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O Beethoven de Wagner em O Nascimento da Tragédia de Nietzsche / The Beethoven of Wagner in The Birth of Tragedy NietzscheOliveira, Sidnei de [UNIFESP] 25 March 2013 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2013-03-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Esta Dissertação tem como objetivo mostrar a recepção do Beethoven de Wagner na obra de
Nietzsche, mais precisamente em seu livro O Nascimento da Tragédia. Wagner tenta explicar
aos alemães as razões de Beethoven figurar no mesmo patamar de Goethe e Schiller, Wagner
utiliza-se de uma exposição do homem e do gênio Beethoven para chegar a esta conclusão. A
partir de uma breve análise da Nona Sinfonia podemos perceber porque esta obra foi tão
importante para Wagner dar sequência em seu drama musical, e justamente nesta junção que
houve da palavra com a música na composição de Beethoven é que Nietzsche vê a
importância destes dois compositores alemães, utilizando-os para sua primeira obra. Em
resumo, mostraremos a apropriação que Nietzsche realiza não apenas do texto Beethoven, mas
de Wagner e de Schopenhauer para explicar a questão musical no Nascimento da Tragédia. / This dissertation aims to show the reception of Wagner’s Beethoven in the work of Nietzsche,
more precisely in his book The Birth of Tragedy. Wagner tries to explain the reasons for the
Germans Beethoven appear at the same level of Goethe and Schiller, Wagner uses an
exposure of Beethoven as a man and as a genius to reach this conclusion. From a brief
analysis of Beethoven’s Ninth Symphony we can see why this work was so important for
Wagner to give sequence to his musical drama, and precisely at this juncture between word
and music in Beethoven’s composition Nietzsche sees the importance of these two German
composers, using them for his first work. In summary, we will show the appropriation that
Nietzsche performs not only of Beethoven, but of Wagner and Schopenhauer to explain the
musical issue in The Birth of Tragedy.
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La tentation inavouée : licence et subversion dans la tragédie française (1615-1640)Mascarenhas, Paula Schild January 2012 (has links)
Cette thèse analyse le théâtre français du XVIIème siècle, entre 1615 et 1640 environ, du point de vue de la représentation du désir et de ses conséquences internes et externes dans les pièces. La période comprise entre la fin des Guerres de Religion et la fin du règne de Louis XIII a été marquée par la fréquentation d'une société blessée par les guerres civiles avec le pouvoir de plus en plus fort de l'Église, qui essayait de combattre les effets néfastes de cette guerre sur la foi chrétienne par la censure et par l'austérité. En même temps, le pouvoir royal se durcissait lui aussi, et commeçait à bâtir les piliers de la monarchie absolue. Une société troublée et contrôlée, une cour dont les pratiques contredisaient les discours et un pouvoir central de plus en plus autoritaire : voilà le contexte dans lequel se développe une littérature contestataire et subversive. La licence, l'arme utilisée par les artistes pour se battre contre l‟autorité, s'est montrée d'abord dans la poésie, par les facilités des éditions anonymes, mais – voilà ma thèse – elle a bientôt atteint le théâtre, où, par l'impossibilité de cacher l'auteur, les mécanismes de protection sont devenus plus subtils et plus ambigus. Par la représentation du désir, surtout dans les personnages féminins, les dramaturges de l'époque ont osé ne pas être d'accord avec les règles imposées par l'Église et par la Monarchie. Et ils l'ont fait en privilégiant l'individuel sur le collectif, en établissant, dans une taxinomie occulte, les aspirations humaines comme prioritaires, comme le contrepoint nécessaire aux conduites sociales imposées par n‟importe quelle autorité, bien que dans cette confrontation l'individu soit assez souvent anéanti par l'État. Quand l'humain est détruit cependant, les forces coercitives perdent leur objet et dès lors leur raison d'être. L'État était lui aussi anéanti dans cette confrontation. Dans ce travail on analyse des pièces de quatre auteurs , Alexandre Hardy, Théophile de Viau, Jean Mairet et Pierre Corneille, dans lesquelles il est possible d‟associer le discours du désir à une intention d‟insoumission, de rébellion ou de contestation du pouvoir établi. La thèse révèle la stratégie utilisée par les dramaturges et dévoile aussi une face occulte du théâtre du XVIIème siècle en France. Une face plus humaine, plus polémique et moins solenelle que l‟histoire littéraire a couramment fait croire. / A presente tese analisa o teatro francês do início do século XVII, aproximadamente entre 1615 e 1640, do ponto de vista da representação do desejo e de suas consequências internas e externas nas peças. O período compreendido entre o fim das guerras de religião