. Perhaps, if it has been studied in a larger group of patients, other biomarkers could be implied in multivariate analysis in the equation for increased risk for metastatic disease. Based on univariate analysis for defining correlation between each biomarker, age group and gender with the metastatic phenomenon, it was composed a panel using the odds ratio for each factor. It was proposed a practical model (to be developed by future research) for a numeric risk index directly proportional to the metastatic risk. The application of an index in the clinical practice assists the determination of the prognosis for each patient. It was concluded that there is a correlation between the expression levels of the 5 studied biomarkers and gender with the metastatic potential, and that is possible the development of a practical numeric risk index related to the metastatic risk.
349

Tratamento com inibidor da Rho quinase associado ou não ao uso de corticosteróides em cobaias com inflamação pulmonar alérgica crônica: modulação da inflamação, do estresse oxidativo, do remodelamento da matriz extracelular e da reativida / Treatment with Rho-kinase inhibitor associated or not with corticosteroids in guinea pigs with chronic allergic pulmonary inflammation: modulation of inflammation, oxidative stress, extracellular matrix remodeling, and responses of the airways and lung parenchyma

Pigati, Patricia Angeli da Silva 09 May 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: Embora os corticosteróides sejam considerados tratamento padrão-ouro na asma, pacientes com asma grave não são totalmente controlados com este tratamento. Estudos prévios com inibidores da Rho quinase sugeriram uma influência benéfica destas drogas na asma, atuando como uma possível alternativa anti-inflamatória. No entanto, não há estudos anteriores avaliando os efeitos destes inibidores, associados ou não com corticosteróides, na modulação da mecânica do sistema respiratório e oscilatória do tecido pulmonar distal, assim como nas alterações histopatológicas, em modelo animal de inflamação pulmonar crônica. OBJETIVOS: Avaliar se o tratamento com o inibidor específico da Rho (Y- 27632), associado ou não com a dexametasona modula a resposta de mecânica pulmonar, inflamatória, de remodelamento da matriz extracelular e ativação do estresse oxidativo em cobaias com inflamação alérgica crônica. MÉTODOS: As cobaias receberam sete inalações de ovoalbumina (1-5mg/ml; grupo OVA) durante 4 semanas. A partir da quinta inalação, os animais do grupo da Rho quinase receberam inalação de Y-27632 (1mM) (grupo OVA-RHO) e ou dexametasona (2 mg.kg-1) associada ou não a Y-27632 (grupos OVA-C ou grupos ORC), 10 minutos antes de cada inalação com OVA. Setenta e duas horas depois da sétima inalação, os animais foram anestesiados, exsanguinados, o óxido nítrico exalado foi coletado e a mecânica do sistema respiratório (Ers e Rrs) e oscilatória do tecido pulmonar distal (Et e Rt) foram realizadas em condições basais e após desafio com OVA (0,1%). Após, as fatias de pulmão foram removidas e submetidas à avaliação histopatológica. RESULTADOS: Houve um aumento no óxido nítrico exalado, nas respostas máximas de Ers, Rrs, Rt e Et após desafio antigênico, nos eosinófilos, nas células positivas para IL-2, IL-4, IL-5, IL-13, IFN-?, iNOS, MMP-9, TIMP-1,TGF- ß, NF?B e no conteúdo do 8-iso-PGF2?, no conteúdo de fibras elásticas, colágenas e de actina em vias aéreas e no parênquima pulmonar distal do grupo OVA comparado ao controle (P<0,05). Nos grupos OVA-RHO, OVA-C e ORC houve uma diminuição em todos os parâmetros comparados ao grupo OVA (P<0,05). A associação do Y-27632 com o tratamento com corticosteróide (grupo ORC) potencializou a atenuação do conteúdo de colágeno e IFN-? na parede das vias aéreas e IL-2, IFN-?, 8-iso-PGF2? e NF-?B no parênquima distal comparado aos grupos OVA-RHO e OVA-C (P<0,05). No grupo ORC houve uma redução nas células positivas para TIMP-1 