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A histórica caminhada do assentamento Padre Josimo I e II na luta pela terra em Cristalandia-TO

Souza, Lucinéia Medrado de 15 March 2017 (has links)
Como foram organizadas as ações políticas e territoriais na trajetória do processo de formação e ocupação do assentamento Padre Josimo I e II no estado do Tocantins no período de 2003 a 2016? Este é o ponto de partida deste trabalho. A partir daí é preciso entender o que é reforma agrária e porque é preciso que esta política se efetive. Qual o papel do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra e que influência este movimento tem neste processo. A reforma agrária surge como uma política para ‘resolver’ a questão da posse da terra, fazendo a divisão das terras particulares e públicas improdutivas. Sendo um processo lento que contraria os interesses das elites, a reforma agrária ainda é utopia para muitas famílias que não possuem a terra. Em 1984 formaliza-se o movimento dos trabalhadores rurais sem terra com o objetivo de lutar pela terra e pela reforma agrária. O movimento pouco a pouco ganhou força em todo território nacional. É um movimento aberto a todos que lutam pela reforma agrária. Possui uma organização coletiva através das frentes de luta. Teve forte influência da CPT e conta com aliados como partidos políticos, sindicatos, instituições religiosas e outros movimentos. No Tocantins este movimento atuou com mais intensidade na região norte, região conhecida como Bico do Papagaio, onde havia muitos conflitos com a questão da terra. Padre Josimo foi um defensor da luta pela terra e lutou junto às famílias do Bico do Papagaio que buscavam dignidade através da posse da terra para morar e produzir o alimento. Foi morto por pistoleiros contratados por grileiros da região. Sua luta e coragem serviram de exemplo a muitos outros que ainda lutam por esta conquista. O movimento de luta existe em todo o estado do Tocantins e, motivados pelo MST muitas famílias se juntam neste processo. Primeiro identificam as fazendas improdutivas da região, as famílias sem terra que acreditam no movimento e na luta e começam a trilhar um caminho longo. Instalam-se no acampamento, com as condições de vida precárias, mas muita vontade e ânimo. O MST faz toda parte de animação e incentivo através de reuniões, palestras, vivências, formação política. Pressionam o INCRA para a desapropriação da fazenda e a divisão de lotes para o assentamento das famílias. O período de luta no acampamento é intensificado pelo desejo de possuir a terra. Assim foi com as famílias que fazem parte hoje do assentamento Padre Josimo I e II em Cristalândia – TO que recebeu o nome do Padre que é símbolo da luta pela terra. Assim, este trabalho busca entender, através da realização de entrevistas a 40 famílias, a atuação do MST na organização do acampamento e no assentamento Padre Josimo I e II. / How were political and territorial actions organized in the trajectory of the formation and occupation process of the Padre Josimo I and II settlement in the state of Tocantins in the period from 2003 to 2016? This is the starting point of this work. From there we must understand what agrarian reform is and why this policy must take effect. What is the role of the Movement of Landless Rural Workers and what influence does this movement have in this process. Agrarian reform emerges as a policy to 'solve' the question of land ownership, making the division of private and public lands unproductive. Being a slow process that runs counter to elite interests, agrarian reform is still a utopia for many families who do not own the land. In 1984, the landless rural workers' movement was formalized in order to fight for land and for agrarian reform. The movement gradually gained force throughout the national territory. It is a movement open to all who struggle for agrarian reform. It has a collective organization through the fronts of struggle. It had strong influence of the CPT and counts on allies like political parties, unions, religious institutions and other movements. In Tocantins, this movement acted more intensely in the northern region known as Bico do Papagaio, where there were many conflicts with the land issue. Father Josimo was a defender of the struggle for the land and fought with the families of the Papagaio Beak who sought dignity through the possession of the land to live and produce food. He was killed by gunmen hired by grileiros in the area. His struggle and courage have served as an example to many others who are still struggling for this achievement. The fighting movement exists throughout the state of Tocantins and, motivated by the MST, many families come together in this process. First they identify the unproductive farms in the region, the landless families who believe in movement and struggle and begin to tread a long path. They settle in the camp, with the poor conditions of life, but much will and spirit. The MST does all part of animation and encouragement through meetings, lectures, experiences, political formation. Pressures INCRA for the expropriation of the farm and the division of lots for the settlement of the families. The fighting period in the camp is intensified by the desire to own the land. So it was with the families who are part of the settlement of Father Josimo I and II in Cristalândia - TO that received the name of the Father who is a symbol of the struggle for the land. Thus, this work seeks to understand, through interviews conducted to 40 families, the MST's performance in the organization of the camp and in the settlement Padre Josimo I and II.
