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Fatores que interferem na transmissão materno-infantil do HIV em um hospital universitário do município de Porto Alegre

Leopoldino, Maria Aparecida Andreza January 2016 (has links)
Introdução: O Protocol Aids Clinical Trial Group (PACTG 076), publicado em 1994, demonstrou que a utilização da zidovudina (ZDV) reduzia a taxa de transmissão materno-infantil do HIV (TMI HIV) de 25% para 8,3%. Atualmente a terapia antirretroviral (TARV) combinada associada a uma série de medidas pode reduzir a taxa de TMI HIV para menos de 2%. Embora o Ministério da Saúde preconize a adoção destas medidas, a TMI HIV ainda permanece acima dos níveis desejados, principalmente em nosso meio. De acordo com levantamento da Vigilância Epidemiológica do Município de Porto Alegre, no ano de 2012 a taxa TMI HIV foi de 2,9%. Objetivo: Avaliar os fatores que interferem na TMI HIV em um Hospital Universitário do Município de Porto Alegre/RS. Método: Trata-se de um estudo de coorte histórico, tendo como amostra 292 bebês nascidos de mulheres portadoras do HIV, cujos nascimentos ocorreram no Centro Obstétrico de um Hospital Universitário do Município de Porto Alegre/RS, entre 1º de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2014. Resultados: Dos 292 bebês, cujas mães eram portadoras do HIV, 3,8% (n=11) foram contaminados. Destes 90,9% (n=10) nasceram por cesariana; 90,9% (n=10) tinham d37 semanas; 54,6% (n=6) receberam ZDV xarope isoladamente e 45,4% (n=5) receberam ZDV + nevirapina (NVP). Quatro gestantes cujos bebês foram contaminados apresentaram sífilis na gestação (36,4%). A má adesão a TARV (p<0,003), a carga viral d1.000 cópias/mL ou ignorada no 3º trimestre (p<0,001) e o CD4 <500 células/mm3 (p<0,046) no terceiro trimestre foram significativamente associados a maior TMI HIV. Conclusão: Os fatores associados significativamente a TMI HIV foram à má adesão a TARV, a presença de sífilis na gestação, a carga viral d1000 cópias e o CD4 <500 células/mm³ no terceiro trimestre. / Introduction: Protocol Aids Clinical Trial Group (PACTG 076), published in 1994, demonstrated that the use of zidovudine (ZDV) had reduced the rate of mother-tochild transmission (MTCT) of HIV from 25% to 8.3%. Currently, a combined antiretroviral therapy (HAART) associated with a number of measures can reduce the rate of MTCT to less than 2%. Although the Ministry of Health recommends the adoption of these measures, the MTCT still remains above desired levels, especially in our center. According to a survey of Epidemiological Surveillance of Porto Alegre, in 2012 the rate of MTCT was 2.9%. Objective: To evaluate the factors that interfere with MTCT from HIV-positive women who gave birth in a University Hospital of Porto Alegre/RS. Method: A historical cohort study, with a sample 292 babies from HIV infected mother whose delivery occurred at Obstetric Center of the University Hospital of Porto Alegre/RS, at period of January 2010 till December 2014. Results: Of 292 babies of women HIV positive, 3.8% (n=11) were infected. Of those 90.9% (n=10) was born by cesarean section; 90.9% (n=10) had d37 weeks; 54.6% (n=6) received only ZDV syrup and 45.4% (n=5) received ZDV+nevirapine (NVP). Four pregnant women whose babies were infected, mother had syphilis during pregnancy (36.4%). Poor adherence to HAART (p<0.003), viral load d1000 copies/mL or ignored in the third trimester (p<0.001) and CD4 <500 cells/mm3 (p<0.046) in the third trimester were significantly associated with higher MTCT. Conclusion: We conclude that the presence of syphilis in pregnancy, viral load d1000 copies/mL or ignored in the third trimester, the CD4 <500 cells/mm³ in the third trimester, poor adherence to HAART were significant factors for MTCT.
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Cuidar da criança exposta ao vírus da imunodeficiência humana: uma trajetória de apreensão

Alvarenga, Willyane de Andrade 20 February 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:48:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 6041.pdf: 1115025 bytes, checksum: d41bdc7a01ec6d45f7a7254522908dde (MD5) Previous issue date: 2014-02-20 / Universidade Federal de Minas Gerais / There is a lot of care to prevent vertical transmission of human immunodeficiency virus (HIV). A parent / caregiver must feel safe and instructed to realize them and so do not increase the exposure of the child. Not only the lack of guidelines, as well as those incomplete or not understood by the mother, can jeopardize the success of treatment and weaken the care given to the child. From this, the motivation for this research that had as general objective to analyze the experience of mothers or caregivers in relation to child care to reduce the risk of vertical transmission of HIV and specific objectives to analyze the experience of families in relation to child care to reduce the risk of HIV transmission, with emphasis on the beginning of this trajectory; to know the experience of mother in relation to child care to reduce the risck of postnatal transmission of HIV; to identify the social network / support of caregivers for children exposed to HIV in the postnatal period; and analyzed the experience of women living with HIV in relation to non- breastfeeding of the son. We used the perspective of Symbolic Interactionism as a theoretical and a descriptive qualitative approach. Data collection was performed in a specialized assistance service for HIV / AIDS in Northeastern Brazil, with 24 mothers, 5 fathers and 7 caregivers (grandparents, aunts and grandmother) of infants born to HIV-infected mothers. As selection criteria for the study, the participant should be caregiver and have children aged up to 18 months, which did not have a complete definition of HIV infection as well as make up in that service. Applied to semi-structured interviews and inductive content analysis, so the themes, categories and