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Comparação entre clomipramina e fluoxetina para o tratamento de transtornos de ansiedade em crianças e adolescentes / Comparison between clomipramine and fluoxetine for the treatment of anxiety disorders in children and adolescents

Carolina Zadrozny Gouvêa da Costa 12 March 2010 (has links)
Os transtornos de ansiedade são os quadros psiquiátricos mais comuns em jovens. Seu tratamento precoce pode evitar repercussões negativas na vida atual da criança e, possivelmente, na vida adulta. A associação da terapia cognitivo-comportamental à farmacoterapia é tida como o tratamento de escolha para a maioria dos jovens com transtornos ansiosos. Dentre os medicamentos, destacam-se os inibidores seletivos de recaptura da serotonina e os antidepressivos tricíclicos. A literatura demonstra que aqueles fármacos são eficazes e seguros para o tratamento agudo da ansiedade em jovens. Em relação aos antidepressivos tricíclicos, há uma escassez de estudos, possivelmente, pelos efeitos colaterais e pela necessidade de controles laboratoriais. Revisões apontam para a necessidade de novos estudos controlados com medicamentos. Objetivouse com este estudo: testar a eficácia da fluoxetina e da clomipramina, controlados por placebo; comparar a ação desses compostos em crianças e adolescentes com transtornos ansiosos. Foram estudados sujeitos (7 a 17 anos) com: transtorno de ansiedade generalizada e/ou transtorno de ansiedade de separação e/ou fobia social (incluídos os três diagnósticos, em razão de sua alta taxa de comorbidade). Incluíram-se 30 indivíduos, divididos aleatoriamente em três grupos: fluoxetina (n=10), clomipramina (n=9) ou placebo (n=11), acompanhados por 12 semanas. Os instrumentos usados foram: Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia; Escala Multidimensional de Ansiedade para Crianças; Inventário para Depressão em Crianças; Impressão Clínica Global; Escala de Avaliação Global. Na avaliação inicial, os grupos mostraram-se semelhantes em relação a sintomas ansiosos e nas avaliações globais. Na análise exploratória, os três grupos apresentaram uma melhora significativa. As taxas de resposta ao tratamento foram de 87,5% (n=7) no grupo clomipramina, 100% (n=8) no grupo fluoxetina e 77,7% (n=7) no grupo placebo. As taxas de remissão foram de 75% (n=6) no grupo clomipramina, 100% (n=8) no grupo fluoxetina e 44,4% (n=4) no grupo placebo, com uma diferença significativa entre o grupo fluoxetina e placebo na medida de remissão. O grupo que recebeu fluoxetina teve uma redução mais acentuada dos sintomas ansiosos em relação ao grupo placebo nas subescalas ansiedade social e índice de transtorno de ansiedade da Escala Multidimensional de Ansiedade. Não foram observadas diferenças significativas entre o grupo clomipramina e placebo ou entre o grupo fluoxetina e clomipramina. Na análise regressiva, observou-se um efeito significativo do tempo em todas as variáveis. Em relação ao efeito dos grupos de tratamento (grupo placebo como referência), não houve diferença significativa. Notou-se a interferência significativa do grupo fluoxetina na ação do tempo nas variáveis: Escala Multidimensional de Ansiedade para Crianças total (p=0,029), ansiedade social (p=0,007), ansiedade de separação (p=0,008) e Impressão Clínica Global (p=0,003). O presente estudo sugere que a fluoxetina seja eficaz e segura para o tratamento dos transtornos ansiosos na infância e adolescência, e seu efeito, em relação ao placebo, parece ser superior quanto maior a gravidade dos sintomas. A clomipramina parece não trazer benefícios superiores ao placebo, embora não tenha havido diferença significativa entre os grupos fluoxetina e clomipramina. Ressalta-se que este estudo encontra-se em andamento e esta foi uma análise preliminar dos resultados. / Anxiety disorders are the most common psychiatric disorders in youngsters. Early treatment can avoid negative repercussions in the childs current life and, possibly, in adult life. The association of cognitive-behavioral therapy with pharmacotherapy is regarded as the treatment of choice for most youths with anxiety disorders. Among the medications, selective serotonin reuptake inhibitors and tricyclic antidepressants stand out. The literature shows that those drugs are efficacious and safe for acute treatment of anxiety in youths. As regards tricyclic antidepressants, there is a lack of studies, possibly due to side effects and need for laboratory controls. Reviews indicate the need for new pharmacological controlled studies. This study aims: to test the efficacy of fluoxetine and clomipramine, controlled by a placebo; to compare the action of these compounds in children and adolescents with anxiety disorders. Subjects (7 thru 17 years) with: generalized anxiety disorder and/or separation anxiety disorder and/or social phobia (the three diagnoses were included due to their high rate of comorbidity) were studied. Thirty individuals were included, randomly divided into three groups: fluoxetine (n=10), clomipramine (n=9) or placebo (n=11), followed for 12 weeks. The following instruments were used: Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia; Multidimensional Anxiety Scale for Children; Children\'s Depression Inventory; Clinical Global Impression; Children\'s Global Assessment Scale. In start evaluation, groups were similar concerning anxiety symptoms and global evaluations. In the exploratory analysis, the three groups had a significant improvement. The treatment response rates were 87.5% (n=7) in clomipramine group, 100% (n=8) in fluoxetine group and 77.7% (n=7) in placebo group. Remission rates were 75% (n=6) in clomipramine group, 100% (n=8) in fluoxetine group and 44.4% (n=4) in placebo group, with a significant difference between fluoxetine and placebo groups in the remission measure. The group which received fluoxetine had a more marked reduction of anxiety symptoms than placebo group in the social anxiety and anxiety disorder index sub-scales of the Multidimensional Anxiety Scale. No significant differences were observed between clomipramine and placebo groups or between fluoxetine and clomipramine groups. In regressive analysis, a significant time effect was observed in all the variables. As regards the effect of treatment groups (placebo group as reference), a significant difference was not found. A significant interference of fluoxetine group was observed in the action of time noted in the variables: Multidimensional Anxiety Scale for Children (p=0.029), social anxiety (p=0.007), separation anxiety (p=0.008) and Clinical Global Impression (p=0.003). The present study suggests that fluoxetine is efficacious and safe for the treatment of anxiety disorders in infancy and adolescence. Its effect, compared to placebo, appears to be greater, the more severe the symptoms are. Clomipramine does not seem to bring greater benefits than placebo, although any significant difference was observed between fluoxetine and clomipramine groups. It should be pointed out that this study is in progress, and that this is a preliminary analysis of the results.