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Movimentos sociais e redes digitais: as microresistências dos novos atores políticos e sociais na efetivação da cidadania brasileira

Gomes, Aline Antunes 31 July 2017 (has links)
A cidadania, cuja origem remonta ao período da Antiguidade Clássica, assumiu na Idade Moderna uma concepção universal e igualitária, inspirada, principalmente, pelos ideais revolucionários americanos e franceses. Representa uma luta evolutiva constante, que teve o pontapé inicial no século XVIII, na conquista dos direitos civis, passando pelos direitos políticos, sociais, de solidariedade e de busca pela paz. Porém, foi a partir da segunda metade do século XX, no período posterior aos horrores vividos nas duas grandes guerras mundiais, que a discussão em torno dessa temática ganhou maior espaço nas agendas políticas nacionais e internacionais, tendo em vista a necessidade de contenção das violências aos direitos humanos e fundamentais. Contudo, a pauta de discussão somente se tornou aberta para a população com o advento das novas tecnologias de informação e comunicação, em especial após o desenvolvimento da segunda geração da Web, que impulsionou a formação de microesferas públicas abertas de discussão, tornando visível muitos conflitos até então ocultos e levando os sujeitos a refletirem sobre os problemas enfrentados pelas sociedades atuais. Com isso, a formação de grupos sociais organizados e de ativistas online foi crescendo gradativamente, engajando um número cada vez maior de sujeitos, no qual o objetivo não é apenas sair às ruas para reivindicar respostas para as demandas sociais, mas também opor resistência aos poderes institucionalizados e hegemônicos. Eclodiram, assim, os movimentos da Primavera Árabe, o movimento dos indignados na Espanha, a Revolução das panelas na Islândia, o Occupy Street nos Estados Unidos, e os movimentos de junho de 2013 e março de 2015 no Brasil. Em razão disso, a pesquisa que é qualitativa e utiliza como método de abordagem o hipotético-dedutivo e como método de procedimento o histórico, possui o objetivo de analisar a contribuição desses movimentos que se originam a partir das redes digitais e o papel dos novos atores políticos e sociais na efetivação da cidadania brasileira. Para isso, apresenta-se na segunda seção uma evolução histórica acerca da cidadania, da formação do espaço público e dos movimentos sociais no Brasil, assim como dos principais movimentos sociais em rede. Na terceira seção, é analisado o desenvolvimento das redes de computadores, da internet e das novas formas comunicacionais, das microesferas públicas de discussão e das conexões identitárias que servem de elo para o engajamento dos indivíduos. E na quarta seção, discute-se o ativismo praticado nas redes digitais, as limitações trazidas pelo controle e vigilância dos dados e os desafios que o direito precisa enfrentar nesse contexto, para que, a partir disso, seja possível delimitar a formação de uma nova classe social que abarca toda a diversidade de sujeitos da sociedade atual e se movimenta em prol da garantia dos direitos humanos e fundamentais. / 131 f.
