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Origens do Estatuto da Criança e do Adolescente: a influência de comunidades epistêmicas na formulação da Lei n. 8.069/90 / The origins of the brasilian Child and Adolescent Statute: the influence of epistemic communities on Federal Law nº. 8.069/90

Maida, Marco José Domenici 19 October 2018 (has links)
O presente trabalho baseia-se no levantamento histórico sobre a proteção dos direitos humanos da criança e do adolescente, na análise de referências teóricas sobre comunidades epistêmicas e movimentos sociais, e em entrevistas com pessoas envolvidas na criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei Federal n.º 8.069/90. Identifica cinco comunidades epistêmicas (internacional, estatal, militante, religiosa e jurídica), presentes no Movimento de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente dos anos 80. Ao identificar essas comunidades, cujas influências técnicas e políticas foram essenciais para a elaboração coletiva do ECA, procuramos evidenciar teorias que geraram consenso à época e orientaram a formulação da norma jurídica. As duas principais são: Teologia da Libertação e Pedagogia do Oprimido. O reconhecimento dessas teorias fundantes pode inspirar o desenvolvimento de indicadores que auxiliariam na avaliação da implementação do Estatuto em trabalhos futuros. A pesquisa, para os fins desta dissertação, é descritiva e documental, com dimensão histórica e processo interdisciplinar. Situa-se no campo das ciências sociais aplicadas, e baseia-se em entrevistas semiestruturadas, documentação oficial e textos científicos com suporte bibliográfico, que reúnem trabalhos de natureza jurídica, política, sociológica, teológica e filosófica / The present work is based on a historical survey of the protection of the human rights of children and adolescents (both in Brazil and across the world), an analysis of theoretical references on epistemic communities and social movements, and interviews with people involved in the formulation of the Child and Adolescent Statute (CAS) - Federal Law n.º 8.069/90. It identifies five epistemic communities (international; state; militant; religious; legal) presents in the Social Movement to Defend the Rights of Children and Adolescents in the 1980s. In identifying these communities, whose technical and political influences contributed to the formulation of the CAS, we can highlight which scientific theories generated consensus at the time and founded the legal norm, such as Liberation Theology and Pedagogy of the Oppressed. The principles of those theories also reveal indicators for evaluating the implementation of the Statute in future work. The research carried out for the purposes of this dissertation is descriptive and documentary with historical dimension and interdisciplinary process. It is situated in the field of applied social sciences, and is based on semi-structured interviews, official documentation and scientific texts with bibliographic support, which bring together works of a juridical, political, sociological, theological and philosophical nature
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Educação infantil, espaços de confronto e convívio com as diferenças: análise das interações entre professoras e meninas e meninos que transgridem as fronteiras de gênero / Early childhood education, spaces of confrontation and familiarization with differences: analysis of interactions between teachers and girls and boys who transgress the gender boundaries

Finco, Daniela 22 March 2010 (has links)
Esta tese apresenta o resultado de um estudo realizado em uma escola municipal de Educação Infantil da rede municipal de São Paulo (Emei). O objetivo foi observar e interpretar as interações entre professoras e crianças em geral e, especialmente, as crianças que transgridem os padrões de gênero que lhes são impostos, dando significados e estruturando suas experiências sociais. Trata-se de investigação qualitativa, de inspiração etnográfica, que envolveu quatro turmas de crianças de 3 a 6 anos e suas professoras e recorreu aos registros das observações em caderno de campo e às entrevistas realizadas com professoras. Apresenta os construtos e os conhecimentos nos quais as professoras se baseiam, ao lidar com os conflitos relativos às questões de gênero na infância, tais como a explicação das diferenças baseada na Biologia e na Genética e a compreensão da identidade de gênero das crianças como estática e universal. Os resultados apontam para práticas e estratégias de organização dos tempos e dos espaços, caracterizadas por uma disciplina heteronormativa de controle, regulação e normatização dos corpos e dos desejos de meninas e meninos. Destacou-se, nesta forma de organização institucional, uma intencionalidade pedagógica que tem no sexo um importante critério para a organização e para os usos dos tempos e dos espaços. Entretanto, apesar dessas formas de controle, o poder das professoras sobre meninas e meninos não é universal e unilateral, e o processo de socialização não se dá de forma passiva. Meninas e meninos encontram brechas no gerenciamento do dia a dia da pré-escola e criam estratégias inteligentes para alcançar seus desejos. A possibilidade de participar de um coletivo infantil, a capacidade de imaginar e fantasiar, os momentos livres e autônomos de brincadeiras, a sociabilidade e as amizades, os