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BionomadologiaJacques, Carmen January 2007 (has links)
Esta dissertação explora as possibilidades de uma bionomadologia: uma ciência situada entre as ciências duras ou de Estado e as ciências nômades, nos termos em que esses conceitos são formulados por Gilles Deleuze e Félix Guattari no livro Mil platôs. Estendem-se, assim, os fios de uma bionomadologia. De uma ciência que tente desfazer as organizações e desarranjar os organismos. De uma ciência das metamorfoses e dos devires. Esses fios buscam entrelaçar ciência e filosofia. É ali, no ponto em que se encontram uma ciência nômade e uma filosofia da diferença, que se desenvolve uma bionomadologia. Uma ciência da vida. Uma ciência de uma vida. Uma ciência cujos fios se desenrolam num plano de imanência. Uma bionomadologia tende a arrastar consigo novidades. Prefere misturar o que aparentemente parece determinado, embrenhar-se num emaranhado de intensidades. Uma experimentação propriamente viva. / This dissertation explores the possibilities of a bionomadology: a science located between the hard sciences, or State sciences, and the nomadic sciences, concepts which are understood in the way they are developed by Gilles Deleuze and Félix Guattari in the book A Thousand Plateaus. The threads of a bionomadology are, thus, spread out. The threads of a science that tries to undo the organizations and to unsettle the organisms. The threads of a science of metamorphoses and becomings. These threads work to interweave science with philosophy. It is there, in the point in which a nomadic science meets a philosophy of difference, that a bionomadology is developed. It is a science of life. A science of a life. The threads of this science are unfolded in a plane of immanence. A bionomadology tends to drag new things with it. It prefers to mingle what, apparently, is determined, to get mixed in a tangle of intensities. A truly living experience.
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Pensar em Deleuze : violência às faculdades no empirismo transcendentalHeuser, Ester Maria Dreher January 2008 (has links)
“Qu'est-ce que c'est penser?”, voici la question directrice de cette thèse, qui, par les lignes de force de la philosophie de Gilles Deleuze, la répond: penser c'est une violence sur les facultés. Réponse inspirée, surtout, de l'oeuvre Diferença e repetição, dont le thème kantien du conflit entre les facultés est l'endroit d'explication de ce leitmotiv qui traverse la philosophie de Deleuze et qui peut violenter la pensée sur l'enseignement de philosophie dans l'Education de Base. Traiter de la violence sur les facultés implique l'établissement d'une doctrine des facultés, ce qui, d'après Deleuze, ne peut être fait que moyennant un empirisme transcendantal. La thèse soutient que Deleuze a produit sa propre doctrine dans les oeuvres précédentes à la Diferença e repetição, dans ses écrits monographiques. OEuvres dans lesquelles il a développé les bases de son programme philosophique quand il a cherché à engendrer la genèse de la pensée, c'est-à-dire, faire la description génétique des conditions d'effectivité de l'expérience, tout en édifiant une théorie différentielle des facultés. Développement mené à terme dans la conjonction: avec Nietzsche, Kant, Proust, Sacher-Masoch et dans l'intersection entre Philosophie et Art et Science, formes de pensée ou de la création qui n'existent que grâce aux expériences-limites, quand la pensée et les autres facultés sont ébranlées par des forces hétérogènes à elles, en les rendant sensibles à l'impensable. Dans son premier chapitre, Crueldade da cultura, la thèse affirme que, par la théorie de la volonté de puissance, Deleuze a créé une méthode généalogique qui lui a permis de déterminer l'origine active et réactive des facultés et de leurs usages, de même qu'il a autorisé la thèse à donner de la visibilité à une généalogie des facultés; en outre, ce chapitre traite de la violence et de la culture dans la paideia grecque, à partir des oeuvres philologiques de Nietzsche. Coação do sublime, le deuxième chapitre de la thèse, présente l'importance de la théorie kantienne du sublime comme référence centrale pour la doctrine des facultés de Deleuze; soutien que le philosophe français a opéré une réversion du kantisme en faisant de cette théorie-là l'accès