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La question identitaire dans l'art moderne québécois /Vigneault, Louise, 1965- January 2000 (has links)
The following study traces modern Quebecois art from the beginning of the twentieth century with specific reference to the question of the redefinition of identity. The study mainly consists of an analysis of different strategies used by certain progressive artists like Paul-Emile Borduas, Francoise Sullivan and Jean-Paul Riopelle to impose a new reality which was simultaneously contemporary, rooted and distinct in the context of a Quebec that was emerging in modernization. By using popular or marginalized artistic forms and by seizing certain ancient models belonging to the distant past---in the non-western world or precolonial America---and by using different strategies of deconstruction and transgression of normative codes defined by the dominant ideology, these artists were able to avoid current hegemonic models in order to assert new spaces for expression and representation. Taking on modern Quebecois art from an approach belonging to diverse social sciences and humanities, this study aims to renew the analytical parameters of the traditional art history. The main challenge lies in zeroing in on the ways in which the development of modern identity (meaning the affirmation of the right to be different and to self-determination, and the development of subjectivism and expressivism) influenced avant-garde artistic productions, and which strategies artists used to replace the values imposed by traditional institutions and the dominant ideology, which in turn sparked a renewal of identity. Modern identity is based upon a principle that is modeled on two foundations: on the image that the subject will have of himself, and the impression that the Other (a bordering neighbour, cultural cousin, colonial authority or political oppressor) will have of him. In fact, this "stranger" will essentially assume the role of guaranteeing the recognition of the proposed identity. The phenomena of mythical constructions of symbolical imagination and of primitivism, in this study,
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Les guerres de dentelles : la société-femme chez ZolaVallée, Corinne January 2008 (has links)
Mémoire numérisé par la Division de la gestion de documents et des archives de l'Université de Montréal
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Comment établir un rapprochement entre l'enseignement de l'anglais de spécialité et les notions du droitLiebenberg, Elizabeth Helena 29 March 2010 (has links) (PDF)
L'engagement du Conseil de l'Europe en faveur d'une éducation plurilingue intégrant altérité et diversité culturelle est fortement lié au souci de promouvoir la communication entre citoyens de langue et culture différentes, indispensable à la mobilité et à la compréhension réciproque. Dans ce nouveau référentiel s'inscrit la tendance à enseigner les disciplines non linguistiques, directement dans la L2. Cette méthode d'enseignement d'une matière par intégration d'une langue étrangère, appelée EMILE a vocation d'accélérer le processus d'apprentissage. Or, il s'est avéré, lors d'une recherche-action portant sur l'anglais juridique, qu'une méthode d'immersion complète telle qu'EMILE pouvait présenter certaines failles pour apprendre cette langue de spécialité très pointue. Pour combler ces failles, nous proposons la méthode LADMI (Linguistique appliquée à une autre discipline par méthode intégrative), qui est une modification du concept d'EMILE extrapolant à partir d'une certaine structure logique, suite à des observations particulières, afin de préserver à la fois la langue et le contenu de la DNL, le droit.