subcategories were defined by means of which the temporal dimension of the experience of care for HIV-exposed child, revealed by a trajectory of seizure, was understood. This trajectory starts to the become a mother until the definition of the child's diagnosis, fraught with memorable moments represented by pregnancy, the first month of the child's life and expectations regarding diagnostic disclosure also with regard to the child's future. The results were organized in four scientific papers that comprise the set of related categories. The 1st article brought the category becoming a mother with HIV, related to pregnancy, where the mother imagines her child with HIV, revive the situation before past experience and want the child, in spite of everything. The 2nd article has categories have solitary experience handling of antiretroviral therapy, be attentive to the care of the child, want to omit the presence of HIV and look to the future and fear of disease. The 3rd article met the categories go to specialized service in the dark, have a hope in the specialized service and has the fragile network of support. The 4th article included the category having the dream of breastfeeding frustrated, in which the mother suffers from the inability to breastfeed and have to accept the imposition of infant formula. This study showed different patterns of implementation of the child's treatment, which deserves special attention to ensure no vertical transmission of HIV. The stigma attached to the disease, the fragility of the support network, the frustration of the mother for not breastfeeding, among other feelings such as fear, guilt, sadness, loneliness, joy, relief and faith were part of the care experience. Even with the difficulties in this trajectory, caregivers showed hope in the negative diagnosis of children and commitment to compliance with treatment. The support from some family members of people living with HIV, the physician expert service, and especially of God, did they cope with the situation. / Há uma série de cuidados para evitar a transmissão vertical do vírus da imunodeficiência humana (HIV). A mãe/cuidador deve se sentir segura e instruída para realizá-los e assim não aumentar a exposição da criança. Não apenas a ausência de orientações, como também aquelas incompletas ou não compreendidas pela mãe, podem comprometer o sucesso do tratamento e fragilizar o cuidado dispensado à criança. A partir disso, surgiu a motivação para a realização desta pesquisa que teve como objetivo geral analisar a experiência de mães ou cuidadores em relação ao cuidado à criança para reduzir o risco de transmissão vertical do HIV e objetivos específicos analisar a experiência de familiares em relação ao cuidado à criança filha de mãe soropositiva para o HIV para reduzir o risco de transmissão do HIV, com ênfase no início desta trajetória; conhecer a experiência da mãe em relação ao cuidado à criança para reduzir o risco de transmissão pós-natal do HIV; identificar a rede social/apoio do cuidador da criança exposta ao HIV no período pós-natal; e analisar a experiência de mães que vivem com HIV em relação a não amamentação do filho exposto ao HIV. Utilizou-se a perspectiva do Interacionismo Simbólico como referencial teórico e uma abordagem metodológica qualitativa descritiva. A coleta dos dados foi realizada em um serviço de assistência especializado em HIV/AIDS, no Nordeste do Brasil, com 24 mães, 5 pais e 7 cuidadores (avós, tias e bisavó) de crianças nascidas de mães infectadas pelo HIV. Como critério de seleção para o estudo, o participante deveria ser cuidador e ter crianças na faixa etária de até 18 meses, que não possuísse a completa definição de infecção pelo HIV, bem como fazer acompanhamento no referido serviço. Aplicou-se a entrevista semiestruturada e a análise de conteúdo indutiva; assim, foram definidos os temas, categorias e subcategorias por meio dos quais a dimensão temporal da experiência de cuidado à criança exposta ao HIV, revelada por uma trajetória de apreensão, foi compreendida. Esta trajetória se inicia ao tornarse mãe até a definição do diagnóstico da criança, permeada de momentos marcantes representados pela gestação, pelo primeiro mês de vida da criança e expectativas em relação à revelação do diagnóstico, também no que diz respeito ao futuro da criança. Os resultados foram estruturados no formato de quatro artigos científicos que englobaram o conjunto de categorias afins. O 1º artigo trouxe a categoria tornar-se mãe com HIV, relacionada ao período gestacional, em que a mãe imagina o filho com HIV, revive a situação diante de experiência pregressa e deseja a criança, apesar da tudo. O 2º artigo tem as categorias ter experiência solitária de manuseio da terapia antirretroviral, estar atenta aos cuidados da criança, querer omitir a presença do HIV e olhar o futuro e temer a doença. O 3º artigo reuniu as categorias ir ao serviço especializado na obscuridade, ter no serviço especializado uma esperança e ter a rede de apoio fragilizada. O 4º artigo englobou a categoria ter o sonho de amamentar frustrado, em que a mãe sofre pela impossibilidade de amamentar e tem que aceitar a imposição da fórmula infantil. Este estudo mostrou diferentes padrões de implementação do tratamento da criança, o que merece atenção especial para a garantia da não transmissão vertical do HIV. O estigma em relação à doença, a fragilidade da rede de apoio, a frustração da mãe pela não amamentação, dentre outros sentimentos como medo, culpa, tristeza, solidão, alegria, alívio e fé fizeram parte da experiência de cuidado. Mesmo com as dificuldades encontradas nesta trajetória, os cuidadores mostraram esperança no diagnóstico de não infecção da criança e empenho para o cumprimento do tratamento. O apoio de alguns membros familiares, de pessoas que vivem com HIV, do médico do serviço especializado e, principalmente, de Deus, fizeram com que eles enfrentassem a situação.
