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"Adolescentes que vivem na rua: um estudo sobre a vulnerabilidade ao HIV/aids relacionada à droga, à prostituição e à violência" / Adolescents who live on the streets: vulnerability to HIV/AIDS related to drugs, prostitution and violence

Eliane Lima Guerra Nunes 25 February 2005 (has links)
O estudo investigou qualitativamente a vulnerabilidade às DSTs e ao HIV/aids em adolescentes que vivem na rua e estão envolvidas com a prostituição juvenil, com o uso de drogas e com a violência.Foram atendidas sete adolescentes, em entrevistas abertas e semi-dirigidas, apresentadas em bola de neve por informantes chaves.Observou-se que alguns dos motivos que levaram à prostituição dizem respeito à violência na família, a curiosidade em relação à rua, a afirmação de sua sexualidade, ao abuso de drogas e a precária situação econômica de suas famílias. Todos esses fatores associados aumentaram a sua vulnerabilidade e as distanciaram dos programas de saúde existentes. Assim, faz-se necessário a criação de estratégias que visem a busca ativa e a inserção de cada uma delas, respeitando cada singularidade / This quantitative study investigated vulnerability to HIV/AIDS among adolescents who live on the streets and are involved in prostituition, drugs and violence. A total of seven respondents were recruited using key informants and snowball sampling, and data was collected through semi-structured interviews. The findings highlighted that domestic violence, curiosity, assertion of sexuality, drug abuse and deprived socio-economic conditions of families were among the factors increasedindividuals vulnerability and prevent them from using existing health programmes. Hence, there is a need for strategies involving outreach work and that take into account individuals singularities
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Mulheres em situação de violência doméstica : o ponto de vista dos profissionais de Unidades Básicas de Saúde

Leite, Alessandra de Cássia 29 February 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:48:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 4305.pdf: 2120950 bytes, checksum: 959d202140129b116f54d9eadf3aab57 (MD5) Previous issue date: 2012-02-29 / The objective of this study was to understand the psychological and cultural meanings of health professionals of Primary Health Care (PHC) on the issue of women in situations of domestic violence served by them including their uncertainties and difficulties. We tried to interpret the views of these professionals, or their ideas, perceptions and concepts with which they work. The research consisted of Basic Health Units (BHU) of a municipality in the state of Sao Paulo. This is a qualitative study with semi-structured interviews, which contents were analyzed for their utterances expressed during these interviews. We tried to close the final number of participants for sampling by empirical and theoretical saturation. In other words, utterances (corresponding to the empirical data "raw") were analyzed, interview by interview, and were organized into categories formulated in accordance with the theoretical view of the researchers, the interruption of data collection occurred when the empirical data did not support anymore the formulation of new analytical categories and also no longer contributed to the deepening of the categories set out above, in the judgment of the researchers. The results are the 14 subjects that after transcribed, correspond to a corpus of 42,336 words. Respondents comprise a relatively heterogeneous group, with regard to trained professionals (nurses, nursing assistant, nurse, doctors, dentists and pharmacists). For each of the pre-made categories, which were translated into the proposed topics to the participants, were formulated analytical categories: themes or types of statements related to the problems surrounding the issue of women in violent situations (understanding of the phenomenon), emerged in these three Categories: About the violence, risk factors, gender issues. In pre-category themes or types of statements related to the first reception and care for women victims of violence were raised three categories: APS and violence against women, Dynamics of the reception and first aid, Notification. In the themes or types of statements related to other procedures to be undertaken in the APS and women in situations of violence fell into two categories: secondary and tertiary preventive measures and Prevention. Finally, the pre-category: themes or types of statements about the possible difficulties in personal and institutional care provided in APS appeared four: Social and psychosocial, educational difficulties, intrasectoral difficulties, and intersectoral difficulties. The work of discussion of these results was performed by means of a gender perspective. It can be concluded from the difficulty of PHC professionals in meeting the women in violent situations, and these difficulties begin to address the woman who is in this situation to the development / implementation of the plan of care. There is a need for intersectoral work of the network to approach these women and full inclusion in school curricula of the problem for society to constantly look for gender equality and so you can prepare your professionals to meet these women. The limits of the research were identified. / O objetivo deste trabalho foi compreender significações psicológicas e culturais de profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde (APS) sobre a questão das mulheres em situação de violência doméstica por eles atendidas, incluindo suas eventuais dúvidas e dificuldades. Procuramos interpretar os pontos de vista desses profissionais, ou seja, suas ideias, percepções e conceitos com que trabalham. O campo de pesquisa foi constituído por Unidades Básicas de Saúde (UBS) de um município do interior do Estado de São Paulo. Trata-se de um estudo qualitativo com entrevistas semidirigidas, cujos conteúdos foram analisados quanto às enunciações expressas durante esses depoimentos. Procurou-se fechar o número final de participantes pela técnica de amostragem por saturação empírica e teórica. Noutros termos, as enunciações (correspondentes aos dados empíricos brutos ) foram analisadas, entrevista por entrevista, e foram organizadas em categorias formuladas de acordo com a visão teórica dos pesquisadores; a interrupção da coleta de dados deu-se quando os dados empíricos não mais subsidiaram a formulação de novas categorias analíticas e também não mais contribuíram para o aprofundamento das categorias anteriormente formuladas, segundo o julgamento dos pesquisadores. Os resultados dizem respeito a entrevistas com 14 sujeitos que, depois de transcritas, corresponderam a um corpus de 42.336 palavras. Os