au problème d'une genèse de la pensée, car seulement l'exercice discordant des facultés qui se passe dans le jeu dissonant entre elles à partir de l'expérience esthétique est capable d'engendrer le penser dans la pensée. Le troisième et quatrième chapitres de la thèse, Força dos signos et A frieza da pornologia, respectivement, montrent que Deleuze a réinventé l'héritage de l'esthétique kantienne tout en faisant de l'oeuvre littéraire de Marcel Proust et de Sacher-Masoch ses laboratoires pour la création de la doctrine des facultés, le coeur de son empirisme transcendantal. Concevoir l'enseignement de philosophie à partir du sens produit par Deleuze pour ce problème – “Qu'est-ce que c'est penser?” – suppose, donc, privilégier les rapports agonistiques présents dans les trois formes de pensée et les mêler de façon à en pouvoir extraire des nouveaux mouvements de pensée, d'écrite et de possibilités d'existence. / “O que é pensar?”, eis a questão orientadora desta tese, que, pelas linhas de força da filosofia de Gilles Deleuze, responde-a: pensar é uma violência sobre as faculdades. Resposta inspirada, sobretudo, na obra Diferença e repetição, cujo tema kantiano do conflito entre as faculdades é o lugar de explicação desse leitmotiv que atravessa a filosofia de Deleuze e que pode violentar o pensamento sobre o ensino de filosofia na Educação Básica. Tratar da violência sobre as faculdades implica estabelecer uma doutrina das faculdades, o que, conforme Deleuze, só pode ser feito por meio de um empirismo transcendental. A tese defende que Deleuze produziu sua própria doutrina nas obras anteriores a Diferença e repetição, em seus escritos monográficos. Obras nas quais desenvolveu as bases do seu programa filosófico quando procurou engendrar a gênese do pensar, isto é, fazer a descrição genética das condições de efetividade da experiência, edificando uma teoria diferencial das faculdades. Desenvolvimento levado a termo na conjunção: com Nietzsche, Kant, Proust, Sacher-Masoch e na intersecção entre Filosofia e Arte e Ciência, formas do pensamento ou da criação que só existem mediante experiências-limites, quando o pensamento e as demais faculdades são abaladas por forças heterogêneas a elas, tornando-as sensíveis ao impensado. Em seu primeiro capítulo, Crueldade da cultura, a tese afirma que, pela teoria da vontade de potência, Deleuze criou um método genealógico que lhe permitiu determinar a origem ativa e reativa das faculdades e de seus usos, bem como autorizou a tese a dar visibilidade a uma genealogia das faculdades; além disso, esse capítulo trata da violência e da cultura na paidéia grega, a partir das obras filológicas de Nietzsche. Coação do sublime, o segundo capítulo da tese, apresenta a importância da teoria kantiana do sublime como referência central para a doutrina das faculdades de Deleuze; defende que o filósofo francês operou uma reversão do kantismo fazendo daquela teoria o acesso ao problema de uma gênese do pensamento, pois apenas o exercício discordante das faculdades que se dá no jogo dissonante entre elas a partir da experiência estética é capaz de engendrar o pensar no pensamento. O terceiro e quarto capítulos da tese, Força dos signos e A frieza da pornologia, respectivamente, mostram que Deleuze reinventou a herança da estética kantiana fazendo da obra literária de Marcel Proust e de Sacher- Masoch seus laboratórios para a criação da doutrina das faculdades, o coração do seu empirismo transcendental. Conceber o ensino de filosofia a partir do sentido produzido por Deleuze para esse problema – “O que é pensar?” – implica, portanto, privilegiar as relações agonísticas presentes nas três formas de pensamento e embaralhá-las de modo que delas se possam extrair novos movimentos de pensamento, de escrita e de possibilidades de existência.
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A criatividade da decisão judicial e a imunização da comunidade: uma investigação a partir da filosofia de Gilles DeleuzeALMEIDA, Leonardo Monteiro Crespo de 22 December 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-12-22 / CAPES / Em raras ocasiões, Deleuze mencionou o Direito como uma área de seu interesse e
possível campo de investigação. Em sua obra, no entanto, semelhante ponto permaneceu
um caminho não percorrido pelo autor, especialmente em relação à sua reflexão política.