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Grupos de mulheres do meio rural: espaço educativo e de cuidado de si

Busnello, Maristela Borin 07 May 2018 (has links)
Os grupos de mulheres do meio rural se constituem em espaço de educação não formal e em sua organização se desenvolvem práticas educativas. Considerando este contexto, nesta tese de doutorado busco estudar de que forma os grupos de mulheres vinculados a um projeto de educação-extensão no meio rural, produzem espaço educativo e de cuidado. Apresento os elementos teóricos que situam a tese na confluência temática do debate sobre a saúde, a alimentação e a educação. Contextualizo o debate a respeito da saúde, a sua promoção e a educação nos espaços grupais, visualizando estes espaços como conformadores de práticas e potencializadores de mudança. Trago, ainda, elementos conceituais sobre a alimentação e a nutrição como categorias consideradas nas ações e práticas educativas. Tendo presente estes elementos, amparada nos pressupostos de Freire e da educação popular em saúde, investiguei como ocorrem as práticas educativas em um grupo de mulheres vinculado a um projeto de educação-extensão no meio rural de Ijuí. Na pesquisa participante utilizei diferentes estratégias para aproximação ao campo empírico. Além da observação participante junto ao grupo e registros no caderno de campo, desenvolvi um grupo focal e entrevistei os educadores envolvidos nas ações do projeto. A partir destas análises, defendo a compreensão de que os espaços grupais são espaços educativos onde convivem diferentes compreensões de educação. Quando o grupo considera e utiliza estratégias participativas, o diálogo e as realidades vivenciadas por cada uma das mulheressujeito do grupo pode-se alcançar empoderamento e provocar mudança. Aponto ainda, que, por ser espaço de encontro e de vivência, no grupo se estabelecem laços de solidariedade os quais potencializam o cuidado de si. Identificam-se entre as mulheres do grupo o pertencimento e a mobilização para “estar” neste local e se constituírem-se como sujeitos com identidade. Identifico ainda que o espaço grupal tal qual o vivenciado pelos grupos de mulheres, pode se manter como espaço de resistência ao cotidiano conformador e se constituir em espaço de esperança ao alcance de outros modos de pensar/fazer as relações com a produção de alimentos e a alimentação, com a vida de modo mais digno e responsável. / 126 f.
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Rede certific e proeja fic: a formação inicial e continuada de pescadores no município de São Borja – RS

Oliveira, Graciela Pavelacki 07 May 2018 (has links)
Este trabalho busca refletir sobre as apreensões que nos levam a querer entender o déficit na escolarização do trabalhador brasileiro e se fundamenta em compreensões teóricas que consideram a educação como uma prática social que favorece a inclusão. Partindo do estudo dos Movimentos Sociais, mais especificamente dos pescadores, em nível nacional, o estudo problematiza programas educacionais de grande relevância, neste caso a Rede de Certificação Profissional e Formação Inicial e Continuada (REDE CERTIFIC) e o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, na Formação Inicial e Continuada com Ensino Fundamental (PROEJA FIC), que têm sua base teórica fundamentada nos princípios da Educação Popular. O Estado, na busca de redimir uma dívida social histórica para com os jovens e adultos excluídos da escola, cria PROEJA FIC, associado à Rede CERTIFIC, que reconhece competências profissionais de trabalhadores, jovens e adultos, adquiridas ao longo da vida em processos formais e não formais de ensino-aprendizagem. A escolha recai sobre a vivência cotidiana daqueles que vivem da pesca e sua organização enquanto trabalhadores. Para isto, voltamos nossa atenção em conhecer a história de alguns brasileiros(as), pescadores(as) em comunidades ribeirinhas no sul do país, no município de São Borja – RS, que por se tratar de uma região de fronteira, tem uma cultura característica, com sentido próprio de território, no qual buscam um espaço de reconhecimento social e recursos que lhes deem condições de uma vida digna. Para a viabilização de tal estudo foi decisiva a análise de documentos da Associação de Pescadores Artesanais para a Proteção e Pesca ao Meio Ambiente da Bacia do Rio Uruguai e da Colônia de Pescadores Z-21. A organização dos pescadores se dá em forma, de Colônia, Associações e Sindicatos, sendo os mesmos tem como base o Movimento Nacional dos Pescadores. Analisa também a Proposta Pedagógica do PROEJA FIC, com sua matriz curricular integrada ao Curso de Formação Inicial e Continuada em Trabalhador Pescador Artesanal de Água Doce Integrado ao Ensino Fundamental Modalidade de EJA, a forma de gestão como foi conduzido o Programa. / 80 f.
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A LUTA NA TERRA EM BUSCA DA EMANCIPAÇÃO Histórias orais de vida de agentes do MST do Assentamento Dorcelina Folador no município de Arapongas, estado do Paraná.