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De coleções a narrações : recortes de um caminhamento em terapia ocupacionalLerner, Simone January 2008 (has links)
A presente pesquisa buscou refletir acerca do processo de trabalho clínico, em terapia ocupacional, nos atendimentos a sujeitos com transtornos mentais graves. Partindo da experiência de trabalho da pesquisadora, que se desenvolve em um centro de atenção psicossocial (caps), da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, procurou-se refletir acerca do processo de construção narrativa e do estatuto do objeto na clínica da terapia ocupacional, inserida no contexto da rede pública de dispositivos de saúde mental. Tomando como ponto de partida o ato de colecionar, esse estudo se tramou a partir de fragmentos da prática clínica cotidiana, bem como de uma reflexão mais detalhada acerca do processo de escrever de um paciente, a quem se chamou de Ciro. Utilizou-se o termo caminhamento, cunhado por Antoninho, também paciente do caps, como eixo metodológico, alçando referido termo ao estatuto de conceito. Com o sentido de caminhar acompanhado, tomou-se o conceito de caminhamento, no qual não se tem, propriamente, como objetivo, um bem aprioristicamente determinado a alcançar, mas sim, uma posição de disponibilidade para um encontro. A construção do objeto de estudo se deu a partir de elementos articulados, primeiramente, aos moldes de uma coleção. Estes elementos, ao longo do texto vão sendo tramados para produzir a narrativa dessa dissertação. Utilizou-se a figura topológica da Banda de Moebius como lente para refletir acerca do trabalho que se produz em dobra, no sentido de que, como efeito do jogo transferencial, o formato que a escrita da dissertação toma é homólogo aos processos trilhados por Ciro, os quais considerou-se terem sido da ordem de um movimento que partiu de coleções, chegando a narrações possíveis. Entendendo o trabalho em oficinas terapêuticas como situado em um espaço híbrido (Rickes, 2007), em uma zona de fronteira entre o campo clínico e o educativo, utilizou-se, para escrever e ler a experiência, referenciais conceituais oriundos da psicanálise, principalmente das obras de Freud e Lacan, e de leituras das mesmas realizadas por autores contemporâneos. Procurou-se pensar, tomando o caminhamento como método, nos efeitos produzidos através deste trabalho em terapia ocupacional, a partir das reflexões acerca da negativa (Freud, 1925), na perspectiva da disjunção que produz o campo do não eu, marcando, conseqüentemente a diferença entre o fora e o dentro; do estranho (Freud, 1919), para problematizar os momentos em que se faz necessária a (re)fundação destes campos; do endereçamento (Lacan, 1955-1956), no sentido de que a inscrição psíquica só se efetiva quando encontra representação no discurso social (no Outro, desde a psicanálise); e da densidade simbólica diferenciada (Guerra, 2004), estatuto do objeto produzido em um espaço de oficinas terapêuticas, como operador de um corte, uma disjunção na relação de continuidade que se estabelece entre o psicótico e o Outro. / The aim of the present work is to reflect on the process of clinical occupational therapy practice, in the caring for individuals with severe mental disease. Based on the author's experience working at a municipal psychosocial outpatient center (“CAPS”) in the city of Porto Alegre, Brazil, the objective was to reflect on the process of developing a narrative and also on the status of the object in the occupational therapy practice as part of the public mental health system. Utilizing the act of collecting as a starting point, the study evolved from fragments of daily clinical practice into a more detailed reflection into the writing process of a patient whom we named Ciro.The term "caminhamento" (a word not existent in the Portuguese language, coined by Antoninho, also a patient at the “CAPS”) was used as methodological axis, as well as, eventually, a concept. While uttered originally with the meaning of "walking with a companion", the concept of "caminhamento" refers to a process without an objective to be reached, but as a situation of openness to an encounter. The objective of this study grew from articulated fragments assembled as a collection, initially. These elements are intertwined throughout the text, producing a narrative, which is this dissertation. The topological picture of a Moebius strip was used as a lens through which to view this work, as a loop. As an effect of transferential play, the format that this narrative took is homologous to the process utilized by Ciro considering he started with collections and proceeded to tentative narratives. From the standpoint that the therapeutic workshop is a hybrid space (Rickes 2007), on the border between clinical and educational, the conceptual references used to describe the experiences herein came from the field of psychoanalysis, specially the works of Freud and Lacan and their more contemporary scholars. Utilizing "caminhamento" as a method, the author attempted to think about the effects of this work in occupational therapy. Reflecting on negation (Freud, 1925) , in the perspective of the disjunction that creates the field of "not me", consequently stressing the difference between the out and the in; on the uncanny (Freud, 1919), to question the moments when the (re)foundation of these fields is necessary; on the addressment (Lacan,1955-1956), in the sense that psychic inscription is only effective when it finds representations in the social discourse (in the Other, from psychoanalysis); and, on the differentiated symbolic density (Guerra, 2004), status of object originated in therapeutic workshops as the one that severs the relationship of continuity that is established between a psychotic individual and the Other.