Este trabalho toma como ponto de partida dois eixos de investigação que, ao final,
verificaremos de que maneira eles tendem a se cruzar: a articulação de uma reflexão
jurídica através da filosofia da diferença de Gilles Deleuze e o seu papel no horizonte de
sua filosofia política, marcada por uma profunda desconfiança das democracias liberais
capitalistas. Para tanto, adotamos como estratégia metodológica um engajamento crítico
e seletivo com a filosofia do direito do século vinte em que, apesar das diferentes
propostas, convergem para a ideia de decisão judicial como subsunção, conforme um
intérprete jurídico de Deleuze, Alexandre Lefebvre. O recurso à filosofia deleuzeana neste
ponto, serve para concebermos a decisão judicial para além da subsunção, tendo como
amparo a temporalidade e a criação na concepção de Henri Bergson. Por fim, uma vez
repensada a decisão judicial, trata-se de apreendê-la no contexto das preocupações e
posicionamentos políticos do autor, o que fazemos através de inscrição da filosofia
política de Deleuze e Félix Guattari nos estudos recentes sobre biopolítica, exceção e
imunização. Pretendemos averiguar se essa concepção de criatividade, que ressalta a
plasticidade e a inventividade das categorias jurídicas, não traz consigo também o risco
do político e da produção da exceção através das suas operações internas, ou seja, abrindo
espaço para o uso de uma força política esvaziada dos constrangimentos jurídicos do
Estado de Direito para proteger a comunidade de ameaças externas. / Deleuze in a few occasions mentioned how Law was an object of study that deeply
concerned him. However, within his philosophical project, he mostly ignored legal
concerns and problems, even in his most political reflections. This work takes as it starting
point two lines of investigation, which, in the end, cross each other. The first line consists
on an inquiry about judgment and legal adjudication regarding creativity influenced by
Gilles Deleuze´s philosophy of difference. The second one is how this inquiry fits within
Deleuze´s political philosophy and his mistrust of capitalist liberal democracies. We
adopted as our main methodological strategy a critical and selective interpretation of
some of the most relevant accounts of legal adjudication in twenty-century legal
philosophy that, despite many relevant differences within themselves, concur in
conceiving legal adjudication as a subsumptive activity, as Alexandre Lefebvre pointed
out in his book, The Image of Law. Overall, regarding this discussion, we approach to
Deleuze´s philosophy of difference and Bergson´s concepts of temporality and creation
in order to conceive legal adjudication beyond its subsumptive form. Finally, after
reformulating legal adjudication, we seek to establish its relevance for Deleuze overall
political reflections through developing a theoretical relation between Deleuze and
Guattari´s political philosophy and the contemporary studies on exception and
immunization within biopolitic studies. We take as our theoretical hypothesis that, once
we consider legal adjudication in terms of its intrinsic creativity potential, the plasticity
and flexibility of legal concepts could also carries a political risk in terms of opening up
spaces of exception through the legal system´s internal operations. One expression of this
kind of risk would be the establishing of new legal categories that authorizes and
legitimizes political force situated beyond the usual legal constraints of the Rule of Law
in order to protect the community from external threats.
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Arte-joalheria = uma cartografia pessoal / Art-jewelry : a personal cartographyCampos, Ana Paula de 18 August 2018 (has links)
Orientador: Anna Paula Silva Gouveia / Acompanhado de 2 CD-ROM: Material de Apoio (Mídia Digital) ; Anexos (Mídia Digital) / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes / Made available in DSpace on 2018-08-18T01:47:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: Ao tomar a joia como assunto, inscrevendo-a no território da arte, essa tese apresenta o campo da arte-joalheria como possibilidade de produzir e pensar esse objeto de modo poético, desobrigando-o de seu vínculo com materiais preciosos e de sua função decorativa. Nesse sentido aborda o fazer artístico em joalheria a partir de alguns pressupostos extraídos da teoria das multiplicidades de Deleuze e Guattari, desenvolvendo-os nesse território. Para isso empresta desses filósofos referências conceituais e procedimentos de pesquisa que permitem realizar um percurso que articula os conteúdos teóricos e práticos apresentados, construindo transversalidades. Sob a ótica da arte-joalheria, a pesquisa aborda questões relativas ao desejo, corpo e materialidade, entendidas como elementos intrínsecos a joia e, tomando o modelo rizomático do pensamento proposto por Deleuze e Guattari, discute-as a partir das dimensões presentes: pensar, fazer, sentir e propor, considerando-as como em constante