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Aspectos neuropsicológicos dos transtornos de ansiedade na infância e adolescência: um estudo comparativo entre as fases pré e pós-tratamento medicamentoso / Neuropsychological aspects of anxiety disorders in children and adolescents: a comparative study between the pre and postpharmacological treatment

Camila Luisi Rodrigues 02 September 2011 (has links)
O alto nível de ansiedade pode interferir no desempenho de diversas funções cognitivas. Nesse sentido, pessoas portadoras de transtorno de ansiedade são mais vulneráveis à presença de déficits cognitivos. Por meio de testagens neuropsicológicas, é possível mensurar o desempenho e, por conseguinte, descrever potenciais alterações de funções cognitivas. Estudos mostram déficits nos processos de atenção, memória e funções executivas. Uma vez que não existem dados suficientes na literatura sobre o funcionamento cognitivo de jovens com transtornos de ansiedade, objetivou-se com este estudo avaliar o funcionamento cognitivo em crianças e adolescentes com transtorno de ansiedade, pré e pós-tratamento medicamentoso. Para isso, foram estudados sujeitos (7 a 17 anos) diagnosticados com transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade de separação e/ou fobia social. Incluíram-se 30 portadores de ao menos um transtorno de ansiedade, avaliados antes do início do tratamento farmacológico, e 34 controles saudáveis. Dezoito sujeitos com transtornos de ansiedade foram reavaliados após terem sido aleatoriamente divididos (por meio de tabela de números aleatórios) em três grupos [clomipramina (n=5), fluoxetina (n=5) e placebo (n=8)] e submetidos a tratamento por um período de seis meses. Da mesma maneira, dez sujeitos do grupo controle foram reavaliados após o mesmo intervalo de tempo. Os instrumentos utilizados nas avaliações neuropsicológicas foram: \"Wechsler Abbreviated Sacale of Intelligence\", \"Trail Making Test\", \"Stroop Card Test\", \"Matching Familiar Figures Test-20\", testes de fluência verbal para letras (\"FAS\") e para categoria (\"animais\"), \"Wisconsin Card Sorting Test\", \"Torre de Hanói\", \"Wide Range Assessment of Memory and Learning-2\", \"Figura Complexa de Rey\". Para a avaliação de sintomas ansiosos, utilizou-se a \"Escala Multidimensional de Ansiedade para Crianças\". A partir dos dados obtidos, realizaram-se comparações estatísticas em dois momentos distintos: antes e depois do tratamento dos sujeitos diagnosticados com transtornos de ansiedade. Os resultados da avaliação pré-tratamento sugerem desempenho significativamente inferior nas atividades que medem atenção, memória visual, memória verbal e funções executivas entre sujeitos do grupo com transtorno de ansiedade em comparação ao do grupo controle. Em relação à sintomatologia ansiosa, conforme medida pela \"Escala Multidimensional de Ansiedade para Crianças\", o grupo com transtornos de ansiedade apresentou escores significativamente mais elevados que os observados entre os controles. Os resultados da avaliação pós-tratamento sugerem que, a partir de qualquer das intervenções realizadas (através de medicações ou placebo), o desempenho nos processos atencionais, mnésticos e executivos das crianças do grupo com transtorno de ansiedade melhora. Conclui-se, assim, que sintomas ansiosos nas crianças e adolescentes com transtorno de ansiedade interferem no desempenho das funções cognitivas / The high level of anxiety may interfere with the performance of various cognitive functions. Thus, people with anxiety disorders are more vulnerable to the presence of cognitive deficits. Through neuropsychological testings, it is possible to measure performance and, therefore, to describe potential changes in cognitive functions. Studies have pointed to deficits in attentional processes, memory and executive functions. Since there are insufficient data in the literature on the cognitive functioning of young people with anxiety disorders, the aim of this study is to evaluate cognitive functioning in children and adolescents with anxiety disorders, before and after pharmacological treatment. The sample consisted of subjects (7-17 years) diagnosed with generalized anxiety disorder, separation anxiety disorder and / or social phobia. Thirty subjects with at least one anxiety disorder, assessed before the beginning of pharmacological treatment, and 34 healthy controls. Eighteen subjects with anxiety disorders were reassessed after they have been randomly assigned (by table of random numbers) into three groups [clomipramine (n = 5), fluoxetine (n = 5) and placebo (n = 8)] and submitted to treatment for a period of six months. Likewise, ten subjects in the control group were evaluated after the same interval of time. The instruments used in the neuropsychological tests were \"Wechsler Abbreviated Sacal of Intelligence,\" \"Trail Making Test,\" \"Card Stroop Test, Matching Familiar Figures Test-20\", tests of verbal fluency for letters (FAS) and category (animals), \"Wisconsin Card Sorting Test\", \"Tower of Hanoi\", \"Wide Range Assessment of Memory and Learning-2\", \"Rey Complex Figure\". For the assessment of anxiety symptoms, the \"Multidimensional Anxiety Scale for Children\" was utilized. From the data observed, statistical comparisons were performed at two different times: before and after treatment of subjects with diagnoses of anxiety disorders. Results from the pre-treatment evaluation suggest that subjects from the anxiety disorder group when compared to the control group showed significantly lower performance in activities that measure attention, visual memory, verbal memory and executive function. In relation to anxiety symptoms, as measured by the \"Multidimensional Anxiety Scale for Children\", the group with anxiety disorders had significantly higher scores than those observed among controls. Results from the post-treatment evaluation suggest that, no matter which interventions have been used (either medications or placebo), performance on attentional, memory and executives processes of the group of children with anxiety disorder improved. We, therefore, conclude that anxious symptomatology in children and adolescents with anxiety disorder interferes with the performance of cognitive functions
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Validação do questionário de claustrofobia em pacientes submetidos à ressonância magnética / Validation Claustrophobia Questionnaire in patients undergoing MRI

Ana Paula Lima da Silva 23 July 2013 (has links)
