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Capital social, características do local de residência e autopercepção do estado de Saúde / Social capital, neighborhood characteristics and self rated healthSantos, Carla Graciane dos 05 April 2017 (has links)
Introdução. Capital social é definido como as características das associações e cooperações humanas que podem ter efeito na saúde. Estudos realizados na última década apontam para uma associação positiva entre maior capital social e melhores indicadores de saúde. Entretanto, algumas características da vizinhança de residência podem atuar como mediadores dessa associação, um tema ainda pouco analisado na literatura científica. Estudos nessa área podem ajudar a melhor entender o efeito do capital social em uma sociedade com altos índices de desigualdade e violência, como é o caso da brasileira. Objetivo. Analisar se as características da vizinhança atuam como mediadores da associação entre o capital social e a autopercepção de saúde. Metodologia. Foram usados os dados da linha de base (2008-2010) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). O ELSA-Brasil é uma coorte multicêntrica, composta por 15.105 funcionários públicos, ativos e aposentados, de ambos os sexos e com idades entre 35-74 anos vinculados a seis diferentes instituições de ensino e pesquisa brasileiras. As variáveis independentes de interesse foram os domínios de apoio social e de prestígio e educação e de coesão social de vizinhança individual, todos analisados no nível individual. Para a análise dos efeitos da vizinhança foram considerados apenas os indivíduos residentes no mesmo endereço há pelo menos cinco anos. As características de vizinhança estudadas foram: ambiente para atividade física, disponibilidade de alimentos saudáveis, segurança, violência percebida e vitimização. Modelos regressão logísticos foram sequencialmente ajustados para cada uma das características de vizinhança de interesse. Resultados. Os modelos apontam para uma associação consistente entre indicadores mais elevados de apoio e coesão social de vizinhança e melhor autopercepção de saúde, mesmo após o ajuste pelas características do local de residência. Por outro lado, a dimensão referente a prestigio e educação não apresentou uma associação significativa com a situação de saúde em nenhum dos modelos. O apoio social apresentou, na maioria dos modelos, um odds ratio (OR) de 0,81 (95 por cento , IC: 0,69-0,95) em indivíduos com apoio social moderado e OR de 0,62 (95 por cento , IC: 0,52-0,74) em indivíduos com apoio social elevado, mesmo após o controle pelas características da vizinhança. A coesão social da vizinhança também não apresentou modificação em seus efeitos e manteve para a maioria dos modelos um OR de 0,76 (95 por cento , IC: 0,67 0,85) para os indivíduos com coesão social moderada e OR de 0,82 (95 por cento , IC: 0,72 0,93) para os indivíduos com coesão social elevada. Apesar de todas as características de vizinhança terem apresentado associação significativa com a autopercepção de saúde, nenhuma causou modificação significante na associação entre os domínios de capital social e autopercepção de saúde. Conclusão. As características de vizinhança não alteraram significativamente a associação entre capital social e autopercepção de saúde, o que aponta para um efeito do capital social na saúde independentemente das características do local de residência. Entretanto, novos estudos são necessários para que os detalhes dos mecanismos envolvidos, principalmente em relação à possibilidade de causalidade reversa e ao tempo de exposição à vizinhança, sejam plenamente elucidados / Introduction. Social capital can be defined as the characteristics of human associations and cooperation that may have an effect on people\'s health. Studies conducted in the last decade point to a positive association between higher social capital and better health indicators. However, some characteristics of the neighborhood in which people live can act as mediators of this association, an area not yet analyzed in the scientific literature. Studies that analyze this association can help to improve the understanding of the effect of social capital in a society with high levels of inequality and violence, as is the Brazilian society. Objective. The aim of this thesis is to analyze whether neighborhood characteristics act as mediators of the association between social capital and self-perception of health. Methodology. Baseline data (2008-2010) from the Brazilian Longitudinal Study for Adult Health (ELSA-Brasil) was analyzed. ELSA-Brasil is a multi-center cohort of 15,105 active and retired civil servants of both sexes aged between 35-74 years linked to six different Brazilian teaching and research institutions. The multiple variables were the domains of social support, prestige and education and social cohesion of individual neighborhood, all analyzed at the individual level. For the analysis of neighborhood effects, only individuals residing at the same postal address for at least five years were included. The neighborhood characteristics studied were: physical activity environment, availability of healthy foods, safety, perceived violence and victimization. Logistic regression models were sequentially adjusted for each of the neighborhood characteristics of interest. Results. The models point to a consistent association between both higher support indicators and social neighborhood cohesion with better health status, even after adjusting for neighborhood characteristics. On the other hand, the dimension of prestige and education did not present a significant association with health situation in any of the models. Social support presented an odds ratio (OR) of 0.81 (95 per cent , CI: 0.69-0.95) for individuals with moderate social support and an OR of 0.62 (95 per cent CI, CI: 0.52-0.74) for individuals with high social support, even after controlling for neighborhood characteristics. Neighborhood social cohesion also did not presented modifications in its effects and remained stable in most OR models: 0.76 (95 per cent CI 0.67-0.85) for individuals with moderate social cohesion and 0,82 (95 per cent , CI: 0.72-0.93) for individuals with high social cohesion. Although all neighborhood characteristics presented a significant association with self-perception of health, none caused a change in the association between social capital domains and self- perception of health. Conclusions. The results indicate that neighborhood characteristics did not significantly alter the association between social capital and self-perception of health, which points to an effect of social capital on health regardless of neighborhood characteristics. However, new studies are needed in order to fully elucidate the details of the mechanisms involved, especially in relation to reverse causation and exposure time within a neighborhood
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Epidemiologia das infecções de corrente sangüinea de origem hospitalar em hospital de assistência terciária, São Paulo, Brasil / Epidemiology of nosocomial bloodstream infections in hospital with complex care attendance in São Paulo, BrazilPatricia Rodrigues Naufal Spir 03 September 2007 (has links)