entrevistados compõem um grupo relativamente heterogêneo quanto às formações profissionais (enfermeiros, auxiliar de enfermagem, técnico de enfermagem, médicos, odontólogos e farmacêutico). Para cada uma das pré-categorias formuladas, que foram traduzidas em questões propostas aos participantes, foram formuladas categorias analíticas. A primeira correspondeu a temas ou tipos de enunciados relacionados à problemática que envolve a questão da mulher em situação de violência (compreensão do fenômeno); nestas surgiram três categorias: Sobre a violência, Fatores de riscos, Questões de gênero. A segunda correspondeu a enunciados relacionados à recepção e aos primeiros cuidados às mulheres em situação de violência foram levantadas três categorias: APS e a violência contra mulher, Dinâmica da recepção e primeiros cuidados e Notificação. Da terceira pré-categoria, relativa a temas ou tipos de enunciados relacionados aos outros procedimentos a serem empreendidos na APS quanto às mulheres em situação de violência, emergiram duas categorias: Medidas preventivas secundárias e terciárias e Prevenção. Por fim, na pré-categoria relativa aos temas ou tipos de enunciados sobre as eventuais dificuldades pessoais e institucionais nos atendimentos realizados na APS, foram elaboradas quatro: Questões sociais e psicossociais, Dificuldades educacionais, Dificuldades intrasetoriais, Dificuldades intersetoriais. O trabalho de discussão destes resultados foi realizado por meio da perspectiva teórica de gênero. Podese concluir a dificuldade dos profissionais da APS no atendimento das mulheres em situação de violência, sendo que essas dificuldades iniciam-se na abordagem inicial da mulher que se encontra nessa situação até a elaboração/execução do plano de cuidado. Observa-se a necessidade do trabalho da rede intersetorial para a abordagem integral dessas mulheres e a inserção da problemática nos currículos escolares para que a sociedade caminhe em busca da igualdade de gênero e para que possa preparar seus profissionais para o atendimento dessas mulheres. Os limites da pesquisa foram apontados.
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Aplicação da lei Maria da Penha à luz da perspectiva gênerosensitiva: o acesso à justiça da mulher vítima de violência doméstica em João Pessoa/PB.

Bezerra, Higyna Josita Simoes de Almeida 18 April 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-07T14:27:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 3699855 bytes, checksum: 0877625a903caf0cf9ff2cb1c7ce0103 (MD5) Previous issue date: 2011-04-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Despite all the accomplishments reached by women in public services, they still are very vulnerable to domestic violence in their own place. Having the need of facing this problem, one of the ways pointed by Law was the creation of law 11.323/2006 as a way to compensate them for the suffered discrimination since the domestic violence is one of the expressions of the patriarchal power and the women´s subordination situation in society. However, the formal existence of the law does not guarantee that the victim of domestic violence have effective access to justice neither that transformations of gender hierarchical relations will occur. In the following work, we start from the hypotheses that the interpretation/application of the Maria da Penha Law in the light of the sensitive-gender perspective will make the access to justice easier to victims of domestic violence because this scope takes into consideration that this violence is a product of the gender patriarchal system and is generated by a cultural thought that establishes unequal parts of power in detriment to women, putting her in an inferior position in relation to men, being an instrument of reproduction/maintenance of male domination. The following study aims at investigating the work of criminal judges in João Pessoa court district in 2009, trying to know if law 11.340/2006 was interpreted and applied in such a way to facilitate the access to justice for women victims of domestic violence. It was done through empirical research in the 2009 sentence register books from the criminal lower courts in João Pessoa, state capital of Paraiba, with the help of a semistructured instrument of research, having come to conclusion that the decisions were made, in most of times, without having effective contribution to the right of women to have a life free of violence. By not associate the juridical field to the social one, the Judicial System ended up applying Maria da Penha Law incorporating the practical side of it and no the political one, confirming the androcentric aspect of Law and stimulating the reprivatization of the conjugal domestic conflict. / A despeito das conquistas alcançadas no espaço público, as mulheres ainda se encontram vulneráveis à violência doméstica no espaço privado. Diante da necessidade de enfrentamento dessa problemática, um dos caminhos apontados pelo Direito foi a criação da lei 11.340/2006 como forma de compensá-las pela discriminação sofrida, já que a violência doméstica é uma das expressões do poder patriarcal e da situação de subordinação da mulher na sociedade. Entretanto, apenas a existência formal da lei não garante que a vítima de violência doméstica tenha efetivo acesso à justiça, nem que haverá transformação das relações hierárquicas de gênero. No presente trabalho, parte-se da hipótese de que a interpretação/aplicação da lei Maria da Penha à luz da perspectiva gênero-sensitiva facilita o acesso à justiça da vítima de violência doméstica, porque esse enfoque leva em conta que essa violência é produto do sistema patriarcal de gênero e é gerada a partir de um construto cultural que estabelece parcelas desiguais de poder em detrimento da mulher, colocando-a em posição de inferioridade em relação ao homem, sendo instrumento de reprodução/manutenção da dominação masculina. O estudo em epígrafe se propôs a investigar a atuação dos juízes na comarca de João Pessoa/PB em 2009, com o fim de saber se a lei 11.340/2006 foi interpretada e aplicada de modo a facilitar o acesso à justiça da mulher vítima de violência doméstica, o que foi feito através de pesquisa empírica junto aos livros de registros de sentenças de 2009 das varas criminais da capital paraibana, com ajuda de instrumento semiestruturado de pesquisa, tendo-se chegado à ilação de que os julgados foram proferidos, em sua maioria, sem que houvesse efetiva contribuição com o direito das mulheres a uma vida livre de violência. Isso porque ao não vincular o campo jurídico ao campo social, o Judiciário acabou por aplicar a lei Maria da Penha incorporando o viés pragmático, e não político, dessa lei, ratificando o caráter androcêntrico do Direito e estimulando a reprivatização do conflito doméstico conjugal.
