Spelling suggestions: "subject:"[een] ANTHROPOPHAGY"" "subject:"[enn] ANTHROPOPHAGY""
41 |
Vanguarda do atraso ou atraso da vanguarda? Oswald de Andrade e os teimosos destinos do Brasil / Avant-guard delay or delay of the avant-guard? Oswald de Andrade and the obstinate destinations of BrazilLima, Bruna Della Torre de Carvalho 01 October 2012 (has links)
Esta dissertação pretende encontrar as matrizes do conceito de antropofagia do modernista Oswald de Andrade, tal como ele foi formulado no Manifesto Antropófago de 1928 e em obras posteriores, tais quais a peça O Rei da Vela (1933) e a tese de filosofia A Crise da Filosofia Messiânica (1950), a partir de uma reflexão que busca dar conta dos processos alterativos de constituição de identidades em países periféricos. Oswald de Andrade foi autor de muitas das mais audaciosas experiências de vanguarda na América Latina e seus escritos seguem iluminando a história do Brasil desde então. Nesta chave, essa dissertação pretende também problematizar a articulação complexa entre a arte modernista e a história política e cultural do país, através da releitura da obra de Oswald de Andrade urdida pelo movimento tropicalista nos anos de 1970 e assim como é lida atualmente. / This dissertation seeks to find the matrixes of the concept of anthropophagy created by the modernist Oswald de Andrade, as it was formulated in the Manifesto Antropófago of 1928 and later works, such as the play O Rei da Vela (1933) and the philosophical thesis A Crise da Filosofia Messiânica (1950), from the standpoint of a line of thinking which seeks to analyse the alterative processes of identity formation in peripheral countries. Oswald de Andrade was the author of many of the most audacious avant-guard experiences in Latin America and his writings enlighten Brazil´s history ever since. Following this problematic, this dissertation aims also to understand, through the reading of the works of Oswald de Andrade which was developed by the tropicalist movement in the 1970´s, as well as its contemporary reception, the complex articulation of modernist art and the cultural and political history of the country.
|
42 |
A antropofagia como poética do traduzir: diálogos com Oswald de AndradeVieira Filho, Edgar Rosa 30 August 2017 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-09-13T11:39:10Z
No. of bitstreams: 1
Edgar Rosa Vieira Filho.pdf: 910135 bytes, checksum: ec8c39b9095eab6cdb65661ea97bfcd8 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-13T11:39:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Edgar Rosa Vieira Filho.pdf: 910135 bytes, checksum: ec8c39b9095eab6cdb65661ea97bfcd8 (MD5)
Previous issue date: 2017-08-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP / The present dissertation aims at discussing the appropriateness of the approximation between the concept of anthropophagy, put forward by Oswald de Andrade (1890-1954) in the Brazilian modernist movement in the 1920’s, and the phenomenon of literary translation, more specifically the translation of poetry. In order to verify the possibility of defining a poetics of translating as anthropophagic, we traced the modernist metaphor/concept back to its creation (1928), going through its first association with the phenomenon of translation, proposed by the Brazilian poet and translator Augusto de Campos in the introduction of his book “Verso, reverso, controverso” (1978), and through the critical-reflexive elaboration carried out by Eneida Maria de Sousa (1985) and Else Ribeiro Vieira (1990), reaching the studies on amerindian perspectivism and shamanism, associated with the translation practice in Helena Martins (2012) and Álvaro Faleiros (2013). We then sought suitability in the traced associations, by analyzing Oswald’s translation of the poem “Hechos pasados” (Canto do passado), by the Chilean poet Arturo Torres-Rioseco (1897-1971), inserted in the collection of translated poems “Arturo Torres-Rioseco: Poesias” (1945). Although Oswald himself never approximated his cannibalistic metaphor to the translation phenomenon, as seen in current reflections in the Translation Studies field, we decided to bring up this discussion, since his attitude and choices as a translator seem to suggest the appropriateness of such association / A presente dissertação tem como objetivo discutir a pertinência da aproximação entre o conceito de antropofagia, desenvolvido pelo movimento