INTRODUÇÃO: As infecções hospitalares (IH) representam uma causa importante de morbidade e mortalidade em crianças criticamente enfermas. Há poucos trabalhos na faixa etária pediátrica e a maioria deles demonstra que a infecção de corrente sangüínea (ICS) é a causa mais importante de IH em pacientes graves. O OBJETIVO deste estudo foi analisar a epidemiologia das infecções de corrente sangüínea de origem hospitalar em crianças internadas no Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo hospital de ensino e de assistência terciária, no período de janeiro de 1996 a agosto de 2003. MÉTODOS: O estudo foi feito no modelo de coorte, com análise retrospectiva de dados referentes às infecções de corrente sangüínea, coletados por método de vigilância ativa, seguindo os métodos validados pelo NNIS (National Nosocomial Infections Surveillance System). RESULTADOS: As infecções hospitalares (n = 4233) foram uma causa significativa de morbidade intra-hospitalar no local e período estudados. O risco de um paciente desenvolver uma ou mais infecções hospitalares foi de 11,5 para 100 saídas. As ICS representaram mais de um terço das IH nos oito anos analisados, com uma densidade de incidência que variou de 20,4 na Oncologia, 7,7 na UTI Neonatal, 7,3 na Pediátrica até 1,9 por 1000 pacientes-dia na Cirurgia. Ocorreram com maior freqüência em crianças com idade 5 anos (70,0%), com cateter venoso central (66,7%), e com doenças de base graves (80,4%). Pelo menos um agente infeccioso foi isolado em 78,9% dos episódios de ICS, sendo 41,5% gram-positivos e 44,8% gram-negativos. O microrganismo mais freqüente foi o Staphylococcus coagulase negativo (22,7%). A resistência do S. aureus e dos Staphylococcus coagulase negativos à oxacilina atingiu 58,9 e 80,3%, respectivamente. As cepas dos principais gram-negativos isolados (Klebsiella spp, Enterobacter spp, Pseudomonas spp e E.coli) mostraram-se amplamente resistentes à ceftriaxona, ao aztreonam e, em cerca de 35 a 57%, aos aminoglicosídeos. As ICS foram a causa ou contribuinte para o óbito em 21,9% dos pacientes, mas durante o período do estudo houve um decréscimo significante na mortalidade dos pacientes com ICS. CONCLUSÕES: A ICS foi uma causa importante de morbidade e mortalidade em pacientes pediátricos, predominando em crianças jovens e com doenças de base graves. Os principais fatores associados a ICS incluíram o uso de cateter vascular central e doença de base grave. Patógenos gram-negativos predominaram em todos os anos. O diagnóstico e terapêutica precoce são essenciais para a prevenção da morbidade e mortalidade e com a caracterização das ICS de origem hospitalar, pode-se auxiliar o programa de prevenção destas infecções e suas repercussões / INTRODUCTION: The hospital infections (HI) are main causes of morbidity and mortality in critically ill children. There are only few studies in pediatric age groups, and most of them demonstrated that the bloodstream infection (BSI) is the most important cause of HI in critically ill children. The OBJECTIVE of this study was to analyze the epidemiology of the nosocomial bloodstream infections (BSI) in children admitted to Instituto da Criança of Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo a teaching hospital with complex care attendance, from January 1996 to August 2003. METHODS: The study was carried out in a cohort model, with retrospective data analyses regarding bloodstream infections collected through active surveillance, following the methods validated by the National Nosocomial Infection Surveillance System NNIS. RESULTS: The HI represented a significant cause of morbidity in patients admitted to the hospital within period and local studied. The patients risk for developing one or more HI was 11,5 per 100 exits. The BSI represented more than one third of the HI in the eight analyzed years, with a incidence density varying from 20,4 at Oncology, 7,7 on Neonatal Intensive Care Unit, 7,3 at Pediatric Intensive Care Unit up to 1.9 per 1000 patient-days at Surgery. It occurred more frequently on children on the age of < 5 years old (70,0%), with central vein catheter (66,7%), and critically ill (80,4%). At least one infection agent was isolated in 78,9% of the BSI episodes, 41,5% gram-positive and 44,8% gram-negative. The most frequent pathogen was coagulase-negative staphylococci (22,7%). The proportion of S. aureus and coagulase-negative staphylococci methicillin resistant reached 58,9 and 80,3%, respectively. The main isolated gram-negatives (Klebsiella spp, Enterobacter spp, Pseudomonas spp and E.coli) showed thoroughly resistance to ceftriaxone, to aztreonam and on 35 to 57% to aminoglycosides. The BSIs were the cause or contribution for death in 21,9% of the patients, but during the period of this study, there was a significant lowering on mortality rate of patients with BSI. CONCLUSIONS: The BSI was important cause of morbidity and mortality in pediatric patients, predominantly in young and critically ill children. The main factors associated to BSI included the use of central vascular catheter and severe disease. Gram-negative pathogens predominated in every one all the years. The diagnoses and precocious therapy are essential on the prevention of morbidity, mortality and the characterization of nosocomial BSI, and would help on prevention programs of these infections and its repercussions
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Fatores pré-natais e prematuridade: coorte retrospectiva com análise secundária de dados da pesquisa Nascer no Brasil - Região Sudeste / Prenatal factors and prematurity: retrospective cohort with secondary analysis of data from Birth in Brazil study - Southeast regionVicente Lordello Cortez 11 August 2017 (has links)
Introdução - A prematuridade, definida como nascimento antes de 37 semanas completas de gestação, ainda tem suas vias causais pouco explicadas. Objetivo - Analisar a prevalência de prematuridade e dos fatores do período pré-natal a ela relacionados, por meio de análise secundária dos dados da Região Sudeste, da pesquisa Nascer no Brasil. Métodos - A regressão binária de Poisson foi empregada na seleção das variáveis e as que apresentaram valor de p<0,20 foram incluídas a seguir no modelo de regressão logística hierarquizado, divididas em blocos de acordo com a proximidade temporal em relação ao desfecho, utilizando critérios clínicos e as interações atualmente já mais bem estabelecidas entre as variáveis. A análise estatística do modelo foi feita com regressão linear múltipla de Poisson, com ajuste robusto da variância. As variáveis com valor de p<0,20 foram incluídas no nível seguinte, como fator de ajuste. A medida de efeito foi o Risco Relativo (RR), calculadas com intervalos de confiança (IC) de 95 por cento e, ao final da análise, as variáveis que apresentaram valores de p<0,05 dentro de cada nível foram consideradas fatores de risco para a prematuridade. Resultados - As variáveis estatisticamente significativas foram: no nível intermediário I (bloco 2.1), a idade materna entre 12 e 19 anos (RR: 1,23; IC: 1,05 - 1,46); no nível intermediário II (bloco 2.2), a decisão pelo parto cesáreo (RR: 1,47; IC: 1,20 - 1,80); no nível proximal (bloco 3), a idade materna maior que 35 anos (RR: 1,28; IC: 1,06 - 1,54), a não decisão da via de parto (RR: 1,34; IC: 1,11 - 1,61), realizar menos de 5 consultas de PN (RR: 2,57; IC: 2,20 - 3,01), realizar 12 ou mais consultas de PN (RR: 0,74; IC: 0,55 - 0,99), cor da pele preta ou parda (RR: 0,83; IC: 0,73 - 0,95), nenhuma gestação anterior (RR: 1,43; IC: 1,17 - 1,74), baixo peso ao nascer anterior (RR: 1,35; IC: 1,01 - 1,82), prematuro anterior (RR: 2,01; IC: 1,51 - 2,68), condições clínicas prévias maternas (RR: 1,31; IC: 1,05 - 1,63), condições obstétricas na gestação atual (RR: 1,58; IC: 1,18 - 2,12), condições clínicas diagnosticadas na admissão para o parto (RR: 1,81; IC: 1,50 - 2,18) e internação durante a gestação atual (RR: 2,07; IC: 1,78 - 2,41) Conclusões - Identificados como fator de proteção contra a prematuridade: a mãe apresentar cor da pele preta ou parda e realizar mais de 12 consultas de pré-natal. Condições de maior risco para prematuridade: mãe primípara, extremos de idade materna, decisão da via de parto cesáreo ou a não participação materna na mesma, realizar menos de cinco consultas no PN, antecedentes de baixo peso ao nascer e prematuridade, ter alguma complicação clínica diagnosticada na gestação atual ou na admissão para o parto, alguma complicação obstétrica diagnosticada, hipertensão arterial ou alguma internação durante a gestação. O nascimento prematuro ainda é a maior causa de mortes em RNs no mundo, com aumento progressivo da incidência nos últimos anos, por isso a pesquisa básica visando inovar sobre o tema é tão importante / Introduction: Prematurity is defined as a birth occurring before 37 complete weeks of gestation and its causal pathways are not entirely understood. Objectives: To analyse the prevalence of prematurity and risk factors related to it in a secondary analysis of data from the Brazils Southeast region in