e o término do reinado de Luís XIII foi marcado pela convivência de uma sociedade atingida pela guerra civil com o poder cada vez mais forte da Igreja, que tentava combater os efeitos nefastos dessa guerra sobre a fé cristã através da censura e da austeridade. Ao mesmo tempo, o Poder Real também se endurecia, dando início à construção da monarquia absoluta. Uma sociedade conturbada e controlada, uma corte cujas práticas afrontavam os discursos e um poder central cada vez mais autoritário: este é o contexto em que se desenvolve uma literatura contestatária e subversiva. A licenciosidade, arma utilizada pelos artistas para contraporem-se à autoridade, mostrou-se inicialmente na poesia, pela facilidade das edições anônimas, mas - esta é a tese que defendo - logo alcançou o teatro, onde, pela impossibilidade de esconder-se o autor, os mecanismos de proteção tornaram-se mais sutis e ambíguos. Pela representação do desejo, especialmente nas personagens femininas, os dramaturgos da época ousaram discordar das regras impostas pela Igreja e pela Monarquia. E fizeram isso privilegiando o individual sobre o coletivo, estabelecendo, numa taxinomia oculta, as aspirações humanas como prioritárias, como o contraponto necessário às condutas sociais impostas por qualquer autoridade, ainda que desse confronto, não raras vezes o indivíduo fosse aniquilado pelo Estado. Ao ser destruído o humano, porém, as forças coercitivas perdiam seu objeto e, logo, sua razão de ser. O Estado também se aniquilava no confronto. Neste trabalho são analisadas obras de quatro autores, Alexandre Hardy, Théophile de Viau, Jean Mairet e Pierre Corneille, nas quais se pode associar o discurso do desejo a uma intenção de insubmissão, de rebeldia ou de contestação do poder estabelecido. Além de desvelar a estratégia utilizada pelos dramaturgos, a tese também dá a conhecer uma face oculta do teatro do século XVII na França. Uma face mais humana, mais polêmica e menos solene do que a história literária tem feito crer.
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A poética do sublime na teoria da tragédia de Friedrich Schiller / Poetics of the sublime in Friedrich Schillers theory of tragedyGuilherme Ronan de Souza Elias Ferreira 28 May 2012 (has links)
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Em sua breve carreira filosófica, o poeta e dramaturgo alemão Friedrich Schiller (1759-1805) se apropriou do conceito kantiano do sublime, identificando-o ao trágico e à tragédia, manifestação artística que seria genuinamente regulada por princípios estéticos daquela ordem. Deste modo, buscamos neste trabalho relacionar o caráter subjetivo da experiência do sublime com as suas implicações de ordem prática para a arquitetura da tragédia, em especial as que dizem respeito à estrutura ideal do drama, intimamente vinculada à sua finalidade, que é a efetivação do efeito estético que lhe cabe por definição. Se, por uma via, o pensamento de Schiller caminha em direção ao desenvolvimento de uma concepção do trágico a partir de um dos conceitos fundamentais da estética moderna, por outra ele permanece atrelado à tradição aristotélica quando se concentra no estudo da tragédia enquanto gênero literário e busca por meio deste estudo estabelecer regras para a citação dramatúrgica. Assim, Schiller constrói uma poética do sublime, um programa de arte que inaugura um debate importante sobre o fenômeno do trágico na filosofia alemã. Mas, como pretendemos defender, é justamente a concepção do trágico forjada a partir de uma interpretação acentuadamente moral do sublime que torna o conteúdo de sua teoria da tragédia problemático, embora tal teoria seja a resposta encontrada por Schiller para perguntas ainda pertinentes. Afinal, por que nos entretêm assuntos trágicos? / In his brief philosophical career, the German poet and playwright Friedrich Schiller (1759-1805) appropriated the Kantian concept of the sublime and he indentified it to the tragedy and to the concept of tragic. Tragedy would be genuinely regulated by those kind of aesthetic principles. Thus, this study sought to relate the subjective character of the experience of the sublime with his practical implications for the architecture of the tragedy, especially those concerning the ideal dramatic structure. If, on a road, Schiller's thought walks toward the development of a conception of the concept of tragic from concepts of modern Aesthetics, for another it remains tied to the Aristotelian tradition when it focuses on the study of tragedy as a literary genre. So, Schiller builds a sublime's poetics, an art program that opens an important debate about the tragic phenomenon in German philosophy. But, as we intend to uphold, the concept of tragic forged from a moral interpretation of the sublime becomes problematic Schiller's theory of tragedy. Although, this theory has relevant questions: Why we like tragic issues?