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Les gestes professionnels d’adaptation linguistique en contexte multilingue : le cas des professeurs des écoles dans leur gestion de l’hétérogénéité des élèves en langue de scolarisation / Professional skills of linguistic adaptation in a multilingual context : the case of primary school teachers in their management of the heterogeneity of students in the language of instructionZougs, Muriel 01 December 2017 (has links)
Notre recherche porte sur l’analyse comparative de ce que nous appelons les Gestes Professionnels d’Adaptation Linguistique (GPAL), dans l'Enseignement d'une Matière Intégré à une Langue Étrangère (EMILE), à l’œuvre en France, notamment dans les sections internationales du primaire. Son but est de comprendre comment les professeurs des écoles exerçant en contexte multilingue s’adaptent à l’hétérogénéité des élèves en Langue de Scolarisation (LSco). Le terrain de notre étude est constitué de classes ordinaires (enseignement en français et section anglaise) et de groupes de français langue étrangère et d’anglais langue seconde, des écoles maternelle et élémentaire d’un établissement international public de la région PACA. À travers une approche comparative, nous cherchons à comprendre dans quelle mesure le statut de la LSco (vernaculaire ou véhiculaire), l'âge des élèves et le degré d’hétérogénéité linguistique, influencent les GPAL utilisés par les enseignants. Pour chacun de ces trois facteurs nous comparons deux séances de classe ordinaire et deux séances des dispositifs d’aide à l'apprentissage des LSco, pour dégager également l’impact du type d’enseignement (ordinaire ou spécialisé) sur le recours des professeurs aux GPAL. Nous comparons le nombre, les catégories et les types de GPAL utilisés par les enseignants, mais aussi les formes qu’ils prennent à travers les ‘préoccupations des enseignants structurant le milieu didactique’ (Bucheton, 2011), les moments où les professeurs y ont recours via ‘le quadruplet de la structure de l’action de l’enseignant’ (Sensevy & Mercier, 2007) et les buts qu’ils poursuivent en y faisant appel en fonction des ‘4 Cs’ (Coyle, 2002). / Our research is based on a comparative analysis of what we call the Professional Skills of Linguistic Adaptation (PSLA) in Content and Language Integrated Learning (CLIL) employed in France, and in particular, in international sections at primary school. It is aimed at understanding how primary school teachers, working in a multilingual context, adapt themselves to pupils’ heterogeneity in the language of instruction. Our study focuses on ordinary classes (classes taught in French and English section classes) and groups of French as a foreign language and English as a second language, in the nursery and elementary schools of a state-run International School in PACA. Through a comparative approach, we wish to understand how the status of the language of instruction (vernacular or vehicular), the pupils’ ages and the level of linguistic heterogeneity influence the PSLA teachers use. For each of these three factors, we compare two sessions in ordinary classes and two sessions conducted in support schemes aimed at facilitating pupils’ integration to the language of instruction, in order to illustrate also the impact of the type of teaching (ordinary or specialised) on the primary school teachers’ use of PSLA. We compare the number, category and type of PSLA used by teachers and also the forms they take through “the teachers’ concerns structuring the didactic environment” (Bucheton, 2011), the instances when teachers employ them through “the quadruplet of the structure of the teacher's action” (Sensevy & Mercier, 2007), and for what purposes through the “4 Cs” (Coyle, 2002).