Birth in Brazil survey. Method: Binary Poisson regression was used to select the variables and those with p<0,20 were included in the hierarchical model. The blocks of variables in the model were then structured according to variables temporal relation to the outcome, clinical plausibility and current known interactions with each other. Statistical analysis was conducted with general linear model and Poisson regression, with robust adjustment of variance. Variables with p<0,20 were included in the next level as an adjustment factor. The outcome measure was Relative Risk (RR), calculated with confidence intervals of 95 per cent . In the final model, variables with p<0,05 were considered independent risk factors for preterm birth. Results: Variables with statistical significance were: in the intermediary level I (block 2.1): age between 12 and 19 years-old (RR: 1,23; IC: 1,05 - 1,46); in the intermediary level II (block 2.2): decision for caesarean delivery (RR: 1,47; IC: 1,20 - 1,80), in the proximal level (block 3): maternal age > 35 years-old (RR: 1,28; IC: 1,06 - 1,54); not having a decision for the mode of birth (RR: 1,34; IC: 1,11 - 1,61), >5 antenatal appointments (RR: 2,57; IC: 2,20 - 3,01), >12 prenatal appointments (RR: 0,74; IC: 0,55 - 0,99), maternal black/ brown skin colour (RR: 0,83; IC: 0,73 - 0,95), no previous pregnancies (RR: 1,43; IC: 1,17 - 1,74), previous low birthweight new-born (RR: 1,35; IC: 1,01 - 1,82), previous preterm birth (RR: 2,01; IC: 1,51 - 2,68), previous clinical complications (RR: 1,31; IC: 1,05 - 1,63), obstetric complications in the current pregnancy ((RR: 1,58; IC: 1,18 - 2,12), clinical complications diagnosed at the hospital admission (RR: 1,81; IC: 1,50 - 2,18) and admission at the hospital in the current pregnancy (RR: 2,07; IC: 1,78 - 2,41). Conclusions: Variables identified as protection factors against prematurity were: maternal black or brown skin colour and >12 antenatal appointments. Variables identified as risk factors were: primiparity, maternal age 35, decision for caesarean as the mode of birth, non-participation of the mother in the decision of the mode of birth, <5 prenatal appointments, previous low birth weight new-born, previous preterm birth, having one or more clinical complication in the current pregnancy or at the admission for delivery, having one or more obstetric complications diagnosed during pregnancy, hypertension or a hospital admission at the hospital during the current pregnancy. Preterm birth is still the main cause of child death in the world, with increasing rate in the past years, which justificates the importance of basic and innovative research in this area of knowledge
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Ganho de peso gestacional, retenção de peso pós-parto e índice de massa corporal infantil: contribuições das coortes de nascimento BRISA e Geração XXI / Gestational weight gain, postpartum weight retention and body mass index in children: contributions of BRISA and Generation XXI birth cohortsChagas, Deysianne Costa das 19 February 2016 (has links)
Submitted by Rosivalda Pereira (mrs.pereira@ufma.br) on 2017-06-20T19:51:22Z
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Previous issue date: 2016-02-19 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / This study aimed to: analyze the total, direct and indirect effects of gestational weight gain in postpartum weight retention in 2607 women BRISA cohort and analyze the total, direct and indirect effects of gestational weight gain in the child’s body mass index in 3202 mother-child pairs of the BRISA cohort and 540 pairs mother-child pairs of the Generation XXI cohort. In the first paper the effects of gestational weight gain and breastfeeding on postpartum weight retention were evaluated using structural equation modeling. The variables used were age, socioeconomic status, parity, pre-pregnancy body mass index (BMI), gestational weight gain, breastfeeding duration, follow-up time after delivery and postpartum weight retention. Gestational weight gain had a positive total effect (standardized coefficient CP = 0.49, p<0.001) in retention postpartum weight while breastfeeding duration (CP = -0.10, p <0.001) had an negative total effect. In the second paper the effect of gestational weight gain in child’s body mass index in two birth cohorts with different levels of socioeconomic development was evaluated through path analysis, we have also used the following variables in the model: family income, maternal education, pre pregnancy body mass index, gestational weight gain, birth weight and breastfeeding. The child’s body mass index was influenced by pre-pregnancy body mass index (CP = 0,127, p <0,001; CP = 0,252, p <0,001), weight gain during pregnancy (CP = 0,094, p <0,001; CP = 0,129, p = 0,003) and birth weight (CP = 0,164, p <0,001; CP = 0,230, p <0,001) in both cohorts, BRISA and Generation XXI, respectively. In the second paper the effect of gestational weight gain in child’s body mass index in two birth cohorts with different levels of socioeconomic development evaluated through path analysis. The variables used were BMI for age, family income, maternal education, pre-pregnancy BMI, gestational weight gain, birth weight and duration of breastfeeding. Gestational weight gain had a positive total effect on the child BMI in the Brazilian cohort (standardized coefficient (SC) = 0.094; p < 0.001) and in the Portuguese cohort (SC = 0.129; p = 0.003). In addition, pre-pregnancy BMI (SC = 0.127, p < 0.001; SC = 0.252, p < 0.001) and birth weight (SC = 0.164, p < 0.001; SC = 0.230, p < 0.001) also had direct effects on child BMI in both cohorts, respectively. Family income had a positive total effect (SC = 0.056, p = 0.004) only in BRISA cohort. Family income had a total positive effect (CP = 0.056, p = 0.004) only in BRISA cohort. It was observed that the postpartum weight retention and child’s body mass index were influenced by gestational weight gain in different ways. The gestational weight gain has a high magnitude of effect in the postpartum weight retention while the child’s body mass index its effect was of low magnitude. In addition, this survey showed two important results: the negative total effect of breastfeeding on postpartum weight retention and the total positive effect of family income on child’s body mass index only in BRISA cohort. Thus reducing the overweight prevalence in women of childbearing age and to monitor and ensure proper weight gain during pregnancy may be possible mechanisms to prevent excess maternal weight and infant after delivery. / O presente estudo teve como objetivos: analisar os efeitos total, indireto e direto do ganho de peso gestacional na retenção de peso pós-parto em 2607 mulheres da coorte BRISA e analisar os efeitos total, indireto e direto do ganho de peso gestacional no índice de massa corporal infantil em 3202 pares mães/filhos da coorte BRISA e 540 pares mães/filhos da coorte Geração XXI. No primeiro artigo os efeitos do ganho de peso gestacional e do aleitamento materno na retenção de peso pós-parto foram avaliados por meio de modelagem de equações estruturais. As variáveis utilizadas foram idade, situação socioeconômica, paridade, índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional, ganho de peso gestacional, duração do aleitamento materno, tempo de acompanhamento após o parto e retenção de peso pós-parto. O ganho de peso gestacional apresentou um efeito total positivo (coeficiente padronizado CP = 0,49, p<0,001) na retenção de peso pós-parto enquanto a duração do aleitamento materno (CP = -0,10; p<0,001) apresentou efeito total negativo. No segundo artigo o efeito do ganho de peso gestacional no índice de massa corporal infantil de duas coortes de nascimento com diferentes níveis de desenvolvimento socioeconômico foi avaliado por meio de análise de caminhos. Foram utilizadas as seguintes variáveis no modelo: renda familiar, escolaridade materna, índice de massa corporal pré gestacional, ganho de peso gestacional, peso ao nascer e aleitamento materno. As variáveis que apresentaram efeito total no índice de massa corporal infantil foram o