Spelling suggestions: "subject:"rer cocial"" "subject:"rer bsocial""
11 |
Estatuto ontológico do conhecimento em Lukács: uma análise a partir da obra prolegômenos para uma ontologia do ser social / Ontological statute of knowledge in Lukács: an analysis based upon the prolegomena for an ontology of social beingBarbosa, Fabiano Geraldo January 2016 (has links)
BARBOSA, Fabiano Geraldo. Estatuto ontológico do conhecimento em Lukács: uma análise a partir da obra prolegômenos para uma ontologia do ser social. 2016. 122f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2016. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2016-08-04T14:09:05Z
No. of bitstreams: 1
2016_tese_fgbarbosa.pdf: 922399 bytes, checksum: b80e875fc5767a2bc12b816cf51c0176 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2016-08-04T16:23:40Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2016_tese_fgbarbosa.pdf: 922399 bytes, checksum: b80e875fc5767a2bc12b816cf51c0176 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-04T16:23:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2016_tese_fgbarbosa.pdf: 922399 bytes, checksum: b80e875fc5767a2bc12b816cf51c0176 (MD5)
Previous issue date: 2016 / The first two decades of the twentieth century define the moment of greatest expression of a set of efforts around the building of the neo-positivist thought. The Vienna Circle, a group of scientists from different fields, such as the German physicist Moritz Schlick, the German mathematicians Hans Hahn and Rudolf Carnap, the Austrian sociologist and economist Otto Neurath, among others, marked the history of philosophy trying to establish a scientific philosophy. The neo-positivist doctrine, on the wake of Scientism - Empiricism - Naturalism, proposes the experimental sciences procedures as the only ones to possess scientific validity, thus, denying the reality of any entity that is not empirically perceptible. Undeniably, over the last century, science has become the interest of various fields of knowledge. Historians, sociologists, thinkers of different hues have shown increased interest in this field of study and research. Even despite the fact that neopositivism has disqualified, as Lukács attests, every question about being, placing it as unscientific, the truth is that philosophical propositions in the field of ontological investigation developed, each in its own way, and constituted as direct evidence of the phenomenon of the relationship between the question of being and praxis. That is, it is the "inescapable character of the ontological approach to the world problems as a fact that can not be overlooked also in our times” (Lukács, 2010, p. 34). However, this recognition does not equal such philosophical propositions to the ontology outlined by Lukács, from Marx. The concept of being found in trends contemporary to Lukács relies upon an isolated individual, allegedly abandoned in the world. To resort to the reflection on being, Lukács points out the determination of a specific, objective being, the social social. His intellectual project aims to rescue the Marxist ontology as the only possible way to conduct the thinking of the world to the being. Thus, this work is part of a field of studies and research marked by Marxian ontology, inaugurated by Lukács, assuming, here, as an object of appreciation for our analysis, the work Prolegomena to an ontology of social being. / As duas primeiras décadas do século XX demarcam o momento de maior expressão de um conjunto de esforços em torno da edificação do pensamento Neopositivista. O Círculo de Viena, um grupo de cientistas de diversas áreas, tais como o físico alemão Moritz Schlick, os matemáticos alemães Hans Hahn e Rudolf Carnap, o sociólogo e economista austríaco Otto Neurath, entre outros, marcou a história da Filosofia ao tentar estabelecer uma filosofia científica. A doutrina Neopositivista, sobre a esteira do Cientificismo – Empirismo – Naturalismo, propõe os procedimentos das ciências experimentais como os únicos a possuírem validade científica, negando, desta forma, a realidade de qualquer ente que não seja empiricamente experimentável. Inegavelmente, ao longo do último século a ciência passou a ser interesse dos diversos campos do conhecimento. Historiadores, sociólogos, pensadores dos mais diversos matizes demonstram cada vez mais interesse nesse campo de estudo e investigação. Mesmo a despeito de o Neopositivismo haver desqualificado, como atesta Lukács, toda indagação acerca do ser, colocando-a como anticientífica, a verdade é que as proposições filosóficas no campo da investigação ontológica se desenvolveram, cada uma a seu modo, e se constituíram como fenômeno de comprovação direta da relação entre a questão do ser com a práxis. Ou seja, trata-se do “caráter ineludível da abordagem ontológica dos problemas do mundo como um fato que não pode ser negligenciado no pensamento também de nossa época (Lukács, 2010, p. 34)”. No entanto, esse reconhecimento não iguala tais proposições filosóficas à ontologia delineada por Lukács, a partir de Marx. A concepção de ser encontrada nas tendências contemporâneas a Lukács trata de um indivíduo isolado, supostamente abandonado ao mundo. Ao lançar mão da reflexão sobre o ser, Lukács aponta para a determinação de um ser específico, objetivo, o ser social. Seu projeto intelectual aponta para o resgate da ontologia do marxismo como único caminho possível de conduzir o pensamento do mundo para o ser. Desta forma, o presente trabalho se insere num campo de estudos e investigações demarcado pala ontologia marxiana, inaugurada por Lukács, assumindo, aqui, como objeto de apreciação para nossas análises a obra Prolegômenos para uma ontologia do ser social.