tempos e os espaços com menor controle das pessoas adultas, permitem a criação de diferentes formas de burlar as estruturas propostas e de iniciar sempre um novo movimento de transgressão. A pesquisa revela ainda os espaços da pré-escola como espaços de encontro, confronto e convívio com a diversidade. Nesse contexto, as possibilidades de produção, reprodução e resistência à discriminação de gênero interagem de maneira complexa e colocam-nos muitos desafios. Diante da necessidade do reconhecimento e da valorização das diferenças de gênero, esta investigação aponta para a emergência da inclusão da perspectiva de gênero e de novos direitos das crianças nas políticas públicas de Educação Infantil. / This thesis presents the study of gender in a municipal school of Early Childhood Education (Emei). Conducted in the city of São Paulo, the objective of the study was to analyse the interactions between teachers and children and, in special, observe and interpret the children that, to crossing the line of the patterns imposed on them, transgress the gender limits, giving new meaning and structure to their social practices. This ethnographic research is qualitative, it investigates four groups of children (aged 3 to 6 years) and their teachers; to do this, field records and interviews were used. We investigate the basis of the knowledge used by teachers to deal with conflicts and gender issues in childhood; the explanation of these differences are based on biology, genetics, and in the understanding of children gender identity as static and universal. The results point to existence of practices and strategies, for time and space organization, characterized by a heteronormativity discipline control, regulation and standardization of bodies and desires. This thesis figured out a pedagogic intention in the usage of sex as criteria for time and space control. However, despite the forms of control, the power of the teachers on girls and boys is not universal, neither one-way relationship; the process of socialization does not happen passively. Girls and boys find gaps in the management policy and, smartly, create strategies to achieve their desires and wills. Several factors as, for example, the different possibilities for collective participation in preschool, imagination, the freedom during the play time, easy sociability and desire for friendships, especially in times and spaces with less control of adults, creates a condition to get around the proposed structures, bypassing them, and always starting a new movement into transgression zones. The research also reveals that the preschool is an special place and time for found, facing and living with difference and diversity; the plenty of possibilities of production, reproduction and resistance to gender discrimination interact in a complex way, bringing us many education challenges. This research, aware of the importance of gender issues, claims that is immediately needed to include new rights of children in the public policies for early childhood education.
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Origens do Estatuto da Criança e do Adolescente: a influência de comunidades epistêmicas na formulação da Lei n. 8.069/90 / The origins of the brasilian Child and Adolescent Statute: the influence of epistemic communities on Federal Law nº. 8.069/90

Marco José Domenici Maida 19 October 2018 (has links)
O presente trabalho baseia-se no levantamento histórico sobre a proteção dos direitos humanos da criança e do adolescente, na análise de referências teóricas sobre comunidades epistêmicas e movimentos sociais, e em entrevistas com pessoas envolvidas na criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei Federal n.º 8.069/90. Identifica cinco comunidades epistêmicas (internacional, estatal, militante, religiosa e jurídica), presentes no Movimento de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente dos anos 80. Ao identificar essas comunidades, cujas influências técnicas e políticas foram essenciais para a elaboração coletiva do ECA, procuramos evidenciar teorias que geraram consenso à época e orientaram a formulação da norma jurídica. As duas principais são: Teologia da Libertação e Pedagogia do Oprimido. O reconhecimento dessas teorias fundantes pode inspirar o desenvolvimento de indicadores que auxiliariam na avaliação da implementação do Estatuto em trabalhos futuros. A pesquisa, para os fins desta dissertação, é descritiva e documental, com dimensão histórica e processo interdisciplinar. Situa-se no campo das ciências sociais aplicadas, e baseia-se em entrevistas semiestruturadas, documentação oficial e textos científicos com suporte bibliográfico, que reúnem trabalhos de natureza jurídica, política, sociológica, teológica e filosófica / The present work is based on a historical survey of the protection of the human rights of children and adolescents (both in Brazil and across the world), an analysis of theoretical references on epistemic communities and social movements, and interviews with people involved in the formulation of the Child and Adolescent Statute (CAS) - Federal Law n.º 8.069/90. It identifies five epistemic communities (international; state; militant; religious; legal) presents in the Social Movement to Defend the Rights of Children and Adolescents in the 1980s. In identifying these communities, whose technical and political influences contributed to the formulation of the CAS, we can highlight which scientific theories generated consensus at the time and founded the legal norm, such as Liberation Theology and Pedagogy of the Oppressed. The principles of those theories also reveal indicators for evaluating the implementation of the Statute in future work. The research carried out for the purposes of this dissertation is descriptive and documentary with historical dimension and interdisciplinary process. It is situated in the field of applied social sciences, and is based on semi-structured interviews, official documentation and scientific texts with bibliographic support, which bring together works of a juridical, political, sociological, theological and philosophical nature