índice de massa corporal pré-gestacional (CP=0,127, p<0,001; CP=0,252, p<0,001), ganho de peso durante a gestação (CP=0,094, p<0,001; CP=0,129, p=0,003) e peso ao nascer (CP=0,164, p<0,001; CP=0,230, p<0,001) em ambas coortes, BRISA e Geração XXI, respectivamente. A renda familiar apresentou efeito total positivo (CP=0,056, p=0,004) apenas na coorte BRISA. No segundo artigo o efeito do ganho de peso gestacional no índice de massa corporal da criança em coortes de nascimentos com diferentes níveis de desenvolvimento socioeconômico foi avaliado por meio de análise de caminhos. As variáveis utilizadas foram IMC para a idade, renda familiar, escolaridade materna, IMC pré-gestacional, ganho de peso gestacional, peso ao nascer e duração do aleitamento materno. Ganho de peso gestacional teve um efeito total positivo no IMC infantil na coorte brasileira (coeficiente padronizado (SC) = 0,094; p <0,001) e na coorte portuguesa (SC = 0,129; p = 0,003). Além disso, IMC pré-gestacional (SC = 0,127, p <0,001; SC = 0,252, p <0,001) e peso ao nascer (SC = 0,164, p <0,001; SC = 0,230, p <0,001) também tiveram efeitos diretos sobre IMC infantil em ambos os grupos, respectivamente. A renda familiar teve um efeito total positivo (SC = 0,056, p = 0,004) apenas em BRISA coorte. Foi possível observar que a retenção de peso pós-parto e o índice de massa corporal infantil foram influenciados pelo ganho de peso gestacional de diferentes formas. O ganho de peso gestacional apresentou um efeito de alta magnitude na retenção de peso pós-parto enquanto que no índice de massa corporal infantil seu efeito foi de baixa magnitude. Além disso, esta pesquisa apontou dois resultados importantes: o efeito total negativo do aleitamento materno na retenção de peso pós-parto e o efeito total positivo da renda familiar no índice de massa corporal infantil apenas na coorte BRISA. Desta forma, reduzir as prevalências de excesso de peso em mulheres em idade fértil e monitorar e garantir o adequado ganho de peso durante a gestação podem ser possíveis mecanismos para prevenir o excesso de peso materno e infantil após o parto.
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Análise da incidência dos linfomas no município de São Paulo, 1997 a 2012 / Analysis of the incidence of lymphomas in the city of São PauloRaphael Akira Siqueira Ishibashi 25 October 2018 (has links)
Introdução: Os linfomas abrangem um grupo heterogêneo de neoplasias originadas no sistema linfático, diferentes quanto à sua histologia, prognóstico e epidemiologia, embora possa haver grande número de aspectos clínicos comuns. De acordo com sua morfologia, dividem-se dois grupos: os linfomas Hodgkin (LH) e os linfomas não-Hodgkin (LNH). Objetivo: Avaliar a tendência temporal da incidência de linfomas no período de 1997 a 2012, identificando a influência de fatores como o sexo, a idade, o período e a coorte e nascimento. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico. Foram obtidas, do Registro de Câncer de Base Populacional de São Paulo (RCBP-SP), informações sobre todos os casos novos de linfomas no Município de São Paulo, diagnosticados no período de 1997 a 2012. Informações sobre o número de habitantes do Município foram obtidas online através do site do Departamento de Informática do SUS. Para avaliar a tendência da incidência de linfomas no decorrer do período, segundo sexo e faixa etária, foram ajustados modelos lineares generalizados (MLG). Para avaliar a influência da idade, do período de diagnóstico e das coortes de nascimento na tendência da incidência dos linfomas, foi utilizado o modelo idade-período-coorte (IPC). Resultados e conclusões: Dos 18.037 casos analisados, 20,5% eram do tipo LH e 79,5% do tipo LNH. Entre os casos de LH, 52,6% eram homens e 70,0% tinham entre 20 e 39 anos. A taxa de incidência de LH padronizada por idade, por 100 mil habitantes, variou de 5,0 em 1997 para 4,0 em 2012, entretanto, não foi detectada nenhuma tendência significativa na incidência ao longo do tempo (p>0,05). O risco de desenvolver LH foi maior no sexo masculino do que no feminino apenas na faixa etária de 0 a 14 anos (p<0,001), nas demais, o risco foi semelhante para ambos os sexos (p>0,05). O risco de desenvolver LH segundo a faixa etária apresentou um padrão etário bimodal. No sexo feminino, os maiores riscos ocorreram nas faixas de 20 a 39 e de 65 anos e mais e, no masculino, nas faixas de 15 a 19 e de 65 anos e mais. O modelo IPC apontou uma influência da coorte de nascimento na incidência de LH em mulheres: para aquelas nascidas antes de 1960, quanto mais antiga a coorte, maior o risco de LH; para as nascidas após 1960, o risco relativo permaneceu estável. Entre os casos de LNH, 51,6% eram homens e 77,4% tinham mais de 40 anos. A taxa de incidência de LNH padronizada por idade, por 100 mil habitantes, passou de 22,6 em 1997 para 17,0 em 2012. Foi detectada uma tendência de decréscimo na incidência de LNH de 1,7% ao ano em todas as faixas etárias, em ambos os sexos (p<0,001). O risco de desenvolver LNH aumentou continuamente com o avançar da idade, em ambos os sexos. O modelo IPC não detectou efeitos de período. Para os homens, as coortes mais velhas apresentam maior risco e, as mais jovens, menor risco. Para as mulheres nascidas antes de 1960 o comportamento foi semelhante ao dos homens, para as nascidas após 1960, o risco relativo permaneceu estável. / Introduction: Lymphomas comprise a heterogeneous group of neoplasias originating in the lymphatic system, different in their histology, prognosis and epidemiology, although there may be a large number of common clinical aspects. According to their morphology, two groups are divided: Hodgkin\'s lymphomas (HL) and non-Hodgkin\'s lymphomas (NHL). Objective: To evaluate the temporal trend of the incidence of lymphomas in the period from 1997 to 2012, identifying the influence of factors such as sex, age, period and cohort and birth. Methodology: This is an ecological study. Information about all new cases of lymphomas in the city of São Paulo, diagnosed in the period from 1997 to 2012, were obtained from the São Paulo Population Based Cancer Registry. Information on the number of inhabitants of the Municipality were obtained online through the website of the SUS Department of Informatics. To evaluate the trend of lymphoma incidence during the period, according to sex and age group, generalized linear models (GLM) were adjusted. The age-period-cohort (APC) model was used to evaluate the influence of age, diagnosis period and birth cohorts on the trend of lymphoma incidence. Results and conclusions: Of the 18,037 cases analyzed, 20.5% were HL type and 79.5% NHL type. Among the cases of HL, 52.6% were men and 70.0% were between 20 and 39 years old. The age-standardized incidence rate of HL per 100,000 population ranged from 5.0 in 1997 to 4.0 in 2012, however, no significant trend in incidence over time was detected (p> 0.05). The risk of developing HL was greater in males than in females only in the age group 0 to 14 years (p <0.001), in the others, the risk was similar for both sexes (p> 0.05). The risk of developing HL according to the age group presented a bimodal age pattern. In females, the highest risks occurred in the 20-39 and 65-year-olds, and in the male, in the 15-19 and 65 years and older ranges. The APC model pointed to an influence of the birth cohort on the incidence of HL in women: for those born before 1960, the older the cohort, the higher the risk of HL; for those born after 1960, the relative risk remained stable. Among the cases of NHL, 51.6% were men and 77.4% were over 40 years old. The age-standardized incidence rate of NHL per 100,000 population increased from 22.6 in 1997 to 17.0 in 2012. A trend of a decrease in the incidence of NHL of 1.7% per year was observed in all ranges in both sexes (p <0.001). The risk of developing NHL increased steadily with advancing age in both sexes. The APC model did not detect period effects. For men, older cohorts are at higher risk, and younger cohorts are at lower risk. For women born before 1960 the behavior was similar to that of men, for those born after 1960, the relative risk remained stable.