|
12 |
Trabalho, educação e reprodução social: das sociedades précapitalistas ao capitalismo / Work, education and social reproduction: from pre-capitalist societies to capitalismSilva, Edivania Maria da 24 August 2018 (has links)
This study aims at elucidating the function social of the social complex of education, which, created by work, has aided in the reprodution social being the long oh history, shaping according the needs of reprodution each social formation. The research is based on thinking dialectic-marxian, principally in: Karl Marx, in his works O Capital (1996a; 1996b), chapter V Chapter V of Volume I and Chapters XIII and XXIV of Volume II; György Lukács, in Para uma Ontologia do ser social II (2013); István Mészáros, especially in Para além do capital: rumo a uma teoria de transição (2011) and A educação para além do capital (2008); Friedrich Engels, in A situação da classe trabalhadora na Inglaterra (2008); and Mariano Enguita, in A face oculta da escola: educação e trabalho no capitalismo (1989), as well as other authors who study the theme, the exemple: Sérgio Lessa, Trabalho e proletariado no capitalismo contemporâneo (2011) and Capital e Estado de bem-estar: o caráter de classe das políticas públicas (2013); Léo Huberman, História da riqueza do homem (2010); Aníbal Ponce, Educação e luta de classes (1986); Talvanes Maceno, Educação e reprodução social: a perspectiva da crítica marxista (2017); Ivo Tonet, Educação contra o capital (2012); among others. For realization this study was used a research of nature biographic, so like an immanent analysis of the selected texts. As of Marx (1996a) and Lukács (2013), it was learned that work founded the social being, and this being, unlike the inorganic being, in which there is no reproduction, and of the organic being, in which there is always the reproduction of the same, reproduces itself in an uninterrupted way. For that reproduction of the social being to happen, a set of social complexes were created by the work, among them, education. These complexes, unlike work, do not require an exchange of man with nature, but a relation between men themselves. Education emerges concomitantly with work, since every society requires a set of knowledge, behaviors and values that ensures its reproduction. The work, although it has assumed varied forms throughout the modes of production, continues being the base category, the base of sustentation for any society. About education, it also underwent changes, in view that, in each mode of production there are different reproductive needs. In the primitive mode of production, for example, there was an elementary work, the absence of private property, social classes, such that education took place spontaneously and universally. But stem from of slavery, feudalism and capitalism, both work and education were modified according to reproductive needs. Nowadays, in the face of the structural crisis of capital, began in the 1970s, all spheres of social life have been hit. This context, there is the loss of labor rights, chronic unemployment, the destruction of the environment in a way never seen before, as well as an education marked by reforms, which contribute to the maintenance of this mode of production. In front this, the proletariat, while revolutionary subject, must awaken and, through a political revolution with a social soul, to destroy the existing society, as well as all the apparatuses that sustain it, aiming at the construction of a new form sociability, since this crisis not only destroy capital, but also humanity itself. / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O presente estudo tem por finalidade elucidar a função social do complexo social da educação, o qual, criado pelo trabalho, tem auxiliado na reprodução do ser social ao longo da história, moldando-se conforme as necessidades de reprodução de cada formação social. A pesquisa está fundamentada no pensamento dialético-marxiano, prioritariamente em: Karl Marx, em sua obra O Capital (1996a; 1996b), capítulo V do Volume I e nos capítulos XIII e XXIV do Volume II; György Lukács, em Para uma Ontologia do ser social II (2013); István Mészáros, especialmente em Para além do capital: rumo a uma teoria de transição (2011) e A educação para além do capital (2008); Friedrich Engels, em A situação da classe trabalhadora na Inglaterra (2008); e Mariano Enguita, em A face oculta da escola: educação e trabalho no capitalismo (1989), como também em outros autores que estudam a temática, a exemplo de: Sérgio Lessa, Trabalho e proletariado no capitalismo contemporâneo (2011) e Capital e Estado de bem-estar: o caráter de classe das políticas públicas (2013); Léo Huberman, História da riqueza do homem (2010); Aníbal Ponce, Educação e luta de classes (1986); Talvanes Maceno, Educação e reprodução social: a perspectiva da crítica marxista (2017); Ivo Tonet, Educação contra o capital (2012); entre outros. Para a realização deste estudo foi utilizada uma pesquisa de natureza bibliográfica, assim como uma análise imanente dos textos selecionados. A partir de Marx (1996a) e Lukács (2013), aprendeu-se que o trabalho fundou o ser social, e este ser, diferentemente do ser inorgânico, em que não há reprodução, e do ser orgânico, em que há sempre a reprodução do mesmo, reproduz-se de forma ininterrupta. Para que a reprodução do ser social acontecesse, um conjunto de complexos sociais foram criados pelo trabalho, entre eles, a educação. Estes complexos, ao contrário do trabalho, não requerem um intercâmbio do homem com a natureza, mas uma relação entre os próprios homens. A educação surge concomitantemente com o trabalho, pois toda sociedade exige um conjunto de conhecimentos, comportamentos e valores que assegure a sua reprodução. O trabalho, embora tenha assumido variadas formas ao longo dos modos de produção, continua sendo a categoria fundante, a base de sustentação para qualquer sociedade. Quanto à educação, esta também passou por mudanças, tendo em vista que, em cada modo de produção, há necessidades reprodutivas distintas. No modo de produção primitivo, por exemplo, havia um trabalho elementar, a ausência de propriedade privada, de classes sociais, de forma que a educação se dava de maneira espontânea e universal. Mas a partir do escravismo, do feudalismo e do capitalismo, tanto o trabalho como a educação foram se modificando conforme as necessidades reprodutivas. Nos dias atuais, em face da crise estrutural do capital, iniciada na década de 1970, todas as esferas da vida social foram atingidas. Nesse contexto, tem-se a perda de direitos trabalhistas, o desemprego crônico, a destruição do meio ambiente de uma maneira jamais vista, como também uma educação marcada por reformas, as quais contribuem para a manutenção deste modo de produção. Diante disso, o proletariado, enquanto sujeito revolucionário deve despertar e, por meio de uma revolução política com alma social, destruir a sociedade vigente, assim como todos os aparatos que a sustentam, visando à construção de uma nova forma de sociabilidade, pois essa crise estrutural poderá não só destruir o capital, como também a própria humanidade.
