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A sintagmatização-semantização : uma proposta de análise de texto

Mello, Vera Helena Dentee de January 2012 (has links)
Esta tese apresenta, com esteio na Teoria da Enunciação de Émile Benveniste, uma proposta de análise de textos que explora a relação entre a sintagmatização e a semantização nos planos analítico e global. Pretende-se responder à seguinte questão no desenvolvimento do trabalho: qual o papel e a abrangência da sintagmatização na promoção de sentidos, na singularidade de cada instância enunciativa? Para nortear a análise, são derivados da teoria benvenistiana cinco princípios teórico-metodológicos: (1) o texto é um índice global de subjetividade; (2) o texto cria referência; (3) o texto é produzido na imbricação entre forma e sentido; (4) o texto constitui um modo de ação do locutor sobre o alocutário; (5) uma análise translinguística do texto focaliza a relação entre os planos global e analítico. O trabalho situase, pois, na segunda via proposta por Benveniste na ultrapassagem da noção saussuriana do signo como princípio único: a análise translinguística, pela elaboração de uma metassemântica erigida sobre a semântica da enunciação. O desenvolvimento da análise de textos corrobora a hipótese de que, se os índices específicos apontam para os elementos do quadro enunciativo (eu-tu-aqui-agora), os procedimentos acessórios (sintagmatização) fazem emergir o sujeito que advém da enunciação, atestando a singularidade de cada ato enunciativo. Evidencia-se, na análise, que cada texto possui um mecanismo enunciativo particular, dependendo da forma como o locutor produz sentidos em uma dada relação interlocutiva: o primeiro tem como mecanismo estruturante a não pessoa; o segundo, a pessoa e o terceiro, o tempo. Conclui-se que é no rompimento da complexidade das formas – convivência e conivência das palavras e estruturas entre si – que se deve buscar o sentido. / Cette thèse présente, en appui sur la théorie de l’énonciation d’Emile Benveniste, une proposition pour l’analyse de texte qui explore la relation entre sémantisation et syntagmatisation sur les plans analytique et global. Au cours du développement du travail, notre intention est de répondre à la question suivante: quels sont le rôle et la portée de la syntagmatisation dans la promotion du sens, dans la singularité de chaque instance énonciative? A fin d’orienter l’analyse, sont dérivés de la théorie benvenistienne cinq principes théorique-méthodologiques: (1) le texte est un indice global de la subjectivité, (2) le texte crée des références, (3) le texte est produit dans l’imbrication de la forme et du sens; (4) le texte est un mode d'action du locuteur sur l’allocutaire; (5) une analyse translinguistique du texte se focalise sur la relation entre les plans global et analytique. Le travail se situe donc sur la deuxième voie proposée par Benveniste dans le dépassement de la notion saussurienne du signe en tant que principe unique: l'analyse translinguistique à travers l’élaboration d’une méta-sémantique construite sur la sémantique de l'énonciation. Le développement de l'analyse de textes corrobore l’hypothèse que, si les indices spécifiques pointent vers les éléments du cadre énonciatif (je-tu-ici-maintenant), les processus accessoires (syntagmatisation) font apparaître le sujet qui découle de l’énonciation, attestant la singularité de chaque acte énonciatif. Il ressort lors de l’analyse que chaque texte possède un mécanisme énonciatif particulier, selon la manière dont le locuteur produit des sens dans une relation interlocutive donnée: le premier possède comme mécanisme structurant la non-personne; le deuxième, la personne et le troisième, le temps. Nous concluons que c’est dans la rupture de la compléxité des formes – convivence e
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Enunciação e intersubjetividade : o que revela o ato de resumir?

Titello, Diego Vilanova January 2015 (has links)
Ce mémoire se consacre à explorer, sur la base de la Théorie de l‟Énonciation d‟Émile Benveniste, le traitement de l‟acte de résumer et, à travers celui-ci, de son produit – le texte du résumé tandis que discours/énoncé, en assumant, comme hypothèse principale, le fait que, au moyen de cet acte, le locuteur-apprenant instaure la subjectivité/intersubjectivité dans le discours et promeut sa compréhension du texte source. En d‟autres termes, on défend que, par l‟entremise de l‟acte de résumer, le locuteur exprime l‟écrite de sa lecture du texte source. Voici l‟expression de la subjectivité : il s‟agit d‟une lecture singulière, parmi d‟autres qui sont également possibles. En ce sens, cette recherche a pour objectif de répondre fondamentalement à trois questions, malgré le fait que des autres peuvent être dérivées au long du texte : premièrement, on questionne si, dans l‟opération de passage de la lecture d‟un article d‟opinion à l‟écrite d‟un résumé qui doit contempler les idées centrales présentées par le texte source, l‟apprenant-locuteur réalise seulement une « collage » d‟extraits du texte source ou, en effet, il s‟approprie du discours de l‟autre, en se constituant comme sujet dans ce processus ? Deuxièmement, on questionne si, dans l‟acte de résumer, l‟apprenant réussit à opérer la délimitation entre les références produites par le locuteur du texte source et les références produites par lui-même. Troisièmement, on questionne comme l‟intersubjectivité énonciative se constitue dans le résumé. À ces fins, on cherche, dans la Théorie Énonciative d‟Émile Benveniste, un cadre théorique qui ancre l‟acte de résumer des textes comme un acte d‟énonciation sur l‟autre énonciation, dont la réflexion permet qu‟on le pense comme une resémantisation du discours de l‟autre, c‟est-à-dire dans laquelle il y a un mouvement de retour au discours de l‟autre pour l‟énoncer à nouveau. Par