estado de fluxo. Como recurso para essa investigação utiliza-se uma cartografia também ancorada no pensamento desses autores, que consideram a realidade contemporânea uma paisagem dinâmica, na qual se articulam contextos individuais e sociais. O caráter do procedimento de pesquisa proposto distingue-se daquele no qual os mapas são registros de uma paisagem fixa. Trata-se de uma cartografia configurada como performance, a qual pressupõe seguir as transformações à partir da experiência do real, acompanhar os acontecimentos sendo parte deles. Portanto workshops realizados com artistas e produção de peças dentro desse território são tomados como fundamentais recursos de investigação e articulados a conteúdos extraídos de entrevistas e palestras, além do material bibliográfico. A partir das experiências vivenciadas foram identificadas conexões que possibilitaram a construção e organização dos capítulos. Neles agenciam-se conceitos oriundos do pensamento de Deleuze e Guattari e o território da arte-joalheria, tanto em sua dimensão teórica quanto pratica. Desse modo as ideias apresentadas são articulações derivadas de uma leitura da experiência como possibilidade de refletir conceitos / Abstract: By taking the jewel as a theme and considering it within the realm of art, this thesis presents the field of art jewelry as a possibility of producing and contemplating an object in a poetic manner, devoid of its link to precious materials and to any decorative function. In this sense, the artistic jewelry production is approached from some assumptions selected from Deleuze and Guattari's theory of multiplicities and is developed accordingly. Conceptual frameworks and research procedures, borrowed from these philosophers, link theory and practical content through cartography, in order to build transverses. Through the art-jewelry perspective, the research addresses issues relating to desire, body and materiality, defined as intrinsic elements of the jewel. The research takes the Rhizome concept proposed by Deleuze and Guattari, and discusses these issues according to the apparent dimensions: think, do, perceive and propose, considering them in a constant state of flux. As a research procedure the study uses a cartography also anchored in these authors thinking, who consider the contemporary reality as a dynamic landscape in which individual and social contexts occur. The cartography procedure adopted here differs from that whose maps are records of a fixed landscape. Instead, this one is a "performance cartography", which requires following the transformations by empirical experience, assumed that one would accompany events, taking part in them. Therefore, workshops with artists and jewelry production within this environment are considered as fundamental resources for investigation, and were related to the information which was taken from interviews, lectures and library materials. From these experiences, connections were identified which enabled the construction and organization of presented contents. This content was a result of the connections between the art jewelry territory and concepts arising from the thought of Deleuze which exist in both practical and theoretical dimensions. Thus, the ideas presented are derived from a reading of experience as a chance to reflect concepts / Doutorado / Artes Visuais / Doutor em Artes
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Deleuze e a história: do pensamento do possível ao pensamento do virtual / Deleuze and history: the thought of the thought of the possible virtualRODRIGUES, Leonardo de Melo 09 December 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-12-09 / This dissertation aims to establish a relation between the thought of Gilles Deleuze and historical science. We started from the concept of realism, as it was worked by the
historian Jacques Rancière. According to this concept, the thought of the current story is marked by Nihilism, and especially by the thought of the Possibility. The thought of the
possibility is a determination of the Historical event from its possibility s, a subsumption of the event to the possibility system of a certain time. It is through the possibility thought that we try to elaborate a relation between the thought of Deleuze and historical science. The thought of this author gives us "lines of flight or fight", which shifts the history of thought as possible. However, before that, one another issue still requires our attention: the critique Deleuzian criticism to the history. Is there a radical and exclusive critique of the history in the thinking of this author? After examining this issue, giving a negative answer, we present some
points from the philosophy of Difference and Repetition, in order to outline the design of singular conception of history in this system. The hypothesis here is that this notion of history