|
13 |
A educaÃÃo social e a gestÃo da pobreza: gÃnese, desdobramentos e funÃÃo no contexto da sociabilidade do capital em crise / Social education and poverty management: genesis, development and function in the context of the sociability of capital in crisisMaria EscolÃstica de Moura Santos 30 March 2017 (has links)
nÃo hà / Esta pesquisa parte da compreensÃo de que o ser humano à um complexo constituÃdo na articulaÃÃo entre a subjetividade do indivÃduo e a objetividade da vida material. RelaÃÃo esta mediatizada pela atividade produtora de riqueza, ou seja, o trabalho, considerado ato fundante de todas as formas de sociabilidade e, portanto, do prÃprio ser social. Realizamos estudo de carÃter teÃrico e documental, fundamentado no referencial marxista, à luz da ontologia marxiano-lukacsiana, para compreender a funÃÃo que a educaÃÃo social, voltada a crianÃas e adolescentes pobres, ocupa no processo de reproduÃÃo da sociedade de classes. Para tanto, voltamos nossa atenÃÃo, inicialmente ao processo de constituiÃÃo do ser social, ressaltando que, para cumprir seus propÃsitos, o complexo do trabalho chama à cena, dentre outros complexos, a educaÃÃo. A educaÃÃo, por seu turno, possui a funÃÃo precÃpua de reproduzir no indivÃduo singular os elementos do gÃnero humano, transformando-se à medida que a sociedade foi se complexificando com a divisÃo do trabalho associada ao desenvolvimento das forÃas produtivas. Assim, buscamos elementos para explicar como a educaÃÃo na sociedade burguesa assume a funÃÃo de reproduzir, alÃm dos elementos genÃricos, o prÃprio sistema do capital, promotor de misÃrias e de conformaÃÃo. Essas questÃes sà ficaram mais explÃcitas quando analisamos o processo de produÃÃo da pobreza, como manifestaÃÃo necessÃria ao movimento de retroalimentaÃÃo do sistema capitalista, para, em seguida, apresentarmos o Estado como o responsÃvel por administrar os conflitos resultantes dos antagonismos de classes, que surgem a partir da separaÃÃo entre capital e trabalho. Isto nos ajudou a compreender o carÃter perverso das polÃticas de assistÃncia e educaÃÃo voltadas a crianÃas e adolescentes pobres. Pudemos entender, a partir de entÃo, como a educaÃÃo social nelas se inserem, como se deu seu surgimento, em que bases se sustentam os fins e os meios de uma proposta educativa que se diz responsÃvel por atuar nos contextos de exclusÃo social buscando reduzir as situaÃÃes de desamparo. O resgate histÃrico apontou para o fato de que ambas, educaÃÃo e assistÃncia, exibem um carÃter de classe, manifestado atravÃs do confinamento, da exclusÃo e do adestramento pelo e para o trabalho alienado; e que a educaÃÃo social possui nÃtida vinculaÃÃo com as situaÃÃes de pobreza, embora alguns teÃricos insistam em defender seu afastamento. VinculaÃÃo essa que ganha outros contornos no contexto da crise estrutural do capital, sobretudo, no Ãmbito das polÃticas neoliberais que advogam o Estado mÃnimo. Por fim, a anÃlise documental revelou que os fins postos para a educaÃÃo social apontam para o Ãmbito da objetividade e da totalidade social enquanto os meios definidos para atingirem os fins propostos restringem-se ao campo da subjetividade e da imediaticidade.