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Vozes femininas : a polifonia arquetípica em Florbela EspancaBomfim, Renata Oliveira 21 August 2009 (has links)
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Dissertacao Renata Bomfim.pdf: 608666 bytes, checksum: bcfc858cd2500d68a0b0378e05f06adb (MD5) / Propõe reflexões acerca das vozes sociais e arquetípicas presentes nos livros de soneto Livro de Mágoas (1919), Livro de Sóror Saudade (1921), Charneca em Flor (1930) e Reliquiae (1931), da poeta portuguesa Florbela Espanca. Para tal utilizam-se como arcabouços teóricos básicos, as obras de Mikhail Bakhtin, especialmente os conceitos de dialogismo e polifonia, e de Carl Gustav Jung, os conceitos de arquétipos e inconsciente coletivo. A poética de Florbela Espanca é polifônica por abarcar uma multiplicidade de vozes sociais e seus respectivos discursos, ela é também arquetípica, pois reproduz experiências que extrapolam o âmbito pessoal, encontrando ressonância no coletivo de diferentes épocas. Dentre estas vozes arquetípicas femininas expressas na sua poesia, analisa-se as de Lilith, Eva e Maria, por abarcarem aspectos como a sensualidade, o erotismo, a aspiração sacerdotal e virginal, a dor, a angústia, o desejo, o sonho e a vaidade, temas que refletem certos desejos de fazer dialogar dicotomias, termos opostos que, em uma sociedade patriarcal não conseguem alcançar expressão plena. A dificuldade de realização profissional e pessoal da mulher numa sociedade tradicional e falocrata como a do primeiro quartel do século XX, no caso de Florbela é, possivelmente, a geradora de uma angústia tal na poeta que levou-a ao suicídio, destino interpretado como “tragédia moderna” aos moldes raymondianos. A dificuldade de enquadramento do feminino na ordem patriarcal do mundo, é poeticamente trabalhada por Florbela que responde com um texto marcado pela inquietação, pela busca e pela arrância, e encontra na utopia de Fredric Jameson, um caminho de expressão, a partir da denúncia do paradigma exaurido da dualidade, demonstrado pelo desejo de infinito e de integração com a natureza. A crítica literária Maria Lúcia Dal Farra é o aporte fundamental no que diz respeito à obra e a vida de Florbela Espanca, e outros autores auxiliarão na construção dessa pesquisa “mosaico” que objetiva ser interdisciplinar. / This research proposes some reflections regarding de social voices and perfect models present in the sonnet books Livro de Mágoas (1919), Livro de Sóror Saudade (1921), Charneca em Flor (1930) e Reliquiae (1931), from the Portuguese poetess Florbela Espanca. Therefore we will use as basic theoretical mark, the works of Mikhail Bakthin, specially the concepts of dialogism and polyphony, and of Carl Gustav Jung, the concepts of perfect models and collective unconscious. The poetic of Florbela Espanca is polyphony because it embraces a multiplicity of social voices and its respective speeches, she is also a perfect model, because she reproduces experiences that go beyond the personal ambit, finding resonance in t e collective of different times. Among those perfect models feminine voices expressed into her poetry, we will analyze those of Lilith, Eva and Mary. This representations embrace aspects such as the sensuality, the eroticism, the clerical and virginal aspirations, the pain, the anxiety, the desire and the vanity, themes that reflect certain desires of making dialectics dialog, we have opposites that, in a father based society can’t reach the complete expression. The hardship of professional and personal realization of a woman in a traditional society like the one in the first quarter of the 20th century, in that case Florbela, was generated from a anxiety in the poetess that drove her to suicide, fate that we interpreter as “modern tragedy”, in the raymondian framework. The difficulties found by woman in a patriarchal
world, is poetically worked by Florbela that respond with a text marked by the uneasiness, by the search and by wish of finding, in the utopia of Frederic Jameson, a way of expression from the plea of the paradigm that come from duality, demonstrated by the desire of infinity and integration with nature. The literate critic, Maria Lúcia Dal Farra, will be the base fundament in what approaches the life and work of Florbela Espanca, and other authors will help in the construction of this “mosaic” research that, has as a goal to be interdisciplinary.
