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A luta não faz parte da vida... e a vida: o projeto politico-religioso de um assentamento no oeste catarinenseSchwade, Elisete January 1992 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2012-10-16T23:07:57Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2016-01-08T17:40:31Z : No. of bitstreams: 1
91896.pdf: 7323638 bytes, checksum: f3f063177309b3f18b0804faa0a2c1ba (MD5) / Este trabalho constitui-se em um estudo de caso envolvendo um grupo de trabalhadores rurais assentados residentes no extremo-oeste de Santa Catarina que participaram do processo de "conquista da terra". A análise deste grupo no interior do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra privilegiou a interlocução com a Teologia da Libertação na construção de valores político-ideológicos que engendraram a luta. O grupo estudado tem como princípio a "coletivização", a vivência igualitária do cotidiano, sem divisão da terra em lotes individuais, o que o torna singular frente a outros assentamentos. No interior do "viver coletivo" efetivado cotidianamente é possível observar tensões, que são aqui analisadas apontando as transformações e rupturas na história de vida dos atores sociais em luta pela terra, que tem como objetivo último a "transformação da sociedade". Observando as práticas e representações no interior do grupo coletivizado, é possível apontar para o projeto de "construção da igualdade" enquanto sustentado pela "luta permanente". Esta luta, por sua vez, constrói-se no contexto do diálogo com valores político-religiosos, bem como a vivência dos mesmos.
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Missões de Maynas: presença territorial missionária e política de fronteira no Marañón (1638 – 1799)Santos, Roberta Fernandes dos 01 April 2016 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2016-08-25T11:52:23Z
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Previous issue date: 2016-04-01 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Pontifícia Universidade Católica de São Paulo / The region now known as Amazonia covers an immense tropical forest with territories divided among nine countries in South America. However, during the colonial period, the Amazon was a border space between the domains of Spain and Portugal and was the scene of territorial disputes.
The division of territories between the two Iberian empires was established in the late fifteenth century, by the Treaty of Tordesillas, which gave the appearance that the issue of boundaries was settled. But in practice, the future ownership of those virtual territories would depend on which of the two crowns would apply, effectively, a policy of occupation, economic exploitation and defense of such area.
This thesis focuses on the study of the region called Marañón, territory belonging to the Spanish domains. We analyze the missionary project designed for Missions of Maynas, between 1638 and 1799, based on the literature produced and on the documents written by the Jesuits and by the colonial authorities linked to the Marañón.
Our intention is to demonstrate how the missionary project was applied in the Missions of Maynas in the period as a politic of frontiers occupation, seeking evidence that this was the only model of settlement proposed to the Marañón and responsible for the consolidation of the Spanish presence in the region / A região atualmente conhecida como Amazônia é composta por uma imensa floresta tropical com territórios divididos entre nove países da América do Sul. Porém, durante o período colonial, a Amazônia constituía um espaço de fronteira entre os domínios de Espanha e Portugal e foi palco de grandes disputas territoriais.
A divisão dos territórios entre os dois impérios ibéricos foi estabelecida em fins do século XV pelo Tratado de Tordesilhas, o que dava a aparência de que a questão dos limites estava resolvida. Mas na prática, a posse futura daqueles territórios ainda virtuais naquele momento, dependeria de qual das duas coroas conseguiria aplicar, de maneira eficaz, uma política de ocupação, aproveitamento econômico e defesa de tal território.
Esta tese privilegia o estudo da região denominada Marañón, território pertencente aos domínios espanhóis. Analisamos o projeto missionário desenhado para as chamadas Missões de Maynas, entre os anos 1638 e 1799, a partir do estudo da bibliografia produzida sobre o assunto e da pesquisa dos documentos escritos tanto pelos jesuítas quanto pelas autoridades coloniais ligadas ao Marañón.