e eosinófilos no septo alveolar comparado ao grupo OVA-C (P<0,05). CONCLUSÕES: A inibição da Rho quinase ou o tratamento com corticosteróides contribuíram para o controle da resposta de mecânica pulmonar, da resposta eosinofílica e linfocitária Th1 e Th2, do remodelamento da matriz extracelular e da ativação do estresse oxidativo nas vias aéreas e parênquima distal neste modelo animal. A associação do inibidor da Rho quinase com o corticosteróide potencializou o controle de parte da resposta de remodelamento e de inflamação nas vias aéreas e parênquima. A inibição da Rho quinase associada ou não a corticosteróides pode ser considerada uma ferramenta farmacológica futura para o tratamento de doenças pulmonares crônicas / INTRODUCTION: Although corticosteroids are considered gold standard of asthma treatment, patients with serious asthma are not totally controlled with this treatment. Previous studies with Rho-kinase inhibitors suggested a beneficial influence of these drugs on asthma, being a possible anti-inflammatory alternative. However, there are no previous studies evaluating in an animal model of chronic pulmonary inflammation the effects of such inhibitors, combined or not with corticosteroids, on the mechanics modulation of the respiratory system and oscillation of distal pulmonary tissue, as well as on histopathological alterations. OBJECTIVES: To evaluate whether treatment with the specific Rho inhibitor (Y-27632), combined or not with dexamethasone, modulates the responses of pulmonary mechanics, inflammation, extracellular matrix remodeling, and oxidative stress activation in guinea pigs with chronic allergic inflammation. METHODS: Guinea pigs received seven ovalbumin inhalations (1-5mg/ml; OVA group) during 4 weeks. After the fifth inhalation, the animals of the Rho-kinase group received inhalation of Y-27632 (1mM) (OVA-RHO group) and/or dexamethasone (2 mg.kg-1), combined or not with Y-27632 (OVA-C groups or ORC groups), 10 minutes before each inhalation with OVA. Seventy-two hours following the seventh inhalation, the animals were anesthetized, exsanguinated, the exhaled nitric oxide was collected, and mechanics of the respiratory system (Ers and Rrs) and oscillation of the distal lung tissue (Et e Rt) were performed in basal conditions and after challenge with OVA (0.1%). Afterwards, lung slices were removed and submitted to histopathological evaluation. RESULTS: There was an increase of exhaled nitric oxide, maximum responses of Ers, Rrs, Et and Rt after antigen challenge, eosinophil counts, cells positive for IL-2, IL-4, IL-5, IL-13, IFN-?, iNOS, MMP-9, TIMP-1,TGF-ß, NF?B, and in the content of 8-iso-PGF2?, elastic fibers, collagen fibers and actin in the airways in distal lung parenchyma of the OVA group, compared to the control (P<0.05). In the OVA-RHO, OVA-C and ORC groups there was a decrease in all parameters, when compared to the OVA group (P<0.05). The treatment combining Y-27632 with corticosteroid (ORC group) maximized the attenuation of the content of collagen and IFN-y in the airways walls, and of IL-2, IFN-?, 8-iso-PGF2? and NF-?B in distal parenchyma, when compared to the OVA-RHO and OVA-C groups (P<0.05). In the ORC group, there was a reduction of cells positive for TIMP-1 and eosinophils in the alveolar septum, compared to the OVA-C group (P<0.05). CONCLUSIONS: Rho kinase or treatment with corticosteroids contributed to the control of the pulmonary mechanics response, Th1 and Th2 lymphocyte and eosinophil responses, extracellular matrix remodeling, and activation of the oxidative stress in the airways and distal parenchyma of this animal model. The combined treatment with Rho kinase and corticosteroid maximized the control of part of the remodeling response and inflammation of the airways and parenchyma. Rho-kinase inhibition combined or not with corticosteroids can be considered a future pharmacological tool for treatment of chronic pulmonary diseases
350