modernista da década de 1920, especialmente na figura de Oswald de Andrade (1890-1954), e a prática de tradução literária, em específico a tradução de poesia. A fim de verificarmos a possibilidade de se pensar em uma poética antropofágica do traduzir, propõe-se um rastreamento da metáfora/conceito modernista desde a sua idealização (1928), passando por sua primeira associação ao fenômeno da tradução, realizada pelo poeta e tradutor Augusto de Campos na introdução do livro Verso, reverso, controverso (1978), e pela elaboração crítico-reflexiva realizada pelas pesquisadoras Eneida Maria de Sousa (1985) e Else Ribeiro Pires Vieira (1990), até chegar-se aos estudos sobre perspectivismo e xamanismo ameríndios associados à prática tradutória em Helena Martins (2012) e Álvaro Faleiros (2013). Verificou-se a razoabilidade das aproximações rastreadas, por meio da análise da tradução oswaldiana do poema “Hechos pasados” (Canto do passado) do poeta chileno Arturo Torres-Rioseco (1897-1971), inserida no livro Arturo Torres-Rioseco: Poesias (1945). Embora Oswald não tenha relacionado sua metáfora canibal ao fenômeno da tradução, como vê-se em reflexões atuais no campo dos Estudos da Tradução, adentraremos essa discussão, uma vez que a postura do poeta ao traduzir parece nos sugerir a pertinência de tal aproximação
|
43 |
Antropofagia: palimpsesto selvagem / Anthropophagy: wild palimpsestAzevedo, Ana Beatriz Sampaio Soares de 21 September 2012 (has links)
Oswald de Andrade publicou em 1928, na Revista de Antropofagia, seu Manifesto Antropófago - híbrido de ensaio polêmico, paródia literária, manifesto filosófico, revisão histórica, panfleto de provocação, mito antropológico e roteiro fragmentado. Este estudo procura abordar o manifesto em sua complexidade conceitual, formal, artística e cultural. Percorrendo seus 51 aforismos, onde o autor articula história, filosofia, antropologia, psicologia, economia, política, uma multiplicidade de temas e personagens, pretendemos ainda descobrir diálogos de Oswald com autores e textos, investigando as fontes por ele explicitadas (bem como sondar aquelas não aparentes), ao longo da exposição de ideias e princípios no Manifesto Antropófago. Nessa visada crítica, destacamos especialmente três pensadores que marcaram profundamente as formulações de Oswald de Andrade, a saber: Montaigne, Freud e Nietzsche. Nesse sentido, tais pensadores também serão alvo de algumas reflexões neste mapeamento crítico do Manifesto Antropófago. Embora o tema da Antropofagia seja palmilhado em toda a obra do autor, este estudo centra-se primordialmente no texto de 1928. Assim, o propósito será explorar um a um o conteúdo de seus aforismos, buscando na medida do possível articular relações com outros textos do autor e com autores com os quais dialoga, acreditando que o Manifesto Antropófago representa a coluna vertebral do corpus antropofágico da obra de Oswald de Andrade. / Oswald de Andrade published in 1928, in the Revista de Antropofagia, his Manifesto Antropófago (Anthropophagous Manifest) a hybrid of a controversial essay, literary parody, philosophical manifest, historical review, provoking pamphlet, anthropological myth and fragmented script. The present study broaches the manifest along its conceptual, formal, artistic and cultural complexities. Throughout its 51 aphorisms, in which the author debates history, philosophy, anthropology, psychology, economics, politics, multiple themes and characters, we intend to find dialogues between Oswald and other authors and texts, uncover the sources made explicit by him (as well as investigate unapparent ones), within the exposition of the ideas and principles of the Manifesto Antropófago. In this critical view, we call attention to three theorists who deeply influenced Oswald de Andrades own thoughts: Montaigne, Freud and Nietzsche. In this sense, these thinkers will also be the focus of some reflections in this critical study of the Manifesto Antropófago. Although the anthropophagy theme is a constant idea all over the authors work, this study is mainly based on the text of 1928. Therefore, the purpose will be to explore the contents of the aphorisms one by one, seeking as far as possible to find relations with the authors other texts and with other authors with whom he dialogues, believing that the Manifesto Antropófago is the backbone of the anthropophagic corpus of Oswald de Andrades work.