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Transferência placentária e cinética de anticorpos antidengue materno transferidos em uma coorte de crianças no primeiro ano de vida / Placental transfer and kineticis of maternal transferred dengue-specific antibodies in a cohort of children during the first year.Castanha, Priscila Mayrelle da Silva January 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães. Recife, PE, Brasil / Anticorpos antidengue materno transferidos têm sido implicados na imunopatogênese da dengue grave em lactentes. Postula-se que esses anticorpos possuam um papel distinto durante os primeiros anos de vida: ao nascimento, anticorpos antidengue materno adquiridos conferem proteção, e em seguida declinam a níveis subneutralizantes capazes de facilitar a infecção pelo vírus dengue (DENV) mediante o mecanismo de ADE (Antibody dependent enhancement), aumentando o risco de ocorrência das formas graves da dengue. Estudos prospectivos conduzidos em lactentes Asiáticos têm mostrado que o pico de anticorpos materno adquiridos com a capacidade de mediar aumento da infecção pelo DENV ocorre entre o sexto e o nono mês de vida, o que correlaciona com a epidemiologia da dengue grave em lactentes dessa região. Esta tese descreve o perfil de imunidade materna antidengue e a transferência placentária de anticorpos dengue-específicos em pares mãe-cordão recrutados em um estudo de coorte prospectivo conduzido na cidade do Recife, Nordeste do Brasil. Adicionalmente, esse trabalho analisa o papel dos níveis de IgG total maternos e da imunidade antidengue materna na transferência de anticorpos ao feto. Na coorte de lactentes, a tese avalia a cinética de declínio dos anticorpos antidengue materno-transferidos e sua capacidade de mediar ADE durante os primeiros anos de vida. Níveis de IgG DENV-especifico e de anticorpos neutralizantes sorotipo específicos (DENV1-4) foram determinados em 376 pares mãe-cordão. A cinética de anticorpos materno transferidos neutralizantes e/ou mediadores de ADE foi investigada em uma subamostra das crianças inseridas na coorte. A maior parte das gestantes apresentava imunidade ao sorotipo DENV-3 (53,7 por cento) ou a combinação DENV-3/ DENV-4 (30,6 por cento). Níveis de IgG DENV-específico e de anticorpos neutralizantes para os sorotipos DENV-3 e DENV-4 foram significativamente maiores nas amostras do cordão umbilical do que nas respectivas amostras maternas. Mães imunes a apenas um sorotipo do vírus transferiram maiores níveis de IgG DENV-especifico (p=0,02) e de anticorpos neutralizantes para o DENV-3 (p=0,04) quando comparado a mães imunes a múltiplos sorotipos do DENV. Níveis de anticorpos materno transferidos para o DENV-3 foram indetectáveis em 90 por cento das crianças aos 4 meses de idade. O pico de atividade ADE foi detectado no segundo mês de vida (p0,0001) e rapidamente declinou no quarto mês de vida (p=0,0035). Diferente do observado em lactentes asiáticas, o pico de atividade ADE mediado pelos anticorpos maternos transferidos ocorreu mais nos lactentes Brasileiros. Esses resultados possuem importantes implicações para a imunopatogênese da dengue durante a infância e para o estabelecimento de futuros esquemas vacinais antidengue nos primeiros anos de vida (AU)
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Uso da troponina l de alta sensibilidade na avaliação prognóstica de pacientes na fase subaguda da síndrome coronariana aguda / Use of high-sensitivity troponin I for prognostic evaluation of patients in the subacute phase after acute coronary syndromeLeandro Teixeira de Castro 17 July 2017 (has links)
Introdução: Existe ampla variação no prognóstico de pacientes na fase subaguda após um episódio de síndrome coronariana aguda. O uso da troponina cardíaca de alta sensibilidade pode auxiliar na identificação de pacientes com maior risco de complicações em médio e longo prazo. Objetivos: Identificar, nos pacientes com SCA, a frequência de níveis persistentemente elevados de troponina; avaliar a relação entre a elevação persistente dos níveis de troponina e a incidência de desfechos adversos, como: morte por todas as causas, morte cardiovascular e morte por infarto agudo do miocárdio, pelo período de seguimento de até cinco anos após o evento índice; e avaliar se a incidência de desfechos adversos está relacionada a elevação dos níveis de troponina mesmo abaixo do valor de corte para o 99º percentil do método. Métodos: Foram avaliados todos os pacientes recrutados no estudo ERICO (Estratégia de Registro da Insuficiência Coronariana) com diagnóstico de angina instável (AI), infarto agudo do miocárdio (IAM) sem supradesnivelamento de segmento ST e IAM com supradesnivelamento de segmento ST. Níveis de troponina I de alta sensibilidade foram medidos em 525 pacientes no período de 25 a 90 dias após um episódio de síndrome coronariana aguda (SCA). Os participantes foram divididos em tercis de acordo com os níveis de troponina e seguidos entre fevereiro de 2009 e dezembro de 2015. Os desfechos analisados foram: mortalidade por todas as causas, mortalidade cardiovascular e incidência de infarto agudo do miocárdio. Resultados: Pacientes no tercil superior de troponina colhida entre 25 e 90 dias tiveram maior taxa de risco (TR) de mortalidade por todas as causas quando comparados com o tercil inferior, na análise não ajustada (TR: 5,17, intervalo de confiança de 95% [IC 95%]: 2,41-11,10) e ajustada por idade e sexo (TR: 4,93, IC95%: 2,29-10,64). Estes achados persistiram mesmo após o ajuste para fatores de risco cardiovascular conhecidos no modelo multivariado número 1 (TR: 5,24, IC95%: 2,08-13,20), e análise posterior com ajuste pela taxa de filtração glomerular abaixo de 60 ml/min/1.73m2 e fração de ejeção do ventrículo esquerdo abaixo de 0,40 (TR: 6,47, IC95% 1,77-23,66). A mortalidade cardiovascular foi significativamente maior no tercil superior após ajuste para idade e sexo (TR: 6,51, IC 95% 1,92-22,10) e no primeiro modelo de ajuste multivariado (TR: 7,47, IC 95%: 1,62-34,41); houve tendência não estatisticamente significativa de maior mortalidade cardiovascular no segundo modelo (TR: 4,52, IC 95%: 0,71-28,62). Não houve diferenças significativas entre os tercis em relação à incidência de infarto agudo do miocárdio. Conclusão: Nosso estudo demonstrou que níveis de troponina de alta sensibilidade medidos na fase subaguda após um episódio de SCA são preditores independentes de mortalidade por todas as causas / Introduction: Prognosis of patients in the stable phase after an acute coronary syndrome (ACS) event is widely variable. The use of high-sensitivity cardiac troponin I can aid in the identification of patients at higher risk for long-term adverse outcomes. Objectives: To identify, among ACS patients, the frequency of persistently elevated troponin levels 25 to 90 days after the event; to evaluate the relation between persistently elevated troponin levels and incidence of adverse outcomes, such as: allcause mortality, cardiovascular mortality, and myocardial infarction mortality; and to evaluate if the incidence of adverse outcomes is related to elevations in troponin levels even below the 99th percentile of the essay. Methods: All 525 patients recruited in the ERICO study (Acute Coronary Syndrome Registry Strategy) with a diagnosis of unstable angina (UA), non-ST elevation myocardial infarction (NSTEMI) or ST elevation myocardial infarction (STEMI) who had blood samples available 