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Efeito da combinação de sinvastatina com paclitaxel veiculado por nanoemulsão lipídica na aterosclerose induzida em coelhos / Effect of a combination of simvastatin and paclitaxel carried by a lipid nanoemulsion on induced atherosclerosis in rabbits.Vitório, Tatiana Solano 21 February 2014 (has links)
Em estudos prévios, mostramos que uma nanoemulsão lipídica (LDE) é reconhecida e se liga aos receptores de LDL após sua injeção na corrente sanguínea. Como tais receptores estão superexpressos em células com altas taxas de proliferação, como ocorre no câncer e na aterosclerose, a LDE pode ser utilizada como veículo para direcionar fármacos a essas células, diminuindo sua toxicidade e aumentando sua eficácia terapêutica. Anteriormente, reportamos que o tratamento com um derivado do paclitaxel, o oleato de paclitaxel, associado à LDE (PTX-LDE), reduziu em 60% a área lesionada de aortas de coelhos submetidos à dieta aterogênica, comparados a animais não tratados. No presente trabalho, avaliamos o efeito da associação de sinvastatina, medicamento hipolipemiante, e PTX-LDE, sobre a aterosclerose induzida por dieta em coelhos. Trinta e seis coelhos machos da raça Nova Zelândia foram submetidos à dieta enriquecida com 1% de colesterol durante oito semanas. A partir da quinta semana, os animais foram divididos em quatro grupos, de acordo com o tratamento: controle (solução salina EV), sinvastatina (2mg/kg/dia, VO), paclitaxel (PTX-LDE, 4mg/Kg/semana, EV), ou combinação de sinvastatina (2mg/Kg/dia, VO) com paclitaxel (PTX-LDE, 4mg/Kg/semana, EV). Após oito semanas, os animais foram sacrificados para análise das aortas. Em comparação aos controles, a área lesionada das aortas foi em torno de 60% menor, tanto no grupo paclitaxel, quanto no grupo da combinação, e em torno de 40% menor no grupo sinvastatina (p<0,05). A razão entre as camadas íntima/média foi menor nos grupos tratados, em relação ao grupo controle (controles, 0,35±0,22, sinvastatina, 0,10±0,07, paclitaxel, 0,06±0,16 e combinação, 0,09±0,05, p<0,0001). Os grupos combinação e sinvastatina apresentaram um aumento da porcentagem de colágeno nas lesões (combinação, 20% e sinvastatina, 22%), em comparação aos controles (11%) e ao grupo paclitaxel (12%), (p<0,0001). Houve uma diminuição da porcentagem de macrófagos na lesão em todos os grupos tratados (paclitaxel, 11%, sinvastatina, 8% e combinação, 5%), comparados ao grupo controle (30%), (p<0,0001). O grupo paclitaxel apresentou menor porcentagem de células musculares lisas na lesão (20%) em relação aos controles (33%), (p<0,0001), já na combinação, houve aumento dessa porcentagem (44%), (p<0,0001). A combinação com sinvastatina não aumentou a eficácia do tratamento com PTX-LDE na redução da área de lesões ateroscleróticas, porém, os efeitos adicionais sobre o perfil lipídico e na composição das lesões, observadas com o uso da combinação, são achados importantes, que sugerem benefícios no sentido de aumentar a estabilidade das placas ateroscleróticas, o que nos abre um caminho de pesquisa muito promissor. / In previous studies we have shown that a lipid nanoemulsion (LDE) is recognized and binds to LDL receptors after injection into the bloodstream. As those receptors are upregulated in cells with higher proliferation rates, as occurs in cancer and atherosclerosis, LDE can be used as a vehicle to direct drugs to those cells, diminishing toxicity and increasing therapeutic efficacy. Previously, we reported that treatment with antiproliferative agent paclitaxel derivative, paclitaxel oleate, associated with LDE (PTX-LDE), reduced by 60% the injured area of the aorta of rabbits subjected to atherogenic diet compared to untreated animals. In the current study we aim to test the effect of a combination of lipid-lowering drug simvastatin with PTX-LDE on diet-induced atherosclerosis in rabbits. Thirty-six male New Zealand rabbits were fed a 1% cholesterol diet for 8 weeks. Starting from week 5, animals were divided into four groups, according to the following treatments: controls (I.V. saline solution injections), simvastatin P.O. (2mg/kg/day), paclitaxel (PTX-LDE I.V. injections, 4mg/Kg/week), or paclitaxel-simvastatin combination (PTX-LDE I.V., 4mg/Kg/week + simvastatin P.O., 2mg/Kg/day). After 8 weeks, the animals were sacrificed for aorta evaluation. Compared to controls, the injured area was reduced by 60% in both paclitaxel and combination groups, and by 40% in simvastatin group (p<0,05). The intima/media ratio was reduced in treated groups, compared to control group (controls, 0,35±0,22, simvastatin, 0,10±0,07, paclitaxel, 0,06±0,16 and combination, 0,09±0,05, p<0,0001). Simvastatin and combination groups showed increased collagen content within the lesions (simvastatin, 22% and combination 20%), compared to controls (11%) and to paclitaxel group (12%), (p <0.0001). Macrophage content within the lesions was reduced in all treated groups (paclitaxel, 11%, simvastatin, 8% e combination, 5%), compared to controls (30%), (p <0.0001). The percentage of smooth muscle cells in the lesions was diminished in paclitaxel group (20%) compared to control group (33%), while the combination group showed increased percentage (44%) of smooth muscle cells in the lesions (p<0,0001). The combination of simvastatin did not improve the efficacy of the treatment with PTXLDE in reducing the area of atherosclerotic lesions, but the additional effects on lipid profile and lesion composition observed with the use of the combination are important findings that suggest benefits in order to enhance the stability of atherosclerotic plaques, which may lead us to a very promising research path.