|
44 |
Oswald de Andrade no jornal O Homem do Povo / Oswal de Andradde in the O Homem do Povo newspaperQuadros, Aurora Cardoso de 19 October 2009 (has links)
Em 1931, Oswald de Andrade cria e publica O Homem do Povo, jornal em que manifesta seu ativismo comunista, e no qual satiriza a sociedade capitalista e burguesa no Brasil de seu tempo. Suas edições, no total de oito, foram publicadas em março e abril de 1931, contando com a participação de Patrícia Galvão (Pagu) e Queiroz Lima e com a parceria de importantes intelectuais como o crítico Astrojildo Pereira. O trabalho tem por objetivo analisar propriedades expressivas e críticas das construções do jornal, sobretudo nas formulações do ativista Oswald de Andrade. Para isso foram selecionados do jornal principalmente os editoriais escritos por Oswald de Andrade, vários artigos que levam a sua assinatura, e outros assinados por pseudônimos ou anônimos, evidenciados os traços peculiares de sua escrita e ideias. Por meio da pesquisa investigativa, leitura e análise do corpus, destacam-se três elementos substanciais presentes na sua escrita: o humor do jogo de espírito irreverente, a reflexão vinculada aos propósitos de sua própria formulação crítica a respeito da antropofagia, e a subversão, em que resume elementos de estética e política, cuja configuração se manifesta na própria organicidade do jornal. Tais ingredientes, em analogia com outros articulistas, dão sustentação à substância satírica que permeia o jornal O Homem do Povo. Assim, observa-se nas diferentes estratégias de sua linguagem, metafórica ou não, que Oswald de Andrade continuamente alia-se aos colaboradores para representar um mundo às avessas, alvejando a sociedade capitalista e suas elites. Neste sentido, interessa exibir que, por suas elaborações hiperbólicas, o jornal, provocativamente, serve de instrumento na procura de evidenciar, por diversos meios e modos, o destronamento do burguês e a entronização do povo. Nessa tarefa, Oswald de Andrade busca se reinventar criticamente, ao transpor pela atividade jornalística seu espaço legitimado na burguesia e balizar-se por projetos voltados para o povo. Nesse exercício desdobra-se em seus pseudônimos e se posiciona como líder de um grupo, fazendo da palavra e do humor escudo e arma, construindo paradoxos, trocadilhos, ironias e hipérboles. Com isso Oswald de Andrade aciona o potencial crítico dos recursos da linguagem expressiva e comunicativa que, no jornal O Homem do Povo, serve para denunciar, provocar e ridicularizar valores consagrados pela burguesia e pelo sistema capitalista que a sustenta, fundindo o embate político do articulista e o embate estético do escritor modernista. / In 1931, Oswald de Andrade creates O Homem do Povo, a newspaper in which he publicly declares his communist activism, and in which he satirizes both, capitalism and the bourgeois society at the time. Its eight editions, were published in March and April of 1931 together with the participation of both Patricia Galvão (Pagu) and Queiroz Lima. Such a work intended to analyze both expressive and critical properties of Oswald de Andrades constructions at the journal and to put in evidence points of contact between the aesthetic and political aspects of the activists formulations. For doing it so, Oswald de Andrades editorials were selected such as articles signed by him and others which clearly evidence his writings and ideas. Through reading and corpus analyses it is detected three substantial elements such as: the irreverent spirit game, the reflection tied to purposes of his own critical formulation as far as anthropophagy is concerned and the subversion where he summarizes aesthetics and political elements; the configuration of which shows itself in the setting of the journal. Such ingredients, allied to comicality back up the satirical element that permeates O Homem do Povo. So, it can be observed in any of the different strategies of his vocabulary, either metaphoric or not, that Oswald de Andrade continually tries to represent an upside down world having the capitalist society and its elites as targets. In that way, it is interesting to show that, due to his hyperbolic elaborations, the writer-journalist in a teasing way tries to put in evidence the bourgeois decline and the ascension of the people through many different ways and methods. In such a work, Oswald de Andrade looks forward to reinvent himself critically, by transposing his legitimate space in bourgeoisie through journalist activity and determining projects which concerns the proletariat, that is to say, the lower social class. While doing so he creates many different pseudonyms and situate himself as a leader of the referred class, using words and humor as both shield and weapon, building paradoxes, puns, irony and hyperboles. By doing so, Oswald de Andrade turns on the critical power of his communicative and expressive language that at O Homem do Povo is used for denouncing, teasing and making ridicule consecrated values of the bourgeoisie and of the capitalist system that supports it linking both the political resistance of the journal´s editor and the aesthetic resistance of the modernist writer.