25 to 90 days after the ACS event had high sensitivity cardiac troponin I levels measured; these patients were then divided into tertiles and followed from February 2009 to December 2015. We evaluated all-cause mortality, cardiovascular mortality and myocardial infarction as endpoints during follow-up. Results: Patients in the highest tertile had a greater hazard ratio (HR) for all-cause mortality compared to the lowest tertile, on crude analysis (HR: 5.17, 95% Confidence Interval [95% CI]: 2.41-11.10) and after adjustment for age and sex (HR: 4.93, 95% CI: 2.29-10.64). These findings persisted even after adjustment for known cardiovascular risk factors on multivariate model 1 (HR: 5.24, 95% CI: 2.08-13.20), and further adjustment for estimated glomerular filtration rate < 60 ml/min/1.73m2 and left ventricular ejection fraction < 0.40 (HR: 6.47, 95% CI: 1.77-23.66). Cardiovascular mortality was significantly higher in the highest tertile after adjustment for age and sex (HR: 6.51, 95% CI: 1.92-22.10) and in the first model of multivariate adjustment (HR: 7.47, 95% CI: 1.62-34.41); there was a nonsignificant trend towards higher cardiovascular mortality in the second model of multivariate adjustment (HR: 4.52, 95% CI: 0.71-28.62). Conclusion: In conclusion, our study showed that elevated high sensitivity cardiac troponin I levels measured in the stabilized phase after an ACS event are independent predictors of long-term mortality
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Estudo de campo para avaliação da efetividade de vacinação e de uso de coleiras impregnadas com inseticidas para o controle da leishmaniose visceral canina / Field study to evaluate the effectiveness of vaccination and insecticides impregnated collars to control canine visceral leishmaniasisEstela Gallucci Lopes 21 September 2015 (has links)
As leishmanioses e particularmente a leishmaniose visceral (LV) são doenças transmitidas por vetores artrópodes candidatas a experimentar uma grande expansão territorial em virtude de problemas relacionados ao aquecimento global. Este evento climático deverá causar grande impacto sobre a distribuição geográfica do artrópode transmissor no Brasil e no mundo. Com efeito, nos últimos 20 anos a situação epidemiológica da LV no Brasil vem se modificando de um padrão esporádico prevalente eminentemente em áreas rurais para uma condição de epidemias peri-urbanas que pode afetar todos os estratos sociais da população, tornando-se uma séria ameaça à saúde pública. As leishmanioses são consideradas até o momento doenças não preveníveis e seu padrão epidemiológico vêm se alterando de forma flagrante, o que demanda urgência para o desenvolvimento de novas ferramentas de controle e tratamento. Dentre as diversas questões levantadas sobre as demandas em pesquisa relacionadas ao controle desta enfermidade, destaca-se a importância de avanços em estudos de epidemiologia quantitativa e modelagem matemática que permitam prever efeitos de vacinações de populações empregando-se imunógenos com eficácia e/ou cobertura vacinal menor que 100%, o que parece ser uma realidade com as vacinas contra leishmanioses desenvolvidas até então pelos laboratórios no mundo todo. O sucesso de estratégias eficazes para o controle da LV depende do conhecimento de diversos parâmetros da dinâmica de infecção nas diferentes populações e espécies que atuam na cadeia epidemiológica da doença. Esse estudo teve objetivo de avaliar a efetividade de vacinas contra leishmaniose em cães bem como da utilização de coleira impregnada com inseticida através de um estudo de coorte realizado em uma região de transmissão moderada de leishmaniose visceral canina. Foram construídas seis coortes compostas por animais não reagentes ao teste rápido TR-DPP® e ao teste EIE-ELISA®. Todos os animais apresentaram estado clínico normal, conforme avaliação semiológica. As coortes compreendem grupos de animais sem qualquer medida de controle (grupo N), grupos de animais com aplicação de coleira (grupo C), grupos de animais vacinados com vacina de subunidade (grupo V1) e grupos de animais vacinados com vacina recombinante (grupo V2) e grupos de animais vacinados e com coleira (grupos V1C e V2C). Foram colhidas amostras de todas as coortes em três tempos com intervalo de seis meses cada, para sorodiagnóstico. A efetividade encontrada ao final de 12 meses de observação para os grupos C, V1, V2, V1C e V2C foram 38,2%, 58,1%, 35%, 68,6% e -36,5% respectivamente com base nos cálculos estatísticos feitos por regressão de Cox para riscos proporcionais. Todas as coortes, mesmo tendo desempenhando alguma efetividade exceto V2C, os resultados dos intervalos de confiança do risco relativo não foram significativos quando comparados ao grupo controle (N). / Leishmaniasis and particularly the LV are diseases transmitted by arthropod vectors candidates to experience a wide territorial expansion because of problems related to global warming. This weather event should cause great impact on the geographical distribution of the arthropod transmitter in Brazil and worldwide. Indeed, the past 20 years the epidemiological situation of LV in Brazil has been changing a prevalent sporadic pattern predominantly in rural areas to a condition of peri-urban epidemics that can affect all social strata of the population, making it a serious threat public health. Leishmaniasis are considered so far not preventable disease and its epidemiological pattern have been changing blatantly, which requires urgency to the development of new tools for control and treatment. Among the many questions raised about the demands on research related to the control of this disease, it highlights the importance of advances in quantitative epidemiological studies and mathematical modeling to anticipate vaccinations effects of employing immunogens effectively and / or lower vaccination coverage to 100%, which appears to be a reality with vaccines against leishmaniasis developed so far by laboratories worldwide. The success of effective strategies to control the LV depends on the knowledge of many aspects of the dynamics of infection in different populations and species that act in the epidemiological chain of the disease. This study aims to evaluate the effectiveness of vaccines against leishmaniasis in dogs as well as the use of insecticide impregnated collar with through a cohort study in a high transmission of canine visceral leishmaniasis region. It was built six cohorts composed of non-reactive animals to the rapid test DPP® and EIE-ELISA® test. All the animals had normal clinical status, as symptomatic evaluation. The cohorts include groups of animals without any measure of control (group N), group of animals with collar application (group C), groups of vaccinated animals with subunit vaccine (group V1), group of animals vaccinated with recombinant vaccine (group V2) and groups of animals vaccinated and collar application (V1C and V2C). Samples were collected from all cohorts in three times at intervals of six months each for serodiagnosis. The effectiveness found after 12 months of observation for groups C, V1, V2, V1C and V2C were 38.2%, 58.1%, 35%, 68.6% and -36.5% respectively based on the statistical calculations done by Cox proportional hazards regression to. All cohorts, even though playing some effectiveness except V2C, the results of risk relative confidence intervals were not significant when compared to the control group (N).