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Estudo do perfil inflamatório de pacientes submetidos à angioplastia transluminal percutânea periférica com stents de nitinol revestidos de politetrafluoretileno através das citocinas séricas IL-1b IL-6, IL-8, IL-10, TNF-a e TGF-b / Study of the inflammatory profile of patients undergoing peripheral percutaneous transluminal angioplasty with polytetrafluoroethylene-coated nitinol stents through the serum cytokines IL-1b IL-6, IL-8, IL-10, TNF-a e TGF-bGuimarães, Thiago Adriano Silva 25 April 2017 (has links)
Introdução: A angioplastia transluminal periférica com o uso de stents revestidos tem se tornado uma opção viável para o tratamento da doença arterial obstrutiva em casos específicos, principalmente na região fêmuro-poplítea, apesar da incidência significativa de reestenose com papel importante do processo inflamatório. As citocinas são proteínas secretadas pelas células da imunidade natural e adquirida e participam de forma fundamental no processo inflamatório local e sistêmico. Objetivo: Avaliar as concentrações séricas de IL-1?, IL-6, IL-8, IL-10, TNF-?, TGF-?1e PCR, além do colesterol total e leucometria antes e após o implante de stents revestidos e a possível associação com a reestenose precoce em pacientes com doença arterial periférica fêmoropoplítea. População e método: Foram recrutados 38 pacientes consecutivos do ambulatório de Cirurgia Vascular e Endovascular do HCFMRP-USP com indicação de angioplastia transluminal periférica nos quais foram utilizados stents revestidos no segmento fêmoro- poplíteo para tratamento de doença arterial obstrutiva periférica aterosclerótica. Todos os pacientes foram acompanhados com exames clínicos e de ultrassom Doppler durante até seis meses após o procedimento com dosagens séricas de citocinas, além da proteína C reativa, colesterol total e hemograma. Foi considerado reestenose estreitamentos maiores que 50% do lúmen do vaso, mensurados, inicialmente, pelo ultrassom e confirmado através da arteriografia. Resultados: Dentre os 27 pacientes que foram incluídos no estudo, 23 não apresentaram reestenose (85,2%) e quatro casos evoluíram com reestenose precoce (14,8%). Nenhuma das citocinas estudadas - IL-1?, IL-6, IL-8, IL-10, TNF-? e TGF-? - mostrou correlação com a reestenose (p>0.05). Também não houve correlação do processo de reestenose com a proteína C reativa, colesterol total ou a leucometria (p>0.05). O índice tornozelo-braquial mostrou boa correlação com a evolução clínica dos pacientes. Conclusão: O perfil inflamatório de pacientes submetidos à angioplastia transluminal percutânea periférica com stents de nitinol revestidos de politetrafluoretileno avaliado através das citocinas séricas IL-1?, IL-6, IL-8, IL-10, TNF-? e TGF-? mostrou significativo aumento das citocinas pró-inflamatórias logo após o procedimento. Não houve correlação de nenhuma das interleucinas estudadas ou ainda da proteína C reativa com o processo de reestenose. / Introduction: The peripheral transluminal angioplasty with the use of coated stents has become a viable option for the treatment of obstructive arterial disease in specific cases, mainly in the femoral-popliteal region, despite the significant incidence of restenosis with important role of the inflammatory process. Cytokines are proteins secreted by cells of natural and acquired immunity and participate in a fundamental way in the local and systemic inflammatory process. Objective: To evaluate the serum concentrations of IL-1?, IL-6, IL-8, IL-10, TNF-?, TGF-?1 and PCR, as well as total cholesterol and leucometry before and after the implantation of coated stents and the possible association with early restenosis in patients with peripheral femoralpopliteal arterial disease. Population and method: 38 consecutive patients from the outpatient clinic of vascular and endovascular surgery of the HCFMRP-USP were recruited with indication of peripheral transluminal angioplasty in which the stent was coated in the femoropopliteal segment for the treatment of atherosclerotic peripheral obstructive arterial disease. All patients were followed up with clinical examinations and Doppler ultrasound for up to six months after the procedure with serum levels of cytokines, as well as C-reactive protein, total cholesterol and hemogram. It was considered restenosis narrowings greater than 50% of vessel lumen, measured, initially, by the ultrasound and confirmed by arteriography. Results: Of the 27 patients included in the study, 23 did not present restenosis (85.2%) and four cases evolved with early restenosis (14.8%). None of the cytokines studied - IL-1?, IL-6, IL-8, IL-10, TNF-? and TGF-? - showed a correlation with restenosis (p> 0.05). There was also no correlation of the restenosis process with the C-reactive protein, total cholesterol or leucometry (p> 0.05). The ankle-brachial index showed a good correlation with the clinical evolution of the patients. Conclusions: The inflammatory profile of patients undergoing peripheral percutaneous transluminal angioplasty with polytetrafluoroethylene-coated nitinol stents evaluated through the serum cytokines IL-1?, IL-6, IL-8, IL-10, TNF-? and TGF-? showed a significant increase in proinflammatory cytokines soon after the procedure. There was no correlation of any of the interleukins studied or the C-reactive protein with the restenosis process.
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Efeitos da dieta vegetariana no metabolismo de quilomícrons e aspectos qualitativos da lipoproteína de alta densidade (HDL) / Effects of vegetarian diets on chylomicron metabolism and high density lipoprotein qualitative aspects (HDL)Vinagre, Juliana Christiano de Matos 02 December 2010 (has links)
Dietas vegetarianas oferecem baixo conteúdo calórico, baixos níveis de gordura saturada, colesterol, proteína animal e mais altos de gordura polinsaturada, carboidratos, fibras, magnésio, boro, folato e antioxidantes. Todos esses nutrientes influenciam nos fatores de risco de doenças cardiovasculares como hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade e dislipidemias. Níveis plasmáticos de colesterol total, colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL), de lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) e triglicérides em indivíduos vegetarianos são menores, em vários estudos, quando comparados a indivíduos onívoros. O metabolismo de quilomícrons (Qm) e dos seus produtos de degradação pela lipase lipoprotéica, os remanescentes, lipoproteínas que transportam os lípides da dieta na circulação sanguínea, não foi avaliado até o momento e está relacionado à aterosclerose. O objetivo deste estudo foi avaliar a cinética plasmática de quilomícrons artificiais marcados com triglicérides (TG-3H) e éster de colesterol (EC-14C) e aspectos qualitativos da HDL, em 18 indivíduos ovolacto-vegetarianos (excluem da alimentação carne, frango e peixe), 21 indivíduos veganos (não consomem nenhum alimento de origem animal), há pelo menos 5 anos e 29 indivíduos onívoros (consomem alimentos de origem animal), todos normolipidêmicos, não diabéticos e sem uso de medicamentos hipolipemiantes. Após a injeção endovenosa dos Qm artificias, foram colhidas amostras de sangue em tempos pré-estabelecidos durante 60 minutos. A radioatividade em cada uma das amostras foi medida para o cálculo da taxa fracional de remoção (TFR) dos lípides radioativos, através de análise compartimental. Foram realizadas as determinações bioquímicas nesses indivíduos e calculada a atividade da lipase lipoprotéica pós-heparina, em ensaio in vitro. Verificou-se também a transferência de lípides de uma nanoemulsão lipídica para a lipoproteína de alta densidade (HDL) e o diâmetro dessa lipoproteína. A remoção plasmática dos remanescentes de quilomícrons avaliada pela taxa fracional de remoção do éster de colesterol da emulsão, foi maior nos veganos (p<0,05) e ovolacto-vegetarianos (p<0,05) comparando-se aos onívoros, enquanto que o processo de lipólise dos quilomícrons, avaliado pela taxa fracional de remoção dos triglicérides da emulsão e pela medida da atividade da lipase lipoprotéica in vitro foi similar nos três grupos avaliados. Não foram encontradas diferenças significativas nas concentrações plasmáticas de HDLC, VLDL e triglicérides entre os grupos estudados .No grupo vegano, as concentrações plasmáticas de LDL-C e glicose foram menores quando comparadas apenas ao grupo dos onívoros (p<0,05, p<0,01; respectivamente). Já em relação ao colesterol total, os indivíduos veganos apresentaram menores níveis quando comparados tanto aos ovolacto-vegetarianos (p<0,05) como aos onívoros (p<0,01). Não observou-se diferença na transferência de lípides da nanoemulsão para a HDL e no tamanho da HDL entre os três grupos. Os resultados do presente estudo sugerem que a dieta vegana e ovolacto-vegetariana aceleram a remoção dos remanescentes de quilomícrons, lipoproteínas aterogênicas, o que pode estar relacionado, aos efeitos benéficos dessa dieta em relação a doenças em relação ao processo aterosclerótico / Vegetarian diets provide less caloric content, low levels of saturated fats, cholesterol and animal protein while providing at the same time providing high levels of polyunsaturated fats, carbohydrates, fibers, magnesium, borium, folate and antioxidants. All these nutrients have an influence upon the cardiovascular diseases such as hypertension, diabetes mellitus, obesity and dyslipidemias. Studies have shown that total cholesterol plasmatic levels, low density lipoprotein (LDL), very low density lipoprotein (VLDL) and triglycerides in vegetarian individuals are lower when compared to omnivores individuals. Chylomicron metabolism (Qm) and its lipoprotein lipase degradation products, the remnants, lipoproteins that transport dietary lipids in the blood has not yet been evaluated, although it is related to atherosclerosis. This study evaluated the plasmatic kinetics of artificial chylomicrons marked with triglycerides (3HTG) and cholesterol esters (14C-CE), as well as the qualitative aspects of HDL in 13 ovolacto-vegetarians (no ingestion of meat, chicken or fish), 10 vegan individuals (no ingestion of any food of animal origin) for more than 5 years and 14 omnivores individuals (ingestion of animal origin foods). All participants were normolipidemic, non diabetic and using no hypolipemiants medication. After an intravenous injection containing artificial Qms, blood samples were collected during 60 minutes at predetermined times. The radioactivity of each sample was measured and the fractional clearance rate (FCR) calculated for the radioactive lipids using compartmental analysis. Biochemical determinations were undertaken in order to calculate the post-heparin lipoprotein lipase activity in vitro. Also evaluated were the lipid transfer of the lipid nanoemulsion to the HDL and the diameter of the HDL particles. The plasma removal of the chylomicron remnants evaluated by the fractional clearance rate of the cholesteryl ester of the emulsion was greater in the vegan (p<0,05) and ovolacto-vegetarian (p<0,05) groups when compared to the omnivore group. The lipolysis of the chylomicron evaluated by the fractional clearance rate of the emulsion triglycerides and by the in vitro lipoprotein lipase activity assay was similar in the three studied groups. There were no differences in the plasma concentrations of HDL-C, VLDL-C and triglycerides between the three groups. The plasma concentrations of LDL-C and glucose of the vegan group were lower than omnivore group (p<0.05 and p<0.01, respectively). In regards to total cholesterol, vegans present lower levels when compared to both ovolactovegetarians (p<0.05) and omnivores (p<0.01). No difference was found in the transfer of nanoemulsion lipids to HDL or in the size of the HDL of all three groups. These results suggest that the vegetarian diet can improve the metabolism of chylomicron remnants, atherogenic lipoproteins, which can be related to the beneficial effects of this diet upon the atherosclerosis process.