is not constructed on the thought of possibilities but in the thought possible, but in the thought of the virtual. In this sense, rather than being subsumed in a negative ontology of the event and a time of anti-event, elements that correspond to the thinking of the possible, the notion of history produced by the philosophy of Difference and Repetition is a history that has an affirmative ontology of the event and a time that is the time of the event / Esta dissertação tem por objetivo elaborar uma relação entre o pensamento de Gilles Deleuze e a ciência histórica. Para isso, partimos do conceito de realismo, tal como este foi
trabalhado pelo historiador Jacques Rancière. De acordo com este conceito, o plano de pensamento da história atual é marcado por um niilismo, e, principalmente, por um
pensamento do possível. O pensamento do possível é uma determinação do acontecimento histórico a partir de sua condição de possibilidade; uma subsunção do acontecimento ao sistema de possibilidade de uma determinada época. É através deste pensamento do possível que tentamos elaborar uma relação entre o pensamento de Deleuze e a ciência histórica. Já que o pensamento deste autor nos fornece linhas de fuga , que desloca a história do
pensamento do possível. Todavia, antes dessa, um outra questão ainda requer a nossa atenção: a crítica deleuzeana à história. Será que há uma crítica radical e exclusiva à história no pensamento deste autor? Após examinarmos esta questão, dando-lhe uma resposta negativa, apresentamos alguns pontos da filosofia da diferença e da repetição, com o intuito de esboçar a singular concepção de história contida nesse sistema. A hipótese que lançamos aqui é a de que esta noção de história não está calcada num pensamento do possível, e sim num pensamento do virtual. Nesse sentido, ao invés de estar subsumida a uma ontologia negativa do acontecimento e a um tempo do anti-acontecimento, elementos que correspondem ao pensamento do possível, a noção de história produzida pela filosofia da diferença e da repetição é uma história que possui uma ontologia afirmativa do acontecimento e um tempo que é o tempo do acontecimento
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Por um jornalismo contracultural: linhas de fuga no new journalism / Por um jornalismo contracultural: linhas de fuga no new journalismSilvio Ricardo Demetrio 30 March 2007 (has links)
A argumentação da presente tese parte do New Journalism como plataforma para discussões sobre a linguagem jornalística. A Contracultura enquanto fenômeno político serve de enquadramento histórico sobre o qual se trabalha a noção de uma política antidisciplinar como recurso de enfrentamento às inscrições da imprensa sobre o plano da reprodução das ideologias hegemônicas. / The following thesis is an argumentation about the New Journalism as a plataform for the discutions envolving the ordinary journalistic language. The Counterculture is taken as a politic event featuring the historic plan wich is discussed by the anti-disciplinary protest. This notion is taken as a estrategy to resist against the passive hegemonic ideological reproduction.
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Desterritórios profanos. A representação sob a chave da memória em processo / -Alexandre Gil França 23 June 2017 (has links)
A presente dissertação propõe, através de conceitos extraídos de pensadores diversos, em especial Gilles Deleuze, Félix Guattari e Giorgio Agamben, o desenvolvimento de ferramentas para análise e criação de obras artísticas no campo da representação. Partindo de dois conceitos-chave, o território na concepção de Deleuze e Guattari, e a profanação na interpretação de Agamben, esta dissertação discute a ligação existente entre áreas artísticas variadas (como a performance, o teatro, o cinema etc.), bem como a relação entre materiais do passado e os do presente, a fim de evidenciar o vasto campo de criação e análise artística presente nas artes da representação contemporânea. Ainda, para demonstrar a contundência do ferramental discutido e aprofundado nesta dissertação, o autor desenvolveu uma parte prática em que tece um texto dramatúrgico inspirado pelas ideias debatidas no decorrer do seu trabalho teórico. / The present dissertation proposes, through concepts drawn from diverse thinkers, mainly Gilles Deleuze, Félix Guattari and Giorgio Agamben, the development of tools for analysis and creation of artistic works in the field of representation. Based on two key concepts, the territory in Deleuze and Guattari\'s conception, and the desecration in Agamben\'s interpretation, this dissertation discusses the connection between varied artistic areas (such as performance, theater, cinema, etc.), as well as the relation between materials of the past and those of the present, in order to highlight the vast field of artistic creation and analysis present in the contemporary representative arts. Moreover, to demonstrate the strength of the tools discussed and deepened in this dissertation, the author developed a practical part, in which he weaves a dramaturgical text inspired by the ideas debated in the course of his theoretical work.