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Evolução histórica da transmissão vertical do HIV em Estado do nordeste brasileiro : 1990-2011 / History of transmission of HIV in a state from Northeast Brazil: 1990-2011

Lemos, Lígia Mara Dolce de 30 August 2013 (has links)
Introduction: the mother-to-child transmission is the main route of acquisition of HIV in children and the progressive increase of the epidemic in women of reproductive age significantly influences the epidemic in childhood. With the results of prophylaxis with antiretroviral, the possibility of transmission decreased considerably, but is still an important public health problem. Objective: to describe the time series of the clinical, epidemiological and laboratory of children born from mothers HIV positive or with AIDS in Sergipe and followed at referral center for STD / AIDS from January 1990 to December 2011. Methods: this is a retrospective cohort study. We recorded clinic and registry data from all HIV-infected pregnant women and exposed children from: notification system disorders (SINAN), file reference center for HIV / AIDS (CEMAR), referral maternity, system laboratory (SISCEL) and mortality system (SIM). The analyses were differentiated according to five specific objectives. At first, it was analyzed using the protocol AIDS clinical trial group (ACTG 076) in reference maternity HIV / AIDS for the period 1994-2010. We included HIV positive mothers from July 1994 to April 2010. In the second objective we did a prevalence survey to estimate the number of HIV positive pregnant using the capture-recapture method in the state of Sergipe in the period 1990-2011. The third was a retrospective cohort study to evaluate the risk factors associated with vertical transmission and the rate of mother to child transmission in Sergipe in the period 1990-2010. The fourth objective trends observed mortality in a cohort of children infected with HIV in the period 1993-2011. The fifth and last observed prevalence and risk factors for late diagnosis of HIV in infants exposed vertical transmission. Results: we identified 561 HIV-exposed children in the study period. Of these, 467 (83.24%) performed diagnostic test for HIV and 101 (18%) were infected by the virus. Of these, 467 (83.24) performed diagnostic test for HIV, 101 (18%) were infected, and 61 (10.8%) were still under investigation. In multivariate analysis of maternal factors for HIV infection in children, antiretroviral prophylaxis in children was a protective factor (aOR 0:07, 95% CI 0:01 to 0:41, p=0.003). Breastfeeding was marginally associated with increased chance of transmission (adjusted Odds Ratio [aOR] 4.52, CI 95% 0.78-0.17, p=0.092). The risk for breastfeeding over the study period was 91.0%, and transmission decreased from 91 per 100 live births before 1997 to 2 per 100 in 2011 following adoption of the prevention protocol. Of the 101 infected, twentyone children died with a median age at 4.3 years (IQR, 1.5-5.6 ears). In multivariable analysis, after adjusting for current treatment, the risk of death was 57% lower for children born after 2001 compared to those born before (adjusted relative risk [ARR] 0.43,IC95% 0.20-0.96, p <0.005). Lack of prenatal care (p=0.09) and breastfeeding (p=0.07) were marginally associated with late diagnosis. Was observed using the ACTG 076 was fully (during pregnancy, during delivery and after childbirth) utilized in only 31.8% of the participants. We estimate the population of HIV-seropositive pregnant women in the State of Sergipe between 2000 and 2010, using the capture-recapture method (CRC), that there were in total 1110 HIV seropositive pregnant women; therefore, 381 (34.3%) women were not captured by any of the three official systems registrations. Conclusion: the vertical transmission declined over the study period. Nevertheless, capitation of pregnant women and early initiations of preventive measures need to improve as soon as early HIV diagnosis in children for these populations to enjoy the benefit of the prophylactic and therapeutic/prophylactics measures including no infection, longer survival and better quality of life. / Introdução: a transmissão materno infantil, principal via de aquisição do vírus HIV em crianças e o aumento progressivo da epidemia nas mulheres em idade reprodutiva influenciam decisivamente a epidemia na infância. Com os resultados de profilaxia com antirretrovirais, a possibilidade de transmissão diminuiu consideravelmente, mas ainda constitui um problema relevante de saúde pública. Objetivo: descrever a série histórica da situação clínica, epidemiológica e laboratorial de crianças, filhas de mães soropositivas ao HIV ou com aids nascidas em Sergipe e acompanhadas no centro de referência em DST/Aids no período de janeiro de 1990 a dezembro de 2011. Métodos: Trata-se de uma coorte retrospectiva. Para compor o banco de dados, levantaram-se informações sobre nascimento e acompanhamento clínico no Sistema de Notificação de Agravos (SINAN), em arquivos do centro de referência em HIV/aids (CEMAR), em maternidade de referência, em sistema de exames laboratoriais (SISCEL) e em sistema de mortalidade (SIM). Os métodos para análise foram diferenciados de acordo com cinco objetivos específicos propostos. No primeiro, analisou-se uso do protocolo Aids Clinical Trial Group (ACTG 076) em maternidade de referência para HIV/aids no período de 1994 a 2010. No segundo realizou-se uma estimativa de gestantes HIV reagentes pelo método de captura e recaptura no estado de Sergipe no período de 1990-2011. O terceiro objetivo foi identificar fatores de riscos maternos para infecção pelo HIV em crianças expostas e a taxa de transmissão materno-infantil em Sergipe no período de 1990-2010. O quarto objetivo observou tendências de mortalidade em coorte de crianças infectadas pelo vírus HIV no período de 1993 a 2011. O quinto e último verificou prevalência e fatores de risco para diagnóstico tardio do HIV em crianças expostas por transmissão vertical. Resultados: foram identificadas 561 crianças expostas. Dessas, 467 (83,24) realizaram teste diagnóstico para HIV, constatando-se 101 (18%) infectadas e 61 (10,8%) ainda em investigação. Na análise multivariada sobre fatores maternos para infecção pelo HIV na criança, a profilaxia antirretroviral na criança foi um fator protetor (aOR 0.07, 95% CI 0.01-0.41, p=0,003). Amamentação foi marginalmente associada ao aumento da chance de transmissão vertical (aOR 4,52, Intervalo de Confiança [IC] 95% 0,78-26,17). A transmissão materno-infantil decresceu de 91% antes de 1997 para 2% em 2011, acompanhando o mesmo crescimento na adoção dos protocolos de prevenção. Das 101 infectadas, 21 morreram com a média de idade de 4,3 anos (IQR, 1,5-5,6 anos). O risco de morte foi 57% menor para crianças nascidas após 2001 quando comparadas com as nascidas antes (Risco relativo ajustado [aRR] 0,43; IC95% 0.20-0.96, p<0.05). Na análise sobre fatores de risco para diagnóstico tardio na coorte de 55 crianças infectadas no período de 2002 a 2011, 42(76,5%) foram diagnosticadas tardiamente, acima de 12 meses de idade. Foi observado o uso do protocolo ACTG 076 nas três fases (antirretroviral na gestação, durante e após o parto), sendo utilizado de forma completa somente em 31,8% dos participantes. Pelo método de captura e recaptura, estimou-se, para o período de 2000 a 2010, 1.110 gestantes, tendo sido observada subnotificação de 381 casos (34,3%) que não constavam nos sistemas oficiais de cadastramento dos pacientes. Conclusão: a transmissão vertical decresceu durante o período estudado, mas, apesar disso, captação de gestantes e iniciação precoce de profilaxia com antirretroviral necessitam ser melhoradas, assim como o diagnóstico precoce pelo HIV em crianças, para haver o benefício de medidas profiláticas e/ou terapêuticas e, consequentemente, sobrevida mais longa e melhor qualidade de vida.