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Ocorrência de bactérias periodontais em ateromas coletados de artéria coronária de pacientes portadores de periodontite crônica / Occurrence of periodontal bacteria in atheroma coronary arteries from patients with chronic periodontitisMarcelino, Silvia Linard 25 August 2008 (has links)
Hoje em dia existe um consenso de que a prevenção e o tratamento de doenças periodontais são importantes na redução de mortalidade e morbidade associadas à doença cardíaca, e uma correlação entre aterosclerose e doença periodontal ainda é desconhecida. Neste estudo, a presença de Porphyromonas gingivalis, Porphyromonas endodontalis, Prevotella intermedia, Prevotella nigrescens, Tannerella forsythia, Treponema denticola, Fusobacterium nucleatum, Aggregatibacter actinomycetemcomitans, Campylobacter rectus e Enterococcus faecalis em placas de ateroma de artérias coronárias foram detectadas. Trinta pacientes programados para endarterectomia, 28 pacientes com periodontite crônica e 2 sem doença periodontal foram incluídos no estudo. DNA bacteriano foram extraídos dos ateromas e a presença de bactérias periodontais foram detectadas através da reação em cadeia da polimerase. DNA bacteriano periodontal foi encontrado em 28 amostras de ateroma de pacientes periodontais: P. gingivalis em 14 (50%); P. nigrescens em 4 (14,3%), P. intermedia em 3 (10,7%); E. faecalis em 3 (10,7%), T. forsythia em 2 (7,1%); A. actinomycetemcomitans em 2 (7,1%); C. rectus em 2 (7,1%); T. denticola em 1 (3,6%); e P. endodontalis em 1 (3,6%). Fusobacterium nucleatum não foi encontrado em nenhuma das amostras analisadas. Em duas amostras de ateroma de pacientes sem doença periodontal, P. gingivalis e E. faecalis foram observadas em uma amostra e P. intermedia em ambas as amostras. Nossos resultados sugerem que a presença de P. gingivalis em ateroma de artérias coronárias pode apresentar um envolvimento com aterosclerose e parecendo ser um microrganismo da relação aterosclerose e periodontite crônica. / Nowadays there is a consensus that prevention and treatment of periodontal diseases are important in the reduction of mortality and morbidity associated to cardiovascular diseases, and a correlation between atherosclerosis and periodontal disease is still unclear. In this study, the presence of Porphyromonas gingivalis, Porphyromonas endodontalis, Prevotella intermedia, Prevotella nigrescens, Tannerella forsythia, Treponema denticola, Fusobacterium nucleatum, Aggregatibacter actinomycetemcomitans, Campylobacter rectus and Enterococcus faecalis in atheroma plaques from coronary arteries was determined. Thirty patients scheduled for endarterectomy, 28 patients with chronic periodontitis and 2 without periodontal diseases were included in this study. Bacterial DNA was extracted from atheroma and periodontal bacteria detection was done by polymerase chain reaction. Periodontal bacterial DNA was found in 28 atheroma samples from periodontal patients: P. gingivalis in 14 (50%); P. nigrescens in 4 (14.3%); P. intermedia in 3 (10.7%); E. faecalis in 3 (10.7%), T. forsythia in 2 (7.1%); A. actinomycetemcomitans in 2 (7.1%); C. rectus in 2 (7.1%); T. denticola in 1 (3.6%); and P. endodontalis in 1 (3.6%) samples. Fusobacterium nucleatum was not detected in any atheroma analyzed. In two atheroma samples from patients without periodontal disease, P. gingivalis and E. faecalis were observed in one sample and P. intermedia in both samples. Our results suggest that the presence of P. gingivalis in atheroma from coronary arteries may be involved in atherosclerosis, and it appears to be a relationship microorganism atherosclerosis and chronic periodontitis.
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Lipoproteína de baixa densidade eletronegativa (LDL-) em indivíduos com diferentes níveis de risco cardiovascular: parâmetros nutricionais e bioquímicos / Electronegative low density lipoprotein (LDL-) in subjects with different levels of cardiovascular risk: nutritional and biochemical parametersMello, Ana Paula de Queiroz 31 May 2007 (has links)
Introdução: As dislipidemias representam um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares e, particularmente, para a aterosclerose. Portanto, todos os fatores nutricionais capazes de reduzir a sua incidência ou melhorar seu quadro clínico, representam ferramentas importantes para sua prevenção ou tratamento. Além das dislipidemias, as modificações oxidativas da lipoproteína de baixa densidade (LDL) têm relação direta com o processo aterosclerótico. Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar a possível influência dos Parâmetros Nutricional (alimentar e antropométrico) e Bioquímicos sobre a geração de LDL- em indivíduos com diferentes níveis de risco cardiovascular Métodos: Para a consecução destes objetivos foram avaliados indivíduos com hipercolesterolemia associada à LDL com (n = 10) ou sem (n = 33) aterosclerose, quando comparados aos indivíduos normocolesterolêmicos (n = 30). A partir desta amostra avaliou-se o hábito alimentar (questionário quantitativo de freqüência alimentar), a antropometria (peso, altura, circunferência da cintura, % de gordura corporal e % de massa magra), o perfil lipídico (colesterol e triacilgliceróis), o conteúdo de LDL- (plasma, LDL total e sub-frações de LDL) e os auto-anticorpos anti-LDL- no plasma. O diagnóstico de aterosclerose foi feito através da pesquisa dos prontuários e da avaliação do índice tornozelo-braço (ITB). Resultados: A análise do perfil lipídico indicou que a concentração de colesterol plasmático no grupo Controle (180,5 ± 19,6 mg/dL) foi menor que a observada nos grupos Hipercolesterolêmico Hiper (-) (243,5 ± 29,7 mg/dL) e Hipercolesterolêmico com aterosclerose Hiper (+) (221,1 ± 19,6 mg/dL), sendo a dislipidemia observada resultante do acúmulo de colesterol na LDL. O monitoramento da LDL- no plasma e de seus auto-anticorpos não apresentou diferença significativa