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O teorema de Béla Tarr: um estudo sobre imagem e pensamento / Béla Tarr\'s theorem: a study on image and thoughtBreno Isaac Benedykt 19 September 2016 (has links)
Este trabalho tem como fonte de estudo os filmes do diretor húngaro Béla Tarr, começando com Ninho Familiar, de 1977, e encerrando com O Cavalo de Turim, de 2011. Neste período o cineasta realizou, além de outros trabalhos, nove longasmetragens, alguns dos quais em parceria com o escritor húngaro László Krasznahorkai. Entretanto, esta pesquisa não tratou de suas obras como unidades separadas e/ou totalizáveis, mas como blocos de imagens em permanente contato com um plano de questionamentos a respeito da experiência estética do pensamento. Deste modo, o trabalho com os filmes teve como foco a análise fragmentos, continuidades e descontinuidades, por meio dos quais procurou traçar uma linha relacional entre o estilo das imagens e o problema do pensamento. Do ponto de vista da problematização do pensamento, esta pesquisa esteve ancorada no solo teórico-metodológico desenvolvido por Gilles Deleuze e Gilles Deleuze & Félix Guattari, do qual partiu o desenvolvimento de um estudo a respeito de quais os procedimentos audiovisuais criados nos filmes e de como eles possibilitam uma experiência radicalmente imanente do pensamento e, portanto, essencialmente intensiva. Ou seja, esta dissertação se voltou para um estudo dos procedimentos de criação audiovisual, entendendo-os como modos intensivos por meio dos quais se torna possível sentir o aparecimento deste espaço vazio que constitui a experiência do próprio pensamento não-subjetivo ou, dito em outras palavras, como vivência do tempo em sua multiplicidade intensiva. Portanto, foi no interior deste campo de questionamento que perspectivamos o cinema de Béla Tarr, tratando de desenvolver uma visão analítica que não partisse das premissas de uma divisão simplesmente formal dos procedimentos cinematográficos e que tampouco partisse da crença a respeito de um possível lugar exterior e desinteressado em relação às obras, o qual possibilitaria, por exemplo, uma leitura verídica a respeito das intencionalidades mais ou menos ocultas em cada um dos filmes. Ao invés destes modos analíticos, esta dissertação tentou se endereçar às obras procurando compreender como elas articulam injunções e/ou desvios de forças, criando, por meio de afecções e afectos, um procedimento imanente, no sentido do próprio encontro entre o olhar e a tela. Deste modo, cada capítulo desta dissertação desenvolve, a partir de um conjunto determinado de filmes do diretor, uma compreensão a respeito das forças, as quais, por vezes, exigiram a entrada de leituras transversais, advindas tanto do conjunto da obra do diretor, como de pensadores do campo filosofia, e também da literatura e do próprio cinema. É neste sentido que o cinema de Béla Tarr se converte em um teorema, ou em um nó, que solicita um diálogo orgânico tanto com teóricos que escreveram a respeito dos filmes, mas também com outros pensadores, como é o caso notório de Friedrich Nietzsche. / This research is grounded in the films of the Hungarian director Béla Tarr, the first of which is Family Nest (1977) and the last is Turin\'s Horse (2011). Through this period, the filmmaker made, among other works, nine feature films, some of which in partnership with the writer László Krasznahorkai. Nevertheless, this research did not deal with their works as separable and/or inseparable units, but as blocs of images in constant contact with a surface of questions regarding the aesthetic experience of thought. By analyzing the films through fragments, continuities, ruptures and discontinuities we were able to draw a relational line between the style of the images and the problem of thought. Regarding the problem of though, this study is anchored to the theses and methodologies developed by Gilles Deleuze and Gilles Deleuze & Félix Guattari. From that, we investigated which audiovisual procedures created on the films could make us think of a radically immanent experience of thought and, therefore, an essentially intensive one. Therefore, this academic work looked for audiovisual creations understood as intensive modes to seize the emergence of this empty space that constitutes the experience of non-subjective thought in other words, time as intensive multiplicity. Therefore, we conceive an analytic view that neither stems from a formal division of film procedures nor from the belief on a possible place of detachment apart from the films or a place that could permit, for instance, a truthful reading on the more or less hidden intentions behind each film. What this research aimed for was to understand how the films of Béla Tarr articulate injunctions and detours of forces that allow us, by affections and affects, to think of them as purely immanent procedures. Moreover, each chapter, based on a determined set of Tarr\'s films, developed a comprehension of the encounters between forces, which, at times, requested transversal readings, coming from thinkers of Philosophy, Literature and Cinema itself, including works on the ouevre of the director. It is in this sense that Béla Tarr\'s cinema appears as a theorem, or a knot, that invites us to an organic dialogue not only with theorists that wrote about his films, but also with other thinkers, such as Friedrich Nietzsche.