Nosso objetivo é demonstrar como o projeto missionário foi aplicado nas Missões de Maynas ao longo do tempo como uma política de ocupação das fronteiras, buscando evidenciar que este foi o único modelo de colonização proposto para o Marañón e o responsável pela consolidação da presença espanhola na região
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[en] FORTUNE S WHEEL: MODERNISM AND ADAPTATION IN RAÍZES DO BRASIL OF SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA / [pt] A RODA DA FORTUNA: MODERNISMO E ADAPTAÇÃO EM RAÍZES DO BRASIL DE SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDALEONARDO AYRES PADILHA 21 October 2010 (has links)
[pt] O presente trabalho consiste na análise da atividade de crítica literária e de
ensaística de Sérgio Buarque de Holanda desde o início da década de 1920 até
1936, ano da publicação da primeira edição de Raízes do Brasil. O argumento
procura considerar que há uma conexão particular entre a atividade de crítico
integrante do movimento modernista, exercida pelo autor nos primeiros anos, e a
formulação das questões que atravessam sua obra de 1936. Entretanto, esta
relação depende de uma compreensão específica de sua participação no
movimento modernista, que se deu por meio de um duplo movimento: a defesa da
renovação estética e a preocupação com a forma da tradição na sociedade
brasileira. O diálogo com autores como Alceu Amoroso Lima e Mário de Andrade
e a posterior viagem à Alemanha, levaram Sérgio Buarque a consolidar suas
posições modernistas e apurar suas preocupações sobre a peculiaridade da
formação do Brasil. O trabalho pretende discutir esta trajetória do pensamento do
autor, culminando na análise das idéias de fortuna e adaptação; o que se
revelou como uma estratégia de entendimento de alguns argumentos de Raízes
fora do aproveitamento mecânico do esquema weberiano (dos tipos-ideais e do
processo de racionalização do mundo) para a compreensão da colonização
portuguesa no Brasil. / [en] The present work consists in the analysis of Sérgio Buarque de Holanda’s
literary criticism and essays since the beginning of 1920’s through 1936, year of
the Raízes do Brasil first edition. The argument tries to establish a particular
connection between the role of critic under the modernism movement, which he
played in the early years, and the formulation of the questions running through his
1936 book. However, this relationship demands a particular understanding of his
participation in the modernism movement, as it was two folded: the defense of an
aesthetic renew and a concern for the tradition setting in Brazilian society. The
dialogue with such authors as Alceu Amoroso Lima and Mário de Andrade, and a
later trip to Germany, led Sergio Buarque to consolidate his modernism stances
and to refine his concerns about Brazilian peculiar development. This work
intends to discuss this trajectory in the author’s thought, culminating in the
analysis of the ideas of fortune and adaptation; that was revealed as a strategy
to understand some arguments in Raízes outside the mechanical weberian scheme
(of ideal types and the process of world rationalization) to comprehend the
Portuguese colonization in Brazil.
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Assentamento Pó de Serra em Londrina-PRBatista, Ederval Everson January 2003 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Geografia. / Made available in DSpace on 2012-10-20T19:57:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
197251.pdf: 5940296 bytes, checksum: 0a7ab94354e71b78c601a4bb2daa56c0 (MD5) / O trabalho teve por objetivo analisar o processo de formação sócio-espacial e as conquistas obtidas pelos assentados, pós assentamento na área, no assentamento Pó de Serra, localizado no distrito de Lerroville, em Londrina - PR. Para fundamentar a pesquisa, buscou-se na análise histórico-geográfica subsídios que ajudassem a
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[pt] POLICULTURA NO MUNICÍPIO DE NOVA FRIBURGO, RJ: PROCESSO DE EVOLUÇÃO E RELAÇÕES SOCIEDADE-NATUREZA / [en] POLYCULTURE IN NOVA FRIBURGO, RJ: EVOLUTION PROCESS AND NATURE-SOCIETY RELATIONSCONRADO CHERMUT STROLIGO 26 October 2016 (has links)
[pt] Como se observa na história de Nova Friburgo-RJ, desde o tratado firmado entre Dom João VI e o empresário suíço Nicolau Gachet, em 1818, para a implantação da colônia, o caráter produtivo de alimentos para a metrópole do Rio de Janeiro estava prescrito. Porém, após a chegada dos primeiros imigrantes suíços em 1819, devido a problemas de adaptação cultural, econômicos e ambientais, os objetivos iniciais da colônia foram substituídos pela necessidade de sobrevivência dos colonos, o que favoreceu a miscigenação cultural entre os mesmos e lusos, e ainda, indígenas e afro-brasileiros, favorecendo a formação de uma agricultura de caráter policultural. No decorrer de seus quase dois séculos de existência, o município presenciou a produção de alimentos diversificados no chamado meio rural, quanto no seu centro urbano, onde, ainda encontram-se presentes cultivos com fins de parcial subsistência em quintais produtivos, mesmo que de modo pulverizado na paisagem friburguense. No presente trabalho serão rastreadas as características comuns entre os cultivos dos entrevistados, sendo