cette conception, on passe à l‟analyse de deux faits énonciatifs (des résumés informatifs) sélectionnés à partir de l‟élaboration de principes théoriques et méthodologiques. Ces principes permettent qu‟on observe l‟interrelation entre les plans global et analytique et qu‟on conclue que, malgré les résumés choisis ressemblent quant à l‟idée générale dans le plan d‟une lecture globale, dans le plan analytique, à partir des resyntagmatisations, il est possible d‟appréhender la subjectivité d‟une expérience humaine de lecteur et producteur de textes à travers l‟inférence de mécanismes énonciatifs saillants dans chaque résumé.. En synthèse, la contribution de ce travail se concentre, par un côté, sur la pratique pédagogique en ce qui concerne l‟enseignement de l‟écrite de résumés dans l‟Université et dans l‟école et, par l‟autre côté, sur le développement des études d‟énonciation benvenistienne qui se consacrent à réfléchir sur les relations intrinsèques entre langue, culture, expérience humaine et subjectivité, comme on a essayé de développer, même que sommairement, ici. / Esta dissertação dedica-se a explorar, com esteio na Teoria da Enunciação de Émile Benveniste, o tratamento do ato de resumir e, através deste, do seu produto – o texto do resumo enquanto discurso/enunciado, assumindo, como principal hipótese, o fato de que, por meio desse ato, o locutor-aluno instancia a subjetividade/intersubjetividade no discurso e promove a sua compreensão do texto-base. Em outras palavras, defende-se que, por intermédio do ato de resumir, o locutor expressa a escrita de sua leitura do texto-base. Eis a expressão da subjetividade: trata-se de uma leitura singular, dentre outras que são igualmente possíveis. Neste sentido, esta pesquisa objetiva responder basicamente a três questionamentos, podendo ser outros derivados ao longo do texto: 1) Na operação de passagem da leitura de um artigo de opinião para a escrita de um resumo que deve contemplar as ideias centrais trazidas no texto-base, o locutor-aluno apenas realiza uma “colagem” de trechos do texto-base ou, de fato, se apropria do discurso do outro, constituindo-se como sujeito nesse processo? 2) O aluno consegue, no ato de resumir, operar a delimitação entre as referências produzidas pelo locutor do texto-base e as referências produzidas por ele próprio? e 3) Como se constitui a intersubjetividade enunciativa no resumo? Com esses propósitos, busca-se, na Teoria da Enunciação de Émile Benveniste, um quadro teórico que ancore o ato de resumir texto como um ato de enunciação sobre outra enunciação, cuja reflexão encaminha a pensá-lo como uma ressemantização do discurso alheio, ou seja, em que há um movimento de retorno ao discurso do outro para enunciá-lo novamente. Por essa concepção, passa-se à análise de dois fatos enunciativos (resumos informativos) por nós selecionados, a partir da elaboração de princípios teórico-metodológicos. Esses princípios nos permitem observar a inter-relação entre os planos global e analítico e concluir que, embora no plano de uma leitura global os resumos escolhidos se assemelhem quanto à ideia geral, no analítico, a partir das ressintagmatizações, é possível flagrar a subjetividade de uma experiência humana de leitor e escrevente por meio da depreensão de mecanismos enunciativos salientes em cada resumo. Em síntese, espera-se, com este trabalho, contribuir, por um lado, para a prática docente no que tange ao ensino da escrita de resumos na universidade e na escola e, por outro lado, para o desenvolvimento dos estudos de enunciação benvenistiana que se dediquem a refletir sobre as relações intrínsecas entre língua, cultura, experiência humana e subjetividade, como tentamos desenvolver, ainda que sumariamente, aqui.
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A sintagmatização-semantização : uma proposta de análise de texto

Mello, Vera Helena Dentee de January 2012 (has links)
Esta tese apresenta, com esteio na Teoria da Enunciação de Émile Benveniste, uma proposta de análise de textos que explora a relação entre a sintagmatização e a semantização nos planos analítico e global. Pretende-se responder à seguinte questão no desenvolvimento do trabalho: qual o papel e a abrangência da sintagmatização na promoção de sentidos, na singularidade de cada instância enunciativa? Para nortear a análise, são derivados da teoria benvenistiana cinco princípios teórico-metodológicos: (1) o texto é um índice global de subjetividade; (2) o texto cria referência; (3) o texto é produzido na imbricação entre forma e sentido; (4) o texto constitui um modo de ação do locutor sobre o alocutário; (5) uma análise translinguística do texto focaliza a relação entre os planos global e analítico. O trabalho situase, pois, na segunda via proposta por Benveniste na ultrapassagem da noção saussuriana do signo como princípio único: a análise translinguística, pela elaboração de uma metassemântica erigida sobre a semântica da enunciação. O desenvolvimento da análise de textos corrobora a hipótese de que, se os índices específicos apontam para os elementos do quadro enunciativo (eu-tu-aqui-agora), os procedimentos acessórios (sintagmatização) fazem emergir o sujeito que advém da enunciação, atestando a singularidade de cada ato enunciativo. Evidencia-se, na análise, que cada texto possui um mecanismo enunciativo particular, dependendo da forma como o locutor produz sentidos em uma dada relação interlocutiva: o primeiro tem como mecanismo estruturante a não pessoa; o segundo, a pessoa e o terceiro, o tempo. Conclui-se que é no rompimento da complexidade das formas – convivência e conivência das palavras e estruturas entre si – que se deve buscar o sentido. / Cette thèse présente, en appui sur la théorie de l’énonciation d’Emile Benveniste, une proposition pour l’analyse de texte qui explore la relation entre sémantisation et syntagmatisation