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Situações que limitam a prevenção da transmissão vertical do HIV/AIDS em região do interior de São Paulo : estudo com abordagem quantitativa e qualitativa / Health service constraints related to the prevention of HIV/AIDS vertical transmission in a region of the state of São Paulo-Brazil : study with quantitative and qualitative approach methods

Feracin, Jussara Cunha Fleury 13 August 2018 (has links)
Orientadores: Ana Maria Segall Correa, Antonieta Keiko Kakuda Shimo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-13T02:09:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Feracin_JussaraCunhaFleury_D.pdf: 1330727 bytes, checksum: 070897d55253d8c3248839454c7f0a06 (MD5) Previous issue date: 2009 / Resumo: Constitui prioridade de pesquisa e intervenção no Brasil a transmissão vertical do vírus HIV, infecção que tem aumentado entre as mulheres em idade fértil, resultando em progressiva redução na relação homem/mulher. O objetivo deste trabalho é analisar as ações de prevenção da transmissão vertical do vírus da AIDS durante o pré-natal, parto e puerpério, bem como as ações de vigilância epidemiológica, entre as mulheres grávidas soropositivas ao vírus HIV, residentes em um município do interior do estado de São Paulo. Trata-se de estudo realizado em duas fases, com abordagem quantitativa na primeira e qualitativa na segunda. Na primeira, descreve-se a situação epidemiológica dos 11 municípios pertencentes àquele Departamento, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2005, partindo-se das notificações e das fichas epidemiológicas de 112 gestantes portadoras do vírus HIV e das crianças nascidas destas gestações. As informações referem-se à idade das mulheres, local de sua moradia, momento de identificação da infecção, local e data do parto, além daquelas relativas aos procedimentos assistenciais terapêuticos e profiláticos. Na abordagem qualitativa, ou seja, na segunda fase foram realizadas entrevistas nas quais foi utilizado um roteiro padronizado e pré-testado com enfermeiros e médicos que prestam atendimento às gestantes e parturientes nas Unidades Básicas de Saúde e Hospital do município sede do Departamento Regional. Os resultados mostram, entre outras coisas, que todas as gestantes residiam em zona urbana, a maioria era branca (67,9%), de baixa escolaridade, sendo que mais de dois terços não haviam completado o primeiro grau e 42,9% tinham idade abaixo de 25 anos. Mais da metade conhecia seu status de soro-positividade antes da gravidez (53,6%) e para 10,7%, essa era a 2ª gravidez após o diagnóstico. Foram observadas falhas na profilaxia da transmissão vertical na gestação, parto e pós-parto. Nessa última intervenção, 17 mulheres não receberam AZT intravenoso e três recém-nascidos não fizeram profilaxia com AZT oral e outros três iniciaram a profilaxia 24 horas depois do parto. A estimativa de transmissão vertical do HIV foi de 4,5%. Na etapa qualitativa, foi observado que as solicitações de exames anti-HIV eram rotina estabelecida no pré-natal, não havendo, no entanto, aconselhamento pré e pósteste. No momento que antecede o parto, é sempre solicitado teste rápido. A necessidade da profilaxia, a indicação do parto cesariano e a inibição da lactação são de conhecimento dos profissionais, porém, esses profissionais não referem à forma como manejam essas intervenções. Conforme dados epidemiológicos resultantes desta pesquisa, algumas atitudes relacionadas à assistência às gestantes HIV positivas e a seus filhos não atendem as recomendações do Ministério da Saúde para a redução da transmissão vertical e as falas dos profissionais reforçam a necessidade de programas de capacitação e treinamentos na forma de educação continuada sobre o assunto para alcançar o objetivo proposto nas diretrizes nacionais de saúde / Abstract: A priority for public health research and intervention in Brazil is the vertical transmission of the AIDS virus, which has increased among women of reproductive age, resulting in a decreasing male/female ratio. The objective of this study is to analyze actions to prevent the vertical transmission of the AIDS virus during pregnancy, childbirth, and postpartum period, as well as the actions of epidemiological monitoring, of HIV-positive pregnant women residing in a city in the interior of the state of São Paulo. The study has two phases, one quantitative and the other qualitative. The first phase consisted of a descriptive study of the epidemiological situation in 11 municipalities pertaining to the Department of Health in the period from January, 2000, to December, 2005, based on epidemiological notifications and case records of HIV-positive pregnant women and the children resulting from those pregnancies. Information collected included the women's age, residence; time the HIV infection was identified, locale and date of delivery, as well as data on therapeutic and prophylactic care procedures. In the qualitative phase of the study, semi-structured interviews were conducted with nurses and physicians working in Primary Health Care Units and hospitals in the city where the Regional Health Department is located and, who provide care to the pregnant women and newborns. All the pregnant women reside in the urban area, most are White, with low educational levels, and 42.9% were less than 25 years old. More than half were aware of their HIV-positive status before becoming pregnant, and 10.7% of these were in their second pregnancy after having been diagnosed. Errors were observed in prophylactic procedures to prevent vertical transmission during pregnancy, during childbirth, and post-partum. With reference to the latter, 17 women were not given intravenous AZT, three newborns were not given AZT orally, and an additional three initiated prophylaxis 24 hours postpartum. The estimated vertical transmission of HIV was 4.46%. In the qualitative phase, it was observed that requests for anti-HIV tests were routine in pre-natal care, but with no counseling provided before or after the test. A rapid test is routinely requested at the moment just before childbirth, but there are no institutional standardized procedures that obligate staff to follow the recommendations that come with the test. The need for prophylaxis, cesarean birth, and inhibition of lactation are known by the professionals, however they do not refer to the way they normally deal with those procedures with the women. It was also observed that pediatricians deal better than other professionals with patients diagnosed as HIV-positive. The observed failures in health care and epidemiological surveillance for HIV-positive pregnant women and for their children confirm that the Ministry of Health HIV/AIDS protocols were not always followed by the health professionals, which shows the needs for continuing education, as they themselves pointed out / Doutorado / Saude Coletiva / Doutor em Saude Coletiva