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Para além da Tragédia do Comum. Conflito e produção de subjetividade no capitalismo contemporâneo / Beyond the "tragedy of commons": conflict and production of the subjectivity in contemporany capitalismAlexandre Fabiano Mendes 12 March 2012 (has links)
This thesis investigates the dimensions of historical, philosophical and political concept of the common, from a problematization influenced by heterodox Marxist studies and the thought of Michel Foucault.The theoretical approach begins with an analysis of the hypothesis of the "tragedy of commons", represented by Garrett Hardin in a famous article in Science Magazine in 1968. The further development seeks to understand such a formulation from the foucauldian analysis on the art of liberal and neoliberal governing, with emphasis on the concept of biopolitical production of subjectivity. This terrain of analysis is supplemented by studies of an economic approach called "bio-economy", which seeks to weave biopolitics with an understanding of current forms of capitalist accumulation and it crisis. From a research which is directed to the terrain defined as "heterodox marxism," on seeks to study the relationship between the common and new forms of primitive accumulation, seeing how the former has increasingly appeard in this branch of critical studies. In this field, on emphasizes the concept of "primitive social and subjectivity accumulation", based on studies of Karl Marx (Grundrisse), Antonio Negri and Jason Read. The last chapter is devoted to the concept of "production of common", taking as its starting point the work of Jean-Luc Nancy, and especially the investigations of Antonio Negri and Michael Hardt. The common appears as a central concept for understanding the biopolitical production of social wealth in contemporary capitalism, and also its expropriation by new modes of accumulation. On the other hand, the common also emerges as antagonism to capital and public-private dichotomy, pointing to new ways of understanding communism. / A presente tese investiga as dimensões históricas, filosóficas e políticas do conceito de comum, a partir de uma problematização influenciada pelos estudos marxistas heterodoxos e pelo pensamento de Michel Foucault. O percurso teórico inicia com a análise da hipótese da tragédia do comum, veiculado por Garret Hardin em um famoso artigo na Revista Science, em 1968. O desenvolvimento posterior busca compreender tal formulação a partir das análises foucaultianas sobre a arte de governar liberal e ngeoliberal, com ênfase nos conceitos de biopolítica e produção de subjetividade. Esse campo de análise é preenchido por estudos da corrente denominada bioeconomia, que busca entrelaçar a biopolítica com a compreensão das atuais formas de crise e acumulação capitalistas. A partir de uma pesquisa que se direciona para o campo definido como marxismo heterodoxo, busca-se estudar a relação entre o comum e os novos modos de acumulação primitiva, percebendo como o primeiro conceito passa a ocupar progressivamente essa corrente de estudos críticos. Nesse domínio, enfatiza-se a concepção de acumulação primitiva social e de subjetividade, com base em estudos de Karl Marx (Grundrisse), Antonio Negri e Jason Read. O último capítulo é dedicado ao conceito de produção do comum, tendo como ponto de partida o trabalho de Jean-Luc-Nancy e, principalmente, as investigações de Antonio Negri e Michael Hardt. O comum aparece como conceito central para a compreensão da produção biopolítica da riqueza social no capitalismo contemporâneo, e também sua expropriação por novos modos de acumulação. Por outro lado, o comum também emerge como antagonismo ao capital e à dicotomia público-privado, apontando para novas formas de compreender o comunismo.