|
14 |
Trabalho, família e ser social: elos que unem a centralidade do trabalho às relações familiares / Work, family and social beingPaula, Renato Francisco dos Santos 13 June 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-29T14:17:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertacao Renato de Paula.pdf: 751589 bytes, checksum: 2cf2e278a3e6d974707052e25c614e2f (MD5)
Previous issue date: 2005-06-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The present thesis approaches family and work understood as element that constitute and are constituted by social totality. It is supported bu Marxist tradition rescued by Gyorgy Lukacs (1885-1971), wich consists in the study of the social being / A presente dissertação trata de família e trabalho entendidos como elementos constituintes e constituidos da e na totalidade social. Ancora-se na tradição marxista resgatada por Gyorgy Lukacs (1885-1971) consistente no estudo do ser social
|
15 |
Trabalho e linguagem na obra de A. R. Luria: um estudo à luz da ontologia marxiana. / Labor and language in the work of A. R. Luria: a study from the point of view of marxian ontologySILVA, Natália Ayres January 2011 (has links)
SILVA, Natalia Ayres. Trabalho e linguagem na obra de A. R. Luria: um estudo à luz da ontologia marxiana. 2011. 116f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza-CE, 2011. / Submitted by Maria Josineide Góis (josineide@ufc.br) on 2012-07-10T13:32:13Z
No. of bitstreams: 1
2011_Dis_NASilva.pdf: 760634 bytes, checksum: 69563c26388fb3c452efbdba057cde66 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Josineide Góis(josineide@ufc.br) on 2012-07-12T11:22:32Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2011_Dis_NASilva.pdf: 760634 bytes, checksum: 69563c26388fb3c452efbdba057cde66 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-07-12T11:22:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2011_Dis_NASilva.pdf: 760634 bytes, checksum: 69563c26388fb3c452efbdba057cde66 (MD5)
Previous issue date: 2011 / This dissertation, which has a bibliographical nature, was centered upon the analysis of the categories of labor and language in the work of Alexander Romanovich Luria. From the point of view of Marxian-Lukacsian ontology, it assumed labor as the act that founded human world and all the complexes which encompass human experience. Therefore, it elected as the main hypothesis, that labor, as the founding category of the social being, with the special participation of language, accounts for the origin of the conscientious activity and of the higher psychological functions in humans, both resulting from the necessities engendered by human activity itself. In this perspective, we tried to investigate to what extent the treatment ascribed by Luria to the categories of labor and language are consistent with the premises put by the ontology of social being, identifying, moreover, their relationship within the genesis and development of the higher psychological functions. Before discussing the main research questions, we considered of great importance to present Luria’s biography, in order to place the historical context in which his ideas were fostered, attesting his affiliation with Vigotski and Leontiev, as well, in the field of historical-dialectical materialism. The results of the research indicated that the treatment given by Luria to the categories of labor and language agree with the fundamental ontological concepts, emphasizing labor as the primary category in relation to the other complexes, herein included the complex of language. In this context, labor, together with language, brought about human conscientious activity, developing in man, complex functions, which are not present in animals. / Esta dissertação, de natureza teórico-bibliográfica, centrou-se na análise das categorias trabalho e linguagem na obra de Alexander Romanovich Luria. Partimos do pressuposto, presente na ontologia marxiano-lukacsiana, de que o trabalho foi o ato que fundou o mundo dos homens e todos os complexos que o comportam. Nessa perspectiva, a hipótese central da pesquisa é formulada em torno de que o trabalho, categoria fundante do ser social, dá origem, com a participação fundamental da linguagem, à atividade consciente e às funções psíquicas superiores do homem, as quais decorrem das próprias necessidades engendradas pela atividade humana. Buscamos, assim, investigar como figuram as categorias trabalho e linguagem em Luria e em que medida elas guardam correspondência com os termos postos na ontologia do ser social, identificando, ainda, a sua relação na gênese e desenvolvimento das funções psíquicas superiores. Antes de adentramos nas questões centrais de nossa pesquisa, consideramos fundamental a apresentação da biografia do autor estudado, com o intuito de situarmos o contexto histórico no qual se gestaram suas idéias, bem como a sua filiação a Vigotski e Leontiev no campo do materialismo histórico-dialético. Ao analisarmos as obras de Luria, pudemos constatar que o tratamento dado pelo autor às categorias trabalho e linguagem se assenta nos preceitos fundamentais da ontologia do ser social, evidenciando o primado do trabalho em relação aos demais complexos, incluindo, assim, a linguagem, que surge das necessidades engendradas por ele. Nesse contexto, o trabalho comparece, juntamente com a linguagem, como o ato que forja a atividade consciente do homem, desenvolvendo neste, funções complexas, as quais não estão presentes nos animais.