entre os grupos. Entretanto, quando se analisou a LDL- na LDL total verificamos que o grupo Controle apresentou conteúdo inferior (850,2 ± 337,8 DO) aos grupos Hiper (-) (1253,1 ± 340,9 DO) e Hiper (+) (1258,5 ± 207,4 DO). Em relação ao hábito alimentar, o grupo Controle apresentou menor consumo de carboidratos e vitamina C, quando comparado ao grupo Hiper (+), e este consumo inferior de ácido graxo monoinsaturado (AGM), ácido graxo poliinsaturado (AGP) e ácido linoléico que o grupo Hiper (-). Não observamos diferença significativa nos parâmetros antropométricos. Considerando que o conteúdo de LDL- no plasma e na LDL (+) densa apresentou correlação positiva, além das correlações positivas entre LDL- isolada e normalizada pelas proteínas e colesterol tanto no plasma, quanto na LDL total e nas sub-frações de LDL, estabelecemos correlações entre estas variáveis e os parâmetros clínicos, de consumo, de composição corporal e bioquímicos. Neste sentido, observamos que houve correlação da pressão arterial sistólica com LDL- no plasma (r = 0,26 e p = 0,03) e escore de risco de Framingham com LDL- na LDL (r = 0,36 e p = 0,01). Em relação ao consumo alimentar, houve correlação entre o consumo de gordura e colesterol com o conteúdo de LDL- no plasma (r = 0,27 e p = 0,02; r = 0,27 e p = 0,02, respectivamente). Verificamos também correlação entre LDL- presente na sub-fração menos densa da LDL com o consumo de AGM (r = -0,27 e p = 0,02), AGP (r = -0,23 e p = 0,05), ácido oléico (r = -0,23 e p = 0,05), ácido linoléico (r = -0,31 e p = 0,01) e vitamina A (r = -0,25 e p = 0,03). As variáveis antropométricas e de composição corporal não apresentaram correlação significativa com a geração de LDL- no plasma, na LDL total e nas sub-frações de LDL, nem com seus auto-anticorpos. Quando avaliamos o perfil lipídico e a LDL- na LDL, observamos correlação positiva com colesterol total (r = 0,52 e p ≤ 0,001), colesterol associado à LDL, pela equação de Friedewald e analisado na lipoproteína isolada (r = 0,59 e p ≤ 0,001; r = 0,75 e p ≤ 0,001, respectivamente), as relações colesterol total/HDL (r= 0,45, p ≤ 0,001) e LDL/HDL (r= 0,47, p ≤ 0,001) e colesterol não HDL (r= 0,74, p ≤ 0,001). Conclusões: Os resultados obtidos mostram que a LDL-, sobretudo quando analisada na LDL, é um importante e sensível parâmetro bioquímico associado ao perfil lipídico, a outros parâmetros de risco cardiovascular e ao consumo alimentar. Portanto, sugere-se que o monitoramento da LDL- faça parte dos protocolos clínicos, visto que este marcador sofre variação em função de fatores exógenos, clínicos e bioquímicos. / Introduction: The dyslipidemias is very important to coronary artery disease (CAD) development, specially in atherosclerosis. Therefore, all nutritional factors able to decrease its incidence represent important tools in the prevent or treatment. In this respect, oxidized low-density lipoprotein (LDL) has been associated to atherosclerotic process. Objectives: Our goal was to evaluate the influence of the Nutritional (intake and anthropometria) and Biochemical Parameters in generation of LDL- in subjects with different levels of cardiovascular risk. Methods: Subjects with hypercholesterolemia associated to LDL with (n = 10) or without (n = 33) atherosclerosis and normocholesterolemic (n = 30) were selected. Habitual food intake (quantitative food frequency questionnaire), anthropometric parameters (weight, heath, waist circumference, % body fat and % mass muscular) were evaluated. In plasma we evaluated lipid profile (cholesterol and triglycerides), LDL- content (plasma, LDL and LDL subfractions) and auto-antibodies anti-LDL-. Atherosclerosis was confirmed by register and ankle-brachial blood pressure index (ABI). Results: The plasma cholesterol in group Control (180.5 ± 19.6 mg/dL) was lower than compared to Hiper (-) group (243.5 ± 29.7 mg/dL) and Hiper (+) group (221.0 ± 19.6 mg/dL). This dyslipidemia was associated to high levels of LDL-cholesterol. The content of LDL- in plasma and its autoantibodies against did not have any significant difference between groups. However, when LDL- content was analyzed in total LDL we verified that Control group showed menas lower (850.2 ± 337.8 DO) than Hiper (-) (1253.1 ± 340.9 DO) and Hiper (+) (1258.5 ± 207.4 DO) groups. Carbohydrate and vitamin C intake in Control group was lower than Hiper (+) group. Monounsaturated fatty acids (MUFA), polyunsaturated fatty acids (PUFA) and acid linoleic intake in Hiper (+) was higher than Hiper (-) group. No significant differences in anthropometric parameters were observed when all groups were evaluated. When we analyzed the possible association between variables, we verified positive correlation between blood pressure arterial systolic with LDL- plasma (r = 0.26 and p = 0.03) and Framingham risk score with LDL- in LDL (r = 0.36 and p = 0.01). Total fat and cholesterol intake was correlated to LDL- plasma (r = 0.27 and p = 0.02; r = 0.27 and p = 0.02, respectively). In addition we observed a correlation between LDL- in dense low LDL subfraction with MUFA (r = -0.27 and p = 0.02), PUFA (r = -0.23 and p = 0.05), acid oleic (r = -0.23 and p = 0.05), acid linoleic (r = -0.31 and p = 0.01) and vitamin A (r = -0.25 and p = 0.03). The anthropometric parameters did not show any significant correlation with the LDL- content and its autoantibodies. LDL- in LDL had positive correlation with total cholesterol (r = 0.52 and p ≤ 0.001), cholesterol associated LDL as calculated by Friedewald equation and crude analysis (r = 0.59 and p ≤ 0.001; r = 0.75 and p ≤ 0.001, respectively), TC/HDL ratio (r= 0.45 and p ≤ 0.001), LDL/HDL ratio (r= 0.47 and p ≤ 0.001) and non cholesterol HDL (r= 0.74 and p ≤ 0.001). Conclusion: These results showed that certain component diet could modulate LDL- generation. Furthermore, this particle was correlated with the lipid profile and some of the factors that predispose for cardiovascular desiase.