A ressonância magnética (RM) é um exame de diagnóstico por imagem amplamente utilizado e permite a obtenção de imagens de diversos segmentos do corpo com alta qualidade. Embora seja um exame de excelência, os pacientes que se submetem a esta técnica, podem apresentar claustrofobia em razão do espaço limitado dentro do equipamento. A claustrofobia é considerada um estado de ansiedade e classificada como uma fobia específica pelo DSM IV. O Questionário de Claustrofobia (CLQ) é um instrumento de mensuração, que foi criado em língua inglesa e posteriormente, foi traduzido e validado para outras línguas e culturas, inclusive no Brasil em 2008. Trata-se de uma escala do tipo Likert, com escores que variam de 0 (nada ansioso) a 4 (extremamente ansioso); possui 26 itens que são distribuídos em dois domínios (sufocação 14 itens e restrição 12 itens). OBJETIVO: Avaliar as propriedades psicométricas da versão brasileira do Questionário de Claustrofobia, aplicado a pacientes submetidos à Ressonância Magnética. MATERIAL E MÈTODO: Foram realizadas a avaliação da consistência interna, análise fatorial confirmatória, validação de construto convergente (correlacionado Questionário de Claustrofobia com o Inventário de Ansiedade - Estado), validação de construto discriminante e aplicação da curva ROC para propor um ponto de corte para o instrumento. A coleta de dados foi feita em um hospital de grande porte do Município de São Paulo com 300 pacientes que realizaram ressonância magnética; pela aplicação de três instrumentos, sendo eles: o de caracterização biossociodemográfica, Questionário de Claustrofobia e Inventário de Ansiedade - Estado. RESULTADOS: A confiabilidade interna medida pelo coeficiente alfa de Cronbach obteve os seguintes valores: para o total da escala 0,94; para os domínios sufocação, 0,80 e restrição, 0,93. A análise fatorial confirmatória confirmou dois domínios e obteve valor de NNFI 0,692, considerado bom valor de ajuste para o modelo. A validação de construto convergente correlacionou o CLQ com o Inventário de Ansiedade- Estado e os valores obtidos foram muito próximos a zero, indicando que não há relação entre os instrumentos (r - 0,111). Já a validação de construto discriminante, em que foi utilizado o teste Mann-Whitney, foi capaz de discriminar os grupos claustrofóbicos com as variáveis claustrofobia referida, RM prévia e faixa etária. Foi estabelecido o ponto de corte pela curva ROC e a pontuação se for, igual ou maior que 16 pontos, sugere o potencial desenvolvimento da claustrofobia. CONCLUSÃO: Os resultados permitiram concluir que o Questionário de Claustrofobia teve desempenho satisfatório, atestando sua confiabilidade e mostrando-se válido para medir a claustrofobia no ambiente de ressonância magnética. / Magnetic resonance imaging (MRI) is a diagnostic imaging widely used and allows obtaining images of various body segments with high quality. Although an examination of excellence, patients who undergo this technique may have claustrophobia due to the limited space inside the equipment. Claustrophobia is considered a state of anxiety and classified as a specific phobia by DSM - IV. The Claustrophobia Questionnaire (CLQ) is a measurement tool, which was created in English and then translated and validated for other languages and cultures, including Brazil in 2008. It is a Likert scale, with scores ranging from 0 (not anxious) to 4 (extremely anxious); has 26 items that are divided into two domains (14 items suffocation and restriction 12 items). OBJECTIVE: To evaluate the psychometric properties of the Brazilian version of the Claustrophobia Questionnaire applied to patients undergoing MRI. MATERIAL AND METHODS: We performed an evaluation of internal consistency, confirmatory factor analysis, convergent construct validation (Claustrophobia Questionnaire correlated with Anxiety Inventory - State), discriminant construct validation and application of the ROC curve to propose a cutoff point for the instrument. Data collection was done in a large hospital in São Paulo with 300 patients who underwent MRI, the application of three instruments, namely: the characterization of bio socio demographic protocol, Claustrophobia Questionnaire and Anxiety Inventory - State. RESULTS: The internal reliability as measured by Cronbach\'s alpha obtained the following values: for the total scale 0.94; domains to suffocation, restriction and 0.80, 0.93. Factor analysis confirmed two domains and obtained value of NNFI 0.692, considered good value adjustment to the model. Validation convergent construct the CLQ correlated with State Anxiety Inventory and the values obtained were very close to zero, indicating no relationship between the instruments (r - 0.111). Already construct validation discriminant, in which we used the Mann-Whitney test was able to discriminate between claustrophobia claustrophobic with the variables mentioned, previous CABG and age. Was established cutoff by ROC score and if equal to or greater than 16 points, suggests the potential development of claustrophobia. CONCLUSION: The results showed that the Claustrophobia Questionnaire showed a satisfactory performance, proving its reliability and proving to be valid to measure the claustrophobia in MRI environment.
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Depressão pós-parto:pensamentos disfuncionais e comorbidade com transtornos ansiosos

SILVA JUNIOR, Amaury Cantilino da 31 January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T22:58:59Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo4230_1.pdf: 1307892 bytes, checksum: 644bb78df70d6bc742be17ec4270551b (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2009 / Introdução: Apesar da depressão pós-parto ser bastante pesquisada, algumas lacunas importantes no conhecimento desse transtorno ainda existem. No Brasil, por exemplo, não existem estudos de prevalência que tenham utilizado entrevistas clínicas estruturadas para o seu diagnóstico. Além disso, também no nosso meio, não se conhece a prevalência dos transtornos de ansiedade no puerpério e a sua comorbidade com depressão. Outro aspecto relevante é que embora programas de tratamento de depressão pós-parto com psicoterapia cognitivocomportamental sejam realizados e pesquisados, estudos que comparem a freqüência de pensamentos disfuncionais entre puérperas deprimidas e puérperas sem depressão não têm sido encontrados na literatura. Tanto pesquisas que estudem comorbidade entre depressão pós-parto e transtornos de ansiedade quanto aquelas que possam avaliar quais pensamentos disfuncionais estão mais presentes nessas puérperas podem dar subsídios para a construção de programas de terapia cognitiva baseados em evidências. Objetivos: O estudo teve três eixos centrais: 1) Estimar a prevalência de depressão pós-parto em Recife-PE utilizando a Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis I Disorders (SCID-I); 2) Avaliar quais pensamentos disfuncionais de acordo com o Postnatal Negative Thoughts Questionnaire (PNTQ) estavam mais presentes em mulheres com depressão pós-parto quando comparadas às puérperas sem depressão; 3) Estimar a prevalência de transtornos de ansiedade no puerpério e avaliar a freqüência de comorbidade com depressão. Método: Uma amostra de conveniência de 400 puérperas foi selecionada em ambulatórios públicos e em um consultório privado de