|
16 |
A concepção de indivíduo e suas repercussões na crise da escolaPereira, Valmir [UNESP] 27 April 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:31:31Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2011-04-27Bitstream added on 2014-06-13T20:22:19Z : No. of bitstreams: 1
pereira_v_dr_arafcl.pdf: 384719 bytes, checksum: 371281d8994213da9df64910f597357b (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Em um contexto marcado pela reestruturação produtiva do modo de produção capitalista, a escola aparece como uma instância fundamental para a formação do trabalhador com um novo perfil para atender às exigências do capital. Dessa forma, alguns autores e os sistemas educacionais procuram por meio de reformas adequarem a escola a esses novos tempos. Por isso tornou-se comum a fala de que a escola está em crise e é através das mudanças curriculares que esta crise será resolvida, segundo seus proponentes. A reforma não tira a escola da crise, pois tanto o capitalismo quanto o seu modelo de indivíduo e de escola são irreformáveis. Analisando as interpretações que alguns teóricos têm sobre a crise da escola verificou-se que os mesmos apontam como saída a adaptação da escola ao modelo de capitalismo através da participação e da cidadania. A perspectiva desse estudo, ao contrário daqueles autores, situa a crise da escola como decorrência da crise da concepção burguesa de indivíduo. Para comprovar essa hipótese, analisou-se a concepção liberal de indivíduo através dos conceitos de autonomia e liberdade em dois autores clássicos, Thomas Hobbes e John Locke e identificou-se que a crise da concepção burguesa de indivíduo repercute na escola, que também é burguesa. Demonstrou-se também que a crise da concepção burguesa de indivíduo decorre da divisão do trabalho que separou o fazer do pensar e, portanto, o trabalhador de seu produto. Ao finalizar as investigações teóricas conclui-se, que a crise da escola não existe. O que existe é a crise da concepção burguesa de indivíduo e esta, repercute na escola. Esta repercussão decorre das mudanças no modelo de organização do trabalho criando um descompasso entre o que é ensinado e as novas exigências do mercado de trabalho. Ela passa por reformas desde sua organização... / In a context marked by productive restructuration of the capitalist way of production, the school appears as a fundamental instance for the worker formation with a new profile to attend the capital exigencies. This way, some authors and the educational systems search by means of reform to adequate the school to the new times. Consequently what became common was the idea that the school is in crisis and it is through curricular changes that this crisis will be solved, according to their proponents. Reform does not take the school off the crisis because as capitalism such as its standard of individual and school are unreformable. Analyzing the interpretations that some theoreticians have about the crisis of the school it was verified that they point as an answer to the school adaptation to the capitalism layout through participation and citizenship. The study perspective, instead of those authors, situates the crisis of the school as an occurrence of the crisis of the bourgeois conception of the individual. To prove this hypothesis, the liberal conception of the individual was analyzed by the concepts of autonomy and freedom in two classic authors, Thomas Hobbes and John Locke, and it was identified that the crisis of the bourgeois conception of the individual reverberates at school that it is also bourgeois. It also demonstrated that the crisis of the bourgeois conception of the individual occurs by the share of work that separated the make of the think and, therefore, the worker of its product. Finalizing the theoretical investigation it concludes that the crisis of the school does not exist. It is a false question. What exists is the crisis of the bourgeois conception of the individual and this reverberates at school. This reverberation occurs by the changes in the work‘s organization layout. It passes through reforms since its organization and until the moment it continues being pointed... Complete abstract click electronic access below)
|
17 |
Conhecimentos de licenciandos em Ciências Biológicas sobre o processo de humanização e suas concepções de mundo /Pressato, Daiany January 2020 (has links)
Orientador: Luciana Maria Lunardi Campos / Resumo: A presente pesquisa buscou analisar relações entre os conhecimentos sobre o ser humano e as concepções de mundo dos licenciandos em Ciências Biológicas, tendo em vista a relação dialética estabelecida entre indivíduo-sociedade. A partir dos questionamentos: 1. Quais concepções estes licenciandos possuem sobre o ser humano? 2. Quais tipos de conhecimentos auxiliam na formação destas concepções? 3. Como estes conhecimentos se relacionam com as concepções de mundo destes estudantes? Dois instrumentos de coleta de dados foram desenvolvidos (questionário e entrevista) com o objetivo de apreender as determinações gerais e particulares dos licenciandos acerca das relações descritas. No total, 55 estudantes de três turmas de uma universidade estadual pública responderam ao questionário e quatro deles participaram da entrevista após contato. Os fundamentos filosóficos formadores das concepções dos licenciandos foram: idealismo, materialismo, concepções transcendentais, ontologia, epistemologia, sujeito abstrato, sujeito concreto, lógica formal e lógica dialética. Além destes, os conceitos de classe e de práxis foram utilizados para constituir a concepção de mundo dos licenciandos, tendo em vista o referencial ontológico do materialismo histórico dialético adotado na pesquisa. Assim, a partir deste referencial, as múltiplas determinações contraditórias do objeto (ser humano) foram utilizadas para a análise das relações dialéticas presentes nas concepções de mundo dos licenciandos, send... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: This research aimed to analyze the knowledges about the human being and their relations with the world views of Biological Sciences undergraduates. The relationships were analyzed by a dialectical perspective of individual-society. From the concerns: 1. What conceptions these students have about the human being? 