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Identificação étnico-racial na voz de crianças em espaços de educação infantil

Trinidad, Cristina Teodoro 03 June 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:56:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Cristina Teodoro Trinidad.pdf: 10137598 bytes, checksum: ebf7f617d934cd5eb2918d6ad1300b2c (MD5) Previous issue date: 2011-06-03 / Fundação Ford / This study aimed to determine: a) if - and how - children in preschool understand racial- ethnic identification; b) the criteria they employ to do so; and c) the means by which this identification is formulated. The research was conducted in an elementary school, situated in the west part of the city of São Paulo, SP, Brazil, involving 33 children between 4 and 5 years old. The theoretical framework includes approaches to the ethnic-racial identification, specifically those that consider race as a social construction. Furthermore, some categories of the socio-historical theory in Psychology, in particular, the appropriation of 'senses and meanings' were employed. Finally, it was adopted the notion of child proposed by Sociology of Childhood, which sees children as a legitimate social actor, one who produces symbols, representations and beliefs that contribute to their own cultures. The literature review was mainly from North-America, since in Brazil, there are few studies dealing with ethnic and/or racial identification made by children or adolescents. Methodologically, an ethnographic approach was employed in this study, using the following procedures for data collection: participant observations, informal conversations, children s storytelling and document analysis. The results show that young children know and employ racial-ethnic categories while playing or interacting with their peers, but do not select their friends based on their skin color. Nevertheless, they do verbalize a desire to have characteristics not associated with blacks, hair and skin tone being those most frequently mentioned. Apparently, all this indicates that meanings socially constructed, for both whites and blacks, have been appropriate by those children, being especially difficult to handle for those of interracial relationships. In fact, as the similarity to black people increases, the desire of being white intensifies. Finally, it is important to mention that the male and female roles have also been duly appropriated and are reproduced by girls and boy in their everyday life. This situation reveals the urgency of breaking the tendency to reproduce and perpetuate gender discriminations present in society. Lastly, the e results show that adults working at the elementary school as well as the children's own parents do not consider that to answer questions regarding color or race can be of any use, demonstrating a lack of knowledge about the importance of educating children to recognize ethnic and racial diversity as something to be respected and positively valued / Este trabalho teve como objetivo verificar: 1) se e como as crianças em idade pré-escolar compreendem a identificação étnico-racial; 2) os critérios que empregam para tal; e 3) a forma por meio da qual essa identificação é explicitada. A pesquisa foi realizada em uma escola de educação infantil situada na zona oeste da cidade de São Paulo (SP-Brasil) e contou com o envolvimento de 33 crianças entre quatro e cinco anos de idade. O referencial teórico foi constituído com base em três abordagens: 1) as teorias acerca da identificação étnico-racial, em especial aquelas que consideram a raça uma construção social; a proposta sócio-histórica da Psicologia, com particular atenção às categorias sentido e significado ; e 3) a concepção proposta pela Sociologia da Infância, segundo a qual a criança é um ator social legítimo e de direito, que produz símbolos, representações e crenças que contribuem para suas próprias culturas. A revisão da literatura centrou-se, sobretudo, em autores norte-americanos, tendo em vista que, no Brasil, poucos são os estudos que tratam da identificação étnico-racial de crianças e adolescentes. Em termos metodológicos, optou-se pela abordagem etnográfica, e a coleta de dados pautou-se pelos seguintes procedimentos: observações participantes, conversas informais, contação de histórias pelas crianças e análise documental. Os resultados mostraram que crianças de pouca idade conhecem e empregam as categorias étnico-raciais; em suas brincadeiras e interações, não selecionam seus pares tendo como base a cor da pele; verbalizam, no entanto, o desejo de ter características associadas ao grupo de pessoas