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Upprepning och upprepning : Om Gilles Deleuze och möjligheten till en rhizomatisk litteraturvetenskapArborelius, Jon January 2017 (has links)
Uppsatsen undersöker möjligheten till en rhizomatisk litteraturvetenskap, i enlighet med Gilles Deleuzes (och i viss mån Félix Guattaris) distinktioner mellan träd-tänkande och rhizom-tänkande, och mellan det släta och det räfflade, och strävar i detta efter att dels vara en teoretisk diskussion kring möjligheten till en sant rhizomatisk litteraturvetenskap, dels efter att själv vara ett praktiskt exempel på en rhizomatisk uppsats. Båda ansatserna hamnar på olika sätt i slutsatsen att en rhizomatisk litteraturvetenskap är svår (eller omöjlig) att uppnå, men att den för den sakens skull inte nödvändigtvis är mindre eftersträvansvärd.
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L’énigme Image-temps. L’Image-mouvement et L’Image-temps de Gilles Deleuze : essai de généalogie philosophique / The Time-image énigmaPamart, Jean-Michel 28 September 2009 (has links)
En quel sens les livres que Deleuze a écrits sur le cinéma sont-ils des livres de philosophie ? Dans une démarche généalogique, notre travail montre comment Deleuze « capture » de façons différentes les œuvres de quatre philosophes – Kant, Bergson, Peirce, Spinoza – afin de lui permettre d’avancer dans sa propre philosophie. A partir d’une rencontre avec le cinéma dans son ensemble, Deleuze prolonge sa réflexion sur l’empirisme transcendantal, reconsidère la question de l’image et des signes, revisite secrètement l’éthique de Spinoza afin de nous proposer une nouvelle éthique, qui ne répond plus à la question « Que peut un corps ? » mais à sa généralisation « Que peut une image ? ». Suivant la figure d’un spinozisme post-kantien que nous identifions chez Deleuze, le temps comme affect de soi par soi chez Kant équivaut aux auto-affections du second genre de connaissance chez Spinoza : le temps devient le lieu où se déploie la vie spirituelle dans l’attribut de la pensée. A la fois genèse de la sensibilité, cosmogonie, sémiotique et éthique, L’Image-mouvement et L’Image-temps construisent une génétique des puissances de l’image dont les œuvres singulières des cinéastes sont à la fois les jalons et les pierres de touche : la rencontre avec ces œuvres permet à la philosophie de Deleuze de subir l’épreuve du réel et de la faire bifurquer au gré des rencontres avec les pensées des cinéastes. Deleuze se sert du cinéma, qui devient la vérification expérimentale de sa philosophie, cependant que le cinéma « capture » Deleuze, et l’amène à tracer des cheminements de pensée inédits. Dans cette parade amoureuse, Deleuze est la guêpe, le cinéma l’orchidée. / To what extent are the books written by Deleuze about cinéma philosophy books ? Following a genealogical reasoning, our study shows how Deleuze “captures” in different ways the works of four philosophers – Kant, Bergson, Peirce, Spinoza – in order to get ahead in his own philosophy. From his encounter with cinema as a whole, Deleuze continues his reflection about transcendental empiricism, reconsidering the issue of image ands signs and secretly revisiting Spinoza’s ethics to offer a new system of ethics which no longer answers the question “What can a body live ?” but its generalization “what can an image live ?” Following the figure of a post-kantian spinozism that we have identified in Deleuze’s work, time as an affect of the self by the self in Kant’s philosophy can be equated with the self-affections of the second kind of knowledge in Spinoza’s work : time becomes the place where spiritual life can spread in the attribute of thought. Being at the same time a genesis of sensitivity, a cosmogony, semiotics and ethics, The Movement-image and The Time-image constitute a system of genetics of image powers of which film-makers singular creations are both the landmarks and the touchstones : Deleuze’s encounter with these movies allows his philosophy to undergo the test of the real and to make it change its course each time he meets a film-maker’s thinking. Deleuze uses cinema which becomes the experimental checking of his philosophy where as cinema “captures” Deleuze and leads him to open up new ways of thinking. In this mating display, Deleuze is the wasp and cinema is the orchid.
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