2. What types of knowledge helps them form these conceptions? 3. How these knowledges relate with the world views these students carry? Two data collection instruments were developed (questionnaire and interview) in order to apprehend the relationships between the knowledge about the human being and the world views of the students. 55 students of three different classes of a public state university answered the questionnaire and four of them the interview. The philosophical fundaments that formed the undergraduates’ world views were: idealism, materialism, transcendental conceptions, ontology, epistemology, abstract subject, concrete subject, formal logic and dialectical logic. The concepts of class and praxis were used to build the world views of the students, having the same theoretical reference used in this research: dialectical historical materialism. Thus, by this reference, the object’s multiple contradictory determinations were used to analyze the dialectical relations present in the world views of the students, and they were: subject x object; objectification x appropriation; teleology x causality; humanization x alienation. The undergraduates, under the infl... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
|
18 |
Vigotski: um estudo à luz da centralidade ontológica do trabalho / Vigotski: a study from the point of view of ontological centrality of laborCARMO, Francisca Maurilene do January 2008 (has links)
CARMO, Francisca Maurilene do. Vigotski: um estudo à luz da centralidade ontológica do trabalho. 2008. 201f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileria, Fortaleza-CE, 2008. / Submitted by Maria Josineide Góis (josineide@ufc.br) on 2012-07-11T13:47:42Z
No. of bitstreams: 1
2008_Tese_FMCARMO.pdf: 838873 bytes, checksum: bbd4db16bc4e513acf96f87d960c1067 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Josineide Góis(josineide@ufc.br) on 2012-07-11T15:02:32Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2008_Tese_FMCARMO.pdf: 838873 bytes, checksum: bbd4db16bc4e513acf96f87d960c1067 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-07-11T15:02:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2008_Tese_FMCARMO.pdf: 838873 bytes, checksum: bbd4db16bc4e513acf96f87d960c1067 (MD5)
Previous issue date: 2008 / The study seeks to point out the ontological foundation of Vigotski’s works, indicating that his theoretical construct as a whole is centered upon the category of labor as the complex which originated man as a social being in accordance with the basic principles of Marxism. In this sense, it emphasizes Lukács’ ontological retrieve of Marx’s legacy, announcing, therefore, a new kind of ontology, which goes far beyond the metaphysical and idealistic tradition to assert the radically historical character of human essence. It is, then, recovered Vigotski’s intellectual trajectory, with emphasis on his central role in the process of constructing, alongside Luria and Leontiev, a Marxist psychology in the context of Russian’s revolutionary period opened up in 1917; and discussing the main difficulties in terms of reconstructing Vigotski’s work, in the context of Stalinism; as well as those related to the introduction of his thought in the Western world, particularly in the United States and Brazil. It denounces the essential mistakes operated by the neovigotskian movement, which, treating vigotskian categories, such as language, culture and interaction, apart from the Marxist principle of work, ends up by isolating Vigotski from the Marxian ontological realm, and, more precisely, from the socialist project. The study places greater emphasis upon the analysis of Thinking and Speach, also reviewing in a lesser level of details, other selected texts, such as The socialist transformation of man; Concrete psychology; and The historical meaning of crisis in Psychology, among others. It is finally reassured that, despite the explicit relevance attributed by Vigotski to the methodological dimension of Marxism, it is presupposed in the context of his work, the ontological core which founds Marx’s method. / O presente trabalho tem por objetivo resgatar o fundamento ontológico da obra de Vigotski, indicando que a categoria trabalho como momento central na constituição do mundo dos homens é absorvida e expressa pelo psicólogo soviético, em consonância com os mais legítimos preceitos da teoria marxiana. Nesse sentido, num primeiro momento, resgata-se a retomada efetuada por Lukács do conceito marxiano de trabalho, extraindo, por essa via, a dimensão ontológica da obra de Marx e anunciando, para além da tradição metafísica e idealista, uma ontologia de novo tipo, a qual aponta de forma radical para a historicidade da essência humana. Prossegue-se com o registro da trajetória intelectual de Vigotski e seu papel na construção de uma psicologia marxista, ao lado de Luria e Leontiev, no contexto da Rússia do período revolucionário inaugurado em 1917; assinalando as principais dificuldades relativas à reconstrução da obra de Vigotski, no contexto do stalinismo, bem como à introdução de seu pensamento no Ocidente, particularmente nos Estados Unidos e no Brasil. Apontam-se, nesse sentido, os desvios essenciais operados pelo neovigotskianismo, particularizando o tratamento atribuído ao conjunto de categorias vigotskianas, como a linguagem, a cultura, a interação, dentre outras, o qual, descolando do princípio marxiano do trabalho, distanciando o autor, por conseguinte da perspectiva da ontologia marxiana e, mais precisamente, do horizonte de destruição do capital. Atribui-se especial atenção à análise da obra Pensamento e Linguagem, fazendo-se, ainda, menção a outros textos selecionados do autor, como A transformação socialista do homem, Psicologia concreta do homem, O significado histórico da crise da psicologia, dentre outros. Ao final do estudo, assevera-se que, não obstante a valorização explícita atribuída à recuperação do marxismo em sua dimensão metodológica, está pressuposto na obra de Vigotski, o substrato ontológico sobre o qual se funda o método de Marx.