sur les plans analytique et global. Au cours du développement du travail, notre intention est de répondre à la question suivante: quels sont le rôle et la portée de la syntagmatisation dans la promotion du sens, dans la singularité de chaque instance énonciative? A fin d’orienter l’analyse, sont dérivés de la théorie benvenistienne cinq principes théorique-méthodologiques: (1) le texte est un indice global de la subjectivité, (2) le texte crée des références, (3) le texte est produit dans l’imbrication de la forme et du sens; (4) le texte est un mode d'action du locuteur sur l’allocutaire; (5) une analyse translinguistique du texte se focalise sur la relation entre les plans global et analytique. Le travail se situe donc sur la deuxième voie proposée par Benveniste dans le dépassement de la notion saussurienne du signe en tant que principe unique: l'analyse translinguistique à travers l’élaboration d’une méta-sémantique construite sur la sémantique de l'énonciation. Le développement de l'analyse de textes corrobore l’hypothèse que, si les indices spécifiques pointent vers les éléments du cadre énonciatif (je-tu-ici-maintenant), les processus accessoires (syntagmatisation) font apparaître le sujet qui découle de l’énonciation, attestant la singularité de chaque acte énonciatif. Il ressort lors de l’analyse que chaque texte possède un mécanisme énonciatif particulier, selon la manière dont le locuteur produit des sens dans une relation interlocutive donnée: le premier possède comme mécanisme structurant la non-personne; le deuxième, la personne et le troisième, le temps. Nous concluons que c’est dans la rupture de la compléxité des formes – convivence e
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A experiência na e pela língua(gem) em testemunhos de povos ameríndios : a instauração de lugares enunciativos

Azevedo, Adelia Maria Evangelista January 2014 (has links)
La thèse «L’expérience dans et par la langue(langage) dans les témoignages des peuples amérindiens: l’instauration de lieux énonciatifs» propose de comprendre les lieux occupés par des sujets lorsque l’appropriation de la langue(langage), dans la situation de communication, de réalisation de l’Épreuve de Rédaction – Test d’accès à l’université pour les étudiants indigènes – 2012/COPERSE – UFRGS. Pour le parcours théorique de la thèse, nous avons faits des incursions aux idées de William D. Whitney et de Ferdinand de Saussure, principalement, en ce qui concerne la genèse des principes généraux de la Linguistique moderne, étant donné la nature du biais anthropologique inscrit dans les concepts de langue, liés aux faits humains. Le biais anthropologique de la Linguistique suit par les développements épistémologiques produits par Émile Benveniste, à travers l’étude des catégories de personnes, de temps et d’espace. Le linguiste français est dédié aux questions de signification dans et par le langage, dans l’interface entre la Linguistique et les autres sciences, en faveur de la Science générale de l’homme, afin de clarifier des problèmes de langue et de langage. En outre, il inaugure la Sémantique de la phrase, dans une époque où les linguistes se dédiaient à la Sémiotique. Les lectures théoriques basées sur les fondamentaux de l’énonciation, à la lumière des idées de Benveniste, et l’expérience de lecture des textes, produits par des indigènes, cela nous a donné la possibilité de penser sur une hypothèse pour la thèse: il y a un mode distinct d’écriture de la langue portugaise pour les peuples amérindiens. Pour la prouver, nous passons par la définition de culture; de forme et de sens dans la langue; nous nous tournons vers les concepts de trace, d’énonciation et de référence. Nous nous guidons dans le parcours théorique et méthodologique à partir de deux entrées dans la langue. La première entrée se fait par le locuteur à travers l’énonciation; et la seconde entrée concerne le chemin inverse à être parcouru par le linguiste lorsque l’analyse de temoignages résultants de l’usage de la langue vivante par les sujets. Nous avons choisi une production textuelle représentative, puisque la rédaction remplit les conditions nécessaires aux procédures de coupures d’analyses des témoignages des expériences de langue(langage) des peuples amérindiens. Les analyses des témoignages à partir des marques (inter)subjectives dans le langage indiquent l’existence de traces et des références dans et par la langue(langage). Ceux-ci sont des phénomènes responsables des mouvements de rétrospection et de prospection qui sont au coeur de l’énonciation, lorsque l’appropriation de la langue(langage) par le locuteur. Le passage de langue à discours fait ressortir le sujet hétérogène. Celui-ci est né de l’énonciation écrite, en L2, en langue portugaise, étant donné la nature de la langue dans la constitution du «je» et de l’instaurer par le rapport avec le «tu». Pour la lecture des «données», nous considérons les symbolismes résultants du perspectivisme des peuples amérindiens, en L1, langue maternelle. En confirmant ainsi l’existence d’une langue portugaise singulière, avec syntaxe et sémantique propre, dont les origines sont dans la diversité de la situation de communication. Nous sommes intéressés par l’étude des significations produites dans l’énonciation écrite des peuples amérindiens lorsque la diversité des relations interlocutives vécues en société. / A tese “A experiência na e pela língua(gem) em testemunhos de povos ameríndios: a instauração de lugares enunciativos” propõe compreender os lugares ocupados por sujeitos quando da apropriação da língua(gem), na situação comunicativa, de realização da Prova de Redação – Vestibular para Estudantes Indígenas – 2012∕COPERSE – UFRGS. Para o percurso teórico da tese realizamos incursões às ideias de William D. Whitney e de Ferdinand de Saussure, principalmente, no que diz respeito à