puericultura enquanto aguardavam consultas para seus bebês. Essas mulheres foram entrevistadas com o uso da SCID-I para depressão e com o Mini International Neuropsychiatric Interview para transtornos de ansiedade. Além disso, foram solicitadas a preencherem o PNTQ. Esse último questionário precisou ser traduzido de maneira sistemática e teve a sua confiabilidade testada. Resultados: A prevalência de depressão pós-parto foi de 7,2%. Cerca de 30% das puérperas apresentaram pelo menos um transtorno de ansiedade, tendo sido mais prevalentes o transtorno de ansiedade generalizada (16,5%), a fobia social (11,2%) e o transtorno obsessivo-compulsivo (9,0%). Dentre as 29 puérperas que apresentaram depressão, 26 (89,7%) tinham pelo menos um transtorno de ansiedade comórbido, sendo que 9 (31,0%) tinham transtorno do pânico, 8 (27,6%) tinham agorafobia, 13 (44,8%) tinham fobia social, 14 (48,3%) tinham transtorno obsessivo-compulsivo, 9 (31,0%) tinham transtorno do estresse pós-traumático, e 19 (65,5%) preenchiam critérios para transtorno de ansiedade generalizada. Quanto aos pensamentos disfuncionais pesquisados pelo PNTQ, com a exceção do item eu não quero ficar sozinha com o meu bebê , todos tiveram correlação robusta com a depressão. Além disso, houve uma tendência ao maior aparecimento de pensamentos disfuncionais entre as mulheres que apresentaram depressão em comorbidade com transtorno de ansiedade generalizada do que entre aquelas deprimidas sem esse transtorno. A tradução para o português do PNTQ teve boa aceitação entre as puérperas e testes de confiabilidade com resultados satisfatórios. Conclusões: A taxa de depressão pós-parto nesta amostra foi de 7,2%. O PNTQ contém pensamentos disfuncionais que estão mais presentes em mulheres com depressão pós-parto. Cerca de 30% das puérperas apresentaram pelo menos um transtorno ansioso. Dentre as deprimidas 89,7% apresentavam pelo menos um transtorno de ansiedade
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Investigação sobre queixas de memória e transtornos associados em acadêmicos de medicina da Universidade Federal Fluminense

Nunes, Thiago Coronato 05 June 2017 (has links)
Submitted by Biblioteca do Instituto Biomédico BIB (uffbib@gmail.com) on 2017-06-05T16:29:49Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertação de Mestrado - Thiago Coronato Nunes.pdf: 1681093 bytes, checksum: e4e8698efedc608e30fe6067b9cac0e4 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-05T16:29:49Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertação de Mestrado - Thiago Coronato Nunes.pdf: 1681093 bytes, checksum: e4e8698efedc608e30fe6067b9cac0e4 (MD5) / Faculdade de Medicina de Petrópolis / É comum a queixa de dificuldade de memória em jovens, levando muitos deles a automedicação com estimulantes como o metilfenidato. Objetivos: Encontrar a prevalência de queixas de memória em estudantes de medicina, e sua comorbidade com transtornos de humor, ansiedade e de uso de substâncias. Metodologia: 59 estudantes do último ano de Medicina da UFF foram avaliados através do Inventário de depressão de Beck, Inventário de ansiedade de Beck, Questionário para triagem do uso de álcool, tabaco e outras substâncias (ASSIST), Escala de queixas subjetivas de memória. Resultados: Investigamos 32 homens e 27 mulheres, com idade média de 25,7 anos, dos quais 61% apresentavam queixa de memória, 54% consideravam que sua ansiedade atrapalhava seu desempenho, 10% apresentavam ideação suicida, 64% insônia significativa com 6,4 horas em média de sono. Álcool (93%), tabaco (32%), maconha (27%) e hipnóticos/sedativos (17%) foram as substâncias mais utilizadas nos últimos 3 meses. Não possuir religião foi estatisticamente significante (Spearman p<0,05) com utilizar substâncias psicoativas. Identificamos que quem tem ansiedade moderada a alta tem queixa de memória (Fisher: p=0,0432). Discussão: O fator que apresentou relevância estatística para piora da queixa de memória entre jovens acadêmicos de Medicina foi a ansiedade, que parece ser negativa nos processos cognitivos da percepção sobre a capacidade de memorização. Nenhum dos jovens investigados possuía déficit real no seu desempenho acadêmico. Diferentemente dos problemas cognitivos dos idosos, a queixa cognitiva dos jovens é relativa, relacionada com uma percepção subjetiva e dependente do grau de ansiedade que estão apresentando. Conclusão: Ansiedade demonstrou estar relacionada com queixas de memória em jovens. Estimulantes, medicamentos que reconhecidamente aumentam a ansiedade estão contra-indicados. É possível afirmar que a prescrição de alguns antidepressivos, benzodiazepínicos em doses ansiolíticas ou outras medidas não farmacológicas como a prática de “mindfulness" (atenção plena), sejam a medida mais adequada nessas situações / The memory difficulty complaint is common in young people, which leads to many to self-medication with stimulants such as methylphenidate. Goals: Finding the prevalence of memory complaints in medicine students, and its comorbidity with humor disorders, anxiety and substance use. Methodology: 59 students from senior year in Medicine at UFF were evaluated through Beck Depression Inventory, Beck Anxiety Inventory, Alcohol, tobacco and other substances use screening quiz (ASSIST), Subjective memory complaints scale. Results: We investigated 32 men and 27 women, at an average age of 25.7, from whom 61% presented memory complaint, 54% considered their anxiety disturbed their performance, 10% presented suicidal ideation, 64% significant insomnia with 6.4 average sleep hours. Alcohol (93%), tobacco (32%), marijuana (27%) and hypnotics/ sedatives (17%) were the most used substances in the last 3 months. Not having a religion was statistically significant (Spearman p<0,05) as well as utilizing psychoactive substances. We identified that who has moderate to high anxiety has memory complaint (Fisher: p=0,0432). Discussion: The factor that presented statistic relevance to a worsening in the memory complaint among academic young people was the anxiety, which seems to be negative in the cognitive processes of memorizing capacity. None of the young people investigated had real deficit in their academic performance. Different from the elderly´s cognitive problems, the young people´s cognitive complaint is relative, related to a subjective perception and depending on the anxiety degree they are presenting. Conclusion: Anxiety demonstrated to be related to memory complaint in young people. Stimulants, medicine that admittedly enhance anxiety are contraindicated. It is possible to affirm that the prescribing of some anti-depressives, benzodiazepines in anxiolytic doses or another non-pharmacological measures such as the practice of mindfulness are the most adequate measures in these situations
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Mulheres em programa regular de atividade física: ansiedade, depressão, fadiga, burnout e qualidade de vida.