brancas, sendo o cabelo e a tonalidade da pele as mais mencionadas. Tudo isso aponta para o fato de que os sentidos e os significados dados a brancos e negros já foram apropriados pelas crianças. Em relação aos filhos de relacionamentos inter-raciais, notou-se que, quanto mais as crianças apresentam traços físicos que se aproximam dos atribuídos às pessoas negras, maior é o desejo de serem brancas. Os papéis sociais masculinos e femininos também foram devidamente apropriados e reproduzidos no cotidiano infantil, apontando ser necessário romper com a tendência de reproduzir e perpetuar a discriminação de gênero presente na sociedade. Averiguou-se, também, que a instituição de educação infantil e as famílias das crianças não consideram o preenchimento do quesito cor/raça (seja no Censo da População ou no Censo Escolar) necessário ou relevante, explicitando que desconhecem a importância de educar as crianças pequenas para reconhecerem a diversidade étnico-racial como algo a ser respeitado e positivamente valorizado
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Configurações do ofício de aluno: meninos e meninas na escola / Configurations of the student occupation: boys and girls learning how to be a student at elementary school

Pereira, Fábio Hoffmann 24 April 2015 (has links)
A pesquisa aqui apresentada é resultado de trabalho de investigação qualitativa que teve como objetivos principais compreender como alunos e alunas configuram seu ofício de aluno, em quais aspectos esta construção é mais simples ou mais complexa e difícil para as crianças, além de discutir em quais aspectos a configuração do ofício de aluno é semelhante ou diferente para meninos e para meninas. Com base principalmente em três eixos teóricos o conceito de configuração, definido por Norbert Elias, os referenciais teóricos e metodológicos fundamentados nos estudos das Relações de Gênero e os referenciais teóricos e metodológicos da Sociologia da Infância o trabalho de campo foi desenvolvido ao longo de um ano, acompanhando uma turma do segundo ano do ensino fundamental em uma escola pública da rede municipal de ensino da Cidade de São Paulo. As análises concentraram-se em três dos aspectos observados: relação da professora da turma e sua organização da aula com os meninos e as meninas, as relações dos alunos e das alunas com o espaço da sala de aula e com os materiais escolares e as relações entre pares. Quanto ao gênero, uma maior competição entre as meninas pareceu levá-las a um esforço maior para cumprir seu ofício de aluno de uma maneira que respondesse à escola como aquele aluno que tem boa compreensão dos conteúdos ensinados. Já os meninos pareciam conseguir equilibrar melhor os aspectos da conversa e da bagunça com a apresentação das tarefas e o aprendizado satisfatório. Os meninos e as meninas percebidas como maus e más alunas também demonstraram peculiaridades interessantes de transgressão e, ao mesmo tempo, de muita consciência de como deve ser um aluno na escola. As conclusões destas análises evidenciam que em nenhum momento as crianças são passivas no aprendizado de seu ofício como aluno, pelo contrário, os três aspectos da análise apresentados mostraram-se imbricados e carregados tanto de reproduções quanto de interpretações ativas das crianças em relação às regras, às rotinas, aos usos de objetos, à amizade, à ajuda mútua, dentre outros aspectos. / The research presented here is the result of a qualitative survey whose main objectives were: to understand how boys and girls perform the occupation of a student, to know in which aspects this construction is simpler and more complex and difficult for children, and to discuss about which aspects the configuring of the student occupation is similar or different for boys and girls. Mainly based on three theoretical axes the concept of configuration, defined by Norbert Elias, the theoretical and methodological framework based on Gender Relations studies and the theoretical and methodological framework of sociology of childhood the fieldwork was developed over one year, surveying a class in the second year of primary education from a public school in the city of São Paulo. The analysis focused on the following three aspects: the relationship between the teacher and the female and male students and her class organization, the relations that boys and girls maintained with the classroom space and school supplies and the relationships among peers. As to gender, a greater competition among girls seemed to lead them to greater efforts to perform their occupation as a student, in a way to respond to the school as a student who has an excellent understanding of the content taught. Regarding the boys, they seemed to get a better balance between chatting and mess and the fulfillment of tasks and satisfactory learning. Boys and girls perceived as bad students also demonstrated interesting peculiarities concerning transgression and, at the same time, they had a lot of awareness on how a student is supposed to behave at school. The conclusions of these analyses show that at no time the children are passive in learning their student occupation, on the contrary, the three aspects of this analysis proved to be intermingled, presenting both reproductions and active interpretations of the children in relation to the rules, the routines, the uses of objects, friendship, mutual aid, among other things.
