261 |
Valores sociais e preconceito racial : como percebo a mim e ao outroLins, Samuel Lincoln Bezerra 31 March 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T13:16:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
arquivototal.pdf: 830858 bytes, checksum: dbdf0f1aa907e353a09ef711391607dc (MD5)
Previous issue date: 2010-03-31 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Racial prejudice is a thoroughly discussed and relevant theme in Brazil, where efforts
have been done to identify that influence its outbreak. Social values are important
factors due to their assimilation of widely diffused structures among social groups, also
encompassing individual and social aspects. That is why it is important to investigate
the relationship between values and prejudice. This dissertation is composed by two
studies. Empirical Study I aimed at analyzing the the relationship between values and
the various expressions of racism. This study was conducted with two samples: the first
one with 220 students from a private higher education institution from João Pessoa
PB (150 women and 70 men, mean age 24 years, SD = 6.22). And the second one had
200 public university undergraduate students (135 women and 65 men, mean age 22
years, SD = 4.3) from the same city. The employed instruments were: Psychosocial
values questionnaire (QVP-24), Perceived distances scale, Affirmative policies
rejection scale, Intimacy rejection scale (flagrant prejudice) and Scale of Favorable
Attitudes toward 1st and 3rd world. With the aim of verifying if there are differences
between the values attributed by students to themselves and to social groups (black
and white) comparisons of means were made (t-test). Results indicate that the students
of both universities practically attribute to themselves values related to Social Justice
and Personal Development, whereas Material and Hedonistic (3rd world) values are
attributed to the white and Social Justice (1st world) is attributed to the black. Further, a
factor analysis (Varimax rotation) to verify the internal structure of the scales and to
confirm the internal consistency of factors. The employed scales presented acceptable
reliability and validity indexes in both studies. Finally, with the aim of verifying if study
variables Psychosocial Values, Proximity to Black and White, Favorable Attitude
toward 1st and 3rd world, and sociodemographic variables (Independent Variables, IV)
influence Flagrant and Symbolic Prejudice directly (Dependent Variable, DV), a
multiple linear regression (stepwise method) was carried out. It could be verified that
the adhesion to Hedonistic and Materialistic values, that having a favorable attitude
toward first world countries and having a proximity with the white are predictors of
prejudice expression, as well as the adhesion to Social Justice and Religiosity values
and the proximity with black people presented a relationship with the non expression of
prejudice. The initial assumption from the study stated that third world values would be
attributed to the black, and first world values to the white, but results were inverted,
which contributed to the conduction of another study. Empirical Study II aimed at
verifying what social values are attributed by undergraduate students to 1st and 3rd world
people. A total of 220 students from a public university of the city of João Pessoa (75
men and 145 women), with mean age of 21 years (SD = 3; min = 17 and max = 34)
took part of the study. Students were asked to indicate, in order of importance, three of
the 24 values from the QVP-24 that he or she would classify as First and Third World
values. First world countries were associated with values related to Individual
Development and Materialism, while values related to Social Justice, Professional
Development, Hedonism and Religiosity were attributed to 3rd World countries. The
results from the second study indicated that the initial assumptions of the first study
were coherent. The study allows to consider the adhesion to values in direct
relationship with the expression of racial prejudice, and that skin color (black and white)
influences in value attribution. / O preconceito racial é um tema bastante discutido e relevante no Brasil, onde se tem
buscado identificar os fatores que influenciam o seu surgimento. Um fator importante
são os valores sociais que, por sua natureza, assimilam estruturas amplamente
difundidas entre os grupos sociais e abrangem aspectos individuais e sociais. Por isso,
a importância de se investigar a relação entre valores e preconceito. Esta dissertação
é composta por dois estudos. O Estudo Empírico I teve o objetivo de analisar a
relação existente entre os valores e diversas expressões do racismo. Este estudo foi
realizado com duas amostras: a primeira com 220 estudantes de uma instituição de
ensino superior particular de João Pessoa PB (150 mulheres e 70 homens, idade
média de 24 anos, DP= 6,22). E a segunda com 200 estudantes de uma universidade
pública (135 mulheres e 65 homens, idade média de 22 anos, DP= 4,3) da mesma
cidade. Os instrumentos utilizados foram: Questionário de valores psicossociais (QVP-
24), Escala de distâncias percebidas, Escala de Rejeição de políticas afirmativas,
Escala de rejeição da intimidade (preconceito flagrante) e Escala de atitudes
favoráveis ao 1º e 3º mundo. Com objetivo de verificar se existem diferenças entre os
valores atribuídos pelos estudantes a si mesmos e aos grupos sociais (negros e
brancos) foram realizadas comparação de médias (test-t). Os resultados indicam que
os estudantes das duas universidades praticamente atribuem a si mesmos valores
relacionados à Justiça Social e ao Desenvolvimento Pessoal, enquanto que aos
brancos atribuem valores Materialistas e Hedonistas (3º mundo), e aos negros, valores
de Justiça Social (1º mundo). Posteriormente, foi realizada uma análise dos
componentes principais (rotação Varimax) para verificar a estrutura interna das
escalas e para comprovar a consistência interna dos fatores. As escalas utilizadas
apresentaram índices de fidedignidade e validade aceitáveis em ambas as pesquisas.