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Prevalência da aterosclerose subclínica em mulheres na pós-menopausa com risco cardiovascular baixo e intermediário estimado pelo escore de Framingham / Prevalence of subclinical atherosclerosis in postmenopausal women with low and intermediate cardiovascular risk estimated by Framingham scorePetisco, Ana Cláudia Gomes Pereira 29 April 2014 (has links)
As doenças cardiovasculares permanecem como principal causa de mortalidade entre mulheres de vários países, entre eles, o Brasil. A doença arterial coronária ocorre duas a três vezes mais nas mulheres na pós-menopausa que na pré-menopausa, fato possivelmente explicado pela proteção estrogênica. A estratificação de risco pelos escores tradicionais, como o de Framingham, muitas vezes, apresenta-se falha, havendo constante busca por métodos auxiliares (clínicos, laboratoriais ou de imagem) que ajudem na identificação precoce das mulheres mais predispostas a apresentar um evento cardiovascular. O objetivo principal deste estudo foi determinar a prevalência da aterosclerose subclínica em mulheres na pós-menopausa com risco baixo e intermediário pelo escore de risco de Framingham (ERF), avaliando, nas artérias coronárias, o escore de cálcio, na aorta, a presença de calcificação e, nas artérias carótidas, a espessura mediointimal (EMI), a presença de placas ateroscleróticas e a rigidez arterial pela velocidade de onda de pulso (VOP). Os objetivos secundários foram: 1. Avaliar a EMI e presença de placas na artéria subclávia direita, identificando sua correlação com dados clínicos e laboratoriais; e 2. Avaliar associação entre a expressão do mRNA dos genes TNFA, IL6, NOS3 e ESR1 com a presença de aterosclerose subclínica. Foram incluídas 138 mulheres na pós-menopausa. A idade média foi de 56,15 ± 4,93 anos, tempo médio de pós-menopausa foi 8,25 ± 5,97 anos, idade na menopausa, 48,08 ± 5,17 anos e o ERF foi de 2,64 ± 2,13% (mediana: 2%). A prevalência da EMI carotídea aumentada, placas nas carótidas, presença de EMI e/ou placas carotídeas, escore de cálcio maior que zero, calcificação aórtica (CA) e VOP elevada foi de 45,7%, 37,7%, 62,3%, 23,9%, 45,7% e 25,4% respectivamente; e 18,8% não apresentaram alteração em nenhum sítio avaliado. A presença de aterosclerose subclínica (presença de, pelo menos, um exame de imagem alterado) relacionou-se de forma independente com a idade (OR: 1,144; IC95%: 1,032 - 1,369; p=0,011), pressão arterial sistólica (PAS) (OR: 1,041; IC95%: 1,003 - 1,081; p=0,034) e ApoA1 (OR: 0,973; IC95%: 0,952-0,994; p=0,011). Os exames de imagem relacionaram-se entre si, com dados clínicos e laboratoriais. A prevalência de placas na artéria subclávia direita foi 38,4%. A EMI e a presença de placas na artéria subclávia direita relacionaram-se com a EMI e placas de carótidas, VOP, idade, ERF e PAS. A EMI da artéria subclávia relacionou-se também com a CA. A maior expressão mRNA do TNFA e do IL6 relacionou-se com a presença de aterosclerose subclínica, EMI carotídea aumentada e dislipidemia. Maior expressão do IL6 relacionou-se com a VOP. Houve correlação entre expressão do mRNA do NOS3 e EMI carotídea (r=0,20; p=0,01). Concluímos que a prevalência da aterosclerose subclínica foi de 81,2% nas mulheres na pós-menopausa com risco baixo e intermediário (ERF). A EMI e a presença de placas ateroscleróticas na artéria subclávia direita relacionaram-se com valores mais elevados da idade, ERF e PAS. Houve associação entre maior expressão do mRNA dos genes TNFA e IL6 com a presença de aterosclerose subclínica. A expressão do mRNA do gene NOS3 correlacionou-se positivamente com a EMI carotídea. / Cardiovascular diseases remain the leading cause of mortality among women in several countries, including Brazil. Coronary artery disease in women occurs two to three times more after menopause than in premenopausal and can be explained by estrogen protection. Risk stratification by traditional scores such as Framingham score, often presents itself fails; there is a constant search for methods (clinical, laboratory or imaging) that could help in early identification of women that are more predisposed to suffer a cardiovascular event. The aim of this study was to determine the prevalence of subclinical atherosclerosis in postmenopausal women with low and intermediate risk by Framingham risk score (FRS), evaluating calcium score in the coronaries arteries, presence of aortic calcification, carotid intima-media thickness (IMT) and/or presence of atherosclerotic plaque and arterial stiffness by pulse wave velocity (PWV). Other objectives were: 1. Evaluate the IMT and the presence of plaques in right subclavian artery, identifying its correlation with clinical and laboratory data. 2. Evaluate the association between mRNA expression of TNFA, IL6, NOS3 and ESR1 genes with the presence of subclinical atherosclerosis. We analyzed 138 postmenopausal women. The mean age was 56,15 ± 4,93 years, time of postmenopausal was 8,25 ± 5,97 years, age at menopause, 48,08 ± 5,17 years and the ERF was 2,64 ± 2,13 (median: 2). The prevalence of increased carotid IMT, carotid plaques, the presence of IMT and/or carotid plaques, calcium score greater than zero, aortic calcification (AC) and elevated PWV was 45,7%, 37,7%, 62,3%, 23,9%, 45,7% and 25,4%, respectively, 18,8 % did not exhibit any evidence of subclinical atherosclerosis. The presence of subclinical atherosclerosis (presence of at least one positive imaging test) was related by logistic regression with age (OR: 1,144, 95% CI: 1,032 to 1,369, p = 0,011), systolic blood pressure (SBP) (OR: 1,041, 95% CI: 1,003 to 1,081, p = 0,034) and ApoA1 (OR: 0,973, 95% CI: 0,952 to 0,994, p = 0,011). Imaging tests were related with each other, with clinical and laboratory data. The prevalence of plaques in the right subclavian artery was 38.4%. The IMT and presence of plaques in the right subclavian artery were related to carotid IMT and plaques, PWV, age, FRS and SBP. Higher values of TNFA and IL6 mRNA expression were related to the presence of subclinical atherosclerosis, dyslipidemia and increased carotid IMT. Higher IL6 mRNA expression was related to PWV. There was correlation between mRNA expression of NOS3 and carotid IMT (r = 0,20; p = 0,01). We conclude that the prevalence of subclinical atherosclerosis in postmenopausal women with low and intermediate risk was 81.2% (FRS). IMT and right subclavian artery atherosclerotic plaques were related to higher values of age, ERF and SBP. Higher mRNA gene expression of TNFA and IL6 were associated with the presence of subclinical atherosclerosis. There was a positive correlation between mRNA gene expression of NOS3 and carotid IMT.
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Avaliação dos efeitos da corrida de maratona nos marcadores de estresse oxidativo, inflamatórios e miocárdicos / Assessment of the marathon race effects on oxidative stress, inflammatory and myocardial markersDioguardi, Giuseppe Sebastiano 14 July 2011 (has links)
Fundamentos: Os efeitos benéficos do exercício físico regular, moderado, estão bem estabelecidos. De outra parte, os efeitos do exercício intenso, prolongado e exaustivo são controversos. Alguns efeitos indesejáveis podem ser o estresse oxidativo, a oxidação da LDL nativa e a resposta inflamatória de fase aguda. Objetivo: avaliar essas variáveis em maratonistas. Os efeitos agudos foram avaliados imediatamente e 72 h após a corrida e os efeitos crônicos foram avaliados na comparação com grupo controle. Casuística e métodos: população constituída por vinte e sete maratonistas, homens, 41+- 8 anos de idade, 74% brancos, sadios e 26 controles equiparáveis. Resultados: 1) Em condições basais (maratonistas x controles) no perfil oxidativo evidenciou-se: a) estado antioxidante total do plasma (TAS); 3,76+-0,34 versus 3,45+-0,32, mmol/L, p=0,002; b) peróxidos; 0,41+-0,15 versus 0,65+-0,42, p=0,011; c) LDLox; sem diferença significativa; d) anticorpos anti-Ldlox; não houve diferença significativa. No perfil imunoinflamatório observou-se: a) PCR us; 1,49+-1,11 versus 1,03+-1,39, mg/L, p=0,004; b) IL-15; 42,83+-109,47 versus 34,80+-128,57 pg/ml, p=0,021; c) TNF-alfa 8,07+-13 versus 33,98+-39,63 pg/ml. 2) Maratonistas, condições basais versus imediatamente após a prova: a) LDLox; 88,18+-22,05 versus 148,46+-74,76 U/L, p<0,001; b) Interleucinas: IL-6=30,08+-40,66 versus 113,61+-91,39, pg/ml, p<0,05, IL-8=38,36+-36,57 versus 85,02+-53,91,pg/ml,p<o,05, IL-10=21,08+-36,12 versus 141,82+-124,98,pg/ml,p<0,05, IL-15=42,83+-109,47 versus 169,60 +- 244,84 pg/ml,p<0,05, e TNF-alfa=8,07+-13 versus 32,65+- 42,24, pg/ml,p<0,05; c) leucócitos; 5,581+-1.122 versus 13.807+-5.393,mil/ml, p<0,05; d) Marcadores músculo-esqueléticos: mioglobina; 41+-31 versus 659+-344,ng/ml,p<0,05 ( > 1600%); CPK; 205+-121 versus 403+-134, p<0,05; DHL; 107+-28 versus 302+-44 U/L, p<0,05. e) Marcadores cardíacos: CKMB-Massa; 2,65+-2,43 versus 5,34+-3,01, troponina I; 0,023+-0,032 versus 0,045+-0,044,ng/ml,p<0,05. 