Silva, Benedito Cândido da 22 November 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2017-07-21T14:42:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Benedito candido.pdf: 944044 bytes, checksum: de64145e7eb15b83391da7e42a54cbbe (MD5) Previous issue date: 2007-11-22 / This work is a study of a case using as research verbal histories of Dorcelina Folador Nesting inhabitants lives’, in the city of Arapongas, North of Paraná, aiming at investigating the level of emancipation and social inclusion reached, in the researched agents, after their ingression in the MST and the consequent conquest of the land. One strong influence of the Church in the formation of identities in the majority of the narratives was observed, as well as the existence of contradictions in some levels, that are articulated from the subjectivity of each one that were interviewed to the form where they insert in the social and national context. By virtue of the those interviewed are militants identified with ideas and proposal of the Movement, the research discloses a strong ideological component in the narrative and, at the same time, conflicts of existential order when the fight for the land gives place to the fight in the land for the survival, inside the compatible standards with the human dignity. The idea of emancipation assimilated by the agents, that are object of the research, is presented not only as the conquest of the land, but also as the biggest classification about the aspects of the current conjuncture and the evolution of the citizens’ rights. The inclusion feeling is determined by the fact of they become citizens inserted in a social movement and in a community, where similar ideas and dreams commune. It was also observed, inside of MST, the necessity of being deeper reflections on the sort question, as well as existences and familiar questions of the militants that get involved excessively in the activities of the Movement. Keywords: social movements, emancipation and citizenship / Esta pesquisa é um estudo de caso, utilizando como método de pesquisa as histórias orais de vida de moradores do Assentamento Dorcelina Folador, do município de Arapongas, no norte do Paraná, visando a sondar o nível de emancipação e de inclusão social atingidos, na visão dos agentes pesquisados, após o ingresso no MST e a conseqüente conquista da terra. Foi observada uma forte influência da Igreja na formação das identidades na maioria das narrativas, bem como a existência de contradições em vários níveis, que se articulam desde as subjetividades de cada um dos entrevistados, até a forma em que se inserem no contexto social e nacional. Em virtude dos entrevistados serem militantes identificados com idéias e propostas do Movimento, a pesquisa revela um forte componente ideológico nas narrativas e, ao mesmo tempo, conflitos de ordem existencial quando a luta pela terra dá lugar à luta na terra em busca da sobrevivência, dentro de padrões compatíveis com a dignidade humana. A idéia de emancipação assimilada pelos agentes alvos da pesquisa, apresenta-se como mais do que a conquista da terra, mas, também, como a apropriação de maior esclarecimento sobre aspectos da conjuntura atual e a evolução na consciência de direitos de cidadãos. O sentimento de inclusão é determinado pelo fato de se tornarem sujeitos constituídos dentro de um movimento social e de uma comunidade de vida, em que comungam idéias e sonhos semelhantes. Observou-se também a necessidade de serem aprofundadas, dentro do MST, reflexões sobre a questão de gênero, bem como sobre questões existenciais e familiares de militantes que se envolvem excessivamente nas atividades do Movimento.
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Assentamentos rurais do MST: práticas espaciais, representações e conflitos / Rural settlements of MST: spatial practices, representations and conflicts

Nogueira, Amauri Tadeu Barbosa 02 July 2012 (has links)
Esta análise tem como objetivo compreender os conflitos no interior das práticas sociais e estratégias de luta por meio das representações sociais que cada sujeito e/ou segmento social faz de si mesmo e dos outros, e seus rebatimentos em assentamentos rurais no período de 2000 até 2012. Definimos como área de pesquisa os Assentamentos Roseli Nunes no município de Piraí localizado no estado do Rio de Janeiro e Mário Lago localizado no município de Ribeirão Preto no estado de São Paulo. Como estratégia, realizamos entrevistas semiestruturadas junto a assentados, líderes assentados e agentes mediadores, uma vez que levamos em conta não só a desigualdade social entre os sujeitos, como também a existência de uma distinção dos seus projetos e aspirações. A partir dos resultados obtidos concluímos que, as representações que mediaram o processo sofreram territorializaçãoes, desterritorializaçãoes e reterritorializações, tanto na ordem organizativa, produtiva, quanto na luta pelo reconhecimento dos assentados e segmentos envolvidos, demonstrando que os sujeitos dos assentamentos podem viver e experienciar diferentes territorialidades contraditórias e desiguais sem deixar de ser eles mesmos. Ou seja, os acampados e assentados de forma dinâmica, inventiva, criativa para estabelecer um espaço, ligado, marcado e alcançado em que os mesmos em seu locus de ação, subvertem por assim dizer seu próprio destino e impõem seu próprio sentido de ordem à realidade vivida, percebida e concebida. / This analysis aims to understand the conflicts within social pratices and control strategies through social representation that each subject and or social gruoups self and others, and their repercussions in rural settlements from 2000 to 2012. Defined as the search settlements Roseli Nunes in Pirai located in the state of Rio de Janeiro and Mario Lago in the municipaliy of Ribeirão Preto in São Paulo. As a strategy, we conducted semistructured interviews whit the settlers, settlers and leaders mediating agents, once we take into account not only social inequality among individuals, but also the existence of a distinction of their projects and aspirations. From the results we that the representations that mediate the process suffered territorializations, and derreterritorializations, reterritorializations, both in organizational, productive, and in the struggle for recognition of the settlers and the segments involved, demonstrating that subject of settlements can live and experience different territorialities contradictory and uneven while being themselves. That is, the squatters and settlers in a dynamic, inventive, to establish a creative space, connected, marked, and in which they achieved in their locus of action, as it subverts its own destiny and impose their own sense of order to the reality experienced, perceived and conceived.