Por fim, com o objetivo de identificar se variáveis do estudo, Valores Psicossociais,
Proximidade ao Negro e ao Branco, Atitude Favorável ao 1º e ao 3º mundo, e variáveis
sócio-demográficas (Variáveis Independentes), influenciam diretamente o Preconceito
Flagrante e Simbólico (Variável Dependente), foi realizada uma regressão linear
múltipla (método stepwise). Pode-se verificar que a adesão a valores Hedonistas e
Materialistas, como ter uma atitude favorável a países de primeiro mundo, ter
proximidade com o branco, são preditores da expressão do preconceito, assim como a
adesão aos valores de Justiça Social e de Religiosidade e a proximidade com pessoas
de cor negra apresentaram uma relação com a não expressão do preconceito. O
pressuposto inicial do estudo afirmava que, ao negro, seriam atribuídos valores de
terceiro mundo e, ao branco, de primeiro mundo, porém os resultados apresentaram o
inverso, o que contribuiu para a realização de outro estudo. O Estudo Empírico II
objetivou verificar quais os valores sociais que os estudantes universitários atribuem
às pessoas de 1º e 3º mundo. Participaram do estudo 220 estudantes de uma
Universidade Pública da cidade de João Pessoa-PB (75 homens e 145 mulheres), com
idade média de 21 anos (DP= 3; min= 17 e máx= 34). Foi solicitado ao estudante que
indicasse, em ordem de importância, três valores dos 24 valores do QVP-24, que ele
classifica como valores de Primeiro Mundo e de Terceiro Mundo. Aos países de 1º
mundo, foram relacionados valores vinculados ao Desenvolvimento Individual e ao
Materialismo, enquanto que aos países de 3º mundo foram atribuídos valores
relacionados à Justiça Social, Desenvolvimento Profissional, Hedonismo, e à
Religiosidade. Os resultados do segundo estudo indicaram que os pressupostos
iniciais do primeiro estudo estavam coerentes. O estudo permite considerar que a
adesão aos valores tem relação direta com a expressão do preconceito racial, e que a
cor de pele (negro e branco) influencia na atribuição dos valores.
|
262 |
Vulnerabilidade para o HIV em mulheres trans : o papel da psicologia e o acesso à saúdeCosta, Angelo Brandelli January 2015 (has links)
O objetivo deste estudo foi analisar a vulnerabilidade programática, social e individual para a infecção por HIV em mulheres trans. Para esse fim, realizaram-se quatro estudos. No primeiro estudo, a partir da análise crítica da escala de Masculinidade e Feminilidade (M) da versão brasileira da Escala de Personalidade de Comrey (CPS), recuperou-se o tratamento histórico que a psicologia feminista deu às ideias de sexo e gênero e seus desdobramentos. Além disso, apontou-se para uma concepção de gênero autodeterminada, não essencialista, pluralista e não patológica. Por fim, analisou-se como o CPS é mantido como medida psicológica válida no contexto brasileiro em paralelo, contraditoriamente, com a defesa da igualdade de gênero. O segundo estudo avaliou a prevalência de HIV em mulheres trans do sul do brasil que buscam cirúrgicas de redesignação genital e fatores associados. O terceiro, buscou conhecer as demandas e barreiras no acesso a serviços de saúde relativos ao HIV e específicos para pessoas trans em dois estados do Brasil - Rio Grande do Sul e São Paulo -, que iniciaram de forma pioneira o atendimento a essa população. Foram investigadas, ainda, as experiências de discriminação no contexto de saúde que impactavam o acesso à saúde em geral. Por fim, o quarto estudo, avaliou a eficácia de uma intervenção online multidimensional (educacional, afetiva e comportamental) para mudar as atitudes dos profissionais de saúde em relação a população LGBT. Encontrou-se que a psicologia brasileira precisa aderir a uma visão inclusiva da diversidade de gênero, que a prevalência de HIV em mulheres trans é alta e associada ao trabalho sexual, que há barreiras no seu acesso à saúde e, que o preconceito dos profissionais de saúde é alto, mas que intervenções para reduzi-lo são efetivas. Apontam-se diretrizes para psicologia reduzir a vulnerabilidade da população trans. / The aim of this study was to analyze the programmatic, social and individual vulnerability to HIV infection among trans women. For this aim, four studies were done. In the first study, a critical literature review of the Masculinity and Femininity (M) scale of the Brazilian version of Comrey Personality Scale (CPS) recovered the historical treatment that feminist psychology gave the sex and gender ideas and their developments. In addition, the studied pointed to a self-determined, not essentialist, pluralistic and not pathological gender conception. Finally, it was examined how the CPS is kept as valid psychological measure in the Brazilian context in parallel, paradoxically, to the defense of gender equality. The second study assessed the prevalence of HIV and associated factors in trans women from southern Brazil who seek sex reassignment surgery. The third study sought to evaluate the demands and barriers in access to health services related to HIV and specific to trans people in two states in Brazil - Rio Grande do Sul and São Paulo - that started in a pioneering way the care of this population. It also investigated the experiences of discrimination in the health context that impacted access to health care in general. Finally, the fourth study assessed the effectiveness of a multidimensional (educational, affective and behavioral) web-based intervention program to change Brazilian health care practitioners’ attitudes toward the LGBT population. It was found that the Brazilian psychology must adhere to a comprehensive view of gender diversity, that the prevalence of HIV in trans women is high and associated with sex work, that there are barriers in the healthcare access and that prejudice among health professionals is high, but, interventions to reduce it are effective. We point to guidelines for psychology to reduce the vulnerability of trans population.