3) Maratonistas, condições basais versus 72 h após a prova: a) TAS; 3,76+-0,34 versus 3,39+-0,92 U/L, p=0,05; b) anticorpos anti-LDLox; 439,23+-409,65 versus 225,10+-189,16,U/L, p<0,001; c) peróxidos=0,41+-0,15 versus 0,49+-0,11 U/L, p=0,03. No perfil inflamatório observou-se: a) PCR us 1,49+-1,11 versus 3,15+-2,22, mg/l,p<0,05; b) IL-8;38,36 +- 36,57 versus 45,28+-25,21 pg/ml, p <0,05. Marcadores músculo-esqueléticos a) CPK; 205,93+-121,47 versus 601,30+_567,80 U/L, p<0,001e b)DHL;197,44+-28,99 versus 267,30+-78,21 U/L, p<0,001. Enzimas cardíacas: a) CKMB-Massa;2,65+-2,43 versus 4,88+-5,60 ng/ml, p<0,05. O ecocardiograma mostrou cavidades esquerdas e massa do VE maiores em maratonistas que em controles. Adicionalmente foram submetidos a angiotomografia coronária 22 maratonistas e 20 controles. Em 5 (22,7%) dos maratonistas e em 3 (15%) dos controles, foram encontradas placas ateroscleróticas discretas. Conclusões: após corrida de maratona observa-se agudamente estresse oxidativo, aumento da LDLoxidada, resposta inflamatória de fase aguda e aumento da CKMB-massa. Estas alterações não foram observadas em condições basais. / The beneficial effects of regular, moderate exercise are well estabilished. On the other hand, the effects caused by the heavy and exhaustive exercise for longer periods are controversial. Some of these unpleasant effects. may be oxidative stress, the oxidation of the native LDL and acuse phase inflammatory response. Objective: Assess these variables in marathon runners. The acute effects were assessed immediately and 72 hours after the race, the chronical effects were assessed in basal condition and in comparision with the control group. Methods: A population consisting of 27 marathon runners, male, 41± 8 y old, 74% white, healthy and 26 matchable controls. Results: 1) On basal conditions (marathon runners X control group) regarding oxidative profile, the findings were the following: a) Total Anti-oxidant State of the plasma (TAS); 3.76 ± 0.34 versus 3.45 ± 0.35 mmol/L , p=0.002; b) Peroxides 0.48± 0.15 versus 0.65± 0.42, p=0.011 c) Anti ox LDL antibodies, and oxLDL without a significative difference. In the immunoinflamatory profile the findings are the following observed: a) us CRP; 1.49± 1.11 versus 1.03± 1.36, mg/L, p=0.004; b) IL-15; 42.83± 109.47 versus 4.80± 128.57 pg/ml, p=0.021; c) TNF-alfa 8.07± 13 versus 33.98± 39.63 pg/ml. 2) Marathon runners´ basal conditions versus their condition immediately after the race. a) OxLDL; 88.18± 22.05 versus 148.46± 74.76 U/L, p<0.001; b) Interleukynes: IL-6=30.08± 40.66 versus 113.61± 91.39, pg/ml p<0.05, IL-8=38.63± 36.57 versus 85.02± 53.91,pg/ml, p<0.05, IL-10=21.08± 36.12 versus 141.82± 124.98,pg/ml, p<0.05, IL-15=42.83± 109.47 versus 169.60± 244.84 pg/ml, p<0.05, e TNF-alfa=8.07± 13 versus 32.65± 42.24, ph/ml, p<0.05; c) leucocytes; 5.581± 1.122 versus 13.807± 5.393, mil/ml, p<0.05; d) skeletal muscle markers: myoglobine; 41± 31 versus 659± 344,ng/ml, p<0.05 (>1600%); CPK; 205± 121 versus 403± 134, p<0.05; DHL; 107± 28 versus 302± 44 U/L, p<0.05. e) Myocardial markers: CKMB-mass; 2.65± 2.43 versus troponina I; 0.023± 0.032 versus 0.045± 0.044, ng/ml, p<0.05. 3) Marathon runners´ basal conditions versus their condition 72 hours after the race: a) TAS; 3.76± 0.34 versus 3.39± 0.92 U/L, p=0.05; b) Anti-oxLDL antibodies; 439.23± 409.65 versus 225.10± 489.16, U/L, p<0.001; c) Peroxides= 0.41± 0.15 versus 0.49± 0,11 U/L, p=0.03. Regarding the oxidative profile, the following was found: a) us CRP 1.49± 1.11 versus 3.15± 2.22, mg/l, p<0.05; b) IL-8; 38.36± 36.57 versus 45.28± 25.21pg/ml, p<0.05. Skeletal muscle markers: a) CPK; 205.93± 121.47 versus 601.30± 567.80 U/L, p<0.001 e b) DHL; 197.4± 28.99 versus 267.3± 78.21 U/L, p<0.001. Cardiac enzymes: a) CMKB-mass; 2.65± 2.43 versus 4.88± 5.6 ng/ml, p<0.05. The echocardiogram showed bigger left cavities and increased VE mass in marathon runners than the ones in the control group. In addition, 22 marathon runners and 20 individuals in the control group were submitted to coronary angiotomography. Discreet atherosclerotic plaques were found in five marathon runners and in three individuals of the control group. Conclusion: Accute oxidative stress, inflammatory response acute phase, increased oxLDL as well as a higher level of the CKMB mass were observed after the marathon race.
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O papel do receptor toll-like 4 na aterogênese em modelo experimental de aterosclerose / Role of toll-like receptor 4 in atherogenesis in an experimental model of atherosclerosisSantos Junior, Luiz Fonseca dos 22 September 2008 (has links)
Um papel importante foi atribuído ao receptor toll-like 4 (TLR4) no desenvolvimento da placa aterosclerótica. O TLR4 foi primeiramente descrito como um receptor para bactérias gram-negativas; posteriormente foi demonstrado que sua expressão está aumentada em placas ateroscleróticas e que pacientes que possuem um polimorfismo disfuncional do TLR4 são menos suscetíveis ao desenvolvimento dessa doença. Portanto, o objetivo desse estudo foi o de investigar, em um modelo experimental de aterosclerose, a influência da deleção do TLR4 na formação e morfologia da placa aterosclerótica, no perfil lipídico e em marcadores inflamatórios. Camundongos duplo knockout (DKO), deficientes no receptor de LDL e TLR4, foram gerados cruzando-se camundongos deficientes para o receptor de LDL (LDLrKO) com camundongos deficientes para o TLR4 (TLR4KO). Todos os grupos receberam dieta rica em gordura e colesterol por 12 semanas. As concentrações plasmáticas de colesterol e triglicérides foram medidas por ensaio colorimétrico. Cortes seriados da raiz aórtica foram corados com Oil red O e as áreas de lesão quantificadas por analisador de imagens. O colágeno foi medido por coloração de picrossirius. A formação de nitrotirosina e expressão de CD40L, MMP9 e iNOS nas placas foram feitas por imunohistoquímica. As comparações foram feitas por ANOVA com pós teste de Student Newman-Keuls. Os dados foram expressos como média ± EPM. Camundongos DKO desenvolveram placas menores que camundongos LDLrKO (117.6 ±1.4 vs 198.8 ± 3.3 104m2). Camundongos TLR4KO não formaram placa. As placas dos camundongos DKO apresentaram menor núcleo lipídico que as dos LDLrKO (76.2± 13.2 vs 161.7 ± 2.9 104m2). O colágeno ao redor do núcleo lipídico é maior nos camundongos DKO do que nos LDLrKO (24.9 ± 1.8 vs 16.5 ± 2.5 % da placa). A distribuição do colágeno nos camundongos DKO ocorre principalmente ao redor da placa, de forma mais organizada, enquanto que nos LDLrKO onde sua distribuição é mais difusa. As placas dos camundongos DKO apresentaram menor expressão de CD40L e iNOS do que as dos LDLrKO (13.1 ± 0.7 vs 18.5 ± 2.5 AU e 7.7 ± 0.9 vs 10.2 ± 0.4 AU, respectivamente). A expressão de MMP9 foi menor nas placas dos camundongos DKO do que as dos LDLrKO (2.99 ± 0.3 vs 1.99 ± 0.2 AU). A marcação para nitrotirosina foi maior nos camundongos LDLrKO quando comparada com as dos grupos DKO e TLR4KO (142.89 ± 208.5, 77.16 ± 227.7 e 71.73 ± 95.9 10m2, respectivamente). Todos esses resultados sugerem que o processo inflamatório é menor na ausência do TLR4. As concentrações plasmáticas de colesterol não foram diferentes entre os grupos LDLrKO e DKO mas os camundongos LDLrKO apresentaram concentrações plasmáticas de triglicérides maiores do que os camundongos DKO após a dieta (265.2 ± 27.6 vs 150.5 ± 8.8 mg/dL). O receptor toll-like 4 influencia na estrutura e formação da placa aterosclerótica independentemente dos níveis séricos de colesterol / A crucial role has been suggested for toll-like receptor 4 (TLR4) in atherosclerotic plaque formation and development. TLR4 was described primarily, as a receptor for gram-negative bacteria lipopolisacharide; later it was showed that its expression is increased in atherosclerotic plaques and patients that carries a TLR4 dysfunctional polymorphism are less susceptible to development of this disease. Therefore, the aim of this study was to investigate, in an experimental model of atherosclerosis, the influence of TLR4 deletion in