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Raça, infância e escola: etnografia entre crianças em uma escola municipal de São Paulo / Race, childhood and school: etnography between children in a public school of São Paulo

Karina Fasson 14 December 2017 (has links)
A presente pesquisa tem como objeto de estudo as relações raciais na infância no ambiente escolar, e como pano de fundo o contexto de mudanças político-institucionais observadas no Brasil a partir de 2003, com a promoção da igualdade racial e combate ao racismo. Nesse sentido, a pergunta de pesquisa colocada foi: como são construídas as relações raciais entre as crianças em um ambiente escolar que assume a existência de racismo e desigualdade racial no Brasil? A etnografia foi empregada como metodologia, tal como presente nos estudos sociais da infância, e complementada por perspectivas clássicas e estudos no ambiente escolar. Envolveu estratégias e procedimentos que incluíram a entrada em campo e aceitação, coleta de informações por meio de observação e interações, escrita constante de notas de campo e posterior elaboração de descrições detalhadas, interpretações e teorizações a partir dos dados. A pesquisa foi realizada em uma escola da rede municipal de São Paulo, onde foi acompanhado o cotidiano de uma turma de quarto ano, dentro e fora da sala de aula, durante o ano letivo de 2016. Por meio da observação das relações entre as crianças, foi possível compreender aspectos referentes às atitudes e aos comportamentos raciais (preconceito e discriminação racial, respectivamente). Como resultado, em relação às atitudes, temos que as preferências estéticas das crianças estavam relacionadas ao fenótipo branco, tido como o padrão, o que ficava evidente inclusive pela maneira com que algumas crianças negras se retratavam. Apesar disso, era possível notar contrapontos a esse padrão. Em relação aos comportamentos, destacam-se as ofensas verbais entre as crianças, que revelam características do tratamento dado à questão racial: (1) as crianças que sofrem com práticas racistas costumam denunciar tais atos para um adulto responsável, não se calando (diferentemente do que foi visto em estudos anteriores); (2) as crianças têm percepção de que é errado ofender colegas com palavras ligadas à cor/raça; (3) o insulto racial não é visto enquanto um tipo específico de discriminação, mas colocado juntamente com outros problemas de violência entre pares da infância/ adolescência: é denominado genericamente enquanto bullying pelas crianças e também pelos adultos na escola; (4) as ofensas em tom de brincadeira caracterizam boa parte das ocorrências de discriminação racial entre as crianças, denotando ambivalência da prática. Por fim, aponta-se a importância da inclusão da infância na agenda dos estudos sociológicos sobre relações raciais, dado seu potencial para explicação do limite na redução de desigualdades raciais na educação, como também para reflexões sobre o que ocorre na vida adulta e para que se reflita sobre as políticas de Estado que visam combater a discriminação e a desigualdade racial no Brasil. / The present study has the study of racial relations in childhood in the school environment as its object, and as a background the context of political and institutional changes observed in Brazil since 2003, with the promotion of racial equality and the fight against racism. In this sense, the research question was: how are racial relations constructed among children in a school environment that assumes the existence of racism and racial inequality in Brazil? The methodology used was the ethnography, as presented in the social studies of childhood, and complemented by classical perspectives and studies in the school environment. This methodology involved strategies and procedures that included entry into the field and acceptance, information gathering through observation and interactions, constant writing of field notes and subsequent elaboration of detailed descriptions, interpretations and theorizations. The research was carried out in a school managed by São Paulos city, where I followed the daily life of a fourth year class, inside and outside the classroom, during the school year of 2016. Through the observation of the relationships among children, it was possible to understand aspects related to racial attitudes and behaviors (prejudice and racial discrimination, respectively). As a result, with regards to attitudes, we noticed that the aesthetic preferences of the children were related to the white phenotype, taken as the pattern, which was evident even by the way some black children portrayed themselves. Despite this, it was possible to note counterpoints to this pattern. Concerning behaviors, verbal offenses among children reveal characteristics of the treatment given to the racial issue. The following aspects stand out: (1) children who suffer racism often report such acts to a responsible adult (unlike which was seen in previous studies); (2) children