quatro presentes no distrito-sede e dois em distritos rurais de Nova Friburgo, a fim de analisar sua relação com o processo histórico, documentado, de formação da agricultura policultural de subsistência no município. Todos os manejos possuem caráter biodiverso e policultural na produção de alimentos sem o uso do fogo com fins de fertilização de solo e nenhum tipo de agroquímico. Portanto, este trabalho visa investigar a relação destes espaços produtivos, com as práticas agrícolas historicamente evidenciadas no município, a fim de verificar a potencial existência de vínculo cultural entre os casos do passado e do presente. E é neste contexto entre o atual e o pretérito, o novo e o velho, o interno e o externo que se dá a presente pesquisa. / [en] As noted in the history of Nova Friburgo-RJ since it s creation through the treaty between Dom João VI and the Swiss businessman Nicholas Gachet in 1818 for the implementation of the colony, the food production regarding the supplying Rio de Janeiro city s demand was prescribed. However, after the arrival of the first Swiss immigrants in 1819, due to problems of cultural adaptation, economic and environmental, the initial objectives of the colony were replaced by the need for survival of the settlers, which favored the cultural miscegenation between them and Portuguese s, indigenous and afroamericans, favoring the formation of a polycultural character of agriculture. During nearly two centuries of existence, the city witnessed the production of diversified food types in the so-called rural areas and in its urban center, where there are still present crops with partial subsistence purposes in productive backyards, notwithstanding they are pulverized in Nova Friburgo s landscape. In this work we will seek to analise the common characteristics between the crops of the enquired people, four of those living in the urban district and two in rural districts of Nova Friburgo, in order to analyze its relationship with the documented historical process, of polycultural agriculture subsistence emergence in the city. All managements have biodiverse character and polycultural in food production without the use of fire for fertilizing the soil neither of agrochemicals. Therefore, this paper aims to investigate the relationship of these productive areas, with agricultural practices historically evidenced in the municipality in order to verify the potential existence of a cultural link between the cases of the past and present. It is in this context between the present and the past, the new and the old, the internal and the external that the present research is proposed.
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O cárcere dos indesejáveis: Degredados na Amazônia Portuguesa (1750-1800)Torres, Simei Maria de Souza 09 October 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T19:31:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
HIS - Simei Maria de Souza Torres.pdf: 9477479 bytes, checksum: dc26edb506442d8aa9499474e78262ea (MD5)
Previous issue date: 2006-10-09 / The banishment is a very old penal practice, having been applied by the
societies in the defense and conservation of the order, excluding the social
environment of the elements that offended the rules of conduct. In Portugal, it had
been since the High Medium Age and from the XV and XVI centuries, the Portuguese
expansionist politic implemented the use, through the punishment of banishment, to
the ones that were socially undesirable like settlers in their overseas domains.
This work analyzes the banishment process for the Portuguese Amazon, in
the second half of the XVIII century. For Portuguese Amazon we understand the
distinct States from the State of Brazil in Portuguese America, therefore, it refers to
the territories of the State of Grão-Pará and Maranhão (1751-1772) and the State of
Grão-Pará and Rio Negro (1772-1823). It privileges and it relates three study objects
that have been little visited by the historiography: the convicted by the Portuguese
secular courts to the colonial banishment, the study of the banishment in the second
half of the XVIII century and the day-by-day of the convicted at the place of
banishment and the dimension of the insertion of those in the Amazonian colonial
society.
In this sense, it seeks to understand and to evidence the place of the banished
in the political communication circuits and in the instances of social structure and
institutional presence in the second Portuguese colony in America. It aims at the
Amazonian colony as a area of social tensions, negotiations and disputes; a possible
place of conquering the challenges of a new social adjustment, building or resuming
social ties, to those that had suffered an inverse social mobility: from metropolitans to
infamous banished ones / O degredo é uma prática penal muito antiga, tendo sido aplicada pelas
sociedades na defesa e conservação da ordem, excluindo do meio social os
elementos infratores das normas de conduta estabelecidas. Em Portugal, foi utilizada
desde a Alta Idade Média e, a partir dos séculos XV e XVI, a política expansionista
portuguesa implementou o aproveitamento, através da pena de degredo, dos seus
indesejáveis sociais como agentes colonizadores dos seus domínios no ultramar.