|
19 |
Sociabilidade no Assentamento Rural de Santana - Ce: terra e trabalho na construÃÃo do ser social. / Sociability in teh Rural Settlement of Santana (Ce, Brazil): Land and Earth in the Construction of Social Being.Liana Brito de Castro AraÃjo 07 April 2006 (has links)
O trabalho analisa a sociabilidade no Assentamento Rural de Santana e os processos de aprendizagem objetivados pela prÃtica social cotidiana dos trabalhadores rurais nos processos de luta, de conquista e de permanÃncia na terra entre 1987 a 2005. O Santana, fundado a partir da polÃtica de reforma agrÃria do INCRA, està situado no MunicÃpio de Monsenhor Tabosa no SertÃo do CearÃ, Nordeste brasileiro. No Assentamento os trabalhadores rurais tecem uma maneira peculiar de organizaÃÃo da produÃÃo e da vida cotidiana. A pergunta de partida a qual este trabalho se propÃe: o que à viver em um assentamento rural, que mantÃm a propriedade coletiva da terra e uma produÃÃo organizada a partir do trabalho coletivo e individual? Quais os seus desdobramentos para a formaÃÃo dos assentados? O percurso teÃrico e metodolÃgico se fundamentou na ontologia do ser social a partir de Marx, LukÃcs e MÃszÃros. A pesquisa de campo, objetivando um estudo de caso, realizou-se dentro de uma abordagem antropolÃgica marxiana priorizando a totalidade representada pela sociabilidade do Assentamento. O Santana se estruturou basicamente sob dois momentos histÃricos. No primeiro momento, a sociabilidade do Assentamento tinha como base duas mediaÃÃes centrais: propriedade coletiva da terra e produÃÃo cooperada que, para a implementaÃÃo do projeto coletivo, foram combinadas a relaÃÃes de controle coletivo, necessÃrias à construÃÃo do Assentamento. A sua sociabilidade estava demarcada por vÃnculos de solidariedade e dependÃncia entre os assentados, pois âtudo era decidido coletivamenteâ, como costumavam afirmar. A prÃtica social cotidiana dos assentados engendrava um rico aprendizado demarcado pela produÃÃo associada, pelas reuniÃes e AssemblÃias permanentes, dentre outros. PorÃm este projeto nÃo teve sustentaÃÃo, pois as condiÃÃes de carÃncias materiais, dificuldades de ordem prÃtica nas relaÃÃes de produÃÃo coletiva e no estabelecimento de relaÃÃes estÃveis com o mercado forma impedindo a sua continuidade. No segundo momento o Assentamento, embora mantivesse a propriedade coletiva da terra, sofreu uma mudanÃa nas relaÃÃes de produÃÃo coletiva para uma produÃÃo mista. A partir de entÃo, estabeleceu-se uma combinaÃÃo de produÃÃo individual (de responsabilidade exclusiva do assentado) e de produÃÃo coletiva (mantida pela Cooperativa de assentados), uma alternativa posta a partir das demandas internas (de ampliaÃÃo da capacidade de trabalho e de consumo), e externas (da inserÃÃo na lÃgica de uma economia de mercado). Dos fatores externos que influenciaram a mudanÃa do projeto de Assentamento, destaca-se a polÃtica do Estado atravÃs do Programa Nacional de Agricultura Familiar (PRONAF) e das relaÃÃes de aproximaÃÃo de alguns assentados com a elite polÃtica da regiÃo. O trabalho, finalmente, afirma que o que à original na sociabilidade de Santana sÃo as mediaÃÃes necessÃrias à manutenÃÃo do projeto de Assentamento, que representam germes de relaÃÃes sociais superiores, e que diferem em certa medida da reproduÃÃo da sociabilidade burguesa. Embora tenha constatado os limites histÃricos da sociabilidade em Santana seja um fato, esta prÃtica social definitivamente trÃs elementos que contribuem para o processo de transiÃÃo para uma sociedade emancipada, para alÃm do capital. / This research analyses the sociability at the rural settlement of Santana (between 1987 and 2005) and the learning processes of the rural workers on the struggles of everyday life for land, production and well-being. The Santana settlement was created by the agrarian reform policy of INCRA, in Brazil. It is situated in the city of Monsenhor Tabosa in the hinterlands (SertÃo) of the State of CearÃ, Northeast of Brazil. In the settlement, the rural workers build, in a peculiar way, the organization of the production and of their everyday lives. The research purpose is to investigate what it is to live in a rural settlement that keeps the common propriety of land and an organized (both collective and individual) form of production. Furthermore, it is important to investigate what the impact of such life for the formation of the settlers is. The theoretical approach is based on the âontology of the social beingâ by Marx, LukÃcs and MÃszÃros. The field research had an anthropological Marxian approach, considering the totality represented by the sociability of the settlement as a case study. It could be observed that the rural settlement was strongly influenced by two historical moments. First, the settlers organized themselves based on two central mediations: collective property of the land and cooperative production, which led to the establishment of collective control of the settlement. Its sociability was characterized by solidarity and inter-dependency links of the settlers, because âall was decided collectivelyâ. The social practice fostered a rich learning process, influenced by the associative production, frequent meetings and assemblies, amongst others. Nonetheless, material needs, practical difficulties of the collective production, and market relations with the outer world prevented the original project to further develop. In the second period, although the settlement maintained the collective property of the land, it changed the production to a mixed system, a combination of individual (whose responsibility was merely of the settler) and collective (organized by the Cooperative Union of the settlers) production to respond to both internal (enhancement of work and consume capacity) and external (insertion of the settlement in the market logic) demands. Besides, the settlers counted on external support for the implementation of the new individual-production system, such as governmental programs (PRONAF, for instance) and the approximation of some workers to the local political elite. From the results, one can conclude that the originality of the Santana sociability are the mediations required to maintain the original project, which reflects seeds of superior social relations, different from those of the bourgeoisie sociability. Although historical limits for the amplification of such sociability are a fact, the experience of Santana definitely contributes for the transition process to an emancipated society, beyond capital.