Nagamine, Kazuo Kawano 18 May 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-01-26T12:51:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 kazuokawanonagamine_tese.pdf: 4436335 bytes, checksum: c1b23fd4cca930ca5e5a4810a91ebb78 (MD5) Previous issue date: 2007-05-18 / There is much evidence about the positive impact of physical activity on health, including reduction in morbimortality, and improvement in the general wellbeing. Regularly practicing physical activities reduces anxiety, stress, depression and burnout, enhances personal relationships and performance at work, reduces absenteeism and improves quality of life. The objectives of this study were to prospectively assess anxiety, depression, fatigue, burnout and quality of life in individuals before, during, and after their participation in a sixmonth physical activity program conducted at work. Wilcoxon test was used to analyze quantitative variables. A qualitative analysis of the participant s impressions of the program was also performed. Participants: female employees who answered to an advertisement affirming their availability for the program, met inclusion criteria (sedentary women, working 40 hours per week, no health problems, 75% of frequency in the program) and agreed to participate (mean age: 35 years old; SD: 7.5 years). Method: After a physical examination, anamnesis, anthropometrical assessment and testing to obtain heart rate, the participants joined a twice-weekly physical activity program after work that included: walking and/or jogging and localized exercise training (calisthenics exercise). On starting, and after three and six months of the program all participants completed the Beck Depression Inventory, Beck Anxiety Inventory, Chalder Fatigue Scale, Maslach Burnout Inventory and a measure of quality of life (QL) SF-36. Additionally, after six months, participants filled out a questionnaire about their participation in the program. Results: 39 participants xvi started the program, 17 remained until at least the third month and 12 completed the six months. Anxiety symptoms decreased from slight to minimal. There was a significant reduction in depressive symptoms (p=0.006), in fatigue (p=0.01) and burnout (p=0.02). There was an increase in all aspects of QL, with a significant increase in vitality (p=0.04). Participants who abandoned the program reported they did so because of domestic chores, academic activities and work. The highlighted positive aspects of the program were improved relationship with colleagues, wellbeing, health and benefits at work. Conclusions: Data from the study endorse reported benefits of regularly practicing physical activity. The positive testimonies by the participants and observed benefits, stress the importance of implementing this type of program, which can be conducted in the work place at a low cost. / Existem atualmente evidências a respeito do impacto positivo da prática de atividade física sobre a saúde, como redução da morbimortalidade relacionada a diversas doenças e aumento do bem-estar geral. A prática regular de atividade física reduz níveis de ansiedade, estresse, depressão e burnout, aprimora a relação interpessoal, o rendimento laboral, reduz o absenteísmo e promove qualidade de vida. Este estudo teve como objetivos avaliar prospectivamente sintomas de ansiedade, depressão, fadiga, burnout e qualidade de vida em funcionárias, antes, durante e após a participação em programa de atividade física regular durante seis meses, oferecido dentro da própria instituição. Os dados foram analisados com o teste estatístico não paramétrico Wilcoxon do sinal. Análise qualitativa da perspectiva das participantes sobre o programa foi também realizada. Casuística: funcionárias que responderam a anúncio sobre disponibilidade do programa, atenderam aos critérios de inclusão (sedentárias, regime de trabalho de 40 horas semanais, sexo feminino, freqüência de 75% e ausência de problemas de saúde) e concordaram em participar (média de idade: 35; dp:7,5). Método: Após exame físico, anamnese, avaliação antropométrica e treino para obter freqüência cardíaca, as participantes iniciaram programa de atividade física (duas vezes por semana, após o expediente: caminhada e/ou corrida e ginástica localizada. No início, no terceiro e após o sexto mês no programa todas responderam aos Inventários Beck de Ansiedade e de Depressão, Escala de Fadiga de Chalder, Inventário Maslach de Burnout, Medida de Qualidade de Vida (QV) SF-36. Após o sexto mês responderam a questionário sobre sua participação no programa. Resultados: Das 39 participantes iniciais, 17 continuaram até o terceiro mês e 12 até o sexto. Os sintomas de ansiedade passaram da classificação "leve" para mínima". Houve redução significante dos sintomas de depressão (p=0,006), de fadiga (p=0,01) e de burnout (p=0,02). Nota de Resumo Houve aumento em todos os domínios de QV, com aumento significante da Vitalidade (p=0,04). As justificativas fornecidas pelas participantes em relação ao abandono do programa incluíram principalmente atividades domésticas, acadêmicas e de trabalho. Os benefícios apontados incluíram relacionamento com colegas, bem-estar, melhora na saúde, no trabalho e na auto-estima. Conclusões: Os dados obtidos são compatíveis com os benefícios da prática regular de atividade física. A avaliação positiva da experiência pelas participantes e os benefícios observados indicam a relevância de programas como este, que podem ser realizados no próprio ambiente de trabalho e são de baixo custo.