gênese dos princípios gerais da Linguística moderna, dada a natureza do viés antropológico inscrito nos conceitos de língua, vinculados aos fatos humanos. O viés antropológico da Linguística segue por desdobramentos epistemológicos elaborados por Émile Benveniste, via estudo das categorias de pessoa, tempo e espaço. O linguista francês dedica-se às questões de significação na e pela linguagem, na interface entre a Linguística e as demais ciências, em prol da Ciência geral do homem, com vistas a elucidar problemáticas de língua e de linguagem. Além disso, inaugura a Semântica da frase, uma época que os linguistas voltavam-se à Semiótica. As leituras teóricas centradas nos fundamentos da enunciação, à luz das ideias benvenistianas, e a experiência de leitura dos textos, produzidos por indígenas, possibilitaram-nos pensar a respeito de uma hipótese para a tese: há um modo distinto de escrita da língua portuguesa para os povos ameríndios. Para comprová-la, percorremos a definição de cultura; de forma e sentido na língua; voltamo-nos aos conceitos de vestígio, enunciação e referência. Norteamo-nos no percurso teórico-metodológico a partir de duas entradas na língua. A primeira entrada dá-se pelo locutor por conta da enunciação; e, a segunda, diz respeito ao caminho inverso a ser percorrido pelo linguista quando da análise de testemunhos decorrentes do uso da língua viva pelos sujeitos. Selecionamos uma produção textual representativa, visto que essa reúne algumas condições pontuais aos procedimentos de recortes análises dos testemunhos das experiências de língua(gem) dos povos ameríndios. As análises dos testemunhos a partir das marcas (inter)subjetivas na linguagem apontam para a existência de vestígios e de referências na e pela língua(gem). Esses são fenômenos responsáveis pelos movimentos de retrospecção e prospecção que estão no centro da enunciação, quando da apropriação da língua(gem) pelo locutor. A passagem de língua a discurso faz emergir o sujeito heterogêneo. Este nasce da enunciação escrita, em L2, em língua portuguesa, dada a natureza da língua em constituir o “eu” e de instaurá-lo na relação com o “tu”. Além disso, consideramos para a leitura dos “dados” os simbolismos resultantes do perspectivismo dos povos ameríndios, em L1, língua materna. Confirmando, assim a existência de uma língua portuguesa singular com sintaxe e semântica própria, cujas origens estão na diversidade da situação comunicativa. Interessamo-nos pelo estudo das significações produzidas na enunciação escrita dos povos ameríndios quando da diversidade das relações interlocutivas vividas em sociedade. / The thesis “The experience in and by language in testimonies of Amerindian people: the establishment of enunciative places” proposes to understand the occupied places by subjects when the appropriation of the language, in communicative situation, of performing the essay examination – Entrance Examination to Indigenous Students – 2012/COPERSE – UFRGS. In relation to the theoretical pathway of the thesis, we realize incursions to William D. Whitney and Ferdinand de Saussure ideas, mainly, with regard to the genesis of the general principles of modern Linguistics, given the nature of the anthropological bias in the definitions of language, linked to the human facts. The anthropological bias of Linguistics follows by epistemological developments elaborated by Émile Benveniste throughout the categories of study of person, time and space. The French linguist dedicates to signification questions in and by language, in the interface between Linguistics and other sciences, in favor of the General Science of the Human, in order to clarify language problems. Besides, he starts the phrase Semantics, in a period in which linguists studied to Semiotics. The theoretical readings centered in the enunciation foundations, in the light of Benveniste’s ideas, and the reading experience of the texts, produced by indigenous, helped us to think concerning of a hypothesis to the thesis: Is there a distinct mode of Portuguese Language writing to the Amerindian people? To prove this question, we define culture; form and sense in the language; as well as trace, enunciation and reference. Our methodological-theoretical trajectory presents two entries in the language. The first one occurs by the locutor because of the enunciation; and the second one throughout the reverse way to be covered by the linguist when the analysis of testimonies due to the use of the living language by the subjects. We have selected just one representative textual production since the essay gathers the necessary conditions to the procedures of analysis cuttings of the testimonies of the experiencies of the Amerindian people language. The analysis of the testimonies from intersubjective marks in the language point to the existence of traces and of references in and by language. These are responsible phenomena by the moviments of retrospecting and prospecting that are in the center of the enunciation, when the appropriation of the language by the locutor. The language’s passage to the discourse appears the heterogenous subject. This emerges from the written enunciation in L2, in Portuguese Language, given the nature of the language in constituting the “I” and of establishing it by the complementarity relation to the “you” and to establish it in the relation with the “you”. Besides, we consider to the “data” reading, the resulting symbolisms of the Amerindian people perpectivism, in L1, mother tongue. Thus, we confirm the existence of a singular Portuguese Language with its own syntax and semantics, whose origins are in the diversity of the communicative situation. Also, we are interested in the study of the significations produced in the written enunciation of the Amerindian people when the diversity of the interlocutive relationships experienced in society.