|
263 |
Reatando as pontas da rama: a inserção dos alunos da etnia indígena Pankararu em uma escola pública na cidade de São Paulo / Reconnecting branches to trunk: the insertion of Pankararu indigenous students in a public school of São Paulo cityEdson Yukio Nakashima 25 March 2009 (has links)
A presente dissertação de mestrado teve como objetivo pesquisar a inserção de alunos da etnia indígena Pankararu em uma escola municipal da cidade de São Paulo, que atende aos jovens moradores dos bairros Jardim Panorama, Paraisópolis e Real Parque. Uma peculiaridade dessas localidades é a existência de uma comunidade indígena Pankararu, o que nos direcionou a estudar um fenômeno social recente: os indígenas urbanos. Migrantes de terras tradicionais do Nordeste, em que vivenciaram um processo histórico de emergência étnica, os Pankararu vêm se constituindo na cidade de São Paulo como um grupo étnico politicamente atuante que, por meio de suas associações, têm reivindicado direitos diferenciados para sua etnia na metrópole. O estudo acerca da realidade vivida pelos Pankararu esteve ancorado em diversos estudos antropológicos a respeito dos indígenas do Nordeste (Arruti e Oliveira Filho), além de uma pesquisa documental, acompanhamento e registro das atividades da comunidade Pankararu de São Paulo. Como método de pesquisa na escola, que incluiu questionários e intervenções em sala de aula em conjunto com professores da escola, foi adotado o olho participante, de Massimo Canevacci, a partir do qual pudemos obter uma ampla compreensão da realidade vivida pelos alunos Pankararu na escola. O trabalho com os professores envolveu tentativas sucessivas de constituição de comunidades interpretativas (Boaventura Santos), no interior das quais fosse possível repensar suas visões de mundo e práticas pedagógicas, podendo assumir então o papel de intelectuais transformadores (Henry Giroux). As pesquisas evidenciaram a marginalização e exclusão da cultura indígena da ordem hegemônica da cultura escolar, além da predominância de uma visão marcada pela representação estereotipada dos indígenas, que tem contribuído para fomentar a discriminação dos alunos Pankararu. Em decorrência disso, observamos uma relação ambivalente dos alunos Pankararu com sua própria identidade étnica, seja por não possuírem um sentimento de pertença à comunidade, seja por não desejarem se declarar como indígenas na escola. Uma atitude que é possivelmente expressão de uma autodefesa, em razão do receio da discriminação exercida sobre eles pela comunidade escolar. Tornou-se assim evidente que as escolas presentes em um contexto urbano não estão preparadas pedagogicamente para acolher estudantes de etnias minoritárias de modo a respeitar suas culturas, tradições e identidades peculiares.Como forma de reverter este quadro, foi realizada uma Semana de Diversidade e Cultura, cuja organização incluiu a própria comunidade Pankararu, pesquisadores e corpo docente, tendo como objetivo instituir um diálogo entre as culturas indígenas e afro-brasileiras e a cultura escolar por meio de debates sobre a legislação que obriga o ensino da história e culturas indígenas e afro-brasileiras. Foram ainda realizadas diversas atividades com os alunos e a comunidade, abordando as produções culturais e formas de organização política da comunidade Pankararu na cidade. Os resultados dessa Semana foram importantes para a afirmação étnica dos alunos Pankararu, assim como uma maior conscientização dos alunos não-indígenas a respeito da temática indígena e afro-brasileira, mas evidenciaram também a necessidade de se repensar os princípios norteadores das práticas da escola pública. / The present dissertation aimed to research the integration of students from a Pankararu indigenous ethnic group in a public school in São Paulo, which usually receives the youth living in the neighborhoods of Jardim Panorama, Paraisopolis and Real Parque. These regions peculiarity is their indigenous community Pankararu which led us to study a recent social phenomenon: the urban Brazilian Indians. They migrated from traditional lands in the Northeast of Brazil where they had lived a historical process of ethnic emergency. They have established in São Paulo city as an ethnic group politically engaged who has demanded special rights in the metropolis by means of associations. This study about Pankararus living reality is anchored in several anthropological studies about the indigenous people from the Northeast of Brazil (Arruti and Oliveira Filho) in addition to researches on documentation and follow-up and records of Pankararu communitys activities in São Paulo. At school the methodology included questionnaires and intervention in class along with the teachers the participating look [regard in French] by Massimo Canevacci was adopted in order to have broader understanding of the reality as lived by Pankararu students at school. The work with the teachers involved successive attempts to form interpretive communities (Boaventura Santos), inside which they would be able to think over their views of the world and pedagogical practices in order to take up their role of transformative intellectuals (Henry Giroux). The surveys brought to light the marginalization and exclusion of the indigenous culture from the hegemonic school culture, as well as the predominance of a view marked by the stereotyped representation of the Indians which has contributed to promote Pankararu students discrimination. Face to this we observed an ambivalent relation of Pankararu students with their own ethnic identity, either because they feel they dont belong to the community or because they dont want to call themselves Indians at school. This attitude is probably their expression of self-defense as they are afraid of suffering discrimination by the school community. Therefore it was clearly shown that the schools in an urban context are not pedagogically prepared to welcome students from ethnical minorities in a way their peculiar culture, tradition and identity are respected. An attempt to reverse this picture was the organization of the Week on Diversity and Culture including Pankararu community, researchers and teachers with the intention to promote a dialogue among the Indigenous and African-Brazilian cultures and school culture by means of a debate about the legislation which established as obligatory the teaching of Indigenous and African-Brazilian history and culture. Also, several activities were performed with the students and the community about Pankararus cultural production and forms of political organization in the city. This Weeks results were important to Pankararu students ethnic affirmation as well as non- Indians awareness of the Indigenous and African-Brazilian theme, but also revealed the need to think over the principles guiding the practices at public school.
|
264 |
Surdez e preconceito : uma análise a partir dos estudantes surdos e dos pais de surdosAraújo, Andressa Araújo de 09 January 2018 (has links)
Referring to deafness is, automatically, allude the prejudice. After all, the deaf, for a long period of history, they were not accepted in society; on the contrary, they were distanced and had not meet their social and educational needs. The present study deal with deafness and prejudice and aims to understand the experience of prejudice suffered by deaf students during the school period, in the inclusive proposal, and to analyze the conception of the deaf parents about the prejudice suffered by their deaf children. For this purpose, four studies related to deafness and prejudice were carried out. In Study 1, a conceptual analysis was presented concerning the theme. In the Study 2, was conducted a systematic review, involving the articles that correlate the theme deafness and prejudice, in the period between January 2006 and December 2016, in two databases: SciELO and Pepsic. The objective was to identify what has been investigated and what still needs to be researched for the subject in question and, from there, to develop a study schedule for future research. Bibliometric and content analyzes were carried out on 15 articles that fulfilled the inclusion criteria of the research. The results evidenced the need of further studies in the area. Study 3 aimed to