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Violência física entre parceiros íntimos na gestação: um fator de risco para depressão pós-parto? / Physical intimate partner violence in pregnancy: a risk factor for postpartum depression?

Gustavo Lobato de Azevedo 26 March 2010 (has links)
A violência entre parceiros íntimos (VPI) e a depressão pós-parto (DPP) são as temáticas principais dessa Tese. Seu objetivo principal foi investigar se a violência física entre parceiros íntimos (VFPI) é um fator de risco para DPP. Adicionalmente, a estrutura dimensional da Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) foi reavaliada, e outro estudo estimou a prevalência de DPP entre mulheres usuárias de unidades básicas de saúde na cidade do Rio de Janeiro, Brazil. As informações que subjazem esses três artigos originaram-se de um inquérito realizado em cinco UABS no Rio de Janeiro, entre janeiro e junho de 2007. Foram selecionadas aleatoriamente mulheres com até cinco meses pós-parto que estivessem aguardando por consultas pediátricas, sendo consideradas inelegíveis aquelas que não haviam vivenciado ao menos um mês de relação íntima no ciclo grávido-puerperal, cujas gestações-índice foram gemelares, ou se houvesse contra-indicação absoluta para a amamentação. Dentre 852 mulheres selecionadas, 18 (2,1%) eram inelegíveis e 23 (2,8%) recusaram-se a participar, totalizando então 811 entrevistas completas. No artigo inicial a validade dimensional da EPDS foi reavaliada através de análise fatorial exploratória (AFE) e, em seguida, análise fatorial confirmatória (AFC). Os resultados da AFC apontaram que a EPDS é mais bem definida por uma solução fatorial que inclui três fatores de primeira ordem (―stress comum‖, ―ansiedade‖ e ―depressão‖) e um fator de segunda ordem, o qual parece representar o construto depressão pós-parto. O segundo artigo mostrou uma prevalência geral estimada de DPP na população estudada de 24,3%. Contudo, houve um pico de sintomas depressivos próximo ao terceiro mês pós-parto, quando a magnitude projetada de DPP atingiu 37,5%. Ainda neste período crítico, a prevalência estimada de DPP ultrapassou 50% entre mulheres com bebês prematuros ou cujos parceiros faziam uso excessivo de álcool. Quadro ainda mais grave foi observado entre mães sem parceiros fixos ou cujos companheiros usavam drogas ilícitas ou psicotrópicas, com mais de 70% delas apresentando-se provavelmente deprimidas. Em relação ao artigo principal dessa Tese, este revelou que a VFPI é um fator de risco para DPP mesmo após essa relação ser controlada para diversas covariadas. Foi também identificada uma interação significativa entre VFPI e o uso demasiado de álcool pelos companheiros (p-valor=0,026). Entre as mulheres cujos parceiros faziam mal uso de álcool, apenas um ato de VFPI não aumentou a probabilidade de DPP (OR=0,87, IC 95% 0,25-3,03), enquanto dois ou mais eventos foram significativamente associados à DPP (OR=3,62, IC 95% 1,64-7,99). Já entre aquelas cujos companheiros não faziam mal uso de álcool, o aumento na probabilidade de DPP deu-se especialmente com a ocorrência de um episódio de VFPI (OR=2,47, IC 95% 1,31-4,66), enquanto dois ou mais episódios mostraram uma menor associação com DPP (OR=1,66, IC 95% 1,00-2,75). Em síntese, vislumbra-se que os resultados dessa Tese possam colaborar para uma melhor saúde materno-infantil em nosso meio. Conforme já discutido por outros autores, a utilização da EPDS para uma abordagem inicial dos quadros depressivos pós-natais deve ser encorajada, especialmente em situações de elevado risco psicossocial. Adicionalmente, ações que visem à prevenção da DPP devem contemplar o enfrentamento da VPI. / The intimate partner violence (IPV) and the postpartum depression (PPD) are the main themes of this Thesis, whose main purpose was to investigate whether physical intimate partner violence (PIPV) is a risk factor for postpartum depression (PPD). Additionally, a methodological study reappraised the dimensional structure of the Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS), and another descriptive study provided estimates of the prevalence of PPD among women seeking care in primary health care (PHC) settings. The information underlying these manuscripts were derived from a survey performed in five PHC units in Rio de Janeiro, between January and June 2007. The participants were randomly selected among women whose children were under five months of age and were waiting for pediatric care. Women were considered ineligible