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Em busca do espaço perdido? : um estudo do estatuto da noção de espaço em Émile Benveniste

Barboza, Gabriela January 2013 (has links)
Cette dissertation est consacrée à entreprendre une étude sur la notion d'espace dans les oeuvres Problèmes de Linguistique Générale I et II, d’Émile Benveniste. En raison de la constatation d'une lacune en ce qui concerne les études d’espace dans le champ d’action de l'énonciation au Brésil, et par le fait d’être Benveniste considéré comme responsable des études des notions de personne-temps-espace, il est urgent d'aborder la notion qui, selon Fiorin (2008), avait été peu étudié par le sémanticien syrien. En d'autres termes, il y a une manque observée en ce qui concerne le traitement de l'espace, un espace destiné à être rempli, dans une certaine mesure, avec cette enquête. Dans ce sens, l'objectif général de ce travail est de trouver l'espace de l'espace dans la théorie énonciative d'Émile Benveniste. Néanmoins, il y a encore cinq buts de caractère plus spécifique qui, dans la mesure où les chapitres sont développés, sont atteints. Ils sont les suivants: 1) montrer et décrire comment l'espace apparaît dans les études linguistiques au Brésil, en particulier dans les études grammaticales et les études spécifiques de la Linguistique de l'Énonciation, avec l’observation de la théorie linguistique qui tient sa réflexion, 2) déterminer dans quelle mesure l'absence d’études sur la notion-catégorie d’espace est tributaire de la supposée absence d'études dans l’oeuvre de celui qui est considéré comme responsable de la délimitation des notions de personne-temps-espace, le linguiste Émile Benveniste, 3) démontrer qu'il y a la présence d'études sur espace dans ses oeuvres; 4) observer et décrire le mode d'insertion de la réflexion sur l'espace dans le travail de Benveniste, 5) proposer un moyen de lire la configuration de la notion d'espace, de sorte à développer opérateurs de lecture et d'analyse de la notion. Par la compréhension de la nécessité d'une étude plus large sur l'espace que la recherche exclusive dans l’oeuvre benvenistienne, une enquête est développée dans les grammaires de langue portugaise et dans les revues scientifiques brésiliens sur les études linguistiques. À la suite, on part pour la problématisation de l'absence d'études sur l'espace et pour la recherche proprement des textes de Benveniste. À la recherche de la meilleure façon possible de définir les étapes de la dissertation sont explicités les critères pour le choix des documents de référence pour cette enquête. Après avoir choisi les textes, on va à la lecture et l'analyse d'extraits contenant des mots pertinents pour l'étude et, à partir de cela, on vérifie la mesure dans laquelle l'emploi de mots trouvés est liée à la construction énonciative benvenistienne. Une fois constatée la présence de la notion d'espace dans l’oeuvre du linguiste, on présente ses relations avec la notion du temps, au-delà de la mise en place de systématisations et de déplacements de lecture de l’espace. Enfin, on espère, avec cette enquête, présenter des contributions au champ de la Linguistique de l'Énonciation, d’une manière générale, et à la théorie de l'énonciation d'Émile Benveniste, en particulier, dans la mesure où on mentionne un thème pour l'instant rarement abordé par les chercheurs, mais d'une grande importance pour la consolidation de ce champ disciplinaire au Brésil. / Esta dissertação se dedica a empreender um estudo sobre a noção de espaço nas obras Problemas de Linguística Geral I e II, de Émile Benveniste. Devido à constatação de uma lacuna no que diz respeito aos estudos de espaço no âmbito enunciativo brasileiro, e pelo fato de Benveniste ser considerado o responsável pelos estudos das noções de pessoa-tempo-espaço, urge abordar a noção que, conforme Fiorin (2008), fora pouco estudada pelo semanticista sírio. Dito de outro modo, há uma falta observada no que tange ao tratamento do espaço, cujo espaço pretende-se preencher, em alguma medida, com esta investigação. Nesse sentido, o objetivo geral deste trabalho é o de encontrar o espaço do espaço na teoria enunciativa de Émile Benveniste. Não obstante, há ainda outros cinco objetivos, de caráter mais específico, e que, na medida em que os capítulos são desenvolvidos, são atendidos. São eles: 1) mostrar e descrever como o espaço comparece nos estudos linguísticos brasileiros, principalmente nos estudos gramaticais e nos estudos específicos de Linguística da Enunciação, com a observação da teoria linguística que sustenta sua reflexão; 2) verificar em que medida a falta de estudos sobre a noção-categoria de espaço é tributária da suposta falta de estudos desenvolvidos na obra de quem é considerado o responsável por delinear as noções de pessoa-tempo-espaço, o linguista Émile Benveniste; 3) demonstrar que há a presença de estudos sobre espaço na obra do autor; 4) observar e descrever o modo de inserção da reflexão sobre espaço em Benveniste; 5) propor um modo de leitura da configuração da noção de espaço, de modo a desenvolver operadores de leitura e de análise da noção. Por compreender a necessidade de uma pesquisa mais ampla relativa ao espaço do que a busca somente na obra benvenistiana, é desenvolvida uma investigação em gramáticas de língua portuguesa e em periódicos brasileiros no campo dos estudos linguísticos. Após isso, parte-se para a problematização da falta de estudos sobre espaço e para a pesquisa propriamente dos textos benvenistianos. Buscando definir os passos da dissertação, são explicitados os critérios de escolha dos textos-base para esta investigação. Com os textos escolhidos, passa-se à leitura de excertos que contenham palavras pertinentes ao estudo e, a partir disso, à análise com os operadores ideia e emprego para verificar em que medida o emprego das palavras encontradas está relacionado ao constructo enunciativo benvenistiano. Constatada a presença da noção de espaço na obra do linguista, apresenta-se relações dela com a noção de tempo, além do estabelecimento de leituras e deslocamentos de leitura do espaço, como a diferenciação de espaço topológico e espaço enunciativo e a sistematização de espaço DE e DA enunciação. Por fim, espera-se, com esta investigação, apresentar contribuições para o campo da Linguística da Enunciação, de modo geral, e da teoria da enunciação de Émile Benveniste, de modo específico, na medida em que se traz à baila uma temática por ora pouco abordada pelos estudiosos, mas de grande pertinência para a sedimentação desse campo disciplinar no Brasil.