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O deserto de uma metassemântica esconde tamareiras em flor : o legado translinguístico de Émile BenvenisteBressan, Nilvia Thaís Weigert January 2010 (has links)
A presente pesquisa tem como fundamento epistemológico a Teoria da Enunciação de Émile Benveniste e visa à elaboração de uma metassemântica. Esta noção é nomeada no texto Semiologia da língua, quando Benveniste concebe a ultrapassagem do signo saussuriano como princípio único por duas vias: na análise intralinguística, pelo discurso, o semântico; na análise translinguística, pela elaboração de uma metassemântica que se construirá sobre a semântica da enunciação e será uma semiologia de segunda geração. O método de análise define a partir do estudo intrateórico de Problèmes de linguistique générale, 1, e Problèmes de linguistique générale, 2, seis princípios que possibilitam a análise translinguística no campo metassemântico. São: 1- A metassemântica é uma semiologia de segunda geração: tem como objeto o estudo das relações que se estabelecem entre sistemas semióticos linguísticos e não linguísticos. 2- A metassemântica é a análise das formas complexas do discurso: é a análise de qualquer fato humano, em que seja possível construir a relação entre o método global de apreensão do sentido e o método analítico, tendo por base a semântica da enunciação. 3- A metassemântica tem forma e sentido: sentido e forma são as necessárias faces do importante problema da significação, são noções gêmeas. 4- A metassemântica tem níveis de análise: a noção de nível permite que se reconheça, na complexidade das formas, a arquitetura singular das partes e do todo. 5- A metassemântica possibilita a construção de diversos aparelhos de enunciação: sistemas semióticos não linguísticos estabelecem relações que se definem por enunciações não linguísticas. 6- A metassemântica é sempre uma interpretação parcial do analista: o analista tem uma condição espaço-temporal diferente da condição espaçotemporal de seu objeto de análise. A pesquisa conclui que foi elaborada a metassemântica da metassemântica. / This research is epistemologically based on the Enunciation Theory of Émile Benveniste and proposes to achieve a metasemantics. This notion appears in the text Semiology of the language, when Benveniste conceives two ways to overthrown Saussurian sign as the only principle. Firstly, in the intralinguistic analysis, the discourse, the semantics. Secondly, in the translinguistic analysis by the elaboration of a metasemantics that will be built on the enunciation semantics and it will be a second generation semiology. The method of analysis defines, through an intratheorical study of Problèmes de linguistique générale 1, and Problèmes de linguistique générale 2, six principles that allow the translinguistc analysis in the metasemantics field. They are: 1- Metasemantics is a second generation semiology: its object of study is the relationship between linguistic and non-linguistic semiotic systems. 2- Metasemantics is the analysis of complex forms of discourse: it is the analysis of any human fact in which it is possible to reconstruct the relation between the global method of capturing the meaning and the analytical method based on the enunciation semantics. 3- Metasemantics has form and meaning: meaning and form are the two faces of signification, two twinned notions. 4- Metasemantics presents levels of analysis: this concept is the condition to recognize unique architectures of complex forms partially or as a whole. 5- Metasemantics is the possibility of the construction of several apparatus of enunciation: non-linguistic semiotic systems establish relations capable to allow non-linguistic enunciations. 6- Metasemantics is always a partial interpretation of the analyst: the space-time of the analyst is not the same space-time of his/her object. As conclusion, this research has developed the metasemantics of the metasemantics.
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A construção intersubjetiva da identidade cultural : uma hipótese em linguística da enunciaçãoFreitas, Luis Felipe Rhoden January 2012 (has links)