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Margem adentro: políticas sociais, sujeitos e resistências na zona sul de São Paulo / Inside the margin: social policies, subjects and resistence in South of São Paulo

Carmo, Milena Mateuzi 31 October 2016 (has links)
Esta pesquisa tem por objetivo observar a execução das políticas sociais no cotidiano da periferia da zona sul da cidade de São Paulo a partir de práticas e discursos protagonizados pelos sujeitos nelas envolvidos: profissionais, usuários e ativistas. Entendo Estado como uma forma de organização de poder que se impõe hierarquicamente e se reproduz cotidianamente nas margens: esquadrinhando e controlando territórios, categorizando e segmentando a população, normatizando e burocratizando relações e sujeitos. Busco, a partir da observação do trânsito de sujeitos, discursos e práticas entre serviços públicos e articulações locais, apresentar como estes podem tanto reafirmar a forma de poder estatal, quanto resistir a ela. Tal resistência é alimentada por discursos que se constroem localmente a partir da mobilização de identidades que articulam marcadores sociais da diferença sobretudo raça, classe e gênero e a ideia de sofrimento gerada pela reprodução de violências institucionais ligadas a estes marcadores / The objective of this study is to analyze the implementation of social policies in everyday life in the Zona Sul of São Paulo through considering the conflicting practices and discourses of those involved in their execution professionals, service recipients, and activists. I conceive the State as a form of the organization of power that imposes and reproduces its hierarchies in the margins by delineating and controlling space, categorizing and ordering the population, and normalizing and bureaucratizing social relations and subjects. I seek, through observing the movement of people, discourses and practices within public services and their local articulation, to demonstrate how they both reaffirm and resist state power. This resistance is supported through locally constructed discourses that mobilize identities articulated around social markers of difference above all, race, class and gender and the idea of the suffering generated by the reproduction of institutional violence linked to these categories.
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O sistema de controle judicial do movimento grevista no Brasil: da greve dos petroleiros em 1995 aos dias atuais / The judicial control system of Brazilian strike movement: from oil workers strike at 1995 to nowadays.

Corregliano, Danilo Uler 16 May 2014 (has links)
As reflexões aqui propostas buscam compreender a maneira com que o Poder Judiciário brasileiro se posiciona diante das greves, principalmente a partir da greve dos petroleiros em 1995. Trabalha-se com a hipótese de um sistema de controle judicial do Direito do Trabalho. Para tanto, são analisados tanto a greve quanto este sistema, mediante uma leitura crítica da doutrina jurídica, política e sociológica correspondentes. Estabelecendo-se estas determinações estruturais, torna-se possível caracterizar o assim chamado sistema de controle judicial em uma de suas funções primordiais na totalidade capitalista, qual seja a interdição do expediente grevista. Na sequência, concretiza-se a leitura a partir da cadeia de acontecimentos que marcaram aquela experiência grevista dos petroleiros, seguida por outras tendências jurisprudenciais. O estudo se completa com a análise acerca das possibilidades e limites para a neutralização dos mecanismos de controle deste sistema. / The following questions intend to understand the manner that the Judiciary relates with the strikes, mainly since the oil workers strike at 1995. The research assumes the hypothesis of the judicial control system from Labor Law. Thereunto, the strike and this system are analyzed by a critical perusal of the corresponding legal, political and sociological doctrine. Establishing these structural determinations, it is possible to characterize the so-called judicial control system at one of its primordial function on the capitalist totality, namely the striker interdiction. Then, the reading is materialized from the chain of events that branded that oil workers strike, followed by other jurisprudential trends. The study finishes with an analysis of the possibilities and limits to the neutralization of the control mechanisms from this system.