understand the experience of prejudice experienced by the deaf university students during their school career in the inclusive proposal. For this purpose, a focal group with five deaf college students was performed out and, to verify the data, was used the content analysis proposed by Bardin. The results of this study presented, through the deaf discourses about the school experience until High School, manifestations of prejudice such as: the obligation to oralize in the classroom; the absence of interpreters; bullying; verbal violence; discrimination and exclusion. From the same subjects of study and analyzes, an article (Study 4) on School Inclusion of the Deaf was produced, aiming to understand the experience of deaf university students, during their trajectory, in the inclusive proposal. The results shows that the inclusion policies do not happen effectively for all: what happens is integration or a (pseudo) inclusion. It was perceived that the experiences of schooling of the deaf in this study were determined by precarious teaching conditions, compromised by the difficulties of their access to the natural language, by the lack of interpreter and by the predominance of the Portuguese language in the teaching. Later, was made an pioneering study (Study 5) that objective the analyze of understanding of deaf parents about the prejudice suffered by their children. Eight parents of deaf people participated, who gave an interview based on thematic axes that were analyzed through IRAMUTEQ software. The results of this study showed, through the parents' talks, how frequent the acts of prejudices suffered by the deaf, especially by health professionals, the family and the school. According to the five studies, the conclude is, in spite of advances in the laws, aiming, above all, at egalitarian treatments and without prejudice, it is also observed how common is the clinical medical view of society regarding deafness and, as a consequence, acts of prejudice. / Referir-se à surdez é, automaticamente, aludir ao preconceito. Afinal, os surdos, durante um longo período da história, não foram aceitos na sociedade; ao contrário, foram afastados e não tiveram atendidas suas necessidades sociais e educacionais. O presente estudo trata sobre a surdez e o preconceito e objetiva compreender a experiência do preconceito, sofrido por surdos universitários, durante o período escolar, na proposta inclusiva, bem como analisar a concepção dos pais de surdos acerca do preconceito sofrido pelos seus filhos. Para tanto, foram realizados quatro estudos relacionados à temática surdez e preconceito. No Estudo 1, apresentou-se uma análise conceitual referente ao tema. No Estudo 2, desenvolveu-se um Estado da Arte, envolvendo os artigos que correlacionam o tema surdez e o preconceito, no período compreendido de janeiro de 2006 a dezembro de 2016, em duas bases de dados: SciELO e Pepsic. O objetivo fora identificar o que tem sido investigado e o que ainda precisa ser pesquisado acerca da temática e, a partir daí, desenvolver uma agenda de estudos para futuras pesquisas. Executaram-se análises bibliométricas e de conteúdo de 15 artigos, que preencheram os critérios de inclusão da pesquisa. Os resultados evidenciaram a necessidade de novos estudos na área. O Estudo 3 teve como objetivo compreender a experiência do preconceito vivenciado pelos surdos universitários, durante sua trajetória escolar, na proposta inclusiva. Para tanto, realizou-se um grupo focal com cinco surdos universitários e, para verificar os dados, utilizou-se a análise de conteúdo proposta por Bardin. Os resultados deste estudo revelaram manifestações de preconceito, através das sinalizações dos surdos, em relação à experiência escolar, até o Ensino Médio, tais como: a obrigação em oralizar em sala de aula; a ausência de intérpretes; bullying; violências verbais; discriminações e exclusões. A partir dos mesmos sujeitos, métodos de estudo e de análise, produziu-se um artigo (Estudo 4) sobre a Inclusão Escolar dos surdos, com o objetivo de compreender a experiência destes
universitários, durante sua trajetória escolar, na proposta inclusiva. Os resultados demonstram que as políticas de inclusão não acontecem efetivamente para todos: o que ocorre é a integração ou uma (pseudo) inclusão. Percebeu-se que as experiências de escolarização dos surdos analisadas nesse estudo, foram determinadas por condições precárias de ensino, comprometidas pelas dificuldades de acesso destes à língua natural, pela falta de intérprete e pelo predomínio da língua portuguesa no ensino. Posteriormente, realizou-se um estudo pioneiro (Estudo 5) que buscou analisar o entendimento dos pais de surdos sobre o preconceito sofrido pelos seus filhos. Participaram oito pais de surdos, que concederam uma entrevista a partir de eixos temáticos, analisados através do software IRAMUTEQ. As conclusões deste estudo expuseram, por meio das falas dos pais, como são frequentes os atos de preconceitos sofridos pelos surdos, especialmente originados dos profissionais de saúde, pela família e pela escola. De acordo com os cinco estudos, conclui-se que, apesar dos avanços nas leis, visando, sobretudo, a tratamentos igualitários e sem preconceitos, observa-se ainda como é comum a visão clínica terapêutica da sociedade com relação à surdez e, como consequência, os atos de preconceito. / São Cristóvão, SE
|
265 |
Implicações das categorizações profissionais e de cor da pele no preconceitoFeitoza, João Paulo Machado 05 March 2012 (has links)
Prejudice has occupied large space in discussions on field of interpersonal relations, being approached differently by many researchers in social psychology since the last century. Even today, much is discussed about what causes and how is the dynamics of this phenomenon. Although the various theoretical approaches and levels of analysis in social psychology have endeavored to uncover these problems, little has been done in the direction of recognizing the effect of this phenomenon in the relations between workers. The few studies identified in this area focus on the established race relations. Other new forms of prejudice arising from social categorization, not only racial, has recently been studied by these researchers, but there is still much to discover. In Brazil, in some public educational institutions, work place relations are subject of frequent conflicts informally observed by staff and, a few times, registered in reports recorded in complain sectors. This paper hypothesizes that some of these conflicts arise because of there is racial prejudice among workers in white and black skin color, in the other hand some prejudices comes from a professional bias, possibly derived from the social categorization of job functions. Therefore, considering the need to test this hypothesis, this study aimed to investigate the influence of the double and simultaneous professional and categorization of skin color in implicit and explicit prejudice directed at employees of a public university. We sought to compare whether the independent variables related to the functions and skin color would promote interaction of a way to recognize the extent of automatic prejudice and explicit prejudice. To achieve this goal, research was undertaken using the method of the Implicit Association Test, with classic and emotional setup, and also professional and racial prejudice scales. The data allowed us to verify evidence of the simultaneous influence of these variables on the expression of implicit prejudice. We observed similar results as study 1, in the literature on confirmation bias against blacks. But in study 2, there was only prejudice directed by Blacks to target employees with dark skin color, and in study 3 was obtained correlation between the measures used, implying the validation of the technique used. It follows that those who exercise the profession of employees and have dark skin color tend to be targets of prejudice. / O preconceito tem ocupado grande espaço nas discussões sobre as relações interpessoais, sendo abordado por grande número de pesquisadores da psicologia social desde o século passado. Ainda hoje, muito se discute a respeito do que causa e como é a dinâmica de funcionamento deste fenômeno. Muito embora as diversas abordagens