|
45 |
O riso do antropófago: cumplicidade e dissidência na estética de Oswald de AndradeBertelli, Giordano Barbin 04 September 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:38:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1
6390.pdf: 1633574 bytes, checksum: 6cb65f2ad20ad8e8dae20276884443c8 (MD5)
Previous issue date: 2014-09-04 / Financiadora de Estudos e Projetos / This study proposes two main tasks: one of them aims at the exercise of experimenting a sociological perspective to fit the questioning of a certain general image regarding the social; the other task is to be consistent to the first, and links to an effort to pull the literary phenomenon to apprehend it from the Literature universe itself. In part, we tried to outline an approach to minimize the reifying effects that accompany the conception of social, when it overlays the primacy of order, stability and systematicity. On the other end, the essay of a literary text reading which, to some extent, took us to rethink the status of the expressive form in relation to other forms overall, the discussion of the properly political place occupied by the literary esthetics in discursive disputes on the definition of parameters regarding the order and the legitimate social life. The analytical focus is centered on poetic procedures of Oswald de Andrade s Anthropophagy, regarding its relations (firstly) with the paulista nationalism that was elaborated in the First Republic, and (secondly) with the expressive and performative regimes of marginalized groups. These regimes happened in the historical developments of the Abolition, the immigration and the urban expansion in São Paulo in the late 19th and early 20th centuries. Upon the approach to humorous and obscene aspects of Oswaldian writings, we discuss the relationship between social process, subjectivity and literary elaboration, as a way to provide the access to the relationships between aesthetics and politics, without postulating a deterministic unilateralism of the social order over literature, and without reducing the literary aesthetics to politicalpamphleteering instrumentality. / O presente trabalho propõe-se a duas tarefas principais. Uma voltada ao exercício de experimentação de uma perspectiva sociológica apta ao questionamento de certa imagem que, em geral, se faz do social. E a outra, que se quer coerente com a primeira, ligada a um esforço de arrancar para apreendê-lo o fenômeno literário do universo da própria Literatura . De uma parte, buscou-se esboçar uma abordagem capaz de minimizar os efeitos reificantes que acompanham a concepção do social, sempre que posta sobre o primado da ordem, do estável e do sistêmico. De outra, o ensaio de uma leitura do texto literário que, em alguma medida, levou a repensar o estatuto dessa forma expressiva em relação às demais e, sobretudo, à discussão do lugar propriamente político ocupado pela estética literária nos litígios discursivos em torno da definição dos parâmetros da ordem e da vida social legítima . O foco analítico concentra-se nos procedimentos poéticos da Antropofagia de Oswald de Andrade, tomada em suas relações, por um lado, com o nacionalismo paulista elaborado durante a Primeira República e, por outro, com os regimes expressivos e performáticos dos grupos marginalizados, inscritos nos desdobramentos históricos da Abolição, da imigração e da expansão urbana de São Paulo em fins do século XIX e inícios do XX. Mediante a abordagem dos aspectos humorísticos e obscenos da escrita oswaldiana, discute-se a relação entre processo social, subjetivação e elaboração literária, como uma via que possibilita o acesso às relações entre estética e política, sem que se postule uma unilateralidade determinista da ordem social sobre a literatura e sem que se reduza a estética literária à instrumentalidade panfletário-política.