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Pratique déclamatoire et enjeux juridiques dans les Déclamations mineures du Pseudo-Quintilien : la codification du crimen raptus / Declamatory praxis and legal issues in Pseudo-Quintilian’s Minor Declamations : the codification of crimen raptus

Papakonstantinou, Neféli 18 December 2017 (has links)
Le présent travail constitue une tentative d’interpréter la manière dont le concept du viol émerge comme catégorie pénale, en partant de la réflexion menée par le Pseudo-Quintilien autour du raptus à la fin du Ier et au début du IIe siècle. Ce sont les mécanismes d’édification de la terminologie juridique qui prend en compte le contexte social, et plus concrètement, le degré d’élaboration conceptuelle auquel la jurisprudence sévérienne parviendra un siècle plus tard à l’égard de la qualification du raptus comme crimen vis. À la différence de ses prédécesseurs (déclamateurs et juristes), le Pseudo-Quintilien comprend sous la dénomination du raptus le commerce sexuel illicite (stuprum), commis avec violence (per vim), contre la volonté de la victime qui subit un préjudice corporel et psychique (iniuria). Le rhéteur aborde cette pratique illicite mais non pas encore illégale au stade pré-délictuel, et l’érige en un crimen, en l’inscrivant implicitement dans la procédure de vi publica, afin de dénoncer la tolérance sociale de la violence infligée à une vierge / épouse de condition libre à des fins sexuelles et / ou matrimoniales. En partant des Déclamations mineures qui portent sur le viol, et qui n’ont pas été étudiées de manière systématique comme preuve historique indirecte de la réalité du phénomène aux premiers siècles du Principat, nous examinons le raptus comme crime de violence (crimen vis), reposant sur le préjudice pour atteinte à l’intégrité physique et morale (iniuria) d’une vierge / épouse de condition libre. Faute de témoignages directs sur la réalité antique des femmes violées, nous déplaçons l’intérêt vers l’origine du processus culturel, qui caractérise la vie des citoyennes nubiles : le contexte de la formation de l’aristocratie masculine, qui crée les identités féminines en matière de viol. En faisant valoir la performance de la persona du Pseudo-Quintilien, nous proposons une interprétation du raptus, en conformité avec la perspective du genre, comme phénomène juridique et social, qui engage les relations entre sexes / statuts / classes, et qui influe sur la réalité sociale par son acte de dire. / The present work is an attempt to interpret the way in which the concept of rape emerges as a criminal category, starting from the reflection conducted by the Pseudo-Quintilian on the notion of raptus at the end of the 1st and the beginning of the 2nd century. It is a question of the mechanisms of building legal terminology which take into account the social context and, more concretely, that of the degree of conceptual elaboration to which the Roman jurisprudence under the Severan emperors will come a century later with regard to the qualification of the raptus as crimen vis. Unlike its predecessors (declaimers and jurists), Pseudo-Quintilian understands under the denomination of raptus the illicit sexual act (stuprum), committed with violence (per vim), against the will of the victim who suffers corporeal and moral injury (iniuria). Pseudo-Quintilian addresses this unlawful but not yet illegal practice at the pre-criminal stage, and sets it up as a crimen by implicitly inscribing it in the procedure of vi publica in order to denounce the social tolerance of violence inflicted on a virgin / wife of free status for sexual and / or matrimonial purposes. Starting from the Minor Declamations on rape, which have not been systematically studied as indirect historical evidence of the phenomenon in the first centuries of the Roman Empire, we examine raptus as a crime of violence (crimen vis), based on damage to the physical and moral integrity (iniuria) of a virgin / wife of free status. In the absence of direct testimony on the ancient reality of women who have been raped, we are shifting the interest in the origin of the cultural process which characterizes the life of nubile citizens, i.e. the educational context of Roman patricians which creates female identities with regard to rape. By emphasizing the performance of Pseudo-Quintilian’s persona, we propose a gendered interpretation of raptus as a legal and social phenomenon which engages relations between sexes / status / social classes, and which influences the social reality by its act of enunciation.
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Etude énonciative et discursive des énoncés anglais dans la presse féminine française / English Utterances in French Women's Magazines : An Enunciative and Discursive Study

Desnica, Mirta 05 December 2016 (has links)
L’écriture de la presse féminine se caractérise aujourd’hui par une récurrence d’unités linguistiques en anglais ayant la valeur d’un énoncé (par exemple : Girl power !, What else ?, All they need is love, etc.), que nous appelons « énoncés fashion » et que nous considérons comme une manifestation d’alternance codique. Celle-ci est largement inexplorée dans les travaux sur les anglicismes en France, plutôt centrés sur la notion d’emprunt linguistique, ou bien privilégiant les interactions orales.L’objectif de cette thèse est de décrire les formes, le sens et les contextes d’emploi des énoncés anglais dans la presse féminine française contemporaine, et de caractériser linguistiquement et socioculturellement le style langagier dont ils font partie. En nous situant dans le cadre théorique de l’analyse du discours, nous articulons plusieurs approches : grammaire de la phrase, étude du figement, linguistique de l’énonciation et pragmatique, linguistique textuelle, étude de l’intertextualité, sémiotique des genres et des cultures, afin de rendre compte des différentes facettes de ces énoncés, remarquables par leur saillance et par la relation qu’ils créent entre les participants de la communication. / Now days, French women’s magazines offer examples of language units in English that form or can form a complete utterance (eg. Girl power!, What else?, All they need is love, etc.). We propose to refer to them as “vogue utterances” and consider them as a manifestation of codeswitching. As this phenomenon has received little interest among linguists who deal with Anglicisms in French, since the focus has been put on loanwords or on codeswitching in oral interaction.Our aim is to describe the forms, the meaning and the context of use of English utterances in contemporary French women’s press and to characterize the writing style they are part of from a linguistic and a socio-cultural point of view. Within the theoretical framework of the French discourse analysis, we combine different approaches: syntax, phraseology, enunciative linguistics and pragmatics, text linguistics, studies of intertextuality, semiotics of discourse genres and semiotics of cultures, in order to describe different aspects of these utterances, which are remarkable for their salience and the relation they create between the participants in the communication process.