atherosclerotic plaque formation and morphology, cholesterol profile and inflammatory markers. Double knockout mice (DKO), deficient in LDL receptor and TLR4, were generated by breeding LDL receptor knockout mice (LDLrKO) with TLR4 knockout mice (TLR4KO). All three experimental groups, LDLrKO, TLR4KO and DKO were fed a high fat-cholesterol diet for 12 weeks. Plasma cholesterol and triacylglicerol concentrations were measured by colorimetric assay. Cross sections of aortic sinus were stained with Oil red O and lesion areas were quantified by an image analyzer. Collagen content was measured by picrossirius staining. We also measured nitrotyrosine formation, CD40L, MMP9 and iNOS expression by immunohistochemistry. Comparisons were made by ANOVA followed by Student-Newman-Keuls post- test. Data are mean ± SEM. DKO mice developed smaller plaques than LDLrKO mice (117.6 ±1.4 vs 198.8 ± 3.3 104m2). TLR4KO mice developed no plaque. Plaques from DKO mice have also a smaller lipid core than the ones from LDLrKO mice (76.2± 13.2 vs 161.7 ± 2.9 104m2). Collagen content around the lipid core is higher in DKO mice compared to LDLrKO mice (24.9 ± 1.8 vs 16.5 ± 2.5 % of the whole plaque). Interestingly, collagen distribution in DKO mice seems to occur mainly on the plaque periphery, in a more organized manner, while in LDLrKO mice it is fuzzier, being present also inside the plaque. Plaques from DKO present lower expression of CD40L and iNOS than LDLrKO mice (13.1 ± 0.7 vs 18.5 ± 2.5 AU and 7.7 ± 0.9 vs 10.2 ± 0.4 AU, respectively). MMP9 expression is lower in DKO mice as compared to LDLrKO mice (2.99 ± 0.3 vs 1.99 ± 0.2 AU). Nitrotyrosine staining was higher in LDLrKO mice as compared to DKO and TLR4KO groups (142. 89 ± 208.5, 77.16 ± 227.7 and 71.73 ± 95.9 10m2, respectively). All together, these findings suggest that inflammatory process is milder in the absence of TLR4. Serum cholesterol were not different between LDLrKO and DKO mice but LDLrKO presented higher triacylglicerol serum levels after 12 weeks on high fat high cholesterol diet as compared to DKO mice (265.2 ± 27.6 vs 150.5 ± 8.8). Toll like receptor 4 influences atherosclerotic plaque formation and structure independently from serum cholesterol levels
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Associação entre infecção experimental por Mycoplasma pneumoniae e/ou Chlamydophila (Chlamydia) pneumoniae e a intensidade das lesões ateroscleróticas da aorta, em camundongos C57BL/6 apoE KO, com ênfase na diferença entre os sexos / Association between experimental infection by Mycoplasma pneumoniae and/or Chlamydophila (Chlamydia) pneumoniae and intensity of atherosclerotic lesions in the aorta of C57BL/6 apoE KO mice, with emphasis on the difference between sexesDamy, Sueli Blanes 03 July 2006 (has links)
Os mecanismos pelos quais os agentes infecciosos, independentes ou não de meio ambiente permissivo, podem promover a aterogênese e as manifestações clínicas não estão completamente esclarecidos. Apesar das numerosas publicações demonstrando a presença de antígenos ou DNA de agentes infecciosos nas placas de ateroma, a questão se o agente infeccioso pode iniciar o processo aterosclerótico ou agravá-lo permanece sem resposta, possibilitando o aprofundamento das pesquisas neste assunto. Desta forma, este trabalho tem como objetivo estudar se a infecção experimental, por C.pneumoniae e/ou M.pneumoniae, em camundongos C57BL/6 apoE KO induziria ou afetaria a intensidade e a característica de vulnerabilidade da placa ateromatosa, de acordo com o sexo e/ou a dieta rica em colesterol. Métodos: um grupo de camundongos recebeu dieta enriquecida com 1% de colesterol (hiperlipidêmica), e o outro ração com formulação adequada para espécie (normolipidêmica), desde os dois meses de idade. Aos 8 meses de idade foram subdivididos, inoculados com 106 UFI de C.pneumoniae e/ou 106 UFC de M.pneumoniae, por via intraperitoneal, reinoculados um mês após e sacrificados aos 10 meses de idade. Para análise histopatológica secções transversais das aortas torácicas foram processadas para emblocamento em parafina, cortadas com 5 µm de espessura e coradas pelas técnicas de hematoxilina-eosina e tricrômico de Masson. As medianas das variáveis: altura da placa, área da placa, área de gordura da placa, área da artéria, área da luz e porcentagem de obstrução da luz da artéria dos diferentes grupos foram submetidas ao teste de Mann Whitney, com o nível de rejeição de 5%. Resultados: a infecção por C.pneumoniae e/ou M.pneumoniae causou agravamento da aterosclerose tanto em camundongos C57BL/6 apoE KO machos quanto em fêmeas. No entanto, as fêmeas infectadas somente com M.pneumoniae evoluíram com placas mais instáveis, representadas por maior remodelamento positivo. A co-infecção por C.pneumoniae e M.pneumoniae induziu placas mais estáveis, ou seja, com menor conteúdo de gordura e sem remodelamento, tanto nos machos quanto nas fêmeas. A introdução de dieta rica em colesterol levou ao não desenvolvimento de remodelamento positivo do vaso nas fêmeas infectadas por M.pneumoniae, mas sim nas co-infectadas por C.pneumoniae e M.pneumoniae que apresentaram placas mais instáveis, por serem mais volumosas e com maior conteúdo de gordura. Nos machos houve desenvolvimento de placas mais gordurosas nos infectados por C.pneumoniae. Conclusão: A infecção por C.pneumoniae e/ou M.pneumoniae em camundongos C57BL/6 apoE KO levou ao desenvolvimento ou agravamento de placas de aterosclerose, com diferenças em relação a intensidade e padrões de vulnerabilidade de acordo com o sexo versus o tipo de agente infecciosos. Os subgrupos infectados de fêmeas apresentaram maior agravamento da aterosclerose do que os machos. A dieta rica em colesterol agravou a intensidade da aterosclerose e mudou os padrões de vulnerabilidade dos subgrupos infectados. / Independent of the presence or not a favorable ambient, mechanisms by which infectious agents may boost atherogenesis and clinical aspects are not fully elucidated. In spite of many demonstrations of infeccious agent antigens or DNA, the question if the infection may iniciate or aggravate the atherosclerotic process remains unanswered, requiring further studies. Therefore, the present work studies if the experimental infection of C57BL/6 apoE KO mice by C. pneumoniae and/or M. pneumoniae induces or affects the intensity of atherosclerosis and its characteristics of plaque vulnerability, with regard to the gender and/or the cholesterolrich diet. Methods: a group of mice was fed with 1% cholesterol-enriched diet (hyperlipidemic), from two months of age; the other group received adequately formulated food for the species (normolipidemic). At eight months of age, the mice were subgrouped according to inoculation intra-peritoneally with 106 IFU of C. pneumoniae and/or 106 CFU of M. pneumoniae, and re-inoculation one month later. They were killed at ten months of age. Cross-sectional thoracic aorta fragments were studied in embedded in paraffin block sections stained Hematoxylin-eosin and Masson?s trichromic techniques. Differences in the median of the variables: plaque height, plaque area, area of fat plaque, luminal area and percent obstruction of the lumen searched using the Mann Whitney?s test, with a 5% level of rejection. Results: the infection by C. pneumoniae and/or M. pneumoniae worsened atherosclerosis in both males and females C57BL/6 apoE KO mice. However, the M. pneumoniae inoculated female group presented more unstable plaques represented by positive remodeling of the vessel. The co-infection by both bacteria induced more stable plaque represented by low fat content and absence of vessel remodeling, in both male and female mice. The introduction of cholesterol enriched diet led to lack of positive vessel remodeling in M.pneumoniae inoculated female group, but development of unstable plaques characterized by large plaque are with high content of fat, in co-infected ones. In male groups there was development of plaque with higher fat content in the subgroup inoculated with C.pneumoniae. Conclusion: Infection by M. pneumoniae and/or C. pneumoniae, in C57BL/6 apoE KO mice, led to development or aggravation of atherosclerotic plaques, with differences regarding intensity and pattern of vulnerability according to the gender versus type of infectious agents. The infected female groups presented more aggravation of atherosclerosis than male ones. Cholesterol enriched diet aggravated the intensity of atherosclerosis and changed the patterns of vulnerability of infected subgroups.