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A estratégia fundiária dos movimentos populares na produção autogestionária da moradia / The land strategy from housing popular movements in the collective self-managed housing production

Rodrigues, Evaniza Lopes 29 April 2013 (has links)
Os movimentos populares de luta por moradia, que defendem a proposta autogestionária, atuam no Brasil desde a década de 80, e são protagonistas da recente construção legal e institucional da política urbana e habitacional brasileira. Os programas Crédito Solidário e Minha Casa Minha Vida Entidades, frutos de uma trajetória de mobilização e pressão desses movimentos, reconhecem a atuação de entidades sociais, cooperativas e movimentos populares como agentes promotores de empreendimentos habitacionais, com recursos públicos federais. O acesso à terra urbanizada e bem localizada para a habitação popular tem estado na pauta dos movimentos de reforma urbana que para isso têm desenvolvido ações diretas, como ocupações e mobilizações públicas, iniciativas legislativas e ações institucionais, como a participação em conselhos de políticas públicas. Entretanto o conjunto de instrumentos colocados à disposição da sociedade para regular o uso do território ainda não foram efetivamente implantados. Assim, a ausência de política fundiária, em nível local e nacional aliada à abundância de recursos públicos e privados disponíveis para o setor da construção civil e a financeirização da produção da moradia e da cidade fazem com que a busca por áreas disponíveis para a produção habitacional de interesse social seja cada vez mais difícil. Tal tarefa se torna ainda mais árdua para os movimentos sociais. O Programa Minha Casa Minha Vida consagra um modelo de produção habitacional calcada em um modelo único de acesso, através da aquisição, ainda que com subsídios expressivos, da propriedade individual da casa, que se torna, imediatamente, produto de mercado, com um aparato normativo adequado a esse objetivo. Configura-se assim um conflito entre a proposta de política habitacional autogestionária formulada no âmbito dos movimentos e as condições estabelecidas pelas políticas de habitação e solo urbano. O enfrentamento deste conflito se constitui hoje em campo fundamental de atuação dos movimentos. / The housing social movements, that defend the collective self-managed agenda, act in Brazil since the 80´s and are protagonists of the recent legal and institutional construction of the urban and housing policies in Brazil. The public housing programs Crédito Solidário (Solidary Credit) and Minha Casa Minha Vida Entidades (My House My Life Entities), outcomes of a trajectory of mobilization and pressure of these movements recognize the performance of cooperatives, social organizations and popular movements as promotional agents of housing enterprises with federal resources. The access to the well located urban land for the popular housing has been in the agenda of movements for urban reform that have developed direct actions, as public occupations and mobilizations, legislative initiatives and institutional actions, as the participation in public policies councils. However, the set of instruments available to the society to regulate the use of the territory had been not effectively implanted yet. Thus, the search for available areas for houses of social interest is even more difficult in the absence of land policies, in a local and national level, added to the abundance of available public and private resources for the civil construction sector as well as the financialization of the housing and city production. Such a task becomes even more arduous for social movements. Minha Casa Minha Vida enshrines a model of housing production based on a single model of access to the individual property of the house by acquisition, although with considerable subsidies, which becomes immediately a commodity and to this end entails an adjusted normative apparatus. A conflict is configured between the proposal of collective self-managed housing policies as formulated by the movements and the conditions established for the urban housing and land policies. Facing this conflict constitutes today the main field of action for the movements.