Ce travail a pour but d’ élaborer une hypothèse dans les études énonciatives afin d’expliquer comment se construit intersubjectivement l'identité culturelle. Tout d’abord, nous partons de la parution du Cours de Linguistique Générale, de Ferdinand de Saussure et son impact sur le mouvement structuraliste français dans la première moitié du XXe siècle en vue de mettre en lumière le fait que ladite linguistique moderne a émergé en tenant compte des sciences connexes, notamment des sciences humaines. Ensuite, dans le champ des sciences du langage nous choisissons la Linguistique de l'Énonciation comme la théorie permettant de parler des éléments extérieurs à la langue et fortement nécessaires pour expliquer comment les sujets en interaction produisent certains sens dans le monde et négocient leurs identités à la fois. Ensuite, nous présentons quelques questionnements proposés par les Études Culturellescourant théorique qui se trouve à l’extérieur de l'étude de la langue et qui suscite le débat au sujet des notions d’identité, de langue (vers la géopolitique) et nation dans l’ère appelée postmoderne. Nous reprenons, par la suite, la discussion à propos du langage tout en proposant une lecture de l'oeuvre d'Émile Benveniste: Problèmes de Linguistique Générale I et II, concernant les relations établies par l’auteur entre le langage, l'homme et la culture. L'objectif de cette lecture est d’approfondir la façon dont les sujets construisent la société à partir du langage dans l'énonciation intersubjective de la langue et comment ils agissent en conformité avec certaines dispositions de la culture. En d’autres termes: ce que l'on doit dire ou ne pas dire. Nous cherchons, cependant, les indices dont l’observation est possible, à savoir: les identités culturelles, la réalité immédiate du sujet, et pas la société, la réalité théoriquement inaccessible à travers une étude de la langue. Après cela, nous entreprenons une discussion nécessaire pour donner le statut de scientificité au corpus comprenant les formes complexes du discours, pour ce faire, nous avons choisi le terme «fait de langue» ou «de langage» au lieu des «données» scientifiques qui ne s'applique pas à ce genre de théorie. Enfin, nous faisons des analyses qui ne sont pourtant pas assez exhautives, mais elles acquièrent la fonction d'exemple déclaratif de ce qui peut être encore approfondie à partir de l’hypothèse suggérée dans le travail. / O objetivo deste trabalho é fazer uma discussão dentro dos estudos enunciativos, procurando explicar como se constrói a identidade cultural intersubjetivamente. Parte-se da publicação do Curso de Linguística Geral, de Ferdinand de Saussure, e seu impacto no movimento estruturalista francês na primeira metade do século XX procurando deixar evidente que a chamada linguística moderna surgiu levando-se em consideração as ditas ciências conexas ou, mais especificamente, as ciências humanas. Após, dentro do campo das ciências da linguagem elege-se a Linguística da Enunciação como uma teoria que permite falar em elementos exteriores à língua, e que serão necessários para explicar, adiante, como os sujeitos em interação produzem determinados sentidos no mundo ao mesmo tempo que negociam suas identidades. A seguir, são trazidos alguns questionamentos dos Estudos Culturais, que é a área teórica exterior ao estudo da linguagem e que traz a discussão sobre as noções de identidade, língua (no sentido geopolítico) e nação na chamada era pós-moderna. Retoma-se, a partir daí, a discussão sobre a linguagem trazendo uma proposta de leitura da obra de Émile Benveniste, a saber, os Problemas de Linguística Geral I e II, nas relações que o autor estabelece entre linguagem, homem e cultura. O objetivo desta proposta de leitura de Benveniste é aprofundar o modo como, na enunciação intersubjetiva da língua, os sujeitos constroem a sociedade a partir da linguagem cumprindo determinadas prescrições da cultura do que se deve ou não dizer. O que se verifica, então, são índices passíveis de serem observados que são as identidades culturais, realidade imediata do sujeito, e não a sociedade, realidade teoricamente inatingível através de um estudo da língua. A seguir, faz-se uma discussão necessária para que se atribua estatuto de cientificidade ao corpus que abrange formas complexas do discurso, elegendo o termo “fatos de língua” ou “de linguagem” em detrimento do “dado” observável, que não se aplica a este tipo de teoria. Por fim, encaminham-se as análises que, não sendo suficientemente extensivas, adquirem uma função expositiva de exemplo do que ainda pode ser aprofundado a partir da hipótese sugerida no trabalho.
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Diálogo entre escola e mídia jornalística : uma análise metassemântica de programa de mídia direcionado ao ensinoBarros, Simone de Lima Silveira January 2008 (has links)