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Capital social, características do local de residência e autopercepção do estado de Saúde / Social capital, neighborhood characteristics and self rated healthCarla Graciane dos Santos 05 April 2017 (has links)
Introdução. Capital social é definido como as características das associações e cooperações humanas que podem ter efeito na saúde. Estudos realizados na última década apontam para uma associação positiva entre maior capital social e melhores indicadores de saúde. Entretanto, algumas características da vizinhança de residência podem atuar como mediadores dessa associação, um tema ainda pouco analisado na literatura científica. Estudos nessa área podem ajudar a melhor entender o efeito do capital social em uma sociedade com altos índices de desigualdade e violência, como é o caso da brasileira. Objetivo. Analisar se as características da vizinhança atuam como mediadores da associação entre o capital social e a autopercepção de saúde. Metodologia. Foram usados os dados da linha de base (2008-2010) do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). O ELSA-Brasil é uma coorte multicêntrica, composta por 15.105 funcionários públicos, ativos e aposentados, de ambos os sexos e com idades entre 35-74 anos vinculados a seis diferentes instituições de ensino e pesquisa brasileiras. As variáveis independentes de interesse foram os domínios de apoio social e de prestígio e educação e de coesão social de vizinhança individual, todos analisados no nível individual. Para a análise dos efeitos da vizinhança foram considerados apenas os indivíduos residentes no mesmo endereço há pelo menos cinco anos. As características de vizinhança estudadas foram: ambiente para atividade física, disponibilidade de alimentos saudáveis, segurança, violência percebida e vitimização. Modelos regressão logísticos foram sequencialmente ajustados para cada uma das características de vizinhança de interesse. Resultados. Os modelos apontam para uma associação consistente entre indicadores mais elevados de apoio e coesão social de vizinhança e melhor autopercepção de saúde, mesmo após o ajuste pelas características do local de residência. Por outro lado, a dimensão referente a prestigio e educação não apresentou uma associação significativa com a situação de saúde em nenhum dos modelos. O apoio social apresentou, na maioria dos modelos, um odds ratio (OR) de 0,81 (95 por cento , IC: 0,69-0,95) em indivíduos com apoio social moderado e OR de 0,62 (95 por cento , IC: 0,52-0,74) em indivíduos com apoio social elevado, mesmo após o controle pelas características da vizinhança. A coesão social da vizinhança também não apresentou modificação em seus efeitos e manteve para a maioria dos modelos um OR de 0,76 (95 por cento , IC: 0,67 0,85) para os indivíduos com coesão social moderada e OR de 0,82 (95 por cento , IC: 0,72 0,93) para os indivíduos com coesão social elevada. Apesar de todas as características de vizinhança terem apresentado associação significativa com a autopercepção de saúde, nenhuma causou modificação significante na associação entre os domínios de capital social e autopercepção de saúde. Conclusão. As características de vizinhança não alteraram significativamente a associação entre capital social e autopercepção de saúde, o que aponta para um efeito do capital social na saúde independentemente das características do local de residência. Entretanto, novos estudos são necessários para que os detalhes dos mecanismos envolvidos, principalmente em relação à possibilidade de causalidade reversa e ao tempo de exposição à vizinhança, sejam plenamente elucidados / Introduction. Social capital can be defined as the characteristics of human associations and cooperation that may have an effect on people\'s health. Studies conducted in the last decade point to a positive association between higher social capital and better health indicators. However, some characteristics of the neighborhood in which people live can act as mediators of this association, an area not yet analyzed in the scientific literature. Studies that analyze this association can help to improve the understanding of the effect of social capital in a society with high levels of inequality and violence, as is the Brazilian society. Objective. The aim of this thesis is to analyze whether neighborhood characteristics act as mediators of the association between social capital and self-perception of health. Methodology. Baseline data (2008-2010) from the Brazilian Longitudinal Study for Adult Health (ELSA-Brasil) was analyzed. ELSA-Brasil is a multi-center cohort of 15,105 active and retired civil servants of both sexes aged between 35-74 years linked to six different Brazilian teaching and research institutions. The multiple variables were the domains of social support, prestige and education and social cohesion of individual neighborhood, all analyzed at the individual level. For the analysis of neighborhood effects, only individuals residing at the same postal address for at least five years were included. The neighborhood characteristics studied were: physical activity environment, availability of healthy foods, safety, perceived violence and victimization. Logistic regression models were sequentially adjusted for each of the neighborhood characteristics of interest. Results. The models point to a consistent association between both higher support indicators and social neighborhood cohesion with better health status, even after adjusting for neighborhood characteristics. On the other hand, the dimension of prestige and education did not present a significant association with health situation in any of the models. Social support presented an odds ratio (OR) of 0.81 (95 per cent , CI: 0.69-0.95) for individuals with moderate social support and an OR of 0.62 (95 per cent CI, CI: 0.52-0.74) for individuals with high social support, even after controlling for neighborhood characteristics. Neighborhood social cohesion also did not presented modifications in its effects and remained stable in most OR models: 0.76 (95 per cent CI 0.67-0.85) for individuals with moderate social cohesion and 0,82 (95 per cent , CI: 0.72-0.93) for individuals with high social cohesion. Although all neighborhood characteristics presented a significant association with self-perception of health, none caused a change in the association between social capital domains and self- perception of health. Conclusions. The results indicate that neighborhood characteristics did not significantly alter the association between social capital and self-perception of health, which points to an effect of social capital on health regardless of neighborhood characteristics. However, new studies are needed in order to fully elucidate the details of the mechanisms involved, especially in relation to reverse causation and exposure time within a neighborhood
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Acompanhamento clínico e nutricional de uma coorte de lactentes com síndrome da Zika congênita, nascidos em Sergipe, nordeste do Brasil / Clinical and nutritional follow-up of a cohort of infants with congenital Zika syndrome, born in Sergipe, northeastern BrazilLopes, Aline de Siqueira Alves 27 August 2018 (has links)