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Cicatrizes de leitura: um aparte do peso do conhecimento em Fausto de Fernando Pessoa / Scars of lecture: the apart of bruden of knowledge in Faust of Fernando PessoaÉrika Rodrigues Corrêa 30 March 2012 (has links)
A presente dissertação toma como propósito compreender de que forma a ideia do peso do conhecimento é apresentada no Fausto de Fernando Pessoa. A expressão peso do conhecimento, cunhada pelo filósofo Stanley Cavell, surge como forma de apresentação da tragédia na modernidade. O Fausto de Fernando Pessoa, mediante a sua queda na mente, relata, no encontro com a Morte, a figuração máxima de todo e qualquer conhecimento; a afetação trágica que o consome. Esse trabalho, portanto, inaugura a perspectiva que visa explorar, como forma de compreensão da obra pessoana, a ideia de que a tragédia moderna é o peso do conhecimento. E, ao mesmo tempo, sustenta a hipótese de que o peso do conhecimento pressupõe o reconhecimento de que toda vida do conhecedor termina num tipo de tragédia shakespeariana. Assim, a obra de Fernando Pessoa se apropria de uma longa tradição que se inicia com Hamlet e, com ela, delineia, a partir do problema do peso do conhecimento, a teatralidade da escrita dos versos de Fausto, cuja apresentação do dilema entre a Vida e o Conhecimento pressupõe a cena imediata de uma figura, Fausto (ou Hamlet / The present thesis proposes to comprehend how the idea of burden of knowledge is presented in Fernando Pessoas Faust. The expression burden of knowledge by philosopher Stanley Cavell arises as a way of presenting tragedy in modernity. Fernando Pessoas Faust, due to the fall inside his mind, narrates, during his encounter with death, the most emblematic figure of all possible knowledge, a tragic affectation that has consumed him. The present work, therefore, launches the perspective that aims to explore, as a mean of understanding Pessoas literary work, the idea that modern tragedy is the burden of knowledge. Also, at the same time, it sustains the hypothesis that the burden of knowledge presumes the recognition that the knowers life ends up in some sort of Shakespeares tragedy. Thus, Fernando Pessoas work borrows a long tradition that has begun with Hamlet and with it, based on the question of the burden of knowledge, he outlines the theatricality found in Fausts verses, which presentation of the dilemma between Life and Knowledge presumes the immediate scene of a figure, Faust (or Hamlet)
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As Bacantes de Eurípides: um olhar mítico-social de barbárie e civilização / Euripides' Bacchae: a mythic-social look of barbarism and civilizationTatiana Bernacci Sanchez 27 March 2012 (has links)
A tragédia grega As bacantes, de Eurípides, considerada de grande relevância, não apenas literária e teatral, mas, sobretudo, histórica e política, é analisada, nesta dissertação, sob o viés mítico-social, observando-se os diálogos que o poeta estabelece entre um aspecto do passado mítico de sua cultura e seu próprio tempo. Para tal, apresenta-se uma pesquisa acerca do momento histórico da tragédia grega, abordando seu intrínseco valor político, discussões teóricas a respeito de suas características, suas origens, os três principais tragediógrafos e sua recepção, bem como um olhar específico sobre Eurípides e seu legado. Na obra de arte em questão, ressaltamos, em especial, a relação entre as personagens Dioniso e Penteu, como indicadoras dos debates acerca do que se considera civilizado, selvagem ou bárbaro. A esse respeito, verificamos, ainda, pelo lugar de cultura tradicionalmente ocupado por Apolo, em também tradicional oposição a Dioniso, diferentes considerações sobre civilizado, selvagem e bárbaro, bem como a indissociabilidade entre barbárie e civilização, podendo ser balizados conforme valores políticos preponderantes. Tal indissociabilidade consiste na coexistência de elementos de barbárie e de civilização tanto em Dioniso quanto em Apolo, tomados como parâmetros arquetípicos dentro de uma sociedade / Euripides Greek tragedy Bacchae, highly praised for its relevance not only literary and theatrical, but specifically historical and political is analyzed throughout this thesis with a mythic-social