Constatés l'accroissement de l'usage de textes journalistiques comme matériel didactique et l'intérêt des moyens de média journalistique à formaliser l'utilisation de leurs publications dans la salle de cours, nous défendons dans ce travail la nécessité d'observer comment se constitue la communication intersubjective entre le média et l'école. Cette étude vise ainsi à analyser la structure énonciative d'un média journalistique dirigé vers l'enseignement: le Programa Veja na Sala de Aula (PVSA). Nous partons de deux hypothèses à savoir: a) le PVSA est une ressource utilisée par la Revue VEJA pour instaurer le dialogue entre les deux institutions mentionnées et b) le PVSA se présente comme une structure complexe (macrostructure énonciative) et dédoublée (comportant des microstructures énonciatives). Marqué notre propos d'étudier le phénomène mentionné par un biais énonciatif, nous élisons comme fondement la Théorie de l'Énonciation d'Émile Benveniste, en nous basant, principalement, sur les études de l'auteur qui soulignent la relation langue-homme-société. Au travers de la notion d'intersubjectivité - traversée par trois instances énonciatives considérées simultanément (culturel, dialogique et linguistique - énonciative) -, basée en une approche sémiologique du langage et avec les mécanismes de l'appareil formel de l'énonciation, nous construisons un apparat méthodologique au moyen duquel nous proposons deux mouvements analytiques à être développés de manière intégrée. Telle méthodologie s'insère dans le défi de travailler avec la métasémantique, dont les présupposés ont été sommairement explicités par Benveniste dans son oeuvre. En suivant tel chemin, nous élaborons les deux mouvements indiqués, en prenant comme des unités d'analyse l'acte énonciatif, concernant la construction de référence par les marques de intersubjectivité, et la scène énonciative, concernant la construction d'une référence d'ensemble pour le langage. Comme résultat, nous observons que l'acte énonciatif fondateur de la communication intersubjective entre le média et l'école fait se produire des dédoublages de nouveaux actes énonciatifs, une fois que les sujets culturels intégrants du procès énonciatif étudié se basent dans la possibilité d'une énonciation d'être anticipé, car le locuteur du PVSA prévoit : les interlocuteurs (personnes : les types d'élèves, d'enseignants), le thème du cours (la non-personne : celui dont on parle), l'espace (la salle de cours) et le temps (la séquence du cours), comme si une énonciation était répétable et contenait l'anticipation. / Constatados o incremento no uso de textos jornalísticos como material didático e o interesse dos veículos de mídia jornalística em formalizar a utilização de suas publicações em sala de aula, defendemos neste trabalho a necessidade de observar como se constitui a comunicação intersubjetiva entre mídia e escola. Este estudo objetiva, assim, analisar a estrutura enunciativa de um programa de mídia jornalística dirigido ao ensino: o Programa Veja na Sala de Aula (PVSA). Partimos de duas hipóteses, a saber: a) o PVSA é recurso utilizado pela Revista VEJA para instaurar o diálogo entre as duas instituições mencionadas e b) o PVSA apresenta-se como uma estrutura complexa (macroestrutura enunciativa) e desdobrada (comporta microestruturas enunciativas). Marcado nosso propósito de estudar o fenômeno mencionado por um viés enunciativo, elegemos como fundamentação a Teoria da Enunciação de Émile Benveniste, apoiando-nos, principalmente, nos estudos do autor que enfatizam a relação língua-homem-sociedade. Por meio da noção de intersubjetividade - atravessada por três instâncias enunciativas consideradas em simultaneidade (cultural, dialógica e lingüístico-enunciativa) -, com base em abordagem semiológica da linguagem e com os mecanismos do aparelho formal da enunciação, construímos aparato metodológico por meio do qual propomos dois movimentos analíticos a serem desenvolvidos de forma integrada. Tal metodologia insere-se no desafio de trabalhar com a metassemântica, cujos pressupostos foram sumariamente explicitados por Benveniste em sua obra. Ao seguirmos tal caminho, elaboramos os dois movimentos apontados, tomando como unidades de análise o ato enunciativo, relativo à construção de referência pelas marcas da intersubjetividade, e a cena enunciativa, relativa à construção de uma referência de conjunto para a linguagem. Como resultado, observamos que o ato enunciativo instaurador da comunicação intersubjetiva entre mídia e escola faz ocorrerem desdobramentos de novos atos enunciativos, já que os sujeitos culturais integrantes do processo enunciativo em estudo apoiam-se na possibilidade de uma enunciação ser antecipada, pois o locutor do PVSA antecipa: os interlocutores (pessoas: os tipos de alunos, professores), o tema de aula (a nãopessoa: aquilo sobre o qual se fala), o espaço (a sala de aula) e o tempo (a seqüência da aula), como se uma enunciação fosse repetível e nela coubesse a antecipação.