Este trabalho analisa o processo de degredo para a Amazônia portuguesa, na
segunda metade do século XVIII. Por Amazônia portuguesa compreendemos os
Estados distintos do Estado do Brasil na América portuguesa, portanto, refere-se aos
territórios do Estado do Grão-Pará e Maranhão (1751-1772) e o Estado do Grão-
Pará e Rio Negro (1772-1823). Privilegia e relaciona três objetos de estudo ainda
pouco visitados pela historiografia: os condenados por tribunais seculares
portugueses ao degredo colonial, o estudo do degredo na segunda metade do
século XVIII e o cotidiano dos condenados no local de degredo e a dimensão da
inserção destes na sociedade colonial amazônica.
Neste sentido, busca compreender e evidenciar o lugar dos degredados nos
circuitos de comunicação política e nas instâncias de estruturação social e
institucional presentes na segunda colônia portuguesa na América. Apontando a
colônia amazônica como um espaço de tensões sociais, negociações e disputas; um
local possível de se vencer os desafios de um novo ajuste social, de construir ou
reatar laços sociais, àqueles que haviam sofrido uma mobilidade social inversa: de
metropolitanos a infames degredados
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Desencanto da nova terraZart, Laudemir Luiz January 1998 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em Sociologia Política / Made available in DSpace on 2012-10-17T07:50:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1
210074.pdf: 761013 bytes, checksum: 6b50fee944d1bc41ca39c1efd1b276b9 (MD5) / A presente dissertação é um estudo de caso que tem como campo empírico de investigação o Projeto Especial de Assentamento Lucas do Rio Verde - MT. O assentamento ocorreu no princípio da década de oitenta, fazendo parte de uma política macro-estrutural de migração e colonização das terras da Amazônia, incorporando as "regiões anecúmenas" ou os "espaços vazios" aos centros produtores de capital e de trabalho. Lucas do Rio Verde foi um caso especial porque serviu como tentativa de desestruturação do acampamento de agricultores sem terra da Encruzilhada Natalino no município de Ronda Alta - RS. O objetivo que orientou o trabalho foi a compreensão das causas do abandono das terras pelos assentados em Lucas do Rio Verde, após um período de enfrentamentos conflituais e de luta pela terra na Encruzilhada Natalino. Para alcançar tal finalidade, buscamos em primeiro lugar explicitar a modernização do campo, iniciada nos anos 60, como processo de exclusão social, pano de fundo do fenômeno estudado. Neste sentido, compreende-se que a modernização não foi somente um encaminhamento para elevar a produtividade no setor agrícola, mas foi fundamentalmente um fenômeno conflitual entre a possibilidade de o agricultor permanecer incorporado ao sistema produtivo ou de ser excluído deste. Nos anos 80, reiniciaram as resistências, após o período de maior perseguição política promovida pelo Estado-militar brasileiro. As resistências se caracterizavam como formas coletivizadas de ocupação e acampamento em beira de estradas, de reivindicação e de proposição de políticas de concretização da reforma agrária. Esta iniciativa começou a caracterizar o movimento dos agricultores sem terra, que as ciências sociais englobam como um movimento social, tendo como orientação básica a destruição da estrutura agrária brasileira, caracterizada historicamente pelo seu caráter excludente e concentrador. Em resposta ao movimento dos agricultores sem terra, o Estado, juntamente com a elite política e econômica, através do INCRA, promove uma orientação em contraposição às reivindicações dos acampados. A ação e o discurso do Estado voltou-se para a colonização da região da Amazônia, caracterizando-se como uma contra-reforma agrária. Após a ocorrência do fenômeno de transferência de 203 famílias do Acampamento da Encruzilhada Natalino para Lucas do Rio Verde, começa ocorrer um processo de abandono da terra. Para explicitar as causas do abandono, buscou-se as razões junto aos próprios assentados, através de entrevistas para captar a sua história de vida, as representações e as disposições que criaram. A orientação metodológica básica foi a consideração da coexistência de situações estruturais ou objetivas e subjetivas-valorativas que influenciaram na configuração do fenômeno estudado. Não se partiu de um determinismo econômico ou estrutural, mas da pressuposição de que em condições e situações circunstanciais os agentes sociais envolvidos no drama que caracterizou o cenário da colonização, foram conduzidos pelas suas vontades, avaliações e orientações, num determinado instante, a decidir pelo abandono da terra. Em Lucas do Rio Verde, a justificativa explicativa dos agricultores assentados para elucidar as razões do abandono da terra estão voltadas principalmente para a resistência ao fenômeno da violência e da perseguição que caracterizaram o início do assentamento. A violência e a corrupção foram as principais causas da revolta, do desânimo e da desesperança dos assentados. A situação de saudades do passado, da necessidade e as dificuldades de reconstrução do espaço social, educativo e religioso tornavam-se superáveis frente à utopia de construção de um futuro promissor. A razão principal do abandono foi o medo e o terror espalhados nos sertões do cerrado mato-grossense nos inícios dos anos 80, ironicamente quando já se falava em terceiro milênio, em sociedade pós-industrial e pós-moderna.