teóricas e níveis de análise em psicologia social tenham se empenhado para desvendar esses problemas, pouco tem sido feito na direção de reconhecer o efeito deste fenômeno nas relações entre trabalhadores. As poucas pesquisas identificadas nessa área estabeleceram como foco as relações raciais. Novas formas de preconceito decorrentes das categorizações sociais têm sido recentemente estudadas por esses pesquisadores. No Brasil, em determinadas instituições educativas públicas, as relações de trabalho são alvo de freqüentes conflitos observados informalmente pelos funcionários e algumas poucas vezes, registrados em relatórios de ouvidoria desses órgãos. É possível que a cor da pele não seja o único estímulo por trás do preconceito nestas situações ocupacionais. Este trabalho hipotetiza que parte desses conflitos surgem em função do preconceito racial entre trabalhadores de cor da pele branca e negra, todavia outra parte derivaria de um preconceito profissional, possivelmente originado da categorização social das funções de trabalho. Considerando a necessidade de testar essa hipótese, a presente pesquisa teve o objetivo de verificar a influência dupla e simultânea da categorização profissional e da cor da pele no preconceito implícito e explícito direcionados a funcionários de uma universidade pública. Para alcançar esse objetivo, empreendeu-se pesquisa utilizando a técnica do Implicit Association Test com configurações clássicas e emocionais, assim como escalas de preconceito profissional e de cor da pele. Os dados encontrados permitiram verificar indícios da influência simultânea dessas variáveis na manifestação de preconceito implícito. Observou-se no estudo 1 resultados semelhantes à literatura na confirmação de preconceito contra negros. Porém no estudo 2, observou-se apenas preconceito direcionado por Negros para alvos funcionários com cor da pele escura e, no estudo 3 obteve-se correlação entre as medidas utilizadas, implicando na validação da técnica utilizada. Conclui-se que os que exercem profissão de funcionários e têm cor da pele escura tendem a ser alvos de preconceito.
|
266 |
Mulheres vivenciando o estigma em decorrÃncia da AIDS / Women living the stigma due to AIDSCarolina Maria de Lima Carvalho 17 November 2005 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Hà mais de duas dÃcadas, o mundo convive com a aids. Com o passar dos anos, muito se descobriu sobre formas de transmissÃo, terapias medicamentosas mais eficazes, marcadores laboratoriais mais precisos, imunogenicidade. Ainda à evidente, entretanto, o estigma vivenciado em decorrÃncia da descoberta da doenÃa. Este à o sinete ou impressÃo a sinalizar que a pessoa està marcada e rejeitada; assim, portar um estigma, implica possuir uma caracterÃstica nÃo aceita pela sociedade. Com base neste fato, vivenciam-se vÃrios tipos de discriminaÃÃes, mediante os quais, efetivamente, reduzem-se as chances de se viver plenamente. Desta forma, diante da descoberta do diagnÃstico, a mulher com HIV/aids experimenta sentimentos de incerteza e inseguranÃa, levando-a a vivenciar um momento de crise. Nesta perspectiva, teve-se como objetivo apreender os estigmas que as mulheres portadoras de HIV/aids vivenciam em decorrÃncia da sua infecÃÃo. InvestigaÃÃo descritiva e exploratÃria de natureza qualitativa, cujo cenÃrio foi uma enfermaria de um hospital especializado em Fortaleza-CE, no perÃodo de dezembro de 2004 a marÃo de 2005. Participaram dez mulheres com aids. Utilizou-se como modalidade de pesquisa a HistÃria Oral TemÃtica, recorrendo-se, para coleta de dados, à entrevista semi-estruturada gravada. Para anÃlise dos depoimentos, empregou-se a tÃcnica de anÃlise de conteÃdo, elaborando-se quatro categorias: 1. enfrentando o diagnÃstico; 2. mudanÃas impostas pela doenÃa; 3. sentimento de culpa; e 4. vivenciando a exclusÃo social. As mulheres eram jovens, com escassos rendimentos financeiros, apresentavam pouca escolaridade e foram contaminadas pela via heterossexual, perfil que coincide com a maioria das brasileiras infectadas pelo HIV. Foram apreendidas diferentes formas de estigma, as quais estavam relacionadas, principalmente, Ãs dificuldades no enfrentamento do diagnÃstico, mudanÃas no cotidiano decorrentes de imposiÃÃes para se viver melhor em face da doenÃa, sentimentos de culpa e evidÃncias de exclusÃo, alÃm da ausÃncia e apoio dos familiares. Ao reviverem a descoberta do diagnÃstico da doenÃa, as mulheres expressaram o medo da morte, vergonha, preocupaÃÃo com a famÃlia, abandono, solidÃo, tristeza e culpa, alÃm da tentativa constante de manutenÃÃo do emprego. Os diferentes estigmas vivenciados impediam as mulheres de conduzir sua vida naturalmente, livres de qualquer tipo de discriminaÃÃo, pois à um direito que deve ser respeitado, principalmente, se tratando de uma portadora de HIV/aids, que jà enfrenta uma gama de sentimentos negativos decorrentes da doenÃa. Este estudo permitiu, ao longo de sua descriÃÃo, fornecer subsÃdios para reelaborar a assistÃncia global oferecida a essa clientela, destacando que nÃo devem ser apenas direcionados Ãs preocupaÃÃes para a doenÃa biolÃgica-oportunistas, mas destinando a essas mulheres uma atenÃÃo voltada aos conflitos que estÃo vivenciando, sejam eles decorrentes dos estigmas da aids ou nÃo; buscando, assim, a melhoria da qualidade de vida das mulheres que vivem com HIV/aids. Combater, por meio de aÃÃes culturais ou atravÃs de meios legais, o estigma e a discriminaÃÃo à uma tarefa de todos os profissionais que as assistem. / It has been more than two decades that the world live with the HIV. Within the passing years weâve learned a lot about ways of transmission, more efficient medical treatments, more accurate laboratory results, immunity, and so on. Itâs still evident, however, the stigma experienced with the find out of the disease. That signalizes that the person is stamped and rejected. To carry a stigma means to carry a characteristic not accepted by society. Based on this fact, people live many prejudice situation and their chances of living naturally are reduced. That way, when a woman faces the positive HIV diagnostic she experiences uncertainty feelings and insecurity, those feelings lead her to a crisis moment. Taking all this into account, this workâs aim is to find out the stigmas that surround the women with HIV infection. This investigation is descriptive and exploratory and its nature is qualitative. The scenario is an infirmary of a specialized hospital in Fortaleza â CE .The research period was from December 2004 to March 2005. Ten women with positive HIV participated. The research method used was the Thematic Oral. It was used recorded semi-structured interview to collect data. The womenâs reports were analyzed by creating four categories: 1) facing the diagnostic; 2) changes imposed by the disease; 3) guilt; and 4) living in social exclusion. The women were young, with scarce financial income; low scholar level and they were infected by heterosexual way. This profile coincides with the profile of the majority of infected women in Brazil. Many forms of stigma were identified. Most of them were related to the difficulty of dealing with the diagnostic, changes in the womenâs lives because they tried to live better, guilt, social exclusionâs evidence and lack of familyâs support. When they remembered the experience of receiving the diagnostic news, they expressed fear of death, shame, and concern with their family, abandonment, solitude, sadness and fault. Besides, they had to keep on trying not to loose their jobs. The different stigma that surround their lives donât let them live naturally and free of any type of prejudice, and this is a right that has to be respected when we talk about womenâs infected with the HIV, because they already suffer bad feelings caused by the disease. This work supported changes in the global assistance offered to infected women, emphasizing that the treatment shouldnât concern only about biological-opportunists diseases, but should also consider the conflicts experienced by the women. That way, we search for an improvement in these womenâs life quality. To defeat the stigmas and the prejudice is a task for all the professionals evolved with these women, this can be done by cultural or legal means.