|
46 |
Piauí : brasilidade e memória no jogo discursivo contemporâneoCarvalho, Pedro Henrique Varoni de 18 December 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:25:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
2204.pdf: 2851001 bytes, checksum: ca1a38e9a57ab201d9999e7da059def5 (MD5)
Previous issue date: 2008-12-18 / Supported on Discourse Analysis theoretical references derived from Michel Pêcheux and on the discourse studies proposed by Michel Foucault and Jean-Jacques Courtine, the research aims at following and evaluating the first thirteen editions of Revista piauí, whose first number was released in October, 2006, and at recognizing in this publication the installation of a discursive occurrence. As a hypothesis, we have guided ourselves by the fact that Revista piauí proposes a disruption in contemporary reading practices, which are sometimes characterized by the predominance of pictures and utilization of short objective texts that are addressed to readers who have little time to inquire. Against this order, piauí resists e defines itself as a magazine for those who like to read. The magazine proposes the retaking of literary
journalism, which is characterized by long authorial reports. Methodologically, we have selected the linguistic regularities in order to identify the discursive formation the magazine
has adopted. We have analyzed, based upon the notion of discursive genre proposed by Bakhtin style, compositional structure and thematic content , the genre subversions and
their effects of meaning. In addition, we have also tried to identify Revista piauí resistance fields on themes, language, reading practices. We have considered the concept of resistance as according to Michel Foucault: there is not any single power in society, but a relation of powers and resistances. From this relation among powers and resistances, we have tried to identify the presence of the interdiscourse the discursive memory that penetrates through the new publication. piauí has adopted a 1960 s resistance journalism, which was mainly symbolized by O Pasquim, a weekly publication that reflected Southern Rio de Janeiro city lifestyle. Considering that the nomination piauí refers to the smallest and poorest state of Brazilian Federation and that the new magazine title comes from a Tupi-Guarani-originated
expression, some final conclusions assign to the magazine an anthropophagous approach that makes piauí spread Brazility files, and the magazine irruption is linked with a feasible place
for the Brazilian experience in the actual context. / Amparada no referencial teórico da Análise do Discurso derivada de Michel Pêcheux e nos estudos do discurso como propostos por Michel Foucault e Jean-Jacques Courtine, a pesquisa objetiva acompanhar e avaliar as treze primeiras edições da revista piauí, cujo primeiro número data de outubro de 2006, com vistas a reconhecer nessa publicação a instalação de um acontecimento discursivo. Como hipótese, pautamo-nos no fato de que a revista piauí propõe um rompimento com as práticas de leitura contemporâneas, marcadas, por vezes, pelo predomínio da imagem e pela utilização de textos curtos, objetivos, destinados a um leitor
com pouco tempo para se informar. Contra essa ordem, piauí resiste e se define como a revista para quem gosta de ler. A revista propõe a retomada do Jornalismo Literário, marcado por reportagens longas e autorais. Metodologicamente, recortamos as regularidades lingüísticas para identificar as formações discursivas às quais a nova revista se filia.
Analisamos, a partir da noção de gênero discursivo proposta por Bakhtin o estilo, a estrutura composicional e o conteúdo temático , as subversões genéricas e os seus efeitos de sentidos. Procuramos, ainda, identificar os campos da resistência em piauí na temática, na linguagem, nas práticas de leitura. Consideramos o conceito de resistência conforme o formula Michel Foucault: não existe um único poder na sociedade, mas uma relação entre poderes e resistências. A partir dessa relação, procuramos identificar a presença do interdiscurso a memória discursiva a permear a nova publicação. piauí se filia a um jornalismo de resistência dos anos 60, simbolizado, principalmente, pelo semanário O Pasquim, que refletia certo estilo de vida da zona sul carioca. Considerando que a nomeação piauí remete ao menor e mais pobre estado da Federação Brasileira e que o nome da nova revista advém de uma expressão originária do tupi-guarani, algumas conclusões finais encaminham-se para atribuir à
revista uma abordagem antropofágica que faz piauí circular arquivos de brasilidade , e sua irrupção se relaciona com um lugar possível para a experiência brasileira no atual contexto.