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Significações psicossociais do diagnostico de HIV e do impedimento da amamentação para as gestantes : um estudo clinico-qualitativo / Psychosocial meanings of the HIV diagnosis and the impossibility of breasfeeding for pregnant womem : a clinical-qualitative study

Bellini, Nara Regina 26 August 2008 (has links)
Orientadores: Egberto Ribeiro Turato, Helaine Maria Besteti Pires Mayer Milanez / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-11T18:39:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Bellini_NaraRegina_M.pdf: 345612 bytes, checksum: 06749de2ce8b9c10bce4ef15fa39ed1c (MD5) Previous issue date: 2008 / Resumo: O objetivo geral deste estudo foi interpretar as significações psicossociais relatadas pelas mulheres no momento da descoberta da infecção pelo HIV na gestação, durante consulta de pré-natal especializado no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (Caism/UNICAMP). Os objetivos específicos foram conhecer as angústias e conflitos gerados após a informação sobre a presença da infecção pelo HIV, e discutir os significados da maternidade e a impossibilidade do aleitamento materno no contexto da infecção pelo HIV. Sujeitos e Métodos: Estudo exploratório, na particular abordagem Clínico-Qualitativa. A amostra de sujeitos foi construída pela técnica de saturação de dados, através de entrevista semidirigida de questões abertas. O grupo de sujeitos foi composto por gestantes com 22 a 31 anos de idade, entre 15 e 38 semanas de gestação, e que receberam o diagnóstico de HIV no início da gestação, sendo a maioria multípara, com situação conjugal estável e ocupação do lar. Resultados e Discussão: Nas falas destas mulheres ficou evidente que o momento da revelação do diagnóstico de HIV durante a gestação é carregado de intensas emoções, seguidas de fantasias e sentimentos conflitantes, com resistência da aceitação dos mesmos e medo intenso da transmissão vertical, mesmo sabendo que, utilizando a terapia anti-retroviral, a chance de infectar o bebê seria mínima. Emergiram também sentimentos de angústia e estigma relacionados ao impedimento da amamentação. Considerações Finais: Acreditamos que estar grávida na presença da infecção pelo HIV exige um duplo trabalho de redefinição subjetiva, na medida em que a mulher precisa se reconhecer como mãe e como portadora do HIV. Os resultados apontam que essas mulheres se deparam com circunstâncias adversas que envolvem o desejo de amamentar e, ao mesmo tempo, preservar a saúde de seus filhos / Abstract: Objectives - The general purpose of this study was to interpret psycho-social conceptions reported by women as they discover an HIV-infection during prenatal care at a specialized facility in a Woman's Health Center (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher) of the University of Campinas (Caism/UNICAMP). Specific objectives were to recognize conflicts and afflictions generated after receiving an HIV diagnosis and discuss meanings of motherhood and proscription of breastfeeding in the setting of HIV infection. Methods: Exploratory study conducted in a clinical-qualitative way; the sample size was defined by the saturation of collected information. The sample was composed of recently diagnosed HIVinfected pregnant women (ages from 22 to 31 years, gestational ages from 15 to 38 weeks, mostly multiparous, housewives, and reporting stable relationships. Results and Discussion: From the analyzed data, it became clear that the experience of a newly found HIV infection diagnosis during pregnancy gives rise to intense emotions, fantasies and conflicted feelings, along with resistance in accepting emotions and great fear of mother-to-child transmission of HIV, even in face of minimal risks achievable by antiretroviral prophylaxis. Also emerged feelings of affliction and stigmatization related to suppression of breastfeeding. Final Considerations: We believe that pregnancy in the setting of HIV infection demands double amounts of effort in redefining one's self, in the sense that the woman must acknowledge herself as both a mother and a carrier of HIV. Results show that these women are faced with adverse circumstances involving the desire to breastfeed and, concomitantly, to preserve the health of their children / Mestrado / Ciencias Medicas / Mestre em Tocoginecologia
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Aspectos comportamentais, bioquímicos e moleculares envolvidos no processo de infecção de Triatoma infestans por Beauveria bassiana / Behavioral, biochemical and molecular aspects involved in the infection process of Triatoma infestans by Beauveria bassiana

Lobo, Luciana Silva 22 July 2015 (has links)
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Beauveria bassiana is effective against all developmental stages of T. infestans. The dynamics of the host infection with B. bassiana has not been well studied yet and more basic research is necessary to elucidate aspects of this interaction. The present study characterized volatile organic compounds (VOC) secreted by T. infestans physically disturbed and infected with B. bassiana employing gas cromatography coupled to mass spectrometry. The expression of genes potentially involved in the biosynthesis of this volatiles (Ti-brnq and Ti-bckdc) was analysed according to the progress of infection with quantitative reverse transcription real-time (qPCR) methodology. The time-related expression of B. bassiana genes envolved in the biosynthesis of fungal toxins (BbtenS, BbbeaS, BbbslS) in nymphs treated with conidia or blastospores was measured, as well as the gene expression levels of insect proteins belonging to the humoral immune response (TiPPO, TiHL, TiDEF) in the same nymphs. Moreover, the influence of conidia on nymphal behavior was analysed. No clear repellent effect of conidia was found. Isobutyric acid was the most abundant VOC found, however, significant effect of the fungal on propionic acid secretion was found 1–3 days after treatment (a.t.). Ti-brnq