if they have not experienced at least one month of intimate relationship during pregnancy or postpartum period, whether their index pregnancies were twins, or there was an absolute contraindication for breastfeeding. Among 853 women invited to participate, 18 (2.1%) were ineligible and 23 (2.7%) refused to participate, then totalizing 811 completed interviews. In the first study the dimensional validity of the EPDS was reevaluated through exploratory factorial analysis (EFA) and, subsequently, confirmatory factor analysis (CFA). The CFA results disclosed that the EPDS is better defined by a factorial solution that includes three first-order factors (―general distress‖, ―anxiety‖ and ―depression‖) and a second-order factor, which can be interpreted as a synthesis of the construct ―postpartum depression‖. The second article shows that the estimated overall prevalence of PPD in the study population was 24.3%. However, there was a peak of depressive symptoms around the third postnatal month, when the magnitude of women probably depressed reached 37.5%. Moreover, in this critical period, the estimated prevalence of PPD was more than 50% among women with premature babies or whose partners misused alcohol. Situation even more serious was observed among mothers without steady partners or whose partners used illicit or psychotropic substances, with more than 70% of them presenting probable PPD. Finally, the principal article of this thesis showed that the PIPV is a risk factor for PPD, even after this relationship is controlled for several covariates. It was also identified a significant interaction between PIPV and misuse of alcohol by partners (p-valor=0.026). Among women whose partners misused alcohol, only one act of PIPV did not increase the likelihood of PPD (OR=0.87, IC 95% 0.25-3.03), whereas two or more events were significantly associated with PPD (OR=3.62, IC 95% 1.64-7.99). In contrast, among those women whose partners did not misuse alcohol, the likelihood of PPD increased principally after a single episode of VFPI, whereas two or more episodes showed a lower association with PPD (OR=1.66, IC 95% 1.00-2.75). As a synthesis, the results of this Thesis can contribute to improve the maternal and child health. As already discussed by other authors, the EPDS should be used in a first approach of depressive disorders after birth, especially among people presenting a high-risk psicossocial profile. In addition, actions directed to the prevention of PPD should address IPV.
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Magistrado social? : estudo sociológico do delegado de polícia nos casos de violência doméstica contra a mulher no estado do Rio Grande do Sul

Predebon Junior, Ivanir January 2014 (has links)
A crise das figuras de autoridade próprias da sociedade tradicional faz surgir outras figuras sociais de autoridade que vêm preencher o espaço deixado vago. Nesta pesquisa é proposto que o delegado de polícia é uma dessas novas figuras debruçando-se sobre sua intervenção nos casos de violência doméstica contra a mulher. É discutido sobre quais são essas novas atribuições apresentadas ao delegado e posto que tal fato é trazido e fundamentado pelo fenômeno sociológico da jurisdicionalização das demandas sociais. Também se analisa o movimento que tende a institucionalizar esses novos desafios nas funções do delegado e sobre o ponto de visão dele acerca da jurisdicionalização das demandas sociais. Por fim, faz algumas considerações sobre quais são as tendências a partir do que foi exposto. / The crisis of authority felt by traditional authority beholders, from traditional society, gives rise to other social figures of authority that come on stage to fulfill the space left vacant. This article suggests that the police chief officer is invited to perform a new role in society as one of these new figures bending his intervention in cases of domestic violence against women. It argues over what are these new powers assigned to the police chief officer, and advances a proposition that this occurs as a consequence of the increased judicialisation of social demands as a sociological phenomenon. It also examines the social trend which sets forth pressures for institutionalizing these new challenges as regular functions of the police chief officer and about the view of the police chief officer about the judicialisation of social demands. Finally, it draws some considerations about future tendencies about the sociological phenomenon exposed.