have a perception that it is wrong to offend peers with words related to color/ race; (3) racial insult is not seen as a specific type of discrimination but placed alongside other peer violence problems of childhood/ adolescence: it is generally termed as bullying by children and also by adults in school; (4) playful offenses characterize most of the occurrences of racial discrimination among children, denoting ambivalence. Finally, the importance of the inclusion of childhood in the agenda of sociological studies on race relations is pointed out, considering its potential to explain the limit in the reduction of racial inequalities in education, as well as for reflections on what happens in adult life and for what to reflect on state policies aimed at combating racial discrimination and inequality in Brazil.
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Att inte vilja vara problem : social organisering och utvärdering av elever i en särskild undervisningsgrupp

Karlsson, Yvonne January 2008 (has links)
Syftet med avhandlingen är att ge en ”inifrån-beskrivning” av hur skolan organiserar verksamheten för elever i en särskild undervisningsgrupp. Vidare undersöker jag hur elever, pedagoger, föräldrar och elevernas tidigare klasslärare beskriver vad som utgör elevernas skolsvårigheter, i forskningsintervjuer. Slutligen belyser jag hur pedagogerna utvärderar elevernas skolproblem i en schemalagd utvärderingsaktivitet. Studien är baserad på ett fältarbete under ett år, i kombination med inspelningar av vardagliga aktiviteter och intervjuer med fem elever (7-12 år), pedagoger, föräldrar och f.d. klasslärare. I analyserna används en etnometodologisk ansats. Resultaten visar att den särskilda undervisningsgruppen osynliggörs och marginaliseras både centralt inom kommunen och lokalt i skolans verksamhet. Genomgående har eleverna lågt aktörskap i vardagliga skolaktiviteter. Ett annat resultat är att pedagogerna ständigt beskriver elevernas skolsvårigheter. Pedagogerna använder ett flertal vetenskapliga diskurser som uppgraderar och befäster problemidentiteter. Detta kan förklaras i ljuset av att det finns en osäkerhet om vilka elevernas problem är. Eleverna å sin sida positionerar sig som aktiva aktörer, och gör motstånd mot problemdefinitionerna. Eleverna undviker att formulera problem, nedgraderar tillskrivna problem och tar inte upp pedagogernas råd. Eleverna tar även alla chanser att tillskriva andra elever problem, på så vis positionera de sig som duktiga elever, vilket tolkas som ett sätt att upprätthålla självrespekt. Min avhandling understryker vikten av att i detalj studera elever i särskilda undervisningsgrupper och deras sociala kompetenser och aktörskap i vardagliga skolaktiviteter. Analysen pekar på att beskrivningar inte är neutrala, utan är sociala aktiviteter där identiteter, normer, social ordning, moraliska versioner och relationer, samt institutioner, etableras och görs motstånd mot. / The aim of the present doctoral thesis is to give an ”inside” description of how schools organize activities for students who do not fit into regular public education. Further, I explore how students, pedagogues, parents and former teachers account for the students’ school problems in research interviews. Finally, I investigate teachers’ assessments of students’ school problems in a scheduled daily evaluation activity. Data are drawn from a one-year ethnographic study, combined with recordings of everyday activities and interviews with five students (7-12 years), parents, pedagogues and former teachers. The analysis demonstrates that the special teaching group is made invisible and marginalized on different levels, both centrally in the municipality and in the context of local school activities. Students consistently show low participation and agency in their everyday activities. Another finding shows that pedagogues are constantly assessing students’ school problems, making this a central everyday activity. In so doing, the pedagogues also upgrade the students’ school problems, drawing on various scientific discourses. This can be explained in light of the insecurity that exists regarding what the students’ problems actually are. On the other hand, the students position themselves as active agents and resist problem definitions. The students avoid the pedagogues’ definitions, downgrading ascribed problems and reformulating them. Further, the students take all chances to attribute problems to other students. In this way, they position themselves as able students, which can be interpreted as a way of maintaining self-respect. Overall, the present findings underscore the need for detailed analysis of children’s social competence and agency in their everyday life in special teaching groups. My analysis demonstrates that descriptions are not neutral, but instead social activities in which identities, norms, social orders, moral versions, relationships and even institutions are established and resisted.