|
267 |
Mobilidade social em Orgulho e preconceito, de Jane Austen, e Senhora, de José de AlencarSilva, Márcio Azevedo da 24 April 2015 (has links)
Submitted by Geyciane Santos (geyciane_thamires@hotmail.com) on 2015-11-12T20:42:22Z
No. of bitstreams: 1
Dissertação - Márcio Azevedo da Silva.pdf: 1600077 bytes, checksum: f6003f5f4724927713f895ba30aad228 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2015-11-16T18:47:57Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Dissertação - Márcio Azevedo da Silva.pdf: 1600077 bytes, checksum: f6003f5f4724927713f895ba30aad228 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2015-11-16T18:55:03Z (GMT) No. of bitstreams: 1
Dissertação - Márcio Azevedo da Silva.pdf: 1600077 bytes, checksum: f6003f5f4724927713f895ba30aad228 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-11-16T18:55:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertação - Márcio Azevedo da Silva.pdf: 1600077 bytes, checksum: f6003f5f4724927713f895ba30aad228 (MD5)
Previous issue date: 2015-04-24 / FAPEAM - Fapeam - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas / The purpose of this dissertation is to promote a dialogue between the novels Pride and Prejudice by the English writer, Jane Austen, and “Senhora”, written by the Brazilian writer José de Alencar from the Comparative Literature point of view of social mobility. Each novel is extremely relevant to the comprehension of the English and Brazilian societies the period in which the books were written. In the first chapter, we present the historical context that influenced the authors, considering the influence of the Georgian era in the work of Jane Austen, besides her strange choice not to join the Romanticism in vogue at the time. We highlight the Bourgeois Romance and its influences in the work of José de Alencar. In the second chapter, we present a comparison between both novels and their main characters based on the book Comparative Literature, by Sandra Nitrini. The third chapter presents an inter-semiotic dialogue between the 2005 movie Pride and Prejudice, directed by Joe Wright and the novel written by Jane Austen. It also brings an inter-semiotic dialogue between the 1976 movie ”Senhora”, directed by Geraldo Vietri, and the novel written by José de Alencar. Both dialogues aim to elucidate the specifications of literary narrative and filmic narrative. / A proposta desta dissertação é promover um diálogo, a partir da Literatura Comparada, sobre mobilidade social nos romances Orgulho e Preconceito, da escritora inglesa, Jane Austen, e Senhora, do escritor brasileiro José de Alencar. Cada romance é de extrema relevância para a compreensão das sociedades inglesa e brasileira do período em que os livros foram escritos. No primeiro capítulo, apresentamos o contexto histórico em que os autores estão inseridos, considerando a influência da era Georgiana na obra de Jane Austen, além de sua curiosa escolha por não aderir ao Romantismo em voga. Ressaltamos a respeito do Romance Burguês e suas influências na obra de José de Alencar. No segundo capítulo, apresentamos a comparação entre os dois romances e suas principais personagens, tendo como base teórica o livro Literatura Comparada, de Sandra Nitrini. O terceiro capítulo apresenta um diálogo intersemiótico entre o filme Orgulho e Preconceito, de 2005, dirigido por Joe Wright e o romance de Jane Austen, o mesmo acontecendo com o filme Senhora, de 1976, dirigido por Geraldo Vietri e o romance de Alencar, com o objetivo de elucidar as especificidades da narrativa literária e da narrativa fílmica.