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[en] JOSÉ DE ANCHIETA: THE MAN, HIS LITERATURE AND HIS ENGAJAMENT / [pt] JOSÉ DE ANCHIETA: O HOMEM, SUA LETRA E SEU ENGAJAMENTOGILDA MARIA DE ALMEIDA ROCHA BORGES DE CARVALHO 21 September 2010 (has links)
[pt] José de Anchieta desponta no século XVI como escritor e sacerdote, cujos
trabalhos intelectual e missionário foram fundamentais para a consolidação do
Brasil. A linha que liga história, política, religião e literatura é o caminho
percorrido para a compreensão da obra literária do jesuíta como engajada às
causas e instituições a que aderiu. / [en] Jose de Anchieta rises in the XVIth century as writer and priest, whose
intellectual and missionary works had been fundamental for the consolidation of
Brazil. The route that binds history, religion and literature is the pathway that
guides the achievement of this research that aims to comprehend the literary
composition of the Jesuit as committed to the causes and instituitions that he
belonged.
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[en] NARRATIVES OF DOMINATION IN GENERAL AGENCY OF COLONIES’ COLONIAL LITERATURE CONTEST (1926-1951) / [pt] NARRATIVAS DA DOMINAÇÃO NO CONCURSO DE LITERATURA COLONIAL DA AGÊNCIA GERAL DAS COLÓNIAS (1926-1951)FLAVIA ARRUDA RODRIGUES 21 October 2010 (has links)
[pt] O objetivo deste trabalho é fazer uma análise da construção discursiva da
colonialidade portuguesa a partir da leitura de narrativas que receberam o Prêmio
de Literatura Colonial da Agência Geral das Colónias (AGC), distinção concedida
pelo Estado Novo português entre 1926 e 1951. Trata-se do estudo dos processos
de dominação e hierarquização social realizados pela via literária nas antigas
colônias de Moçambique, Angola, e Timor-Leste. Para tanto, três obras foram
privilegiadas para leitura: Oiro africano, Na pista do marfim e da morte:
reportagens vividas e escritas por Ferreira da Costa e Gentio de Timor, escritas
pelos colonialistas portugueses Julião Quintinha, Ferreira da Costa e Armando
Pinto Corrêa nos anos de 1929, 1944 e 1935, respectivamente. Além de destacar e
analisar aspectos significativos do discurso colonial, este trabalho evidencia, em
paralelo, a dimensão política e cultural desses textos, que, usados como
ferramenta da ação colonial, acabaram também fazendo um autorretrato dos
próprios portugueses que colonizaram aquelas terras. Faz-se, ainda, pela análise
de fontes primárias como materiais de jornais de época, uma correlação entre o
lançamento dos títulos no mercado editorial português, a atuação social de seus
autores como articulistas na imprensa e os papeis que exerceram como educadores
ou administradores coloniais. / [en] The aim of this work is to draw an analysis of the discursive construction
of the portuguese coloniality trough the reading of narratives that won the General
Agency of Colonies` Colonial Literature Prize, an award granted by the
portuguese Estado Novo between 1926 and 1951. It focuses on the study of
domination and social hierarchization set up by literary means in the former
colonies of Mozambique, Angola and East Timor. For such task, three books were
chosen: Oiro africano, Na pista do marfim e da morte: reportagens vividas e
escritas por Ferreira da Costa e Gentio de Timor, respectively written by
portuguese colonialists Julião Quintinha, Ferreira da Costa and Armando Pinto
Corrêa in 1929, 1944 and 1935. Besides pointing out relevant aspects of the
colonial discourse, this work highlights the cultural and political dimension of
these texts, wich, used as a tool for the colonial action, ended out by making a
portrait of the same portuguese people who colonized those lands. Still, the
release of those titles in the portuguese editorial market is put into perspective
with the authors` social performance as news articulists and their roles as
educators or colonial managers. Primary sources, as newspapers, help accomplish
this work.