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A temática da violência na formação da enfermagem : racionalidades hegemônicas e o ensino na graduação / The theme of violence in nursing education : hegemonic rationalities and teaching in the graduation course / El tema de la violencia en la formación de la enfermería : racionalidades hegemónicas y la enseñanza en la graduación

Bonfim, Elisiane Gomes January 2015 (has links)
Neste estudo, aborda-se o ensino da temática da violência na graduação em enfermagem. O objetivo geral da tese consistiu em investigar como a temática da violência é abordada em Cursos de Bacharelado em Enfermagem das Instituições de Ensino Superior, situadas em Porto Alegre, e analisar as racionalidades subjacentes em documentos e práticas. O estudo qualitativo englobou todos os cursos de bacharelado em enfermagem, situados em Porto Alegre, que concluíram turmas, perfazendo quatro cursos. As ferramentas para a geração de dados incluíram pesquisa documental, por meio das diretrizes curriculares nacionais, dos projetos pedagógicos, de matrizes curriculares, de planos de ensino das disciplinas que abordam a violência e de entrevistas com os docentes que abordam a temática da violência na graduação em enfermagem. Os resultados demonstraram a abordagem da violência no currículo formal real, com concentração nas disciplinas voltadas para a saúde da criança, em situações nas quais a violência é discutida a partir da percepção de necessidade do docente e no currículo oculto, por meio da demanda pela vivência de situações de violência nos cenários de prática. Foi possível identificar um distanciamento entre as normativas fundantes da saúde como direito, constantes nas Diretrizes Curriculares Nacionais e que inspiram os Projetos Pedagógicos dos Cursos, e o real na implementação dos Currículos. A execução dos projetos é permeada pela racionalidade biomédica, pelo padrão empírico de conhecimento de enfermagem e com a concepção de saúde, entendida como ausência de doenças, o que, constata-se, não sustenta a complexidade de abordagens multicausais como aquelas necessárias a teorizar e gerar enfrentamentos à violência. Outra constatação é de que as competências e as habilidades, previstas para a formação, são transcritas das Diretrizes Curriculares para os Projetos Pedagógicos dos Cursos, e não se configuram em operacionalização nos Planos de Ensino. Nas ementas das disciplinas, que abordam a violência, ainda persiste o foco na doença, exceção às disciplinas de direitos humanos e às voltadas à saúde da criança, que têm por base políticas públicas. Neste contexto, novos olhares na abordagem da violência acontecem, por meio das atividades de extensão, programas e projetos, e pela inserção do tema nos grupos de pesquisa, nos quais é possível vivenciar a atuação da equipe multidisciplinar, além dos estágios obrigatórios em cenários de prática em diferentes instituições que não se limitam à saúde e que atuam considerando a saúde enquanto direito. / This study approaches the theme of teaching of violence within the nursing graduation studies. The general objective of the thesis consisted of an investigation about how the theme of violence is approached in Nursing Graduation Courses of Higher Teaching Institutions located in Porto Alegre as well as of an analysis of rationalities that are subjacent in documents and practices. The qualitative study comprised all of the graduation courses on nursing located in Porto Alegre that completed and formed classes totaling four courses. The tools for the collecting data included research on documents of the national curriculum guidelines, pedagogic projects, curriculum matrices and teaching plans of the disciplines that cover the issue of violence, as well as interviews with teachers who discuss this theme in the nursing graduation. Findings demonstrated the violence approach in the actual formal curriculum with concentration in the disciplines addressing the child´s health and in situations where violence is discussed in the perception of the teacher´s need as well as in the hidden curriculum by means of the demand due to the experience of violence situations in the practice settings. It was possible to identify a gap between the normative ruling foundations of health as a right, presented in the National Curriculum Guidelines that inspire the Pedagogic Projects of the Courses and the actual ones applied in the implementation of the Curricula. The execution of the projects is permeated by the biomedical rationality and the empiric standard of nursing knowledge besides the health conception, understood as absence of diseases, what is perceived as unable to sustain the complexity of multiple and varied approaches like those needed to theorize and to generate confrontations to violence. Another finding evidences that the competences and abilities foreseen for the nursing education are transcribed from the Curriculum Guidelines for the Pedagogic Projects of the Courses but are not outlined for their operation in the Teaching Plans. In the synopses of the disciplines that approach violence still persist the focus on disease with exception of the disciplines on human rights and those addressed to the child´s health that are founded on public policies Within this context, new glances on the violence approach occur by means of extension activities, programs and projects and by inserting the theme in research groups where it is possible to experience the performance of the multidisciplinary team besides the mandatory internship practice scenarios in different institutions that are not limited to health but that develop their activities by considering health as a right. / Este estudio aborda el tema de la enseñanza de la violencia dentro de los estudios de graduación de enfermería. El objetivo general de la tesis consistió en investigar como la temática de la violencia es abordada en Cursos de Licenciatura en Enfermería de las Instituciones de Enseñanza Superior, ubicadas en Porto Alegre, y analizar las racionalidades subyacentes en documentos y prácticas. El estudio cualitativo abarcó todos los cursos de graduación en enfermería ubicados en Porto Alegre que concluyeron y formaron grupos, totalizando cuatro cursos. Las herramientas para la generación de datos incluyeron investigación en documentos de las directrices curriculares nacionales y de proyectos pedagógicos, matrices curriculares, planes de enseñanza de las disciplinas que abordan la violencia bien como a través de entrevistas con los docentes que abordan la temática de la violencia en la graduación en enfermería. Los resultados demostraron el abordaje de la violencia en el currículo formal real, con concentración en las disciplinas dedicadas a la salud del niño y en situaciones donde la violencia es discutida desde la percepción de necesidad del docente bien como en el currículo oculto, por medio de la demanda por la vivencia de situaciones de violencia en los escenarios de práctica. Fue posible identificar un distanciamiento entre las normativas fundantes de la salud como derecho, previstas en las Directrices Curriculares Nacionales y que inspiran los Proyectos Pedagógicos de los Cursos, y lo real en la implementación de los Currículos. La ejecución de los proyectos es impregnada por la racionalidad biomédica, por el estándar empírico de conocimiento de enfermería con la concepción de salud, entendida como ausencia de enfermedades, lo que, según se constata, no sustenta la complejidad de abordajes de múltiples causas como aquellas necesarias para teorizar y generar enfrentamientos a la violencia. Otra constatación es que las competencias y habilidades previstas para la formación son transcritas de las Directrices Curriculares para los Proyectos Pedagógicos de los Cursos pero no se las encuentra configuradas en la operación de los Planes de Enseñanza. En las sinopsis de las disciplinas, que abordan la violencia, todavía persiste el foco en la enfermedad, a excepción de las disciplinas de derechos humanos y de aquellas volcadas a la salud del niño, que toman las políticas públicas como base. En este contexto, ocurren nuevas miradas en el abordaje de la violencia por medio de las actividades de extensión, programas y proyectos, así como por la inserción del tema en los grupos de pesquisa, en los cuales es posible experimentar la actuación del equipo multidisciplinario, además de las prácticas obligatorias en escenarios de práctica de diferentes instituciones que no se limitan a la salud pero que actúan considerando la salud como derecho.