|
268 |
AvaliaÃÃo da PolÃtica de Emprego para Pessoa com DeficiÃncia no MunicÃpio de MaracanaÃ-Ce / Assessment of Employment Policy for Persons with Disabilities in the City of MaracanaÃ-CeFrancisca Edinalda Lima dos Santos 11 February 2011 (has links)
nÃo hà / O presente trabalho identificou e avaliou as aÃÃes que consolidam a polÃtica de emprego para pessoas com deficiÃncia no MunicÃpio de MaracanaÃ, Estado do CearÃ. O trabalho foi realizado com pesquisa quantitativa, bem como com dados qualitativos que nos apoiaram no entendimento da subjetividade dos nossos sujeitos. O mÃtodo de anÃlise utilizado foi o de Estudo de Caso. Com a pesquisa bibliogrÃfica obteve-se aprofundamento dos estudos, que permitiu um reforÃo paralelo na anÃlise. A pesquisa de campo realizou-se no municÃpio de MaracanaÃ. A amostra constituiu-se de 127 pessoas com deficiÃncia, sendo que, destas, 23 foram familiares de deficientes, 02 entrevistas feitas com as psicÃlogas do Setor de Recursos Humanos de duas empresas e 01 tÃcnico do SINE/IDT e 01 tÃcnico da SuperintendÃncia Regional do Trabalho. O levantamento dos dados junto aos sujeitos realizou-se no perÃodo de marÃo a agosto de 2010. Para a coleta de dados foi aplicado um questionÃrio, realizadas entrevistas e tambÃm utilizado o diÃrio de campo. Os sujeitos da pesquisa foram pessoas com deficiÃncia que estÃo dentro e fora do mercado de trabalho, familiares, profissionais que prestam serviÃos em ÃrgÃos pÃblicos e recursos humanos de empresas. Na primeira parte do trabalho tem-se uma abordagem histÃrica das diferentes civilizaÃÃes, recorrendo a autores como Bianchetti (1988), Skiliar (1997) e Cavalcante (2001). Para refletir sobre pessoa com deficiÃncia e trabalhar com os conceitos de preconceito, exclusÃo e estigma, a fundamentaÃÃo construiu-se com o estudo de autores como Goffman (1988) e Sassaki (2006). Para tratar sobre questÃes pertinentes ao trabalho e sua importÃncia na ocupaÃÃo humana na perspectiva da pessoa com deficiÃncia, o embasamento teÃrico se deu com autores como Schruber (2002) e Carreta (2004). Para finalizar os eixos teÃricos, trabalhou-se as questÃes de cidadania e polÃticas pÃblicas na perspectiva da inclusÃo social e amparo legal para a pessoa com deficiÃncia; onde se buscou autores como Silva (2000) e Behring e Boschetti (2006) para dialogar. Conclui-se que, apesar de ainda existir a barreira do preconceito e da falta de conhecimento e qualificaÃÃo a respeito das potencialidades da pessoa com deficiÃncia, à possÃvel comprovar, como foi demonstrada na experiÃncia do Projeto Aprendiz, sua capacidade para o mercado de trabalho. Tal projeto forma um indivÃduo cada vez mais produtivo, reforÃando a luta pela inclusÃo destes sujeitos em todos os sentidos de sua vida. / This study identified and evaluated the actions that strengthen the employment policy for persons with disabilities in the City of Maracanaà (CE). The study was quantitative research, as well as qualitative data that supported us in understanding the subjectivity of our subjects. The analysis method used was the Case Study. With the literature we obtained further studies, which allowed a parallel increase in the analysis. The fieldwork took place in the town of Marazion. The sample consisted of 127 persons with disabilities, and of these, 23 were families of disabled where we collect the data, 02 interviews with the psychologists of the Department of Human Resources for two companies and 01 technical SINE / IDT 01 and Technical Supervision Regional Labor. The survey of data from the subjects took place from March to August 2010. For the data collection was a questionnaire, interviews were conducted and also used a field diary. The research subjects were people with disabilities who are in and out of the labor market, families, professionals who provide services in public agencies and staffing companies. In the first part of the work has a historical approach of the different civilizations, drawing on authors as Bianchetti (1988), Skiliar (1997) and Cavalcante (2001). To reflect on people with disabilities and work with the concepts of prejudice, exclusion and stigma, the grounds was built with the study of authors such as Goffman (1988) and Sassaki (2006). To address issues pertaining to the work and its importance in human occupation from the perspective of people with disabilities, the theoretical basis was given to authors such as Schruber (2002) and Wagon (2004). To conclude the theoretical strands, worked as issues of citizenship and public policy from the perspective of social inclusion and legal support for people with disabilities, where we sought to authors such as Silva (2000) and Behring and Boschetti (2006) for dialogue. We conclude that, despite the presence of the barrier of prejudice and lack of knowledge and skill about the potentials of the disabled person, it is possible to prove, as was demonstrated in the experience of the project Apprentice, his capacity for labor market. This project forms an individual more productive, strengthening the fight to include these subjects in every sense of your life
|
269 |
A iniciação feminina em orgulho e preconceito / Female initiation in pride and prejudiceCardoso, Anna Carolyna Ribeiro 20 February 2017 (has links)
Submitted by JÚLIO HEBER SILVA (julioheber@yahoo.com.br) on 2017-04-10T17:18:12Z
No. of bitstreams: 2
Dissertação - Anna Carolyna Ribeiro Cardoso - 2017.pdf: 1789284 bytes, checksum: fba62d5aacb22cae0fe0a435c9f7018a (MD5)
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2017-04-11T12:49:21Z (GMT) No. of bitstreams: 2
Dissertação - Anna Carolyna Ribeiro Cardoso - 2017.pdf: 1789284 bytes, checksum: fba62d5aacb22cae0fe0a435c9f7018a (MD5)
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-11T12:49:21Z (GMT). No. of bitstreams: 2
Dissertação - Anna Carolyna Ribeiro Cardoso - 2017.pdf: 1789284 bytes, checksum: fba62d5aacb22cae0fe0a435c9f7018a (MD5)
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Previous issue date: 2017-02-20 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Jane Austen’s most famous novel, Pride and Prejudice, was published in 1813.