and Ti-bckdc expression was higher 4 d a.t. than at 10 d a.t. in both conidial concentrations tested, but a significant effect of the time was found only with the first gene. In individuals immersed in the higher conidial concentration the expression of BbtenS and BbbeaS peaked 3 and 12 days a.t. respectively, and 9 days a.t with individuals treated with the lower concentration. In blastospore-injected nymphs, these genes peaked 24 h a.t. and in dead insect exposed in humid chamber. A significant effect of time on the expression of TiPPO in nymphs immersed in both conidial concentrations was found. TiDEF and TiHL peaked 6 days a.t. to both conidial concentration tested. In insects injected with blastospores significant increase in the expression pattern of all genes was found at the lower dose tested. Results emphasized the importance to elucidate better the dynamics of infection of T. infestans with B. bassiana in order to develop biological control estrategies of these vectors with entomopathogenic fungi. / Triatoma infestans é o vetor principal da doença de Chagas na Argentina, Bolívia e Paraguai. Beauveria bassiana se destaca por ser eficiente contra todos os estágios de vida de T. infestans. A dinâmica da infecção desse fungo em seus hospedeiros ainda não foi muito estudada, e são necessários mais estudos básicos para a elucidação de aspectos dessa interação. O presente estudo caracterizou compostos voláteis orgânicos (CVO) liberados por T. infestans fisicamente perturbados e infectados por B. bassiana através de cromatografia gasosa acoplada à espectrofotometria de massa, e analisou o padrão de expressão de genes envolvidos na produção e liberação desses voláteis (Ti-brnq e Ti-bckdc) em função do progresso da infecção, através de PCR em tempo real. Foi estudado também o padrão de expressão de genes envolvidos na biossíntese de toxinas de B. bassiana (BbtenS, BbbeaS, BbbslS) durante o processo da infecção em ninfas tratadas com conídios ou blastosporos, e de genes envolvidos na resposta imune humoral (TiPPO, TiHL, TiDEF) nas mesmas ninfas. Além disso, foi analisada a influência de conídios de B. bassiana sobre o comportamento de T. infestans. Não foi encontrado efeito claro de repelência de ninfas a conídios. O CVO majoritário encontrado foi o ácido isobutírico, mas houve efeito da infecção somente sobre a produção do ácido propiônico 1–3 dias após o tratamento (a.t.). A expressão de Ti-brnq e Ti-bckdc foi significativamente maior aos 4 dias a.t. que aos 10 dias para as duas concentrações de conídios testadas, com efeito significativo somente para o primeiro gene. Em indivíduos imersos em conídios na maior concentração, a expressão de BbtenS e BbbeaS apresentou um pico 3 e 12 dias a.t., já na menor concentração, o pico de expressão ocorreu aos 9 dias a.t. Em insetos injetados com blastosporos, o pico da expressão desses genes ocorreu 24 h a.t. e em cadáveres expostos a câmara úmida. Para ninfas imersas em suspensão de conídios, foi encontrado efeito significativo do tempo sobre a expressão de TiPPO nas duas concentrações testadas. TiDEF e TiHL tiveram um pico de expressão aos 6 dias a.t. para as duas concentrações testadas. Em ninfas injetadas com blastosporos, a expressão dos três genes de imunidade variou significativamente de acordo com o tempo de infecção somente com a menor dose de blastosporos. Os resultados ressaltaram a importância de esclarecer melhor a dinâmica da infecção de T. infestans com B. bassiana para o desenvolvimento de estratégias de controle biológico desse vetor com fungos entomopatogênicos.
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Evidências moleculares da transmissão horizontal do vírus da hepatite C (VHC) entre cônjuges / Molecular evidences for horizontal transmission of HCV inside couples

Isabel Maria Vicente Guedes de Carvalho Mello 09 November 2006 (has links)
A transmissão do VHC vem diminuindo após a implementação de diretrizes de triagem de doadores de sangue e adoção de políticas sociais para reduzir o risco de infecção em UDI, entretanto o VHC ainda constitui um grave problema de saúde pública mundial. Em torno de 10% dos pacientes infectados com VHC não referem exposição a nenhum fator de risco conhecido. Alguns estudos demonstraram a presença de RNA em diferentes secreções, sugerindo a existência de outras rotas de transmissão do VHC. Este estudo teve como objetivo analisar as relações filogenéticas de diferentes regiões genômicas do VHC de cônjuges portadores crônicos e correlacioná-las com seqüências de portadores crônicos não relacionados atendidos no mesmo ambulatório. Foram selecionados 18 pacientes (9 casais) com genótipo concordante entre eles e 42 controles (14 de cada genótipo encontrados nos casais). Foram amplificadas e seqüenciadas as regiões NS3 (~620nt) e NS5B (~360nt). As seqüências foram alinhadas usando o programa Clustal X e Bioedit 6.0.7. A presença do sinal filogenético, nas regiões estudadas, foi analisado através do mapeamento da verossimilhança pelo programa Tree-Puzzle. Os modelos evolucionários foram estimados pelo teste de razão de verossimilhança com o auxílio do programa Modeltest e utilizados para as análises das seqüências NS3, NS3+NS5B (TrN+I+G) e NS5B(TrNef+I+G). Foram empregados os métodos de distância com algoritmo de agrupamento de vizinhos e máxima verossimilhança com o algoritmo de rearranjo dos braços, seccionando a árvore em dois pedaços e ligando em outras partes, para a construção das árvores, pelo programa PAUP*4b10. Foram calculados os valores de bootstrap, com 1000 réplicas, para a verificação da sustentação de ramos nas topologias. Nas análises foram incluídas seqüências referencia do Genbank de diferentes genótipos. Todos os casais tiveram a região NS5B amplificada e seqüenciada, entretanto, não foi possível amplificar e seqüênciar a região NS3 de amostras de 2 casais. Considerando-se as três análises o sinal filogenético foi de 90.5% (NS5B - 199 nt), 92.9% (NS5B - 344 nt), 94.8% (NS3 - 619 nt ) e 96.1% (NS5B + NS3). Como esperado, o melhor sinal filogenético foi obtido com as seqüências das duas regiões concatenadas NS3+NS5B. As análises filogenéticas sugerem fortemente que os vírus dos casais 3, 4, 6, 7, e 8 têm a mesma origem. Na maioria das análises as seqüências dos vírus destes casais formaram um grupo monofilético com valores de bootstrap acima de 70. As seqüências dos outros casais, em algumas situações, apresentaram grupos monofiléticos, contudo os valores de bootstrap não