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Trabalho em moviment\'ação\': a formação de movimentos sociais de economia solidária no Brasil e na Argentina pós-90 / Trabajo en movimeint\'ación\': la formación de los movimientos sociales de la economia solidaria en Brasil y Argentina pos-90

Sígolo, Vanessa Moreira 10 December 2007 (has links)
Após mais de duas décadas de abertura política, os altos níveis de desigualdade social, pobreza, desemprego e violência na América Latina demonstram que os novos regimes democráticos não têm correspondido às expectativas de construção de sociedades efetivamente democráticas. O debate sobre democracia, centrado na preocupação com a estabilidade das instituições e os processos formais do sistema político, coloca em plano secundário os movimentos sociais e as relações entre cultura, política e sociedade. No Brasil e na Argentina, de forma praticamente simultânea nos anos 90, trabalhadores criaram organizações econômicas coletivas e autogestionárias, denominadas organizações de economia solidária, em contexto de reestruturação produtiva e de revisão de projetos revolucionários. Esta dissertação analisa a formação de movimentos sociais de economia solidária nestes dois países, partindo do pensamento de Hannah Arendt, especialmente de sua concepção sobre política e sua centralidade, e de Edward Palmer Thompson, no que se refere à construção histórica das coletividades. Ao aproximar o pensamento destes autores, focando a dimensão política dos processos sociais, investigamos a relação entre as bases materiais e ideológicas da economia solidária, que se referem à experiência dos sujeitos no contexto histórico dos países e à consciência desenvolvida pela retomada de matrizes teórico-políticas (socialista, anarquista e humanista-religiosa) da história de resistência e luta de trabalhadores. Com estas referências teóricas, este trabalho analisa o conflituoso e ambíguo processo de formação destes novos movimentos sociais, em experiências e narrativas de trabalhadores de organizações estudadas na pesquisa de campo em São Paulo e Buenos Aires. Diante da heterogeneidade de experiências, encontram-se indícios de que na Argentina esta formação se faz em um processo caracterizado, em grande parte, por relações políticas, com ênfase na autonomia e na igualdade. Em contraste, o sentido predominante no Brasil é de um processo educativo, que em certos momentos assume o caráter de formação política fundacional, e em outros, de manutenção de relações de dependência e contenção social. Analisar o processo de autofazer-se, entre a autonomia e a dependência, de movimentos sociais de economia solidária na história destes dois países, expõe limites e potencialidades, e indica questões para a reflexão e atuação na academia e na sociedade atual. Palavras-chave: 1. política, 2. democracia, 3. movimentos sociais, 4. autogestão, 5. economia solidária. / Después de más de dos décadas de apertura política, los altos niveles de desigualdad social, pobreza, desempleo y violencia en América Latina demuestran que los nuevos regímenes democráticos no han correspondido a las expectativas de construcción de sociedades efectivamente democráticas. El debate sobre democracia, centrado en la preocupación con la estabilidad de las instituciones y de los procesos formales del sistema político, pone en un plano secundario a los movimientos sociales y las relaciones entre cultura, política y sociedad. En Brasil y Argentina, de manera prácticamente simultánea en los años 90, los trabajadores formaron organizaciones económicas colectivas y autogestionárias, denominadas organizaciones de economía solidaria, en un contexto de reorganización productiva y de revisión de proyectos revolucionarios. Esta disertación analiza la formación de movimientos sociales de economía solidaria en estos dos países, a partir del pensamiento de Hannah Arendt, especialmente de su concepto de política y su centralidad, y de Edward Palmer Thompson, sobre la construcción histórica de las colectividades. Al acercar el pensamiento de estos autores, enfocando la dimensión política de los procesos sociales, investiga la relación entre las bases materiales e ideológicas de la economía solidaria, que se refieren a la experiencia de los sujetos en el contexto histórico de los países y a la conciencia desarrollada a partir de matrices teórico-políticas (socialista, anarquista y humanista-religiosa) de la historia de resistencia y lucha de trabajadores. Con estas referencias teóricas, este trabajo analiza el processo conflictivo y ambiguo de formación de estos nuevos movimientos sociales, en las experiencias y relatos de trabajadores de organizaciones estudiadas en la investigación de campo en São Paulo y Buenos Aires. Delante de la heterogeneidad de experiencias, hay indicaciones de que en Argentina esta formación se hace por un proceso caracterizado en gran parte por relaciones políticas, con énfasis en la autonomía y la igualdad, en contraste con el sentido predominante de la formación en Brasil, que se constituye como un proceso educativo, que en ciertos momentos asume el carácter de formación política fundacional, y en otros, de mantenimiento de relaciones de dependencia y contención social. Analizar el proceso del auto-hacerse, entre la autonomía y la dependencia de estos movimientos de economía solidaria en la historia de estos dos países, exhibe límites y potencialidades, e indica cuestiones para la reflexión y actuación en la academia y en la sociedad actual.

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