It portraits the lives of the daughters from the Bennet family, who need to get
married in order to maintain themselves. It is a novel about women: it was
written by a woman, its narrator has a feminine perspective and focuses on
another woman, Elizabeth Bennet. The book also discusses typical female
problems in the XIX century England. The persistent retelling of Pride and
Prejudice in movies, series, novels indicates how the Austenian work keeps
enchanting the public because it discusses topics such as love and people’s
ability to judge a character. These are humaninity’s most relevant archetypical
preoccupations and, before Austen, they appeared in myths and fairytales such
as Cupid and Psyche and Beauty and the Beast. This dissertation aims to
analyze Pride and Prejudice comparing it to the Greek myth and French
fairytale, focusing on the female initiation processes experienced by Elizabeth,
Psyche and Beauty. This dissertation has a qualitative, bibliographical and
comparative approach. The most important theoretical texts used to discuss it
were Rites and Symbols of Initiation: the mysteries of birth and rebirth (1975) by
Mircea Eliade, Jane Eyre’s sisters: how women live and write the heroine’s
story (2015) by Jody Bower, The annotated Pride and Prejudice (2012) by Jane
Austen with notes by David Shapard, Caminho para a iniciação feminina (1985)
by Sylvia Perera and O poder do mito (1990) de Joseph Campbell. As a result,
it is possible to conclude that the female initiation has a prominent role in this
Austenian novel and makes it possible to be constantly reread. / A obra mais famosa de Jane Austen, Orgulho e Preconceito, foi publicada em
1813. Seu enredo retrata o cotidiano da família Bennet, especialmente a
situação das filhas da família, as quais precisam se casar para poder se
manter. É um romance sobre mulheres, escrito por uma mulher. Sob a
perspectiva de uma narradora, conta a história de Elizabeth Bennet, além de
discutir problemas tipicamente femininos do século XIX inglês. A recorrência da
atualização ou da releitura de Orgulho e Preconceito em livros, filmes e outras
mídias demostra que a obra mantém o encantamento do público leitor por tratar
de temas essencialmente humanos, como o amor ou o pré-julgamento,
reacendendo preocupações arquetípicas do ser humano, em seu ser e estar no
mundo. Esses mesmos temas foram representados, muito antes de Austen, em
mitos e contos de fadas, como Cupido e Psiquê ou a Bela e a Fera. O objetivo
desta dissertação é a análise de Orgulho e Preconceito de Jane Austen como
releitura do mito e do conto de fadas. O trabalho desenvolvido tem caráter
bibliográfico, qualitativo e comparativo. No decorrer da análise, foram
levantados os mitemas recorrentes que se apresentam nas três narrativas, e
enfocado o percurso iniciático feminino vivenciado tanto por Elizabeth Bennet
quanto por Psiquê e Bela. Os referenciais teóricos mais relevantes para a
pesquisa foram Rites and Symbols of Initiation: the mysteries of birth and
rebirth (1975) de Mircea Eliade, Jane Eyre’s sisters: how women live and write
the heroine’s story (2015) de Jody Bower, The annotated Pride and Prejudice
(2012) de Jane Austen com anotações de David Shapard, Caminho para a
iniciação feminina (1985) de Sylvia Perera e O poder do mito (1990) de Joseph
Campbell, entre outros. Concluiu-se que o desenvolvimento feminino no
romance austeniano tem aspecto fundamental para a construção da obra e sua
consequente atualização.
|
270 |
Femininos e masculinos no futebol brasileiro / Feminines and masculines in brazilian soccerJorge Dorfman Knijnik 10 March 2006 (has links)
O futebol é, indubitavelmente, parte integrante e simbólica de manifestações culturais de norte a sul do Brasil. Entretanto, mesmo sendo alvo do interesse e preocupação de milhões de brasileiros, nesta terra futebol é coisa de homem. É marcante desta masculinização da modalidade em nosso país o depoimento feito por René Simões (técnico medalhista de prata com a seleção brasileira feminina de futebol nos Jogos Olímpicos de Atenas - 2004): o escolado técnico pediu desculpas perante as câmeras de televisão para as suas filhas é pai de três mulheres - por nunca tê-las presenteado com uma bola de futebol, nem as ensinado a jogar. Esta é uma realidade de muitas garotas brasileiras, que nunca tiveram a possibilidade de se iniciar nesta prática tão crucial na cultura nacional. Desta forma, o objetivo principal deste trabalho foi estudar as relações de gênero no futebol, tendo como pano de fundo as representações sociais das futebolistas que disputaram o Campeonato Paulista Feminino de Futebol de 2004. Pretendeu-se também avaliar quais as situações mais stressantes já vividas por estas atletas em suas carreiras, bem como contribuir com a formação de programas esportivos não sexistas, onde meninas e meninos tenham os mesmos direitos a práticas esportivas educativas. Para atingir estes objetivos, empregou-se um referencial teórico embasado nas principais teorias sobre identidades de gênero, stress e direitos humanos, e por meio de observações de campo de viés etnológico, e também através de entrevistas estruturadas com 33 atletas entre 16 e 27 anos, as quais foram analisadas por meio da metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo, descobriu-se que o preconceito é aquilo que mais marca a vida esportiva e a carreira destas atletas, interferindo em seu desenvolvimento esportivo, criando situações stressantes e mesmo afastando atletas do esporte. Sugere-se ao final que se invistam em novos programas de co-educação esportiva, sobretudo no futebol, para que se criem espaços solidários e de tolerância entre todos os seres humanos, numa perspectiva de pressionar pela mudança da ordem hierárquica de gêneros e por uma maior justiça social. / Undoubtedly, soccer is an integral symbolic part of cultural manifestations in every corner of Brazil. However, even though it is the main interest and concern of millions of Brazilians, in this country soccer is a mans thing. The statement made by René Simões (silver medallist coach of the Brazilian womens team in the 2004 Olympic Games of Athens) is typical of the masculinization of this modality in our country: in front of TV cameras, the seasoned coach apologized to his daughtershe is the father of three girlsfor never having given them a soccer ball neither ever having taught them how to play. This is the reality of countless Brazilian girls, who have never had the chance to be initiated in such a pivotal practice in the national culture. The main objective of this study, therefore, was to study gender relations in soccer, having as a background the social representations of the womens soccer team that played the 2004 Womens Soccer Championship of the State of São Paulo. A further aim was to both evaluate the most stressing situations these athletes experienced in their careers and to contribute to the development of non-sexist sports programs where boys and girls have the same right to practice educational sports. To achieve these objectives, it employed a theoretical reference based on the main theories on gender identities, stress, and human rights, on field observations of ethnological bias, as well as on structured interviews with 33 athletes between 16 and 27 years of age. Through the analysis of this material, using the Collective Subject Discourse, it was found that bias is that which most strongly marks those athletes sports life and career, interfering in their sports development, generating stress situations and even shutting out many athletes from the practice of sports. At the end of this paper, it is suggested that investments be made in new coeducational sports programs, especially soccer, making possible a tolerant community of interests and objectives between all human beings in an endeavor to change the hierarchical order of genders and for the sake of greater social justice.
|
Page generated in 0.2111 seconds