foram significativos. A utilização de seqüências de duas regiões genômicas diferentes suportam a hipótese de que os vírus dos casais 3, 4, 6, 7 e 8 têm a mesma origem. A inclusão de seqüências controle, dos mesmos subtipos encontrados nas amostras dos casais, foram fundamentais para a confirmação dos resultados. Estes resultados indicam fortemente a possibilidade de transmissão entre casais. / HCV transmission has decreased with the adoption of universal blood donors screening and social policies to reduce risk of infection in IVDU, but HCV is still a worldwide health problem. The epidemiological route of infection cannot be identified in a significant proportion of patients. Some studies demonstrated the presence of viral RNA in different secretions, suggesting the existence of other routes for HCV transmission. The aim of this study was to evaluate the phylogenetical relationships among sequences from different HCV genomic regions from sexual partners of chronic infected patients when analyzed among themselves and when analyzed conjointly with sequences from virus found in non related chronic infected patients attended in the same clinic. Eighteen individuals (9 couples with stable relationship without other risk factors for HCV infection) and forty-two control patients (fourteen from each genotype found in the couples) were selected. NS3 (~620 nts) and NS5B (~360 nts) regions were amplified and sequenced. Sequences were aligned using clustal X 1.81 and Bioedit 6.0.7. Phylogenetic signal/noise ratio in the data set was investigated with a likelihood mapping analysis with the program TREE-PUZZLE. Evolutionary models were chosen by Hierarchical Likelihood Ratio Test (hLRTs) using Modeltest 3.06 and used for analyze NS3, NS3+NS5B (TrN+I+G) and NS5B (TrNef+I+G) sequences. Distance and maximum-likelihood (ML) phylogenetical analyses were performed with PAUP*4b10 and the trees were constructed with NJ and heuristic search. Tree bisection and reconnection (TBR) algorithm respectively.Robustness of trees was evaluated by analyzing 1000 bootstrap replicates. Genbank reference sequences from different genotypes were included in data analysis. Sequences from NS5B region were obtained for all samples while it was not possible to get NS3 sequences from only 2 couples. Considering the three analysis, phylogenetical signals were 90.5% (NS5B - 199 nt), 92.9% (NS5B - 344 nt), 94.8% (NS3 - 619 nt ) and 96.1% (NS5B + NS3). As expected, the best phylogenetical signal was obtained with concatened NS3+NS5B sequences. Phylogenetical analysis strongly suggested that virus from couples 3, 4, 6, 7 and 8 had a common origin. In the majority of the analysis, sequences inside these couples clustered in the same monophyletical group with bootstrap values higher than 70. For the other couples, monophyletical groups were observed but these results were not supported by the bootstrap analysis. In conclusion, using sequencing from two different viral genomic regions, we have strongly supported a common source of infection for the two members of five couples. Control sequences from the same subtypes than the couples were crucial to confirm the results. These data strongly support HCV transmission inside couples.
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Infecção pelo vírus linfotrópico de células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) em uma coorte acompanhada em São Paulo / Human T-cell lymphotropic virus type 1 (HTLV-1) infection in a cohort followed up in São Paulo

Arthur Maia Paiva 25 November 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: O virus linfotrópico de células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) é endêmico em várias partes do mundo e transmitido primariamente através de relações sexuais ou da mãe para o filho. MÉTODOS: Estes modos de transmissão foram investigados na coorte de pacientes com HTLV-1 acompanhados no Instituto de Infectologia Emílio Ribas de São Paulo comparando-se casais soroconcordantes e sorodiscordantes, para estudo da transmissão sexual, e binômios mãe-filho soroconcordantes e com filho soronegativo para estudo da transmissão vertical. Os dados foram consolidados e depois analisados utilizando o sistema RedCap (Research Electronic Data Capture) e o programa computacional estatístico Stata/IC 13.1. Resultados com valor de p < 0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Variáveis com p < 0,2 na análise bivariada foram incluídos na análise multivariada. RESULTADOS: Entre janeiro de 2013 e maio de 2015, de 178 pacientes com HTLV-1 que se declararam casados, 107 (46 homens e 61 mulheres) tinham parceiro testado, resultando em 81 casais (26 homens e 26 mulheres já formavam pares entre si). Foram excluídos aqueles com HIV ou HTLV-2. A taxa de soroconcordância entre casais foi 46,9%. A carga proviral (PVL) de HTLV-1 foi comparada entre 19 casais soroconcordantes e 37 sorodiscordantes, e os casais soroconcordantes apresentaram cargas provirais mais elevadas (p = 0,03). Não houve diferença entre os grupos de acordo com idade, tempo de relacionamento, ter mãe ou irmão com HTLV-1, raça, local de nascimento, escolaridade, história de hemotransfusão, HAM/TSP, ATL ou soropositividade para hepatite C. Na análise multivariada, no entanto, o tempo de relacionamento (> 20 anos) manteve-se independentemente associado com a ocorrência de soroconcordância entre casais (p = 0,031). Por sua vez, no período de junho de 2006 a agosto de 2016 havia 192 mães com infecção pelo HTLV-1, resultando em 499 filhos expostos. Destes, 288 (57,7%) foram testados para HTLV-1, constituindo-se na amostra final para o estudo, juntamente com respectivas 134 mães. Entre os filhos testados, 41 foram positivos para HTLV-1, indicando taxa de transmissão vertical de 14,2%. Sete dos 134 núcleos familiares concentraram 20 (48,8%) do total de 41 filhos soropositivos e cinco apresentavam prole com três ou mais filhos soropositivos para HTLV-1. Estiveram associadas à soropositividade do filho: duração da amamentação >= 12 meses, PVL materna >= 100 cópias/104 PBMC, idade da mãe no parto > 26 anos, raça/etnia asiática, estado civil divorciada, filho com avó soropositiva para HTLV-1, ter irmão com HTLV-1. Na análise multivariada, amamentação >= 12 meses, PVL materna elevada e ter irmão com HTLV-1 mantiveram-se independentemente associados ao desfecho. CONCLUSÕES: Os resultados indicam que o HLTV-1 vem sendo transmitido ativamente na coorte, tanto por via sexual como materno