Relevância do fibroblasto no remodelamento parenquimatoso pulmonar em modelos experimentais de fibrose induzida por bleomicina e 3-5-di-tert-4-hidroxitolueno / Relevance of fibroblasts in lung parenchymal remodeling in experimental models of bleomycin and 3-5-di-tert-4-hydroxytoluene-induced fibrosis

Silva, Vanessa Martins da 23 September 2015 (has links)
A remodelação do epitélio e do mesênquima subjacente tem um papel crucial na patogênese da fibrose pulmonar experimental. A iniciação, gravidade e distribuição de fibrose varia entre os diferentes agentes químicos. Estudos recentes indicaram que o envolvimento epitelial, a expressão de proteínas reguladoras do epitélio, ativação endotelial, estresse do retículo endoplasmático, a ativação de fibroblastos e acumulação de diferentes tipos de colágeno, pode ser específica em lesão causadas por diferentes agentes químicos. Neste estudo, comparou-se a fibrose pulmonar induzida por bleomicina (BLM) e hidroxitolueno butilado (BHT). Envolvimento epitelial, proteínas reguladoras, ativação endotelial e de fibroblastos foram quantitativamente avaliados pela densidade de células alveolares, expressão de telomerase, endotelina-1 (ET-1), fator de crescimento vascular (VEGF), fator de transformação do crescimento beta (TGF-beta) e do fator de crescimento de fibroblastos básico (bFGF). Estresse celular em células epiteliais alveolares do tipo 2 (AEC II) e fibroblastos, eventualmente, responsáveis pela gênese da fibrose pulmonar, foram investigados por microscopia eletrônica. Os colágenos do tipo I (Col I), III (Col III) e V (Col V) foram caracterizados e quantificados por imunofluorescência. A quantidade de colágeno pulmonar e alterações histológicas fibróticas foram significativamente aumentadas nos grupos BLM e BHT em relação aos controles, com diferença significativa entre a resposta fibrótica precoce e tardia. A densidade AEC II, a expressão da telomerase, ET-1, VEGF, TGF-beta e bFGF foram significativamente maiores nos grupos BLM e BHT do que em pulmões dos grupos controles, com diferença significativa entre a fase precoce e tardia da resposta fibrótica. Mitocôndrias anormais e estresse do retículo endoplasmático em AEC II e fibroblastos foram encontrados em ambos os grupos fibróticos. Aumento no acumulo de fibras de Col I, III e V, foram encontradas no interstício pulmonar após instilação de BLM e BHT. A expressão gênica de TGF-beta1 e alfa actina de músculo liso (alfa-SMA) foi significativamente maior em ambos modelos de fibrose pulmonar. Ativação de Smad3 (Mothers against decapentaplegic homolog 3) associada à expressão de IL-beta1 (Interleucina-1 beta), Lox (lisil-oxidase) e o fator de transcrição Sp1 (Specificity protein 1) foi associada com a ativação do gene alfa-SMA. Em conclusão, os nossos resultados tornam-se relevantes pois demonstram que, independentemente do insulto inicial, há uma convergência no perfil de sinalização, onde fica evidente que a lesão epitélio/endotelial está envolvida num amplo e contínuo processo de reparação com consequente final fibrótico. Um elemento chave no reparo e remodelamento tecidual ou fibrose é a resposta mesenquimal que fornece componentes essenciais de MEC necessários para a infraestrutura da cura e por outro lado para a fibrose progressiva crônica / Epithelial and underlying mesenchyme remodeling have a critical role in the pathogenesis of experimental pulmonary fibrosis. The initiation, distribution and severity of fibrosis varies among different chemical agents. Recent studies have indicated that epithelial involvement, expression of epithelial regulatory proteins, endothelium activation, endoplasmic reticulum stress, fibroblast activation and accumulation of different types of collagen may be specific in various chemical agents of injury. In this study, bleomycin (BLM) and Butylated hydroxytoluene (BHT)-induced pulmonary fibrosis in mice were compared. Epithelial involvement, regulatory proteins, endothelium and fibroblast activation were quantitatively evaluated by alveolar cells density, telomerase, endothelin-1 (ET-1), Vascular endothelial growth factor (VEGF), Transforming growth factor beta (TGF-beta) and basic fibroblast growth factor (bFGF) expression. Cellular stress in type 2 alveolar epithelial cells (AEC II) and fibroblasts, eventually responsible by generating lung fibrosis, were investigated by electron microscopy. We characterized and quantified collagen type I (Col I), III (Col III) and V (Col V) by immunofluorescence. Lung collagen content and fibrotic histological changes were significantly increased in BLM and BHT models compared to control with significant difference between early and late fibrotic response. AEC II density, telomerase expression, ET-1, VEGF, TGF-beta and bFGF were significantly higher than control lungs with significant difference between early and late BLM and BHT fibrotic response. Abnormal mitochondria and endoplasmic reticulum in AEC II and fibroblasts was found in both groups of chemical agents. Increased of Col I, Col III and V fibers accumulation was found in the lung interstitium after BLM and BHT instillation. The expression of TGF-beta1 and alfa smooth muscle actin (alfa-SMA) gene was significantly increased in both model of pulmonary fibrosis. Activated Smad3 (Mothers against decapentaplegic homolog 3) associated to the IL-beta1 (Interleukin-1 beta), Lox (Lysyl oxidase) and the transcription factor Sp1 (Specificity protein 1) was associated to the activation of alfa-SMA gene. In conclusion, our results become relevant because they demonstrate that, regardless of the initial insult, there is a convergence in the signaling profile, where it is clear that the epithelial/endothelial injury is involved in a broad and continuous repair process with consequent fibrotic end. A key component in tissue repair and remodeling, or fibrosis is the mesenchymal response which provides essential components of extracellular matrix infrastructure needed to cure and secondly for chronic progressive fibrosis

Page generated in 0.0916 seconds