idiosyncrasy, by perceiving the inter-established dialogs between the aspect of the poet's own cultural mythic past and his living epoch. Thus, presented is a research about Greeks tragedy historical moment, its intrinsic political value and theoretical discussions upon its characteristics, origins, its three most important play writers and its reception, as well as a specific examination over Euripides and his legacy. In the selected work of art we have mainly observed the relationship between the characters of Dionysos and Pentheus, as debate gauges around what is considered to be civilized, wild or barbaric. In this regard, we uphold, through the position of culture traditionally occupied by Apolo, in traditional as well opposition to Dionysos, different considerations about civilized, wild and barbaric, as well as the indissoluble connection between barbarism and civilization, concepts that can be delimited according to ruling political values. Such inseparable connection consists in the coexistence of barbaric and civilized elements, both in Dionysos as in Apolo, taken after archetypal parameters within a society
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O Menino e o Céu : o trágico no teatro para a infância e juventude.Lana, Wanderson Alex Moreira de 25 August 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-08-25 / A Dramaturgia para infância e juventude produzida pelos dramaturgos da Companhia de Teatro Faces, da cidade de Primavera do Leste-MT, apresenta a tragédia como proposta para trabalhar os diversos assuntos presentes no universo infantil e juvenil, privilegiando a perda, a decepção e a morte. O processo de construção poética de “O menino e o céu” (2009), premiado espetáculo da Companhia Teatro Faces, será a referência para a reflexão sobre o trágico na infância. Peter Szondi (2004), Maria Lúcia de Souza de Barros Pupo (1991) apoiam a discussão. / Childhood and youth oriented dramaturgy produced by the dramatists of the Teatro Faces Company, from the city of Primavera do Leste/MT, presents tragedy as a proposal to confront various topics present in the universes of both children and teenagers. This dramaturgy prioritizes loss, deception, and death. The process of poetic construction of “O menino e o céu” (2009), the award winning play from the Teatro Faces Company, will be a reference for further thinking and reflection about tragedy in childhood. Peter Szondi (2004), Maria Lúcia de Souza de Barros Pupo (1991) will be referenced throughout this work.
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OTELO O MOURO DE VENEZA, DE SHAKESPEARE: CRÍTICA E TRADUÇÃO LITERÁRIA / OTHELLO, THE MOOR OF VENICE, BY SHAKESPEARE: LITERARY CRITICISM AND TRANSLATIONTavares, Enéias Farias 19 February 2007 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The play Othello - The moor of Venice by Shakespeare has had several translations in Brazil.
Some of the translators are Onestaldo of Pennafort, Carlos Alberto Nunes, Barbara Heliodora
and Beatriz Viegas-Faria. While Pennafort, Nunes and Heliodora translated the play using a
ten-syllable verse, Viégas-Faria translated the tragedy in prose. The aim of this study is to
analyze the reviews and the translations of the play in order to think about new possibilities of
poetic translation of this Shakespearean play. This master's thesis, entitled "Othello The
moor of Venice: Literary Criticism and Translation", is divided in five chapters. In the first
chapter, "Sources and influences of the play", the main themes used by Shakespeare to
compose his tragedy such as the medieval moralities; the Italian tale by Cinthio; the Italian
characters of the Commedia Dell'Arte and the Elizabethan/Jacobean idea about the moors are
analyzed. In the second, "Othello criticism: a study of the characters in the tragedy", a
discussion based on the opinion of the main reviewers of the play is proposed. In the third
chapter, "The psychological change in the discourse of the protagonist of Othello", the focus
is on the changes that the protagonist's language goes through as his suspicion develops. In
the fourth chapter, entitled "Between the Shakespearean prose and verse: Brazilian
translations of Othello", the history of the play in Brazil is presented through the discussion of