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Det dolda förhållningssättet till barns självkänsla : En studie av förskolepedagogers intryck och uppfattningar kring barns självkänsla / The hidden attitude to children's self-esteem : A study of preschool pedagogues impressions and perceptions of children's self-esteem

Berg, Lisa January 2011 (has links)
The pre-school is seen by many as the place where children get equipped for the future and the challenges there of. One of the most important aims according of the curriculum for Swedish preschools is that children get the opportunity, in interaction with the pedagogues, to develop their identity and to feel secure and satisfied with themself. Although, in the curriculum of the Swedish preschool system there is a comprehensive focus on the children’s competencies and learning, the importance that the children feel secure is not that prominent. Consequently a paradox occurs between the focus on children’s competencies and their need for care. The focus of this study is to investigate how this effects the pedagogues work with the children’s self-esteem.   The study investigates the pedagogues views on self-esteem and how they work to strengthen and develop the childrens self-esteem. A qualitative method was used, based on interviews and observations, in order to get a verified picture of the pedagogues views on the above questions. The interviews took place in a pre-school in the south part of Stockholm. The study is based on the perspective sociology of childhood.  The result shows that the pedagogues child perspective is based on the ’competent child’ where the development of the children’s self-esteem developed with confirmation of the childrens competencies and performances. The childrens self-esteem is according to the pedagogues a concept they take for granted as a ’silent perspective’, instead of something outspoken and something they discuss between one another. In conclusion, to work with children's self-esteem and to make the work as meaningful as possible, it is important that the pedagogues are aware that there are several ways to it’s development both an inner subjective and outer, which they display. The result shows that much focus is placed on developing the outer performance-based self-esteem. As a consequence little focus is laid on the emotional acknowledgment necessary for the development of the subjective or the inner self-esteem.
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Att inte vilja vara problem : social organisering och utvärdering av elever i en särskild undervisningsgrupp

Karlsson, Yvonne January 2008 (has links)
<p>Syftet med avhandlingen är att ge en ”inifrån-beskrivning” av hur skolan organiserar verksamheten för elever i en särskild undervisningsgrupp. Vidare undersöker jag hur elever, pedagoger, föräldrar och elevernas tidigare klasslärare beskriver vad som utgör elevernas skolsvårigheter, i forskningsintervjuer. Slutligen belyser jag hur pedagogerna utvärderar elevernas skolproblem i en schemalagd utvärderingsaktivitet. Studien är baserad på ett fältarbete under ett år, i kombination med inspelningar av vardagliga aktiviteter och intervjuer med fem elever (7-12 år), pedagoger, föräldrar och f.d. klasslärare. I analyserna används en etnometodologisk ansats.</p><p>Resultaten visar att den särskilda undervisningsgruppen osynliggörs och marginaliseras både centralt inom kommunen och lokalt i skolans verksamhet. Genomgående har eleverna lågt aktörskap i vardagliga skolaktiviteter. Ett annat resultat är att pedagogerna ständigt beskriver elevernas skolsvårigheter. Pedagogerna använder ett flertal vetenskapliga diskurser som uppgraderar och befäster problemidentiteter. Detta kan förklaras i ljuset av att det finns en osäkerhet om vilka elevernas problem är. Eleverna å sin sida positionerar sig som aktiva aktörer, och gör motstånd mot problemdefinitionerna. Eleverna undviker att formulera problem, nedgraderar tillskrivna problem och tar inte upp pedagogernas råd. Eleverna tar även alla chanser att tillskriva andra elever problem, på så vis positionera de sig som duktiga elever, vilket tolkas som ett sätt att upprätthålla självrespekt.