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[en] JUDICIAL REVIEW AND DEMOCRATIC DEFICITS: A COMMUNICATIVE CRITIQUE TOWARDS MODERN DISTORTIONS / [pt] JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL E DÉFICITS DEMOCRÁTICOS: UMA CRÍTICA COMUNICATIVA ÀS DISTORÇÕES MODERNASHELENA COLODETTI GONCALVES SILVEIRA 26 January 2010 (has links)
[pt] O presente trabalho almeja problematizar os déficits democráticos
existentes na jurisdição constitucional, partindo da premissa de que o direito
decidido pelas Cortes, sob certas condições, pode ter o mesmo efeito
desmobilizador sobre o mundo da vida que os sistemas clássicos de ação
estratégica (dinheiro e poder), caso utilize o saber jurídico especializado como
meio difusor de ideologias disfarçadas pela técnica. Chamaremos a atenção para
os riscos envolvendo uma atuação tecnocrática dos tribunais para as relações
sociais, no sentido de juridificá-las, e, por conseqüência, subtrair dos atores a
deliberação acerca dos rumos de sua comunidade, se valendo, para tanto, de uma
suposta neutralidade da norma, capaz de ocultar o exercício elitista de poder
político. Para fundamentar a nossa hipótese, será feita a reconstrução dos
processos de modernização das sociedades tradicionais, passando pelo Estado
liberal até chegar na variante intervencionista. O objetivo é identificar como dois
processos distintos de acúmulo de razão – comunicativa e instrumental - se
tornaram concorrentes e contraditórios na seletividade específica que marcou o
capitalismo ocidental, a culminar com a colonização sistêmica do mundo da vida
pela burocracia e economia. Feito o diagnóstico das distorções modernas, e para
reforçar a crítica inicial à tecnocracia, será descrito um modelo de Estado
constitucional que refuta veementemente o uso sistêmico do direito, e o coloca
como principal instituição de defesa do mundo da vida contra os assédios
funcionais. Um sistema jurídico comunicativamente engajado não comprometeria
a resolução dos problemas de reprodução material da sociedade, mas submeteria o
uso do poder político ao poder comunicativo, conferindo-lhe legitimidade em
virtude da gênese democrática. / [en] The present work aims to problematize the democratic deficits that
possibly exits in the abstract judicial review, starting from the premise that the law
which is decided by Courts could have the same demobilizing effect over the
lifeworld as the classic systems of strategic actions (power and money) if it uses
the specific juridical knowledge as a medium to difuse ideologies disguised as
technique. We’ll call attention for the risks to social relations involving a
technocratic ruling, which could lead to juridification, and thus taking away from
the society the task of deliberating their own social goals, and neutralizes a elitist
political power using as resource the presumed technical impartiality. To ground
our hypothesis, we are going reconstruct the modernization processes of the
tradicional societies, through the liberal state up to the welfare state variant,
having as purpose the explanation of how two different processes of rational
acumulation – communicative and instrumental – became contradictory and
concurrent according to the specific capitalism selection, culminating on
lifeword’s systemic colonization by bureaucracy and economy. From this
diagnose of the modern distorcion, and to reinforce our inicial criticism of
technocracy, we are going to describe a constitutional state model which strongly
refuses the sistemic use of law, and places it as the main lifeworld’s institution
defense against functional steering. A juridic system communicatively engaged
would not compromise the problems of material reproduction of society, but at the
same time would submit the political and economic power to communicative
power, atributing both legitimacy because law’s democratic genesis.
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