the four translations of it made into Portuguese. In the last chapter, "A new poetic translation
of Othello - The moor of Venice: among the tragic, the comic and the lyric", the poetical and
sonorous choices of metrics used in this new translation are described. Also the results of this
translation, in which the thematic and stylistic variations of the tragedy become clear, are
presented. Finally, there are four appendices to complement this work. In appendix A, there
is important information on Shakespeare's play; in appendix B, my translation of the Cinthio's
tale, used by Shakespeare to compose his drama, is presented; in Appendix C, there are
images of the period in which Othello was written and pictures of some actors that played
different roles in the tragedy. Finally, in appendix D, the first translation made by me of
Othello The moor of Venice is presented. / No Brasil, Otelo o mouro de Veneza já foi traduzido diversas vezes. Entre os tradutores, encontram-se Onestaldo de Pennafort, Carlos Alberto Nunes, Barbara Heliodora e Beatriz
Viégas-Faria. Enquanto os três primeiros traduziram a peça em verso decassílabo, correspondente métrico do pentâmetro iâmbico shakespeariano, a última traduziu a tragédia
em prosa. O objetivo deste trabalho, que visa à obtenção do título de mestre, é estudar a crítica e as traduções da peça como auxílio a uma nova tradução versificada do texto de
Shakespeare. Esta dissertação de mestrado, intitulada Otelo O mouro de Veneza, de Shakespeare: Crítica e Tradução Literária , está dividida em cinco capítulos. No primeiro, Fontes e influências da peça , tratei dos principais temas usados por Shakespeare ao compor sua tragédia: as moralidades medievais; o conto italiano de Cinthio; as personagens tipificadas da commedia dell arte italiana e a visão elisabetana/jacobina sobre os mouros. No segundo, A crítica de Otelo: um estudo das personagens da tragédia , busquei uma discussão fundamentada nas principais opiniões críticas sobre o drama. No terceiro capítulo, A
variação psicológica no discurso da protagonista de Otelo , comentei a transformação que as falas da personagem sofrem no decorrer do aprofundamento de sua suspeita. No quarto
capítulo, intitulado Entre a prosa e o verso de Shakespeare: traduções brasileiras de Otelo , aludi ao histórico da peça no Brasil fazendo referência a quatro das traduções feitas para o
português brasileiro. No último capítulo, Uma nova tradução poética de Otelo O mouro de Veneza: entre o trágico, o cômico e o lírico , descrevo as escolhas métricas e sonoras
buscadas nessa nova tradução e apresento alguns resultados deste trabalho de tradução, em que as variações temáticas e estilísticas da tragédia se fizeram presentes, recriadas, nesta nova tradução. Finaliza o trabalho, no Apêndice D, a primeira versão desta nova tradução de Otelo O mouro de Veneza, de Shakespeare.
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VÍCIOS E PECADOS EM AS VIRTUDES DA CASATrindade, Matusa Mendes da 06 March 2012 (has links)
This thesis aims to analyze the novel As virtudes da casa of writer Gaucho Luiz
Antonio de Assis Brazil, listing its theme with the tragic work Agamêmnon of Ésquilo.
The tragic effect is noticeable in the narrative, although the work studied is not a
tragedy but a tragic romance with components, as if objectively demonstrate. Note
that in the work of Assis Brazil the main character is a woman, Micaela, which breaks
with the current diegéticos standards to perform their intimate desires and their
passions. As demand is shown, this break animates the tragic components of plot. / Esta dissertação tem por objetivo analisar o romance As virtudes da casa, do
escritor gaúcho Luiz Antonio de Assis Brasil, relacionando sua temática com a obra
trágica Agamêmnon, de Ésquilo. O efeito trágico é perceptível na narrativa, embora
a obra estudada não seja uma tragédia e sim um romance com componentes
trágicos, como se objetiva demonstrar. Ressalte-se que no texto de Assis Brasil a
personagem principal é uma mulher, Micaela, que rompe com os padrões diegéticos
vigentes para realizar os seus desejos íntimos e as suas paixões. Como procura se
demonstrar, essa ruptura anima os componentes trágicos do enredo.
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