infantil, com agregação familiar de casos e que o risco de transmissão entre casais persiste após décadas (mais de 20 anos) de sorodiscordância. Foi observada associação entre PVL e transmissão do vírus, tanto por via sexual como materno-infantil, mesmo depois de anos após o desfecho. PVL materna elevada e amamentação prolongada estiveram independentemente associados à transmissão vertical, sendo necessários outros estudos avaliando a influência de fatores genéticos. / INTRODUCTION: Human T-cell lymphotropic virus type 1 (HTLV-1) is transmitted primarily either through sexual intercourse or from mother to child. METHODS: The current study investigated sexual and vertical transmission among individuals diagnosed as HTLV-1-positive who have been followed up at the Institute of Infectious Diseases \"Emilio Ribas\". In order to study the sexual transmission and mother-to-child transmission, the selected individuals with their respective pairs (couples or mother and son, repectively) were classified into seroconcordant or serodiscordant groups according to serological findings. Data were collected and managed using Research Electronic Data Capture (REDCap) and Stata/IC 13.1 for Windows. p values < 0.05 were considered statistically significant. Variables with p < 0.2 in bivariate analysis were included in multivariate analysis. RESULTS: Between January 2013 and May 2015, 178 HTLV-1-positive patients had spouses, 107 of which (46 men and 61 women) had tested partners, thus forming the initial sample (81 couples). Individuals co-infected with HTLV-2 or human immunodeficiency virus were not included in the analysis. The rate of seroconcordance was 59.8%. The HTLV-1 proviral load was compared between 19 and 37 seroconcordant and serodiscondant couples, respectively, and the concordant couples showed higher proviral loads (p = 0.03). There were no differences between the groups according to age, relationship length, having a mother or sibling with HTLV-1, race, ethnicity, nationality, education, history of blood transfusion, HAM/TSP, ALT, or hepatitis C virus status. In multivariate analysis, relationship time (over 20 years) was shown associated with ocurrence of seroconcordance status (p = 0.031). In turn, between June 2006 and August 2016 there were 192 mothers with HTLV-1 infection, resulting in 499 exposed children. Of these, 288 (57.7%) were tested for HTLV-1, forming the final sample for the study with 134 respective mothers. Among the tested soons, 41 were positive for HTLV-1, indicating vertical transmission rate of 14.2%. Of 41 positive sons for HTLV-1, 40 (48.8%) were clustered in seven of 134 households, and five households had their offspring with three or more sons seropositive for HTLV-1. The following variables were associated with positive son for HTLV-1: breastfeeding duration >= 12 months, maternal PVL >= 100 copies/104 PBMC, mother\'s age at delivery > 26 years, asian race/ethnicity, divorced marital status, child with grandmother seropositive for HTLV-1, have brother with HTLV-1. In multivariate analysis, breastfeeding >= 12 months, higher maternal proviral load and have brother with HTLV-1 remained independently associated with the outcome. CONCLUSIONS: The results indicate that the HLTV-1 is actively transmitted in the cohort both sexually and vertically, with ocurrence of familial clustering. The sexual transmission risk persists among couples even after decades (over 20 years) of serodiscordance. PVL remained associated with the outcome even several years after the occurrence of the transmission both sexually and vertically. High maternal provirus load and breastfeeding beyond 12 months were independently associated with positive son for HTLV-1, but it is necessary further studies to evaluating the influence of genetic factors on the mother-to-child transmission.
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DNA polymorphism in congenital infection of Trypanosoma cruzi: diagnostic and epidemiological interest / Polymorphisme de l'ADN de Trypanosoma cruzi et infection congénitale: intérêt diagnostique et épidémiologique

Virreira Bermudez, Myrna January 2007 (has links)
Doctorat en Sciences médicales / info:eu-repo/semantics/nonPublished
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Tissue Loss Syndromes in Acropora cervicornis off Broward County, Florida: Transmissibility, Rates of Skeletal Extension and Tissue Loss

Smith, Abraham Jeffrey 01 December 2013 (has links)
The high latitude thickets of Acropora cervicornis off Broward County flourish despite the presence of natural and anthropogenic impacts. These populations provided a unique study area in contrast to disease-stricken populations of the Florida Keys. This study used time-sequenced photographs to examine how A. cervicornis was affected by tissue loss attributed to white-band disease during 2007–2008. Variables monitored included healthy colony skeletal extension rates, diseased colony skeletal extension rates, and tissue loss. The transmissibility of the three white-band syndromes found in the Scooter and Oakland thickets was examined through tissue grafting experiments. Skeletal extension rates of healthy and diseased colonies were generally not significantly different. Mean skeletal extension for A. cervicornis colonies in Broward County was observed to be 9.6 cm/y (SD=3.95, Range: 1.02–19.9). Mean linear tissue loss from disease signs was 2.6 mm/d (SD=4.3, Range: 0.023–16.8). Although the majority of active disease lesions caused severe tissue loss upon contact with healthy branches, in 25% of the cases there was no tissue loss. Disease signs were also observed in 10% of the control grafting trials. A. cervicornis thickets in Broward County were growing at rates similar to those observed in this species elsewhere in Florida, but faster than other areas of the Western Atlantic. Tissue loss rate from disease lesions was lower than reported elsewhere. White-band disease and/or other tissue loss syndromes are always present in Broward County, but the low prevalence of affected colonies, inconsistent transmission of a presumptive agent that causes the disease signs, and optimum branch skeletal extension seems to limit effects on the thickets. Results of this research are significant as the current protected status of acroporid corals no longer allows manipulative research such as coral grafting for transmissibility of potential disease pathogens.

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