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Caracterização de um modelo animal de ambiente violento precoce com efeitos duradouros sobre o desenvolvimento

Rocha, Cláudio Felipe Kolling da January 2015 (has links)
A violência e a agressividade fazem são parte integral do comportamento humano. Crianças criadas em ambientes violentos apresentam maior chance de desenvolver psicopatologias como ansiedade e depressão, apresentam menor desempenho escolar e regulação alterada do eixo de resposta ao estresse. Os mecanismos que levam a tais desfechos são complexos e difíceis de estudar em humanos. Até o presente momento, não existem modelos animais especificamente desenvolvidos para estudo do ambiente violento precoce e suas consequências. O presente trabalho objetivou o desenvolvimento e caracterização de um modelo animal para estudo do impacto do ambiente violento precoce sobre o desenvolvimento, com validade de construto, validade de face (aparente) e validade preditiva. Para tal, utilizamos o estresse social durante a lactação pela inserção de um macho intruso na caixa moradia da fêmea e sua prole por 5 minutos durante o ciclo claro nos dias 3, 5, 7 e 9 de vida pós-natal. Os desfechos avaliados para validade de face foram ansiedade juvenil e adulta, resposta ao estresse e capacidade cognitiva. Os desfechos avaliados para validade preditiva foram os efeitos da variação do comportamento maternal sobre os desfechos que conferem validade de face ao modelo. A intervenção com macho intruso teve forte impacto sobre a prole e a genitora. Houve redução do comportamento de amamentação nos 30 minutos após cada intervenção em comparação com ninhadas controles em horário semelhante. As genitoras do grupo violência apresentaram aumento da fração de corticosterona plasmática ligada a proteínas. Filhotes machos do grupo violência apresentaram redução da concentração basal de corticosterona 30-40 minutos após a segunda intervenção, perdurando na idade juvenil e adulta. A intervenção levou ao aumento do comportamento semelhante a ansiedade na idade juvenil em machos e fêmeas. Filhotes machos apresentaram aumento do comportamento semelhante à ansiedade e redução no desempenho cognitivo na idade adulta, além de redução da massa corporal ao longo de toda a vida e resposta exacerbada ao estresse psicológico repetido na idade adulta. Comportamentos maternais tidos como de qualidade (amamentação com dorso arqueado e lambida) foram frequentemente relacionados com proteção contra os efeitos do ambiente violento. Ansiedade da genitora teve correlação direta com os desfechos deletérios sobre os filhotes. Os desfechos de validação esperados foram confirmados. A Intervenção se mostrou um modelo consistente de ambiente violento precoce, com validade de construto, de face e preditiva. / Violence and aggressive behavior are part of human society from the begining. Although there are several public policies for violence control, it is still common and its consequences are present in modern society. Children raised in a violent environment have increased odds of developing psychopathology, like anxiety and depressive behavior, show decreased school performance and poor regulation of the hypothalamic-pituitary-adrenal axis. Mechanisms underlying those outcomes are complex and difficult to study in humans. Until present time, there are no animal models developed specifically for the study of early violent environment and its consequences. The aim of the present study was to develop and describe an animal model of early violent environment, with construct validity, face validity and predictive validity. We choose social stress during lactancy by the insertion of a male intruder in the dams home cage in the presence of its offspring as an intervention. A adult male rat was inserted for 5 minutes in dams home cage on post-natal days 3, 5, 7 and 9, during lights-on period. The outcomes assessed for face validity were Anxiety, stress response and cognitive performance. The outcomes assessed for predictive validity were maternal care variation and its impact on anxiety, cognitive performance and stress response regulation. The selected intervention had strong effects on the dams and offspring. Nursing behavior was decreased on the 30 minutes after each intervention. Violent environment dams displayed a shift in plasma corticosterone from the free to the bound fraction. Male pups showed decreased plasma corticosterone 30-40 minutes after the second intruder session, lasting throughout life. Male and female pups had increased juvenile anxiety. Male pups had increased anxiety, decreased cognitive performance and increased response to repeated psychological stress in adulthood. Maternal care quality was frequently associated with reduction better outcomes in the offspring. Maternal anxiety was found to be correlated to deleterious outcomes in the offspring. The intervention proved to be a consistent model of early violent environment, showing strong construct validity, face validity and predictive validity.