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Estudo da co-participação de infecção natural pela Chlamydophila pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae na aterogênese experimental em coelhos / Study of co-participation of natural infection by Chlamidophila pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae at experimental atherogenesis in rabbitsFagundes, Raquel de Queiroz 17 March 2006 (has links)
Fatores de risco clássicos descritos como associados ao desenvolvimento da aterosclerose nem sempre conseguem explicar uma variabilidade da evolução da doença entre um indivíduo e outro. Evidências consistentes mostram que a inflamação exerce papel crucial na patogenia da aterosclerose. Recentemente, a infecção por alguns agentes, principalmente a C. pneumoniae, tem sido progressivamente aventada como possível fator colaborador no processo de aterogênese. O Mycoplasma pneumoniae, bactéria que utiliza colesterol para sua proliferação, foi descrito no interior de placas gordurosas humanas, conjuntamente com a C.pneumoniae. Objetivo - O presente estudo tem como objetivo verificar se antígenos dos agentes infecciosos M. pneumoniae e C. pneumoniae estão presentes na parede das artérias aortas normais dos coelhos, animal que tem sido freqüentemente utilizado no estudo da aterosclerose, e se a introdução de dieta rica em colesterol leva a proliferação desses microorganismos concomitante com o desenvolvimento da placa aterosclerótica e de inflamação. Material e Métodos - Foram estudados 39 coelhos da raça Nova Zelândia, divididos em três grupos conforme a alimentação: Grupo A - dieta normal , Grupo B - dieta com 1% de colesterol por 8 semanas e Grupo C - dieta com 1% de colesterol por 12 semanas. O colesterol total e frações foram dosados bioquimicamente, após sacrifício dos animais. Avaliou-se macroscopicamente a quantidade de placas de gordura na superfície da aorta através da coloração pelo Sudan IV e microscopicamente dois segmentos transversais: um torácico e um abdominal os quais foram submetidos a reações de Imunohistoquímica para antígenos infecciosos. Resultados - Antígenos da C. pneumoniae e M. pneumoniae estiveram presentes em todos os animais estudados, porém em quantidades progressivamente maiores nos grupos A, B e C. Houve forte correlação positiva entre a quantidade de antígenos infecciosos e espessura da camada íntima, inflamação e quantidade de gordura, à histologia tanto no segmento torácico quanto no abdominal. Houve correlação negativa entre perímetro do vaso e tamanho das placas no segmento torácico, cujas placas apresentaram maior porcentagem de fibrose comparadas com o segmento abdominal, indicando que as placas dessa região apresentam mais características evolutivas para placa estável, ou seja, remodelamento negativo do vaso e capa de fibrose. A intensidade da inflamação tanto na adventícia quanto na íntima se correlacionou positivamente à quantidade de ambos os patógenos reforçando a hipótese de que esses patógenos estão influenciando no desencadeamento da inflamação e desenvolvimento de aterosclerose. Os níveis plasmáticos de colesterol total e suas frações também se correlacionaram positivamente com os agentes infecciosos. Em conclusão - A alimentação rica em colesterol levou a aumento da intensidade de antígenos de Mycoplasma pneumoniae e C. pneumoniae presentes na íntima da aorta de coelhos, em correlação com aumento da espessura intimal e inflamação na parede do vaso, favorecendo de forma intensa a hipótese de que esses agentes têm papel importante na aterogênese. A presença desses microorganismos em pequena quantidade nos animais controles reforça a idéia de que esses microorganismos são habitantes usuais de mamíferos e que fatores de risco tais como o colesterol induzem sua proliferação e o desenvolvimento da aterosclerose / Classical risk factors described to be associated with the development of atherosclerosis do not completely explain the variability of the disease occurring among the individuals. Consistent evidences show that inflammation exerts a fundamental role in the pathogenesis and severity of atherosclerosis. Recentently, some infectious agents, specially the Chlamydophila pneumoniae (C.pneumoniae), have progressively been claimed as possible factor acting in the progression of atherosclerosis. Mycoplasma pneumoniae (M.pneumoniae), a bacterium that needs cholesterol for proliferation, has been described in human fat plaques, in conjunction with C.pneumoniae. Objective - The present study has the objective of analyzing if M. pneumoniae and C. pneumoniae antigens are present at the rabbit aorta arterial walls, as the rabbit is an animal model frequently used in studies of atherosclerosis; and if the cholesterol enriched diet may cause proliferation of these microorganisms concomitantly with the development of atherosclerotic plaques and inflammation. Material and Methods - 39 aortas from New Zealand rabbits divided in three groups according to the diet were studied: Group A -normal dieta, Group B - 1% cholesterol enriched diet for 8 weeks and Group C - 1% cholesterol enriched diet for 12 weeks. The serum levels of total and fractions of cholesterol were biochemically measured after animals killed. A macroscopic study of the percentage area occupied by fat at the intimal aorta surface was performed, using the Sudan IV stain. A microscopic study was performed in two transversal segments: a thoracic and an abdominal one, which were submitted to immunohistochemistry for detection of these infectious agents. Results - C. pneumoniae and M. pneumoniae Ags were present in all studied animals, however in progressively higher amounts in groups A, B and C. There was a strong positive correlation between microscopic amounts of infectious antigens and intimal thickness, inflammation and intraplaque fat, both at the thoracic and abdominal segments. There was a negative correlation between vessel perimeter and plaque area at the thoracic segment, where the plaques presented higher percentage of fibrosis compared with the abdominal segment, suggesting that the thoracic region plaques have characteristics for progression to estabilization: negative remodeling of the vessel and fibrous cap. The quantity of Inflammation at both intima and adventitia correlated positively with these infectious agents, re-inforcing the hypothesis that infectious antigens are inducing inflammation and development of atherosclerosis. Serum levels of total cholesterol and their fractions also positively correlated with the amount of infectious antigens. In conclusion - A rich cholesterol diet caused an increase of M. pneumoniae and C.pneumoniae antigens at intima of rabbit aortas, in strong positive correlation with intimal thickness and inflammation of the aorta wall, favoring the hypothesis that these infectious agents have important role in atherogenesis. The presence of small amount of these microorganisms\' antigens at the controls re-inforces the Idea that these microorganisms are usual inhabitants of mammals and that the risk factors such as cholesterol induce their proliferation and acceleration of atherosclerogenesis.
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