|
47 |
Oswald(ing): antropofagia, culturas e fronteirasPires, Eloá Carvalho 27 June 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-12-23T14:34:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Eloa Carvalho Pires.pdf: 962652 bytes, checksum: 3ce123871901151daa441f87132c3ec0 (MD5)
Previous issue date: 2012-06-27 / By considering an approach which relates postcolonial studies and translation theories, this study questions the use of linguistic loans and foreignisms in Oswald de Andrade s poetic productions as translation acts and anti/postcolonial critique. The postcolonial categories presented by researchers as Edward Said, Homi Bhabha and Gayatri Spivak namely, the rupture of frontiers, difference as an enunciative category and temporality in the in-between space and questions on translation metaphors and untranslatability, in dialogue with the rich critique produced on Oswald de Andrade, stimulate the careful analysis of anthropophagy in the literary texts taken as our corpus: O Manifesto Antropófago (2011) and Memórias Sentimentais de João Miramar (2004). The result of the present research stresses the need for considering, within our current postcolonial debates, the anticipation of this anthropophagic reasoning, thus revealing a better understanding of important postcolonial aspects in Brazil / A partir de uma abordagem que relaciona os estudos pós-coloniais e as teorias da tradução, este trabalho indaga o uso dos empréstimos linguísticos e estrangeirismos na poética de Oswald de Andrade como atos de tradução e crítica anti/pós-colonial. Categorias pós-coloniais oriundas das pesquisas de Edward Said, Homi Bhabha e Gayatri Spivak como a ruptura das fronteiras, a diferença como categoria enunciativa e a temporalidade do entre-lugar e questões como as metáforas da tradução e a intraduzibilidade em diálogo com a ampla fortuna crítica produzida sobre Oswald de Andrade no país fomentam uma análise minuciosa do gesto antropofágico nos textos literários O Manifesto Antropófago (2011) e Memórias Sentimentais de João Miramar (2004), que servem como corpus para análise. O resultado do trabalho aponta para a necessidade de inventariarmos em nossos debates pós-coloniais atuais uma razão antropofágica que lhe antecede e que permite revelar aspectos importantes do pós-colonialismo no Brasil
|
48 |
Antropofagia: palimpsesto selvagem / Anthropophagy: wild palimpsestAna Beatriz Sampaio Soares de Azevedo 21 September 2012 (has links)
Oswald de Andrade publicou em 1928, na Revista de Antropofagia, seu Manifesto Antropófago - híbrido de ensaio polêmico, paródia literária, manifesto filosófico, revisão histórica, panfleto de provocação, mito antropológico e roteiro fragmentado. Este estudo procura abordar o manifesto em sua complexidade conceitual, formal, artística e cultural. Percorrendo seus 51 aforismos, onde o autor articula história, filosofia, antropologia, psicologia, economia, política, uma multiplicidade de temas e personagens, pretendemos ainda descobrir diálogos de Oswald com autores e textos, investigando as fontes por ele explicitadas (bem como sondar aquelas não aparentes), ao longo da exposição de ideias e princípios no Manifesto Antropófago. Nessa visada crítica, destacamos especialmente três pensadores que marcaram profundamente as formulações de Oswald de Andrade, a saber: Montaigne, Freud e Nietzsche. Nesse sentido, tais pensadores também serão alvo de algumas reflexões neste mapeamento crítico do Manifesto Antropófago. Embora o tema da Antropofagia seja palmilhado em toda a obra do autor, este estudo centra-se primordialmente no texto de 1928. Assim, o propósito será explorar um a um o conteúdo de seus aforismos, buscando na medida do possível articular relações com outros textos do autor e com autores com os quais dialoga, acreditando que o Manifesto Antropófago representa a coluna vertebral do corpus antropofágico da obra de Oswald de Andrade. / Oswald de Andrade published in 1928, in the Revista de Antropofagia, his Manifesto Antropófago (Anthropophagous Manifest) a hybrid of a controversial essay, literary parody, philosophical manifest, historical review, provoking pamphlet, anthropological myth and fragmented script. The present study broaches the manifest along its conceptual, formal, artistic and cultural complexities. Throughout its 51 aphorisms, in which the author debates history, philosophy, anthropology, psychology, economics, politics, multiple themes and characters, we intend to find dialogues between Oswald and other authors and texts, uncover the sources made explicit by him (as well as investigate unapparent ones), within the exposition of the ideas and principles of the Manifesto Antropófago. In this critical view, we call attention to three theorists who deeply influenced Oswald de Andrades own thoughts: Montaigne, Freud and Nietzsche. In this sense, these thinkers will also be the focus of some reflections in this critical study of the Manifesto Antropófago. Although the anthropophagy theme is a constant idea all over the authors work, this study is mainly based on the text of 1928. Therefore, the purpose will be to explore the contents of the aphorisms one by one, seeking as far as possible to find relations with the authors other texts and with other authors with whom he dialogues, believing that the Manifesto Antropófago is the backbone of the anthropophagic corpus of Oswald de Andrades work.