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Magistrado social? : estudo sociológico do delegado de polícia nos casos de violência doméstica contra a mulher no estado do Rio Grande do Sul

Predebon Junior, Ivanir January 2014 (has links)
A crise das figuras de autoridade próprias da sociedade tradicional faz surgir outras figuras sociais de autoridade que vêm preencher o espaço deixado vago. Nesta pesquisa é proposto que o delegado de polícia é uma dessas novas figuras debruçando-se sobre sua intervenção nos casos de violência doméstica contra a mulher. É discutido sobre quais são essas novas atribuições apresentadas ao delegado e posto que tal fato é trazido e fundamentado pelo fenômeno sociológico da jurisdicionalização das demandas sociais. Também se analisa o movimento que tende a institucionalizar esses novos desafios nas funções do delegado e sobre o ponto de visão dele acerca da jurisdicionalização das demandas sociais. Por fim, faz algumas considerações sobre quais são as tendências a partir do que foi exposto. / The crisis of authority felt by traditional authority beholders, from traditional society, gives rise to other social figures of authority that come on stage to fulfill the space left vacant. This article suggests that the police chief officer is invited to perform a new role in society as one of these new figures bending his intervention in cases of domestic violence against women. It argues over what are these new powers assigned to the police chief officer, and advances a proposition that this occurs as a consequence of the increased judicialisation of social demands as a sociological phenomenon. It also examines the social trend which sets forth pressures for institutionalizing these new challenges as regular functions of the police chief officer and about the view of the police chief officer about the judicialisation of social demands. Finally, it draws some considerations about future tendencies about the sociological phenomenon exposed.
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Violência doméstica contra a mulher na experiência da equipe de trabalho da 6a. delegacia em São Cristóvão - Sergipe

Cruz, Adriana do Nascimento 28 March 2014 (has links)
Violence is a severe social problem always present in mankind history that continues frightening us causing perplexities. This research objective was to analyze the understanding from the professionals of Conjunto Brigadeiro Eduardo Gomes 6th. Metropolitan Police Station, located in Sao Critovao-SE, responsible for reception of women in situation of domestic violence, highlighting the demands for new skills and the appreciation of training for the development of these activities. This research starts in the conjecture that the domestic violence is a special gender violence mode, because it maintains preserved hierarchical imprints and inequalities between men and women in many diversified places: family, labor market and social institutions. At this aspect the gender is a wider category, it comprehends not just biological sex, but the construction of differences and inequalities in social relations. This qualitative research is inspired in dialectic method for a dynamic and totalizing interpretation of reality, knowing that the facts can.t be considered out of a social, politic and economic context. It has been considered that the given reality is essentially contradictory, it shows constant transformation enabling to capture the mediations that explains the relations of the parts with the totality, by the movement of thoughts through the material history, from the movement of men and women in society, in their multiple relations, in the organization and in the contradictory way of the conflict and their determinations. The categories gender, gender violence, citizenship, human rights, public policies, professional training and competence offered the theoretical direction for the production of knowledge about cultural patterns, social structures and historical process dimensioned with domestic violence. The Research population is composed by nine police officers. However, there were interviewed three women and four men that accepted to participate in the research: 01 (one) chief of police, 01 (one) catchpoll, 04 (four) registrar and 1 (one) law trainee. Their oral speeches, personal regards about the facts, inform these subjects vision, the construction of the social group particular dynamic. The results reveals blanks in the continued formation of these professionals related with the actions turned answering to women in situation of domestic violence demands. The actions flow is still strongly oriented by values of the sexist / patriarchal culture. The police officers understanding about domestic violence frequently is reduced to physical injuries, a problem restricted to the private environment, firstly associated to the idea of power, when the possibility of will imposition, desire or project of one individual over another is emphasized. It is known that the violence isn.t limited to the use of strength, but the possibility or threat of using it builds the fundamental dimension of its nature. The democratization of social life is conditioned to the elaborations and exercise of practices referred to the social relationship. The duel against the stereotypes and the discriminatory process, as the defense of the opportunities equality and the respect to the differences isn.t a simple movement. Because the same arguments established to defend fairer relations, depending on the context and the political matter that they are inserted, they can be resignified to legitimate process of subjection and exclusion. / A violência é um grave problema social, sempre presente na história da humanidade, continua a nos assustar causando perplexidades. Esta pesquisa objetivou analisar as concepções dos/as profissionais da 6ª. Delegacia Metropolitana do Conjunto Brigadeiro Eduardo Gomes, em São Cristóvão/SE, responsáveis pelos atendimentos às mulheres em situação de violência doméstica, destacando a valorização da formação e demandas por novas competências requeridas no desenvolvimento dessas atividades. Partiu-se do pressuposto de que a violência doméstica constitui uma forma especial de violência de gênero, pois ela mantém preservados traços de hierarquias e desigualdades entre homens e mulheres nos mais diversos espaços: família, mercado de trabalho e instituições da sociedade. Nesse aspecto, o gênero é uma categoria mais ampla, compreende não apenas o sexo, mas construção das diferenças e desigualdades nas relações sociais. Esta pesquisa de cunho qualitativo se inspira no método dialético para a interpretação dinâmica e totalizante da