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Da perda implicada no registro : foto-grafando numa oficina terapêuticaMosena, Thoya Lindner January 2008 (has links)
A experiência que sustenta as reflexões contidas nesta dissertação se desenrolou em uma oficina de fotografia que aconteceu num centro de atenção diária de uma instituição psiquiátrica da cidade do Rio de Janeiro. Partindo da definição etimológica da foto-grafia como uma escrita com a luz, nos perguntamos sobre as relações possíveis entre o fotografar e o escrever. As oficinas terapêuticas – um território híbrido onde está em jogo o encontro entre vários saberes (Rickes) – configuram-se como o campo para a nossa experiência. Participaram da Oficina de Fotografia pacientes adultos usuários deste serviço e a proposta consistiu em convidá-los a fotografar a partir de três eixos temáticos: o escrever, a instituição que abriga a oficina e a cidade. Este trabalho está estruturado a partir de três principais seções. No primeiro capítulo, apresentamos a instituição, o desenrolar da proposição da Oficina neste espaço de tratamento, e nos perguntamos se esta intervenção teve o efeito de produzir uma desacomodação nas práticas já instituídas. Para articular esta hipótese, utilizamos os conceitos de studium e punctum segundo os formulou Barthes. Na segunda seção, procuramos delinear uma definição possível para a imagem como uma superfície que não é apenas plana (Didi- Huberman), mas que pode se apresentar como porosa. Tomamos para isso a noção proposta por Rivera de que o imaginário pode se desdobrar em imagem-muro e imagem-furo. A possibilidade de manter uma pulsação entre estas duas formas de imagem nos remete de volta ao oficinar e aos impasses que este fazer engendra, seja no sentido de se manter fechado, quanto de se abrir a novas experimentações. A partir da interrogação sobre como ler as imagens e os textos produzidos ao longo da Oficina, buscamos a referência freudiana como base para a nossa postura ética frente a este material. Neste sentido, não fizemos uma análise do conteúdo das fotografias e escritos, nem nos debruçamos sobre a biografia dos pacientes. Construímos pequenos ensaios que contam a trajetória de cada um com o fotografar nesta Oficina. Finalmente, na terceira seção desenvolvemos, a partir das contribuições de Freud e Lacan, o tema que parece costurar as experiências singulares, a saber, a pergunta sobre o que é um registro. O registrar implica a perda, e é esta assertiva que insiste de várias formas diferentes ao longo deste relato. / The experiment that supports the reflections contained in this dissertation occurred during a photography workshop that was held at a day-care center in a psychiatric institution in the city of Rio de Janeiro. Based on the etymological definition of photography as a form of writing with light, we question ourselves as to the relationships that are possible between photographing and writing. The therapeutic workshops – a hybrid territory in which the meeting of various areas of knowledge is at play (Rickes) – are structured as the field for our experiment. Adult patients that are users of this service participated in the photography workshop. The objective was to invite them to take photos based on three central themes: the act of writing, the institution that houses the workshop, and the city. This study is structured into three main sections. In the first section, we present the institution and the development of the workshop’s scheme within this treatment site. We asked ourselves whether this intervention disrupted previously established practices. In order to articulate this hypothesis, we used the concepts of studium and punctum as formulated by Barthes. In the second section, we seek to define an image as a surface that is not only plane (Didi-Huberman), but also porous. In order to do this, we employ the notion proposed by Rivera that imagined reality could be broken down into an image-wall and an image-hole. The possibility of maintaining a kind of pulsation between these two forms of images brings us back to workshopping and to the impasses that such an undertaking engenders in the sense of keeping oneself either closed or open to new experimentation. Starting with the question of how to interpret the images and texts produced during the workshop, we sought to employ the Freudian concept as the basis of our ethical stance concerning this material. In this sense, we neither analyzed the content of the photos and compositions, nor concerned ourselves with the patients’ biographies. We composed brief essays on each patient’s experience with photography in the workshop. Finally, based on the contributions of Freud and Lacan, in the third section we develop the issue that seems to connect the individual experiences: What is a register? The act of registering implies a loss; and this is a statement that appears in various manners throughout this essay.