</p><p>Min avhandling understryker vikten av att i detalj studera elever i särskilda undervisningsgrupper och deras sociala kompetenser och aktörskap i vardagliga skolaktiviteter. Analysen pekar på att beskrivningar inte är neutrala, utan är sociala aktiviteter där identiteter, normer, social ordning, moraliska versioner och relationer, samt institutioner, etableras och görs motstånd mot.</p> / <p>The aim of the present doctoral thesis is to give an ”inside” description of how schools organize activities for students who do not fit into regular public education. Further, I explore how students, pedagogues, parents and former teachers account for the students’ school problems in research interviews. Finally, I investigate teachers’ assessments of students’ school problems in a scheduled daily evaluation activity. Data are drawn from a one-year ethnographic study, combined with recordings of everyday activities and interviews with five students (7-12 years), parents, pedagogues and former teachers.</p><p>The analysis demonstrates that the special teaching group is made invisible and marginalized on different levels, both centrally in the municipality and in the context of local school activities. Students consistently show low participation and agency in their everyday activities. Another finding shows that pedagogues are constantly assessing students’ school problems, making this a central everyday activity. In so doing, the pedagogues also upgrade the students’ school problems, drawing on various scientific discourses. This can be explained in light of the insecurity that exists regarding what the students’ problems actually are. On the other hand, the students position themselves as active agents and resist problem definitions. The students avoid the pedagogues’ definitions, downgrading ascribed problems and reformulating them. Further, the students take all chances to attribute problems to other students. In this way, they position themselves as able students, which can be interpreted as a way of maintaining self-respect.</p><p>Overall, the present findings underscore the need for detailed analysis of children’s social competence and agency in their everyday life in special teaching groups. My analysis demonstrates that descriptions are not neutral, but instead social activities in which identities, norms, social orders, moral versions, relationships and even institutions are established and resisted.</p>
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Delaktighet i skolans vardagsarbete / Participation in the daily life in school

Elvstrand, Helene January 2009 (has links)
Avhandlingens syfte är att belysa hur delaktighet kan ta sig uttryck i skolans vardagspraktik med fokus på både social och politisk delaktighet. Utgångspunkt för studien är att delaktighet är något som görs mellan aktörerna, dvs. eleverna och pedagogerna i skolan. Förutom att studera hur delaktighet görs lyfts även elevers erfarenhet av delaktighet fram samt vilka möjligheter och hinder som finns för elevers delaktighet i skolans vardag. Studiens resultat bygger på en etnografisk studie med elever som går i år 4-5 i grundskolan. Datamaterialet består av fältanteckningar, intervjuer, teckningar och skriftliga berättelser från eleverna, vilka analyserats med hjälp av Grounded Theory. Studiens resultat visar att delaktighet görs ständigt i skolans vardagsarbete vilket innefattar processer av att få vara med i en gemenskap men också motverkas genom exempelvis exkludering. Från elevernas perspektiv är social delaktighet betydelsefull och en källa till trivsel och välbefinnande i skolan. Elevers möjlighet till politisk delaktighet är begränsad framförallt i relation till vad elever kan ha inflytande över men även utifrån vilka som är delaktiga. Då formen för politisk delaktighet framförallt sker genom att elever inflytandeförhandlar dvs. på olika individualiserade sätt tar sig inflytande, blir följden att vissa elever upplever stor delaktighet medan andra är utestängda från beslutsfattande. Studien visar också att elevers sociala och politiska delaktighet är sammanlänkade då elever som är delaktiga i en kamratgemenskap också har större möjlighet att göra sin röst hörd i klassrummet och utöva politisk delaktighet.

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