realidade, observando que os fatos não podem ser considerados fora de um contexto social, político, econômico. Considerou-se que a realidade dada é em essência contraditória, apresenta constante transformação, possibilitando captar as mediações que explicam as relações das partes com a totalidade, pelo movimento do pensamento através da história material, do movimento de homens e mulheres na sociedade, em suas múltiplas relações, na organização e no caminho contraditório do conflito e suas determinações. As categorias gênero, violência de gênero, cidadania, direitos humanos, políticas públicas, formação profissional e competência ofereceram o norte teórico para a produção de conhecimentos sobre padrões culturais, estruturas sociais e processos históricos, dimensionados com a violência doméstica. A população da pesquisa integra nove policiais. Porém, foram entrevistados três mulheres e quatro homens, que aceitaram participar da pesquisa: 01 (um) delegado, 01 (um) agente de polícia, 04 (quatro) escrivães e 01 (uma) estagiária do curso de Direito. Os relatos orais, lembranças pessoais sobre os fatos, informam a visão desses sujeitos, a construção da dinâmica particular do grupo social. Os resultados revelam lacunas na formação continuada desses/as profissionais, com relação às ações voltadas para o atendimento às demandas das mulheres em situação de violência doméstica. As ações e encaminhamentos ainda são fortemente orientados por valores da cultura machista/patriarcal. A concepção dos/as policiais civis sobre a violência doméstica com frequência se reduz à dimensão das marcas físicas, um problema restrito ao âmbito privado, de início associada a uma ideia de poder, quando se enfatiza a possibilidade de imposição de vontade, desejo ou projeto de um ator sobre outro. Sabe-se que a violência não se limita ao uso da força física, mas a possibilidade ou ameaça de usá-la constitui dimensão fundamental de sua natureza. A democratização da vida social está condicionada à elaboração e ao exercício de práticas referidas ao relacionamento social. A luta contra os estereótipos e os processos discriminatórios, assim como a defesa da igualdade de oportunidades e o respeito às diferenças não é um movimento simples. Pois os mesmos argumentos desenvolvidos para defender relações mais justas, dependendo do contexto e do jogo político em que se inserem, podem ser ressignificados para legitimar processos de sujeição e exclusão.
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A rede de proteção e o enfrentamento à violência doméstica contra crianças e adolescentes

Brito, Inácia Batista de 31 May 2016 (has links)
The research aimed to analyze from a gender perspective, the work of Managers, Professionals and Counselors that make up the Social Protection Network for Children and Adolescents in the municipality of Itabaianinha/SE, highlighting experiences and challenges faced in the joint, structuring and preventive care actions, to extend the rights and citizenship of children and adolescents victims of domestic violence. The approach of the phenomenon domestic violence against children and adolescents is anchored in full perspective formed by processes, where reality is seen critically, historical, contradictory and dialectical. We seek to break with the idea of domestic violence can be understood only by the appearance of the facts and naturalized as a "social problem" family nature, domestic, where the State is unable to intervene. The qualitative research was conducted with the consultation of bibliographic and documentary sources, giving priority to oral sources through interviews with 14 research subjects: Representatives of Social Protection Network, one Manager of the Municipal Secretariat of Social Assistance, one Manager of the Municipal Department of Education, (01) Manager of the Municipal Department of Health, onr Tutor Counselor, one Representative of the Municipal Children‟s and Adolescents Rights Council, technical staff of CREAS - Specialized Social Assistance Reference Center, consisting of two Social Workers, one Psychologist and one Coordinator, the technical staff of CRAS – Social Assistance Reference Center one Social Worker, one Psychologist and onr Coordinator). The professionals express the importance of vocational training in gender for the performance in social public policies, but do not mention experiments in this way, aimed at multiplying the area, for the children care and groups in vulnerable situations in order to ensure a more humanized care and effective guidance in search of protection and guarantee of rights. / A pesquisa objetivou analisar sob a perspectiva de gênero, o trabalho de gestoras, profissionais e conselheiras que integram a Rede de Proteção Social a Crianças e Adolescentes no município de Itabaianinha/SE, destacando as experiências e desafios enfrentados na articulação, estruturação e prevenção de ações de atendimento, no sentido de ampliar os direitos e a cidadania de crianças e adolescentes, vitimas de violência doméstica. A abordagem do fenômeno da violência doméstica contra crianças e adolescentes está ancorada na perspectiva de totalidade constituída através de processos, onde a realidade é vista de forma crítica, histórica, contraditória e dialética. Buscamos romper com a ideia de que a violência doméstica pode ser compreendida apenas pela aparência dos fatos e naturalizada como um “problema social” de cunho familiar, doméstico, onde o Estado não tem capacidade de intervir. A pesquisa de natureza qualitativa realizou-se com a consulta a fontes bibliográficas e documentais, priorizando-se as fontes orais por meio de entrevistas com 14 sujeitos da pesquisa: representantes da rede de proteção social, 01 gestor(a) da Secretaria Municipal de Assistência Social, 01 Gestor(a) da Secretaria Municipal de Educação,01 Gestor(a) da Secretaria Municipal de Saúde, 01 conselheiro(a) tutelar, 01 representante do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente, a equipe técnica do CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social, composta por 02 Assistente Social 01 Psicólogo e 01 coordenador, a equipe técnica do CRAS – Centro de Referência da Assistência Social , composta por 01 Assistente Social, 01 psicólogo e 01 coordenador. As profissionais expressam a importância da capacitação profissional em gênero para a atuação nas politicas públicas sociais, entretanto não mencionam experiências neste sentido, voltadas aos multiplicadores da área, para o atendimento às crianças e grupos em situação de vulnerabilidade, a fim de assegurar um atendimento mais humanizado e orientação efetiva na busca de proteção e de garantia de direitos.

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