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La question du lecteur dans l'oeuvre romanesque de Retif de la Bretonne : Le Pornographe, Le Paysan perverti, Le Ménage parisien / The ‘Reader’ in the Works of Rétif de la Bretonne : Le Pornographe, Le Ménage parisien, Le Paysan perverti

Guezmir, Asma 25 February 2012 (has links)
Cette thèse porte sur la question du lecteur dans trois textes de Rétif de la Bretonne : Le Paysan perverti (1775), Le Ménage parisien (1772) et Le Pornographe (1769). Malgré la diversité de son contenu et de sa structure, ce corpus a en commun de mettre en abyme la figure du lecteur. Bien que sollicité, souvent même à l’excès, le lecteur des trois textes entretient des relations très tendues avec l’auteur. Celui-ci s’emploie à conditionner l’exercice de la lecture tout en simulant de favoriser la liberté du lecteur. Ce rapport de force se déploie à plusieurs niveaux des ouvrages étudiés. Il est explicite à travers la figure du lecteur intradiégétique. Il est plus subtil et latent, en revanche, quand Rétif construit dans le texte l’image du lecteur « idéal ». Outre un attachement « viscéral » à l’oeuvre, nous décelons dans l’écriture romanesque rétivienne une conception moderne de la relation auteur/lecteur. « Inégal » dans sa production, « maladroit », « impertinent », Rétif a pourtant très tôt lancé une réflexion inédite sur le rôle du lecteur dans l’accomplissement du fait littéraire. Le lecteur y est, en effet, considéré comme l’émule de l’auteur : un copropriétaire potentiel, voire un propriétaire légitime de l’oeuvre dont dépend son devenir. Mais Rétif n’est pas pour autant prêt au partage, encore moins à être « dépossédé » de son oeuvre. Le tiraillement permanent de l’auteur transfigure ainsi l’expérience littéraire en une expérience humaine. / The thesis purports to investigate the ‘reader’ in three works by Rétif de la Bretonne which are: Le Paysan perverti (1775), Le Ménage parisien (1772) and Le Pornographe (1769). Though diverging in content and structure, the three works converge in the desire to inscribe the reader in the text. Although sought for, quite often in an exaggerated way, the reader in the three texts has an extremely tense relationship with the author who is committed to control the act of reading while pretending to leave the reader total freedom. This struggle for power is felt at various levels in the three texts examined; it is made overt through the figure of the intradiegetic reader but subtler when appealing to the figure of the ‘ideal reader’. Apart from the visceral tie to the text, we distinguish in the retivian novelistic discourse a modern conception of the author/reader relationship. Though ‘uneven’, ‘clumsy’ and ‘impertinent’, Rétif, early on, declared implicitly within his work a first-time vision of the role of the reader in the accomplishment of the literary act. The reader is in fact inscribed in the text as the emulator of the author: a potential and legitimate owner of the work on which depends his becoming. However, Rétif is not ready to surrender his authorship. The continual division of the author transfigures the literary experience into a human one.
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Communiquer la recherche en arts numériques : Une approche info-communicationnelle de la documentation / Communicate research in digital arts : An information-communication approach to documentation

Bellin, Stéphane 28 June 2017 (has links)
La recherche en art se caractérise par une articulation polarisée entre la pratique artistique et la théorie. Cette thèse propose de transférer ce paradigme symptomatique de cette discipline vers la question pragmatique des modalités de sa communication scientifique. La forme de cette dernière fait débat pour les acteurs des écoles supérieures d'art françaises, qui défendent une liberté face au modèle prédominant de l'écrit universitaire. L'hypothèse formulée par cette thèse consiste à penser que la documentation devient une forme plausible de communication scientifique adaptée à la recherche en art. Pour traiter de cet objet d'étude, la recherche en arts numériques, le plus souvent interdisciplinaire, coopérative et collective, s'est avérée particulièrement pertinente, car la pluralité et la fragmentation de ses résultats permettent justement de sortir de la dichotomie pratique versus théorie. En effet, ces derniers impliquant plusieurs intervenants se partagent entre des créations artistiques, des développements technologiques et des contributions théoriques. Le constat d'un glissement de la documentation vers la communication scientifique est conditionné par l'existence de l'énonciation documentaire ; puisque le savoir, peu importe la pratique discursive utilisée, se concrétise par un discours compris comme le résultat d'un acte énonciatif. Trois études de cas à vocation exploratoire ont été menées autour de trois dispositifs documentaires établis par des acteurs de la recherche en arts numériques, en France et au Québec – le Cahier de Résidence de Kawenga, territoires numériques, le Répertoire des œuvres hypermédiatiques et les autres rubriques du sites internet du laboratoire NT2 et l'Archive Arc_Danse développée au laboratoire Hexagram-UQAM. La méthodologie utilisée érige l'énonciation documentaire pensée dans le prolongement de l'énonciation éditoriale comme un concept opérationnel. Elle s'articule en deux étapes. La première étudie la documentation comme dispositif info-communicationnel en utilisant, selon les terrains, différents outils et modes d'implication du chercheur. La seconde examine les objets documentaires par une approche sémiotique afin d'y relever directement les marques indicielles de l'énonciation documentaire et d'identifier conjointement les énonciateurs signalés et dissimulés. Il en ressort la caractérisation de régimes énonciatifs spécifiques. Cette thèse conforte l'idée que la documentation véhicule un discours documentaire au point qu'il est possible de l'utiliser comme un moyen