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TRANSTORNOS MENTAIS E QUALIDADE DE VIDA: Estudo em usuários de Atenção Primária da cidade de Pelotas-RS / MENTAL DISORDERS IN PATIENTS OF BASIC HEALTH UNITS IN PELOTAS, RIO GRANDE DO SU

Dias, Michelle de Souza 29 March 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-22T17:26:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese Michelle de Souza Dias.pdf: 1287534 bytes, checksum: f8e5094e7ea1e644ed282afc7af01b6c (MD5) Previous issue date: 2012-03-29 / OBJECTIVE: a cross-sectional study aimed to estimate the prevalence of mental disorders in individuals over 14 years who sought assistance in primary care in three basic health units (BHU) at the Universidade Católica de Pelotas. METHOD: mental disorders were assessed using the Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) and related factors through a socio-demographic questionnaire. RESULTS: A total of 1870 patients participated in the study, mostly women, between 40-59 years, with four to seven years of schooling, belonging to economic classification C, living with a partner and not currently working. The prevalence of mental disorders was 41.6%, with the most prevalent being depressive episode (24.7%), agoraphobia (18.2%), risk of suicide (15.8%) and generalized anxiety disorder (15.7%), respectively. CONCLUSION: The findings of this study showed high prevalence of mental disorders among users of basic health units / Objetivo: Avaliar o impacto dos transtornos de ansiedade na percepção da qualidade de vida em uma amostra de atenção primária. Método: Estudo transversal com a população de indivíduos acima de 14 anos que buscaram atendimento em uma das três Unidades Básicas de Saúde vinculadas a Universidade Católica de Pelotas. Os transtornos de ansiedade foram avaliados através da Mini Internacional Neuropsychiatric Interview (MINI), enquanto que os domínios de qualidade de vida através do WHOQOL-bref. Resultados: Participaram do estudo 1870 sujeitos. A prevalência de Transtorno de Ansiedade foi 29,1%, e dentre eles, o mais prevalente foi o TAG (15,7%), seguido por Fobia Social (5,7%), TOC e Transtorno de Pânico com Agorafobia (3,7%), TEPT (3,6%) e Transtorno de Pânico sem Agorafobia (1,4%). Para todos os transtornos de ansiedade avaliados, os quatro domínios da qualidade de vida (físico, psicológico, relações sociais e ambiente) apresentaram menores médias quando comparados com quem não tem transtorno (p<0,001). Conclusão: A prevalência de transtornos de ansiedade foi elevada entre os usuários da atenção primária. Ademais, os transtornos de ansiedade mostram um impacto significativo na qualidade de vida percebida pelos usuários
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Perfil de fatores de risco para doença cardiovascular em amostra de estudo epidemiológico populacional de morbidade psiquiátrica: estudo São Paulo Megacity / Profi le of cardiovascular risk factors in a sample of a mental health survey: \"estudo São Paulo\" megacity

Lima, Danielle Bivanco de 19 September 2011 (has links)
INTRODUÇÃO: Vários estudos sugerem uma possível associação entre a presença de transtornos de humor e/ou de ansiedade com doenças cardiovasculares. Há também evidências de que indivíduos portadores de transtornos de humor e/ou de ansiedade apresentem maior prevalência de sobrepeso e obesidade, diabetes mellitus e pior estilo de vida, com maior frequência de tabagismo e inatividade física. Este estudo teve por objetivo avaliar o perfi l de fatores de risco cardiovascular em amostra de indivíduos com e sem transtornos de humor e/ou ansiedade da região metropolitana da cidade de São Paulo. MÉTODOS: Foram selecionados 2.820 participantes do Inquérito de Saúde Mental São Paulo Megacity, conduzido no município de São Paulo e 38 municípios adjacentes. Os indivíduos foram convidados a comparecer ao Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde foram submetidos a avaliação psiquiátrica por meio do Structured Clinical Interview for DSM disorders (SCID- 1 NP), a uma avaliação antropométrica incluindo peso, altura e circunferência abdominal; avaliação de fatores de risco cardiovascular e medida de pressão arterial; glicemia de jejum, perfi l lipídico, de proteína C reativa ultra-sensível (PCRus), do hormônio tireoestimulante; cálculo do escore de risco de Framingham e avaliação de atividade física por meio do International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Os dados foram analisados por grupo de transtornos psiquiátricos (humor, ansiedade e/ou depressão maior) e por gênero. As variáveis categóricas foram comparadas usando-se o teste do qui-quadrado de Pearson e as contínuas usando-se ANOVA com teste post hoc of Bonferroni. Também foi realizada regressão logística binária expressa como a razão de chances e respectivo intervalo de confi ança de 95%. Foi utilizado o soft ware estatístico SPSS, versão 16.0. RESULTADOS: Dos 2820 indivíduos selecionados para o estudo, foi realizado contato com 1.471 participantes (1471/2820=52,2%) e, dentre eles, 780 (780/1471=53%) aceitaram participar, sendo que 8 foram excluídos não completarem o protocolo ou por necessitarem de atendimento médico imediato, restando um total de 772 indivíduos para a análise. Na população estudada identifi cou-se 43,7% de transtornos de ansiedade, 40,2% de transtornos de humor e 13,9% de transtornos por uso de substâncias. Foi observado que mulheres com transtorno de humor durante a vida apresentaram maior freqüência de tabagismo (Razão xx CAPÍTULO 1 de chances [RC]) 2,30; Intervalo de Confi ança [IC] 95% 1,03-5,15), de diabetes (RC 2,46; IC 95% 1,03-5,88), maiores níveis de colesterol total (p=0,035) e menor freqüência de PCRus elevado (p=0,04). Entre mulheres com depressão maior durante a vida foi observada renda familiar 30% menor (p=0,04), maior freqüência de diabetes (RC, 3,19; IC 95% 1,33-7,66), de tabagismo (RC 1,75; IC 95% 1,01-3,04), de LDL-colesterol elevado (RC 2,43; IC 95% 1,01- 5,87) e menor freqüência de PCRus elevado (p=0,005). Entre mulheres com transtornos de ansiedade, foram observados menores níveis de PCRus (p=0,03) e maior frequência de excesso de peso (RC 2,26; IC 95% 1,15-4,44). Entre homens com depressão maior foi observada menor frequência de circunferência abdominal alterada (p=0,01). Entre homens com transtornos de ansiedade, foi observado menor frequência de tabagismo (RC 0,36; IC 95% 0,13-0,99). CONCLUSÃO: Indivíduos com transtornos de humor e/ou ansiedade apresentam um perfi l diferenciado em relação ao risco cardiovascular quando comparados a indivíduos sem tais diagnósticos / BACKGROUND: Several studies suggested a possible association between mood and / or anxiety disorders and cardiovascular disease. Th ere is also evidence that individuals with mood and / or anxiety disorders have a higher prevalence of overweight and obesity, diabetes mellitus and a poor lifestyle, with increased frequency of smoking and physical inactivity. Th is study aimed to evaluate the profi le of cardiovascular risk factors in individuals with and without mood and / or anxiety disorders in the metropolitan region of the city of São Paulo. METHODS: Th e study enrolled 2,820 participants of the São Paulo Megacity Mental Health Survey, conducted in São Paulo municipality and 38 municipalities around. Individuals were invited to attend an evaluation in the Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, where they underwent a psychiatric evaluation using the Structured Clinical Interview for DSM disorders (SCID-1 NP), an anthropometric evaluation including weight, height and waist circumference, assessment of cardiovascular risk factors as blood pressure measurement, fasting blood glucose, lipid profi le, high sensitivity C-reactive protein (hsCRP), thyroid stimulating hormone; calculation of Framingham risk score and physical activity assessment by the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Data were analyzed by group of psychiatric disorders (mood, anxiety and/or major depression) and gender. Categorical variables were compared using the chi-square test and continuous variables using ANOVA with Bonferroni´s post hoc test. We performed binary logistic regression expressed as odds ratios and 95% confi dence intervals. We used the statistical soft ware SPSS, version 16.0. RESULTS: Of the 2,820 individuals selected for the study, contact was made with 1,471 participants (1,471/2,820 = 52.2%) and among them a total of 780 (780/1471 = 53%) agreed to participate, but 8 were excluded by missing data in the protocol or needing immediate medical attention, leaving a total of 772 individuals for analysis. In this population we identifi ed 43.7% of anxiety disorders, 40.2% of mood disorders and 13.9% for substance use disorders. It was observed that women with lifetime diagnosis of mood disorder had higher rates of smoking (odds ratio [OR] 2.30, 95% confi dence interval [CI] 1.03 - 5.15 ), diabetes (OR 2,46, 95% CI 1.03 - 5.88), higher levels of total cholesterol (p = 0.035) and lower frequency of elevated hsCRP (p = 0.04). Among women with lifetime diagnosis of major depression was observed a 30% lower income (p = 0.04), a higher frequency of diabetes (OR 3.19, 95% CI 1.33 - 7.66), of smoking (OR 1.75, 95% CI 1.01 - 3.04), a higher frequency of elevated LDL-cholesterol (OR 2.43, 95% CI 1.01 to 5.87) and lower frequency of elevated hsCRP (p = 0.005). Among women with lifetime diagnosis of anxiety disorders were observed lower levels of hsCRP (p = 0.03) and higher frequency of being overweight or obese (OR 2.26, 95% CI 1.15 to 4.44). Among men with lifetime diagnosis of major depression, we found a lower frequency of altered waist circunference (p=0,01). And among men with anxiety disorders, we observed a lower frequency of smoking (OR 0.36, 95% CI 0.13-0.99). CONCLUSION: Individuals with mood and / or anxiety disorders have a diff erent cardiovascular risk profi le compared to individuals without such diagnoses
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Neurobiologia dos transtornos de ansiedade em adolescentes : análise de polimorfismos do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e do metiloma do DNA ao longo do tempo

Bortoluzzi, Andressa January 2016 (has links)
Introdução: A neurobiologia dos transtornos de ansiedade (TA) é complexa e envolve interações ambientais e genéticas ainda não conhecidas. Esses transtornos, comumente, iniciam durante a infância e adolescência, persistindo ao longo da vida. O comprometimento da resposta biológica frente ao estímulo estressor, encontrado em muitos pacientes com TA, sugere a influência do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) nestes transtornos e, portanto, os polimorfismos associados ao eixo HHA poderiam ser estudados em genes candidatos. Os estudos que almejam entender a etiologia dos TA devem, também, explorar as alterações epigenéticas (incluindo a metilação do DNA) decorrentes das influências ambientais. Objetivos: Estudar, em adolescentes, polimorfismos genéticos funcionais do eixo HHA, interações Gene x Ambiente (G x A) e metiloma do DNA, considerando as diferentes trajetórias dos TA. Métodos: Foi realizada a extração de DNA das células do epitélio bucal de 228 adolescentes (131 casos e 97 controles para os TA) e foram genotipados, por PCR em tempo real, polimorfismos funcionais envolvidos com o eixo HHA (FKBP5: rs3800373, rs9296158, 3800373, rs9296158, 3800373, rs9296158, rs1360780, rs9470080 rs1360780, rs9470080 e rs4713916; NR3C1NR3C1 : rs6198;: rs6198;: rs6198; NR3C2NR3C2 : rs2070951;: rs2070951;: rs2070951; CRHR1CRHR1 CRHR1 : rs878886 : rs878886 e SERPINA6 SERPINA6 : rs746530) : rs746530) . Os participantes responderam à escala auto-aplicativa SCARED (Screen for Children Anxiety Related Emotional Disorder – Children rated) e realizaram entrevistas semiestruturadas para avaliação diagnóstica utilizando o K-SADS-PL (Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia for School-Age Children-Present and Lifetime). O questionário CTQ (Childhood Trauma Questionnaire) foi aplicado em 90 adolescentes (54 casos e 36 controles para os TA) para avaliar a interação entre o trauma emocional e o polimorfismo do gene NR3C2 nos níveis séricos de BDNF. Uma subamostra de adolescentes (n=47) foi reavaliada, cinco anos após a primeira coleta, através das mesmas entrevistas psiquiátricas e nova extração de DNA salivar. Alguns participantes, na última avaliação, responderam ao MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview) apropriado para a idade atual. A amostra foi organizada em 4 grupos, conforme o diagnóstico dos TA e o ano da coleta de saliva (anos de 2008 e 2013): (1) Desenvolvimento típico da adolescência (Controle; n=14); (2) Incidentes para os TA (ITA; n=11); (3) Persistentes para os TA (Caso; n=14) e (4) Remitentes para os TA (RTA; n=08). O metiloma do DNA foi analisado com o Infinium HumanMethylation 450 BeadChip da Illumina. Resultados: Não foi encontrada associação entre os polimorfismos estudados e os TA. Em relação à interação G x A, sugere-se que o polimorfismo rs2070951 do gene NR3C2 modera a associação entre negligência física e os níveis séricos de BDNF. Do ponto de vista epigenético, foi observada, nos grupos ITA e RTA, vias biológicas com padrão homogêneo e relacionadas ao sistema nervoso. Já nos grupos casos e controles para os TA, foram evidenciadas vias biológicas com padrão mais heterogêneo. Um perfil de hipometilação do DNA foi predominante nas vias encontradas. Na análise transversal, nós encontramos padrões opostos de metilação do DNA, conforme o período desenvolvimental avaliado: hipometilação no início da adolescência e hipermetilação em jovens adultos. Conclusão: Esse estudo abordou, em uma amostra de adolescentes, aspectos genéticos (genes candidatos envolvidos com o eixo HHA), ambientais (trauma emocional) e epigenéticos (metiloma do DNA) dos TA. Os achados sugerem que, embora sem associações entre os TA e genes envolvidos no eixo HHA, existe uma interação entre a presença de trauma emocional, polimorfismo genético do eixo HHA e marcadores biológicos. Os achados do metiloma do DNA sugerem, também, influências epigenéticas no curso dos TA. Novos estudos devem ser delineados para corroborar as influências genéticas e ambientais neste transtorno. / Background: The neurobiology of Anxiety Disorders (AD) is complex and involves environmental and genetic interactions understood. These disorders may have their onset during childhood and adolescence, persisting throughout life. The impairment of biological response against the stressor stimulus, described in many patients with AD, suggests a possible role of genetic polymorphisms of the hypothalamic-pituitary-adrenal (HPA) axis in these individuals. Studies