|
49 |
Oswald de Andrade no jornal O Homem do Povo / Oswal de Andradde in the O Homem do Povo newspaperAurora Cardoso de Quadros 19 October 2009 (has links)
Em 1931, Oswald de Andrade cria e publica O Homem do Povo, jornal em que manifesta seu ativismo comunista, e no qual satiriza a sociedade capitalista e burguesa no Brasil de seu tempo. Suas edições, no total de oito, foram publicadas em março e abril de 1931, contando com a participação de Patrícia Galvão (Pagu) e Queiroz Lima e com a parceria de importantes intelectuais como o crítico Astrojildo Pereira. O trabalho tem por objetivo analisar propriedades expressivas e críticas das construções do jornal, sobretudo nas formulações do ativista Oswald de Andrade. Para isso foram selecionados do jornal principalmente os editoriais escritos por Oswald de Andrade, vários artigos que levam a sua assinatura, e outros assinados por pseudônimos ou anônimos, evidenciados os traços peculiares de sua escrita e ideias. Por meio da pesquisa investigativa, leitura e análise do corpus, destacam-se três elementos substanciais presentes na sua escrita: o humor do jogo de espírito irreverente, a reflexão vinculada aos propósitos de sua própria formulação crítica a respeito da antropofagia, e a subversão, em que resume elementos de estética e política, cuja configuração se manifesta na própria organicidade do jornal. Tais ingredientes, em analogia com outros articulistas, dão sustentação à substância satírica que permeia o jornal O Homem do Povo. Assim, observa-se nas diferentes estratégias de sua linguagem, metafórica ou não, que Oswald de Andrade continuamente alia-se aos colaboradores para representar um mundo às avessas, alvejando a sociedade capitalista e suas elites. Neste sentido, interessa exibir que, por suas elaborações hiperbólicas, o jornal, provocativamente, serve de instrumento na procura de evidenciar, por diversos meios e modos, o destronamento do burguês e a entronização do povo. Nessa tarefa, Oswald de Andrade busca se reinventar criticamente, ao transpor pela atividade jornalística seu espaço legitimado na burguesia e balizar-se por projetos voltados para o povo. Nesse exercício desdobra-se em seus pseudônimos e se posiciona como líder de um grupo, fazendo da palavra e do humor escudo e arma, construindo paradoxos, trocadilhos, ironias e hipérboles. Com isso Oswald de Andrade aciona o potencial crítico dos recursos da linguagem expressiva e comunicativa que, no jornal O Homem do Povo, serve para denunciar, provocar e ridicularizar valores consagrados pela burguesia e pelo sistema capitalista que a sustenta, fundindo o embate político do articulista e o embate estético do escritor modernista. / In 1931, Oswald de Andrade creates O Homem do Povo, a newspaper in which he publicly declares his communist activism, and in which he satirizes both, capitalism and the bourgeois society at the time. Its eight editions, were published in March and April of 1931 together with the participation of both Patricia Galvão (Pagu) and Queiroz Lima. Such a work intended to analyze both expressive and critical properties of Oswald de Andrades constructions at the journal and to put in evidence points of contact between the aesthetic and political aspects of the activists formulations. For doing it so, Oswald de Andrades editorials were selected such as articles signed by him and others which clearly evidence his writings and ideas. Through reading and corpus analyses it is detected three substantial elements such as: the irreverent spirit game, the reflection tied to purposes of his own critical formulation as far as anthropophagy is concerned and the subversion where he summarizes aesthetics and political elements; the configuration of which shows itself in the setting of the journal. Such ingredients, allied to comicality back up the satirical element that permeates O Homem do Povo. So, it can be observed in any of the different strategies of his vocabulary, either metaphoric or not, that Oswald de Andrade continually tries to represent an upside down world having the capitalist society and its elites as targets. In that way, it is interesting to show that, due to his hyperbolic elaborations, the writer-journalist in a teasing way tries to put in evidence the bourgeois decline and the ascension of the people through many different ways and methods. In such a work, Oswald de Andrade looks forward to reinvent himself critically, by transposing his legitimate space in bourgeoisie through journalist activity and determining projects which concerns the proletariat, that is to say, the lower social class. While doing so he creates many different pseudonyms and situate himself as a leader of the referred class, using words and humor as both shield and weapon, building paradoxes, puns, irony and hyperboles. By doing so, Oswald de Andrade turns on the critical power of his communicative and expressive language that at O Homem do Povo is used for denouncing, teasing and making ridicule consecrated values of the bourgeoisie and of the capitalist system that supports it linking both the political resistance of the journal´s editor and the aesthetic resistance of the modernist writer.