|
20 |
A catação de lixo na (de)formação da criança como ser social / The catação of garbage in (of) the formation of the child as to be socialGONÇALVES, Ruth Maria de Paula January 2006 (has links)
GONÇALVES, Ruth Maria de Paula. A catação de lixo na (de) formação da criança como ser social. 2006. 216f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza-CE, 2006. / Submitted by Maria Josineide Góis (josineide@ufc.br) on 2012-07-13T17:01:19Z
No. of bitstreams: 1
2006_Tese_RMPGONÇALVES.pdf: 717562 bytes, checksum: 58e0ddf13183bcbac3019c2c331dc464 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Josineide Góis(josineide@ufc.br) on 2012-07-17T12:42:47Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2006_Tese_RMPGONÇALVES.pdf: 717562 bytes, checksum: 58e0ddf13183bcbac3019c2c331dc464 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-07-17T12:42:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2006_Tese_RMPGONÇALVES.pdf: 717562 bytes, checksum: 58e0ddf13183bcbac3019c2c331dc464 (MD5)
Previous issue date: 2006 / This study deals with scavenger children’s quality of life and work, highlighting the subjective meanings of garbage collection and the (de)formation of the scavenger child as a social being. This research was motivated by the observed children exploitation, their daily roaming, the excessive load on their puny bodies under the sun and the rain. Long-lastingly, the children try to complement the family income or their own survival. With the family, in pairs or by themselves, the children collect what is left from the city day. The investigation was carried out in Granja Portugal district, in Fortaleza, and the main subjects were 11-year-old scavenger children, beyond their parents and educators. Considering the capitalist society contradictions, this research starts from the objective reality which these subjects live in to understand their singularity. The theoretical input used is based upon Leontiev studies (1978, 1986), which deals with the main activity and formation of the subject in the historic-cultural psychology; Marxian-Lukacsian ontology aspects concerning work as a social being’s founding category; Heller studies (2001) about the daily and non-daily life as spheres of man’s social activity. When discussing the individuation, schooling and daily life process, Duarte (2001) is also a reference used in this study, to maintain the theoretic-practical coherence. The results show that in an early insertion in the adult world, the children mingle with the other scavengers in garbage dumps. There, they learn, in conversations, about profit, change, school grant, sex and, above all, exploitation. That makes them feel half adults, half children, confusing them in the definition of their main activity. The school that receives these kids, not actually receiving them, also reinforces the negative image of them, what interferes in the definition of their main activity. Consequently, that reaches the child’s singular individuality, overshadowing their subjective free expression. This way, instead of being presented as social-historic subjects, which give them the human emancipation prospect, the scavenger children are seen as objects of social protection, as well as control and discipline objects. These presentations created by the men in the capitalist sociability crystallize the scavenger children’s subjectivity in the everyday life sphere. / A pesquisa trata das condições de vida e trabalho de crianças catadoras, destacando os significados da catação de lixo em sua subjetividade, por conseguinte, a (de)formação da criança catadora como ser social. O motivo que impulsionou a investigação advém da percepção da exploração sofrida por essas crianças em sua perambulação cotidiana, da carga excessiva que carregam sobre os corpos franzinos, sob sol e chuva. Diuturnamente, saem em busca do lixo, tentando garantir a complementação da renda familiar ou a manutenção de sua existência, e junto com a família, em dupla ou sozinhas recolhem os restos do dia da cidade. A investigação foi realizada no Bairro Granja Portugal em Fortaleza, tendo como sujeitos principais crianças catadoras na faixa etária de oito a 11 anos, além de seus pais e educadores. Considerando as contradições próprias da sociabilidade do capital, partimos da realidade objetiva na qual vivem tais sujeitos para compreendê-los em sua singularidade. O aporte teórico utilizado na pesquisa tem por base os estudos de Leontiev (1978, 1986) sobre atividade principal e a formação do sujeito na psicologia histórico cultural, aspectos da ontologia marxiano-lukacsiana no que diz respeito ao trabalho como categoria fundante do ser social, estudos de Heller(2001) sobre vida cotidiana e não-cotidiana como esferas da atividade social do homem. Duarte (2001) ao discutir o processo de individuação, escolarização e vida cotidiana também é referência por nós adotada nesta pesquisa, buscando manter a coerência teórico-prática tão cara a análise do problema. Os resultados nos mostram que em um processo precoce de inserção no mundo adulto, as crianças catadoras misturam-se aos demais catadores nos depósitos e sucatas e aprendem, nas conversas, sobre troco, lucro, sexo, bolsa-escola e, sobretudo, exploração, o que faz com que passem a se sentir meio adultos, meio crianças, confundindo a criança na definição de sua atividade principal. A escola que as recebe, sem efetivamente receber também constrói e reforça uma imagem negativa da criança que cata lixo o que interfere na definição do que é sua atividade principal, e, por conseguinte, atinge sua individualidade singular, ofuscando a livre expressão de sua subjetividade. Nesse sentido, ao invés de serem representados como sujeitos sócio-históricos, o que lhes confere a perspectiva da emancipação humana, as crianças catadoras são vistas tanto como objeto de proteção social, quanto objeto de controle e disciplinamento, representações que ao serem construídas pelo próprio homem na sociabilidade capitalista acabam por cristalizar a subjetividade das crianças catadoras na esfera da vida cotidiana.
|
Page generated in 0.0748 seconds