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De coleções a narrações : recortes de um caminhamento em terapia ocupacionalLerner, Simone January 2008 (has links)
A presente pesquisa buscou refletir acerca do processo de trabalho clínico, em terapia ocupacional, nos atendimentos a sujeitos com transtornos mentais graves. Partindo da experiência de trabalho da pesquisadora, que se desenvolve em um centro de atenção psicossocial (caps), da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, procurou-se refletir acerca do processo de construção narrativa e do estatuto do objeto na clínica da terapia ocupacional, inserida no contexto da rede pública de dispositivos de saúde mental. Tomando como ponto de partida o ato de colecionar, esse estudo se tramou a partir de fragmentos da prática clínica cotidiana, bem como de uma reflexão mais detalhada acerca do processo de escrever de um paciente, a quem se chamou de Ciro. Utilizou-se o termo caminhamento, cunhado por Antoninho, também paciente do caps, como eixo metodológico, alçando referido termo ao estatuto de conceito. Com o sentido de caminhar acompanhado, tomou-se o conceito de caminhamento, no qual não se tem, propriamente, como objetivo, um bem aprioristicamente determinado a alcançar, mas sim, uma posição de disponibilidade para um encontro. A construção do objeto de estudo se deu a partir de elementos articulados, primeiramente, aos moldes de uma coleção. Estes elementos, ao longo do texto vão sendo tramados para produzir a narrativa dessa dissertação. Utilizou-se a figura topológica da Banda de Moebius como lente para refletir acerca do trabalho que se produz em dobra, no sentido de que, como efeito do jogo transferencial, o formato que a escrita da dissertação toma é homólogo aos processos trilhados por Ciro, os quais considerou-se terem sido da ordem de um movimento que partiu de coleções, chegando a narrações possíveis. Entendendo o trabalho em oficinas terapêuticas como situado em um espaço híbrido (Rickes, 2007), em uma zona de fronteira entre o campo clínico e o educativo, utilizou-se, para escrever e ler a experiência, referenciais conceituais oriundos da psicanálise, principalmente das obras de Freud e Lacan, e de leituras das mesmas realizadas por autores contemporâneos. Procurou-se pensar, tomando o caminhamento como método, nos efeitos produzidos através deste trabalho em terapia ocupacional, a partir das reflexões acerca da negativa (Freud, 1925), na perspectiva da disjunção que produz o campo do não eu, marcando, conseqüentemente a diferença entre o fora e o dentro; do estranho (Freud, 1919), para problematizar os momentos em que se faz necessária a (re)fundação destes campos; do endereçamento (Lacan, 1955-1956), no sentido de que a inscrição psíquica só se efetiva quando encontra representação no discurso social (no Outro, desde a psicanálise); e da densidade simbólica diferenciada (Guerra, 2004), estatuto do objeto produzido em um espaço de oficinas terapêuticas, como operador de um corte, uma disjunção na relação de continuidade que se estabelece entre o psicótico e o Outro. / The aim of the present work is to reflect on the process of clinical occupational therapy practice, in the caring for individuals with severe mental disease. Based on the author's experience working at a municipal psychosocial outpatient center (“CAPS”) in the city of Porto Alegre, Brazil, the objective was to reflect on the process of developing a narrative and also on the status of the object in the occupational therapy practice as part of the public mental health system. Utilizing the act of collecting as a starting point, the study evolved from fragments of daily clinical practice into a more detailed reflection into the writing process of a patient whom we named Ciro.The term "caminhamento" (a word not existent in the Portuguese language, coined by Antoninho, also a patient at the “CAPS”) was used as methodological axis, as well as, eventually, a concept. While uttered originally with the meaning of "walking with a companion", the concept of "caminhamento" refers to a process without an objective to be reached, but as a situation of openness to an encounter. The objective of this study grew from articulated fragments assembled as a collection, initially. These elements are intertwined throughout the text, producing a narrative, which is this dissertation. The topological picture of a Moebius strip was used as a lens through which to view this work, as a loop. As an effect of transferential play, the format that this narrative took is homologous to the process utilized by Ciro considering he started with collections and proceeded to tentative narratives. From the standpoint that the therapeutic workshop is a hybrid space (Rickes 2007), on the border between clinical and educational, the conceptual references used to describe the experiences herein came from the field of psychoanalysis, specially the works of Freud and Lacan and their more contemporary scholars. Utilizing "caminhamento" as a method, the author attempted to think about the effects of this work in occupational therapy. Reflecting on negation (Freud, 1925) , in the perspective of the disjunction that creates the field of "not me", consequently stressing the difference between the out and the in; on the uncanny (Freud, 1919), to question the moments when the (re)foundation of these fields is necessary; on the addressment (Lacan,1955-1956), in the sense that psychic inscription is only effective when it finds representations in the social discourse (in the Other, from psychoanalysis); and, on the differentiated symbolic density (Guerra, 2004), status of object originated in therapeutic workshops as the one that severs the relationship of continuity that is established between a psychotic individual and the Other.
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