that aim to understand the etiology of AD should also explore the epigenetic changes (including DNA methylation) arising from environmental influences. Objective: To study, in adolescents, functional genetic polymorphisms of HPA axis, Gene x Environment (G x E) interactions and DNA methylome, considering different AD outcomes. Methods: Saliva DNA was extracted from 228 adolescents (131 cases and 97 controls to AD) and we genotyped, by real time PCR, the functional polymorphisms involved with HPA axis (FKBP5: rs3800373, rs9296158, rs1360780, rs9470080 and rs4713916; 3800373, rs9296158, rs1360780, rs9470080 and rs4713916; 3800373, rs9296158, rs1360780, rs9470080 and rs4713916; 3800373, rs9296158, rs1360780, rs9470080 and rs4713916; 3800373, rs9296158, rs1360780, rs9470080 and rs4713916; 3800373, rs9296158, rs1360780, rs9470080 and rs4713916; 3800373, rs9296158, rs1360780, rs9470080 and rs4713916; NR3C1NR3C1 : rs6198; : rs6198; : rs6198; NR3C2NR3C2 : rs2070951; : rs2070951; CRHR1CRHR1CRHR1 CRHR1: rs878886 and : rs878886 and : rs878886 and : rs878886 and SERPINA6 SERPINA6 SERPINA6SERPINA6 : rs746530) : rs746530) . Participants responded to the scale self-applied Screen for Children Anxiety Related Emotional Disorder – Children rated (SCARED) and were diagnosed according to the Schedule for Affective Disorders and Schizophrenia for School-Age Children-Present and Lifetime (K-SADS-PL). The Childhood Trauma Questionnaire (CTQ) was applied in 90 adolescents (54 cases e 36 controls to AD) to evaluate the interaction between emotional trauma and the NR3C2 polymorphism in the serum levels of BDNF. A sub-sample of adolescents (n = 47) was reassessed five years after the first evaluation by the same psychiatric semi-structured interviews and new extraction salivary DNA was performed. Some participants in the last evaluation responded to Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI), which is a semi structure interview appropriate for the present age. The sample was organized in four groups according to the diagnosis of AD and the year of saliva collection (2008 and 2013): (1) Typically Developing Controls (TDC; n = 14); (2) Incident Anxiety Disorder (IAD; n = 11); (3) Persistent Anxiety Disorder (PAD; n = 14); (4) Remittent Anxiety Disorder (RAD; n = 8). DNA methylome was evaluated with Infinium HumanMethylation450 BeadChip. Results: We did not find any association between the genetic polymorphisms and AD. Considering the G x E interaction we suggest that rs2070951 polymorphism of NR3C2 gene moderates the association between physical neglect and serum BDNF levels. When we evaluated the DNA methylome, we observed more homogeneous biological pathways and mostly related with nervous system in individuals from IAD and RAD groups. On the other hand, in the TDC and PAD groups, we found biological pathways with a more heterogeneous pattern. A DNA hypomethylation profile was found predominant in the pathways. In a cross-sectional analysis, we found opposite patterns of DNA methylation, as the developmental period assessed: hypomethylation at the beginning of adolescence and hypermethylation in young adults. Conclusion: This study addressed, in an adolescent sample, genetics (candidate genes linked to HPA axis), environmental (emotional trauma) and epigenetic (DNA methylome) aspects of AD. The findings suggest that although there are no associations between AD and genes involved in HPA axis, there is an interaction between the presence of trauma, genetic polymorphism involved in this axis and biomarkers. The DNA methylome findings also suggest epigenetic influences on the course of TA. Further studies should be designed to corroborate the genetic influences in this disorder.
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Efeitos ansiolíticos da n-acetilcisteína e de compostos moduladores de estresse oxidativo, neuroinflamação e transmissão glutamatérgica

Santos, Patrícia January 2017 (has links)
Evidências crescentes na literatura demonstram que a fisiopatologia da ansiedade e transtornos relacionados é multifatorial, envolvendo a hiperatividade glutamatérgica, o estresse oxidativo e a neuroinflamação. Na primeira parte deste trabalho, através de uma revisão da literatura, mostramos que a N-acetilcisteína (NAC), agomelatina e os ácidos graxos ômega-3 são os principais agentes com mecanismo de ação multialvo envolvendo a modulação da hiperatividade glutamatérgica, do estresse oxidativo e da neuroinflamação que demonstram efeitos ansiolíticos tanto em estudos pré-clínicos quanto em ensaios clínicos. Os resultados dos ensaios clínicos são geralmente preliminares, mas revelam efeitos ansiolíticos promissores e um bom perfil de segurança e tolerância aos efeitos adversos desses agentes. A NAC, a agomelatina e os ácidos graxos ômega-3 mostram efeitos benéficos em condições clínicas relacionadas a ansiedade nas quais os ansiolíticos disponíveis atualmente apresentam eficácia modesta, sendo considerados candidatos promissores a ansiolíticos inovadores, efetivos e bem tolerados pelos pacientes. Mostramos também que a NAC possui efeitos ansiolíticos em camundongos nos testes de campo aberto, claro/escuro, placa-perfurada, interação social e hipertermia induzida por estresse, tanto após o tratamento agudo quanto subagudo (4 dias). Esses resultados fornecem evidências adicionais para sustentar a validade dos ensaios clínicos com NAC no contexto dos transtornos de ansiedade, destacando-se o perfil de segurança de uso da NAC em longo prazo em comparação com ansiolíticos como o diazepam. A NAC é um fármaco seguro, de baixo custo e que demonstra benefícios em outras condições psiquiátricas que frequentemente se apresentam em comorbidade com os transtornos de ansiedade. / Increasing evidence in the literature demonstrates that the pathophysiology of anxiety and related disorders is multifactorial, involving glutamatergic hyperactivity, oxidative stress, and neuroinflammation. In the first part of this work, through a review of the literature, we showed that N-acetylcysteine (NAC), agomelatine and omega-3 fatty acids are the main agents with multitarget mechanism of action involving the modulation of glutamatergic hyperactivity, oxidative stress, and neuroinflammation that demonstrate anxiolytic effects in both preclinical studies and clinical trials. Clinical trials data are generally preliminary but show promising anxiolytic effects and an adequate safety profile and tolerance to adverse effects. NAC, agomelatine and omega-3 fatty acids show beneficial effects under clinical conditions related to anxiety in which available anxiolytics show moderate efficacy, and are considered promising candidates for innovative, effective and well tolerated anxiolytic agents by patients. We also showed that NAC has anxiolytic effects in mice in the open field, light/dark, hole-board, social interaction and stress-induced hyperthermia tests, either after acute or subacute treatment (4 days). These results provide additional evidence to support the validity of NAC clinical trials in the context of anxiety disorders, highlighting the long-term safety profile of NAC use compared to anxiolytics as diazepam. NAC is a safe, low-cost agent that demonstrates benefits in other psychiatric conditions that often present in comorbidity with anxiety disorders.

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