Introduction: At the end of 2015, zika virus became the protagonist of an epidemic of congenital anomalies never observed. The northeastern region of Brazil was the most affected. Congenital Zika Syndrome is characterized by severe microcephaly, critical brain damage, ophthalmologic, auditory, cardiac and orthopedic anomalies, as well as severe developmental delay with irritability, spasticity and convulsions. Owning to the fact that it is a new pathology, little is known about its long-term evolution, since affected children are aged around 3 years. Goal: To follow-up of a cohort of infants born with microcephaly and / or anomalies associated with congenital zika virus infection, from birth to 18 months of age, evaluating their growth, development, feeding and occurrence of associated morbidities. Methodology: This was a longitudinal, observational and descriptive study of a cohort of infants born in Sergipe during the outbreak of microcephaly and referred to two public health services. The children were followed up through 18 months of age in childcare consultations, together with expert evaluations and complementary examinations. The data was collected from August / 2017 to January / 2018 with using a research form. Statistical analyzes were carried out in R Core Team 2018 software. Results: The cohort comprised 84 children with Congenital Zika Syndrome. There was a predominance of females (53.8%) and only 9 newborns had no diagnosis of microcephaly but had other alterations compatible with Congenital Zika Syndrome. The Z scores for head circumference, weight and length remained stable over time, remaining below the expected standard for the three anthropometric indexes. The evolution of Z scores for weight / length showed a downward trend, although the average remained in the eutrophic pattern. In addition to the occurrence of other neurological impairments, such as seizures (69%), spasticity (48,8%), and irritability (64,3%), the infants presented severe developmental delays with delayed acquisition of all markers. The prevalence of exclusive breastfeeding until 6 months was law (14.3%) and a significant percentage of feeding difficulty (57,1%). This aspect reflected the delay in the introduction of complementary feeding (mean age of 7.1 months) and non-progression to the family diet in 22.6%. As to the complementary evaluation, cerebral malformations compatible with congenital Zika infection were detected in all children, ocular involvement was diagnosed in 42 infants (54.5%), and in half (50.7%) cardiac anomalies were observed. The main clinical morbidity observed was upper airways infection, followed by intestinal constipation. Conclusions: Infants with Congenital Zika Syndrome exhibited anthropometric growth impairment, as well as a severe delay in the acquisition of neuromotor development markers. It was found low prevalence of exclusive breastfeeding until 6 months, with a high frequency of feeding difficulties. There was also a significant number of infants who presented irritability, convulsion and spasticity. This study reinforces the need for specialized multiprofessional follow-up aimed at rehabilitation therapies and support to the family members involved. / Introdução: Ao final de 2015, o Zika vírus tornou-se protagonista de uma epidemia de anomalias congênitas jamais observada, sendo a região nordeste do Brasil a mais atingida. A Síndrome da Zika Congênita caracteriza-se por microcefalia com grave dano ao tecido cerebral, alterações oftalmológicas, auditivas, cardíacas e ortopédicas, além de crítico atraso do desenvolvimento, com irritabilidade, espasticidade e convulsões. Tratando-se de nova condição clínica, pouco se sabe sobre sua evolução em longo prazo, uma vez que as crianças acometidas estão com média de 3 anos de idade. Objetivo: Realizar o acompanhamento de uma coorte de bebês com Síndrome da Zika Congênita, do nascimento aos 18 meses de vida, avaliando seu crescimento, desenvolvimento, evolução da alimentação e ocorrência de morbidades. Metodologia: Trata-se de estudo longitudinal, observacional e descritivo do acompanhamento de uma coorte de lactentes nascidos em Sergipe durante o surto de microcefalia e referenciados para dois serviços públicos de saúde. As crianças foram avaliadas até os 18 meses de vida em consultas de puericultura somadas a interconsultas com especialistas e realização de exames complementares. Os dados foram coletados de agosto/2017 a janeiro/2018 através de um formulário de pesquisa. As análises estatísticas foram realizadas com o auxílio do software R Core 2018. Resultados: Compuseram a coorte 84 crianças com características clínicas da Síndrome da Zika Congênita. Houve predomínio do sexo feminino (53,8%) e somente 9 recém-nascidos não tiveram diagnóstico de microcefalia, mas apresentavam outras alterações compatíveis com a Síndrome da Zika Congênita. Os escores Z para perímetro cefálico (PC), peso e comprimento apresentaram pouca variação ao longo do tempo. As médias de escore Z na primeira e última consulta foram as seguintes: PC (-6,0; -5,9); Peso (-1,9; -1,6) e Comprimento (-2,5; -1,7). A evolução dos escores Z para peso/comprimento, revelou tendência de queda, apesar da média ter se mantido no padrão de eutrofia. As crianças manifestaram grave atraso do desenvolvimento com retardo na aquisição de todos os marcos pesquisados, além da ocorrência de outros comprometimentos neurológicos tais quais convulsão (69%), espasticidade (48,8%) e irritabilidade (64,3%). Encontrou-se baixa prevalência de aleitamento materno exclusivo até os 6 meses (14,3%) e percentual significativo de relatos de dificuldade alimentar (57,1%), aspecto que refletiu no atraso da introdução da alimentação complementar (idade média de 7,1 meses) e na não progressão para a alimentação da família em 22,6%. Quanto aos exames e avaliações complementares, em todos os lactentes foram detectadas malformações cerebrais compatíveis com a infecção congênita pelo Zika vírus, em 54,5% foi diagnosticado comprometimento ocular e em metade (50,7%) foi observado alguma alteração cardíaca. A principal morbidade clínica apresentada pelas crianças foram as infecções das vias aéreas superiores, seguido de constipação intestinal. Conclusões: Os lactentes com Síndrome da Zika Congênita exibiram comprometimento do crescimento antropométrico, além de grave atraso na aquisição de marcos do desenvolvimento neuromotor. Constatou-se baixa prevalência de aleitamento materno exclusivo até os 6 meses, com alta frequência de dificuldades alimentares. Observou-se também número significativo de lactentes que evoluíram com irritabilidade, convulsão e espasticidade. Os achados deste estudo reforçam a necessidade de acompanhamento multiprofissional especializado para estas crianças, voltado para terapias de reabilitação e apoio aos familiares envolvidos. / Aracaju
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