|
50 |
Alice através do armazém: tradução intersemiótica, paródia e antropofagia no teatro contemporâneoBorges, Luciana Maia 19 October 2011 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-09-12T11:52:29Z
No. of bitstreams: 1
lucianamaiaborges.pdf: 1885225 bytes, checksum: 04af139ed8326141377f7c99d4fb83c8 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-10-04T12:34:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1
lucianamaiaborges.pdf: 1885225 bytes, checksum: 04af139ed8326141377f7c99d4fb83c8 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-10-04T12:35:20Z (GMT) No. of bitstreams: 1
lucianamaiaborges.pdf: 1885225 bytes, checksum: 04af139ed8326141377f7c99d4fb83c8 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-04T12:35:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
lucianamaiaborges.pdf: 1885225 bytes, checksum: 04af139ed8326141377f7c99d4fb83c8 (MD5)
Previous issue date: 2011-10-19 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A presente dissertação traça um paralelo entre a encenação Alice através do espelho, realizada pelo Armazém Companhia de Teatro e apresentada primeiramente em 1999, e estudos que concernem à relação guardada entre texto e teatro, bem como a questões sobre apropriação e recriação no contexto contemporâneo. Dessa maneira, ela reúne momentos significativos em que foi discutida a função do texto no teatro, para, a partir de então, refletir a forma como o grupo Armazém se apropriou das histórias de Lewis Carroll, entre outros textos, para materializar sua própria Alice. Para o estudo sobre o texto no teatro, foram tomadas como referências principais obras de Jean-Jacques Roubine, César Oliva e Francisco Torres Monreal, Hans-Thies Lehmann e Renato Cohen. Com o objetivo de tratar questões relativas à apropriação e recriação, foram abordados principalmente três conceitos: o de tradução intersemiótica, como trabalhado por Julio Plaza, a partir de autores como Roman Jakbson e Walter Benjamin; o de paródia, tratado por Linda Hutcheon; e o de antropofagia, ampliado a partir de Oswald de Andrade por Roberto Corrêa dos Santos, aliado a outros intelectuais como Pierre Lévy, Jacques Derrida e Gilles Deleuze. / The present thesis draws a parallel between the staging of Alice através do espelho (Alice through the looking glass, translated literally), performed by the Armazém Companhia de Teatro (Armazém Theatre Company) for the first time in 1999, and studies concerning the relationship between text and theatre, as well as concepts related to appropriation and recreation in the contemporary context. Therefore, gathers significant moments when the role of the text in theatre was questioned in order to, thereafter, reflect upon the way this theatre company has undertaken an appropriation of the stories of Lewis Carroll, among other texts, with the purpose of materializing its own Alice. In order to study the role of the text in the theatre, the main references taken were the works of Jean-Jacques Roubine, César Oliva and Francisco Torres Monreal, Hans-Thies Lehmann, and Renato Cohen. To address issues related to appropriation and recreation, three main concepts have been tackled: intersemiotic translation, as approached by Julio Plaza, after the thoughts of authors such as Roman Jakobson and Walter Benjamin; parody, as it is seen by Linda Hutcheon; and anthropophagy, expanded from Oswald de Andrade‟s concept by intellectuals such as Roberto Corrêa dos Santos, Pierre Lévy, Jacques Derrida, and Gilles Deleuze.
|
Page generated in 0.0591 seconds