communicationnel et non plus comme un outil de transfert neutre du contenu informationnel de documents vers des usagers. Elle en détaille aussi plusieurs attributs qui attestent concrètement de sa faculté à pouvoir répondre aux enjeux info-communicationnels propres à la recherche en arts numériques et plus globalement à la recherche en art. / Art research is characterized by a polarized articulation between art practice and theory. This thesis proposes to transfer this symptomatic paradigm from this discipline to the pragmatic question of the modalities of its scientific communication. The form of the latter is debated by the actors of the French higher art schools, who defend freedom in the face of the predominant model of academic writing. The hypothesis of this thesis is that documentation becomes a plausible form of scientific communication adapted to art research. To deal with this object of study, digital arts research, which is most often interdisciplinary, cooperative and collective, has proved particularly relevant, since the plurality and fragmentation of its results make it possible to break out of the practical versus theoretical dichotomy. Indeed, the latter involving several participants are divided between artistic creations, technological developments and theoretical contributions. The observation of a shift from documentation to scientific communication is conditioned by the existence of documentary enunciation; since knowledge, regardless of the discursive practice used, is embodied in a discourse understood as the result of an enunciative act. Three exploratory case studies were conducted around three documentary devices established by actors in digital arts research in France and Quebec - the Cahier de Résidence de Kawenga, territories numériques, the Répertoire des œuvres hypermediatiques and other sections of the NT2 laboratory website, and the Archive Arc_Danse developed at the Hexagram-UQAM laboratory. The methodology used raises the documentary statement thought to be an extension of the editorial statement as an operational concept. It is divided into two stages. The first one studies the documentation as an information-communication device using, depending on the field, different tools and modes of involvement of the researcher. The second examines documentary objects using a semiotic approach in order to directly identify the index marks of the documentary utterance and to jointly identify the reported and concealed utterers. This results in the characterization of specific enunciative regimes. This thesis supports the idea that documentation conveys a documentary discourse to the point that it can be used as a means of communication and no longer as a tool for the neutral transfer of information content from documents to users. It also details several attributes that attest concretely to its ability to respond to the info-communication issues specific to digital arts research and more generally to art research.
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Les invariants dans les Nursery Rhymes / Invariants in Nursery Rhymes

Hostalier, Claire 05 December 2009 (has links)
La recherche d'invariants phonétiques ou phonologiques dans un corpus tel que les nursery rhymes nous a amené à les collecter, à les contraster et à les analyser. La collecte finale se fit grâce au dictionnaire des nursery rhymes, compilé par les folkloristes anglais, Peter et Iona Opie, une anthologie étymologique de référence. Ils passèrent de nombreuses années à répertorier toutes sortes de nursery rhymes, anciennes et récentes, populaires et inconnues. Le but de la collecte de ce corpus était de la faire de façon globale et neutre sans apport initial d'enfants. La deuxième étape fut une réflexion sur leur identité et leur forme ce qui aboutit au constat qu'une comptine n'en était une que si elle continuait à exister. Faisant partie de la tradition orale, la nursery rhyme doit être récitée, scandée régulièrement par un public précis pour qu'elle se transmette et continue son parcours intergénérationnel . Un sondage fut mis en place auprès d'une centaine d'enfants anglophones qui contrastèrent le corpus global en deux entités. Le résultat fit apparaître un corpus de comptine toujours connues et récitables par les sondés et un autre corpus de comptines oubliées. A partir de ces deux nouveaux corpus, une analyse phonétique fut entreprise pour dégager un ou des invariants inhérents à la condition de nursery rhyme. En couplant le premier et le dernier son-consonne accentué de chaque vers de chaque comptine et en prenant la place de l'articulation comme mesure de référence, il se dégage deux mouvements majoritaires dans leur énonciation, un mouvement d'arrière en avant pour les comptines populaires et un mouvement d'avant en arrière pour celles qui sont oubliées. / The search for phonetic or phonological invariants in nursery rhymes made us collect them globally, contrast them through a survey and analyse them. The Opies, British folklorists, published an Oxford Dictionary of Nursery Rhymes which became our primary source of material as their precious collection of rhymes had the advantage of being global and objective. Once the corpus established, it became obvious that these nursery rhymes had different statuses as to their popularity among children. The need to contrast them was necessary. A survey was set up and presented to more than a hundred English-speaking children. It resulted in 2 sub-corpuses, popular nursery rhymes (PNR) and forgotten ones (FNR). The question was what made them belong to one or the other? A phonetic analysis was ploughed through the corpuses. By pairing the first and the last stressed consonant-sound of every verse of every nursery rhyme and taking the place of articulation as reference, 2 major opposite enunciative movements arose, a back-to-front movement (B2F) for popular nursery rhymes and a front-to-back movement (F2B) for the forgotten ones.

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